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º ANO
Teste de compreensão oral
Vais ouvir uma reportagem sobre a exposição de uma tela do século XVIII, que o pintor
português João Glama demorou trinta anos a pintar.
1. Para responderes aos itens 1.1 a 1.4, assinala com X a opção que completa cada afirmação
de acordo com o texto.
(A) ⃝ da moldura.
(B) ⃝ da parede.
(C) ⃝ da tela.
(B) ⃝ mudou um anjo de local e substituiu uma figura feminina por um frade.
(C) ⃝ pintou um frade no centro e substituiu um anjo por uma figura feminina.
(B) ⃝ atestar que a pintura de João Glama se baseia num testemunho direto.
2. Numera de 1 a 7 os elementos da pintura, tendo em conta a ordem pela qual são referidos
por Alexandra Markl, a curadora da exposição.
COTAÇÕES
1.1 20 pontos
1.2 20 pontos
1.3 20 pontos
1.4 20 pontos
2. 20 pontos
Total 100 pontos
TRANSCRIÇÃO
https://www.tsf.pt/cultura/arte/o-terramoto-de-1755-a-obra-inacabada-de-joao-glama-
9057160.html (até 2:34m) (consultado em 18/12/2019)
0:00-2:33
Ao entrar na sala forrada a cinzento escuro, a luz deixa realçar a moldura dourada que envolve um dos
mais importantes testemunhos do terramoto de 1755.
A memória de João Glama, o artista que acabou por assistir à catástrofe, é apresentada ao público em
forma de tela e com a tragédia em primeiro plano.
«Nesta grande composição, podemos ver muitas das vítimas aa caídas no chão, a ser assistidas aa por
outras pessoas, aa vemos aqueles que, aa na altura, muito assustados, imploravam a proteção divina,
aqueles que choravam, aqueles que se emocionavam com as... com os acontecimentos à sua volta... e
tudo isto numa cidade obviamente em chamas e com os edifícios todos arruinados. E sobre tudo isto
pairam no no ar aa uma série de anjos com espadas de fogo, aa que vêm trazer... que vêm... que são os
que vêm impor aa o castigo divino.»
Os olhares da investigadora Celina Bastos, da curadora, Alexandra Markl, e da especialista em
restauração, Teresa Moura, perceberam que a pintura trabalhada ao longo de trinta anos pelo artista
João Glama não está acabada. Teresa Moura explica como a radiografia à tela mostrou o que sempre
esteve invisível.
«Quando se fez a remoção do verniz, deparámo-nos com um anjo e aí começaram as questões: será que
o esconder era propositado? E com os métodos de exame-análise, com a radiografia, deparámo-nos
com algumas alterações, portanto, com a alteração da personagem que agora é a personagem central
da pintura... estava do lado direito; e um frade... uma personagem que agora está representada como
um frade era uma figura feminina. E foi com estas perplexidades da alteração da pintura que nos
começámos a questionar se ela estaria acabada ou não, e porquê este processo de... de… de construção
da pintura.»
Para conseguir entender o homem por detrás do quadro, a investigadora Celina Bastos analisou textos
da época para confirmar se o autor estava realmente na cidade de Lisboa quando o terramoto
aconteceu.
«Há sempre que reler todos os que escreveram, não só sobre a pintura nesta época, mas, sobretudo,
sobre este pintor e e sobre esta obra. E esta obra tem de facto... muita gente se tem debruçado sobre
ela, porque é talvez o mais importante testemunho pictórico do terramoto.»