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Cartilha de Orientação

para Legalização de
Casas Religiosas de
Matriz Africana
Embu das Artes
Índice
Parte 1
Apresentação .............................................. 3

Introdução ................................................... 4

Religiões de matriz africana ......................... 5

Igualdade de direitos ................................... 5

Racismo é crime .......................................... 5

Marcos legais .............................................. 6

Gestão participativa ..................................... 7

Garantindo direitos ...................................... 7

Legislação vigente que asseguram


os direitos desses segmentos ..................... 8

Endereço de órgãos públicos ...................... 8

Parte 2
Legalização do espaço .............................. 11

Direitos decorrentes da legalização ........... 12

Alguns dos direitos exercidos pelos


espaços de liturgia .................................... 12

Como legalizar: passo a passo ................. 12

Após a legalização .................................... 15

Anexos:

Modelo de ata de fundação ........................ 16

Modelo de Estatuto Social ......................... 17

Bibliografia ................................................ 27
Apresentação
Desde 2001, Embu das Artes vem inves- ações afirmativas de reparação e enfretamen-
tindo em políticas públicas que contribuem to ao racismo com objetivo de garantir aos
para a eliminação de toda forma de preconcei- povos tradicionais de matriz africana os seus
to, desigualdade, discriminação. Reconhece direitos, colaborando também para inserção
que a intolerância religiosa é crime, causan- das ações sociais desenvolvidas pelos territó-
do assim vários problemas sociais e raciais. rios tradicionais nas redes de serviços oferta-
Para combater todas as formas de discrimi- das em nosso município.
nação, implantamos, vinculada à Secretaria Muito há de ser feito, mas acreditamos
de Assistência Social, Trabalho e Qualifica- que juntos (governo e sociedade civil) vamos
ção Profissional, a Assessoria de Promoção prosseguir na construção de uma sociedade
da Igualdade Racial, que tem como um dos justa, equitativa e democrática, sem precon-
principais objetivos promover a igualdade e a ceitos e discriminações. Sermos parceiros na
garantia dos direitos de indivíduos ou grupos construção dessas agendas prioritárias mui-
raciais/étnicos. to nos alegra e nos convoca para continuar
A Assessoria também tem como meta trabalhando em prol de uma gestão pública
dar visibilidade aos povos e comunidades que promova a liberdade, a pluralidade e os
tradicionais de matriz africana no município, direitos humanos; ouvindo sempre a socie-
combater a intolerância religiosa, fazer o le- dade civil e assim somando forças, por uma
vantamento, mapeamento e orientar os res- agenda em beneficio da diversidade religiosa
ponsáveis pelas comunidades com relação à e cultura de paz.
legislação vigente, tendo como objetivo dese-
nhar uma forma de intervenção que considere
as peculiaridades e a complexidade dos po- Um grande abraço,
vos e comunidades de matriz africana dentro
dos seus espaços, identificando as principais
demandas das comunidades pesquisadas
com o propósito de servir de alicerce para ela-
boração e estruturação de políticas públicas Chico Brito
municipais coerentes com as realidades des-
Prefeito de Embu das Artes
sas comunidades.
A cartilha é fruto do trabalho que vem
sendo realizado e desenvolvido há algum
tempo e será uma ferramenta importantíssima
para a legalização das comunidades tradicio-
nais de matriz africana, como também para o
avanço dos direitos dos povos e das autori-
dades tradicionais, que ao longo do processo
histórico e político no Brasil foram colocados
à margem da garantia dos direitos, sendo
muitas vezes, perseguidos e cerceados em
realizar sua expressão cultural e tradicional.
Com esta cartilha – parte 1, contribuímos para

3
Introdução
A Convenção 169 da Organização Internacio- (OIT/ESCRITÓRIO BRASILEIRO, 2011)
nal do Trabalho dedicou importante espaço A Convenção 169 possibilita a regulação
em conceituar o que seria povos tradicionais dos povos tradicionais em todos os países
que constituem a OIT e são signatários da
“Reconhecendo as aspirações desses referida convenção e possibilita uma relação
povos de assumir o controle de suas pró- com o estado.
prias instituições e formas de vida e de seu Os povos tradicionais de matriz africa-
desenvolvimento econômico e de manter e na são aqui considerados todos aqueles que
fortalecer suas identidades, línguas e religi- foram trazidos como “coisas”, escravizados
ões no âmbito dos Estados nos quais vivem, e mantiveram em espaços contingenciados,
e Observando que, em diversas partes do territórios denominados terreiros ou outros
mundo, esses povos não têm condições de espaços de forma eventual sua língua de ori-
gozar de seus direitos humanos fundamentais gem, preservaram a natureza como sagrados
na mesma medida que o resto da população e princípios civilizatórios de seus ancestrais
dos Estados nos quais vivem e que, em mui- (circularidade, respeito aos mais velhos e
tos casos, tem-se observado um processo mais jovens) forma própria de organização
de erosão de suas leis, valores, costumes e social, econômica, valores alimentares e con-
perspectivas, e Chamando atenção para as dições de manter saúde e educação, podem
importantes contribuições de povos indígenas assim se denominar. Dentre os princípios ci-
e tribais para a diversidade cultural e a harmo- vilizatórios está a sua relação com o sagra-
nia social e ecológica da humanidade e para do, denominado religião é uma das partes
a cooperação e entendimento internacionais, deste povo.
e Observando que as disposições apresen-
tadas a seguir foram estabelecidas em regi-
me de colaboração com as Nações Unidas, a
Organização das Nações Unidas para a Agri-
cultura e a Alimentação, a Organização das
Nações Unidas para a Educação, a Ciência e
a Cultura e a Organização Mundial da Saúde,
bem como com o Instituto Interamericano do
Índio, em níveis adequados e em suas res-
pectivas áreas de atuação, e que há uma pro-
posta para que essa cooperação seja mantida
no sentido de promover e garantir a aplicação
dessas disposições, e...”

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Religiões de Igualdades
matriz africana de direitos
A legislação brasileira é responsável his- A Constituição Brasileira prevê o pleno
toricamente pela perseguição e criminaliza- exercício da liberdade religiosa através de uma
ção das práticas tradicionais de matriz africa- série de mecanismos que asseguram esses
na que não teve outra saída senão utilizar-se direitos, o que permite uma melhor compreen-
da estratégia da clandestinidade e resumir-se são de seu conteúdo e alcance, mas que ainda
apenas a religião. necessita de uma validade prática que afaste a
Os povos tradicionais de matriz africana intolerância e que possa ser exercida num con-
conseguiram subsistir e contribuíram signifi- texto de respeito e numa cultura de paz.
cativamente para a formação da identidade, A nossa Constituição garante que ‘todos
cultura e costumes do povo brasileiro. são iguais perante a lei’. Nela, não é admitido
Os territórios utilizados por este povo que nenhuma pessoa receba tratamento desi-
mantêm uma forma própria de alimentação de gual ou injusto com base em preconceitos de
cuidado, social e econômica. Nestes territó- origem, raça, sexo, cor, idade, religião, orien-
rios são faladas línguas vivas em África até tação sexual e outros. Especificamente em
os dias de hoje: Kimbundo, Kicongo, Unbuntu termos religiosos, protege-se a liberdade de
(nos países Bantu- Angola, Moçambique) Yo- consciência e crença, sendo assegurado o livre
ruba ( Nigéria) Fon ( Benin). exercício dos cultos religiosos e garantida, na
forma da lei, a proteção aos locais de culto e
As divindades dos povos tradicionais
suas liturgias.
de matriz africana são as forças da natureza
e seguem um único criador. No Brasil os ritu- Desde a proclamação da República não
ais desenvolvidos por estes povos receberam existe mais uma crença oficial. Isso significa que
diferentes denominações e nesta cartilha agru- todas as religiões devem ser tratadas com igual
pamos todas as expressões pela língua utiliza- respeito e consideração. A lei proíbe que o Esta-
da, ou seja, Yorubanos, Bantus e Jeje-Fon. do estabeleça ou subvencione cultos religiosos
ou igrejas, bem como mantenha com eles, ou
Acreditamos que dar visibilidade a essa
seus representantes, relações de dependência
forma a estes povos é fundamental para afir-
ou aliança. Também não pode o Estado brasi-
mação e concretização dos novos sujeitos de
leiro atrapalhar ou impedir o funcionamento de
direito. Nesse sentido, a Prefeitura de Embu das
cultos e igrejas, nem mesmo privar alguém de
Artes – Secretaria de Assistência Social, Traba-
seus direitos por motivo de crença religiosa.
lho e Qualificação Profissional – Assessoria de
Promoção da Igualdade Racial reconhece a im-
portância da promoção da cidadania dos povos
tradicionais de matriz africana e vem desde o Racismo é crime
I Plano Municipal de Promoção da Igualdade A declaração Universal dos direitos Huma-
Racial desejando a criação de uma Cartilha de nos determina que intolerância religiosa ofende
Direitos que oriente de forma nítida os direitos e a dignidade da pessoa humana e é uma grave
deveres dos mesmos, pois é de extrema urgên- violação dos direitos humanos, sendo assim a
cia promover e reparar os danos do crime que discriminação religiosa é considerada uma ma-
lesou toda a humanidade, escravidão dos afri- nifestação de racismo e, como tal, crime sem
canos e do processo de exclusão ainda sofrido.

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direito a fiança e que pode ser punido
a qualquer tempo. Se alguém sofre dis- Marcos legais
criminação no acesso ao trabalho, à escola, à O Estado Brasileiro sempre se preocu-
moradia, aos órgãos públicos ou privados, no pou com a população denominada negra e
transporte público, em prédios públicos ou pri- os povos tradicionais de matriz africana, de
vados, comércio, hospitais, presídios, etc., deve forma a retirar os seus direitos. A própria lei
procurar uma Delegacia de Polícia e registrar a que permitia o tráfico negreiro mesmo frente a
ocorrência. O Delegado de Polícia é represen- leis internacionais que coibiam a mesma. Daí
tante do Estado e, independentemente de suas a expressão “lei para Inglês ver”.
convicções religiosas pessoais, tem o dever de
A lei do Ventre livre que gerou as pri-
colher as provas, fazer o boletim de ocorrência
meiras crianças de rua. A lei do sexagenário
instaurar o inquérito e encaminhar aos órgãos
que gerava o abandono dos idosos. A lei que
competentes para que a Justiça possa respon-
coibia os africanos forros de serem proprietá-
sabilizar os culpados e reparar as vítimas.
rios de terra, ir à escola, votar e o não direi-
Apesar da igualdade oferecida pelos mar- to a saúde plena. Logo após 1888 a lei que
cos legis, as religiões praticadas pelos povos criminalizava os capoeiristas ou quem não
tradicionais de matriz africana continuam sendo tinha emprego.
desrespeitadas, porque a sociedade brasileira
Quando surge a lei áurea em 1888
permanece num estágio próximo ao século XIX
só estavam na escravidão oficial apenas
com princípios escravocratas que negaram a
5,4% dos africanos que haviam sido trans-
humanidade aos africanos e afrodescendentes.
portados para o Brasil numa forma nítida
O racismo manifesta-se pela violência simbóli-
de não reconhecer as lutas e os ganhos
ca, física e psicológica. As agressões começam
destes povos.
com palavras (insultos, humilhações, desmora-
lização) e ofensas aos integrantes dos povos e A resistência dos povos tradicionais de
as suas divindades, passam pela destruição do matriz africana e dos demais afrodescendentes
território, símbolos e chegam ao extremo com o organizados em movimentos sociais modernos
assassinato dos seus membros. Para garantir que seguiram o modelo de organização das
que essa forma de violência não fique impune, instituições civis dentro do chamado processo
é preciso acessar os direitos garantidos em lei, democrático, republicano e federativo é que le-
e para isso é necessário: varam a constituição que garante direitos e o
reconhecimento da humanidade dos africanos
• Recolher provas;
que foram escravizados e leis como Afonso
• Saber fazer um bom Boletim Arinos e na atualidade o Estatuto da Igualdade
de ocorrências; Racial, A lei 10639, A política nacional da saúde
• Configurar um advogado, integral da população negra, o plano nacional
defensor público de desenvolvimento dos povos e comunidades
tradicionais de matriz africana, o decreto 6040,
• Instaurar um inquérito o estatuto da juventude. O Brasil ser signatário
• Acompanhar o andamento do caso da Convenção 169 e das resoluções do Cairo,
Durban, Beijing, Rio mais 20.
• Participar de todas as audiências
Todos estes e outros são marcos legais
• Publicar a denúncia em todos os
de proteção aos direitos dos negros e dos po-
organismos de proteção aos
vos tradicionais de matriz africana e do conti-
direitos humanos
nente africano.

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Para sair da invisibilidade mantém-se fisicamente ou psicologicamente deve ter o
ainda a necessidade de manter a estratégia parecer e um técnico da área
dos ancestrais, sair da invisibilidade, conhe-
cer os mecanismos e as nomenclaturas legais
e principalmente garantir a tradição dentro e • Saber fazer um bom Boletim
fora dos territórios contingenciados. de Ocorrências;
Ter cuidado na hora de realizar o Boletim
de ocorrências que não conste expressões
Gestão participativa consideradas depreciativas as suas práticas
(como a sra. Estava vestida de forma inade-
A forma de garantir direitos para todos
quada- todos tem direito de vestir-se como
e todas é a participação na gestão das políti-
quiser.. Falou termos ligados ao diabo – as
cas públicas. O estado brasileiro nas duas úl-
tradições de matriz africana não tem no se
timas décadas tem dado passos importantes
panteou esta divindade.. Realizava maus tra-
para a garantia dos direitos através do impul-
tos aos animais – o sacro oficio dentro das
so das formas diretas da democracia. Não se
normas da tradição não exerce maus tratos...)
pode permitir nenhum retrocesso, devemos
exercer uma real participação em todos os
espaços de controle social. Os mecanismos • Configurar um advogado,
são as conferencias, os conselhos, orçamen- defensor público
tos participativos.
Todas as pessoas quando denunciados
Na cidade de Embu das Artes existem tem direito a um defensor publico ou advogado
vários conselhos: Conselho da criança e do
adolescente; Conselho da saúde (gestores e
municipal); Conselho de assistência social; • Instaurar um inquérito
Conselho de segurança alimentar e nutricio-
Depois de realizar uma denúncia, fazer
nal; Conselho do Orçamento; Conselho de
um BO o denunciante tem de solicitar a aber-
Promoção da Igualdade Racial (em constru-
tura do inquérito ele não é imediato;
ção); Conselho do Idoso; Conselho de Cul-
tura; Conselho de Desenvolvimento Urbano
e Habitacional; Conselho de Meio Ambiente, • Acompanhar o andamento do caso
entre outros
A vítima tem direito através do seu de-
Para participar os povos tradicionais fensor de ter todas as informações e acompa-
de matriz africana devem estar ligado a en- nhamento do inquérito;
tidades civis e organizações da sociedade
civil legalizadas.
• Participar de audiências
O não comparecimento a uma das audi-
Garantindo direitos ências pode levar ao encerramento do caso

• Recolher provas;
Sempre que sentir-se ameaçado, dis- • Publicar a denúncia em todos
criminado procure gravar as falas, ter foto- os organismos de proteção aos
grafias, elencar testemunhas. Se for lesado direitos humanos

7
Esta tem sido a ação que mais tem pro- pitalares públicas e privadas, bem como nos
tegido os direitos das vítimas – secretaria de estabelecimentos prisionais civis e militares.
direitos humanos, ouvidorias, ministério pú- • Código Civil, de 2002 – Art. 44, I e IV, e
blico, seppir e até mesmo as instancias inter- par. 1º; 45; 46; 54.
nacionais.
• Plano nacional de desenvolvimento
sustentável para os povos e comunidades tra-

Legislação vigente dicionais de matriz africana/2012


• Plano Nacional de Segurança alimen-
que reconhece e tar e Nutricional/ 2011

assegura os direitos • Política nacional da saúde integral a


população negra/2007
desses segmentos:
• Estatuto
12.288/2010
da Igualdade Racial Lei
Endereços de
• Decreto 6040/2007 – Estabelece a Po-
lítica Nacional de Desenvolvimento Sustentá-
órgãos públicos
vel dos Povos e Comunidades Tradicionais
• Decreto 1.051/69 – Prevê sobre o Assessoria de Promoção
aproveitamento em cursos de licenciatura, de da Igualdade Racial
estudos realizados em Seminários Maiores, Secretaria de Assistência Social, Trabalho
Faculdades Teológicas ou instituições equiva- e Qualificação Profissional
lentes de qualquer confissão religiosa.
Prefeitura de Embu das Artes
• Lei 6.015/73 – Lei de Registros Públi-
cos - arts. 115 e seguintes. Tel.: (11) 4785-3643 assessoriarage@embu-
dasartes.sp.gov.br
• Constituição da República Federativa
do Brasil, de 1988: Art. 1º III e V; Art 3º I e IV;
Art 4º II; Art 5º VI a VIII; 19 I; 150, VI b. Instituto de Estudos da Religião
• Lei nº 7.716/89, alterada pela Lei nº (ISER):http://www.iser.org.br/
9.459, de 15 de maio de 1997 – Define crimes
resultantes de preconceito de raça ou de cor. Conselho Nacional da Umbanda no Brasil
• Lei 8.239/91 – Dispõem sobre a pres- (CONUB): http://www.conub.org.br
tação de Serviço Alternativo ao Serviço Militar
Obrigatório.
Secretaria de Políticas de Promoção
• Lei 8.742/93 – Lei Orgânica de Assis- da Igualdade Racial
tência Social
Governo Federal - (SEPPIR):
• Lei 9.532/97 – Legislação tributária http://portaldaigualdade.gov.br
(art. 15 e 18)
• Dec. 3.000/99 – Regulamenta o Impos-
to de Renda. (art. 168 e 174)
• Lei 9.982/2000 – Dispõe sobre a presta-
ção de assistência religiosa nas entidades hos-
8
Cartilha de Orientação
para Legalização de
Casas Religiosas de
Matriz Africana
Embu das Artes
Parte 2 9
10
Legalização do espaço
Com esta cartilha – parte 2, contribuímos
para ações de enfretamento ao racismo, com
objetivo de orientar e descrever os passos ne-
cessários e quais caminhos percorrer para a
legalização, bem como de romper com a bar-
reira do anonimato no qual vivem muitos des-
tes territórios. Ela traz informações sobre os
procedimentos exigidos pela legislação brasi-
leira para que os territórios de matriz africana
estejam munidos da documentação necessá-
ria na hora de pleitear a imunidade tributária,
pois é um direito garantido em lei e queremos
assegurar o acesso a esse direito.
A legalização do espaço sagrado (reli-
gioso) e o reconhecimento quanto povos, e
consequentemente a imunidade tributária das
comunidades tradicionais de matriz africana,
dará um passo importante na valorização e
reconhecimento do seu legado cultural, e
também favorecerá a construção de um ca-
minho de respeito às diferenças e garantia da
igualdade em nosso município no intuito de
efetivar o estado democrático de direito, laico
valorizar as diversas tradições que formam o
nosso pais.

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Direitos decorrentes • Pode ter cemitério na sua jurisdição
• Pode ter espaço educacional
da legalização
Toda decisão implica em responsabilida-
des. Quando lutamos por respeito, valoriza- Como legalizar?
mos nossas crenças e promovemos a igual-
Passo a passo:
dade não é diferente. Um Povo tradicional de
matriz africana que tem seu território juridica- 1º As pessoas que participam do es-
mente reconhecido passa a exercer novos di- paço litúrgico e que compõe o povo tradi-
reitos que até então não eram exigíveis, mas cional de matriz africana tem de ter cons-
em virtude deles, passam também a assumir ciência da importância de ter o registro
novos deveres. Nesse momento, apresenta- civil e expressar a vontade de compor
remos resumidamente os principais direitos uma diretoria.
que decorrem da legalização.
Lembramos que essa escolha deve ser 2º Reunião preliminar com membros
feita livremente pelos membros que compõem da casa para determinar a necessidade de
o povo e participem no território do sagrado e legalização da mesma. Nesta reunião vão
que não deve ser vista como forma de garan- propor a fundação. Uma preocupação é
tir privilégios pessoais, mas uma maneira de que não conste o fato do território existir
fortalecer sua tradição, e construir uma socie- antes desta data. Só é necessário estar es-
dade mais justa e igualitária. crito na ata e no estatuto que o espaço de
liturgia existe há tantos anos e que nesta
data está regularizando.
Alguns dos direitos
exercidos nos 3º Escolher o nome que vai constar
do território, pode ter um nome longo e um
espaços de liturgia nome fantasia. Quando for ao cartório vai

legalizados ser visto se já não existe outra com o mes-


mo nome, já registrado no Registro Civil
• Manter locais destinados aos cultos e de Pessoa Jurídica (RCPJ).
criar instituições de assistência social;
• Elaborar e fazer a divulgação das publi- 4º Agora vamos escrever um edital
cações litúrgicas; de convocação de assembleia geral para
• Solicitar e receber doações voluntárias; constituição da associação e eleição de di-
retoria. Aviso em local visível, um mês an-
• Realizar atividades litúrgicas em locais
tes da reunião. Envio de e-mail para mem-
fechados ou abertos, ruas, praças, parques,
bros da casa (convite de participação das
praias, bosques, florestas ou qualquer outro
pessoas que compõem este espaço litúrgi-
local de acesso público.
co para a assembleia de fundação). A exi-
• O templo religioso é imune do paga- gência é que fique em lugar público, pode
mento de qualquer imposto – “imunidade tri- ser o barracão do território e pode ser co-
butária” (art. 150 VI, b da CF); locado em periódico regional ou local.

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5º Antes mesmo da assembleia deve velhos, por exemplo, o Bantu tem conselho de
se ter uma proposta de estatuto, o docu- manganzas e os Yorubanos os egbomes.
mento que diz a missão, objetivos, e a or- e) Modo de constituição e funcionamen-
ganização do território e finalizar a redação to dos órgãos deliberativo (aqui geralmente os
do Estatuto Social da Associação. ligados a liturgia) e administrativo (financeiro,
Art. 54, Código Civil, sob pena de nulida- projetos, comunicação e etc.)
de, o estatuto das associações conterá: f) Prazo de mandato de todos os órgãos;
I - a denominação, os fins e a sede da (os da liturgia – vitalícios e ou não e os admi-
associação; nistrativos com tempos determinados se po-
dem ser reconduzidos ao cargo ou não)
II - os requisitos para a admissão, demis-
são e exclusão dos associados; g) Fontes de recursos; (se é por paga-
mento e de mensalidades, doações e etc.)
III - os direitos e deveres dos associa-
dos; h) Órgão competente e quórum para dis-
solução. (No caso de morte, dissolução do terri-
IV - as fontes de recursos para sua ma-
tório para onde será destinado o espaço e quem
nutenção;
é responsável) este espaço é muito importante
V - o modo de constituição e de funcio- porque muitos territórios sagrados têm sido des-
namento dos órgãos deliberativos; truídos após a morte dos zeladores.
VI - as condições para a alteração das i) O estatuto deve permitir abrangência
disposições estatutárias e para a dissolução; nas competências, principalmente tratando-
VII - a forma de gestão administrativa e -se de uma Comunidade Tradicional de Matriz
de aprovação das respectivas contas. Africana e que desenvolve projetos e progra-
mas muito além dos requisitos destacados
acima, portanto devem ser colocadas estas
Necessita também: funções (educacionais, assistenciais, de co-
a) Classificar como ORGANIZAÇÃO municação, cultura Cabe ao Regimento Inter-
RELIGIOSA SEM FINALIDADE ECONÔMICA no determinar as regras éticas, normativas e
DE LUCRO ritualísticas do terreiro).

b) Endereço completo da sede, caso o j) O estatuto deve conter a auto declara-


espaço seja locado necessita do contrato de ção de compor os povos tradicionais de matriz
locação ou cópia da capa/contra capa do car- africana (por falar a língua (Jeje, Yorubá ou
nê IPTU. uma das Bantu), por terem hábitos alimenta-
res específicos e seguirem a tradição de an-
c) Prazo de duração da organização; (in-
cestrais africanos vindos para o Brasil e foram
determinado)
escravizados
d) Atribuições de todos os diretores;
(aqui tem uma forma diferente para os povos
tradicionais de matriz africana; podem ser di- 6º Na Assembleia Geral
vididos aqueles que são responsáveis pela a) Apresentação da Diretoria proposta
liturgia e ter cargos vitalícios e definidos pe-
b) A Diretoria é composta por Presidente,
las divindades e os cargos administrativos e
Vice-Presidente, coordenadores gerais e coor-
devem estar escrito suas funções) Deve ter
denadores administrativo, financeiro, de comu-
conselho fiscal e pode ter conselho de mais
nicação, de projetos; As atribuições exercidas

13
pelo Presidente ou coordenadores não se con- j) Aprovação do estatuto e da criação da
fundem com as funções desempenhadas pelo associação;
Zelador das divindades ou cargos da tradição k) Relação dos Fundadores c/ identidade
de matriz africana podendo as pessoas ter du- e CPF, assinaturas do Presidente e Secretário
pla função (administrativa e litúrgica) da Assembleia de Fundação;
c) Eleição da Diretoria pelos presentes. l) Nomeação da diretoria com qualificação
d) Apresentação e aprovação do Estatu- completa: cargo, nome, estado civil, nacionali-
to da Associação. dade, profissão, CPF, identidade, endereço.
e) Elaborar a Ata com registro da Assem- m) Rubrica do presidente e do secretário
bleia, com assinatura dos presentes. da assembleia de fundação em todas as pagi-
f) Obs. Importante para o restante do nas e assinatura na ultima página;
processo que configure um contador para o n) A Ata da Assembléia deve conter a
apoio da diretoria. data igual à ata de fundação.

7º No cartório, promover o Registro 8º Dar entrada no CNPJ (Cadastro Na-


Civil de Pessoa Jurídica (RCPJ); este re- cional de Pessoa Jurídica) da associação.
gistro é pago e para que seja feito devem a) Via Internet através do site da Recei-
ser apresentados: ta Federal (www.receita.fazenda.gov.br) e no
a) Duas vias do Estatuto; link FCPJ – Ficha Cadastral da Pessoa Jurídi-
b) Petição do representante legal reque- ca, que poderá ser preenchida
rendo registro; b) Via PGD – download e transmitida ex-
c) Requerimento assinado pelo Presi- clusivamente pela Internet por meio do Pro-
dente, com firma reconhecida, ou por procu- grama Receitanet, ou preenchida diretamente
rador (procuração especifica para RCPJ com no sítio da Secretaria da Receita Federal do
firma reconhecida) Brasil (RFB) http://www.receita.fazenda.gov.
br, por meio do Aplicativo de Coleta Web.
d) Tamanho mínimo de fonte em docu-
mentos digitados: arial 11.
e) Para entregar no cartório, o Estatuto 9º Solicitar o AVCB (Alvará de Vistoria
deve conter: do Corpo de Bombeiro), documento oficial
emitido pelo Corpo de Bombeiro, atestan-
f) Visto do advogado, com o número da do que a edificação possui condições de
OAB - somente na última folha; segurança contra incêndio.
g) Rubrica do presidente e do Secretá- Para requerer o AVCB, é necessário o
rio da Assembleia de Fundação em todas as desenvolvimento de um projeto de segurança
páginas; contra incêndio, onde nele constarão todos os
h) Mesma data da Assembléia de Fun- equipamentos de segurança que a casa terá,
dação na última página; Assinaturas do presi- incluindo extintores, sinalização de saída de
dente e do Secretário da Assembleia de Fun- emergência, entre outros. A casa deve descre-
dação na última página; ver o formato e as necessidades estruturais
que garantam a PRESERVAÇÃO DA TRADI-
i) A Ata da Assembleia de Fundação
ÇÃO DE MATRIZ AFRICANA, referendando o
deve conter:

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Decreto 6.040/2003. Esse projeto será enviado para o cumprimento de suas finalidades, sendo
para o departamento de análise do corpo de que a imunidade atingirá os locais e dependên-
bombeiro, que emite um protocolo e realiza a cias utilizados pelos templos, desde que devi-
vistoria e no prazo emite a aprovação ou devol- damente comprovado junto ao Poder Público tal
ve indicando as alterações a serem feitas. destinação, para o exercício de suas finalidades
enquanto tais atividades perdurarem”.

10. Ao final, com o a documentação, De acordo com a Lei Municipal, os docu-


deve-se buscar o licenciamento na prefei- mentos necessários para registro municipal são:
tura onde as casas se encontram. Lá é pos- a) CNPJ
sível se retirar o licenciamento ambiental e b) Comprovante de residência di responsável legal
sanitário, se necessário, e o licenciamento
de funcionamento (alvará) que é também c) AVCB – Vistoria do Corpo de Bombeiro
chamado de inscrição municipal. Sem d) Auto de habite-se ou alvará de conservação
isso, não há como conseguir, por exemplo,
e) Foto da fachada e do interior do local da atividade
isenção de Imposto Sobre Serviços (ISS)
se a casa prestar algum serviço. f) RG e CPF do responsável legal.

Após esse procedimento o representan-

Após a legalização
te da casa deve comparecer pessoalmente
ou por advogado ou contador habilitado (via
procuração) à região administrativa correspon- Para que a Instituição possa exercer os
dente para entregar os documentos necessá- direitos destacados anteriormente, não pode
rios para o recebimento de alvará. deixar de cumprir as seguintes exigências:
É somente após esse procedimento que • Emitir mensalmente pelo contador da
as casas terão, por exemplo, a possibilidade instituição a GFIP (Guia de Recolhimento do
de se inscreverem na nota fiscal eletrônica, Fundo de Garantia por Tempo de Serviço e
que as permitirá de emitir notas pela prestação Informações à Previdência Social);
de serviços eventuais relacionados a sua fina-
• Emitir anualmente pelo contador da ins-
lidade, quais sejam, 2.36. Assistência social e
tituição o RAS (Regime de Apuração simplifi-
religiosa e 2.36.06.3 – Associação Religiosa e
cado), junto à Caixa Econômica, bem como a
2.36.05.5 – Ordem Religiosa
CND (Certidão Negativa de Débitos), junto ao
Obs. No município de Embu das Artes INSS e à Receita Federal;
temos a Lei Complementar Municipal Nº 189
• Declarar anualmente o IRPJ (Imposto de
de 6 de junho de 2012 e o Decreto Estadual
Renda de Pessoa Jurídica). Apesar da isenção,
Nº 56.819/2011 e instrução técnica Nº 42/2011.
os templos estão sujeitos à cobrança de multa
No momento do registro municipal, na pre- no caso de atraso na entrega das declarações;
feitura, OS TEMPLOS QUE REALIZAM CULTO
• Realizar anualmente o balanço contábil;
DE QUALQUER NATUREZA SÃO ISENTOS DE
TRIBUTOS MUNICIPAIS regulamento pela Lei • Verificar as condições de pagamento
Complementar 118/2009 Artigo 1º Paragrafo 2º de Taxa de Incêndio de acordo com o municí-
pio em que se localiza a instituição;
“ ...§ 2º - Não se cobrarão tributos, sejam
impostos ou taxas disciplinadas nesta Lei, sobre • Reunir-se, em assembleia de três em
o patrimônio, a renda e os serviços dos templos três anos, para a realização de uma nova elei-
de qualquer culto nas atividades desenvolvidas ção de membros da diretoria.

15
Modelo de ata de fundação
No dia......... do mês de ............. de ................ (ano), às.......... (horário), na...........................
(logradouro), n.°........, .............. (bairro), na cidade de........., Estado de ........., CEP ..........,
reuniram-se os seguintes fundadores: ..................... (nome), CPF/MF n°................., em Assem-
bleia presidida por ..................... (nome), CPF/MF n°................. e secretariada por .....................
(nome), CPF/MF n°................., na qual aprovaram a fundação da Instituição Religiosa, denomi-
nada, ........................... (nome), bem como o texto do seu estatuto abaixo transcrito, e nomea-
ram a Diretoria para o período de....... / ....... /..............

Zelador de ------------------ (aqui pode ser colocado outros cargos litúrgicos e presidente
vitalício: ..................... (nome),................. (nacionalidade),................ (estado civil), portador da
cédula de identidade n°................., inscrito no CPF/MF sob o número n° ................., residente
e domiciliado na ........................... (logradouro), n.°........, .............. (Bairro), na cidade de.........,
Estado de ........., CEP ..........; Vice-presidente: ..................... (nome), ................. (nacionali-
dade),................ (estado civil), portador da cédula de identidade n°................., inscrito no CPF/
MF sob o número n° ................., residente e domiciliado na ........................... (logradouro),
n.°........, .............. (bairro), na cidade de........., Estado de ........., CEP ..........; Secretário geral:
..................... (nome),................. (nacionalidade), ................ (estado civil), portador da cédula
de identidade n°................., inscrito no CPF/MF sob o número n° ................., residente e domi-
ciliado na ........................... (logradouro), n.°........, .............. (bairro), na cidade de........., Estado
de ........., CEP ..........; Tesoureiro: ..................... (nome),................. (nacionalidade),................
(estado civil), portador da cédula de identidade n° ................., inscrito no CPF/MF sob o núme-
ro n° ................., residente e domiciliado na ........................... (logradouro), n.°........, ..............
(bairro), na cidade de........., Estado de ........., CEP ..........; Conselheiro fiscal: .....................
(nome),................. (nacionalidade),................ (estado civil), portador da cédula de identida-
de n°................., inscrito no CPF/MF sob o número n° ................., residente e domiciliado na
........................... (logradouro), n.°........, .............. (bairro), na cidade de........., Estado de .........,
CEP ..........; Conselheiro Fiscal: ..................... (nome),................. (nacionalidade),................
(estado civil), portador da cédula de identidade n°................., inscrito no CPF/MF sob o núme-
ro n° ................., residente e domiciliado na ........................... (logradouro), n.°........, ..............
(bairro), na cidade de........., Estado de ........., CEP ..........; Conselheiro fiscal: .....................
(nome),................. (nacionalidade),................ (estado civil), portador da cédula de identida-
de n°................., inscrito no CPF/MF sob o número n° ................., residente e domiciliado na
........................... (logradouro), n.°........, .............. (bairro), na cidade de........., Estado de .........,
CEP ...........

16
Modelo de estatuto social
Capítulo I - Da denominação, sede, objetivos e duração
Art. 1°. O........................... (nome), fica constituída uma associação civil de direito privado, sem
finalidade econômica, que será regida pelo presente estatuto e pela legislação específica.
Parágrafo primeiro. O........................... (nome) foi fundado de fato em........ (dia) de......... (mês)
de............ (ano), vindo ser legalizado na data do registro deste Estatuto
Parágrafo segundo. O ministro de Culto afro-brasileiro do........................... (nome) será o Sr.
ou Sra. ......................................, o Pai ou Mãe ................................................
Art. 2°. Tem sede social na........................... (logradouro), n.°........, .............. (bairro), na cidade
de........., Estado de ........., CEP .........., podendo abrir escritórios ou agências de representação
em qualquer localidade do país ou no exterior.
Art. 3°. O........................... (nome), tem como finalidade a prática religiosa umbandista, a pre-
ocupação com o resgate ético, moral e da dignidade religiosa, a elucidação da lei humana, a
difusão da doutrina espírita, o estudo e as pesquisas sobre as religiões de matriz africana, a
preservação das heranças culturais dos negros e dos índios, a preocupação com as mulheres,
a caridade espiritual e social, a luta constante contra o comércio religioso, pela preservação do
meio ambiente, pela tolerância religiosa, pela união das religiões, pelo melhoramento da massa
humana e pela prática do bem.
Art. 4°. O........................... (nome) deverá realizar atendimento social sem discriminação em
razão de raça, etnia, gênero, orientação sexual, religiosa, partidária, bem como á portadores de
deficiência;
Art. 5°. A critério de sua Diretoria, o........................... (nome) poderá firmar convênios, inter-
câmbios, promover iniciativas conjuntas com organizações e entidades públicas ou privadas,
nacionais ou estrangeiras. Da mesma forma, poderá se filiar ou integrar quadro de participantes
de organizações ou entidades afins, nacionais ou estrangeiras;
Art. 6°. A duração do........................... (nome) é por prazo indeterminado;
Parágrafo único. O........................... (nome) existe pela vontade de seus membros, e não por
concessões, determinações ou imposições sociais.
Art. 7°. As atividades assistenciais realizadas pelo........................... (nome) em sua sede, e/ou
externamente, consistem em:
I – Distribuir cestas básicas, roupas e medicamentos;
II – Realizar palestras junto aos internos (as) do sistema penitenciário;
III – Direcionar os egressos do sistema penitenciário para a realização de cursos profissiona-
lizantes encaminhá-los para oportunidades de empregos e regularizar suas obrigações civis,

17
militares e escolares;
IV – Promover e realizar publicações de trabalhos escritos e audiovisuais, colóquios, seminários,
debates e conferências, cursos e congressos sobre temas diversos, dentre eles se destacando a
qualidade de vida no Embu das Artes, visando enfatizar a importância de se combater a violência
mediante o aumento da autoestima do egresso, através do trabalho, do estudo e do resgate de
sua cidadania, de modo a diminuir a reincidência do ex-interno na vida do crime, favorecendo
assim, sua reinserção social;
V – Buscar, através da reaproximação familiar, a melhora do estado psíquico-emocional do pre-
so, do egresso e de toda a sua família, que assistida e amparada, poderá mais facilmente se
reestruturar e apoiá-lo;
VI – Direcionar as crianças e mulheres para atividades educativas, recreativas e esportivas; criar
“cursinho” pré-vestibular comunitário, a fim de preparar adolescentes e adultos para o vestibular;
VII – Realizar atividades ocupacionais, esportivas e profissionalizantes para idosos e deficien-
tes, de modo a melhorar sua autoestima e seu bem-estar social, diminuindo assim, a discrimi-
nação que sofrem;
VIII – Dedicar atenção especial aos problemas de segurança pública na cidade, buscando for-
mas pacíficas e legais de fortalecimento dos direitos humanos e da cidadania, junto aos órgãos
do governo e da sociedade, bem como patrocínio para projetos sociais;
IX – Manter e ampliar a biblioteca comunitária, a audioteca, a leitura e a escrita em braile para
deficientes;
Art. 8°. As atividades assistenciais realizadas pelo........................... (nome) serão gratuitas e
isentas de qualquer tipo de discriminação, estendendo-se a todos aos assistidos considerados
aptos a participarem da atividade após a realização de cadastro e entrevista social, cujos crité-
rios serão previamente definidos e tornados públicos.

Capítulo II - Dos colaboradores, sua admissão, direitos e deveres


Art. 9°. O........................... (nome) é constituído por número ilimitado de associados, distribuí-
dos nas seguintes categorias: fundador, efetivo, benfeitor, honorário, colaborador, voluntário e
outros a serem criados, se necessário.
a) Associados fundadores: aqueles que participaram da Assembleia de fundação da Associação,
assinando a respectiva ata e comprometendo-se com as suas finalidades;
b) Associados efetivos: os que forem incorporados pela aprovação da Assembleia Geral, a partir
de indicação realizada pelos associados fundadores;
c) Associados benfeitores: aqueles que contribuem com grandes benemerências, em valores ou
trabalho para o........................... (nome);
d) Associados honorários: aqueles que a Diretoria determinar;

18
e) Associados colaboradores: pessoas que, identificadas com os objetivos da Associação, solici-
tem seu ingresso e, sendo aprovadas pela Diretoria, paguem as contribuições correspondentes;
f) Associados voluntários: pessoas que, identificadas com os objetivos da Associação, nela de-
sejam ingressar, mas por não estarem em condições de arcar com o custo das contribuições
devidas pelos associados colaboradores, dispõem-se a prestar serviços voluntariamente ao
........................... (nome).
Parágrafo único. Os associados, independentemente da categoria, não respondem subsidiária
nem solidariamente pelas obrigações da Associação, não podendo falar em seu nome, salvo se
expressamente autorizados pelo Conselho Diretor.
Art. 10. O........................... (nome) terá como associados apenas pessoas físicas, devidamente
inscritas em seu quadro de associados, após aprovação de suas postulações pela Diretoria,
conforme os requisitos estipulados pelo art. 11.
Art. 11. São requisitos para a admissão e a exclusão de associados:
I – Requisitos para a admissão de associados:
a) Possuir indiscutível idoneidade moral;
b) Demonstrar interesse e/ou possuir conhecimentos relacionados às áreas de atuação
do........................... (nome);
c) Estar envolvido na prática de qualquer atividade mencionada no art. 7° do presente Estatuto.
Parágrafo único. O requisito da alínea “a” é indispensável, não sendo os demais necessaria-
mente cumulativos.
II – São requisitos para a exclusão de associados:
a) Apresentar conduta incompatível com as diretrizes da Associação;
b) Praticar atos desabonadores de sua conduta ética e moral;
c) Cometer ato de improbidade, indisciplina contínua ou outra falta grave;
d) Desvincular-se das atividades desenvolvidas pelo........................... (nome);
e) Praticar qualquer ato que contrarie as disposições do presente Estatuto ou qualquer ato que
seja prejudicial ao........................... (nome).
§1°. A decisão de exclusão de associado será tomada pela maioria simples dos membros da
Diretoria;
§2°. Da decisão da Diretoria de excluir associado caberá sempre recurso à Assembleia Geral.
§3°. Cabe ao associado “excluído” pleno direito de defesa em qualquer instância.
Art. 12. Os associados poderão renunciar a esta qualidade a qualquer momento. A renúncia não
requer seja motivada.
Art. 13. São direitos de todos os associados quites com a Tesouraria do........................... (nome):

19
I – Participar de todos os eventos patrocinados pela Associação;
II – Ter voz nas Assembleias Gerais, observadas as disposições estatutárias;
III – Ter acesso gratuito e imediato a todas as publicações eletrônicas da Associação;
IV – Recber publicações e comunicações da Associação;
V – Usufruir todas as vantagens oferecidas pelos serviços da Associação;
VI – Requerer vista de todos os documentos legais do........................... (nome) para emitir pa-
recer em Assembleia.
Art. 14. São direitos específicos dos associados fundadores, efetivos e colaboradores:
I – Votar em cargos eletivos nas Assembleias Gerais, após um prazo mínimo de 06 (seis) meses
de associação e observadas às disposições estatutárias;
II – Ser votado para os cargos eletivos nas Assembleias Gerais, após um prazo mínimo de 12
(doze) meses de associação e observadas às disposições estatutárias.
Art. 15. São deveres de todos os associados:
I – Respeitar, observar e cumprir o presente Estatuto, as disposições regimentais e as delibera-
ções da Diretoria e da Assembleia Geral;
II – Prestar ao........................... (nome) toda a cooperação moral, material e intelectual, e lutar
pelo engrandecimento do mesmo;
III – Comparecer às Assembleias Gerais quando convocado, e ainda, participar dos grupos de-
signados a promover atividades patrocinadas pela Associação;
IV – Comunicar à Diretoria, por escrito, mudanças de residência e nos demais dados cadastrais;
V – Integrar as comissões para as quais for designado; cumprir os mandatos recebidos e os
encargos atribuídos pela Diretoria Geral;
VI – Participar das atividades do........................... (nome), estreitando os laços de solidariedade
e fraternidade entre todos os associados e instituições parceiras;
VII – Zelar pelo bom nome e pelo fiel cumprimento dos objetivos da Associação.

Capítulo III - Da administração


Art. 16. São órgãos da Administração:
a) a Assembleia Geral;
b) a Diretoria Executiva;
c) o Conselho Fiscal.
Art. 17. A Assembleia Geral é o órgão soberano da entidade, formado pelos membros do Conse-
lho Fiscal, da Diretoria Executiva e pelos associados em pleno gozo de seus direitos estatutários.

20
Art. 18. Compete à Assembleia Geral:
a) Eleger a Diretoria Executiva e o Conselho Fiscal de cinco em cinco anos;
b) Destituir os membros da Diretoria Executiva e o Conselho Fiscal;
c) Traçar as linhas gerais de ação da Instituição, subsidiar e propor meios e indicativos para a
consecução de seus objetivos e estabelecer as metodologias das atividades;
d) Analisar e aprovar relatórios e livros contábeis apresentados pelo Conselho Fiscal;
e) Criar grupos e equipes para a realização de tarefas específicas, como pesquisas, publica-
ções, etc.;
f) Alterar o estatuto;
Art. 19. A Assembleia Geral realizar-se-á ordinariamente, uma vez por ano, até o dia 15 (quin-
ze) do mês de março para:
I – Aprovar a proposta de programação anual do........................... (nome), submetida pela Dire-
toria;
II – Apreciar o relatório anual de atividades da Diretoria;
III – Discutir e homologar as contas e balanços aprovados pelo Conselho Fiscal, relativos ao
exercício encerrado em 31 de dezembro do ano imediatamente anterior, bem como o plano or-
çamentário para o novo exercício.
Art. 20. A Assembleia Geral realizar-se-á ordinariamente, de cinco em cinco anos, para eleger
os membros do Conselho Fiscal e da Diretoria.
Art. 21. A Assembleia Geral será convocada pelo Diretor-Presidente do........................... (nome)
por carta circular ou por publicação de edital de convocação afixado na sede da Instituição, com
antecedência mínima de 15 (quinze) dias corridos.
Art. 22. A Assembleia Geral realizar-se-á extraordinariamente, quando convocada:
I – Pela Diretoria;
II – Pelo Conselho Fiscal;
III – Por requerimento de 1/5 (um quinto) dos sócios quites com as obrigações sociais.
Parágrafo único. A Assembleia Geral reunir-se-á extraordinariamente:
a) Por motivo relevante, a critério das pessoas ou órgãos mencionados nos incisos supra;
b) Para deliberar sobre a destituição ou renúncia de cargos da Diretoria e preencher os cargos
vagos, na forma do artigo 59, parágrafo único, do Código Civil;
c) Para autorizar a aquisição ou alienação de bens imóveis ou a instituição de ônus no imobili-
zado do........................... (nome).
Parágrafo segundo. A Assembleia Geral Extraordinária será convocada mediante a publicação
de edital de convocação, com antecedência mínima de 05 (cinco) dias corridos, conforme dispo-

21
sição do art. 21 deste Estatuto.
Art. 23. As reuniões das Assembleias Gerais, que serão presididas pelo Presidente, realizar-se-
-ão com qualquer número de membros presentes, exceto nas hipóteses mencionadas nas alí-
neas “b” e “f” do art. 18 deste Estatuto, quando será necessária a presença da maioria absoluta
dos associados (50% + 1), em primeira convocação e de um 1/3 (um terço) dos associados em
segunda convocação.
Parágrafo único. Em qualquer das hipóteses acima, a aprovação dar-se-á somente através dos
votos de, no mínimo, 2/3 (dois terços) dos associados presentes.
Art. 24. A Diretoria Executiva será constituída por um Presidente, um Vice-Diretor Presidente,
um Secretário Geral e um Tesoureiro, com mandato de cinco anos, podendo ser reconduzidos.
Parágrafo único. Não perceberão os diretores, conselheiros, sócios, instituidores, benfeitores,
ou equivalentes do........................... (nome), remunerações, vantagens, benefícios, direta ou
indiretamente, por qualquer forma ou título, em razão das competências, funções ou atividades
que lhes sejam atribuídas pelos respectivos atos constitutivos.
Art. 25. A Diretoria Executiva ou quaisquer de seus membros poderá, a qualquer tempo, ser
destituída por decisão da Assembleia Geral, mediante reunião especialmente convocada para
essa finalidade, nos moldes do art. 22, §1°, alínea “b” do presente Estatuto.
Art. 26. Em caso de vacância do cargo de Presidente, assume em seu lugar, o Vice-Presidente.
Em caso de vacância de qualquer outro cargo, este deverá ser acumulado por um dos outros
Diretores, até ser convocada Assembleia Geral Extraordinária, de acordo com os arts. 59 e 60,
do Código Civil, para o seu preenchimento para o período remanescente.
Art. 27. Compete à Diretoria:
I – Elaborar e executar programa anual de atividades;
II – Elaborar e apresentar, à Assembleia Geral, o relatório anual;
III – estabelecer o valor da mensalidade para os sócios contribuintes;
IV – Entrosar-se com instituições públicas e privadas para mútua colaboração em atividades de
interesse comum;
V – Contratar e demitir funcionários;
VI – Convocar a Assembleia Geral.
Art. 28. A Diretoria reunir-se-á no mínimo 1 (uma) vez a cada mês.
Art. 29. Compete ao Presidente:
I – Representar a Associação ativa e passivamente, judicial e extrajudicialmente;
II – Cumprir e fazer cumprir este Estatuto e o Regimento Interno;
III – Convocar e presidir a Assembleia Geral;

22
IV – Convocar e presidir as reuniões da Diretoria;
V – Assinar todos os cheques, ordens de pagamento e títulos que representem obrigações finan-
ceiras da Associação.
Parágrafo único. Poderá o Presidente delegar expressamente ao Vice-Presidente, Tesoureiro
ou ao Secretário-Geral poderes para executar o disposto no inciso V deste artigo.
Art. 30. Compete ao Vice-Presidente:
I – Substituir o presidente em suas faltas ou impedimentos;
II – Prestar, de modo geral, a sua colaboração ao Presidente;
III – Assumir o mandato, em caso de vacância, até o seu término, no prazo de 30 (trinta) dias,
após a vacância do cargo.
Art. 31. Compete ao Secretário-Geral:
I – Secretariar as reuniões da Diretoria e Assembleia Geral e redigir atas;
II – Publicar todas as notícias das atividades da entidade;
III – Implantar e executar o Regulamento das atividades administrativas de sua área de atuação;
IV – Implantar o organograma das áreas administrativas;
V – Participar das reuniões de Diretoria, apresentando relatórios de suas atividades;
VI – Representar o........................... (nome) em compromissos profissionais, sociais e políticos,
por determinação da Diretoria;
VII – Prestar, de modo geral, a sua colaboração ao Presidente;
VI – Assinar, com o Presidente, todos os cheques, ordens de pagamento e títulos que represen-
tem obrigações financeiras da Associação.
Art. 32. Compete ao Tesoureiro:
I – Arrecadar e contabilizar as contribuições dos associados, rendas, auxílio e donativos, man-
tendo em dia a escrituração;
II – Pagar as contas autorizadas pelo Presidente;
III – Apresentar relatórios de receita e despesas, sempre que forem solicitados;
IV – Apresentar o relatório financeiro para ser submetido à Assembleia Geral;
V – Apresentar semestralmente o balancete ao Conselho Fiscal;
VI – Conservar, sob sua guarda e responsabilidade, os documentos relativos à tesouraria;
VII – Manter todo numerário em estabelecimento de crédito.
Art. 33. O Conselho Fiscal será constituído por 3 (três) membros efetivos eleitos pela Assem-
bleia Geral.

23
§1°. O mandato do Conselho Fiscal será coincidente com o mandato da Diretoria.
§2°. Em caso de vacância, deverá ser observado o disposto no art. 26 deste Estatuto.
Art. 34. Compete ao Conselho Fiscal:
I – Examinar os livros de escrituração da entidade;
II – Examinar o balancete semestral apresentado pelo Tesoureiro, opinando a respeito;
III – Apresentar relatórios de receitas e despesas, sempre que forem solicitados;
IV – Opinar sobre a aquisição e alienação de bens.
Parágrafo único. O Conselho se reunirá ordinariamente a cada 2 (dois) meses e, extraordinaria-
mente, sempre que necessário.

Capítulo IV - Do patrimônio
Art. 35. Patrimônio do........................... (nome) é constituído por:
I - Bens móveis e imóveis, veículos, semoventes, ações e apólices de dívida pública, direitos au-
torais, direitos aquisitivos, direitos possessórios, bem como outros direitos reais ou com eficácia
real que possua ou venha possuir, por ato próprio ou cedido por terceiros.
II – Rendas provenientes de contribuições de seus filiados ou doações espontâneas, auxílios ou
subvenções que venha a receber;
III – Rendas decorrentes da utilização das estruturas internas da Associação a título de forneci-
mento de comodidades, atividades sociais ou recreativas beneficentes oferecidas aos filiados;
IV – Outros meios admitidos em lei.
Art. 36. Constituem rendas do........................... (nome):
I – As doações de bens e direitos de pessoas físicas e jurídicas;
II – As dotações a ele destinadas;
III – Os recursos financeiros provenientes da renda de publicações, edições, audiovisuais e ou-
tros bens produzidos pela instituição;
IV – A receita proveniente de contratos e convênios de prestação de serviços a terceiros;
V – As rendas eventuais ou extraordinárias;
VI – As contribuições mensais a serem percebidas de seus filiados;
VII – Auxílios, subvenções ou doações de qualquer espécie;
VIII – Outros meios admitidos por lei.
Parágrafo único. O........................... (nome) aplicará as subvenções e doações recebidas nas
finalidades a que está vinculada, no território nacional.

24
Art. 37. De acordo com os recursos disponíveis, o........................... (nome) poderá editar pu-
blicações destinadas a divulgar suas atividades e trabalhos sociais, científicos e profissionais,
além de quaisquer matérias julgadas úteis à melhoria da qualidade de vida ou do progresso
espiritual de seus filiados.
Art. 38. A instituição não distribuirá lucros, resultados, dividendos, bonificações, participações
ou parcela de seu patrimônio, sob nenhuma forma ou pretexto.
Art. 39. As fontes de receita podem advir de pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou
privado, nacional ou estrangeiro.

Capítulo V - Das disposições gerais


Art. 40. A organização da estrutura religiosa e a aplicação das penalidades serão previstas no
Regimento Interno.
Art. 41. No caso de dissolução da Instituição, os bens remanescentes serão destinados a outra
instituição congênere, com personalidade jurídica que esteja registrada no Conselho Nacional
de Assistência Social – CNAS, ou no Conselho Estadual de Assistência Social - CEAS, ou no
Conselho Municipal de Assistência Social – CMAS ou entidade pública, no âmbito do território
nacional, a critério da Associação.
Art. 42. O........................... (nome) será dissolvido por decisão da Assembleia Geral Extraordi-
nária, especialmente convocada para esse fim, quando se tornar impossível a continuação de
suas atividades.
Art. 43. O presente Estatuto poderá ser reformado, em qualquer tempo, por decisão de 2/3
(dois terços) dos presentes à Assembleia Geral especialmente convocada para esse fim, não
podendo ela deliberar, em primeira convocação, sem a maioria absoluta dos associados, ou com
menos de 1/3 (um terço) nas convocações seguintes, e entrará em vigor na data de seu registro
em cartório.
Art. 44. Os casos omissos serão resolvidos pela Diretoria e referendados pela Assembleia Geral.
Art. 45. O........................... (nome) deverá ter:
I – Livro de Ata de Reunião da Diretoria:
II – Livro de Ata de Reunião do Conselho Fiscal;
III – Livro de Ata das Assembleias;
IV – Outros livros fiscais e contábeis exigidos por lei.
Art. 46. A associação deverá observar os princípios fundamentais de contabilidade e das nor-
mas brasileiras de contabilidade.
Art. 47. A prestação de contas de todos os recursos e bens de origem pública recebidos pela
associação será feita conforme determina o parágrafo único do art. 70 da Constituição Federal.

25
Art. 48. O exercício financeiro do........................... (nome) terminará no dia 30 de dezembro de
cada ano.
Art. 49. O presente estatuto fica assim aprovado pela Assembleia Geral realizada nesta data.

_________________________, _____ / _____ / ______.


(cidade) (data)

________________________________ ______________________________
Presidente da Assembléia Secretário (a) da Assembléia

26
Bibliografia
- Cartilha de Legalização das Casas Religio-
sas de Mátria Africana. Pontifica Universida-
de Católica - Governo do Rio de Janeiro, RJ
– 2012. htt://WWW.jur.puc-rio.br/pdf/CARTI-
LHAimpressao.pdf

- Casas dos Orixás. Imunidade Tributaria e Le-


galização fundiária para entidades religiosas.
Prefeitura Municipal de Salvador – Secretaria
Municipal de Reparação- BA, 2008.
HTTP://www.reparacao.salvador.ba.gov.br

- Seppir – Secretaria de Promoção da Igual-


dade Racial – Políticas Públicas para Comu-
nidades Tradicionais. http://www.seppir.gov.
br/arquivos/folder-secomt

- Campanha em Defesa da Liberdade de


Crença e contra a Intolerância Religiosa.
CEERT – Centro de Estudos das Relações de
Trabalho e Desigualdades, SP – 2004.

27
Secretaria de Assistência Social,
Trabalho e Qualificação Profissional

Secretaria de Comunicação Social • outubro de 2013


Assessoria de Promoção
da Igualdade de Gênero e Raça

www.embudasartes.sp.gov.br

Governo da Cidade @prefeituraembu prefeituradeembu


de Embu das Artes

28

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