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Qual é sua relação com a música? Toca desde pequeno?

A música entrou na minha vida na minha infância através dos Beatles e dos Jackson five duas
bandas que eu era apaixonado quando criança ouvia sem parar. Na pré-adolescência conheci
através dos discos da minha mãe, a música do Milton Nascimento, Chico Buarque e Tom
Jobim e essa mistura de Beatles com Tom Jobim e a paixão pelo rock clássico que me fez aos
15 anos ganhar o meu primeiro violão.

Queria tocar e cantar as músicas dos meus ídolos e logo pulei do violão para a guitarra pois a
beleza, a sonoridade do instrumento me fascinava, mas o que me chamava mais a atenção
era a atitude e segurança dos guitarristas no palco.

Aprendi a tocar sozinho e só vim a estudar música mais tarde quando me profissionalizei.

Me apaixonei pelo jazz e pelos instrumentistas de jazz rock, hoje me aproprio desses estilos
e uso todas estas influencias para me comunicar com o público, procurando transformar a
minha expressividade musical também no meu meio de vida.

Por que cantar Milton Nascimento?


Na verdade, quem “canta” as lindas melodias compostas pelo Milton é a minha guitarra.

A música do Milton sempre me inspirou e fez parte da minha vida, a composição dele tem
uma grande profundidade melódica e harmônica e eu senti que precisava dar a minha
interpretação para toda essa poesia musical, usando a minha pegada e maneira de tocar.

Acho que a grande música de compositores como Milton deve ser divulgada para as novas
gerações, pois a arte da composição de músicas de qualidade está sendo esquecida e trocada
por uma música mais descartável e de nível muito inferior.

Como você descreveria as músicas de Milton? Que características você ressaltaria?


Milton é um gênio. As composições dele são de grande complexidade densidade e ao mesmo
tempo de uma doçura incrível e nos remetem a um certo atavismo, ou seja, um passado da
história brasileira que todos se identificam.

Muita gente já fez covers de Milton Nascimento. O que você diria que tem de
especial nas suas releituras?
Bem, o cover é a tentativa de fazer a cópia fiel ao original, ou seja, tenta-se imitar a voz do
cantor, o timbre dos instrumentos, a mesma sonoridade é a tentativa de imitar não só o som
que foi criado originalmente, muitas vezes se tenta também simular até a performance no
palco.

No meu trabalho, eu presto reverencia a música do “bituca”, respeitando as maravilhosas


melodias só que me apodero delas dando uma nova e pessoal interpretação na minha
guitarra. Inverto os acordes originais e componho temas e harmonias para solos dentro da
composição original do Milton, mas sem prejudicar a música que foi composta por ele
originalmente. Me apodero das composições com respeito, criando os meus próprios
arranjos para todos os instrumentos. Não tenho nenhum comprometimento nem intenção
de reproduzir os arranjos originais do Milton.

Como foi a produção do disco? Foi difícil? Como foi escolher quais músicas
participariam do CD?
A produção não foi difícil pois os músicos e técnicos que participaram da gravação tocam e
trabalham comigo a muito tempo e me conhecem bem, acreditam na proposta e me
respeitam como músico e artista.

As músicas foram escolhidas avaliando como soariam sendo executadas pela minha guitarra
e por serem músicas do Milton que eu adoro ouvir e tocar.

Qual é seu objetivo com o CD?


Levar a música desse grande compositor para a nove geração de músicos, apreciadores de
guitarra e música instrumental e para o público em geral no Brasil e exterior.

Pensa em fazer um trabalho autoral?


Na verdade, este CD já traz duas músicas de minha autoria justo com as composições do “Bituca
“, são elas “Metal Cigano” e “Despertar”.

O meu primeiro CD “At Nightfall”foi todo autoral e se encontra disponível em todas as


plataformas e sites de venda no mundo inteiro.

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