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Potenciômetro ou reostato: qual a diferença?

Este artigo foi publicado em www.paulobrites.com.br em 12/10/17


Na página 82, figuras 10 e 11, do meu e-book Eletrônica para
Estudantes, Hobistas & Inventores eu explico qual a diferença
entre potenciômetro e reostato, entretanto estes dias recebi um e-
mail de um leitor dizendo que ainda se sentia confuso com a
explicação.
Que bom! Em primeiro lugar porque é sinal que ele leu, e em segundo
porque teve a coragem de perguntar.
Se ele teve dúvida é possível que alguns “milhões” de pessoas no
planeta também não tenham entendido muito bem a diferença entre
potenciômetro e reostato, mas deixaram para lá pensado que não
valesse a pena levar tal questão adiante.
Ledo engano de quem assim pensou, pois como disse Fernando
Pessoa “tudo vale a pena se a alma não for pequena” e eu
acrescento, não deixe as dúvidas se acumularem, porque elas
são como ervas daninhas e crescem como mato. Quando menos
esperar e olhar em volta você estará cercado por um matagal de
dúvidas e aí vai ficar difícil enxergar alguma coisa a sua volta.
Origem e significado das palavras
Há muitos anos defendo a ideia de que a origem e o significado das
palavras são coisas fundamentais, principalmente, quando se estuda
algo “novo”.
Infelizmente, muitos professores não pensam assim e julgam que
seus alunos nasceram sabendo todas aquelas palavras estranhas
que para ele, professor, são tão comuns, mas seus alunos nunca as
ouviram na vida e não fazem a mínima ideia do que significam.
Toda sala de aula deveria ter dicionários disponíveis e os
professores, não apenas os de português, deveriam encorajar os
alunos a os usarem.
Sendo assim comecemos “decifrando” as palavras reostato e
potenciômetro e para tal, talvez seja bom começar escrevendo-as
nas suas formas originais em inglês:
RHEOSTAT e POTENTIOMETER.

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Comecemos com RHEOSTAT (“traduzido” por reostato) que na
verdade é uma palavra composta por “rheo” + stat” que foi cunhada
em 1845 pelo cientista britânico Sir Charles Wheatstone onde rheo
vem do grego e significa rio e neste caso pode ser entendida como
fluxo de corrente.
Do ponto de vista prático um reostato é uma resistência variável
que tem como função no circuito controlar a corrente (“rio de
elétrons”) nele.
Talvez nosso “amigo” Wheatstone tenha querido dizer algo como
“estado do fluxo de corrente” e mais adiante você entenderá
exatamente o que isto significa.
Para POTENTIOMETER temos a junção de POTENTIO + METER
que pode ser entendida como “medidor de potência”.
O termo potentiometer, traduzido por potenciômetro, parece ter
surgido nos Estados Unidos da América pela indústria eletrônica na
Era do Rádio (1920-1940) para designar os controles de “volume” e
talvez por isso, a ideia de “medidor de potência”, entretanto nunca
encontrei uma referência sobre quem usou termo primeiro. Estou
apenas especulando. Se alguém souber comenta aqui, por favor.
Feita está rápida incursão semântica sobre o significado das palavras
reostato e potenciômetro vamos ao que realmente interessa ao
estudante de eletricidade e eletrônica que é saber como eles serão
ligados no circuito bem como a função de cada um.
Ligando um reostato e um potenciômetro
Veja os dois circuitos abaixo das figuras 1 e 2 e, como se fosse um
joguinho dos sete erros, encontre a diferença entre eles.

Figura 2 - reostato Figura 1 - Potenciômetro

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Espero que você tenha percebido que na fig.1 temos um resistor
variável, onde apenas dois terminais são utilizados e a esta
configuração denomina-se reostato.
Na fig.2 também temos um resistor variável, entretanto nela temos
três terminais sendo usados, e chamaremos esta configuração de
potenciômetro.
Agora olhe as figuras 3 e 4 onde temos o desenho das figuras 1 e 2
feito com componentes “de verdade”.

Figura 3 - "potenciômetro" ligado como reostato

Figura 4 - potenciômetro ligado como divisor de tensão

Você notou que tanto na figura 3 como na figura 4 a “peça” utilizada


foi o que se conhece popularmente como “potenciômetro”?
Pera aí, então um potenciômetro é um reostato?
Como dizem aqueles personagens dos desenhos animados, “com mil
demônios, isto está uma baita confusão! ”

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Como diria o Chaves “não criemos pânico”, já iriei esclarecer esta
confusão tim por tim.
Quem nasceu primeiro:
- o ovo ou galinha, ou melhor, o reostato ou o potenciômetro?
Bem, de ovos e galinhas eu não entendo, mas de reostatos e
potenciômetros sim.
Reostato é um termo mais utilizado no “mundo dos eletricistas” e,
sem dúvida, veio primeiro porque, como eu já disse, foi “inventado”
por Wheatstone em 1845 quando nem se sonhava com eletrônica.
E qual era o objetivo de Sir Wheatstone com o “seu reostato”?
Ele queria poder controlar a corrente no circuito (rheo = fluxo, rio) e
para tal colocou uma “resistência variável” no circuito da figura 5 que
é o que eu estou fazendo no circuito da figura 11, pág. 82, do meu e-
book e que reproduzo abaixo.

Figura 5 - Da página 82 do e-book

Vamos destrinchar e entender o circuito desta figura bem como


mostar como ficará a montagem do mesmo.
Se você comparar este circuito com o da figura 3 pode achar estranho
que lá um dos terminais extremos (c) do “potenciômetro/peça” está
sem ligação e aqui ele está ligado ao terminal central (b).
Na verdade isto não muda nada na prática porque a resistência entre
a e “a” e “b” continua variando do mesmo jeito desde de zero ohms

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até o valor máximo do “potenciômetro/peça” que no caso da
montagem sugerida na figura 5 é 1 kohm.
A outra coisa “nova” na figura 5 é o resistor de 470 ohms em série
cuja finalidade é limitar a corrente no circuito quando o terminal “b”
(cursor) for levado até “a” e aí teremos zero ohm. Se não colocarmos
este resistor limitador de corrente (470 ohms) iremos aplicar 9V
diretamente aos terminais do led e mandá-lo para os “quintos dos
infernos” porque a tensão máxima que um led suportar em seus
temrinais é da ordem de 3V.
Se não acredita, experimente. Vai quiemar um led, mas vale a pena
em prol da descoberta científica, kkk!
Se você desistiu de queimar o led e montou o circuito da figura 5
como mostrado na figura 6, sugiro que varie o cursor do
“potenciômetro” que, neste caso está funcionando, como um reostato
e observe o que acontece com a luminosidade de led.

Figura 6 - Montagem do circuito da figura 5

Agora vamos partir para a montagem do circuito da figura 7 onde os


três terminais serão utilizados.

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Figura 7 - Da figura 10 do e-book

Figura 8 - Montagem da figura 7

Feita a montagem sugerida na figura 8 varie o cursor do


“potenciômetro” e veja o que vai acontecer com a luminosidade do
led neste caso.
Notou que na montagem do circuito da figura 6 o led variava de brilho,
mas não chegava a apagar, enquanto na situação da figura 8
podemos fazer o led apagar totalmente?
Isto ocorreu porque na figura 5 variamos a tensão sobre os terminais
do led, enquanto na fig. 6 variamos a corrente que circula no led.

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Um potenciômetro pode ser um reostato e vice-versa
E agora eu espero que você esteja começando a entender toda esta
confusão.
Tudo começou no dia em que alguém teve a infeliz ideia de chamar
um resistor variável de potenciômetro, porque no fundo
“potenciômetro” não é uma peça e sim um tipo de configuração que
se faz com um resistor variável e esta configuração pode ser do tipo
“potenciômetro” ou “reostato”.
Podemos usar as seguintes definições:
• Um resistor variável na configuração potenciômetro produz
variação de tensão na saída (terminal central).
• Um resistor variável na configuração reostato produz variação
de corrente.
Em outras palavras, a peça potenciômetro pode ser utilizada como
potenciômetro ou reostato dependendo de como a ligamos no
circuito.
Os “potenciômetros/reostatos”
geralmente são de fio
Em geral, mas nem sempre, reostatos são
utilizados para controlar correntes quando
elas são relativamente alta e por isso,
costuma-se usar “potenciômetros” de fio
como mostrado na figura 9.
Figura 9 - Potenciômetro de fio

Comprovando a variação de corrente e de tensão


Assista o vídeo no youtube
https://www.youtube.com/embed/wJHv_OL20rI

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