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Habilidade: Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato

O leitor deve ser capaz de perceber a diferença entre o que é fato narrado ou discutido e o que é opinião sobre ele. Essa diferença pode ser ou bem
marcada no texto ou exigir do leitor que ele perceba essa diferença integrando informações de diversas partes do texto e/ou inferindo-as, o que
tornaria a tarefa mais difícil. Por meio deste descritor pode-se avaliar a habilidade de o aluno identificar, no texto, um fato relatado e diferenciá-lo
do comentário que o autor, ou o narrador, ou o personagem fazem sobre esse fato.
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Questão 01
Antiga Roma ressurge em cada detalhe
Dos 20.000 habitantes de Pompeia, só dois escaparam da fulminante erupção do vulcão Vesúvio em 24 de agosto de 79 d.C. Varrida
do mapa em horas, a cidade só foi encontrada em 1748, debaixo de 6 metros de cinzas. Por ironia, a catástrofe salvou Pompeia dos
conquistadores e preservou-a para o futuro, como uma joia arqueológica. Para quem já esteve lá, a visita é inesquecível.
A profusão de dados sobre a cidade permitiu ao Laboratório de Realidade Virtual Avançada da Universidade Carnegie Mellon, nos
Estados Unidos, criar imagens minuciosas, com apoio do instituto Americano de Arqueologia. Milhares de detalhes arquitetônicos
tornaram-se visíveis. As imagens mostram até que nas casas dos ricos se comia pão branco, de farinha de trigo, enquanto na dos
pobres comia-se pão preto, de centeio.
Outro megaprojeto, para ser concluído em 2020, da Universidade da Califórnia, trata da restauração virtual da história de Roma,
desde os primeiros habitantes, no século XV a.C., até a decadência, no século V. Guias turísticos virtuais conduzirão o visitante por
paisagens animadas por figurantes. Edifícios, monumentos, ruas, aquedutos, termas e sepulturas desfilarão, interativamente. Será
possível percorrer vinte séculos da história num dia. E ver com os próprios olhos tudo aquilo que a literatura esforçou-se para contar
com palavras.

No primeiro parágrafo do texto, manifesta-se uma opinião em:


a) “...só dois escaparam da fulminante erupção do vulcão Vesúvio...”
b) “...a cidade só foi encontrada em 1748, debaixo de 6 metros de cinzas.”
c) “...a catástrofe salvou Pompeia dos conquistadores e preservou-a para o futuro”.
d) “Para quem já esteve lá, a visita é inesquecível.
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Questão 02
Superpoliglotas: como funciona a cabeça das pessoas que aprendem dezenas de idiomas
Saiba como funciona a cabeça dos hiperpoliglotas, pessoas que podem mostrar o caminho dos limites do cérebro.
Ler Dostoiévski em português é para os fracos. Carlos Freire queria devorar Crime e Castigo e outros clássicos russos no original. Aos
20 anos, ele mergulhou nos livros e se mudou para a casa de uma família russa em Porto Alegre. Em poucos meses, dispensou os
tradutores. E não era seu primeiro idioma estrangeiro. Logo cedo, a proximidade com o Uruguai o deixou afiado no espanhol. Depois,
aprendeu francês, latim e inglês. O caminho da faculdade era claro: Letras. "Quanto mais idiomas você sabe, mais fácil aprender
outros. Os 10 primeiros são os mais difíceis", diz. Sim, 10. Aos 80 anos, Freire já estudou 135 línguas - de japonês a esperanto. É mais
do que o padre italiano Giuseppe Mezzofanti, que ficou notório no século 18 por ouvir confissões na língua nativa dos estrangeiros.
Especula-se que ele falava entre 61 e 72 idiomas e lia em 114. Os dois integram um seleto time de pessoas que conseguem aprender
dezenas de idiomas. Não são só poliglotas. Quem é fluente em mais de 6 línguas tem um título maior: hiperpoliglota. O termo foi
definido em 2003 pelo linguista britânico Richard Hudson. Ao estudar comunidades poliglotas, ele descobriu que o número máximo
de idiomas falados em comum por todos os moradores é 6. Ainda não se sabe o motivo exato de serem 6 línguas. O que se sabe é que
os hiperpoliglotas são diferentes de bilíngues ou meros falantes de 3 ou 4 línguas. E que os limites do cérebro deles podem ajudar a
ciência a buscar os limites do nosso cérebro.
IDADE É TUDO
Mezzofanti entrou na escola aos 4 anos, onde aprendeu 3 idiomas. Aprender línguas na infância faz toda a diferença. Após a
puberdade, os hormônios dificultam a reprodução de um sotaque mais autêntico. Se você aprende francês após os 14 anos, por mais
que estude, provavelmente vai soar como um "brasileiro fluente em francês" - mas não como um francês. Vários estudos
comprovaram essa tese. Um deles selecionou 46 adultos chineses e coreanos que moraram nos Estados Unidos em diferentes fases
da vida. Os que chegaram ao país até os 7 anos tiveram resultados semelhantes aos de nativos. Quem chegou aos EUA com mais de
15 anos teve desempenho pior. Isso ocorre porque, com o tempo, o cérebro parece endurecer. Conforme crescemos, ele forma
estruturas neurais confiáveis para orientar as ações que tomamos. É uma base de conhecimento que guia as experiências e responde
às situações do dia a dia. À medida que mais estruturas neurais se formam, o cérebro perde flexibilidade. E ela é importante para
aprender coisas complexas, como falar uma língua. Pesquisadores acreditam que os hiperpoliglotas conseguem prolongar essa
plasticidade. "Eles são como um experimento natural sobre os limites humanos", diz Michael Erard, linguista e autor do livro recém-
lançado Babel no More (inédito em português). Não é de se estranhar, portanto, que ainda hoje Freire mantenha o ritmo de aprender
de dois a 3 idiomas por ano.
Falar pode parecer um ato simples, mas exige várias tarefas do cérebro: percepção auditiva, controle motor, memória semântica,
sequenciamento de palavras. Para assimilar um novo idioma, o cérebro precisa entender as estruturas do som e das palavras. E, até
chegar a isso, o aprendizado percorre um longo caminho pelos hemisférios esquerdo e direito do cérebro.

No primeiro parágrafo, o trecho que indica uma opinião é:


a) “Ler Dostoiévski em português é para os fracos.”
b) “Em poucos meses, dispensou os tradutores.”
c) “...o padre italiano Giuseppe Mezzofanti, que ficou notório no século...”.
d) “Especula-se que ele falava entre 61 e 72 idiomas e lia em 114.”
Questão 04
Inventário da infância perdida
Um homem é feito na infância, aperfeiçoado na adolescência e cristalizado na idade madura. Depois dos quarenta a existência
humana, a não ser para os asiáticos, que têm o segredo da vida longeva e produtiva, assinala realmente uma decadência interminável,
até que ela se torna insuportável: toda a razão da vida se concentra em algumas coisas muito específicas, em seres, sobretudo, e daí
o conflito que se trava no interior de cada ser humano quando aquilo que ele quis ser para duas, três ou quatro pessoas — pois é
nisso que se concentra a nossa vida — deixou de ser o que realmente se quis ser ou parecer.
Mas uma grande parte de nossa vida é desenhada muito cedo, quando se inicia o que alguns românticos chamam de aventura humana
e que aos poucos vai-se transformando numa incansável continuidade de diminutas frustrações e pequenos embates corporais com
a realidade, frustrações que depois se transformam em fontes de amargura.
(...)
O que é a infância, no fundo, senão um período de nossa vida tal como nós o olhamos, depois de adultos: é a versão que se sobrepõe,
poderosa, sobre a realidade, e essa versão, por mais suscetível de ser destruída pela análise fria, é a que prevalece e guia nossos
passos, por anos intermináveis. Todo mergulho na infância é ao mesmo tempo doloroso e doce, como aqueles diminutos pratos
chineses que misturam gostos e odores. Assim, eu, por exemplo, me lembro, quando faço muita força, de trechos de minha infância:
não consigo lembrá-la toda, ou largos períodos dela, talvez porque o que foi doloroso nela tenha sido mais abundante e mais
avassalador do que o que foi doce.

Em relação ao texto acima, marque a alternativa que representa um fato, e não uma opinião.
a) “Todo mergulho na infância é ao mesmo tempo doloroso e doce, como aqueles diminutos pratos chineses que misturam gostos e
odores.”
b) “Um homem é feito na infância, aperfeiçoado na adolescência e cristalizado na idade madura.”
c) “...o que alguns românticos chamam de aventura humana...”
d) “O que é a infância, no fundo, senão um período de nossa vida tal como nós o olhamos, depois de adultos:..”
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Questão 05
As enchentes de minha infância
Sim, nossa casa era muito bonita, verde, com uma tamareira junto à varanda, mas eu invejava os que moravam do outro lado da rua,
onde as casas dão fundos para o rio. Como a casa dos Martins, como a casa dos Leão, que depois foi dos Medeiros, depois de nossa
tia, casa com varanda fresquinha dando para o rio.
Quando começavam as chuvas a gente ia toda manhã lá no quintal deles ver até onde chegara a enchente. As águas barrentas subiam
primeiro até a altura da cerca dos fundos, depois às bananeiras, vinham subindo o quintal, entravam pelo porão. Mais de uma vez, no
meio da noite, o volume do rio cresceu tanto que a família defronte teve medo.
Então vinham todos dormir em nossa casa. Isso para nós era uma festa, aquela faina de arrumar camas nas salas, aquela intimidade
improvisada e alegre. Parecia que as pessoas ficavam todas contentes, riam muito; como se fazia café e se tomava café tarde da noite!
E às vezes o rio atravessava a rua, entrava pelo nosso porão, e me lembro que nós, os meninos, torcíamos para ele subir mais e mais.
Sim, éramos a favor da enchente, ficávamos tristes de manhãzinha quando, mal saltando da cama, íamos correndo para ver que o rio
baixara um palmo – aquilo era uma traição, uma fraqueza do Itapemirim. Às vezes chegava alguém a cavalo, dizia que lá, para cima
do Castelo, tinha caído chuva muita, anunciava águas nas cabeceiras, então dormíamos sonhando que a enchente ia outra vez crescer,
queríamos sempre que aquela fosse a maior de todas as enchentes.

A expressão que revela uma opinião sobre o fato “... vinham todos dormir em nossa casa”, é:
a) “Às vezes chegava alguém a cavalo...”
b) “E às vezes o rio atravessava a rua...”
c) “e se tomava café tarde da noite!”
d) “Isso para nós era uma festa...”
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Questão 06
CAPA
A inspiradora reportagem sobre as crises de idade nos leva a muitas reflexões, mas acredito que a mais importante delas diz respeito
à estrutura de personalidade que cada um desenvolve. É consenso, entre pessoas maduras e bem estruturadas emocionalmente, que
vivemos a vida de acordo com nossa base psicológica. Por isso, é importante que, da infância até o início da vida adulta, saibamos
estruturar o arcabouço daquilo que seremos. Quem tem um bom alicerce, enfrentará seguramente qualquer tipo de problema.
Reinvente-se a cada idade. (José Elias)

A palavra que marca a opinião do leitor em relação à reportagem é:


a) Consenso. b) Importante. c) Inspiradora. d) Seguramente.

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