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INSTITUTO INTERCLASSE/FAMA

ORSIMAR ROSENDO DA SILVA

OBSERVANDO A ATUAÇÃO DO PSICOPEDAGOGO NO ÂMBITO CLÍNICO E


INSTITUCIONAL

Trabalho de Conclusão de Curso – Artigo


Científico, apresentado ao Núcleo de Trabalhos de
Conclusão de Curso do Curso de Pós Graduação
Lato Sensu Especialização em Psicopedagogia
Clínica e Institucional, como requisito obrigatório
para a obtenção do grau de especialista.

ITAÚNA – MG

2019
OBSERVANDO A ATUAÇÃO DO PSICOPEDAGOGO NO ÂMBITO CLÍNICO E
INSTITUCIONAL

ORSIMAR ROSENDO DA SILVA

RESUMO

Este trabalho se dedica a fazer uma avaliação do estudo da psicopedagogia, tendo como base
autores e estudiosos argentinos e brasileiros que se debruçaram e continuam se debruçando na
literatura e na pesquisa de tal área. A Psicopedagogia emerge da necessidade de intervir e prevenir
problemas com aprendizagem. É a área do conhecimento que lida com a aprendizagem e busca
das potencialidades e a afetividade. Traz também que a área psicopedagógico possui vertentes de
atuação em alguns setores, tais como empresarial, hospitalar (pouco conhecido), além da
institucional e clínica. Cada uma com uma especificidade própria. Mas este trabalho se proporá a
discutir apenas duas, das quais se estenderá bem pouco a atuação clínica. Sabendo que as
referências do campo perpassa por Antropologia, Psicanálise, Psicologia, Pedagogia, Neurologia,
Serviço Social, Filosofia, Sociologia, dentre tantos outros campos do saber. Este trabalho é de
metodologia bibliográfica. Seu intuito é apenas levantar discussões construtivas para a
Psicopedagogia. Possui caráter qualitativo, bibliográfico.

Palavras-chave: Psicopedagogia; Problemas de aprendizagem; Potencialidade; Afetividade.

1. INTRODUÇÃO

A Psicopedagogia emerge da necessidade de intervir e prevenir problemas


com aprendizagem que algumas crianças apresentavam no contato com as
instituições de aprendizagem formal, as escolas, mas que também atinge adultos.

A Psicopedagogia é a área do conhecimento que lida com a aprendizagem


e busca das potencialidades e a afetividade, em todas as fases da vida de um
indivíduo, enquanto este esteja disposto a aprender, a não ser que a sua
inteligência esteja aprisionada impedindo esse processo. Ou seja, exista algum
obstáculo que o impeça de aprender, apreender e utilizar seus conhecimentos
adquiridos em todas as fases de sua vida.

Anteriormente, na sua gênese, estes problemas eram tratados por Médicos


(Psiquiatras, Neurologistas), Pedagogos e Psicólogos, inicialmente na França,
onde a Psicopedagogia surgiu. A Psicopedagogia possui vertentes para sua
abordagem: uma predominantemente clínica, com intervenção terapêutica no
consultório e a intervenção predominantemente institucional, realizada na
instituição de ensino. Mas quais são os obstáculos enfrentados pela
Psicopedagogia do século XXI?

No Brasil surge na década de 1970, sua preocupação esta voltada para


auxiliar alguns pacientes que obtivessem um bom resultado em testes. Testes
estes usados para validar no sujeito aprendente o seu potencial cognitivo.

Os usavam na escola como critério de classificação dos alunos, para por


fim agrupá-los em turmas difusas. Mas também num esforço para distinguir as
dificuldades de aprendizagem apresentadas.

A visão mais dinâmica foi surgindo com o passar dos tempos e a busca
para compreender essas dificuldades.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A atuação psicopedagógica se dá tanto na instituição como na clínica,


perpassando pela abordagem empresarial, e hospitalar também. Há muito se
tem estudado as causas dos problemas que afetam a aprendizagem do ser
cognoscente. Estas causas repousam em vários contextos psicossociais do
indivíduo. A Psicopedagogia investiga esses problemas e intervém para que
essa barreira seja eliminada e o indivíduo desenvolva a capacidade de
aprender. Temos neste campo Jorge Visca, Alícia Fernandez, Sara Paín da
Argentina. Já no Brasil temos Maria Lúcia Lemme Weiss, Laura Monte Serrat
Barbosa, Edith Rubinstein, Nádia Bossa, dentre tantos outros que se dedicam a
estudar esta área que bebe em várias outras ciências. As contribuições de Visca
se referem à Epistemologia Convergente. Dentre outras áreas do conhecimento.
A psicopedagogia possui técnicas próprias de intervenção no trabalho tanto na
clínica como na instituições, tais como hospitais, empresas, etc.
2.1 Atuação Clínica

Na atuação clínica a preocupação do psicopedagogo é com o sujeito


cognoscente e sua singularidade, com atuação predominantemente individual,
buscando instigar a afetividade com o aprender, investigando as fraturas que o
impedem de aprender, porém há também uma abordagem grupal, onde se trabalha
com um grupo. Sendo muitas as causas que interferem nesta aprendizagem. Neste
caso o profissional trabalha com hipóteses trabalhando com técnicas próprias para
solucionar os problemas. E para reforçar a aplicação do atendimento
psicopedagógico tratando de problemas de aprendizagem e seus sintomas,
quando são diagnosticados, temos o que nos diz Bastos (2015) quando afirma que:

Tanto o psicopedagogo clínico como o institucional podem ser


considerados promotores de saúde, uma vez que suas intervenções
podem ter caráter terapêutico na medida em que objetivam
transformações e mudanças significativas nos pacientes e seus
familiares, bem como no contexto educacional. (BASTOS, pag. 45, 2015)

Sendo assim, a abordagem clínica está inexoravelmente atrelada a questão


de saúde e bem estar no contexto da saúde do indivíduo, especificamente em
saúde mental, pelo fato de determinados problemas afetarem diretamente a área
comportamental e cognitiva.

Quanto ao campo da saúde para o psicopedagogo, na intervenção clínica


individual, sua atuação baseia-se na modalidade interventiva do método clínico
piagetiano, sendo três sendo 3 níveis onde pode acontecer, segundo Vinh-Bang
(1990 apud Souza, 1996, p.115); são eles: “no nível individual do
aluno/aprendente, para preencher lacunas e corrigir atrasos; no nível coletivo de
um conjunto de alunos, para dar conta de elementos que foram negligenciados; e
no nível escola para reduzir a desadaptação (a não adaptação) escolar.

O tratamento, intervenção e terapêutica, são de três abordagens:


sintomático, situacional e operativo. Busca-se também, a partir da das sessões
psicopedagógicas.
A intervenção psicopedagógica também trabalha a família do
infanto/aprendente que apresenta sintomas de problemas com a aprendizagem.
Investiga quais são as barreiras psicológicas no contexto social, mais
especificamente no núcleo familiar.

Essa intervenção busca transformar o ambiente insalubre, dependendo de


como se dá a vivencia dessa família e qual sua postura perante o conhecimento/
desenvolvimento da criança que aprende, em um ambiente salutar.

Por ser a família o primeiro meio pelo qual o individuo tem contato de
aprendizagem informal, assim como a comunidade do seu entorno, muitas vezes
sofre influências tanto positivas como negativas trazendo consequências para
aprendizagem estandardizada, ou seja, a aprendizagem formal, neste caso a
escola.

Deve-se ter cuidado e bastante acurácia na intervenção clínica, para que o


diagnóstico e o possível tratamento dos problemas tragam resultados para a
melhoria das condições do aprendente na escola onde este esteja regularmente
matriculado. Pois se não houver essa preocupação, compromisso,
responsabilidade profissional os problemas com a aprendizagem podem se
agravar ainda mais. Ainda sobre a intervenção, Souza (1996, p. 114) nos traz que
segundo o dicionário que um “ significado para intervenção é ‘mediação- e, para o
verbo intervir, ‘colocar-se no meio’ “. Então , segundo o que ficou explicitado é que
o psicopedagogo se põe entre o aluno e o problema de aprendizagem oi de algum
sintoma, a escola e a família.

Professores e psicopedagogos devem trabalhar em parceria para o


enfrentamento desse obstáculo que atrapalha o desenvolvimento do aprendente e
na intervenção, assim como todo o corpo escolar. Pois assim o fracasso escolar
pode sempre ser evitado e, caso ocorra, deverá buscar a mudança, evitando
injustiça. É inoperante realizar uma análise de cada caso e situação de forma
abrangente, sem deixa r de considerar as dimensões próprias da educação com a
política e filosófica.

2.2 Atuação Institucional.

Na atuação institucional o trabalho é muito mais realizado em grupos e sua


abordagem é predominantemente na instituição junto a toda a equipe escolar
intervindo na construção do projeto político pedagógico, auxiliando na construção
do currículo. E ainda na prevenção e intervenção dos problemas de aprendizagem
encontrados na instituição escolar, que pode ser o aprendente e o grupo. Mas
também se estende a outros setores institucionais como já supracitado neste
trabalho.

Porém Fegali e Vale (2017, p. 9 e 10) nos dizem que a psicopedagogia na


instituição também tem caráter curativo voltado aos alunos de determinados
grupos “que apresentam dificuldades na escola. Esta interferência que dá um novo
sentido à recuperação. Seu objetivo é reintegrar e readaptar o aluno à situação de
sala de aula, possibilitando o respeito às suas necessidades”.

Outra função ligada a esses profissionais é a assessoria psicopedagógica


junto a pedagogos, orientadores e professores. Além de realizar atividades em
relações vinculares entre professores e alunos. Atentando para p trabalho
preventivo para que haja um aperfeiçoamento nas construções pedagógicas.

Ele também supervisiona trabalhos desenvolvidos na escola, acompanha


resultados no mínimo satisfatório no desempenho de atividades.

Apontando para uma postura recorrente no que concerne às dificuldades na


aprendizagem, temos o fracasso escolar que está circunscrito na escola, na família
do aluno, no grupo social, colegas de sala e, principalmente no sujeito
cognoscente, de forma injusta neste último, pois muitas vezes o problema instalado
é causa de algo que esteja acontecendo nos espaços sociais em que ele transita.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os obstáculos encontrados e enfrentados pela psicopedagogia são vários.


Na literatura da área encontramos a dislexia, dislalia, disgrafia, TDAH, autismo,
discalculia e outros problemas envolvendo afetividade do aprender, além de
problemas encontrados tanto no contexto social do aprendente (como comunidade
e meio familiar), como também na escola com algum professor, colega, bullyng,
dentre tantos.

A tarefa psicopedagógica não é fácil, é imbuída de afetividade dos


profissionais no que concerne na solução das dificuldades de aprendizagem
apresentadas por qualquer indivíduo, independente da faixa etária e condições
socioeconômicas. Este trabalho buscou responder ao problema proposto como
norteador. A discussão não se encerra aqui. A psicopedagogia não possui fórmulas,
mas busca através de hipóteses diagnosticar e solucionar esses sintomas trazidos
pela família do aprendente. Tanto a abordagem clínica como a institucional, com
suas particularidades e similaridades, são de suma importância neste labor. A área
está repleta de literatura acerca dos assunto tratado neste trabalho. O
psicopedagogo vai investirem uma intervenção bem direcionada, para
desencadear o potencial de aprendizagem que, muitas vezes, está aprisionado
(RUBINSTEIN, 2003 apud BASTOS, 2015).

O psicopedagogo deverá ter em mente a importância de seu trabalho, seja


em qualquer faixa etária de seus pacientes. Pois um indivíduo estimulado da
maneira correta e ideal sente bastante afetividade, e assim abstrai melhor o
aprendizado. É importante que seus potenciais sejam percebidos pelo profissional
para se obter melhores resultados nas intervenções.

Com a prevenção e a devida estimulação, indubitavelmente são melhores


que o diagnóstico, acompanhadas de uma boa intervenção após ter feito o
diagnóstico.

O labor do psicopedagogo e auxiliar no que for possível no desenvolvimento


das capacidades biopsicossocial, não apenas de indivíduos de uma faixa etária. É
importante e bastante interessante abrir leques na abordagem e sempre buscar
aporte teórico da área além de sempre estar presente em eventos da área . Pois
está em uma forma de acompanhar as mudanças tão presentes e evidentes no
meio socioeducacional como um todo.

Vale ressaltar que as intervenções nas instituições, no campo


psicopedagógico, são muito recentes, porém há muitos profissionais fazendo
parte do quadro de colaboradores de muitas dessas instituições. É necessário
lembrar que a intervenção institucional deve, sempre, está voltada para grupos,
sem também esquecer dos outros conjuntos.
4. REFERÊNCIAS

ACAMPORA, Bianca. Psicopedagogia Clínica: o despertar das


potencialidades. 4 ed. – Rio de Janeiro; Wak Editora, 2019.
BASTOS, Alice Beatriz B. Izique. Psicopedagogia clínica e institucional:
diagnóstico e intervenção. – São Paulo: Edições Loyola, 2015.
FAGALI, Eloísa Quadros; VALE, Zélia Del Rio do. Psicopedagogia institucional
aplicada: a aprendizagem escolar dinâmica e construção na sala de aula. 11.
ed. – Petrópoles, RJ: Vozes, 2011.
SILVA, Maria Cecília almeida e. Psicopedagogia: a busca de uma
fundamentação teórica. 3. ed. – Rio de Janeiro/ São Paulo: Paz e terra, 2018.
SISTO, Fermino Fernandes et al. Atuação psicopedagógica e aprendizagem
escolar. – Petrópoles, RJ: Vozes, 1996.
VISCA, Jorge. Clínica psicopedagógica: epistemologia convergente. 2. ed.
tradução: Laura Monte Serrat. – São José dos Campos, SP: Campus editorial,
2010.

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