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UERJ – Universidade do Estado do Rio de Janeiro


CEH – Centro de Educação e Humanidades
FEBF – Faculdade de Educação da Baixada Fluminense
Curso de Especialização em Gestão de Processos Educativos na Escola –
Administração e Supervisão Escolar

O PAPEL DA GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA NA IMPLEMENTAÇÃO DA LEI


10.639/03: CAMINHOS E DESAFIOS NAS NARRATIVAS DE GESTORES E
EDUCADORES

THAYNAR CHRISTIAN PINHEIRO COELHO PEIXOTO

Duque de Caxias/RJ
Julho/2019
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O PAPEL DA GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA NA IMPLEMENTAÇÃO DA LEI


10.639/03: CAMINHOS E DESAFIOS NAS NARRATIVAS DE GESTORES E
EDUCADORES

THAYNAR CHRISTIAN PINHEIRO COELHO PEIXOTO

Projeto de Pesquisa apresentado ao


Curso de Especialização em Gestão
de Processos Educativos na Escola –
Administração e Supervisão como
requisito para aprovação na
disciplina Produção Científica.

Orientador: Profº Drº Alexandre


Ribeiro Neto

Duque de Caxias/RJ
Julho/2019
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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................4
2. OBJETIVOS .........................................................................................................5
2.1 OBJETIVO GERAL ....................................................................................... 5
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .......................................................................... 5
3. REVISÃO DA LITERATURA ............................................................................. 6
4. METODOLOGIA ................................................................................................ 7
5. REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................ 9
6. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES ................................................................. 12
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................ 13
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INTRODUÇÃO

Este projeto pretende desenvolver uma pesquisa acerca do tema Gestão Escolar
Democrática e Educação Antirracista. Dessa forma, entende-se que a escola é um espaço
escolar onde os sujeitos são levados compreender a construção histórica do racismo,
incentivados a criar estratégias de superação ao etnocentrismo europeu, reestruturando as
relações étnico-raciais e sociais, além de reflexionar sobre as causas que sustentam o mito
da democracia racial no Brasil. Ademais, é necessário perceber que colonialismo
considerou a história e a cultura da população negra sempre a reboque da cultura europeia,
através dos estereótipos criados pelo racismo, onde os corpos negros são marcados por
características sensuais, e com isso, as identidades negras foram destituídas de sua história
e cultura. Entretanto, as reflexões construídas na instituição escolar democrática devem
contribuir para a afirmação de uma identidade negra, a partir da restituição de humanidade
que o colonialismo europeu buscou negar durante séculos, permitindo que os corpos negros
reescrevam suas histórias e suas culturas, enquanto histórias e culturas da humanidade.

Para tanto, a minha questão central de pesquisa refere-se, principalmente, em


como a gestão escolar democrática pode contribuir para a implementação de uma educação
antirracista, buscando uma análise minuciosa sobre como as narrativas dos gestores
contribuem para reforçar ou refletir acerca desumanização inerente à dominação colonial.
Considerando o educando enquanto sujeito crítico, sendo fruto de uma gestão escolar
democrática, propõe-se analisar os discursos desses participantes, com o intuito de
identificar as reais percepções sobre a escola e seu trabalho com uma educação
anticolonialista. É válido ressaltar que em ambos os casos os dados serão coletados por
intermédio de entrevistas.

Ao analisarmos a regra imposta socialmente onde estabelece o princípio do padrão


de pele branca como status elementar para que o indivíduo seja considerado como sujeito
humano e que a escola em sua grande maioria naturaliza, ratifica e reproduz esse racismo
imbricado nas relações sociais, faz-se necessário uma luta de ideias para ressignificação do
homem negro, da sua cultura, história e identidade, pautados em um gestão democrática
que priorize uma estratégia de ensino que não seja manipulada pela cultura europeia. Por
meio disso, esse trabalho justifica-se pelo fomento na discussão social e acadêmica sobre a
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postura da gestão escolar e suas contribuições na formação do indivíduo perpassadas por


esses entraves político, sócio, histórico e ideológico, além de desenvolver conhecimentos
humanísticos sobre as consequências da colonização na escola.

Com base nisso, os estudos que se concentram no tema sobre gestão escolar
democrática abarcará os conceitos de sujeito humano histórico, política autoritária x
política democrática de Paro (2005), além dos conceitos sobre capitalismo, educação e
trabalho, com ênfase nos estudos desenvolvidos por Saviani (1994). Por outro lado, ao
abordar a perspectiva de educação antirracista, os estudos serão voltados para o conceito de
identidade negra discorrida por Fanon (1998), a conceituação sobre negritude em Munanga
(2004) e Cavalleiro (2006), ao descrever sobre o mito da democracia racial, as ideias serão
enriquecidas com os escritos de Florestan (2008). Por fim, toda essa discussão será
permeada pela lei 10.639/03, que estabelece a obrigatoriedade para a rede nacional de
ensino pautada na temática sobre a História e Cultura Afro-Brasileira.

OBJETIVO GERAL

 Compreender como a gestão democrática pode contribuir para a


implementação de uma educação antirracista.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Refletir sobre a importância de uma gestão democrática na formação do


educando.
 Identificar na fala dos gestores (direção e coordenação pedagógica) as
possíveis práticas para a implementação de uma educação antirracista.
 Identificar na fala dos educandos as possíveis percepções de educação
antirracista trabalhadas na escola.
 Analisar o mito da democracia racial no espaço escolar como fruto de uma
gestão escolar antidemocrática.
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REVISÃO DA LITERATURA

No Brasil, os estudos sobre Gestão democrática tem sido cada vez mais crescente.
Minha primeira busca foi realizada na base de dados Scielo, através do conceito chave
“gestão democrática” e foram encontrados 217 arquivos. Entretanto, ao ler superficialmente
o resumo dos trabalhos, percebi que algumas dessas publicações não atendiam ao meu
objeto de pesquisa. Com isso, resolvi filtrar minha busca pelos seguintes tópicos: Coleções
- Brasil; Idioma - Português; Ano de publicação - 2018; Área temática - Ciências Humanas;
Tipo de literatura – todos. Ou seja, optei por fazer um levantamento por todos os tipos de
literatura através da palavra chave “gestão democrática” e com isso, foram encontrados 17
resultados. Após uma leitura minuciosa desses trabalhos, percebi que 10 deles não tinham
uma delimitação específica sobre gestão escolar e por isso foram descartados. Abaixo,
segue um quadro com as 7 publicações selecionadas, pois atendem a demanda do projeto.

AUTOR (ES) TÍTULO ANO IES


Ângelo Ricardo de Souza As condições de 2018 Universidade Federal do Paraná
democratização da gestão da
escola pública brasileira.
Ivana Campos Oliveira Revisão de literatura: o 2018 Universidade Salgado de
Ione Vasques-Menezes conceito de gestão escolar. Oliveira
Ângelo Ricardo de Souza As leis de gestão democrática 2018 Universidade Federal do Paraná
Pierre André Garcia Pires da Educação nos estados Universidade Federal do Acre
brasileiros.
Elton Luiz Nardi Gestão democrática do ensino 2018 Universidade do Oeste de Santa
público na educação básica: Catarina
dimensões comuns e arranjos
institucionais sinalizados em
bases normativas de sistemas
municipais de ensino.
Licínio C. Lima Por que é tão difícil 2018 Instituto de Educação da
democratizar a gestão da Universidade do Minho
escola pública?
Graziela Zambão Abdian Revezamento teoria e prática 2018 Universidade Estadual Paulista
na análise da escola pública Júlio de Mesquita Filho.
democrática.
Rodrigo da Silva Pereira Políticas educacionais e 2018 Universidade Federal da Bahia
Maria Abádia da Silva concepção de gestão: o que Universidade de Brasília
dizem os diretores de escolas
de ensino médio do Distrito
Federal.
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Em uma busca pela palavra chave “educação antirracista”, foram encontradas 9


publicações. Feita uma leitura dos resumos, percebi que a maioria não atendia os objetivos
da minha pesquisa. Sendo assim, como meu filtro já anteriormente feito se baseia nos
estudos a partir de 2018, para essa pesquisa foi aplicado o mesmo procedimento na
filtragem: Coleções – Português; Idioma – Português; Ano de Publicação -2018. Com isso,
foi encontrada apenas uma publicação, que em uma leitura atenciosa, percebi que pode ser
útil a minha pesquisa. Segue, então, a obra encontrada.

AUTOR (ES) TÍTULO ANO IES


Nilma Lino Gomes Resistência Democrática: a 2018 Universidade Federal de Minas
Tatiane Cosentino Rodrigues questão racial e a Constituição Gerais
Federal de 1988. Universidade Federal de São
Carlos

Entretanto, ao pesquisar na mesma base de dados os conceitos “gestão escolar


democrática e educação antirracista” juntamente, não foi possível encontrar nenhuma
publicação.

METODOLOGIA

O presente projeto será submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa


(COMEP/UFRRJ), por envolver o estudo com seres humanos, com o objetivo de cumprir o
disposto na Resolução nº 196/96 do Conselho Nacional de Saúde.
É importante destacar que a lógica adotada para a abordagem que se pretende
realizar nessa pesquisa está fundamentada na perspectiva do Materialismo Histórico
Dialético, vinculada a teoria Marxista.
Toda pesquisa necessita de procedimentos e técnicas de investigação para estudar
o objeto. Marconi e Lakatos (2010, p.157) afirmam que a técnica “é um conjunto de
preceitos ou processos de que se serve uma ciência ou arte; é uma habilidade para usar
esses preceitos ou normas, a parte prática.” Sendo assim, movida pela necessidade de
compreender como os sujeitos da pesquisa entendem e trabalham a educação antirracista na
escola, a estratégia de investigação adotada nessa pesquisa para encontrar-se com os fatos
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empíricos far-se-á por meio da documentação direta, que consiste na pesquisa de campo
exploratória, além da observação direta extensiva, através da entrevista individual
semiestruturada com a equipe gestora (direção e equipe da coordenação pedagógica) de três
escolas periféricas da rede municipal de Caxias, além de um quantitativo de 20% dos
alunos dessas instituições pesquisadas, para que as narrativas sejam analisadas a luz do meu
referencial teórico, tendo como foco central objeto de estudo já delimitado, ou seja, será
realizado um estudo de caso.
Com isso, a pesquisa apresenta-se de cunho quali-quanti. Qualitativa, segundo
Minayo (1994, p.21), pois “trabalha com o universo dos significados, motivos, aspirações,
crenças, valores e atitudes, o que corresponde a um espaço mais profundo das relações, dos
processos e dos fenômenos que não podem ser reduzidos à operacionalização de
variáveis.”.
Para a análise das entrevistas gravadas, no primeiro momento todas serão
transcritas para ser constituintes do trabalho. Posteriormente será realizada uma análise de
dados de cunho qualitativo dessas entrevistas por meio de um software denominado
NVivo8, para que a unitarização, a categorização e o metatexto nessa investigação sejam
especificados. Neste momento, a pesquisa de cunho qualitativo é importante porque,
segundo Minayo (1994, p.22) “apreendem dos fenômenos apenas a região visível,
ecológica, morfológica e concreta”.
Em síntese, segue o quadro abaixo.
METODOLOGIA TÉCNICA DE PESQUISA
Onde fazer? Três Escolas da rede Municipal de Caxias
(periférica)
Com quem fazer? Gestores (direção e equipe da coordenação
pedagógica)
Como fazer? Entrevistas
Natureza Pesquisa aplicada
Abordagem ao problema Pesquisa qualitativa e quantitativa
Objetivos Pesquisa exploratória
Procedimentos técnicos Pesquisa bibliográfica/Estudo de caso
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REFERENCIAL TEÓRICO

Com base reflexões estruturais e simbólicas sobre raça e as relações raciais na


escola brasileira, percebe-se o quão forte o padrão eurocêntrico de humanidade está
imbricado no cotidiano das escolas, mesmo com a forte presença do Movimento Negro
brasileiro. A história do povo negro é marcada por lutas, ou seja, a nossa história é
construída por entraves políticos e ideológicos, mas infelizmente, se concretiza uma visão
de mundo pautada em paradigmas sociais que não apresentam uma consciência racial
crítica. E a escola, como espaço social, a partir de um movimento multicultural, passa a ser
um lugar primordial de enfrentamento e debates sobre as questões étnico-raciais, tornando-
se obrigatório o ensino da História e Cultura Afro-Brasileira, com base na lei 10.639/03.

A prevenção de práticas discriminatórias, penso, requer um trabalho


sistemático de reconhecimento precoce da diversidade étnica e dos
possíveis problemas que o preconceito e a discriminação acarretam em
solo brasileiro, desde a educação infantil - familiar e escolar. Tal prática
pode agir preventivamente no sentido de evitar que pensamentos
preconceituosos e práticas discriminatórias sejam interiorizados e
cristalizados pelas crianças, num período em que elas se encontram muito
sensíveis às influências externas, cujas marcas podem determinar sérias
consequências para a vida adulta. (CAVALLEIRO, 2006, p. 38).

Acerca desse debate, é importante indagarmos com nossos alunos sobre a estrutura
que sustenta o racismo. Não basta apenas o definirmos como um problema social, pois
existe uma construção história e uma política de etnia eurocêntrica que ratifica esse
preconceito racial. É necessário conscientizarmos os nossos educandos sobre suas causas,
consequências e permanência em nosso meio, no entanto, cabe a nós educadores, desbravar
caminhos que possibilite o indivíduo a pensar, interferir e (re)construir e significados em
seu meio, refletindo sobre os seus diferentes papéis sociais contemporâneos e nesse
processo, compreendermos sob quais perspectivas o sujeito é levado a indagar sobre as
tensões atravessadas pelas desigualdades sociais, com seus desdobramentos nas diversas
identidades étnicas.

“Racismo é a ideologia que postula a existência de hierarquia entre grupos


raciais humanos. É um conjunto de ideias e imagens vinculadas a grupos
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humanos, baseadas na existência de raças superiores e inferiores. O


racismo individualizado manifesta-se por práticas discriminatórias de
indivíduos contra outros indivíduos. O racismo institucional está presente,
por exemplo, no isolamento dos negros (as ) em determinados bairros,
escolas e empregos. Também está presente no currículo escolar e nos
meios de comunicação. (MUNANGA, 2004, p.8)

Toda essa construção do racismo brasileiro é fruto de uma herança histórica que
nós herdamos dos nossos colonizadores europeus. Os negros eram coisificados, objetos
animalísticos, musicalizados e em sua grande maioria, sensualizados. Essas características
anulavam a identidade do sujeito negro, desumanizando a sua existência.
O mundo colonial é um mundo dividido em compartimentos. Sem dúvida
é supérfluo, no plano da descrição, lembrar a existência de cidades
indígenas e cidades europeias, de escola para indígena e escolas para
europeus [...] A linha divisória, a fronteira, é indicada pelos quartéis e
delegacias de polícia. Nas colônias, o interlocutor legal e institucional do
colonizado, o porta-voz do colono e do regime de opressão é o gendarme
ou o soldado [...] Vê-se que o intermediário do poder utiliza uma
linguagem de pura violência [...] O intermediário leva a violência à casa e
ao cérebro do colonizado [...] Não basta ao colono afirmar que os valores
desertaram, ou melhor, jamais habitaram o mundo colonizado. O indígena
é declarado impermeável à ética, ausência de valores, como também
negação de valores [...] Por vezes este maniqueísmo vai até o fim de sua
lógica e desumaniza o colonizado. A rigor, animaliza-o (FANON, 1968, p.
27-31).

Considerando a escola enquanto espaço democrático em que todos os sujeitos
participantes estão envolvidos no processo democrático da instituição, é dever de todos se
comprometer com o diálogo, a reflexão e o combate às diferentes formas de exclusão,
discriminação e desrespeito na relação cotidiana. A equipe pedagógica institucional deve se
preocupar com uma práxis pedagógica voltada para discussões presentes na nossa sociedade
contemporânea, para que de fato sejam construídas relações democráticas, pautadas em
uma concepção de educação solidária, inclusiva e emancipatória.

[...] se a transformação da autoridade no interior da escola for entendida


como uma quimera [...] se a educação escolar for uma utopia no sentido
apenas de sonho irrealizável, e não no sentido que falando de escola como
algo que possa contribuir para a transformação social, definitivamente
devemos deixar cair as máscaras e as ilusões com relação à escola que aí
está e partir para outras soluções, ou então cruzar os braços e esperar
passivamente que os grupos dominantes, por meio de suas “reformas” e
acomodações” de interesses, continuem nos fazendo engolir as soluções
paliativas dos que os mantêm permanentemente no poder (PARO, 2005, p.
14).
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Ademais, a questão do silenciamento dos grupos minorizados, os quais compõem o


guarda-chuva que contempla uma diversidade identitária/social, precisam participar e ter
suas provocações ouvidas, discutidas e consideradas no processo de tomada de decisão em
nome de uma nação plural. Dar a voz a esses grupos vulneráveis não é proporcionar um
benefício a essa população, é contribuir para uma formação crítico e empoderada desse
grupo majoritário.
O debate sobre raça não pode mais ser categorias isoladas de lutas. Essas causas
não podem ser de apenas um grupo, pois o sujeito não é fragmentado. Essa luta é do povo,
das diversas instâncias sociais que travam embates a um conservadorismo que aniquila a
cultura e identidade dos sujeitos sociais que foram destituídos de sua história e cultura.
O opressor sempre buscará alternativas e meios de opressão para se manter como
sujeito detentor da circulação de ideias que confirmam seu posicionamento político e
ideológico. É um ciclo vicioso, onde o opressor impõe massivamente suas concepções
ideológica de informações e o oprimido, não se reconhece como tal, em sua grande maioria,
deseja ser essa elite burguesa meritocrática, preconceituosa, racista etc. E esse opressor não
pode ser a escola. A escola não pode funcionar como uma base de circulação de poder que
discrimine e menospreze a diversidade étnica tão presente em sua realidade. É necessário
uma reflexão, na escola, sobre o mito da democracia racial, não reproduzinho a opressão,
mas criando estratégias de libertação para esse grupo minoridado da nossa sociedade, assim
a classe trabalhadora, oprimida e desprivilegiada terá condições de lutar contra as sutilezas
e perversidades do racismo velado.

A desagregação do regime escravocrata e senhorial se operou, no Brasil,


sem que se cercasse a destituição dos antigos agentes de trabalho escravo
de assistência e garantias que os protegessem na transição para o sistema
de trabalho livre. Os senhores foram eximidos da responsabilidade pela
manutenção e segurança dos libertos, sem que o Estado, a Igreja ou
qualquer outra instituição assumisse encargos especiais, que tivessem por
objeto prepará-los para o novo regime de organização da vida e do
trabalho. O liberto se viu convertido, sumária e abruptamente, em senhor
de si mesmo, tornando-se responsável por sua pessoa e por seus
dependentes, embora não dispusesse de meios materiais (...) para realizar
essa proeza nos quadros de uma economia competitiva. (FERNANDES,
2008, p. 25).
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CRONOGRAMA DE ATIVIDADES

ATIVIDADES Ago/ Set/ Out/ Nov/ Dez/ Jan/ Fev/ Mar/ Abr/
2019 2019 2019 2019 2019 2020 2020 2020 2020
Levantamento
Bibliográfico
Encaminhamento
ao Comitê de
Ética em
Pesquisa/COMEP
Elaboração da
guia para coleta
de entrevistas
Pesquisa
exploratória
Pesquisa de
campo e estudo
de caso
Análise e
interpretação de
dados
Redação da
Monografia
Revisão e
conclusão da
Monografia
Defesa da
Monografia
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CAVALLEIRO, Eliane . Do silêncio do lar ao silêncio escolar: racismo, preconceito e


discriminação na educação infantil. São Paulo: Contexto, 2006.

FANON, Frantz. Os condenados da terra. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1968

FERNANDES, Florestan. A integração do negro na sociedade de classes - Ensaio


interpretação sociológica. Editora Globo, Vol. I, 5ª edição.

MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Técnica de pesquisa. 7. ed. São
Paulo: Atlas, 2008.
MINAYO, Maria Cecília de Souza. Pesquisa Social: teoria, método e criatividade.
Petrópolis: Vozes, 1994
MUNANGA, Kabengele. Uma abordagem Conceitual das noções de raça, racismo,
identidade e etnia. In: Cadernos PENESB. Programa de Educação sobre o Negro na
Sociedade Brasileira. Niterói, Rio de Janeiro. N5. p. 15-23, 2004.
PARO, Vitor Henrique. Gestão Democrática da Escola Pública. 3.ed. São Paulo, Ática,
2005.

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