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Curso de Qualificação Profissional Técnico de Dados

Curso de Qualificação Profissional Técnico de Dados

Unidade 3
Básico da
Rede de Transmissão

3-1
Curso de Qualificação Profissional Técnico de Dados

Rede de Transporte Anotações

Rádi Rede de
o Enla
ce
Transporte

Central Trânsito
Rio de Janeiro

Central Trânsito
Niterói

DW
DM
O.
F.
H/

Backbone
SD

PDH

Outras F.O.
Central Trânsito
Centrais Bahia
Central Trânsito
Minas Gerais

As Redes de Transporte
Existem para transferir, conduzir, transmitir, transportar informações entre centrais telefônicas, ou entre nós de
redes de dados, ou entre quaisquer equipamentos que estão distantes entre si e precisam se comunicar.
Utiliza os seguintes meios de transmissão:
• Cabos metálicos – formam as redes de cabos entre centrais: (entroncamentos).
• Cabos ópticos – utilizados como meio de condução de sinais ópticos – impulsos de luz que representam impulsos
elétricos, que foram convertidos em luz por equipamentos conversores elétricos-ópticos e ópticos-elétricos.
• Cabos submarinos – interligam cidades ou países através de cabos lançados nos leitos dos mares e oceanos.
Atualmente, esta tecnologia já utiliza fibras ópticas.
No Brasil em 1987 foi lançado o primeiro cabo de fibra óptica transcontinental.
Os sistemas de transmissão por cabos submarinos constituem uma outra classe de sistemas onde as fibras ópticas
cumprem atualmente um papel de fundamental importância.
Os cabos submarinos convencionais, embora façam uso de cabos coaxiais de alta qualidade e grande diâmetro para
minimizar a atenuação, estão limitados a um espaçamento máximo da ordem de 5 a 10 Km entre seus repetidores de
sinais.
As fibras ópticas, por outro lado, permitem atualmente espaçamento entre repetidores em torno de 60 Km. Com a
implantação dos sistemas de transmissão por fibras ópticas de quarta geração, alcances sem repetidores superiores a
100 Km serão perfeitamente realizáveis. Além disso, as fibras ópticas oferecem facilidades operacionais (dimensões e
peso menores) e uma maior capacidade de transmissão, contribuindo significativamente para atender à crescente
demanda por circuitos internacionais de voz e de dados, a um custo mais baixo ainda, que os enlaces via satélite.

3-2
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Redes de Transporte Anotações

Meios de Transporte de sinais entre Centrais ou “nós


de rede”
• Cabos Metálicos
• Cabos Ópticos
• Cabos Submarinos
• Sistemas de Transmissão PDH
• Sistemas de Transmissão SDH
• Redes DWDM
• Rádios
• Satélites
• Antenas

Nesta Unidade abordaremos:


Sistemas de Transmissão PDH
Sistemas de Transmissão SDH
Redes WDM

Para a melhor compreensão destes sistemas de transmissão, estudaremos inicialmente os conceitos de Multiplexação
e de Modulação de sinais analógicos para sinais digitais.

3-3
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Multiplexação
Anotações
Em telecomunicações,
Técnicas de Multiplexação multiplexação é o compartilhamento
de um mesmo espaço físico, ou de
uma mesma faixa do espectro
magnético, ou de um período de
• Evolução das Técnicas de Multiplexação tempo, por mais de um usuário, cuja
finalidade é sempre o transporte de
– SDM = Multiplexação por Divisão de Espaço sinais elétricos ou de luz.
– FDM = Multiplexação por Divisão de Freqüências Multiplexação por Divisão de
Espaço (SDM)
– TDM = Multiplexação por Divisão de Tempo A comunicação por telefone
começou com vias de conversação
individuais, o que quer dizer que para
cada ligação telefônica era
necessário comutar um par de fios.
Devido ao grande número de linhas
dispostas fisicamente lado a lado,
esta estrutura foi denominada de
multiplexação por divisão de
espaço (SDM = space division
multiplex).

Anotações
Multiplexação SDM SDM
Multiplexação por Divisão de
Espaço.
Simplesmente reparte entre
si um mesmo espaço físico,
como é o caso dos pares de fios
de cobre de um cabo telefônico
de 600 pares, por exemplo.

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Anotações
Multiplexação FDM
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
f
60 108 kHz

Faixa de freqüências
subdividida em 12 faixas parciais, de 4 kHz cada

Multiplexação por Divisão de Freqüência

Multiplexação por Divisão de Freqüências (FDM)

Como a implantação da rede de linhas físicas absorve a maior parcela do investimento, pensou-se na utilização
múltipla destas linhas, pelo menos na rede de longa distância. Este esforço levou à técnica de multiplexação por divisão
de freqüências (FDM = frequency division multiplex), onde uma faixa larga de freqüência é dividida em faixas parciais
estreitas. A figura acima mostra uma faixa de freqüência de 48 KHz dividida em 12 faixas parciais. Os sinais telefônicos
são convertidos em faixas parciais através da modulação com diferentes ondas senoidais (portadoras) e assim
transmitidas. Como as portadoras são moduladas pelo sinal telefônico, este método também é denominado de método de
freqüência portadora. Após uma demodulação na recepção, estes sinais estão disponíveis novamente em sua forma
original. O método de freqüência portadora é, ainda hoje, um método usual e econômico de transmissão de sinais, usado
nos rádio-enlaces, em transmissões via satélites (rede de transporte) e também nos Carriers Monocanal/Multicanais,
usados na rede de acesso telefônico.

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Anotações
Multiplexação TDM

A Multiplexação por Divisão no Tempo (TDM)

Iniciais da expressão inglesa Time Division Multiplexing é freqüentemente utilizada sempre que se pretende aumentar
o rendimento de um canal de transmissão digital, dele tirando maior proveito das suas capacidades.

Consideremos um dispositivo digital (Multiplexador TDM) com três canais de entrada e um canal de saída, ao qual
chegam bits a um ritmo constante.

O primeiro Multiplexador TDM (à esquerda) funciona como um comutador que "varre" consecutivamente cada uma
das entradas e aí permanece em cada entrada um curto intervalo de tempo (time slot ou janela de tempo), colocando na
saída os bits que aí acabam de chegar.

O segundo Multiplexador (à direita) funciona de modo inverso (como Demultiplexador), ou seja, vai lendo os bits que
chegam a intervalos de tempo regular, e devidamente sincronizado com o primeiro Multiplexador, distribuindo os bits
lidos nas saídas correspondentes.

Se cada uma das entradas apresentar uma velocidade, ou "bit rate" na expressão inglesa, de 2400 Bps, (velocidade
em bits por segundo na qual os bits chegam), a capacidade do canal existente entre os dois multiplexadores atingirá
assim os 3 x 2400 = 7200 Bps.

Os canais de saída terão logicamente velocidades iguais aos dos canais de entrada, ou seja, 2400 Bps.

A grande vantagem da Multiplexagem por Divisão no Tempo TDM está em permitir que um canal de transmissão que
poderia estar completamente ocupado por uma comunicação entre dois usuários de uma rede de telecomunicações,
possa agora ser utilizado por vários outros usuários em outras comunicações que decorram ao mesmo tempo entre os
dois locais.

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Anotações
Princípio da Multiplexação por
Princípio da Multiplexação TDM Divisão de Tempo (TDM)
Na multiplexação por divisão
de tempo, toma-se como base
que para transmitir oscilações
elétricas, por exemplo, sinais
a
u telefônicos, não há a necessidade
de se enviar toda a forma da
onda, sendo suficiente retirar em
intervalos regulares uma
amostra do sinal e transmitir
somente esta.

Amostragem periódica de um sinal analógico a

Sinal PAM TDM


Anotações
Através de uma amostragem,
Princípio da Multiplexação TDM obtém-se uma seqüência de pulsos
curtos cujas amplitudes
correspondem aos valores
a instantâneos do sinal. Esta
u conversão é conhecida como
b modulação por amplitude de
pulsos (PAM). A envoltória dos
sinais PAM reproduz a forma
original da onda.
Entre cada amostra de um
mesmo sinal telefônico surgem
pausas, relativamente grandes.
t Estas pausas podem ser utilizadas
para a transmissão de outros sinais
PAM, isto é, as amostras de
c diferentes sinais telefônicos podem
ser transmitidas em seqüência
cíclica. Os pulsos, de diferentes
Sinal multiplexado por divisão de tempo, formado pelas amostras sinais PAM, forma, assim reunidos,
de três sinais telefônicos analógicos a, b e c, em seqüência cíclica um sinal PAM multiplexado por
ordenada. divisão de tempo.

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Anotações
Princípios da técnica PCM A figura ao lado mostra
como um sinal senoidal (por
Formação de um sinal PCM exemplo: voz) chega a uma
chave eletrônica através de um
filtro passa-baixa, que limita a
Chave faixa de freqüências a ser
Filtro passa-baixas eletrônica transmitida. Ele suprime as
freqüências maiores que a
≈ metade da freqüência de
amostragem. A chave
eletrônica, comandada com a
freqüência de amostragem de
8000 Hz, retira do sinal
t t TA t telefônico uma amostra a cada
125µs. Desta forma, obtém-se
Freqüência de Intervalo de
amostragem amostragem um sinal modulado dos pulsos
Sinal telefônico Sinal telefônico fA = 8000 Hz TA = 1/fA = 125µs em amplitude - o sinal PAM.
do assinante de faixa limitada Sinal PAM

Anotações
Princípios da técnica PCM
Princípios da técnica PCM Para a conversão de um sinal
analógico para digital, uma das
técnicas mais simples, eficientes e
econômicas é a PCM.
• Teorema da amostragem
Para tal, esta técnica se baseia
no Teorema da Amostragem:
Teorema da amostragem
O teorema da amostragem

fA > 2fS especifica a menor freqüência de


amostragem de um sinal analógico,
para que na reconstituição do sinal
analógico original, a partir das
amostras, não haja perdas na
informação.
A freqüência de amostragem
(fA) deve ser maior que duas vezes
a maior freqüência contida no sinal
analógico (fS):
fA > 2fS

3-8
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Conversão Analógico - Digital


Anotações
Conversão analógico → digital Amostragem
Para a faixa de freqüência de
300 Hz a 3400 Hz, usada na
telefonia, foi fixada,
• Amostragem internacionalmente, uma
fs = 3400 Hz freqüência de amostragem (fA)
de 8000 Hz. O intervalo entre
fa>2 x 3400 = 6800 amostras  aumentada duas amostras sucessivas de
para 8000 amostras por segurança um mesmo sinal telefônico
(intervalo de amostragem =
TA) resulta de:

Freqüência de amostragem (fA) = 8000 Hz fs = 3400 Hz


fa> 2 x 3400 = 6800
amostras  aumentada para
8000 amostras por segurança
Freqüência de amostragem
(fA) = 8000 Hz.

Anotações
Conversão Analógico - Digital
Conversão analógico → digital O intervalo entre duas
amostras sucessivas de um
mesmo sinal telefônico (intervalo
de amostragem = TA) resulta
de:
1 1 TA =
1
=
1
= 125µs

TA = = = 125 µ s fA 8000 Hz

f A 8000 Hz

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Anotações
Princípio da Multiplexação TDM
Palavras PCM
11001100
a
01111111
u

10001111

PAM
11011100
11111111
11001100
Modulação do sinal a

Quando as amostras da forma de onda não são transmitidas com pulsos de diferentes amplitudes, porém com
palavras de códigos binários, então, tem-se a modulação por codificação de pulsos (PCM).

Cada amostra instantânea de tensão, representada pelo sinal PAM (Pulse Amplitude Modulation) é agora
representado por uma palavra de 8 bits que informará ao lado receptor qual o valor de tensão da amostra original. Esta
palavra de 8 bits é PCM (Pulse Code Modulation).

Os princípios da técnica PCM foram imediatamente aplicados para a construção de equipamentos de transmissão de
sinais telefônicos entre centrais telefônicas.

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Anotações

Princípio da Multiplexação TDM


a 1001 1111 1101 1010 1011 0010 0101 0001

Sinal PCM
multiplexado ... ... ... ... ... ... ... ... ...
por divisão
de tempo

b 0110 0100 1000 1010 1100 1101 1100 1011

As amostras em forma de pulsos são quantizadas e geralmente codificadas com 8 bits.


As amostras codificadas de diferentes sinais PCM, reunidos ciclicamente, formam um sinal PCM multiplexado por
divisão de tempo.

Na figura acima aparece um sinal PCM multiplexado por divisão de tempo, formado pelas amostras codificadas dos
sinais telefônicos analógicos a e b (no exemplo, cada amostra está representada por somente 4 bits).

Os sinais PCM multiplexados por divisão de tempo permitem a múltipla utilização de linhas e elementos eletrônicos de
comutação. Além disso, devido à estrutura digital da mensagem, os sinais PCM são bem menos sensíveis a interferências
que os sinais analógicos (por exemplo, sinais PAM).

3-11
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Sistema PDH
Hierarquia Digital Plesiócrona
• A Hierarquia Digital Plesiócrona (PDH) foi desenvolvida em resposta
às exigências da telefonia convencional e como tal, não é ideal para
serviços faixa larga.

Hierarquia Digital Plesiócrona PDH


No final da década de 60, os princípios da técnica PCM foram imediatamente aplicados na construção de
equipamentos de transmissão de sinais, dando também a partida na digitalização da Rede de Transporte, existente
entre as Centrais Telefônicas.
Anotações

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Anotações
Hierarquia Digital Plesiócrona
PDH
amostraa

Amostra 2 Amostra 1

Amostra 2 Amostra 2

Amostra 1 Amostra 1

Hierarquia Digital Plesiócrona PDH


No começo dos anos 70, os sistemas de transmissões digitais começaram a aparecer utilizando um método de
conversão dos sinais elétricos analógicos para sinais elétricos digitais, através da codificação por modulação de pulsos
PCM.
O PCM (Modulação por Código de Pulsos) permitiu que formas de ondas analógicas, como a voz humana, fossem
representadas em forma digital binária.
Com este método era possível representar um sinal telefônico analógico de 4 KHz em uma seqüência de bits digitais a
64 KBps.
Logo a engenharia percebeu a possibilidade de produzir sistemas mais eficientes de transmissão a custos mais baixos.
Isto era possível combinando vários canais PCM no mesmo fio de cobre que antes era ocupado por um único assinante,
ou por um único sinal analógico de 4 KHz.
Na Europa e no Brasil foi adotado um padrão, denominado PCM 30, que utiliza um sistema de Multiplexação por
Divisão de Tempo (TDM) e reúne sobre um único par de fios, 32 canais de 64 KBps (sendo 30 canais para atender a
conversações de assinantes, 1 canal dedicado ao controle da própria linha e 1 canal para a sinalização entre as centrais),
formando assim uma linha de 2.048 MBps, (chamadas de linhas de 2 MBps).

3-13
Curso de Qualificação Profissional Técnico de Dados

Anotações
Sistema de Transmissão PDH Estes equipamentos,
denominados por PDH
(Hierarquia Digital
1 2 3 4 29 30 31 32 Plesiócrona), conseguem reunir
na sua entrada até 30 canais
t telefônicos analógicos de 4 KHz
0 125µs cada, digitalizando-os pelo
Teorema da Amostragem e
transmitindo em uma linha de
Período
32 canais PCM de 64 KBps,
subdividido em 32 "time slots", de aprox. 3,9µs cada denominada de linha de 2
MBps. Esta linha, que forma o
meio físico de transmissão é
normalmente uma linha coaxial,
mas podendo também ser um
par de fios trançado.

Anotações
Sistema PDH A tabela apresenta as
diferentes hierarquias de sinais
digitais adotadas no mundo. No
Brasil, adotamos a hierarquia
européia, onde um canal E1
Nível EUA Brasil e Japão
permite 30 canais de voz de 64
Europa
KBps.
1 1,5 Mbps (T-1) 2 Mbps (E-1) 1,5 Mbps (T-1)

2 6 Mbps (T-2) 8 Mbps (E-2) 6 Mbps (T-2)

3 44 Mbps (T-3) 34 Mbps (E-3) 32 Mbps (T-3)

4 274 Mbps (T-4) 139 Mbps (E-4) 97 Mbps (T-4)

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Curso de Qualificação Profissional Técnico de Dados

Anotações
Sistema PDH Padrões PDH
A "Portadora E1" é um
sistema PDH de 1ª Ordem,
• Portadora E1 normalizado na Europa desde
1968, pelo então CCITT, e
– Sistema Europeu de Multiplexação adotado no Brasil.
– Multiplexa 32 canais PCM de 64 KBps cada, sendo: É um sistema de grande
capacidade, que transporta
Canais telefônicos digitais = 30; 30+2 canais telefônicos
Canal de Sinalização = 1; digitais PCM de 64 KBps (o
que totaliza 32 x 64 = 2048
Canal de Alinhamento = 1; KBps, após a Multiplexação),
Velocidade da Linha Transportadora: 32x64 KBps= 2MBps. sendo os dois canais
individualizados, destinados ao
transporte de Sinalização e
Manutenção do sincronismo
(alinhamento).

Anotações

Conceitos de Multiplexação Nos Estados Unidos, Canadá


e Japão foi normatizada a
Sistemas TDM Portadora T1.
Esta Portadora digital PDH
Portadora T1 T1 comporta 24 canais de voz
• Sistema de Multiplexação Norte Americano multiplexados, de 64 KBps cada
um, assegurando uma
• Multiplexa 24 canais PCM de 64 KBps cada, sendo: velocidade, aproximadamente,
de 1,5 MBps.
– 24 canais usados para telefonia e um canal
para sinalização formado virtualmente com
bits extraídos dos próprios 24 canais
telefônicos
– Velocidade da linha transportadora:
• 24 x 64 KBps = 1,5 MBps.

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Sistema de Transmissão PCM30 Anotações

D ireção de transm issão

N um eração do slot de tem po do quadro de pulso

0 1 2 . .. 15 16 17 . .. 31
palavra de c anal c anal c anal c anal c anal
alinham ento de voz de voz de voz s inalizaç ão de voz de voz
de quadro/ 1 2 15 16 30
palavra de
s erviç o
. .. . ..

A prox .
3,9µs

1 2 3 4 5 6 7 8
num eração dos bits

32 x 8 = 256 bits

125µs

Canal 0 = canal de sincronização


Palavra de alinhamento em cada primeiro quadro de pulsos
Palavra de serviço em cada segundo quadro de pulsos

Palavra de alinhamento de quadro (canal 0)


O equipamento receptor determina a temporização dos quadros de pulsos, por meio das palavras de alinhamento de
quadro entrantes. Desta forma, os bits entrantes podem ser atribuídos, na seqüência correta, a cada circuito de voz. No
canal 0 são transmitidas, alternadamente, a palavra de alinhamento de quadro e a palavra de sinalização. O bit 1 no canal
0 é reservado para uso internacional. A palavra de alinhamento de quadro é contida nos bits 2 a 8 do time slot de canal 0
e sempre possui a mesma seqüência de bits: 0011011.

Palavra de serviço (canal 0)


As palavras de serviço transmitem sinais de serviço. O bit 3 na palavra de sinalização é o bit de sinalização para
alarme urgente - "0" significa nenhum alarme, "1" relata um dos seguintes alarmes:
• Falha de alimentação (se o alarme ainda for possível);
• Erro do sinal entrante de 2048 KBps;
• Erro de alinhamento de quadro;
• Taxa de erros da palavra de alinhamento de quadro >1 x 10-3;
• Os bits 4 a 8 da palavra de sinalização são reservados para uso nacional.

3-16
Curso de Qualificação Profissional Técnico de Dados
Canal 16 = canal de sinalização
O sistema de transmissão PCM30 permite transmissão simultânea de 30 chamadas, p.ex. através de dois pares de
fios balanceados num cabo de freqüência de voz.

Sinalização
A sinalização de comutação (por exemplo, sinais de atendimento, de desconexão para trás e de seleção) é transmitida
através do canal 16. Distingue-se entre:
CAS - sinalização associada ao canal, para 30 circuitos de voz;
CCS - sinalização por canal comum, através de um enlace de sinalização de 64 KBps.

Na sinalização associada ao canal, o canal 16 é dividido de forma que certos bits são disponibilizados a cada um dos
30 canais telefônicos. Por este motivo, 16 quadros de pulsos são combinados num multiquadro. No início de cada
multiquadro, uma palavra de alinhamento de multiquadro é enviada através do time slot de canal 16 do quadro 0. A
seqüência de bits é "0000" desta palavra de sinalização de multiquadro.
Os time slots de canal 16 de um multiquadro são divididos em 2 grupos de 4 bits (a, b, c, d). Num multiquadro, a
cada um dos 30 canais telefônicos é atribuído um dos grupos de 4 bits, para fins de sinalização. A taxa de bits de
sinalização por canal telefônico é de 2 KBps.

Quadro de pulsos
8.000 valores de amostragem são transmitidos como palavras PCM de 8 bits, em ambas as direções de cada um dos
30 circuitos de voz. Desta forma, uma após a outra, 30 palavras PCM de 8 bits devem ser transmitidas, em ambas as
direções, durante os 125 µs. Mais 2 x 8 bits pertencem a estas palavras PCM: 8 bits de sinalização e 8 bits que
contêm, alternadamente, uma palavra de alinhamento de quadro e uma palavra de serviço. Isto resulta em 32
palavras PCM formando um quadro de pulsos. Estes quadros de pulsos são transmitidos em sucessão direta.

3-17
Curso de Qualificação Profissional Técnico de Dados

Anotações

Sistema de Transmissão PCM 30


Quadro PCM é formado por:
• Canal 0 = alinhamento e serviço;
• Canal 16 = canal de sinalização;
• Canais 1 a 15 e 17 a 31 = canais telefônicos.

Anotações
Sistemas PDH
SISTEMA PDH
• Utilizado para transportar sinais entre duas localidades.
• Sistema não-sincronizado (plesiócrono).
• Velocidades de transmissão: de 2 MBps, 8 MBps, 32 Mbps,
140 Mbps.

3-18
Curso de Qualificação Profissional Técnico de Dados

Anotações
Hierarquia Digital Plesiócrona
PDH

Estrutura da Hierarquia PDH


O crescimento da quantidade de tráfego na rede telefônica exigiu a implementação de níveis de multiplexação que
aumentassem a velocidade de transmissão para 8 MBps, 34 MBps, 140 MBps.

Sistema PDH de 1ª Ordem – linha de 2 MBps.


Sistema PDH de 2ª Ordem – linha de 8 MBps.
Sistema PDH de 3ª Ordem – linha de 32 MBps.
Sistema PDH de 4ª Ordem – linha de 140 MBps.

Acima da 4ª Ordem o sistema PDH demonstrou-se ser muito caro e de pouca eficiência.

Sincronização
Para a sincronização do sistema PDH é utilizado uma técnica denominada Plesiócrona, que significa sistema de
sincronização não sincronizado, utilizando-se, por exemplo, no primeiro e segundo nível, de palavras de Justificação
Positivo-Zero-Negativa.

3-19
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Anotações
Serviços PDH
• Além da Transmissão de sinais digitais ou digitalizados
entre duas localidades remotas, o sistema PDH oferece
outras aplicações.
• Exemplos:
– TC Digitronco
– TC ISDN

O E1, nome comumente dado à linha de 2 MBps, passou a ser comercializado como serviço de transporte e oferece
flexibilidade para um grande número de aplicações.
Exemplos:
- Acesso para administrar uma rede privada.
- Linha ponto-a-ponto ou um circuito de alta velocidade.
- Acesso corporativo à Internet ou acesso ao webserver da empresa.
- Suporta serviços de voz/dados/imagem pela WAN através do mundo.
- Acesso a redes Frame Relay públicas ou redes telefônicas comutadas públicas para voz e dados, como as
ligações de PABX ou de RDSI na rede pública.
- Um único tronco E1 provê diversas linhas adicionais de voz e dados sem custo adicional.
- As linhas E1 oferecem excelente desempenho no link entre LANs.
- Envio de dados que exigem grande largura de banda, como: CAD/CAM, MRI, imagens escaneadas CAT, e outros
gráficos com grandes arquivos.

3-20
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Anotações
TC Digitronco
Ambiente do Cliente Ambiente da Telemar

Placa E1
PABX modem
modem
Rede
Telemar

Rede de Acesso Rede de Transporte

30 canais voz ou
dados

ACESSO
E1

2 canais
controle

TC Digitronco
É um produto que permite a interligação dos equipamentos digitais de telefonia do cliente à rede pública comutada da
Telemar.
PABX;
DAC (Distribuidor Automático de Chamadas);
Multiplexadores;
Este produto também é conhecido no mercado como E1.
São links conectados à rede por meio de enlaces de 2 MBps, possibilitando múltiplas conversações simultâneas, com
qualidade e segurança nas chamadas.
Permite a realização de até 30 ligações simultâneas, por link E1.

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Curso de Qualificação Profissional Técnico de Dados

Anotações
TC Digitronco
Topologia
Aplicações de Voz

Empresa XTPO TC Digitronco


Acessos: par metálico ou fibra óptica
Ramais
Número chave CPA
3540-1200
E1
3540-1201

Modem
HDSL
3540-1202 Rede
PABX
Telemar
3540-1204
Placa E1
Internet

TC Digitronco i
3540-1205
TC IP Connect

RAS Roteador
Provedor

Características
O cliente utiliza um acesso de 2 MBps em módulos, podendo ser flexibilizado em vários canais de voz.
É oferecido para os clientes nas seguintes configurações:
• TC DIGITRONCO 30 - para até 30 ligações simultâneas.
• TC DIGITRONCO 20 - para até 20 ligações simultâneas.
• TC DIGITRONCO 10 - para até 10 ligações simultâneas.

A Comercialização é no mínimo de 10 canais.

Aplicações
Empresas que precisam de um sistema de alta qualidade, com concentração de linhas em um mesmo endereço.
Este serviço é especialmente apropriado para:
• Interligação de PABX;
• Call centers de empresas que possuam, por exemplo, Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC).

Para empresas com mais de 7 Linhas Não Residenciais, em um mesmo endereço, a solução indicada é o TC Digitronco
10.

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Curso de Qualificação Profissional Técnico de Dados

TC Digitronco
Topologia Wireless
Aplicações de Voz
Acesso via Rádio

Rádio

TC Digitronco
Empresa XTPO

Ramais
Número chave Central
3540-1220 Telemar
3540-1221
Rede
Modem Telemar
3540-1222
PABX

3540-1223 Placa E1
Internet
TC Digitronco i

3540-1224 RAS Roteador


TC IP Connect

Provedor

Anotações

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Curso de Qualificação Profissional Técnico de Dados

Anotações
Limites do Sistema PDH
• A Hierarquia Digital Plesiócrona PDH deixou de satisfazer as
necessidades de um sistema moderno e eficiente de
transmissão numa sociedade cada vez mais global:
– Difícil e cara compatibilização entre diferentes Hierarquias
de Transmissão;
– Necessidade de demultiplexar um sinal de nível superior, a
fim de poder retirar um canal de nível inferior;
– Espaço insuficiente para transportar informação de gestão,
manutenção e monitoração do estado da rede;
– Sem normas definidas para transmissão óptica dos sinais.

Limites enfrentados pelo sistema PDH

Durante vários anos, as redes digitais de transmissão de dados, exploradas pelos operadores de telecomunicações,
multiplexaram os dados com o intuito de obter elevadas velocidades de transporte da informação, de acordo com os
padrões estabelecidos pela ITU (União Internacional de Telecomunicações), sendo este sistema designado por Hierarquia
Digital Plesiócrona (PDH).

Deste modo, os sinais digitais foram divididos por "níveis" hierárquicos bem conhecidos, consoante à velocidade de
transporte dos dados.

Mas, esta hierarquia de até 4 níveis ainda cresceu para o nível 5, tentando aumentar mais as velocidades de
transmissão PCM, como no caso do sistema PCM 24 japonês.

No seu conjunto, a Hierarquia Digital Plesiócrona deixou de satisfazer as necessidades de um sistema moderno e
eficiente de transmissão numa sociedade cada vez mais global.

Difícil e cara compatibilização entre diferentes Hierarquias de Transmissão

Torna-se necessário dispor de equipamentos para converter entre si sinais de sistemas de transmissão diferentes (na
Europa, por exemplo, não estão normalizados sinais de 1,5 MBps nem de 6 MBps); mesmo dentro do mesmo país,
equipamentos construídos por diferentes fabricantes, não comunicam freqüentemente entre si, devido ao modo
proprietário que utilizam para a multiplexação.

3-24
Curso de Qualificação Profissional Técnico de Dados

Necessidade de demultiplexar um sinal de nível superior, a fim de poder retirar um canal de nível inferior

Neste sistema, para retirar um canal de voz de 64 KBps de um sinal de 140 MBps, por exemplo, é,
primeiro,necessário demultiplexar de 140 para 34 MBps, depois de 34 para 8 MBps, de 8 para 2 MBps, e, finalmente,
de 2 MBps para os 64 KBps pretendidos. Esta tarefa, além de implicar atrasos, é também dispendiosa, dado o uso que
tem de fazer dos multiplexadores citados.

A figura acima mostra as operações necessárias em PDH para retirar um tributário de 2 MBps de dentro de um sinal
de 140 MBps, a fim de poder isolar, a partir deste, um canal de voz de 64 KBps, e a colocação novamente na linha do
canal de 2 MBps agora modificado.

Espaço insuficiente para transportar informação de gestão, manutenção e monitoração do estado da rede

Os quadros PDH não prevêem em nenhum dos seus níveis, número suficiente de bits de reserva, pelo que é
necessário criar uma rede à parte (fora da banda passante) e com equipamento próprio, logo, de dispendiosa
manutenção, para transmitir estas informações.

Não há normas definidas para transmissão óptica dos sinais

Os padrões existentes são apenas para interfaces elétricas. Deste modo um equipamento de fibra óptica de um
fabricante pode vir a não comunicar com outro de fabricante diferente, devido à inexistência de normas comuns para a
sua construção.

3-25
Curso de Qualificação Profissional Técnico de Dados

Exercícios PDH
1. Qual o tipo de sincronismo usado nas redes PDH?

2. Quais são as Ordens ou Níveis de hierarquia PDH e as respectivas


velocidades de seus canais ou tributários?

3. Cite uma aplicação do sistema PDH.

Anotações

3-26
Curso de Qualificação Profissional Técnico de Dados

Anotações
Hierarquia Digital Síncrona SDH
• Hierarquia Digital Síncrona - SDH
– O International Telecommunication Union (ITU)
publicou em 1988, com base na rede digital
síncrona norte americana (Synchronous Optical
Digital Network - SONET), um novo padrão
internacional, designado por:
Hierarquia Digital Síncrona – SDH.

Hierarquia Digital Síncrona

Com o aparecimento de novos serviços de telecomunicações, e dada à incapacidade da estrutura PDH existente para
fazer face às exigências do novo mercado, a ITU-T (International Telecommunication Union - Telecommunication Sector)
publicou em 1988, com base nas especificações da rede digital síncrona norte americana (Synchronous Optical Digital
Network - SONET), um novo padrão internacional, designado por "Hierarquia Digital Síncrona" - SDH.

Trata-se de uma nova forma de multiplexar e transportar os sinais ao longo da linha de transmissão, que além de
permitir também o transporte de sinais oriundos do PDH, vem resolver os diversos problemas evidenciados por este
sistema de transmissão digital.

Em particular, é agora possível extrair sinais (também designados por tributários) de baixo nível ou ordem hierárquica,
diretamente a partir de sinais de alta velocidade e ordem superior, sem necessidade de efetuar todo o ciclo de
demultiplexação descrito para a hierarquia PDH.

Atualmente encontram-se normalizadas as seguintes velocidades de transmissão:

Estrutura/Velocidade de Agregado

STM1 155.520 MBps

STM2 311.040 MBps

3-27
Curso de Qualificação Profissional Técnico de Dados
STM3 466.560 MBps

STM4 622.080 MBps

STM16 2.488.320 MBps

STM64 9.953.280 MBps

Foi ainda prevista a introdução futura de outras velocidades de transmissão superiores (tramas STM-N)

Rede SDH é o conjunto de equipamentos e meios físicos de transmissão que compõem um sistema digital síncrono de
transporte de informações. Este sistema tem o objetivo de fornecer uma infra-estrutura básica para redes de dados e
voz, e atualmente é utilizado em muitas empresas que prestam serviços de Telecomunicações, públicos e privados, em
todo o mundo.

As tecnologias SDH (Synchronous Digital Hierarchy) são utilizadas para multiplexação TDM com altas taxas de bits,
tendo a fibra óptica como meio físico preferencial de transmissão. Entretanto, possui ainda interfaces elétricas que
permitem o uso de outros meios físicos de transmissão, tais como enlaces de rádios digitais e sistemas ópticos de visada
direta, que utilizam feixes de luz infravermelha.

Sua elevada flexibilidade para transportar diferentes tipos de hierarquias digitais permite oferecer interfaces
compatíveis com o padrão PDH europeu (nas taxas de 2 MBps, 8 MBps, 34 MBps e 140 MBps) e americano (nas taxas
de 1,5 MBps, 6 MBps e 45 MBps), além do próprio SDH (nas taxas de 155 MBps, 622 MBps, 2,5 GBps e 10 GBps).

A tecnologia SDH permite ainda implementar mecanismos variados de proteção nos equipamentos e na própria rede,
oferecendo serviços com alta disponibilidade e efetiva segurança no transporte de informações.

Histórico

Os primeiros sistemas de transmissão baseados em fibra óptica utilizados nas redes de telefonia pública utilizavam
tecnologias proprietárias na sua arquitetura, nos formatos de multiplexação, no software e no hardware, e tinha
procedimentos de manutenção diferenciados. Os usuários desses equipamentos solicitaram ao mercado fornecedor que
desenvolvesse uma padronização de tecnologias e equipamentos de forma a possibilitar a utilização de equipamentos de
diferentes fornecedores numa mesma rede.

A tarefa de criar tais padrões começou em 1984, junto com outras frentes de trabalho para outras tecnologias, e
ficou inicialmente a cargo da ECSA - EUA (Exchange Carriers Standards Association). A ECSA desenvolveu o padrão
SONET (Synchronous Optical Network), que foi adotado, entre outros países, nos EUA.

Após algum tempo o ITU-T - Europa (antigo CCITT) envolveu-se no trabalho para que um único padrão internacional
pudesse ser desenvolvido para criar um sistema que possibilitasse que as redes de telefonia de países distintos
pudessem ser interligadas. O resultado desse trabalho foi o conjunto de padrões e recomendações conhecido como SDH
(Synchronous Digital Hierarchy), ou Hierarquia Digital Síncrona.

O desenvolvimento do SDH levou a um ajuste no padrão SONET para que os frames dos 2 sistemas pudessem ser
compatíveis tanto em tamanho como em taxa de bits, de forma que se pudessem interligar as redes dos 2 padrões sem
problemas de interface.

3-28
Curso de Qualificação Profissional Técnico de Dados

Anotações
Hierarquia Digital Síncrona SDH

n x 155.520

155.520

51.840

6.312

1.544 2.048

Atualmente encontram-se normalizadas as seguintes velocidades de transmissão:

Estrutura/Velocidade de Agregado

STM1 155.520 MBps

STM2 311.040 MBps

STM3 466.560 MBps

STM4 622.080 MBps

STM16 2.488.320 MBps

STM64 9.953.280 MBps

STM = Módulo de Transporte Síncrono

3-29
Curso de Qualificação Profissional Técnico de Dados

Anotações
Hierarquia Digital Síncrona SDH
SISTEMA SDH
Hierarquia Digital Síncrona SDH
• Sistema de transporte de sinais em alta velocidade;
• Acesso à Internet em alta velocidade;
• Padronizado mundialmente;
• Total compatibilidade;
• Acesso direto dos tributários através de técnicas do tipo
Add/Drop;
• Velocidades de 155,5 MBps a 9.9953 MBps;
• Utilização de videoconferência.

Hierarquia Digital Síncrona SDH


O sistema de transmissão SDH é o alicerce ideal para a transmissão de sinais de todas as redes.
Exemplo: SDH dando suporte para a Rede Inteligente.
Vantagens e Restrições
As redes SDH oferecem vários benefícios, quando comparada com outras tecnologias:
• O cabeçalho complexo existente no frame SDH permite a gerência (administração, operação e manutenção)
centralizada da rede;
• A arquitetura de multiplexação síncrona e a padronização tanto em nível de equipamentos como de interfaces,
permite o crescimento para níveis mais altos de multiplexação e taxas de bits;
• A estrutura de multiplexação é flexível, permitindo o transporte de sinais PDH (e até mesmo de células ATM)
e o acesso aos tributários de qualquer hierarquia num único equipamento;
• A forte padronização do SDH permite maior compatibilidade entre equipamentos de fabricantes diferentes,
tanto através de interfaces elétricas como ópticas;
• Os equipamentos possuem mecanismos que permitem implementar procedimentos de proteção tanto nas
interfaces de tributários como na rede, facilitando a formação de redes em anel ou malha.
Entretanto, a tecnologia SDH apresenta ainda as seguintes desvantagens:
• O projeto, instalação e operação da rede SDH é complexo e deve ser feito com um planejamento criterioso e
detalhado;
• Apesar da forte padronização de equipamentos e da tecnologia SDH, a padronização dos sistemas de gerência
de rede ainda não é um fato, impedindo que equipamentos de fabricantes diferentes possam ser gerenciados
por um sistema único.

3-30
Curso de Qualificação Profissional Técnico de Dados

Anotações
Topologia SDH

Uma rede SDH é composta por:

Rede Física: é o meio de transmissão que interliga os equipamentos SDH. Pode ser composta por: cabos de fibra
óptica, enlaces de rádio e sistemas ópticos de visada direta baseados em feixes de luz infravermelha.

Equipamentos: são os multiplexadores SDH de diversas capacidades que executam o transporte de informações.

Sistema de Gerência: é o sistema responsável pelo gerenciamento da rede SDH, contendo as funcionalidades de
supervisão e controle da rede, e de configuração de equipamentos e provisionamento de facilidades.

Sistema de Sincronismo: é o sistema responsável pelo fornecimento das referências de relógio para os
equipamentos da rede SDH, e que garante a propagação desse sinal por toda a rede.

Redes SDH: Características do SDH

A hierarquia SDH foi concebida para uma arquitetura de multiplexação síncrona. Cada canal opera com um relógio
sincronizado com os relógios dos outros canais, e é sincronizado com o equipamento multiplex através de um processo de
justificação de bit e encapsulamento da informação (contêiner). A esse contêiner é adicionado um cabeçalho (POH), que o
caracteriza e indica sua localização no frame, e forma-se então um contêiner virtual (VC - Virtual Container) para cada
canal.

3-31
Curso de Qualificação Profissional Técnico de Dados
O SDH pode transportar também os diferentes tipos de sinais PDH, através do frame padronizado denominado STM-N
(Synchronous Transport Module), utilizado tanto para sinais elétricos como para sinais ópticos. Atualmente o padrão
SDH utiliza frames STM-N com as seguintes taxas de bits: 155520 MBps (STM-1 elétrico ou óptico), 622080 MBps
(STM-4 óptico), 2488320 MBps ou 2,5 GBps (STM-16 óptico) e 9953280 MBps ou 10 GBps (STM-64 óptico).

Os diversos canais multiplexados (VC's) normalmente são chamados de tributários, e os sinais de transporte gerados
(STM-N) são chamados de agregados ou sinais de linha.

Os itens a seguir detalham as características mais relevantes da tecnologia SDH.

Sincronismo

As redes SDH formam um sistema síncrono onde todos os relógios de seus equipamentos têm, em média, a mesma
freqüência. O relógio de cada equipamento, chamado de relógio secundário ou escravo, pode ser rastreado até o relógio
principal da rede, chamado também de mestre, garantindo a distribuição e qualidade do sinal de sincronismo.

A manutenção de uma boa referência de relógio permite que os sinais STM-1 mantenham sua taxa de 155 MBps
estável, e que vários sinais STM-1 síncronos possam ser multiplexados sem a necessidade de inserção de bits, sendo
facilmente acessados em sinais STM-N de maior taxa de bits.

Também os sinais síncronos de menores taxas de bits, encapsulados nos VC's, podem ser multiplexados sem a
necessidade de inserção de bits para compor os sinais STM-1, e podem ser facilmente acessados e recuperados.

O uso de ponteiros em conjunto com buffers permite acomodar as eventuais diferenças de fase e freqüência dos
canais durante o processo de multiplexação. Os ponteiros possuem campos específicos para armazenar os bits ou bytes
em excesso ou para indicar a falta destes durante o processo de sincronização (justificação). Os buffers permitem que
esse processo ocorra sem a perda de informação armazenando e mantendo o sinal original.

Desta forma, é extremamente importante a qualidade e a manutenção do sinal de sincronismo para o sucesso da rede
e dos serviços prestados a partir dela.

Estrutura em Camadas

O padrão SDH foi desenvolvido usando a abordagem cliente/servidor e sua arquitetura de administração e supervisão
procurou apoiar-se no modelo de camadas OSI (ISO), permitindo que a supervisão do transporte de informações seja
feita através de camadas hierarquizadas.

Via Frame

Entende-se por Via o caminho percorrido pelo sinal entre a origem e o destino. Nesse caminho o sinal é acondicionado
no frame SDH que faz o seu transporte através de todos os equipamentos da rede nessa rota. Em cada equipamento, de
acordo com a sua função, o frame é processado pelas camadas adequadas para ser restaurado ou para extrair ou inserir
novos serviços. Em cada etapa desse processo a informações de administração e supervisão do SDH são geradas e
inseridas no frame.

3-32
Curso de Qualificação Profissional Técnico de Dados

Anotações
Hierarquia Digital Síncrona SDH

Estrutura do Frame
O frame SDH tem tamanho padrão para cada hierarquia. Cada frame constitui uma unidade para fins de administração
e supervisão da transmissão no sistema. Esses frames são transmitidos a uma taxa de 8000 frames por segundo (8000
Hz).
O frame SDH para a hierarquia STM-1, por exemplo, tem 2430 bytes, organizados em 9 linhas com 270 colunas de
bytes, os quais são transmitidos serialmente linha a linha da esquerda para a direita, e de cima para baixo.
A trama STM - 1 em SDH
Esta trama é a que corresponde à menor velocidade de transmissão possível em SDH, ou seja, cerca de, 155 MBps.
Para esta velocidade ainda é possível transmiti-la utilizando sinais elétricos. É, contudo, freqüente a sua transmissão
utilizando fibras ópticas, tal como se torna obrigatório proceder para as tramas de ordem superior de 620 MBps e 2,4
GBps.
Ela é formada por 2430 bytes que para efeitos de fácil representação gráfica, se dispõem na figura em 9 linhas de
270 bytes cada.
Na sua constituição existe uma seção de cabeçalho (Section Overhead) composta por (9 x 9) = 81 bytes e uma
seção destinada a transportar a informação útil, espaço de carga (ou, Payload).
No cabeçalho podemos identificar 3 regiões distintas, tendo em conta as 3 diferentes missões desempenhadas pelos
bytes que as integram.
De igual modo, no espaço de carga, existe uma região com o tamanho de 9 bytes, que para efeitos práticos funciona
como se fosse um "rótulo", com informações sobre a carga transportada e o caminho por ela seguido.
As tramas repetem-se ao ritmo de 8000 por segundo. Fazendo contas simples, teremos:
9 x 270 = 2430 bytes por trama
2430 x 8 = 19 440 bits enviados em 125 µs
19440/(125 x10 -6)= 155 520 000 Bps, cerca de 155 MBps em números redondos.

3-33
Curso de Qualificação Profissional Técnico de Dados

Anotações
Hierarquia Digital Síncrona SDH
Trama STM-1

Podemos também notar que cada byte corresponde a uma velocidade de 64 KBps, podendo portanto corresponder a
um canal de voz.
Na verdade, teremos, fazendo agora as contas de modo diferente, mas equivalente:
1 byte = 8 bits enviados a cada trama, uma vez que são enviadas 8000 tramas por segundo = 64 Kbytes por
segundo.
A importância deste fato está em que podemos retirar diretamente um canal de voz de 64 KBps desta trama sem ter
de proceder a demoradas e caras operações de demultiplexação, bastando para tal saber a sua localização dentro da
trama STM-1.

3-34
Curso de Qualificação Profissional Técnico de Dados

Anotações

Cabeçalho do Frame SDH

O cabeçalho (overhead) é composto por 3 tipos de estruturas:


RSOH (Regenerator Section Overhead), processado em cada equipamento da rede, contém informações de
alinhamento de frame, identificação de frame, monitoração de erro de regeneração, alarmes físicos externos ao
equipamento, e supervisão de sistema. Contém também um canal de voz, para comunicação de técnicos entre
equipamentos.
MSOH (Multiplex Section Overhead), processado apenas em equipamentos onde existe inserção (add) ou retirada
(drop) de canais multiplexados, contém informações de monitoração e indicação de erros de multiplexação, controle de
chaveamento de mecanismos de proteção, monitoração de sincronismo e gerência de sistema.
POH (Path Overhead), processado em cada equipamento, possui os ponteiros que indicam onde se localiza o primeiro
byte do(s) VC(s) dentro da área de informação útil (payload) do frame, e eventuais bytes provenientes de justificação
deste(s) VC(s).
A incorporação dos ponteiros nas estruturas dos VC's do frame SDH permite que mesmos sinais com diferenças de
fase e freqüência possam ser transportados num mesmo frame, já que essas diferenças são acomodadas em bytes
específicos do POH através do processo de justificação. Ressalta-se, entretanto, que essas diferenças devem atender as
especificações estabelecidas pelas recomendações do ITU-T para o SDH.

3-35
Curso de Qualificação Profissional Técnico de Dados

Anotações
Elementos Básicos de uma Rede
SDH

Elementos básicos de uma Rede SDH


Uma Rede SDH é em geral formada pelos equipamentos, designados por Elementos de Rede, que a seguir se
descriminam:
• Terminais Multiplexers de Linha (SDH TMUX)
A função deste Elemento de Rede é a de combinar sinais, tanto plesiócronos (PDH) como síncronos (tributários SDH,
por exemplo), dando origem à formação de sinais STM de ordem superior. São em geral equipamentos de acesso à
rede SDH.
Possui apenas uma interface de agregado e possibilita a inserção (add) ou retirada (drop) de tributários de diversas
hierarquias.
Como exemplo, podemos indicar a multiplexação de sinais provenientes do PDH de 2, 34 e 140 MBps com outros do
tipo STM - 1, numa portadora óptica de transporte do tipo STM - 4. Os interfaces ópticos mais comuns são os de
1310 e de 1550 ηm.

• Regeneradores SDH (REG)


Estes Elementos de Rede atuam como repetidores, extraindo o seu sinal de relógio, bem como a energia necessária
ao seu funcionamento, do fluxo de dados que recebem. O espaçamento entre si dos regeneradores, tipicamente na
ordem dos 50 Km, depende sobretudo, do comprimento de onda utilizado (as fibras ópticas para 1550 ηm, sendo
mais caras, são contudo mais transparentes), da potência do sinal na emissão e da sensibilidade do receptor. Para

3-36
Curso de Qualificação Profissional Técnico de Dados

longas distâncias, torna-se compensador utilizar as fibras que utilizam o comprimento de onda de 1550 ηm, dado
serem necessários menos regeneradores, e isto apesar do custo mais elevado dos lasers utilizados.

• Add and Drop Multiplexers - (SDH ADD MUX)


São multiplexadores que permitem, estando, por exemplo, inseridos num anel SDH, retirar (Drop) ou inserir (Add)
tributários de ordem inferior, sem serem necessários a cascata de demultiplexadores e multiplexadores que o PDH
exigia para o mesmo efeito final.
Estes equipamentos também podem ser usados como regeneradores de sinal, quando nenhuma interface de
tributário é instalada.

• Cross Connectors Digitais Síncronos - (SDH SDXC)


É a unidade mais complexa entre todos os elementos de uma Rede SDH.
Têm funções semelhantes as dos comutadores digitais, podendo nomeadamente passar tributários síncronos ou
plesiócronos, dos mais diversos níveis hierárquicos (até mesmo canais de 64 KBps), de um anel SDH para outro, sob
a ação de comando remoto centralizado.
Mais importante ainda, podem ser rapidamente configuráveis por software, para o estabelecimento de linhas
dedicadas digitais de largura de banda variável.

3-37
Curso de Qualificação Profissional Técnico de Dados

Anotações
Rede SDH

Rede SDH
A figura apresenta uma configuração típica de uma Rede SDH .
Podemos ver na Rede de Acesso, que designamos aqui por Rede Local, tributários (sinais, ou portadoras de mais
baixa velocidade) não síncronos, provenientes, por exemplo, da Rede PDH. Os ADD & Drop Multiplexers que fazem a
ligação entre a rede regional e a rede local desempenham funções de Gateway entre as 2 redes, ou seja, garantem a
conectividade entre elas.
A mistura de tributários de diversos tipos (síncronos e plesiócronos) é usual em redes SDH. Um sinal de 2 MBps, que
viajasse de A até B, por exemplo, teria de percorrer toda a estrutura de multiplexadores da rede de acesso
(normalmente plesiócrona), sendo depois incorporado em um anel SDH síncrono, do tipo STM-1, por exemplo, por meio
de um “ADD & DROP Multiplexer”. Passaria depois da rede local para a rede regional de velocidade superior
(eventualmente STM-4), e desta, através de SDXC, ou “comutadores síncronos cruzados” (Syncronous Digital Cross
Conectors) para a rede.
Backbone que é o “esqueleto dorsal” de toda a rede.
Nota-se que os ADD MUX incorporam e permitem a saída de sinais das 2 hierarquias (PDH e SDH) e com velocidades
diferentes, a partir dos anéis em que estão incorporados. É comum existirem 2 anéis, para garantirem a continuidade de
serviço no caso de avaria de funcionamento de um deles (anel de reserva ou de backup). A estrutura de rede em anel é
muito freqüente em SDH, sendo o mesmo, em geral, de fibra óptica, podendo comportar “Regeneradores” de sinal (não
assinalados na figura).
No mais alto nível, contudo, a rede apresenta uma tipologia tipo “malha” (mesh) em que cada “nó” da rede tem
ligações com diversos outros. Assim se garante uma confiabilidade elevada no seu funcionamento, visto existir sempre
mais do que um caminho possível para o sinal atingir o seu destino.

3-38
Curso de Qualificação Profissional Técnico de Dados
Estes anéis ópticos servem, por exemplo, para interligar todas as cidades de um Estado entre si, permitindo a
transmissão ininterrupta de dados, voz e imagem em altíssimas velocidades entre as partes, através de sinais ópticos,
sendo que o elemento físico que forma os cabos destes anéis são fibras ópticas.

Anotações
Topologias de Rede SDH

Topologias de Rede
As redes SDH podem ter as seguintes topologias:
• Ponto-a-ponto: 2 equipamentos terminais interligados por um único meio físico;
• Barramento: 3 ou mais equipamentos interligados por um único meio físico, sendo 2 equipamentos terminais
e os demais equipamentos ADM;
• Anel: 3 ou mais equipamentos ADM interligados através de um único meio físico.

As topologias de rede podem ainda ser classificadas como:


• Física: visão da rede a partir da sua topologia física, ou seja, considerando o meio físico utilizado e os seus
equipamentos;
• Lógica: visão da rede a partir da interligação dos equipamentos sem considerar a topologia da rede física.

Na maioria dos casos, as visões de rede física e lógica são as mesmas. Entretanto, em algumas situações as
restrições impostas para a construção da rede física podem levar os projetistas a elaborar um projeto onde, embora a
rede tenha uma configuração ponto-a-ponto ou barramento, a rede lógica possa ter a configuração em anel.

3-39
Curso de Qualificação Profissional Técnico de Dados

Anotações
Topologia Típica

Topologias Típicas
De forma geral as redes dos prestadores de serviços são implantadas usando todos os tipos de mecanismos de
proteção. A implantação destas redes sempre parte da escolha de uma filosofia geral de proteção, que se aplica às redes
física e lógica e aos serviços fornecidos. Em geral, até os procedimentos de proteção para os tributários adotam práticas
distintas dependentes do porte dos Clientes.
A configuração da figura, com um anel principal (núcleo ou backbone) e diversos anéis secundários, é utilizada em
grandes metrópoles e redes de longa distância. No caso de grandes metrópoles, tanto o tráfego interno, como o tráfego
para outras localidades, é muito intenso. Já em redes de longa distância, o backbone liga duas localidades de maior porte
e os anéis secundários atendem regiões ou localidades de menor porte.

3-40
Curso de Qualificação Profissional Técnico de Dados

Anotações
A Rede de Transporte SDH
Topologia em Anel Principal e as quais se utilizam de fibras
ópticas como condutor
Secundário transporta entre uma origem e
um ou diversos destinos, as
informações de qualquer tipo de
rede de comunicação de dado,
voz e/ou imagens em alta
velocidade, com total segurança
e gerenciamento online.
Anel Óptico
SDH Anel Óptico
SDH Pela rede em anel SDH,
Metropolitano
podem trafegar dados e voz em
velocidades irrestritas.
Anel Óptico O anel óptico é projetado em
SDH
duas vias alternativas, o que
praticamente elimina o risco de
paralisação do serviço.

Anotações

Vantagens e Serviços
• Maior integração nas interfaces de tributários,
permitindo um maior número de interfaces ópticas e
elétricas por placa, diminuindo o espaço físico ocupado
pelos equipamentos.
• Integração de interfaces típicas de redes de dados, tais
como LAN (Ethernet), ATM, FR e IP, diretamente nos
equipamentos SDH, com facilidades de configuração
implementadas em um mesmo sistema de gerência.

3-41
Curso de Qualificação Profissional Técnico de Dados

Anotações
Vantagens e Serviços Uso dos mecanismos
automáticos de proteção de
rota, de interfaces e da matriz
de conexão cruzada em toda a
• Equipamentos de usuário de tamanho reduzido (de rede.
mesa), com multiplicidade de interfaces e capacidade Implementação de um
para fazer parte de segmentos de rede STM-1 ou STM- projeto de rede de sincronismo
4, sem troca do equipamento. que permita evitar a perda, a
degradação ou eventuais loops
• Equipamentos de grande porte (STM-16 ou STM-64) do sinal de relógio mesmo em
com matriz que permite conexões de canais de baixa e caso de falha dessa rede.

alta ordem, configuráveis pelo sistema de gerência.

Exercícios SDH
1. Qual alternativa representa um componente de uma rede SDH:
( ) Sistema de sincronismo
( ) Rede física
( ) Sistema de Gerência
( ) Equipamentos multiplexadores
( ) Todas as anteriores
2. Qual equipamento abaixo não faz parte do padrão SDH:
( ) Terminal Multiplex (TM)
( ) Synchronous Digital Cross-connect (SDXC)
( ) Frame Relay Access Device (FRAD)
( ) Add and Drop Multiplex (ADM)
3. A topologia mais recomendada para garantir a segurança e disponibilidade da rede SDH é:
( ) Barramento
( ) Estrela
( ) Anel
( ) Ponto-a-ponto

3-42
Curso de Qualificação Profissional Técnico de Dados

Anotações
Rede WDM
• É o conjunto de equipamentos e meios físicos que
têm a capacidade de otimizar o uso de redes de fibra
óptica.

• WDM - Wave Division Multiplex


Técnica de multiplexação por divisão de ondas de luz.

WDM – Wave Division Multiplex – Multiplicação Óptica


Este sistema tem o objetivo de fornecer uma infra-estrutura de meios ópticos que permite a inserção de mais de um
sistema de telecomunicações, seja ele para redes de dados e/ou voz, em uma única fibra óptica. Atualmente a Rede WDM
é utilizada em muitas empresas que prestam serviços de Telecomunicações, públicos e privados, em todo o mundo.
A rede WDM utiliza a tecnologia de Multiplexação Óptica para compartilhar a mesma fibra com diversos sinais ópticos
de diferentes comprimentos de onda, que são usualmente denominados de canais com “cores” distintas. A taxa de
transmissão de cada canal pode variar de 2 MBps (E1) até 10 GBps (STM-64), dependendo da aplicação, sendo que a
sua maior utilização ocorre nos sistema que necessitam taxas de transmissão acima 155 MBps (maior que STM-1).
Sua elevada flexibilidade para transportar diferentes tipos de hierarquias digitais permite oferecer interfaces
compatíveis com as diversas aplicações existentes, entre elas as redes de transmissão PDH e SDH, as redes
Multisserviços ATM, IP e Frame Relay, e aplicações específicas para redes de dados e de computadores de grande porte
(Fast Ethernet, Gigabit Ethernet, interfaces ESCON, FICON e Fiber Channel, entre outras).
A tecnologia das redes WDM permite ainda implementar mecanismos ópticos de proteção nos equipamentos ou
diretamente nas redes da camada de aplicação, oferecendo serviços com alta disponibilidade e efetiva segurança no
transporte de informações.

3-43
Curso de Qualificação Profissional Técnico de Dados

Anotações
Rede WDM
• Compartilha na mesma fibra diversos sinais
ópticos de diferentes comprimentos de onda, que
são usualmente denominados de canais com
“cores” distintas.
• A taxa de transmissão de cada canal pode variar
de 2 MBps (E1) até 10 GBps (STM-64).

Histórico

Os primeiros equipamentos WDM desenvolvidos eram totalmente passivos, permitindo a comunicação de 2 sistemas
através de uma única fibra, sendo que um sistema utilizava a 2ª janela de propagação, de comprimento de onda igual a
1310 ηm (nanômetro) e o outro sistema utilizava a 3ª janela de propagação, de comprimento de onda 1550 ηm.
Dependendo da localidade onde o equipamento fosse instalado, ele funcionava como um “misturador óptico”, para inserir
os sinais originados pelos 2 sistemas, ou como um “divisor óptico”, para separar os sinais a serem enviados para os 2
sistemas.

Tais equipamentos evoluíram, deixando de ser passivos, e as redes WDM passaram a utilizar misturadores mais
complexos, “transponders” e filtros que permitiram colocar um número maior de comprimentos de onda por fibra,
utilizando uma mesma janela de propagação. Com o desenvolvimento dos amplificadores ópticos, essas redes passaram a
cobrir distâncias cada vez maiores.

Para garantia da integridade do tráfego foram incorporados mecanismos de proteção automática nas redes WDM.
Além disso, o desenvolvimento dos sistemas ópticos permitiu incorporar a funcionalidade de inserção ou extração de um
determinado comprimento de onda em um ponto intermediário de um enlace.

Com o desenvolvimento dos sistemas de gerenciamento, tornou-se possível a monitoração à distância dos parâmetros
mais importantes para a operação dos equipamentos da rede WDM, e também a configuração remota de rotas e trocas
de comprimento de onda em um determinado ponto do enlace.

Todo esse avanço tecnológico fez com que os projetos se tornassem cada vez mais complexos, e os requisitos de
rede levaram ao desenvolvimento de fibras ópticas com características cada vez melhores.

3-44
Curso de Qualificação Profissional Técnico de Dados

Anotações
Rede WDM

Uma rede WDM é composta por:

Rede Física: é o meio de transmissão que interliga os equipamentos WDM, composto pelos cabos de fibra óptica.

Equipamentos: são os multiplexadores, “transponders”, amplificadores e equipamentos de cross conexão de diversas


capacidades que executam o transporte de informações.

Sistema de Gerência: é o sistema responsável pelo gerenciamento da rede WDM, contendo as funcionalidades de
supervisão e controle da rede, e de configuração de equipamentos e provisionamento de facilidades.

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Anotações
Vantagens
• As redes WDM oferecem vários benefícios, quando
comparada com outras tecnologias:
– Permite utilizar equipamentos de aplicação para redes de
transporte e multisserviços sobre a mesma infra-
estrutura de meio físico óptico;
– Permite o tráfego de qualquer tecnologia, independente
do fabricante, através do uso de transponders;
– Permite a economia no uso de fibras ópticas em
locais com alta densidade de redes e acessos.

Anotações
Restrições
• A tecnologia WDM apresenta ainda as seguintes
desvantagens:
– O projeto, instalação e operação da rede WDM é
complexo e deve ser feito com um planejamento
criterioso e detalhado;
– Não existe padronização de equipamentos e da
tecnologia WDM, que impede que sejam usados
equipamentos de fabricantes distintos um mesmo
enlace da rede.

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Anotações
Características das Redes WDM
Utiliza Fibra Óptica Monomodo do tipo:
• Single Mode (SM): é o tipo de fibra mais comum encontrada no
mercado. Possui algumas limitações quando usada em sistemas WDM
com maior concentração de comprimentos de ondas, pois possui
elevado fator de dispersão cromática.
• Dispersion Shifted (DS): é o tipo de fibra cuja dispersão é zero. Esta
fibra possui limitações no tocante à dispersão cromática, o que
diminuiu o seu uso.
• Non Zero Dispersion (NZD): é o tipo de fibra que foi concebida para
corrigir a limitação da fibra tipo DS, e cuja dispersão para a janela de
1550 ηm é muito baixa em relação à fibra SM (18 ps.ηm/Km), porém
não é zero (8 ps.ηm/Km).
• Low Water Peak (LWP): é tipo de fibra onde os processos industriais
de produção permitem a diminuição ou eliminação do efeito "pico
d’água", permitindo que a faixa de 1400 ηm seja utilizada para tráfego
de sistemas ópticos.
Redes WDM: Características
As Redes WDM possuem algumas características importantes que devem ser levadas em consideração quando da elaboração de
seus projetos. Abaixo são descritas as mais importantes.
Fibra Óptica
Atualmente existem vários tipos de fibras ópticas, com características diversas e que foram desenvolvidas conforme as
necessidades de sua aplicação. Para todas elas, as duas características mais importantes a serem analisadas são:
Atenuação: é a perda da intensidade luminosa ao longo da fibra, causada pelo próprio material da fibra e/ou por eventuais
emendas, físicas ou mecânicas, existentes (medida em dB/Km);
Dispersão: é o espalhamento da luz ao longo da fibra, causado pela existência de diferentes comprimentos de onda no feixe de
luz (medido em ps.ηm/Km).
As fibras ópticas que vem sendo utilizadas nas redes WDM são:
Single Mode (SM - G.652 ITU-T): é o tipo de fibra mais comum encontrada no mercado. Possui algumas limitações quando
usada em sistemas WDM com maior concentração de comprimentos de ondas, pois possui elevado fator de dispersão cromática.
Para compensar essa limitação torna-se necessário o uso de segmentos de fibras especiais para correção da dispersão cromática
(DCU). Entretanto, como essa fibra possui um núcleo com área maior do que os outros tipos de fibra óptica, seu uso se adapta bem
a sistemas WDM com grande capacidade de comprimentos de onda.
Dispersion Shifted (DS - G.653 ITU-T): é o tipo de fibra cuja dispersão é zero. Acreditava-se, em seu lançamento, que seria a
fibra ideal para ser usada com sistemas WDM e SDH de alta capacidade. Porém, com a evolução desses sistemas e o conseqüente
aumento da quantidade de comprimentos de onda (Lambdas), verificou-se que esta fibra possui limitações no tocante à dispersão
cromática, o que diminuiu o seu uso.
Non Zero Dispersion (NZD - G.655 ITU-T): é tipo de fibra que foi concebida para corrigir a limitação da fibra tipo DS, e cuja
dispersão para a janela de 1550 ηm é muito baixa em relação à fibra SM (18 ps.ηm/Km), porém não é zero (8 ps.ηm/Km). Para
obter esta redução do fator de dispersão cromática, o núcleo da fibra foi alterado para ter menor diâmetro. Sempre se acreditou
que estas fibras seriam ideais para sistemas WDM com grande número de comprimentos de onda, porém com o passar do tempo e
utilização em sistemas reais, verificou-se que o fato de ter a área de seu núcleo reduzida, impede sua utilização em sistemas de
grande quantidade de comprimentos de onda (Lambdas).

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Anotações
Características das Redes WDM
Multiplexação Óptica
• É a característica mais importante a ser definida de um
sistema WDM.
• De acordo com as necessidades da aplicação, identifica-se
qual o tipo de sistema WDM a ser implantado definindo-se
o espaçamento entre os canais ópticos, limitando assim a
sua capacidade.
• Este espaçamento, que pode variar de 200 GHz a 12,5
GHz, é padronizado pelas normas G.694.1 (DWDM) e
G.694.2 (CWDM) do ITU-T.

Multiplexação Óptica

É a característica mais importante a ser definida quando do planejamento de um sistema WDM. De acordo com as
necessidades da aplicação, identifica-se qual o tipo de sistema WDM a ser implantado definindo-se o espaçamento entre
os canais ópticos, limitando assim a sua capacidade. Este espaçamento, que pode variar de 200 GHz a 12,5 GHz, é
padronizado pelas normas G.694.1 (DWDM) e G.694.2 (CWDM) do ITU-T.

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Anotações
Características das Redes WDM
CWDM (Coarse Wave Division Multiplex):
– Multiplexação óptica com espaçamento de 200 GHz.
– Pode variar a quantidade de canais de 4 a 16 dependendo da fibra
óptica adotada no projeto.
– Sua taxa de transmissão pode variar de E3 (34 MBps) a STM-16
(2,5 GBps).
– Possui um melhor desempenho com o uso da fibra óptica tipo LWP.

DWDM (Dense Wave Division Multiplex):


– Multiplexação óptica com espaçamento que varia de 100 GHz a 25
GHz.
– Pode variar a quantidade de canais de 16 a 128.
– Sua taxa de transmissão pode variar de STM-1 (155 MBps) a STM-
64 (10 GBps).
– Possui um melhor desempenho com o uso a fibra óptica tipo SM.

Multiplexação Óptica
Os tipos de sistemas WDM, em função da característica de multiplexação, mais comuns são:
– CWDM (Coarse Wave Division Multiplex): sistema cuja multiplexação óptica possui espaçamento de 200 GHz e
pode variar a quantidade de canais de 4 a 16 dependendo da fibra óptica adotada no projeto. Sua taxa de
transmissão pode variar de E3 (34 MBps) a STM-16 (2,5 GBps). Possui um melhor desempenho com o uso da
fibra óptica tipo LWP.
– DWDM (Dense Wave Division Multiplex): sistema cuja multiplexação óptica possui espaçamento que varia de 100
GHz a 25 GHz, e pode variar a quantidade de canais de 16 a 128. Sua taxa de transmissão pode variar de STM-1
(155 MBps) a STM-64 (10 GBps). Possui um melhor desempenho com o uso a fibra óptica tipo SM.
– UDWDM (Ultra Dense Wave Division Multiplex): sistema cuja multiplexação óptica possui espaçamento menor
que 25 GHz e possui uma quantidade de canais superior a 128. Este sistema atualmente ainda encontra-se em
desenvolvimento.

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Potência Luminosa
A energia luminosa presente nos diversos segmentos da rede WDM deve ser criteriosamente projetada, para
garantir tanto a qualidade de serviço como a vida útil especificada para o sistema.
Importante ressaltar 2 conceitos definidos para a rede WDM:
• "Span", que representa um trecho da rota física entre dois equipamentos WDM adjacentes na rede;
• Enlace Óptico, que representa uma rota completa da rede WDM.
• O balanço de potência é calculado levando-se em consideração os seguintes dados de projeto da rede WDM:
• Capacidade de Transmissão do Enlace Óptico;
• Número de comprimentos de onda (Lambdas), calculado em função da capacidade de transmissão;
• Tipo de Fibra Óptica a ser utilizada, considerando suas características de atenuação e dispersão cromática;
• Número de "span's" para cada Enlace Óptico;
• Atenuação de cada "span".
Como, normalmente, a capacidade de transmissão do Enlace Óptico, o tipo de fibra óptica e o número de
comprimentos de onda (Lambdas) são prioritariamente definidos, cabe ao projetista trabalhar com o número de "span's" e
a atenuação de cada "span" para garantir que o balanço de potência, ou seja, a potência óptica disponível no Enlace
permita que os diversos sinais transmitidos possam ter a qualidade esperada.
Fatores como atenuação e relação sinal /ruído do sinal óptico determinam os tipos de equipamentos WDM a serem
usados para amplificar ou regenerar esse sinal.
Como as características dos equipamentos são completamente dependentes dos seus fornecedores, não existe uma
padronização de projeto para a rede WDM. Os fatores a serem considerados são sempre os mesmos, mas o número de
"span's" por enlace pode variar significativamente, dependendo do sistema adotado.

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Anotações
Equipamentos das Redes WDM

Redes WDM: Equipamentos


Uma rede WDM possui basicamente 6 tipos de componentes necessários para o seu funcionamento. A descrição
desses componentes é apresentada nesta seção.

Equipamento Terminal
É o equipamento que possibilita a inserção ou retirada de todos os comprimentos de onda do sistema, através das
unidades Multiplexadoras/ Demultiplexadoras ópticas, constituindo-se assim na porta de entrada e de saída da rede.
Nesse equipamento, todos os sinais ópticos são convertidos para sinais elétricos, a fim de permitir sua regeneração.
Em um projeto de rede WDM, este tipo de equipamento ficará posicionado no início e no final de cada trecho de rota
(enlace óptico), em pontos previamente calculados, que garantam que o número de comprimentos de onda (Lambdas)
projetado seja realmente utilizado em campo.
Podem possuir placas amplificadoras, chamadas de "boosters", e sub-bastidores de expansão onde são acomodadas
as unidades de "transponders".

Amplificador de Linha (ILA - "In Line Amplifier")


Sua única função é a amplificação óptica do sinal proveniente de um equipamento terminal, tendo como principal
característica a amplificação do sinal juntamente com o ruído, justamente por não converter o sinal óptico de entrada
para o nível elétrico, impedindo assim a sua regeneração.
O uso dos amplificadores de linha é justificado pela necessidade de amplificar o sinal óptico com todos os
comprimentos de onda, a um custo menor, porém deve-se sempre levar em consideração a relação sinal/ruído existente.
Quando este parâmetro atinge valores que impedem a correta detecção do sinal óptico original, prejudicando assim a
qualidade de serviço, torna-se necessário usar outro tipo de equipamento que permita que esse sinal original possa ser
regenerado.

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Multiplexador Óptico (OADM - "Optical Add-Drop Multiplex")
Este tipo de equipamento tem função dupla na rede WDM. A primeira é a de permitir a inserção ou retirada de um
determinado número de comprimentos de onda, os quais serão regenerados, permitindo assim a comercialização de
serviços de telecomunicações nesse ponto da rede. A outra é a de amplificar o sinal total, ou seja, os comprimentos de
onda (Lambdas) regenerados, que terão sua relação sinal/ruído corrigida, e os Lambdas passantes, que sofrerão a
amplificação tanto do sinal quanto do ruído.

Nas redes WDM existem limitações para o uso de OADM´s e do número de Lambdas a serem extraídos/inseridos, em
virtude das características de cada fabricante. Normalmente, são extraídos/inseridos grupos de Lambdas adjacentes (4,
8 ou até 16, dependendo do espaçamento entre canais), em função das características construtivas do equipamento.

Equipamento Óptico de Conexão Cruzada (OXC - "Optical Cross-Connect")


Este tipo de equipamento tem a função de realizar o roteamento de Lambdas em nível óptico, permitindo minimizar o
número de equipamentos nas redes WDM, diminuindo os pontos de possíveis defeitos, além de otimizar o espaço
ocupado nas estações.
Apesar de ter sido concebido a partir de objetivos importantes para a otimização de redes WDM, devido ao seu alto
custo atual este tipo de equipamento ainda não tem aplicação comercial.

Unidade Transponder
Este tipo de equipamento tem a função de realizar a adequação da freqüência do sinal de entrada para um sinal de
saída compatível com o plano de freqüências padronizado pelas normas G.694.1 (DWDM) e G.694.2 (CWDM) do ITU-T.
O transponder pode ser utilizado de 2 formas:
– Como uma unidade instalada diretamente nos equipamentos WDM Terminais, OADM´s e OXC´s para receber
sinais ópticos de equipamentos de aplicação convencionais com Lambdas de 1310 ηm ou 1550 ηm;
– Acoplado à própria unidade de agregado (ou de linha) de um equipamento SDH que utiliza a rede WDM como
meio físico através da inserção em canais adequados diretamente nos multiplexadores ópticos, sendo esse
conjunto então denominado de agregado "colorido".

Existem também os chamados transponders regenerativos que têm a finalidade de regenerar o sinal óptico da rede. A
regeneração é feita, convertendo-se o sinal de entrada (com comprimento de onda na 2ª ou 3ª janela de propagação) em
um sinal elétrico regenerado e sem ruído. Após isto, este sinal elétrico, novamente, é convertido em um sinal óptico de
saída (com comprimento de onda compatível com o plano de freqüência do ITU-T), que tem uma relação sinal/ruído,
significativamente, melhor.

Um exemplo típico de uso desse equipamento é a instalação de 2 transponders regenerativos em série, com a
finalidade de regenerar o sinal de uma rede SDH que trafega sobre a rede WDM sem a utilização de multiplexadores SDH
numa dada estação. O sinal óptico proveniente de um segmento da rede WDM é convertido para um sinal óptico
regenerado na 2ª ou 3ª janela de propagação no primeiro transponder, e esse sinal é entregue ao segundo transponder,
que o converte novamente para um sinal óptico de saída para o segmento seguinte da rede WDM.

Caso o equipamento de um determinado fabricante permita, a troca de sinais entre os transpondes pode ser feita
diretamente através dos sinais elétricos, desde que sejam respeitados os limites físicos da interligação.

Unidade Compensadora de Dispersão (DCU - "Dispersion Compensation Unit")


Este tipo de equipamento é composto por fibras ópticas com dispersão negativa e tem como objetivo a compensação
da dispersão cromática de um trecho da rede de fibra óptica. O DCU pode ser utilizado em qualquer ponto da rede, ou
seja, em terminais, ILA’s e OADM’s.

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Anotações
Aplicações

Redes WDM
Aplicações
As redes WDM, em seus diversos tipos, possuem aplicações tanto nas redes de Longa Distância, como nas redes
Metropolitanas, conforme apresentado nos exemplos a seguir.

Aplicação em Redes de Longa Distância ("Long Haul")


As redes WDM de Longa Distância (LH) são usadas para interligar cidades, grupos de cidades (regiões) ou estados,
ao longo de um mesmo país, ou para interligar países, por terra ou mar.
Elas são utilizadas nos seguintes tipos de aplicações:
– Meio físico para redes de Transporte, baseadas nas tecnologias PDH e SDH;
– Meio físico para redes Multisserviço, baseadas nas tecnologias ATM, Frame Relay e IP;
– Meio físico para interligação de Centrais Telefônicas para serviços de Voz de Longa Distância;
– Meio físico para interligação de equipamentos "Cross-connect" para redes de Transporte com alto grau de
proteção automática.
Essas redes WDM possuem as seguintes características:
– Grandes distâncias físicas entre equipamentos, demandando cabeças ópticas de maior potência ("Long Haul")
e / ou amplificadores ópticos (ILA) / elétricos (Terminais) para regenerar o sinal transmitido;
– Uso de equipamentos de derivação óptica (OADM), para extrair ou inserir poucos comprimentos de onda para
tráfego local para uma determinada cidade ou região;
– Uso de proteção na camada de aplicação, através dos mecanismos existentes nas redes de transporte ou
multisserviço e, mais recentemente, com opção de proteção na camada óptica (WDM).

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Anotações
Aplicações

Aplicações em Redes Metropolitanas ("Metro")


As redes WDM Metro são utilizadas para interligar Pontos de Presença (PoP's) concentradores de operadoras de
serviços de Telecomunicações em uma determinada região metropolitana.
Elas são usadas nos seguintes tipos de aplicações:
– Meio físico para redes de Transporte Metro, baseadas nas tecnologias PDH e SDH;
– Meio físico para redes Multisserviço Metro, baseadas nas tecnologias ATM, Frame Relay e IP;
– Meio físico para interligação de Centrais Telefônicas para serviços de Voz Local;
– Meio físico para interligação de equipamentos "Cross-connect" para redes de Transporte Metro com alto
grau de proteção automática;
– Meio físico para interligação de CPD's, em conexões dedicadas ou compartilhadas, com interfaces dos tipos
ESCON, FICON, Fast Ethernet, Gigabit Ethernet e Fiber Channel, entre outras.
Essas redes WDM possuem as seguintes características:
– Pequenas distâncias físicas entre equipamentos, demandando amplificadores ópticos de baixa potência.
– Para os equipamentos de nova geração a camada de aplicação passa a ser inserida no próprio WDM através
do uso de transponders que possuem interfaces dedicadas para esse tipo de serviço. Hoje existem
transponders com interfaces Fast Ethermet, Gigabit Ethermet, ESCON, FICON, Fiber Channel, e outros com
interface óptica variável (STM-1 a STM-16), com a configuração de banda da porta executada de forma
remota a partir do sistema de gerência.
– Uso de equipamentos de derivação óptica, para extrair ou inserir poucos Lambdas (comprimentos de onda)
definindo segmentos de rede com maior concentração de tráfego entre origem e destino.
– Uso de proteção na camada de aplicação, através dos mecanismos existentes nas redes de transporte ou
multisserviço e, mais recentemente, com opção de proteção na camada óptica (WDM).

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Anotações
Tendências
• No futuro, as redes WDM tendem a ter uma
participação maior na camada de serviços, deixando
de ser redes puramente dedicadas a transporte de
outras tecnologias e passando a fazer parte do
acesso, interferindo diretamente na receita da
empresa.

Conclusões
No futuro as redes WDM tendem a ter uma participação maior na camada de serviços, deixando de ser redes
puramente dedicadas a transporte de outras tecnologias e passando a fazer parte do acesso, interferindo diretamente
na receita da empresa. Esta tendência deve ser reforçada pela necessidade do aproveitamento das redes ópticas já
implantadas, e pelo desenvolvimento de interfaces cada vez mais sofisticadas, que permitirão fornecer serviços
plenamente integrados com os sistemas de aplicação dos Clientes, sem a necessidade de equipamentos de acesso
dedicados.
Para ter sucesso, os projetos envolvendo redes WDM devem ser especificados com base no planejamento de venda e
de ocupação do mercado pela operadora de serviços de telecomunicações, uma vez que o custo inicial desses projetos é
muito maior do que os projetos de redes de transportes convencionais, utilizando tecnologia SDH.
Apesar de haver excesso de fibras ópticas implantadas no Brasil e no mundo e da rede WDM ter um comportamento
de fibra virtual, sua utilização em redes de alta capacidade, principalmente de longa distância, sempre será vantajosa.
Uma vez que, as ampliações das redes da camada de aplicação terão sempre um custo menor, pois os equipamentos
adicionais podem ser implantados somente nos pontos de troca de tráfego e não mais em todos os pontos do enlace.
Desta forma, o investimento de longo prazo sempre será menor, promovendo uma maior relação custo benefício para a
rede como um todo.

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Exercícios Redes WDM

1. Qual componente faz parte de uma rede WDM:


( ) Equipamentos multiplexadores ópticos
( ) Sistema de Gerência
( ) Equipamentos terminais ópticos
( ) Todas as anteriores

2. A adequação do sinal óptico convencional para o plano de freqüências do ITU-T para o WDM é feito através do:
( ) DCU
( ) OXC
( ) Transponder
( ) ILA

3. Quais aplicações apresentadas fazem uso das redes WDM:


( ) Redes de Transporte (PDH, SDH)
( ) Redes Multisserviço (ATM, IP, FR)
( ) Interligação de CPD’s
( ) Todas as anteriores

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