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Publicado em 05.12.

2019

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Esta semana foi marcada pela divulgação do PIB do terceiro trimestre de
2019, que apresentou expansão de 0,61%, um resultado que pode ser
considerado acima das expectativas do mercado, e que reforça a trajetória
de recuperação econômica, que por mais que ainda esteja sendo modesta
e num ritmo lento, está se concretizando efetivamente.

É interessante notar ainda que, de acordo com os dados divulgados, esse


crescimento foi guiado, em grande parte, por Investimentos, que
cresceram 2% na comparação com 3T18, e gastos do consumidor, que se
expandiram 0,8% na comparação anual, enquanto os gastos do governo
apresentaram retração de 0,4%.

Ou seja, foi um crescimento puxado estritamente pelo setor privado, o que


é positivo, dada a situação atual das contas públicas e a condição fiscal do
país, ainda bastante prejudicada.

De acordo com o documento, o setor de agricultura foi o maior destaque


positivo no trimestre, crescendo 1,3% na comparação anual, enquanto a
indústria cresceu 0,8% e o setor de serviços 0,4%.

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Consideramos esse resultado bastante positivo, sobretudo dentro do
contexto observado no 3T19, com uma grave crise na argentina sendo
intensificada, o que naturalmente afeta parte das exportações brasileiras, e
a economia global também enfrentando alguns desafios, com ruídos de
guerra comercial, e a Europa desacelerando.

Para a SPE (Secretaria da Política Econômica), os fatores que permitiram


esse desempenho na economia são, principalmente, a implementação de
medidas de ajuste fiscal, o encaminhamento de reformas estruturais, com
destaque para a reforma da Previdência e outras propostas legislativas “de
correção da má alocação dos recursos da economia”.

Além disso, a inflação sob controle, os juros baixos e a liberação dos saques
do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), potencializaram
naturalmente este movimento de recuperação, que deve continuar, como
pode ser observado nos dados referentes às vendas do comércio nessa
Black Friday, que cresceram 6,4% na comparação com o ano passado.

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Conforme aponta o boletim da SPE, a alta de 0,61% do PIB neste terceiro
trimestre indica um crescimento de 0,98% do PIB neste ano, o que, ainda
assim, seria uma expansão menor que a apresentada em 2018.

Já para o ano que vem, há uma expectativa de um crescimento próximo de


2%, o que, caso se concretize, representará um avanço expressivo frente à
expansão projetada para este ano.

Caso os 2% projetados para 2020 se tornem realidade, há uma tendência


bastante positiva para as empresas brasileiras inseridas em praticamente
todos os setores, e sobretudo para as empresas ligadas à indústria, que
hoje operam ainda com grande ociosidade.

A Grendene, por exemplo, que faz parte de nossa carteira recomendada,


tende a ter um bom ano de 2020, guiada pela expansão dos volumes no
mercado interno, e uma base de comparação mais fácil para o ano que
vem.

Já players como Tupy e Metal Leve, se, por um lado, veem uma pressão do
mercado externo, tendem a compensar boa parte desse efeito negativo
com crescimento dos volumes no mercado interno.

No caso da Metal Leve, por exemplo, o fato do mercado automotivo


argentino estar “parando de piorar” já é uma ajuda para a empresa, que
espera recuperação gradual dos volumes no mercado argentino, em 2020,

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e uma menor desaceleração na Europa, o que, aliado ao crescimento dos
volumes no mercado brasileiro, deve permitir expansão de resultados e de
margens.

Em geral, vemos a aceleração do crescimento econômico de forma


bastante positiva para inúmeras de nossas empresas recomendadas, e a
recuperação na atividade econômica, aumento do consumo, junto da
redução dos juros e inflação controlada, devem impulsionar de forma
relevante os lucros de nossas empresas recomendadas para o ano que
vem, se traduzindo também em maiores dividendos.

De maneira geral, estamos confiantes para 2020 e seguimos ressaltando


que os investidores devem aproveitar as ações abaixo do teto para
elevarem suas exposições, aproveitando ainda múltiplos atrativos, uma vez
que boa parte dos ativos ainda não estão precificados adequadamente
pelo mercado.

Agora em relação ao conteúdo principal do nosso relatório desta semana,


vamos comentar um fato relevante publicado pela AES Tietê envolvendo a
estruturação de um novo projeto eólico que acrescentará capacidade
instalada para a empresa e gerará retornos incrementais nos próximos
anos.

Além disso, também estamos reajustando o preço-teto de Itaúsa, de forma


a refletir de maneira mais adequada o contexto macroeconômico atual e a
realidade operacional da empresa, que segue apresentando perspectivas

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de ótimos dividendos (Yield esperado próximo de 8%) e uma precificação
interessante, negociada a menos de 10,5 vezes o lucro esperado para
2020.

Antes de iniciarmos, gostaríamos de anunciar um comunicado


importante: a partir do mês que vem, em janeiro de 2020, realizaremos
mensalmente um “Suno Responde” com Tiago Reis, ao vivo e exclusivo
para os assinantes das carteiras Suno Valor e Suno Dividendos.

Portanto, para aqueles investidores que possuem dúvidas e gostariam


de esclarecer alguns pontos com nosso time de especialistas, essa será
uma oportunidade bastante interessante, na qual tentaremos responder
a dúvidas de nossos leitores.

As lives exclusivas serão realizadas a partir de janeiro, e serão mensais,


todos os dias 15, às 20:00, e os procedimentos para a participação por
parte de nossos assinantes e os links serão informados nas próximas
semanas.

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A AES Tietê, Companhia presente em nossa carteira Dividendos, divulgou,
na última segunda-feira, o seguinte comunicado ao mercado:

“A AES Tietê Energia S.A. (“AES TIETÊ” ou “Companhia”) (B3: TIET11;


TIET4; TIET3), comunica aos seus acionistas e ao mercado em geral
que: Firmou nesta data um Acordo de Compra e Venda de Energia
(“PPA”) para o fornecimento pela Companhia de 70 MW médios pelo
prazo de 15 (quinze) anos, com entrega de energia a partir de 2022.

A AES Tietê dará início à construção do parque eólico, pertencente ao


Complexo Eólico Tucano, no Estado da Bahia (“Projeto”) em 2021,
com investimento de CAPEX equivalente a R$ 4,0 milhões/MW
instalado.

O Projeto possui 167,4 MW de capacidade eólica instalada,


equivalentes a 79 MW médios de energia assegurada a P50. Esse
passo reforça nosso engajamento com a estratégia de crescimento
por meio de projetos que criam valor para nossos acionistas.

A Companhia manterá o mercado e seus acionistas oportuna e


adequadamente informados sobre os fatos subsequentes.”

Em nossa avaliação, essa aquisição reforça a intenção da empresa em


continuar crescendo e expandindo sua geração de caixa oriunda de fontes

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de energia não hídrica, mesmo após o fracasso na negociação envolvendo
a aquisição de Alto Sertão III.

Conforme noticiado pela empresa em nota à imprensa, trata-se de um


acordo firmado com a companhia de mineração Anglo American, o qual
prevê o fornecimento de energia para essa empresa por cerca de 15 anos,
sendo que a venda de energia pelo contrato (PPA) será iniciada em 2022.

A capacidade instalada desse projeto, conforme o comunicado, será de 167


MW, e o investimento estimado, de acordo com a própria AES Tietê, é de
R$ 670 milhões.

Esse projeto, junto da joint venture a ser formada com a Unipar, o que foi
comunicado aos investidores no início deste mês, acrescentam, em
conjunto, um total de 322 Mw de capacidade instalada eólica para a
empresa.

Ao final do 3T19, a AES Tietê possuía cerca de 680 Mw de capacidade


instalada, entre ativos eólicos e solares, e portanto, esses novos ativos
representarão uma adição de mais de 47% à capacidade não hídrica da
Tietê.

Apesar do volume relevante de investimentos a ser realizado em ambos os


projetos, uma vez que a soma do Capex dos dois projetos chega quase em
R$ 1,3 bi, isso não preocupa, já que a Companhia vem conseguindo alongar
sua dívida e reduzir custos de forma consistente, além de que os

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desembolsos devem ser realizados gradualmente, o que otimiza sua
estrutura de capital e geração de caixa.

Apesar da empresa não abrir a TIR projetada para esses projetos, pelas
conversas que tivemos com a equipe da AES Tietê, entendemos que
tratam-se de ativos bastante rentáveis, com retornos com grandes GAP's
acima do custo de capital, e que podem ter, inclusive, o retorno
incrementado com entrega antecipada e otimização do capex.

Seguimos, portanto, confiantes com o case de Tietê e recomendamos


compra até o preço-teto.

Vale ressaltar que nossas estimativas apontam para um Yield superior a 8%


em 2020, um Yield bastante atrativo.

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Após os fortes resultados do Itaú no 3T19, que se refletiram em bons
números para a Itaúsa também, a precificação de Itaúsa voltou a se tornar
atrativa, em termos de múltiplos, mesmo com a valorização de mais de
23% em 2019, e a empresa é negociada hoje a menos de 12 vezes o lucro
dos últimos 12 meses.

Para os próximos 12 meses, impulsionada especialmente por um


crescimento maior da carteira de crédito, sobretudo de PF e Pequenas e
Médias empresas, nós vemos uma expansão interessante dos resultados
do Itaú, que deve se traduzir em um P/L projetado de apenas 10,3 vezes
para Itaúsa, bastante atrativo, e com um desconto aproximado de 11%
frente ao múltiplo de 12 vezes lucro apresentado pelo Itaú (ITUB4). Esse
múltiplo coloca também a Itaúsa como uma das opções mais baratas
ligadas a outros grandes players privados do setor bancário, como pode ser
observado abaixo, enquanto, ao mesmo tempo, apresenta um ROE mais
elevado que os demais players (21,4% vs 20,5% e 21,1%).

Fonte: Suno Research

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Além disso, ao contrário de Bradesco, Santander e o próprio Itaú (ITUB4),
Itaúsa apresenta um Yield projetado maior, de cerca de 8%, contra 6,5% do
Bradesco (BBDC4), 5% do Santander e 6,8% das ações PN do Itaú.

Como o ROE do Itaú permanece elevado, e deve se manter alto ao longo de


2020, e os índices de capital do Banco permanecem elevados e saudáveis,
vemos uma tendência de manutenção de um elevado Payout para Itaú no
ano que vem, o que acarretará ótimos yields.

Evidentemente que, à medida que a carteira de crédito volte a se expandir


de forma mais intensa, o Banco pode optar por reduzir parte de seu
Payout, no entanto, os índices de capital do banco sustentam, ao menos
em 2020, uma manutenção de altos dividendos, em nossas estimativas.

Sendo assim, por conta do valuation atrativo, das boas perspectivas do


negócio e dividendos atrativos, estamos reajustando o preço-teto de Itaúsa
de R$ 12,00 para R$ 14,00, de forma a refletir melhor o atual contexto
econômico e realidade operacional da empresa.

Nesse preço de R$ 14,00, a Itaúsa está negociando a um múltiplo P/L de


apenas 10,7 vezes o Lucro de 2020, o que, ainda assim, a coloca com
desconto frente a pares do setor e permite um Yield bastante atrativo.

É interessante lembrar ainda da aquisição da Liquigás que a empresa está


realizando, que deve possibilitar retornos incrementais interessantes no

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médio prazo, oriundos tanto da recuperação econômica como da
otimização administrativa e capturas de sinergias a serem buscadas pela
Itaúsa e seus sócios, e também da Alpargatas, que, mesmo dentro de um
cenário bastante desafiador na argentina, está apresentando expansão de
mais de 25% no seu Ebitda recorrente nos 9M19 e mais de 100% de
crescimento no Lucro Líquido Recorrente.

Para 2020, com a melhora do cenário interno e uma possível recuperação


também da argentina, a tendência é bastante positiva para a Alpargatas,
que deve ganhar, aos poucos, representatividade nos números da Itaúsa e
contribuir para a rentabilidade da holding.

Plantão de Dúvidas
Envie suas dúvidas referentes a este relatório. Elas serão respondidas em uma live especial!
Acesse: https://sunoresearch.typeform.com/to/o490bk

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PRÓXIMOS DIVIDENDOS

Ticker Tipo Valor por ação Status Data ex Data de Pagamento

VIVT4 JCP R$ 0,50 Aprovado 17/06/2019 31/12/2020

VIVT4 JCP R$ 0,29 Aprovado 17/04/2019 31/12/2020

VIVT4 JCP R$ 0,36 Aprovado 15/02/2019 31/12/2020

VIVT4 JCP R$ 0,70 Aprovado 04/12/2018 17/12/2019

WIZS3 Dividendo R$ 0,77 Aprovado 25/04/2019 25/11/2019

GRND3 Dividendo R$ 0,10 Aprovado 05/11/2019 19/11/2019

TIET11 Dividendo R$ 0,27 Aprovado 11/11/2019 22/11/2019

TAEE11 JCP e Dividendo R$ 0,54 Aprovado 21/11/2019 29/11/2019

LEVE3 JCP R$ 0,55 Aprovado 22/11/2019 20/12/2019

CARTEIRA RECOMENDADA DIVIDENDOS

DY Preço de entrada
Ranking Suno Ticker Início Alocação Preço atual Preço teto Recomendação Variação
esperado ajustado*

1 ENBR3 06/02/2017 10% R$ 20,25 4,9% R$ 22,00 R$ 12,57 Compra 61,10%

2 ITSA4 18/05/2017 10% R$ 13,59 6,5% R$ 14,00 R$ 6,74 Compra 101,63%

3 TIET11 18/05/2017 5% R$ 13,39 6,7% R$ 14,50 R$ 10,52 Compra 27,28%

4 ABCB4 09/11/2017 5% R$ 18,67 5,9% R$ 20,00 R$ 14,00 Compra 33,36%

5 LEVE3 18/04/2019 5% R$ 24,97 8,4% R$ 27,00 R$ 21,12 Compra 18,23%

6 UNIP6 06/02/2017 15% R$ 29,70 4,0% R$ 35,00 R$ 3,16 Compra 839,87%

7 WIZS3 06/02/2017 10% R$ 13,33 8,3% R$ 15,50 R$ 11,07 Compra 20,42%

8 TAEE11 06/02/2017 10% R$ 28,90 7,3% R$ 28,00 R$ 16,47 Aguardar 75,47%

9 TUPY3 08/02/2018 5% R$ 19,50 7,1% R$ 19,00 R$ 15,53 Aguardar 25,56%

10 GRND3 31/05/2018 5% R$ 11,36 3,3% R$ 8,33 R$ 7,40 Aguardar 53,51%

11 BBSE3 30/03/2017 10% R$ 36,70 4,8% R$ 30,00 R$ 24,27 Aguardar 51,22%

12 VIVT4 30/08/2018 5% R$ 56,56 5,2% R$ 48,00 R$ 35,60 Aguardar 58,88%

13 Renda Fixa 5%

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RECOMENDAÇÕES ENCERRADAS *

Ativo Início Preço de entrada** Final Preço de saída Desempenho

EZTC3 01/06/2017 R$ 17,82 07/09/2017 R$23,20 30,2%

IRBR3 07/08/2017 R$ 26,98 19/07/2018 R$53,67 98,9%

MPLU3 06/02/2017 R$ 30,67 18/08/2017 R$26,84 -12,5%

CGAS3 17/01/2019 R$ 64,97 19/07/2018 R$79,20 21,9%

WATCHLIST **

Ticker Empresa Setor Preço atual (R$) Preço para possível entrada*

ABEV3 Ambev S.A Consumo não cíclico R$ 18.01 Abaixo de R$ 13,00

BBDC4 Bradesco S.A Financeiro R$ 33.21 Abaixo de R$ 30,00

EGIE3 Engie S.A Energia Elétrica R$ 46.36 Abaixo de R$ 35,00

EZTC3 EZTec S.A Construção Civil R$ 43.25 Abaixo de R$ 16,00

SAPR4 Sanepar S.A Saneamento R$ 18.57 Abaixo de R$ 11,00

IRBR3 Brasil Resseguros S.A Previdência e Seguros R$ 37.6 Abaixo de R$ 75,00

KLBN11 Klabin S.A Materiais Básicos R$ 17.64 Abaixo de R$ 15,00

MRVE3 MRV Engenharia Construção Civil R$ 17.7 Abaixo de R$ 16,00

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investidor em suas decisões de investimento; porém o
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da conveniência e oportunidade da movimentação de sua
carteira de investimentos e pela tomada de decisão quanto à
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investimento e o investidor deverá verificar e atentar para as
informações próprias ao seu perfil de investimento, uma vez
que as informações constantes deste material não são
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como previsão de eventos futuros e/ou garantia de resultados.

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