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CARAÚBAS, RN
2020
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1. INTRODUÇÃO
Em termos gerais, a energia interna do fluido que está escoando em dutos sob pressão
sofre grande influência das paredes internas das tubulações, que atuam promovendo a
dissipação de energia devido ao atrito. Essa dissipação, denominada perda de carga, acarreta
uma queda de pressão total do fluido ao longo do escoamento. Além das tubulações, existem
trechos singulares dos dutos que também interferem significativamente na queda de pressão,
em função de componentes específicos (conexões, válvulas, registros, medidores de pressão
etc.) ou de pontos de entrada ou de saída do escoamento (FOX, 2010). A perda de carga também
sofre influência de aspectos associados às propriedades do fluido, além das dimensões e da
natureza dos tubos (material, rugosidade etc.).
Nesse sentido, o presente trabalho tem como objetivo geral efetuar uma análise dos
parâmetros que descrevem a curva do sistema e as curvas características das bombas analisadas
a fim de examinar as particularidades e o comportamento da bomba sob as condições de serviço
e das associações que lhes foram impostas para o funcionamento.
3
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 CLASSIFICAÇÃO
Bombas
Adicionam energia
(operatrizes)
Compressores (gás ou
vapor)
Turbomáquinas
Extraem energia
Turbinas
(motrizes)
Máquinas de Fluxo
(Hidráulicas)
Máquinas de
deslocamento positivo
direciona-o para a região do rotor e, em seguida, transporta-o para fora do dispositivo a uma
pressão mais elevada. O eixo responsável pela transferência de energia mecânica para o rotor é
acionado, em geral, por um motor elétrico (ALE, 2011).
A curva do sistema é construída, com base nas condições de serviço, pela relação entre
a vazão Q e a variação da altura manométrica Hm correspondente às perdas hidráulicas. Estas
condições de serviço envolvem as características do fluido, além de aspectos como as condições
de processo, por exemplo (ALÉ, 2011). Através da respectiva intersecção da curva do sistema
e da curva da bomba, é possível determinar o ponto (ótimo) de funcionamento, como ilustrado
na Figura 2.
Curva do sistema
Altura Manométrica H
;
Ponto ótimo de funcionamento
Vazão Q
A curva do sistema é obtida pela relação entre a altura manométrica total do sistema 𝐻𝑚 e pela
vazão correspondente. Em termos gerais, 𝐻𝑚 é dada pela soma da altura total de aspiração (HA )
e altura total de recalque (HR ).
𝐻𝑚 = HA + HR (1)
Substituindo as Equações (2) e (3) em (1), obtém-se a altura manométrica total expressa pela
diferença entre as leituras dos medidores de pressão, como exposto na Equação (4).
da descarga Q do sistema, como definido pela Equação 5, tendo em vista que, embora exista
um ponto ótimo de funcionamento, o sistema de bombeamento pode operar sob diversas
condições operacionais.
𝐻𝑚 = 𝑓(𝑄) (5)
Nesse sentido, a equação geral que define um sistema de bombeamento pode ser
encontrada através de dados empíricos, pelo auxílio da equação geral 5, que pode ser expressa
ainda como segue (Equação 6), em que 𝐻𝑜 e A são constantes.
𝐻𝑚 = 𝐻𝑜 − 𝐴𝑄² (6)
Na configuração em paralelo, por sua vez, enquanto a perda se mantém constante por
todos os trechos, a vazão total é a soma das vazões nas diferentes tubulações. A curva também
pode ser obtida separadamente para cada trecho e a do sistema pela soma entre elas (Figura 4).
3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
De modo que:
A primeira etapa consistiu na obtenção das curvas 𝐻𝑚 = 𝑓(𝑄) da bomba centrífuga B01
em altas e baixas rotações, considerando a válvula de gaveta de controle de fluxo do sistema
totalmente aberta. Para colocar em funcionamento somente a Bomba B01, foram fechados os
registros R02, R04, R05 e R07 e abertos os registros R01, R03 e R06. A válvula de gaveta de
controle de fluxo também foi totalmente aberta e ligado o conjunto da bomba B01 no painel de
comando. O potenciômetro foi girado para a posição de baixa rotação. A frequência da rede no
conjunto foi fixada em 30 Hz e feito o controle consecutivo (diminuição) da vazão no registro
de saída, fazendo as leituras do manômetro M01 em kgf/cm2 (instalado à saída da bomba B01),
do vacuômetro V01 em mmHg (instalado à entrada da bomba B01), do rotâmetro ROT01 em
L/h (instalado acima do registro R03) e do multímetro em W (instalado junto potenciômetro).
O mesmo procedimento foi realizado com o potenciômetro para a posição de alta rotação com
uma frequência fixa de 60 Hz.
Por sua vez, a segunda etapa consistiu na obtenção das curvas 𝐻𝑚 = 𝑓(𝑄) da bomba
centrífuga B02 também em altas e baixas rotações, considerando a válvula de gaveta de controle
de fluxo metade aberta. Para colocar em funcionamento somente a Bomba B02, foram fechados
os registros R01, R03, R04 e R06 e abertos os registros R02, R05 e R07. A válvula de gaveta
de controle de fluxo foi totalmente aberta e então foi ligado o conjunto da bomba B02 no painel
de comando. O potenciômetro foi girado para a posição da baixa rotação. A frequência da rede
no conjunto foi fixada em 30 Hz e feito o controle consecutivo (diminuição) da vazão no
registro de saída, fazendo as leituras do manômetro M02 em kgf/cm2 (instalado à saída da
bomba B02), do vacuômetro V02 em mmHg (instalado à entrada da bomba B02), do rotâmetro
ROT02 em L/h (instalado acima do registro R05) e do multímetro em W (instalado junto
potenciômetro). O mesmo procedimento foi realizado com o potenciômetro para a posição de
alta rotação com uma frequência fixa de 60 Hz.
Esta etapa consistiu na obtenção das curvas 𝐻𝑚 = 𝑓(𝑄) da bomba centrífuga B01 e B02
em série também em altas e baixas rotações, considerando a válvula de gaveta de controle de
fluxo metade aberta. Para colocar em funcionamento as Bomba B01 e B02, foram fechados os
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registros R02, R03, e R06 e abertos os registros R01, R04, R05 e R07. A válvula de gaveta de
controle de fluxo foi totalmente aberta e então foi ligado o conjunto da bomba B01 e B02 no
painel de comando. O potenciômetro foi girado para a posição da baixa rotação. A frequência
da rede no conjunto foi fixada em 30 Hz e feito o controle consecutivo (diminuição) da vazão
no registro de saída, fazendo as leituras do manômetro M02 em kgf/cm2 (instalado à saída da
bomba B02), do vacuômetro V01 em mmHg (instalado à entrada da bomba B01), do rotâmetro
ROT02 em L/h (instalado acima do registro R05) e do multímetro em W (instalado junto
potenciômetro). O mesmo procedimento foi realizado com o potenciômetro para a posição de
alta rotação com uma frequência fixa de 60 Hz.
A última etapa consistiu na obtenção das curvas 𝐻𝑚 = 𝑓(𝑄) da bomba centrífuga B01
e B02 em paralelo também em altas e baixas rotações, considerando a válvula de gaveta de
controle de fluxo metade aberta. Para colocar em funcionamento as Bomba B01 e B02, foi
fechado o registro R04 e abertos os registros R01, R02, R03, R05, R06 e R07. A válvula de
gaveta de controle de fluxo foi totalmente aberta e então foi ligado o conjunto da bomba B01 e
B02 no painel de comando. O potenciômetro foi girado para a posição da baixa rotação. A
frequência da rede no conjunto foi fixada em 30 Hz e feito o controle consecutivo (diminuição)
da vazão no registro de saída, fazendo as leituras do manômetro M02 em kgf/cm2 (instalado à
saída da bomba B02), do vacuômetro V02 em mmHg (instalado à entrada da bomba B02), do
rotâmetro ROT03 em L/h (instalado acima dos registros R06 e R07) e do multímetro em W
(instalado junto potenciômetro). O mesmo procedimento foi realizado com o potenciômetro
para a posição de alta rotação com uma frequência fixa de 60 Hz.
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Bomba 01 (30 Hz) Bomba 01 (60 Hz) Bomba 02 (30 Hz) Bomba 02 (60 Hz)
25
Altura Manométrica (mca)
20
15
10
0
1 2 3 4 5 6 7
Vazão (m³/h)
(Figura 8), a associação das bombas resultou no aumento da vazão do conjunto, com pouca
variação da altura manométrica. O mesmo foi observado para a análise realizada para a
frequência de 60 Hz (Figura 9).
Figura 7 – Comparativo das curvas das bombas individuais e da associação em série (30 Hz).
12
10
Altura Manométrica (mca)
0
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5
Vazão (m³/h)
Figura 8 – Comparativo das curvas das bombas individuais e da associação em paralelo (30 Hz).
5
Altura manométrica (mca)
0
0 1 2 3 4 5 6
Vazão (m³/h)
Figura 9 – Comparativo das curvas das bombas individuais e da associação em paralelo (60 Hz).
20
15
10
0
0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 8,0
Vazão (m³/h)
25
Altura manométrica (mca)
20
15
10
0
0 1 2 3 4 5 6 7
Vazão (m³/h)
20
Altua manométrica (mca)
15
10
0
0 1 2 3 4 5 6 7
Vazão (m³/h)
BOMBAS EM SÉRIE (30 Hz) EXPERIMENTAL BOMBAS EM SÉRIE (30 Hz) TEÓRICO
BOMBAS EM PARALELO (30 Hz) EXPERIMENTAL BOMBAS EM PARALELO (30 Hz) TEÓRICO
BOMBAS EM PARALELO (60 Hz) EXPERIMENTAL BOMBAS EM PARALELO (60 Hz) TEÓRICO
25
Altura manométrica (mca)
20
15
10
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8
Vazão (m³/h)
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
POTTER, M. C.; WIGGERT, D. C. Mecânica dos Fluidos. 1ª ed. São Paulo: Cengage
Learning, 2010.