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Curso Técnico em

INFORMÁTICA
Etapa 1

Autoridades Expediente
Utramig
CGP Solutions Ltda – EPP
Editoração, Impressão e Acabamento
Liza Prado
Presidenta Dilex Editoração Ltda.
Projeto Gráfico/Diagramação
Francisco José da Fonseca
Diretor de Planejamento, Gestão e Karina Layse Matos
Finanças Revisão de Textos

Thayrio amorim rodrigues


Lindomar Gomes Revisão Informática
Diretor de Ensino Pesquisa
Rafael Malagoli
Vera Victer Pesquisa de Imagens
Diretora de Qualificação e
Extensão

Tatiane Soares de Paula


Diretora de Ensino a Distância

Antônio Lúcio Utramig – Curso Técnico em Informática –


Etapa 1
Gerente Responsável pelo Projeto
Português Instrumental / Matemática
Aplicada / Organização de Empresas /
Michele Afonsa Fundamentos de Hardware / WEB Linguagem
Supervisora Pedagógica HTML / Banco de Dados I / Lógica e Técnica
de Programação / Ambiente Operacional I /
Responsável pelo Projeto Aplicativos. Belo Horizonte: 2016.
4 18 páginas.
Book_Enfermagem.indb 1 11/02/2016 12:59:19
Curso Técnico em

INFORMÁTICA
Etapa 1

Professores Organizadores de Conteúdo

Andrea Guimarães de Campos


Cássio Alves Brito
Cristiane Aparecida Salomão Penna
Jacques Oliveira Santos
Lilian Cristine Camargos Silva
Mônica Bandeira Menezes
Neidia Sena Guimarães Borges
Ricardo Jeferson Sobrino Silva
Rosimeire Fagundes Oliveira Cunha
Tereza Sanguinete de Souza
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Curso Técnico em

INFORMÁTICA
Etapa 1


Conteúdos Específicos Página

Português Instrumental............................................................................. 7
Matemática Aplicada............................................................................... 59

Organização de Empresas...................................................................... 111


Fundamentos de Hardware................................................................... 157
WEB Linguagem HTML.......................................................................... 189
Banco de Dados I................................................................................... 215
Lógica e Técnica de Programação.......................................................... 265
Ambiente Operacional I......................................................................... 371
Aplicativos............................................................................................. 377
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PORTUGUÊS INSTRUMENTAL
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Português Instrumental

Disciplina: Português Instrumental


CH: 40H.

Critérios e Orientações para Distribuição de Créditos da Etapa (Dividida em


Dois Bimestres) para Verificação de Aprendizagem e Aproveitamento:

1º Bimestre Valor
CRITÉRIOS DE DISTRIBUIÇÃO DE PONTOS

Atividades/exercícios avaliativos diversos, em grupo, dupla e/ou individual 10

Práticas de Correspondências Técnicas (Apresentações e Portfólio) a crité- 10


rio do professor

Avaliação do 1º Bimestre/ cf. calendário acadêmico 20

Total de pontos 40

2º Bimestre Valor

Atividades/exercícios avaliativos diversos, em grupo, dupla ou individual a 15


critério do professor

Continuação e conclusão das apresentações e Portfólio das correspondên- 15


cias técnicas

Avaliação do 2º Bimestre/ cf. calendário acadêmico 30

Total de Pontos 60

*SOMATÓRIA DA ETAPA: 100 PONTOS

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Português Instrumental
Proposta de Recuperação de créditos: Regime de suplementar
Regime de Prova suplementar: Se o aluno não obtiver 60% do total do bimestre. Conforme
orientações do regimento escolar e estatuto regulamentar.
*A frequência mínima é de 75% do total da carga horária da etapa.

Objetivos gerais e competências:

• Desenvolver competências e habilidades sociocomunicativas referentes à sua área de pro-


fissionalização;

• Conhecer normas do código escrito, aplicando-as na legibilidade, coerência e pertinência


da mensagem escrita;

• Produzir mensagem com eficácia objetiva, clara e adequada, usando a concordância corre-
ta e as normas ortográficas;

• Conhecer normas e especificações que compõem o conjunto: redação técnica/correspon-


dência oficial e empresarial;

• Reconhecer/elaborar o texto técnico (correspondência oficial e empresarial);  Perceber o


texto em seus múltiplos significados e intenções;

• Conscientizar-se da importância da leitura;

• Realizar o hábito da leitura, reconhecendo-a como meio de aquisição e fonte de prazer.

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Português Instrumental

TEXTO DE AULA INAUGURAL


PARA ENTENDER O MERCADO DE TRABALHO

...Para quem não entende o que está acontecendo no mundo do trabalho ou experimenta seus
piores efeitos (o que ainda é a grande maioria), tudo isso pode parecer apenas mais uma crise. Po-
rém, a coisa não é tão simples assim. O que presenciamos neste momento no grande “aquário” não
significa um simples modismo ou coisa passageira. É algo que veio para ficar e mudar definitivamente
a maneira como todos nós trabalhamos e vivemos. É a consequência de uma transformação histórica,
fundamental, de raiz e que já dura algumas décadas. A introdução da tecnologia eletrônica tem deter-
minado uma aceleração nos meios de comunicação e nos processos produtivos, rompendo definitiva-
mente com todos os procedimentos e relações que marcaram a vida de corporações e trabalhadores
nos últimos trezentos anos. E não é um movimento localizado, parcial. É global, ou seja, envolve todo
o planeta e ninguém vai ficar de fora dessa grande transformação. Tudo isso tem criado um conjun-
to inesperado de circunstâncias: novas tecnologias, novos produtos e serviços, novos consumidores,
novas plataformas de negócio e novas configurações de mercado, impactando o quotidiano de todos
nós. São mudanças profundas, capazes de desconstruir ideias, carreiras e empresas que até então,
eram consideradas sólidas.
É bem o que o visionário professor Peter Drucker previu ao afirmar algumas décadas atrás:
“Aquilo que chamamos de Revolução da Informação é na realidade, uma revolução do conhecimento.
A Revolução da Informação vai ser semelhante à Revolução Industrial do final do século 18 e início do
século 19.”.
Para entender melhor o que está acontecendo, é preciso recolher muitas informações e depois
avaliá-las com calma. Para mim, que já vivi mais de meio século, fica um pouco mais fácil fazer as
comparações necessárias e juntar as peças desse quebra-cabeças, para ir formando uma imagem mais
clara da realidade que nos envolve atualmente. Sou do tempo do mimeógrafo a álcool e da máquina
de datilografar. Agora tenho que lidar com a impressão a laser, a internet e o tablet. Mais que isso,
curiosamente agora tenho que explicar o resumo desta ópera e suas implicações no mercado para
auditórios de profissionais e meus alunos na faculdade. Bem, esta é talvez a missão mais nobre para
quem viu o tempo passar e não ficou apenas assistindo como espectador passivo. Mesmo para não
envelhecer por dentro, é preciso acompanhar e analisar as transformações que vão acontecendo e
não simplesmente amoldar-se a elas.
Em rápidas pinceladas, eis aqui então, algumas das características que melhor definem a reali-
dade atual do mundo do trabalho.

• Evolução tecnológica acelerada.


• Novos procedimentos de trabalho.
• Substituição do homem pela máquina.
• Surgimento de novas áreas de trabalho.

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Português Instrumental
• Crescimento horizontal nas organizações.
• Maior produtividade com menores custos.
• Globalização do mercado.
• Extinção do modelo pirâmide nas organizações.
• Redução de emprego e crescimento do trabalho.
• Ganhos compatíveis com resultados.
• Forte tendência para a terceirização.
• Maior demanda de capacitação, qualidade e ética.
• Clientes mais informados e exigentes.
• Aumento da participação feminina no mercado.

NEGROMONTE, Ronaldo. Estratégias de sobrevivência no mundo do trabalho: 10 dicas para você vender seu pei-
xe.Belo Horizonte: Editora Artesã, 2012.

COMO SER CRIATIVO

20 Maneiras de ser mais criativo:


1. Saiba que há um tesouro em sua cabeça - uma mina de ouro entre suas orelhas. Cons-
truir um computador com as mesmas características do seu cérebro custaria mais do
que 3 bilhões de bilhões de dólares. Sabe como U$$ 3.000.000.000.000.000.000,00.
2. Todos os dias escreva pelo menos uma ideia sobre estes assuntos: como eu posso
fazer meu trabalho melhor; como eu poderia ajudar outras pessoas; como eu posso
ajudar minha empresa; como posso ajudar o meu país.
3. Escreva seus objetivos específicos de vida. Agora, carregue esta relação no bolso,
sempre.
4. Faça anotações. Não saiba sem papel e lápis ou algo para escrever. Anote tudo, não
confie na memória.
5. Armazene ideias. Coloque em cada pasta um assunto. Ideias para a casa, para au-
mentar a sua eficiência no trabalho, para ganhar mais dinheiro. Vá aumentando este
banco de dados com leitura, viagens, conhecimento com novas pessoas, filmes, com-
petições esportivas, etc.
6. Observe e absorva. Observe tudo cuidadosamente. Aproveite o que você observa. E
principalmente, observe tudo como se fosse a última vez que você fosse ver.
7. Desenvolva uma forte curiosidade sobre pessoas, coisas, lugares. Ao falar e com ou-
tras pessoas faça com que elas se sintam importante. Olhe no olho.

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Português Instrumental

8. Aprenda a escutar e ouvir, tanto com os olhos quanto com os ouvidos. Perceba o que
não foi dito.
9. Descubra novas fontes de ideias. Utilize-se de novas amizades de novos livros, de as-
suntos diversos e até de artigos como este que você está lendo.
10. Compreenda primeiro. Depois julgue.
11. Mantenha o sinal verde de sua mente sempre ligado, sempre aberto.
12. Procure ter uma atitude positiva e otimista. Isso ajuda você a realizar seus objetivos.
13. Pense todos os dias. Escolha uma hora e um lugar para pensar alguns minutos, todos
os dias.
14. Descubra o problema. Ataque seus problemas com maneiras ordenadas. Uma delas é
descobrir qual é realmente o problema, senão você não vai achar a solução. Faça seu
subconsciente trabalhar.Ele pode e precisa.Dia e noite.Fale com alguém sobre a ideia,
não a deixe morrer.
15. Construa GRANDES ideias, a partir de pequenas ideias. Associe ideias, combine, adap-
te, modifique, aumente, diminua, substitua, reorganize-as. E, finalmente, inverta as
ideias que você tem. 16. Evite coisas que enfraqueçam o cérebro: barulho, fadiga,
negativismos, dietas desequilibradas, excessos em geral.
17. Crie grandes metas. Grandes Objetivos.
18. Aprenda a fazer perguntas que desenvolvam o seu cérebro: Quem? Quando? Onde?
O quê? Por quê? Qual? Como?
19. Coloque as ideias em ação. Lembre de que uma ideia razoável colocada em ação é
muito melhor que um a grande ideia arquivada.
20. Use o seu tempo ocioso com sabedoria. Lembre-se de que a maior parte das grandes
ideias, os grandes livros as grandes composições musicais, as grandes invenções fo-
ram criadas no tempo ocioso dos criadores.

Apenas para confirmar que a criatividade não é um dom, mas um potencial a ser explorado a sua
volta e dentro de você, vamos ver o que grandes inventores e pensadores escreveram sobre CRIAR:

“As pessoas que vencem neste mundo são as que procuram as circunstâncias de que precisam
e quando não as encontram, as criam.’’ (Bernard Show- Filósofo)
“Minhas invenções são fruto de 1% de inspiração e 99% de transpiração.”
(Thomas Edison - Inventor)
“As mentes são como os paraquedas; Só funcionam se estiverem abertas. ’’
(Ruth Noller - Pesquisadora da Universidade de Buffalo).
‘’As boas ideias vêm do inconsciente. Para que uma ideia seja relevante o inconsciente precisa
estar bem informado. (David Ogilvy - Publicitário)

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Português Instrumental
Compreenda o processo de criação

Catherine  Patrick descreve as etapas do processo de criação em sua obra intitulada “O que é o
pensamento criativo”.

1. Preparação: consiste na etapa de manipulação da maior quantidade de dados e elementos


referentes a um determinado problema. Ler, escrever, reunir, consultar, fazer rabiscos, cul-
tivar sua concentração no assunto.
2. Incubação: Consiste na etapa onde o inconsciente entra em atividade e sem a inibição do
intelecto consegue desenvolver as conexoes inesperadas que fazem parte da essencia do
processo de criação.
3. Iluminação: É o momento da sintese e da genese da ideia para o homem criativo em incu-
bação nas situações mais inesperadas.
4. Verificação: Nesta etapa o lado intelectual finaliza a obra que o campo imaginativo deu ini-
cio. O criador julga, analisa e testa sua ideia para ver se ela de fato é adequada.
 

PROPOSTA DE PRODUÇÃO (INTERPESSOAL)

AUTORRETRATO

Nasceu em 1892, em Quebrangulo, Alagoas. Casado duas vezes, tem sete filhos.

Altura 1,75 m.

Sapato nº 41.

Colarinho nº 39. Prefere não andar. Não gosta de vizinhos.

Detesta rádio, telefone e campainhas. Tem horror às pessoas que falam alto. Usa
óculos.

Meio calvo.

Não tem preferência por nenhuma comida.

Não gosta de frutas nem de doces. Indiferente à música.

Sua leitura predileta: a Bíblia

Escreveu Caetés com 34 anos de idade.

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Português Instrumental

Não dá preferência por nenhum dos seus livros publicados. Gosta de beber aguar-
dente.

É ateu. Indiferente à Academia. Odeia a burguesia.

Adora crianças.

Romancistas brasileiros que mais lhe agradam: Manoel Antônio de Almeida, Macha-
do de Assis, Jorge Amado, José Lins do Rego e Rachel de Queiroz.

Gosta de palavrões escritos e falados. Deseja a morte do capitalismo.

Escreveu seus livros pela manhã.

Fuma cigarros “Selma” (três maços por dia).

É inspetor de ensino, trabalha no Correio da Manhã. Apesar de o acharem pessimis-


ta, discorda de tudo. Só tem cinco ternos de roupa, estragados.

Refez seus romances várias vezes. Esteve preso duas vezes.

É-lhe indiferente estar preso ou solto. Escreve à mão.

Seus maiores amigos: Capitão Lobo, Cubano, José Lins do Rego e José Olympio.

Tem poucas dívidas.

Quando prefeito de uma cidade do interior soltava os presos para construírem es-
tradas.

Espera morrer com 57 anos.

(Disponível em: http: //www.graciliano.com.br. Acesso em 10 out. 2006).

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Português Instrumental
A Importância da leitura para o melhoramento do conhecimento da língua portu-
guesa

Ler é a melhor solução

Você é o que você lê. Afinal, se tem uma fome que é insaciável é a minha fome de
ler, fome de livro. Que, aliás, tem uma vantagem sobre as outras fomes, já que o livro não
engorda. Este artigo é sobre ler. Porque para mim as pessoas são como estantes que vão
se completando a medida que empilham na memória os livros que vão lendo. E é por isso
que eu digo que quando uma velha pessoa morre, o mundo perde uma biblioteca. Ler um
livro é como ler uma mente, é saber o que o outro pensa. O que o autor pensa. Ler é poder.
Poder construir você mesmo tijolo a tijolo. Ou livro a livro, para ser mais exato.
Você Lê? Quanto? O quê? Eu leio o que pinta. Livros, revistas, pichações, frases de
banheiro público, poesia, placa de estrada, jornal, leio Capricho. Leio até errata. É claro
que ler não é substituto para viver. Viver é uma experiência que não se substitui com livro.
Mas pode ser enriquecida com vidas que estão neles. Também não estou dizendo que
você tem medo de se colocar em prática. Eu estou falando de praticar o lido para ficar
melhor. Em tudo. Na vida, não profissão, no papo, nas festas. Até no namoro.
Ás vezes, a gente não lê tanto quanto deveria porque não sabe o que ler. Mas se esse
é o seu caso, peça dicas. Eu sempre peço e dou. Para mim, indicar um livro é como contar
a alguém de um lugar que só eu sei onde fica. Por exemplo, quando eu era pequeno li Sítio
do Pica Pau Amarelo. Que imaginação tinha Monteiro Lobato! Eu viajei nas histórias. Ou-
tro Livro que me marcou foi um sobre a vida de Mayakovski, um poeta russo que viveu tal-
vez a época mais energética da era moderna: a revolução soviética. Ele fazia dos cartazes
de propaganda comunista uma forma de poesia. Viveu tão intensamente quanto a poesia
que escrevia. Existe, ainda, Jorge Luís Borges, que era um gênio (dizia que publicava livros
para se libertar deles), e Júlio Cortázar. Existe Fernando Pessoa, um homem que tinha a
capacidade de escrever assumindo personalidades diferentes, chamadas de heterônimos
(o contrário de homônimos). O poeta é um fingidor. Finge tão completamente, que chega
a fingir que é dor a dor que deveras sente’’. Isto é Fernando Pessoa. Caetano já cantou a
pessoa de Pessoa em sua música.
Outra descoberta: Ler é o melhor remédio. Exemplo: em 1990, eu e minha namora-
da nos separamos. Foi o momento mais duro de minha vida. E para não afundar, as minhas
boias foram dois livros, um de Krishnamurti, um pensador indiano, e outro chamado Ale-
gria e Triunfo. Estou sempre comprando livros e adoro os de frases. São frases de pessoas
conhecidas, artistas, escritores, atores. Tem coisas maravilhosas. “Se a sua vida é livre de
erros, você não está correndo riscos suficientes’’, “Amigo é um presente que você dá a
você mesmo!”, “Se você está querendo uma grande oportunidade, procure um grande
problema’’.

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Português Instrumental

Existe Drummond, João Cabral de Mello Neto, Nelson Rodrigues, James Joyce, Paul
Valéry, Thomas Mann, Sartre, Shakespeare, Ítalo Calvino. Existe romance, novela, conto,
ensaio, poesia, humor, biografia. Existe livro e autor para tudo quanto é leitor. E é por isso
que para mim o analfabetismo é coisa imoral, triste e vergonhosa. Porque ‘’se o livro é o
alimento do espírito, o analfabetismo é a fome da alma”. Uma fome que mata a possibili-
dade das pessoas serem tudo que podem. “Ler ás vezes enche o saco”, ás vezes dá sono,
ás vezes dá bode. Mas resista, lute contra essa preguiça dos olhos.O seu cérebro vai agra-
decer. Afinal, as respostas estão todas ali. Você só precisa achar as perguntas.

Alexandre Gama - Publicitário e sócio da Almap/BBDO. Folha de São Paulo, 12/10/07, Cotidiano, p. 7

1) No referido texto, Alexandre Gama procura tratar de forma direta com seu interlocutor.


a) Qual deve ser o pronome de tratamento utilizado pelo autor para se reportar a ele?
b) Quem é o interlocutor?
2)  A linguagem utilizada por Alexandre Gama é coerente. Por quê?
3)  Tal linguagem é coerente também ao objetivo proposto pelo texto e pelo interlocutor?
4)  A frase inicial é: Você é o que você lê. O predicativo da frase “o que você lê” é bem determinado.
Agora responda: Você é exatamente aquilo que você lê? Justifique.
5)  O publicitário faz referencia a varios autores que considera de fato importante. Relacione quais
sao esses autores, dentre os que foram citados você conhece ou de qual deles voce gosta mais.
6) Retire do texto e faça uma copia em seu caderno da frase que você considera a mais interessante.
Em seguida explique o porquê de sua escolha.
7) O autor fala que: Lê o que pinta.
a) O que o autor quer dizer com essa gíria?
b) Qual é sua opinião sobre a atitude tomada pelo autor?
8) Você tem o hábito de ler?
9) Qual é (ou quais são) seu tipo de leitura favorita?

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Português Instrumental

LER DEVIA SER PROIBIDO
Guiomar de Grammont

A pensar fundo na questão, eu diria que ler devia ser proibido.


Afinal de contas, ler faz muito mal às pessoas: acorda os homens para realidades
impossíveis, tornando-os incapazes de suportar o mundo insosso e ordinário em que vi-
vem. A leitura induz à loucura, desloca o homem do humilde lugar que lhe fora destinado
no corpo social. Não me deixam mentir os exemplos de Don Quixote e Madamme Bovary.
O primeiro, coitado, de tanto ler aventuras de cavalheiros que jamais existiram, meteu-se
pelo mundo afora, a crer-se capaz de reformar o mundo, quilha de ossos que mal sustinha
a si e ao pobre Rocinante. Quanto à pobre Emma Bovary, tomou-se esposa inútil para fo-
focas e bordados, perdendo-se em delírios sobre bailes e amores cortesãos.
Ler realmente não faz bem. A criança que lê pode se tornar um adulto perigoso,
inconformado com os problemas do mundo, induzido a crer que tudo pode ser de outra
forma. Afinal de contas, a leitura desenvolve um poder incontrolável. Liberta o homem
excessivamente. Sem a leitura, ele morreria feliz, ignorante dos grilhões que o encerram.
Sem a leitura, ainda, estaria mais afeito à realidade quotidiana, se dedicaria ao trabalho
com afinco, sem procurar enriquecê-la com cabriolas da imaginação.
Sem ler, o homem jamais saberia a extensão do prazer. Não experimentaria nunca
o sumo bem de Aristóteles: o conhecer. Mas para que conhecer se, na maior parte dos
casos, o que necessita é apenas executar ordens? Se o que deve, enfim, é fazer o que dele
esperam e nada mais?
Ler pode provocar o inesperado. Pode fazer com que o homem crie atalhos para
caminhos que devem necessariamente ser longos. Ler pode gerar a invenção. Pode esti-
mular a imaginação de forma a levar o ser humano além do que lhe é devido.
Além disso, os livros estimulam o sonho, a imaginação, a fantasia. Transportam-nos
a paraísos misteriosos, nos fazem enxergar unicórnios azuis e palácios de cristal. Fazem-
nos acreditar que a vida é mais do que um punhado de pó em movimento. Que há algo a
descobrir. Há horizontes para além das montanhas, há estrelas por trás das nuvens. Estre-
las jamais percebidas. É preciso desconfiar desse pendor para o absurdo que nos impede
de aceitar nossas realidades cruas.
Não, não deem mais livros às escolas. Pais, não leiam para os seus filhos, podem levá-
-los a desenvolver esse gosto pela aventura e pela descoberta que fez do homem um ani-
mal diferente. Antes estivesse ainda a passear de quatro patas, sem noção de progresso e
civilização, mas tampouco sem conhecer guerras, destruição, violência. Professores, não
contem histórias, podem estimular um curiosidade indesejável em seres que a vida des-
tinou para a repetição e para o trabalho duro. Ler pode ser um problema, pode gerar se-
res humanos conscientes demais dos seus direitos políticos, em um mundo administrado,
onde ser livre não passa de uma ficção sem nenhuma verossimilhança. Seria impossível
controlar e organizar a sociedade se todos os seres humanos soubessem o que desejam.

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Português Instrumental

Se todos se pusessem a articular bem suas demandas, a fincar sua posição no mundo, a
fazer dos discursos os instrumentos de conquista de sua liberdade.
O mundo já vai por um bom caminho. Cada vez mais as pessoas leem por razões
utilitárias: para compreender formulários, contratos, bulas de remédio, projetos, manuais,
etc. Observem as filas, um dos pequenos cancros da civilização contemporânea. Bastaria
um livro para que todos se vissem magicamente transportados para outras dimensões,
menos incômodas. E esse o tapete mágico, o pó de pirlimpimpim, a máquina do tempo.
Para o homem que lê, não há fronteiras, não há cortes, prisões tampouco. O que é mais
subversivo do que a leitura?
É preciso compreender que ler para se enriquecer culturalmente ou para se divertir
deve ser um privilégio concedido apenas a alguns, jamais àqueles que desenvolvem tra-
balhos práticos ou manuais. Seja em filas, em metrôs, ou no silêncio da alcova… Ler deve
ser coisa rara, não para qualquer um. Afinal de contas, a leitura é um poder, e o poder é
para poucos.
Para obedecer, não é preciso enxergar, o silêncio é a linguagem do submisso. Para
executar ordens, a palavra é inútil.
Além disso, a leitura promove a comunicação de dores, alegrias, tantos outros senti-
mentos. A leitura é obscena. Expõe o íntimo, torna coletivo o individual e público, o secre-
to, o próprio. A leitura ameaça os indivíduos, porque os faz identificar sua história a outras
histórias. Torna-os capazes de compreender e aceitar o mundo do outro. Sim, a leitura
devia ser proibida. Ler pode tornar o homem perigosamente humano.

Fonte : PRADO, J. & CONDINI, P. (Orgs.). A formação do leitor: pontos de vista. 
Rio de Janeiro. Argus, 1999. pp.71-3.

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Português Instrumental

A linguagem humana
A nossa civilização é marcada pela linguagem gráfica.
A escrita domina nossa vida: É uma instituição social tão forte quanto a Nação e
o Estado. Nossa cultura é basicamente uma cultura de livros. Pela escrita acumulamos
conhecimentos, transmitimos ideias, fixamos nossa cultura. Nossas religiões derivam de
livros: O Islamismo do Alcorão, escrito por Maomé, os Dez Mandamentos de Moisés foi
um livro escrito em pedra. O Cristianismo está contido em um livro: A Bíblia é a cartilha,
nosso primeiro livro escolar.
Mesmo a televisão e o cinema lançam mão dos recursos da linguagem escrita (le-
genda) para facilitar a comunicação.
Na engrenagem da sociedade moderna, a comunicação escrita senta-se em trono.
São as certidões, os atestados, os relatórios, os diplomas. O “documento é basicamente
um documento gráfico, e a simples expressão gráfica vale mais que todas as evidências.
Numa quase caricatura, podemos dizer que o atestado de óbito é mais importante que o
cadáver, o diploma mais que a habilitação. Sem a linguagem escrita é praticamente impos-
sível a existência no seio da civilização. O analfabeto é uma pátria que não se comunica
com o mundo, não influi e não é influenciado.
Ao lado da linguagem escrita, mais ainda comunicação gráfica, a linguagem dos
símbolos, conduzindo o tráfico, indicando a direção dos elevadores, prevenindo perigos,
interditando praias. Em muitos casos a própria palavra vira um signo: WC, “STOP UP”,
romperam com os limites do vernáculo e se transformaram em mensagens universais a
exemplo da seta e da flecha, das cores dos semáforos e dos sinas de trânsito.
Depois do rádio, a primeira ameaça a esse império foi representada pelo apareci-
mento das revistas e quadrinhos. A linguagem dos quadrinhos criou uma comunicação
que, muitas vezes, para a compreensão, dispensa o próprio texto. As crianças de todas
as línguas traduzem “o zzzzzzzzzz” como uma indicação de sono, o crasch e crack como
indicadores de ruídos representado objetos sendo quebrados, o click é o desligar do inter-
ruptor, o buum uma explosão, o rat-tatatat uma raja de metralhadoras”. Mas o quadrinho,
ou os “comics”, são comunicação escrita, ainda que um estágio superior ao lado da prosa
linear. O quadrinho não abalou o livro, levou-o mais cedo ao homem oferecendo às crian-
ças e aos semiletrados a possibilidade de letramento.

Fonte: R. A. Amaral Vieira. O futuro da Comunicação. 2ª edição. Rio de Janeiro. Edições Achiamé.

*Nota: WC= water closet= banheiro, “stop up” = pare, “comics”= histórias em quadrinhos.

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Português Instrumental

PROPOSTAS DE ATIVIDADES:

l)  Marque as alternativas que se apresentam no sentido denotativo(real):


A. ( ) “O livro usado na escola é importante”.
B. ( ) “…a linguagem escrita senta-se no trono”.
C. ( ) “Para todo documento, utiliza-se a linguagem escrita”.

2) A frase que se apresenta no sentido conotativo(figurado) é:
A. 
( ) “As crianças adoram ler revista em quadrinhos.”
B. ( ) “O quadrinho não abalou o livro”.
C. 
( ) “As mensagens de texto enviadas pelo celular são muito usadas atualmente”
 
3) ”Nossa cultura é basicamente uma cultura de livros”. Marque a alternativa que melhor expli-
ca essa afirmativa.
A. 
( ) A escrita consegue dominar nossa vida.
B. ( ) Diversas religiões sao derivadas de livros.
C. ( ) Pela escrita reunimos conhecimentos e expressamos ideias.
D. 
( ) O Cristianismo está presente em um livro chamado Bíblia.

4) “O atestado de óbito é mais importante que o cadáver”.  Essa Crítica é expressa na seguinte


alternativa:
A) ( ) A comunicação escrita goza de privilégios especiais.
B) ( ) Em nossa sociedade, os documentos valem mais que os fatos.

5)  Você  está de acordo que  “sem  a  linguagem  escrita  é  praticamente impossível  a  existên-
cia no seio da civilização?” Justifique sua resposta.

6)  Todos tem a percepção sobre o valor da linguagem que usam? Pode-se fazer uma compara-


ção entre linguagem à roupas? É aceitavel apresentar descuidos na linguagem?

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Português Instrumental

Prática de oralidade
O manifesto “Amazônia para sempre” cita o nome de Chico Mendes, que foi morto
pela causa que defendia. Leiam sua declaração postada no site do Instituto que leva seu
nome: “No começo pensei que estivesse lutando para salvar seringueiras, depois pensei
que estava lutando para salvar a floresta Amazônica. Agora percebi que estava lutando
pela humanidade”.

Fonte:Disponível em: http://www.chicomendes.org.br/1. Acessado em 09/01/2016.

Reflexão
• Registre os problemas e as dificuldades que ocorre próximo a você e que através de suas
ações poderiam ser amenizadas.
 • Observe o que seus amigos escreveram. Discutam sobre os problemas que se apresen-
tam de forma urgente e que merecem atenção redobrada.
 • Escolham um problema, optando por aquele que acharem mais importante para escre-
ver um manifesto. 
• Escrevam suas conclusoes para a posterior atividade de elaboração de texto. 

ANO INTERNACIONAL DA AGRICULTURA FAMILIAR – 2014
O Ano Internacional da Agricultura Familiar-AIAF 2014 tem por objetivo tornar mais visivel a agricul-
tura familiar e elevar também a visibilidade dos pequenos agricultores, chamando a atenção do mundo
para a importancia dessa atividade no processo de erradicação da fome e também da pobreza, melhoria
dos meios de subsistência, promoção da segurança alimentar e nutricional, gerenciamento dos recursos
advindos da natureza, preservação do meio ambiente e também para a sustentabilidade do país, principal-
mente nas areas rurais.
A meta do AIAF 2014 consiste em reposicionar a agricultura familiar, determinando espaços e opor-
tunidades para proporcionar uma mudança em direção a um desenvolvimento mais equitativo e harmô-
nico. O AIAF 2014 vai realizar uma ampla discussao e cooperação na esfera nacional, regional e também
global para elevar a consciência e a compreensão dos obstáculos que geralmente os pequenos agricultores
enfrentam e auxiliar na identificação de formas eficientes de apoio aos agricultores familiares.

O QUE É AGRICULTURA FAMILIAR?


A agricultura familiar corresponde a todas as atividades agricolas voltadas para a base familiar
e que estão associadas a varias areas do desenvolvimento rural. A agricultura familiar nada mais é do
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Português Instrumental
que uma forma de organização das produções da agricultura, florestal, pastoril, pesqueira e aquícola
que são gerenciadas e tambem operadas pela familia, sendo tambem dependente da mao de obra
familiar tanto de homens quanto de mulheres. Tanto nos paises desenvolvidos quanto nos países com
desenvolvimento ascendente, a agricultura familiar é a forma de agricultura que predomina no setor
de produção alimenticia.
No âmbito nacional, existem varios elementos que sao essenciais para o desenvolvimento quali-
ficado da agricultura familiar. Dentre esses elementos é possivel citar as condições agro ecológicas e os
atributos territoriais, o ambiente político, o acesso aos mercados e à terra bem como aos seus recursos
naturais, o acesso a tecnologia e aos serviços de extensao, o acesso ao financiamento, a disponibilidade de
educação especializada, as condições demográficas, esconomicas e socioculturais, dentre outros.
A agricultura familiar tem um importante papel socioeconômico, ambiental e cultural.

POR QUE A AGRICULTURA FAMILIAR É IMPORTANTE?


• A agricultura familiar como a de pequena escala estão associadas à segurança alimentar
mundial;
• A agricultura familiar conserva os alimentos que sao tradicionais, sem contar que colabora
para uma alimentação mais equilibrada, para a proteção da agrobiodiversidade e tambem
para a utilização sustentavel dos recursos advindos da natureza;
• A agricultura familiar representa uma chance de impulsionar as economias locais, principal-
mente quando combinada com politicas especificas direcionadas a promoção da proteção
social e também do bem-estar das comunidades.

Disponível em:<http://www.gestaoconcurso.com.br/documentos/copasa_aux_serv_saneamento_cod1.pdf>
Proposta interdisciplinar: Responsabilidade social

Proposta interdiciplinar: Responsabilidade social

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Português Instrumental
Conceituando linguagem e discurso:
A fala do personagem revela um discurso
a) Capitalista
b) Idealista
c) Otimista
d) Legalista

Outras linguagens: Charge
Outra maneira de tornar sensivel  a opinião  pública  é através das  imagens. A charge é um gêne-
ro que, através de imagens, pode lançar criticas sobre fatos ou situações, bem como provocar o leitor a par-
tir de crítica contundente ou expor uma atitude de manifesto, como é o caso da charge a seguir.
Observe:

a) Na imagem
• As ilustrações retorcidas, contundente das árvores, personificar com expressões humanas;
• A cor de fundo escura e sombria;
• O efeito  provocado  pela imagem de  desespero, como  se  as “bocas” das árvores emitissem sons.

b) No texto verbal
“A mata urge.”
• A  palavra  urge  é similar a  um  jogo  com  a  inversão  das  letras da  palavra  ruge  que quer dizer a
emissão de ruidos ,  voz  de  grandes  felinos, como é o caso do  leão e o tigre.
• O termo urgir, em sentido literal, quer dizer ‘ser urgente’, não
Admitir atraso, solicitar com insistência , reclamar, exigir.

ANGELI. Folha de S. Paulo 27 nov, 2011, p. A2.

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TEXTO: O TRAJE
Nunca nos lembramos desse nosso traje cotidiano que é a linguagem. Muitos a usam
como trapos, mas, se tomassem consciência disso, ligeiro tentariam melhorar, caprichar,
conseguir uma vestimenta mais adequada.
Por que será que somos tão displicentes com esse instrumento tão nosso, o que
mais empregamos, aquele que até crianças e analfabetos manejam a vida inteira?
Talvez nos tenhamos acostumado demais com ele. É demasiadamente nosso como
um braço, um olho, e nunca chegamos a nos dar realmente conta de que esse braço é
meio curto, o olho é meio vesgo, ou míope...
Não falo na linguagem oral, nessa comunicação espontânea que obedece a leis pró-
prias, que vão do menor esforço à coerção social. Falo na linguagem escrita, essa que os
analfabetos não manejam, mas que muito doutor esgrime como se não soubesse além da
cartilha.
Nem precisamos procurar nos mais ignorantes. Abre-se jornal, abre-se revista (de
cultura também, sim, senhores! ) e os monstrinhos nos saltam aos olhos.
Pontuação? Ninguém sabe. Vírgulas parecem derramadas pela página por algum
duende maluco, que quisesse brincar de fazer frases ambíguas, pensamentos tortos, ex-
pressões esmolambadas.
Verbos? “Detei-vos”, “intervido”. “mantesse” são mimos constantes. Não há sujeito
que concorde com o verbo numa página de fio a pavio. Lá pelas tantas um ouvido desedu-
cado, um escriba relaxado solta as maiores heresias.
E a ortografia? Acreditem ou não, ainda agora ouço universitários e professores afir-
mando que “acento, para mim não existe mais”!
Pobres alunos tão desanimados ou iludidos mestres: Lá vêm as crianças para casa
trocando acentos como os bêbados trocam as pernas.
Todas essas pessoas: estudantes, professores, jornalistas, intelectuais, morreriam de
vergonha se fossem apanhados em público de cuecas ou trapos. Mas, olhe lá, a linguagem
escrita de muita gente boa por aí não vai além de uma tanguinha de Adão, e muito mal
colocada...deixa de fora à mostra um bom pedaço de vergonha.

Fonte: Lya Lufty. Matéria do Cotidiano. Porto Alegre. Grafosu/IELRS, 1978.

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ESTUDO DO TEXTO:

1)  Entre parênteses há dois sinônimos para cada palavra do texto.
Sublinhe-os:
cotidiano (linha 12) : (diário, eventual, habitual)
displicente(6): (desleixados, negligentes, cuidadosos)
manejam(8): (empregam, utilizam, envolvem)
espontânea(16): artificial,comum, natural)
coerção(17): ( liberdade, coação, controle)
esgrime(19): (maneja, briga, utiliza)
duende(26): ( fantasma, assombração, professor)
ambíguas(27): (precisas, dúbias, confusas)
esmolambadas(28): (diferentes, esfarrapadas, rotas)
mimos(30) : (primores, oferendas, erros)
escriba(32): ( escrevinhado, aluno, mau escritor)
heresias(33): (disparates, contrassenso, verdades)

2) O que significa a expressão “de fio a pavio”?

3)  O que é utilizar a linguagem como trapos?

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PESQUISA

INIMIGOS DA NORMA CULTA
PRINCIPAIS VÍCIOS DE LINGUAGEM:
AMBIGUIDADE  ou  ANFIBOLOGIA: Corresponde a uma mensagem que apresenta mais de um
sentido lógico. Isso se deve a má disposição dos termos na frase.
 

Anedotinhas

De manhã, o pai bate na porta do quarto do filho:


— Acorda, meu filho. Acorda, que está na hora de você ir para o colégio.
Lá de dentro, estremunhando, o filho respondeu:
— Ai, eu hoje não vou ao colégio. E não vou por três razões: primeiro, porque eu
estou morto de sono; segundo, porque eu detesto aquele colégio; terceiro, porque eu não
aguento mais aqueles meninos. E o pai responde lá de fora: — Você tem que ir. E tem que
ir, exatamente, por três razões: primeiro, por que você tem um dever a cumprir; segundo,
porque você já tem 45 anos; terceiro, porque você é o diretor do colégio.

Fonte:Anedotinhas do Pasquim. Rio de Janeiro: Codecri, 1981. p. 8.

Ex: Como vai a cachorra de sua mãe? (Que cachorra? A mãe ou a cadela criada pela mãe).
BARBARISMO,  PEREGRINISMO  OU  ESTRANGEIRISMO: É a utilização de termos, expressão ou
construção estrangeira em substituição a de equivalente vernácula.
Ex: “Comeu um roast-beef.” (anglicanismo), o mais adequado seria “comeu um rosbife.”

Fonte:<http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=36024>

PROLIXIDADE: Consiste na comunicação estabelecida através do uso de palavras em excesso. Sinô-


nimo de concisão.
Ex.: “Gostaria de dizer, antes de mais nada, que estarei firme no meu propósito.”
PLEBEÍSMO: Geralmente são usadas palavras inadequadas como gírias.
Ex: “Tá ligado nas quebradas, meu chapa.”

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CACOFONIA OU CACÓFATO: Consiste em palavras com sentido desagradavel ou obceno, que se
forma pela articulação de termos contíquos.
Ex: “Vou- me já, pois estou em cima da hora.”
SOLECISMO: É um erro sintático na frase no que se refere a norma gramatical do idioma
Tipo1) Quanto à concordância:
Ex.: “Fazem três anos que não vou ao médico.” (O correto é dizer: “Faz três anos que não vou ao mé-
dico.”).
Tipo 2) Quanto à regência:
Ex.: “Eu namoro com Fernanda.” (O correto é dizer: “Eu namoro Fernanda.”).
Tipo 3) Quanto á colocação:
Ex.: “Me parece que ela ficou contente”. (O correto é dizer: “Parece-me que ela ficou contente.”).

PLEONASMO: O Pleonasmo é considerado uma figura de linguagem. Consiste em uma repetição de


sentido desnecessária em uma frase, sendo portanto considerado um vicio de linguagem.

 Fonte: <http://let006.blogspot.com.br/2011/09/figuras-de-linguagem.html>

GERUNDISMO:
Corresponde ao uso exagerado dos termos no gerundio(forma nominal terminada em ando, endo,
indo). Sua utilização prejudica a clareza da mensagem como “falam mal” de quem usa.
Ex.: “Senhor, vou estar transferindo sua ligação.”

NUNCA DIGA ...
Á n ível de : Porque está associado a niveis de comparação de atitude entre mar e terra. O correto
é dizer “Em nível de”.
Ir de encontro a :  Não  q u e r d i z e r   uma  concordância,  mas  uma  colisão.  Ir de encontro quer
dizer chocar, bater, trombar.

Pesquisa e estudo da Publicação Pampulha de abril /2007.

*Gabriela Cabral da Equipe Brasil Escola.

Fontetp://luiz33.wordpress.com/2007/10/07/sobre-o-gerundismo/>

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Português Instrumental
Sobre  a REFORMA ORTOGRÁFICA

UM PEQUENO HISTÓRICO SOBRE A REFORMA

Assinado em Lisboa, em 16 de dezembro de 1990, por Portugal, Brasil, Angola, São Tomé e Prín-


cipe, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e posteriormente,  por  Timor  Leste.  No  Brasil,  o  acor-
do  foi  aprovado  pelo  Decreto Legislativo  nº  54,  de  18  de  abril  de  1995.  Mas  a  gramática  é  diferen-
te. Iniciou-se no ano de 1990, passando a ter validade no Brasil somente agora a partir de 2009.
Acordo ortográfico assinado na cidade de Lisboa entre os países lusófonos. Acredita-se que so-
mente 0,5% dos termos em portugues sofreram o Acordo ortográfico.

Conhecendo Nova Ortografia

*Alfabeto  composto  de  26  letras: abcdefghijklmnopqrstuvwxyz

1)  Não se utiliza mais trema na lingua portuguesa. Escrevemos: agüentar,conseqüência,-


cinqüenta,qüinqüênio,freqüência,freqüente,elequência, elequente, arguição,pinguim,-
tranquilo, linguiça.

2)  Toda palavra paroxitona com terminação em ditongo aberto (ei, oi) não recebe mais
acento:Assembléia,  platéia,  idéia,  colméia,  bóia,  paranóia,  jibóia, apoio, heróico.

3)  Os hiatos não são mais acentuados: (“ ee ,oo”):


Crêem,dêem,lêem,vêem. (credeleve) e enjôo,vôo,corôo, perdôo.

4) Não existe mais o acento diferencial para palavras homógrafas.
Para (verbo), pela (verbo ou substantivo)
Pelo (substantivo), pera (substantivo)

Observe que o único verbo a manter o acento será “pôde” (na 3ª pessoa do pret. perf. do indi-


cativo) e também no verbo “por”para poder diferenciar da preposição ‘por’.

Não se  acentua  mais  a  letra  “u” nas formas  verbais  rizotônicas,quando ela for  precedida de ‘g’
ou ‘q’ e antes de ‘e’ ou ‘i’ (gue, que, gui, qui). Observemos: argui, apazigúe, averigúe, enxágüe, enxagüe-
mos, obliqúe.
As letras ‘i’ e ‘u’ tônicos não são mais acentuadas em paroxítonas quando precedidos de diton-
go. Veja: baiúca,boiúna, feiura.

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Emprego do hífen: hifenização
Compostos como Cor de vinho, a vontade, abaixo de, fim de semana, café com leite, sala de
jantar, cartão de visita, pão de mel, cão de guarda,
Agora observe as exceções (consagradas pelo uso): água-de-colônia, pé-de- meia, arco-da-ve-
lha, mais-que-perfeito, ao-Deus-dará, queima-roupa, cor-de- rosa.
Qual a regra se segue? Antessala, autorretrato, antirrevolucionário, antirrugas, arquiromântico,
autorregulamentação, contrassenha, extrarregimento, minirrádio, ultrassom, minirrestaurante.
Agora observe bem: hiper-requitando, hiper-requisitado, inter-racial, inter- relação, inter-regio-
nal, super-racional, super-realista, super-resistente.
Descubra a regra para: autoafirmação, autoajuda, autoaprendizagem, autoescola, autoinstru-
ção, autoestrada, contraexemplo, contraindicação, contraordem, extraescolar, extraordinário, extrao-
ficial, infraestrutura, antiaéreo, antiamericano, socioeconômico, semiaberto, semiembriagado.
Observe o porquê do hífen. Anti-herói, anti-higiênico, extra-humano, semi- herbáceo.
Assim se escreve: ex-marido, ex-senador, vice-presidente, vice-governador, ex-namorado, cir-
cum-navegador, pan-americano, pré-natal, pro-desarmamento, pós-graduação, pró-afro, pré-história,
pré-escolar, além-mar, além-fronteiras, aquém-oceano,recém-nascidos,recém-casados, sem–núme-
ro, sem-teto, anti-inflamatório, anti-ibérico, anti-imperialista, anti-inflacionário, anti- infeccioso,semi-
-integral, arqui-inimigo, micro-ondas, micro-orgânico, micro- ônibus.
Agora observe bem... hiper-requitando, hiper-requisitado, inter-racial, inter- relação,inter-regio-
nal, super-racional, super-realista, super-resistente, mal- estar, mal-humorado, mal-entendido,mal-e-
ducado, bem - quisto, bem-estar, bem – casados , bem-nascido.

Bem-vindos! Bien vindos! Welcome.
Temos por objetivo unir culturas, eliminar as diferenças de grafias entre os diversos países que
tem o Portugês como a lingua oficial. Eliminar as diferenças entre o português lusitano do brasileiro.
Dessa forma é possivel ter autores de Moçambique sem dificuldades com a grafia.
Língua, uma forma de conversão da sociedade, que apresenta regras e leis que se associam para
se respeitar. Mas de 80% das pessoas que falam de portugues do mundo moram em terras brasileiras.
Os países que apresentam a lingua portuguesa como seu idioma oficial são: (São Tomé e Prín-
cipe,Cabo verde, Moçambique, Portugal,Guiné-Bissau, Angola). Na Ásia está em Goa e Timor-Leste.

OBS.:  DISPONIBILIZAMOS  PARA  VOCÊ  UM  ENCARTE  ESPECIAL e  DESTACÁVEL  PARA  CONSUL-
TAS NO FINAL DA APOSTILA. SUGERIMOS PLASTIFICAÇÃO.

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Português Instrumental

Releituras de Carlos Drummond de Andrade

Aula de português
A linguagem
na ponta da língua,
tão fácil de falar
e de entender.
A linguagem
na superfície estrelada de letras,
sabe lá o que ela quer dizer?
Professor Carlos Góis, ele é quem sabe,
e vai desmatando
o amazonas de minha ignorância.
Figuras de gramática, esquipáticas,
atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me.
Já esqueci a língua em que comia,
em que pedia para ir lá fora,
em que levava e dava pontapé,
a língua, breve língua entrecortada
do namoro com a prima.
O português são dois; o outro, mistério.

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ESTUDO DE PALAVRAS:

1)  Dê  o  sinônimo para as palavras ou expressões destacadas ou tente explicar seu significado:


a) Ai mordi a ponta da língua! Que dor!
b) Naquela época eu sabia as capitais da Europa na ponta da língua.
c) Nós, brasileiros, falamos a língua portuguesa.
d) O motorista irresponsável atropelou a criança e fugiu.
e) Ele estava tão nervoso que as palavras se atropelavam em sua fala.
f) Os juízes determinaram o sequestro dos bens do ex-presidente.
g) Terroristas fanáticos planejaram o sequestro do avião.

2) Observe:
O Rio Amazonas é um dos maiores do mundo.
Sentido próprio ou denotativo aquele em que a palavra aparece apenas com um sentido.
O garoto desmatava o amazonas da sua ignorância.
Sentido  figurado  ou  conotativo  aquele  em  que  a  palavra  aparece  com  um sentido  diferen-
te do que lhe é próprio, usual.

Identifique  os  trechos de  linguagem denotativa  ou conotativa:


a)  “Você  é  o  meu  caminho,  /Meu  vinho,  meu  vício,  /Desde  o  início  estava você.  /Meu  bálsa-
mo benigno, /Meu signo, meu guru...” (Caetano Veloso)
b) No jogo de ontem, Biro-Biro comeu a bola.
c) “Um  coqueiro, vendo-me inquieto e adivinhando a causa, murmurou  de
cima de si que não era feio que os meninos de quinze anos andassem nos cantos com as me-
ninas de quatorze”. (Machado de Assis)
d) O escritor Rubem Braga nasceu em 1913.
e) “Buscou no amor o bálsamo da vida”.
f) Não encontrou senão veneno e morte”. (Manuel Bandeira)
g) Até hoje não me conformo com sua morte.

3)  Empregue  as  palavras  abaixo  em  frases  dando  a  elas  sentido  denotativo e conotativo.Veja:
Os  cachorros uivavam  a  noite  / O  vento uivava  na  noite.

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Português Instrumental

a) Caminho:
b) Trevas:
c) Nuvem:
d) Colheita:
e) Asas:
f) Suavidade:

Proposta de redação:

Você  vai  preparar  um  texto  dissertativo  sobre  o  atual  ensino  brasileiro.  Procure
ler sobre o assunto e ouvir a opinião de algumas pessoas. Realize uma entrevista com al-
guém da área.
Antes de escrever, procure responder às seguintes questões:
1)  Que importância tem o sistema de ensino dentro de um país?
2)  Quais são os aspectos positivos do ensino atual?
3)  Quais são os aspectos negativos do ensino atual?
4)  No  Brasil,  há  escolas  oficiais  e  particulares.  Comente  esse  fato.  Não esque-
ça: Cite a rede particular e a pública.
5)  Quais seriam as causas da atual situação do ensino?
6)  Quais serão as consequências da atual situação?
7)  Seria possível melhorar a situação do atual sistema de ensino? Como?
8)  Qual sua ideia final, sua conclusão sobre o assunto?
9)  Transforme suas respostas em um texto dissertativo, organizando suas ideias da seguin-
te maneira:
• Introdução:  respostas à  questão  1.
• Desenvolvimento:  respostas às  questões  2,  3,  4,  5  e  6.
• Conclusão  :  respostas  às  questões  7  e  8.

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Português Instrumental

OS PLURAL? ONDE ESTÃO OS PLURAL?
Você  caminha  por  uma  rua  tranquila  da  cidade  e,  ao  passar  pela  porta  do res-
taurante  de  aparência  simpática,  não  pode  deixar  de  reparar  na  placa  que anun-
cia  “refeições  caseira”.  Um  pouco  adiante,  sua  aula  prática  de  concordância ga-
nha  um  novo  colorido:  um  vendedor  anuncia,  pelo  alto  falante  do  velho  caminhão,
“frutas fresquinha”, “morangos maduro” e “quatro caixa de caqui por oito real”.
Se uma associação de ideias o remeter imediatamente ao grande palco da tempora-
da da política em Brasília, não será mera coincidência: também na CPI dos Correios o s fi-
nal sucumbiu ao que se pode considerar a nova moda de tornar as palavras absolutamen-
te invariáveis, sem levar em conta se designam uma, duas, cinco ou 10 unidades.
Poupemos os nomes, já que este comentário, nem de longe, pretende engrossar as
fileiras do denuncismo. Mas, como ficar insensível diante de joias linguistas como “pesso-
as vinculada ao partido”, “nas últimas campanha”, “as regiões mais carente, mais distan-
te dos grandes centro” “os militante”, “os partido de base aliada”, “nos escritório dos Cor-
reio”, “esses detalhe”?
No  começo,  você  pensa  que  ouviu  mal,  que  não  estava  prestando  a  atenção  de-
vida. Por  isso,  apura  os  sentidos.  Aí  vem  a  surpresa:  a  linguagem  não  se  altera. In-
timamente,  você  pergunta-se,  a  exemplo  do  que  ocorreu  com  muitas  outras pes-
soas:  como  é  possível?  A final,  nas  10  ou  15  horas  de  depoimentos  e  perguntas
de cada sessão da CPI, cruzam-se as vozes de deputados, senadores, dirigentes de parti-
dos, secretárias de altos empresários.
Para  dizer  o  menos,  trata-se  de  pessoas  para  que  a  linguagem  constitui  impor-
tante forma de comunicação, de expressão ou de  convencimento.  Em maior ou  menor
grau, frequentaram boas escolas (presume-se), tiveram acesso aos diversos níveis de en-
sino formal, muitas até exibem um anel universitário. Como admitir, então, tamanho des-
caso com o idioma?
Engana-se  quem  pensa  que  tudo  se  limitou  a  enunciar  ou  não  um  s  no  fim  das
palavras.  A  concordância  também  não  escapou  incólume  desse  escapamento ver-
bal:  “Indiquei  x  nomes.  Esses  nomes  foi  pra  cá  ou  pra  lá.”/  “A  Senhora  tem  tudo
pra  fazer  que  seja  reparado  os  danos  cometidos.”/  “O  que  me  traz  à  CPI  é  alguns
assuntos  como...”.  E  os  casos  clássicos  do  gênero,  claro,  dificilmente  ficariam au-
sentes:  “Haviam  muitos  problemas  a  resolver”,  “houveram  casos  que  eu  não gos-
taria  de  mencionar”,  “faziam  dois  anos  que  eu  vinha  alertando  os  dirigentes”,  “já fa-
zem 10 horas que estamos reunidos e nada se resolver até agora”.
O  nervosismo  do  momento  pode  justificar  um  ou  outro  erro  ocasional,  é  evi-
dente, mas  não,  depois  de  horas  de  depoimento,  pronúncias  como  “probrema”,  “cra-
ro”, “Pranarto”, “recramações”, “habeas corpio”, “seje”, “esteje”, “areoporto”, etc. Como
se  vê,  infelizmente,  não  é  apenas  de  honestidade  e  lisura  no  trato  dos  recursos públi-
cos que o país está precisando.

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

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Português Instrumental

ATIVIDADE

1)  Compare estas duas orações abaixo:
(1)  Os políticos cometem graves erros de concordância .
(2) O poeta transgrediu as regras de concordância .

Nesse  contexto,  qual a  diferença  entre  o  uso  das  palavras erros  e transgrediu?

2)  Porque o autor transgrediu as regras de concordância nominal no título dotexto?

3)  Como você observou, em nossa sociedade, as pessoas estão constantemente  sendo  avalia-
das pela sua forma de falar. Por uma questão de preconceito, costuma-se chamar de erro a varie-
dade da língua falada por pessoas de baixo nível social, econômico e cultural. Quando uma pessoa
pertence  a  uma  classe  social  mais  elevada  usa  uma  variedade  diferente  da culta,  geralmen-
te  se  diz  que  ela  cometeu  um  “deslize”.  De  que  forma  o  autor revela  essa  visão  preconceituo-
sa de nossa sociedade?

4)  Ao  dizer  que  “a linguagem constitui importante forma de comunicação, de expressão ou de con-


vencimento” para os que frequentaram boas escolas, o autor não atribui aos  pequenos  comercian-
tes a mesma função da linguagem. Você concorda com ele? Justifique sua resposta.

5)  De que forma o autor constatou que não se tratava de “um ou outro erro ocasional”?

6)  Como você pôde perceber, todos os exemplos, os quais o autor ironicamente chama de “joias lin-


guísticas”, são da linguagem oral. Em sua opinião, se essas pessoas estivessem dando um depoimen-
to por escrito, usariam o mesmo nível de linguagem? Explique.

7)  Identifique no texto os exemplos de “erros” de concordância NOMINAL e reescreva-os corrigindo:

8) Identifique no texto os exemplos de “erros” de concordância VERBAL e reescreva-os corrigindo .

9)  Você se considera uma pessoa que comete “erros” ou que já sabe como transgredir as regras de lín-


gua portuguesa? Explique.

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Português Instrumental
O VALOR DO BOM PORTUGUÊS

Falar e escrever bem ajuda na hora que arrumar emprego, conseguir promoção e até para con-
quistar namorado ou namorada. Mas não vá exagerar na dose e virar um patrulheiro da língua, por-
que geralmente “pega mal”.

É BOM FALAR O BOM PORTUGUÊS
Falar e escrever bem é importante na hora de conquistar um namorado ou namorada.Mas sem exa-
gerar!
“Eu gosto de escrever e sempre me correspondo com meus amigos, através de e- mail. Assim, co-
nheço  muitas  pessoas  por  esse  meio  de  comunicação.  Uma  vez, conversei  por  escrito  com  um  ra-
paz que escrevia bem, tinha um texto inteligente, irônico mas correto, sedutor. Fiquei muito impressio-
nada. Pena que “ao vivo”.
Não correspondia à boa conversa. O namoro foi um desastre; sem graça! Já namorei também um ga-
roto que escrevia muito mal, um texto desorganizado, com muitos erros. Não aguentei e corrigi seus er-
ros pela internet.
Resultado: Ele se ofendeu e o namoro acabou. Saber escrever demonstra cultura, conhecimen-
to,  mostra  que  a  pessoa  quer  evoluir.  “  Sou  chata,  não  gosto  de  ouvir  ou ler  verbos  mal  conjuga-
dos e palavras empregadas errado.”
(Luana, recepcionista)

“DISPENSEI UM FUNCIONÁRIO QUE ESCREVIA MAL”
“Há  um  mês  atrás,  mandei  embora  um  funcionário  da  área  administrativa  porque  ele escre-
via e falava muito mal. Ele tinha sérias dificuldades com a língua portuguesa.
Errava  ortografia,  concordância,  não  percebia  que  os  documentos  eram  formais  e exigiam  tex-
tos organizados e corretos.  Sua função era escrever relatórios a clientes e, para isso, a clareza e a cor-
reção gramatical são imprescindíveis.
Eu observo que conhecer bem  a  língua,  atualmente,  é  uma  necessidade,  e  por  isso, exijo
isso de meus funcionários. Não adianta querer fazer um cursinho rápido para aprender a escrever bem. A for-
mação e o ensino se alicerçam em muitos anos de estudo. Quem não dá importância a uma boa forma-
ção e não cultiva o hábito de leitura  vai  enfrentar  sérias  dificuldades para  trabalhar. Um dos  requisit-
os para admitir uma pessoa como funcionária da minha empresa é apresentar uma boa redação.”
(Pedro Luís, empresário)

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Português Instrumental
a)  Quais são as semelhanças e as diferenças entre os depoimentos de Luana e Pedro?
b)  Escreva no caderno um argumento a favor e uma crítica aos dois depoimentos.
c)  Qual a sua opinião sobre o assunto?

Você  observou  que,  em  determinadas  situações,  é  necessário  utilizar  a  linguagem culta,  a  nor-
ma padrão. É o que as pessoas costumam chamar de “português correto”. Não é adequado chamar a “lín-
gua padrão” de “português correto”, porque todas as linguagens, todos os falares são corretos, depen-
dendo da situação em que estão inseridos.
A língua culta ou norma padrão é aquela usada, geralmente, em textos escritos, documentos, jor-
nais, televisão, revistas e nas situações de comunicação entre pessoas cultas. É valorizada porque sa-
ber usá-la dá certo poder ao falante em determinadas situações: arrumar um emprego, escrever uma dis-
sertação científica, etc.
Os períodos a seguir foram retirados de produções de alunos. Identifique os problemas de ortogra-
fia, concordância, ou significado e redija uma proposta de correção.
a)  “O  nosso  ambiente  ele  estava  muito  estragado  e  muito  poluído  por  causa  que  os ou-
tros não zela o ar puro.”
b)  “O  serumano  no  mesmo  tempo  no  mesmo  tempo  que  constrói  também  destrói,  pois
nóis temos que nos unir para realizar parcerias”.
c)  “Vamos mostrar que somos semelhantemente iguais”.
d)  “Morrem queimados e asfiquiciados”.
e)  “Hoje endia a natureza..”.
f)  “O maios problema da floresta Amazonas é o desmatamento dos peixes”.

Manifesto 2.0 - por uma sociedade mais colaborativa
Estamos  descobrindo  maneiras  melhores  de  organizar  a  sociedade  em  todas  as suas  instân-
cias, através da colaboração, utilizando as ferramentas interativas que a Internet proporciona. É preci-
so reunir pessoas, através de uma mesma visão, que pensam, a partir de um novo paradigma para ace-
lerar a implantação desse novo ponto de vista. Através desta visão queremos valorizar e desenvolver:
• O uso criativo da rede digital para ajudar a resolver problemas complexos;
• A ampliação da participação de todos os cidadãos, como condição para a efetiva democra-
tização institucional, informacional, econômica e cultural.
• A aproximação entre as pessoas para promover diálogos, utilizando os meios mais adequa-
dos a cada contexto, sejam eles presenciais ou digitais.

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Português Instrumental
Princípios do Manifesto 2.0

1.  Disseminar e debater que a Internet faz parte de uma revolução informacional e comunicacional.


2.  Disseminar e promover diálogos a partir do entendimento que esta mudança não é tecnológica, m
as informacional, pedra fundamental de uma nova civilização mais compatível com uma super-
população mundial e a complexidade que tal cenário impõem à nossa espécie;
3.  Disseminar  e  debater  que  tal  revolução  do  ambiente  informacional  trará  mudanças signifi-
cativas  e  profundas  na  gestão  da  sociedade  e  que  é  preciso  agir  com sabedoria,  rapi-
dez e eficiência para a ampliação dos benefícios coletivos para reduzir os possíveis sofrimen-
tos que tais mudanças radicais trarão ao mundo;
4.  Que  as  mudanças  significam  democratização  paulatina  institucional,  econômica  e informacio-
nal de todas as sociedades, através de uma nova forma de gerar valor para a humanidade mais co-
laborativa, dinâmica e inovadora;
5.  Buscar um novo modelo de compartilhamento dos lucros, em novas empresas que gerem va-
lor para a sociedade, respeitando os seres vivos, incluindo seus clientes e colaboradores;
6.  Sugere-se  uma  nova  plataforma  aberta  de  governo,  onde  os  dados  serão  de acesso  públi-
co e a sociedade poderá usá-los de forma a acompanhar o que está sendo feito e a customi-
zar o uso, gerando aplicativos que possam beneficiar tanto o próprio povo, quanto o governo, apro-
ximando assim os dois lados interessados nas políticas aplicadas àquele contexto;
7.  Defesa  de  escolas  que  adotem o uso  das  ferramentas  digitais  de  informação  e comuni-
cação  dentre  outras  estratégias  educacionais  para  desenvolver  competências e  habilidades
de  leitura  e  escutas  críticas,  do  diálogo,  da  capacidade  de  lidar  com  a diversidade  sem  pre-
conceitos, da construção coletiva de conhecimentos e criação de soluções colaborativas para os de-
safios complexos do mundo no qual vivem;
8.  Tais  alterações  significam  compreender  a  necessidade  do  compartilhamento aberto  e  li-
vre de ideias, através de novas formas criativas de remuneração, seja a distância ou no presencial;
9.  Sugere-se a todos que assinem esse manifesto que sejam estimulados a se aprofundar cada
vez mais  em  ferramental  teórico  e  prático  sobre  esse  novo ambiente, a  fim  de  pro-
mover tais alterações, procurando, o máximo  possível, coerência  entre discur-
so e ações, em direção a um mundo mais colaborativo, estimulados por  Gandhi  “Seja  a mu-
dança que você quer ver no mundo”;
10.  Sugere-se  ainda  promover  ações  que  minimizem  a  compulsão  informacional  que gera ansieda-
de, alienação, pouco significado e, portanto, repetição de modelos e não mudanças;
11.  Sugere-se a formação de iniciativas na rede ou fora dela, para promoção de ações de todo tipo ba-
seados nesse manifesto, que deve ser aprimorado, a partir da discussão e da prática;
12.  Que este manifesto sofra melhorias permanentes por aqueles que o apoiam.

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Português Instrumental
Proposta interdisciplinar: Responsabilidade social

TEXTO : DE OLHO NO LIXO

Você  já  reparou  na  quantidade  de  lixo  que  produz  todo  dia?  Por mais  cuidado que a gente te-
nha, sempre surgindo migalhas de pão, potes vazios, cascas de banana, papéis, restos de borracha, e ou-
tros ....  Fabricamos lixo o tempo todo.
Até hoje não conseguimos um jeito de evitar que isso aconteça. E o curioso é que, quanto mais in-
dustrializado é um pais, maior é a quantidade de lixo que ele produz.A história do lixo é tão antiga quan-
to a humanidade. Só que havia menos gente e eram jogados fora basicamente restos de comida e ma-
teriais orgânicos.
As  pessoas  moravam  em  cavernas  e,  quando  a  caça  diminuía,  simplesmente se muda-
vam.  O  lixo,  formado  de  sobras  de  alimentos  ia  se  decompondo  com  o passar  do  tempo.  O  proble-
ma da sujeira foi aumentando com a civilização e também com o surgimento das grandes cidades.
Pelo que se sabe, a Roma antiga foi uma das primeiras a enfrentar o problema, pois tinha mui-
tos  habitantes.  Os  romanos  despejavam  o  lixo  e  o  esgoto nos  rios,  onde  os  resíduos  eram  dissolvi-
dos pela correnteza e carregados para o mar.
Depois, na Idade Média, nos povoados que existiam na região que hoje é a Europa, o lixo se acumu-
lava nas ruas e facilitava a transmissão de doenças. Mais tarde,  as  cidades  cresceram  e ganharam siste-
mas  de esgoto e  novos  reservatórios de água, o que ajudava a manter a higiene e a limpeza. Mas a pop-
ulação e a produção de lixo foram aumentando.

PROBLEMA SÉRIO
No  século  20,  a  quantidade  de  lixo  aumentou  muito  e  o  assunto  virou preocupação  mun-
dial. Com o avanço da tecnologia, todo mundo passou a usar materiais  como  plástico,  isopor,  lâmpa-
das, e pilhas, que começaram a fazer parte do lixo e a poluir a natureza. Além disso, há toneladas de de-
tritos produzidos pelas fábricas, que jogam toneladas de sujeira nos rios e mares todos os dias.
Segundo os estudiosos só no Brasil cada um de nós fabrica mais de 300 quilos de lixo por ano. São 25 mil qui-
los de lixo durante a vida toda!
E  a  gente  começa  cedo,  pois  desde  bebês  usamos  fraldas  descartáveis  e produtos  em  poti-
nhos que depois serão jogados fora. Resultado: com apenas uma semana de vida, já produzimos uma pi-
lha  de lixo equivalente  a quatro  vezes  nosso tamanho.
Uma das saídas para dar fim à sujeira é fazer coleta seletiva, ou seja, recolher os materiais separa-
damente, o que facilita o seu reaproveitamento. Através da reciclagem. Além disso, é importante reci-
clar papel, plástico e vidro e construir usinas geradoras de energia elétrica que usam o lixo como com-

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

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Português Instrumental
bustível.  O  legal  é que  todos  podem  e  devem  ajudar!  Esse  papel  participativo  é  para  todo  cidadão
responsável.

Documentário indicado: Lixo Extraordinário

TEXTO E INTERPRETAÇÃO

SUPERMERCADOS: AS CATEDRAIS DO CONSUMO

Numa sociedade onde ninguém quer engordar, o crescimento dos supermercados é


um tanto contraditório. A febre de emagrecimento deveria beneficiar o desenvolvimento
de pequenas quitandas e não desses monstruosos templos de consumo. Acontece que o
esforço para manter-se magro nasceu exatamente na esteira dos supermercados. O ho-
mem atual vive imprensado entre os dietéticos e os supermercados. Mais um pouco, e
será impossível reviver a dupla do Gordo e o Magro. Quando muito, conseguiremos uma
dupla formada pelo Gordo e o Menos Gordo.
É difícil fugir ao irresistível apelo dos supermercados. É nele que o homem satisfaz
a todas as necessidades de consumidor. A primeira intenção de quem entra num super-
mercado é comprar tudo. Um conhecido meu, consumidor consagrado, já confessou que
seu maior desejo é poder se atirar sobre as prateleiras, abrir pacotes, latas e caixas de bis-
coitos, queijo, compotas, doces e ficar ali esparramado, comendo até sair pelos ouvidos.
Os proprietários têm consciência dessa compulsão e arrumam suas mercadorias de
forma a poder deixar o consumidor como eles, proprietários, quando chegaram ao Brasil,
ou seja, de tanga. Curiosamente, a alimentação deixou de ser uma simples necessidade
para tornar-se um complicado sistema de “marketing” e pesquisa. Hoje, a gente nem sem-
pre compra o que quer. Compra-se o que eles querem vender. Vocês sabem, por exemplo,
por que o açúcar é colocado no fundo dos supermercados? Porque o açúcar é um artigo
comum a todos, e ficando no fundo obriga o consumidor a passar por várias outras seções
antes de encontrá-lo. E nessa passagem pode comprar mais alguma coisa. Para escapar
a esse risco, há uma solução: entrar pela porta dos fundos. Texto Publicitário do Circuito
Cultural da Praça Liberdade “Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais”
A colocação dos artigos nas prateleiras é matematicamente calculada. Os que têm
saída certa ficam embaixo. Os de venda difícil são colocados à altura dos olhos. Dos olhos e
principalmente das mãos. E há ainda as embalagens, feitas de forma a atrair o consumidor.
Tem muita gente que só compra pela embalagem, tem gente que ainda faz pior. Só come
a embalagem.
As últimas pesquisas demonstram que os homens já estão se equiparando às mulhe-
res na frequência aos supermercados. Revelam ainda que eles vêm mostrando um talento

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

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Português Instrumental

incrível para donas-de-casa. Os homens são os melhores fregueses nas chamadas compras
de impulso - termo que surgiu com o supermercado - que são aquelas que não se coloca
na lista. Você chega lá, olha para a mercadoria, verifica quanto tem no bolso e depois se
justifica: “Vou comprar só desta vez para experimentar”. As pesquisas assinalam ainda que
nas compras o impulso ocorre da classe média para cima. Abaixo da classe média, diminui
sensivelmente. Até mesmo porque, se houvesse impulso, não haveria dinheiro.
Na zona Sul o que mais se vende é o enlatado. Os artigos de toucador não saem mui-
to. O cidadão da zona sul não dorme de touca. Na zona norte, em primeiro lugar vem os
artigos de primeira necessidade, em segundo os de segunda necessidade e em terceiro os
de quarta necessidade. Os supermercados ainda não vendem os de terceira necessidade.
Ao todo, os supermercados cariocas vendem 80 por cento dos artigos comercializa-
dos. E eu fico aqui pensando como sobreviviam nossos antecessores sem supermercados.
Aliás, por que não instalam mais supermercados no nordeste para que o pessoal também
possa comer melhor? Em São Paulo a proporção é menor que no Rio. Ainda assim, o Jum-
bo, da cadeia do Pão de Açúcar, oferece quase 70.000 tipos de produtos. Os supermerca-
dos praticamente têm de tudo. Alguns tem até desabamento.
Os supermercados transformaram os hábitos de venda. Terminaram com os ven-
dedores. O que foi melhor pra eles. Com menos gente vendendo, sobra mais gente pra
comprar. E como se compra! Positivamente, isto aqui não é uma sociedade de lazer. Por
enquanto, é do comer. Sem os vendedores, acabaram as conversas e as pechinchas. O
supermercado é um dos poucos lugares onde não se pode dizer não à inflação. Não tem
a quem.
A única figura disponível para uma conversinha é a caixa. Mas seu trabalho diário ba-
tendo alucinadamente naquelas teclas da registradora, já as transformou em verdadeiros
autômatos. As caixas falam por números. Alguns sociólogos explicam que a presença de
toda a família é a forma de exercitar a conversa. Outros admitem que a família se reúne
para ir a um supermercado porque a família que compra unida continua unida. A grande
maioria dos estudiosos, porém, prefere acreditar que o supermercado seja um programa
tão atraente quanto um circo ou um parque de diversões. É também no supermercado
que os garotos tiram as frustrações do automóvel, dirigindo os carrinhos de compras.
Os garotos gostam tanto de dar trombadas no alheio que, no ano passado, quando
minha irmã perguntou ao filho o que ele queria de Natal, ele respondeu : um carrinho de
supermercado.
Há horários em que os carrinhos – com ou sem garotos - congestionam comple-
tamente os corredores. Já era tempo de colocar guardas de trânsito pelas esquinas dos
supermercados para evitar batidas, engarrafamentos e principalmente que as madames
larguem os carrinhos no meio do corredor para ir buscar seu feijão do outro lado.

(Carlos Eduardo Novaes)

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

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Português Instrumental

1) “Alguns sociólogos explicam que a presença de toda a família é a forma de exercitar a conver-
sa” De acordo com os sociólogos:
a) A comunicação em família, no lar, esta cada vez mais difícil.
b) O supermercado oferece maiores condições para as amizades.
c) O supermercado facilita a conversa, porque evita as discussões.
d) O silencio dos supermercados favorece o entendimento dos homens.
e)  A  troca  de  ideias  quanto  às  compras  no  supermercado,  estabelece  maior compreen-
são ente os familiares.

2) A única afirmativa CORRETA, de acordo com o texto é:
a) As compras de impulso são mais comuns entre as mulheres.
b) Os supermercados são verdadeiros circos e parques.
c) As compras de impulso estão sujeitas à disponibilidade de dinheiro.
d) Os nossos antepassados não se alimentavam bem pois não dispunham de supermercados.
e) A instalação de supermercados no nordeste resolveria os problemas de fome naquela região.

3) De acordo com texto a única alternativa FALSA é:
a) Os supermercados não favorecem o combate a inflação.
b) A classe média sempre se beneficia com as compras de impulso.
c) A família reunida nos supermercados dá expansão as suas conversas.
d) A ausência de vendedores nos supermercados evita o decréscimo no preço das mercadorias.
e)  As  compras  de  impulso  raramente  ocorrem  abaixo  da  classe  média,  por  se tratar  de  pesso-
as de minguado poder aquisitivo.

4) A única passagem que não denota ironia é:
a) “( ) Alguns tem até desabamento.”
b) “( ) ...  comendo até sair pelos ouvidos.”
c) “( ) ...  ele respondeu: um carrinho de supermercado
d) “( ) E os de venda difícil são colocados à altura dos olhos”
e) “( ) ...  a família que compra unida continua comendo unida”

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Português Instrumental
5) De acordo com o texto lido, compras de impulso são uma particularidade de :
a) Donas de casa sem lista de compras;
b) Maridos tentando colaborar com a prática do supermercado;
c) Crianças desmioladas e sem controle dos pais;
d) Donas de casa consumistas;
e) Irmãos mais velhos e sem juízo.

6) A assertiva abaixo que confirma o poder de oferta em 100% é:
a) Os supermercados praticamente têm de tudo. Alguns têm até desabamentos.
b) A única figura disponível para uma conversinha é o caixa.
c) O Jumbo, da cadeia do Pão de Açúcar, oferece quase 70.000 tipos de produtos.
d) Na zona sul o que mais vende é enlatados.
e) O Nordeste carece de supermercados.

Suporte: Jornal

Propaganda a ser limitada

É grande a força do lobby de cervejarias, TVs e agências de propaganda. Mais uma


vez, conseguiu evitar que a publicidade de cervejas fosse equiparada à das demais bebidas
alcoólicas e proibida das 6h às 22h.
O projeto de lei do Executivo restituindo um pouco de lógica à legislação que regula
a propaganda de álcool estava pronto para ser votado. Mas um acordo entre parlamenta-
res e governo conseguiu retirar a urgência da proposta, que agora fica sem prazo para ir ao
plenário. A julgar pelos precedentes, isso dificilmente ocorrerá antes dos Jogos Olímpicos
de Pequim, em agosto, ou quem sabe da Copa de 2014.
Em termos de saúde pública e ciência, não há justificativa para tratar a publicidade
de bebidas alcoólicas de qualquer gradação de forma diversa da do tabaco, que é vedada
quase totalmente.
O álcool é uma droga psicoativa com elevado potencial para provocar dependência.
Estudo da Organização Mundial da Saúde atribui ao abuso etílico 3,25% das mortes ocor-
ridas no planeta (cerca de 1,8 milhão de óbitos anuais). Metade delas tem como causa
doenças, e a outra metade, ferimentos. No Brasil, dados da Secretaria Nacional Antidrogas
(2005) apontam que 12,3% da população entre 12 e 65 anos pode ser considerada depen-
dente.

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Português Instrumental

Não se trata de proibir o consumo de álcool, mas esses números deixam claro, por
outro lado , que ninguém deveria ser estimulado a beber. A propaganda é uma atividade
legítima para a esmagadora maioria dos produtos e serviços existentes. O caso das drogas
lícitas é uma exceção. A Constituição Federal, em seu artigo 220, prevê restrições a esse
tipo de publicidade.
Não faz, portanto, sentido a campanha que a Associação Brasileira de Publicidade
mantém desde o final de abril afirmando que a restrição à publicidade de cervejas teria o
mesmo efeito que proibir “a fabricação de abridores de garrafa”.
Louvar as virtudes reais ou imaginárias de abridores de garrafa não costuma levar
jovens a consumir quantidades crescentes de drogas psicotrópicas. Já a propaganda de
cerveja o faz.

(Folha de São Paulo, 11/05/2008.Licenciado por Folhapress.)

1)  Qual é o tema abordado pelo editorial?

2) Por que esse tema estava sendo debatido no Brasil naquele momento?

3)  Segundo o texto qual é o motivo de esse projeto não ter sido votado e entrado em acordo?

4)  Coloque (F) para falso e (V) para verdadeiro:
( ) O editorial tem uma estrutura geralmente simples. Apresenta a tese (que apresenta
o ponto de vista do jornal), o desenvolvimento do tema através de argumentações e conclusão .
( ) Um editorial precisa necessariamente apresentar argumentos consistentes.
( ) Esse gênero privilegia a impessoalidade.
( ) A conclusão geralmente apresenta uma síntese das ideias expostas para a solução do proble-
ma abordado.

5)  Segundo o editorial, a votação do Projeto de lei não ocorrerá antes dos Jogos Olímpicos de Pe-


quim ou da Copa de 2.014. Por que o jornalista deduz isso?

6)  Cite  quais  são  as  principais  características  do  editorial?  Considere  a  finalidade do  gênero,  per-
fil dos interlocutores, suporte ou veículo, tema, estrutura e linguagem.

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Português Instrumental

7)  Quais são os principais interessados em manter na mídia a publicidade das cervejarias?

8)  Explique o último parágrafo do texto.

9)  Comente o trecho sublinhado no texto.

10) O texto nos remete a uma realidade combatida todos os dias. O que recentemente foi propos-
ta de redação do ENEM./2013. Comente sobre a Lei Seca no Brasil. (Parágrafo dissertativo).

TEXTO I

PAPOS
_ Me disseram...
_Disseram-me.
_Hein?
_O correto é “disseram-me”. Não, “me disseram”.
_Eu falo como quero. E te digo mais ...  ou é “digo-te?”- O quê?
_Digo-te que você ...
_O “te” e o “você” não combinam.
_ Lhe digo?
_Também não. O que você ia me dizer?(...)
_Dispenso as suas correções. Vê se esquece-me. Falo como bem entender.
_Mato-o. Mato-lhe. Mato você. Matar-lhe-ei-te. Ouviu bem?
_Pois esqueça-o e para-te.Pronome no lugar certo é elitismo!
_Se você prefere falar errado...
_Falo como todo mundo fala. O importante é me entenderem. Ou entenderem-me?
_No caso. Não sei.
_Ah! Não sabe? Não o sabes? Sabes-lo não?
_Esquece.

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Português Instrumental

_Não. Com “esquece” ? Você prefere falar errado? E o certo é “esquece” ou
“esqueça”? Ilumine-me. Me diga. Ensines-lo-me, vamos.
_Depende.
_Depende. Perfeito. Não o sabes. Ensinar-me-lo-ias se o soubesse. Mas não sabes-o.
_Está bem, está bem. Desculpe. Fale como quiser.
_Agradeço-lhe a permisão para falar errado que mas dás. Mas não posso mais
dizer-lo-te o que dizer-te-ia.
_Por quê?
_Porque, com todo este papo, esqueci-lo.

VERÍSSIMO.Luís Fernando, Comédias para se ler na escola. RJ. 2001.

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Português Instrumental

QUESTÕES

1)  Uma  das  estratégias  do  narrador,  no  desenvolvimento  da  história,  é  explorar  a contradi-
ção de um dos personagens. Retire do texto um exemplo dessa estratégia.

2)  No texto de Luís Fernando Veríssimo, um dos personagens critica o uso dos pronomes oblíquos fa-
lados por outro personagem. Sobre o texto, pode-se afirmar que: (0.5)
A) O autor quis criticar a gramática normativa sobre o uso dos pronomes.
B) Os dois personagens do texto são intransigentes quanto ao uso da norma padrão da língua.
C) Um dos personagens acha inaceitável o uso da mesóclise durante um papo.
D) O dois personagens conhecem bem as regras de uso de colocação pronominal.
E) O autor, em forma de zombaria, critica o uso da norma padrão em situação de oralidade.

3)  “... Pronome no lugar certo é elitismo!”. RELACIONE  norma  padrão  e  elitismo. (1.0)

4)  As construções “Matar-lhe-ei-te”, “sabes-lo”, “Ensines-lo-me” e “esquecilo” não existem em por-
tuguês, nem na norma culta e muito menos na norma popular. No texto, portanto, elas têm uma fun-
ção especial, que é: (0.5)
A) Demonstrar que as regras de colocação pronominal são irrelevantes.
B) Identificar as características do personagem: ele é chato e gosta de parecer elitista.
C) Ironizar o falso conhecimento que o outro personagem tem das regras de colocação pronomi-
nal.
D) Satirizar as pessoas que falam errado.
E) Provocar um efeito de humor com as dificuldades do personagem.
5)  O texto de Luís Fernando Veríssimo é uma crônica ficcional que tem como finalidade demons-
trar que: (0.5)
A) A boa comunicação depende da colocação pronominal.
B) Cada pessoa tem o direito de usar a língua como bem entender.
C) A preocupação excessiva com a gramática pode prejudicar a comunicação.
D) As regras de colocação pronominal são muito difíceis.
E) O aprendizado das regras gramaticais é muito importante.

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Português Instrumental
TEXTO  II:  “As  motos  Flex  da  Honda  emitem  menos  gás  carbônico  e  são  mais econômi-
cas na hora de abastecer. A natureza agradece. O seu bolso também.”
Disponível em: <http://cargocollective.com/ricardosantiago/jamoto>

6)  RELACIONE o símbolo “CO” com a palavra “ECONOMIZE” no plano da divulgação.

7) Para anunciar a marca a uma postura ecológica, o anunciante se vale de certas estratégias.
I. Associação do símbolo do dióxido de carbono ao principal apelo da mensagem Economize.
II. Argumentação a favor da diminuição da emissão de gás carbônico.
III.Utilização da frase: “A natureza agradece” , que enaltece o anunciante.
IV.Emprego do enunciado. “No trânsito, somos todos pedestres”.
Estão corretas, apenas a alternativa...
A)  I , III, IV
B)  I, II, III
C)  I, II, IV
D)  II, III, IV

A era da falta d’água

Uma previsão catastrófica marca o colapso da água no mundo para o ano 2025. Foi
dada a largada para a corrida em busca de soluções. Veja o que se pode fazer para não en-
trarmos pelo cano
Por Claudio  Angelo,  Mariana  Mello  e  Maria  Fernanda  Vomero  colaboraram  Mô-
nica Rentschler,  de  Tóquio,  e  Daniel  Blumenthal,  de  Jerusalém  Se  você  se  comove
quando  vê  imagens  como  esta,  melhor  recolher  as  lágrimas  e  guardá-las.  Vai  piorar.
O  velho  pesadelo  dos  ambientalistas  de  que  as  reservas  mundiais  de  água  doce  vão
entrar  em  colapso  em  algum  momento  do  século  XXI  nunca  esteve  tão  próximo  de vi-
rar  realidade.  Um  estudo  das  Nações  Unidas  divulgado  este  ano  prevê  que  2,7 bi-
lhões  de  seres  humanos  -  45%  da  população  mundial  -  vão  ficar  sem  água  no  ano
2025. O problema já afeta 1 bilhão de indivíduos, principalmente no Oriente Médio e nor-
te da África

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Português Instrumental

Daqui a 25 anos, Índia, China e África do Sul deverão entrar na estatística
“Nesses lugares, as reservas deverão se esgotar completamente”, alerta o autor do
estudo,  o  geólogo  Igor  Shiklomanov,  do  Instituto  Hidrológico  Estatal  de  São Petersbur-
go, Rússia
O  precário  abastecimento  d’água  desses  lugares  vai  falir  por  vários  moti-
vos. “Nos últimos cinquenta anos, a população mundial triplicou e o consumo de água
aumentou  seis  vezes”,  sintetiza  o  ecólogo  paulista  José  Galizia  Tundisi,  do  Institu-
to Internacional  de  Ecologia.  Com  a  população  cresce  também  a  agricultura,  a ativida-
de  humana  que  mais  consome  o  líquido.  “Os  países  em  desenvolvimento  vão aumen-
tar seu uso de água em até 200% em 25 anos”, disse Shiklomanov à SUPER
Gente  demais  já  basta  para  tornar  a  situação  aflitiva  em  um  terço  do  plane-
ta. Para piorar, a saúde dos rios - as principais fontes de água doce da Terra - está pio-
rando. Metade  dos  mananciais  do  planeta  está  ameaçada  pela  poluição  e  pelo as-
soreamento.  Só  a  Ásia  despeja  anualmente  em  seus  cursos  d’água  850  bilhões  de
litros de esgoto. E cada litro de sujeira num rio inutiliza 10 litros da sua água. “A humani-
dade sempre tratou a água como um recurso inesgotável”, explica o hidrogeólogo Aldo Re-
bouças, da Universidade de São Paulo (USP). “Estamos descobrindo, da pior forma possí-
vel, que não é bem assim.”
As previsões são turvas, é verdade. Só que não estamos inexoravelmente condena-
dos a entrar pelo cano. Os mananciais degradados podem ser despoluídos.
Novas técnicas de tratamento cada vez mais reutilizam a água do esgoto em países
desenvolvidos. Melhoraram, bastante, as condições técnicas e econômicas para a explora-
ção de fontes alternativas, como a dessalinização da água do mar.
E nem só processos caros e sofisticados oferecem soluções para a crise.
É  o  caso  da  remota  vila  de  Baontha-Koyala,  no  noroeste  da  Índia.  Seus  habitan-
tes não tinham uma gota d’água para beber até meados da década de 80. No final dos
anos  90,  recuperaram  seus  lençóis  subterrâneos  e  o  principal  rio  da  região  voltou  a
ter  água.  O  que  fizeram?  Simples.  Cavaram  poços  no  quintal  das  casas  para reco-
lher água de chuva. É o óbvio. Mas ninguém havia feito antes. O exemplo serve para o Nor-
deste brasileiro. É só usar a cabeça.

Disponível em : super.abril.com.br/ciencia/a-era-da-falta-dagua. Acessado em 09.01.2016

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Português Instrumental
A propósito do texto:

1-  Copie  as  principais  informações  de  cada  parágrafo. Lembre-se  de  que  nem  todos os  perío-
dos que formam os parágrafos apresentam informações essenciais. Agora, responda:
a) Qual é o principal fato transmitido pelo texto?
b) Qual é a sua causa?
c) Quais são as consequências desse fato?

2-  Sabendo  que  eco  –  significa  “causa,  meio  ambiente”,  hidro-  significa  “água”, geo  –  ter-
ra, e logo “ o que estuda”, tente explicar o que fazem um hidrogeólogo e um ecólogo. Há, no quarto pa-
rágrafo, algumas expressões que jornalistas usam com objetivo de aproximar-se do leitor. Transcre-
va-as e explique por que elas foram estrategicamente escolhidas para falar do assunto em questão.

3-  Substitua as palavras em destaque por sinônimos:
a) “... as reservas mundiais de água doce vão entrar em colapso em algum momento do sécu-
lo XXI ...”
b) “O precário abastecimento d’água desses lugares vai falir”
c) “ A humanidade sempre tratou a água como um recurso inesgotáveis...”
d) “Só que não estamos inexoravelmente condenados a entrar pelo cano.”

4-  Com  base  na  tirinha,  qual  das  ações  apresentadas  é  avaliada  NEGATIVAMENTE pelo  persona-
gem, em decorrência da seca?
a) Cutucar o nariz
b) Olhar o céu azulão
c) Ver ipês floridos
d) Usar umidificador

5-  A tirinha abaixo foi dividida em três quadros:
Qual  das  alternativas  apresenta  um  trecho  de  uma  musica  que  corresponde CORRETAMEN-
TE ao quadro indicado entre colchetes?
a)  “A vida aqui só é ruim / Quando não chove no chão / Mas se chover, dá de tudo / Fartura tem de por-
ção”. (Luiz Gonzaga) – [Correspondente ao quadro 2]
b)  “Fogo,  fogo  de  artifício  /  Quero  ser  sempre  o  menino  /  As  estrelas  deste mundo  ,  Xan-
gô / Ai, São João, Xangô menino” (Caetano Veloso)– [Correspondente ao quadro 3]

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Português Instrumental
c)  “Olha  pro  céu,  meu  amor!  /  Veja  como  ele  esta  lindo  !  /  Olha  para  aquele balão  multicor  /
Que La no céu vai sumindo!” (Luiz Gonzaga) – [Corresponde ao quadro 2]
d)  “Ver a terra rachada, amolecendo / A terra antes pobre, enriquecendo / O milho pro céu apontan-
do / O feijão pelo céu enramando!” (Gonzaga Jr) [ Corresponde ao quadro 1] 52

DETALHES
O  velho  porteiro  do  palácio  chega  em  casa,  trêmulo.  Como  sempre  que  tem  bai-
le no palácio, sua mulher o espera com café da manhã reforçado. Mas desta vez ele nem
olha para a xícara fumegante, o bolo, a manteiga, as geleias. Vai direto à aguardente. Atira-
se na sua poltrona perto do fogão e toma um longo gole de bebida, pelo gargalo.
— Helmuth, o que foi? —  Espera, Helga. Deixa eu me controlar primeiro.
Toma outro gole de aguardente.
— Conta,  homem!  O  que  houve  com  você?  Aconteceu  alguma  coisa  no  bai-
le? — Co-começou  tudo  bem.  As  pessoas  chegando,  todo  mundo  de  gala,  todos  com
convite,  tudo  direitinho.  Sempre  tem,  é  claro,  o  filhinho  de  papai  sem  convite  que
quer levar na conversa, mas já estou acostumado. Comigo não tem conversa. De repen-
te, chega a maior carruagem que eu já vi. Enorme. E toda de ouro. Puxada por três pa-
relhas  de  cavalos  brancos.  Cavalões!  Elefantes!  De  dentro  da  carruagem, sal-
ta  uma  dona.  Sozinha.  Uma  beleza.  Eu  me  preparo  para  barrar  a  entrada  dela
porque mulher desacompanhada não entra no baile do palácio. Mas essa dona tão boni-
ta, tão sei lá, radiante, que eu não digo nada e deixo ela entrar.
— Co-começou  tudo  bem.  As  pessoas  chegando,  todo  mundo  de  gala,  to-
dos  com convite,  tudo  direitinho.  Sempre  tem,  é  claro,  o  filhinho  de  papai  sem  con-
vite  que quer  levar  na  conversa,  mas  já  estou  acostumado.  Comigo  não  tem  conver-
sa. De repente, chega a maior carruagem que eu já vi. Enorme. E toda de ouro. Puxada
por três parelhas de cavalos brancos. Cavalões! Elefantes! De dentro da carruagem, sal-
ta  uma  dona.  Sozinha.  Uma  beleza.  Eu  me  preparo  para  barrar  a  entrada  dela por-
que  mulher  desacompanhada  não  entra  no  baile  do  palácio.  Mas  essa  dona  tão boni-
ta, tão sei lá, radiante, que eu não digo nada e deixo ela entrar.
— Bom, Helmuth. Até aí..
— Espera.  O  baile  continua.  Tudo  normal.  Às  vezes  rola  um  bêbado  pela esca-
daria, mas nada de mais.  E então bate a meia-noite. Há um rebuliço na porta do palá-
cio.  Olho  para  trás  e  vejo  uma  mulher  maltrapilha  que  desce  pela  escadaria, corren-
do. Ela perde uma sapato. E o príncipe atrás dela.
— Bom, Helmuth. Até aí..
— Espera.  O  baile  continua.  Tudo  normal.  Às  vezes  rola  um  bêbado  pela esca-
daria, mas nada de mais.  E então bate a meia-noite. Há um rebuliço na porta do palá-
cio.  Olho  para  trás  e  vejo  uma  mulher  maltrapilha  que  desce  pela  escadaria, corren-
do. Ela perde uma sapato. E o príncipe atrás dela.

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Português Instrumental

— O  príncipe? — Ele  mesmo.  E  gritando  para  mim  segurar  a esfarrapada.  “Segu-


ra! Segura!” Me preparo para segura-la quando ouço uma espécie de “vum” acompanha-
do de um clarão. Me viro e..
— E o quê, meu Deus? O porteiro esvazia a garrafa com um último gole.
—  Você não vai acreditar.
— O príncipe?
— Ele mesmo. E gritando para mim segurar a esfarrapada.  “Segura! Segura!” Me
preparo  para  segura-la  quando  ouço  uma  espécie  de  “vum”  acompanhado  de  um cla-
rão. Me viro e..
— E  o  quê,  meu  Deus?  186 O  A  tal  carruagem.  A  de  ouro.  Tinha  se  transforma-
do numa abóbora.
— Numa o quê? — porteiro esvazia a garrafa com um último gole.
— Você não vai acreditar.
— Conta! ___ Eu disse que você não ia acreditar.
—  Uma abóbora? ___ E os cavalos em ratos.
— Helmuth..
— Não tem mais aguardente? — Acho que você já bebeu demais por hoje.
— Juro que não bebi nada! — Esse trabalho no palácio está acabando com você, Hel-
muth. Pede para ser transferido para o almoxarifado.

VERÍSSIMO, L. F. O analista de Bagé. 100. ed. Porto Alegre: L&P Editora.

Pronomes  de  Tratamento  para  serem  observados  em  correspondência  técnica observan-
do abreviaturas

PARTE II

CORRESPONDÊNCIA TÉCNICA.(Proposta do portfólio)
Correspondência  é  uma  forma  de  comunicação  escrita  estabelecida  ente pessoas  para  tra-
tar de assunto particulares , empresariais ou oficiais.
As correspondências oficiais e empresariais obedecem a certos parâmetros técnicos e por isso re-
cebem o nome de correspondências técnicas, sendo objeto deste estudo.
Nota: A correspondência técnica exige: objetividade, concisão, clareza, elegância , coerência,-
cortesia, tudo isso amparado pela correção linguística e pela simplicidade de estilo.

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Português Instrumental
ORIENTAÇÕES PARA APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS:

1. CAPA

2. FOLHA DE ROSTO

3. DEDICATÓRIA

4. AGRADECIMENTOS.

5. SUMÁRIO

6. INTRODUÇÃO

7. DESENVOLVIMENTO

8. CONCLUSÃO

9. BIBLIOGRAFIA

1. CAPA : É a primeira folha do trabalho e tem como objetivo protegê-lo. Deve conter da-
dos do(s) autores e título. Pode trazer ilustrações.
2. FOLHA DE ROSTO: Apresenta o(s) nome(s) do(s) autor(es), o título, local e ano.
Deve conter informações sobre a apresentação do trabalho (nome da disciplina, do pro-
fessor orientador e da escola).
3. DEDICATÓRIA OU AGRADECIMENTO: São partes opcionais do trabalho. O agradecimen-
to  é  feito  a  pessoas  que  ajudaram  diretamente  na  execução  do trabalho.  A  dedicató-
ria é livre.
4. SUMÁRIO/SUMARIZAÇÃO: Enumeração dos capítulos e subdivisões, apresenta-
dos na mesma ordem e grafia com que aparecem no texto. O sumário corresponde ao es-
quema elaborado para desenvolvimento do trabalho.
5 .INTRODUÇÃO: É a apresentação ou exposição do trabalho. É a parte na qual se situa o lei-
tor diante do assunto que irá ler, mencionando os principais itens e traçando os objeti-
vos.
6. DESENVOLVIMENTO: É a parte na qual se desenvolve o assunto a ser tratado . É onde ex-
pomos os itens inicialmente destacados, analisando-os detalhadamente.
7. CONCLUSÃO: É a síntese do trabalho, onde expomos uma opinião crítica do assunto tra-
tado.
8.  BIBLIOGRAFIA: Registro dos documentos consultados escrito em ordem alfabética por so-
brenome do autor.

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

53
Português Instrumental
PROPOSTA  PRÁTICA:  Elaboração  de  uma  capa  /  folha  de  rosto  e  dedicatória acer-
ca de um assunto da escolha do aluno.

ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS
Para a apresentação de todos os trabalhos acadêmicos são adotadas as recomendações de pa-
dronização e formatação contidas na NBR 14724 (ABNT, 2005).

1.  Papel

A digitação deverá ser em papel branco, formato A4 (21,0 cm X 29,7 cm), sempre no anteverso (fren-
te) das folhas, tendo como única exceção a folha de rosto, onde, opcionalmente, deve ser coloca-
da no verso a ficha catalográfica do trabalho.
2.  Capa

Elemento obrigatório: A capa deve conter centralizada na folha:
• Nome da Instituição (fonte 14)
• Autoria (fonte 14)
• Título do trabalho (fonte 16)
• Subtítulo se houver (fonte 14)
• Cidade da publicação (fonte 14)
• Ano (fonte 14)

3.  Folha de rosto
3.1.2 Folha de rosto
Elemento obrigatório Autor: Nome do autor completo, centrado no alto da folha de rosto, mar-
gem vertical de 3,0 cm (fonte 14).
Título:  Centro  da  página  (fonte  tamanho  16),  quando  houver  subtítulo separar por dois pon-
tos e usar ( fonte 14) para o subtítulo.
Notas  de  apresentação:  Tabulação:  7  tab  –  tamanho  da  fonte:  10 Local:Cidade  da  institui-
ção onde deve ser apresentado: (fonte 14) Ano de depósito: Entrega ( fonte 14)

4.  Sumário
Elemento obrigatório identificado pela palavra “sumário”, escrita em letras maiúsculas e centra-
do. Obedece à margem mínima de 3,0 cm.

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

54
Português Instrumental
Os títulos de partes ou capítulos são indicados em letras maiúsculas e apenas a inicial maiúscu-
la para os títulos das subdivisões dos capítulos e partes.
Os  itens  ou  elementos  pré-textuais  (anteriores  ao  texto)  não  devem  fazer parte do sumá-
rio. Deve ser colocado como último elemento pré-textual (antes do texto da pesquisa)

Os indicativos das seções devem ser alinhados à esquerda.

5.  Texto
5.1. Fonte
Arial ou Times New Roman Escolhidas a fonte, ela deverá ser utilizada para todo o trabalho, in-
cluindo notas de rodapé, citações e titulações.
Tamanho: 12
Cor: Automática
O  tamanho  da  fonte  deverá  ser  12  para  o  desenvolvimento  do  texto,  10 para  citações  lon-
gas (mais de três linhas), paginação, notas de ilustração, rodapé e outras notas e 14 para títu-
los. A impressão do trabalho deverá ser em cor preta. Somente poderão ser utilizadas cores para as
ilustrações.
5.2. Parágrafo.
Parágrafo –  o  texto  inicia-se  a  2,0  cm a partir da  margem  esquerda  e  não é dado espaço en-
tre um parágrafo  e outro.
Menu formatar –  Parágrafo  – Recuo – Especial de primeira linha – 2,0 cm
5.3. Espaçamento entre linhas
O texto de todo o trabalho deve ser digitado com espaçamento entrelinhas 1,5 (um e meio). As ci-
tações longas e as notas de rodapé deverão ser digitadas com espaçamento simples nas entreli-
nhas, dentro do corpo do trabalho.
Externo ao corpo do trabalho, as referências bibliográficas, as legendas de ilustrações, a ficha ca-
talográfica, as tabelas e a nota de apresentação da folha de rosto deverão ser produzidas com es-
paço simples.
Menu formatar – Parágrafo  - Espaçamento – entre linhas – 1,5

5.4 Paginação e margem
Menu arquivo - configurar página
Superior e esquerda = 3 cm
Inferior e direita = 2 cm

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55
Português Instrumental
Numeração da página
Para o trabalho a nível acadêmico, todas as folhas a partir da folha de rosto devem ser contabili-
zadas. A numeração deve ser realizada com algarismos arábicos, situada no canto superior à di-
reita da folha, a 2,0 cm a partir da borda superior e da borda direita. Em trabalhos que apresen-
tam mais volumes, deve-se manter a numeração sequencial das páginas.

5.5 Títulos das seções e subseções
Os títulos das seções e subseções precisam ser fragmentadosdos do texto  por dois espaços de
1,5cm de entrelinhas, tanto da parte anterior quanto superior do texto.
Não se pode utilizar pontuação no final do título da seção ou subseção.

6.  Ilustrações (Figuras ou fotos), gráficos e tabelas
Deverão ser inseridos sempre em uma caixa de texto

7.  Referências
Elemento  obrigatório.  É  um  conjunto  de  elementos  que  permitem  a identificação  de  publica-
ções, no todo ou em parte. Esses elementos podem ser essenciais ou complementares e são ex-
traídos do documento que estiver sendo referenciado. Os elementos essenciais são informações
indispensáveis à identificação do documento e, quando necessário, vêm acrescidos de elemen-
tos complementares (informações acrescentadas para melhor caracterizar os documentos).
Ao  final  do  trabalho,  as  identificações  de  todas  as  fontes  efetivamente utilizadas  na  realiza-
ção do trabalho serão organizadas em uma lista alfabética denominada “referências”.

Dica O embasamento teórico é muito importante para realizar o trabalho acadêmico e ser con-


siderado  científico.  Assim,  as  obras  consultadas  devem fazer  parte  das  referências  bibliográfi-
cas, pois, sem elas, o trabalho perde o caráter científico.

Bibliografias para internet


Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Glicemia. Acesso em 20/08/2013 ás 15:03h.

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

56
Português Instrumental

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

• MARTINS, Silveira. Português Instrumental;


• SAORA, Luzzato Beltrão. Correspondência;
• CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima gramática da Língua Portuguesa;
• TAKAZAKI, Heloisa Harue. Língua Portuguesa.
• Textos atuais (jornais, revistas , periódicos e outros portadores de textos.
• SAMENTO, Leila Lauar. Português: leitura, produção e gramática.
• Robson Trindade da HELLOU , Giórgia. Língua Portuguesa.
• NEGROMONTE, Ronaldo. Estratégias de sobrevivência no mundo do trabalho:10 dicas para você
vender seu peixe.
• Relação de Filmes sugeridos para intertextualização : após cada textos
• GRAMÁTICA: texto, reflexão e uso/ Willian Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. - 3.ed.
reform -São Paulo : Atual ,2008
• MARCUSHI, L. A. Gêneros textuais; constituição e práticas sociais. São Paulo; Cortez, (no prelo)
• SCHNEUWLY, B. E DOLZ, J. Os gêneros escolares – das práticas escolares aos objetos de ensino.
Revista Brasileira de Educação 11:5-6,1999.

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

57
Curso Técnico em

INFORMÁTICA
Etapa 1

MATEMÁTICA APLICADA
Matemática Aplicada

Sumário

1. CONJUNTOS .................................................................................................................................64
1.1 Conceitos de conjuntos.....................................................................................................64
1.1.1 Conjunto unitário: .........................................................................................................64
1.1.2 Conjunto vazio:..............................................................................................................64
1.1.3 Subconjuntos: ...............................................................................................................64
1.1.4 Pertinência: ...................................................................................................................65
1.1.5 Igualdade: .....................................................................................................................65
1.1.6 Desigualdade: ...............................................................................................................65
1.1.7 Complementar: .............................................................................................................65
1.3 Operações entre conjuntos: .............................................................................................66
1.3.1 Diferença de conjuntos: ................................................................................................66
1.3.2 União de Conjuntos: .....................................................................................................67
1.3.3 Intersecção de Conjuntos: ............................................................................................67

2 CONJUNTOS NUMÉRICOS .............................................................................................................68
2.1 Conjunto dos números naturais (IN) ................................................................................68
2.2 Conjunto dos números inteiros (Z) ...................................................................................69
2.3 Conjunto dos números racionais (Q) ...............................................................................69
2.4 Conjunto dos números irracionais ...................................................................................70
2.5 Conjunto dos números reais (IR) ......................................................................................71
LISTA DE EXERCÍCIOS – CONJUNTOS ......................................................................................72

3. ÁLGEBRA DAS PROPOSIÇÕES........................................................................................................75


3.1 Lógica matemática............................................................................................................75

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

60
Matemática Aplicada

3.2 Sentenças e expressões....................................................................................................75


3.3 Os princípios da lógica matemática....................................................................................76
3.3.1 PRINCÍPIO DA NÃO CONTRADIÇÃO.................................................................................76
3.3.2 PRINCÍPIO DO TERCEIRO EXCLUÍDO................................................................................76
3.4 Proposições simples e compostas......................................................................................76
3.5. Os conectivos...................................................................................................................77
3.6. Tabela verdade.................................................................................................................78
3.7 Tabelas iniciais..................................................................................................................79
LISTA DE EXERCÍCIOS – ALGEBRA DAS PROPOSIÇÕES.............................................................80

4. MEDIAS ........................................................................................................................................82
4.1 Média aritmética simples...................................................................................................82
4.2 Média ponderada.............................................................................................................82
LISTA DE EXERCÍCIOS – MÉDIA.................................................................................................84

5. REGRA DE TRÊS.............................................................................................................................87
5.1 Regra de três simples.........................................................................................................87
5.2 Regra de três composta.....................................................................................................90
LISTA DE EXERCÍCIOS REGRA DE TRÊS.....................................................................................93

6 PORCENTAGEM....................................................................................................................................... 95
6.1 Razão centesimal..................................................................................................................... 95
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS:............................................................................................................ 97
LISTA DE EXERCICÍOS – PORCENTAGEM......................................................................................... 98

7 JUROS SIMPLES..................................................................................................................................... 101
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS:.....................................................................................................103

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

61
Matemática Aplicada
LISTA DE EXERCÍCIOS – JUROS SIMPLES................................................................................104

8. PROBLEMAS LÓGICOS................................................................................................................106
EXERCÍCIOS RESOLVIDOs ......................................................................................................106
LISTA DE EXERCÍCIOS – PROBLEMAS LÓGICOS......................................................................107

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................................................... 110

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62
Matemática Aplicada

INTRODUÇÃO

“A educação é um ato de amor e, portanto, um ato de coragem. Não pode temer o de-
bate, a análise da realidade; não pode fugir à discussão criadora, sob pena de ser uma farsa.” 

Paulo Freire

Este material serve como introdução aos conceitos matemáticos, adequando-se às necessida-
des dos alunos da UTRAMIG.
Nele estão conteúdos dos níveis básico e intermediário da matemática, dos ensinos fundamen-
tal e médio. Os pontos, aqui abordados, fazem parte de um grupo de requisitos necessários à ascen-
são nos cursos oferecidos pela unidade.
Este material tem por objetivo oferecer subsídios e conhecimento básicos aos alunos que de-
les necessitam, a modo de proporcionar aos discentes a base matemática para prosseguir em seus es-
tudos. 
Os conteúdos de conjuntos, regras de três e lógica permitiram o aluno desenvolver o pensa-
mento e senso crítico, para analisar e desenvolver soluções para os problemas pertinentes no ramo
da informática.
O  material  contém  as  definições  matemáticas  de  uma  maneira  clara  e objetiva,  exem-
plos e uma série de exercícios de fixação.

CARGA HORÁRIA TOTAL DA DISCIPLINA: 40 AULAS
DISTRIBUIÇÃO DOS PONTOS

1º BIMESTRE 2º BIMESTRE
ATIVIDADES PONTUAÇÃO ATIVIDADES PONTUAÇÃO
Critério do Professor 20 pts Critério do Professor 20 pts
PROVA BIMESTRAL 10 pts Feira da Matemática 10 pts
PROVA BIMESTRAL 30 pts

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

63
Matemática Aplicada
1. CONJUNTOS
A noção de conjunto e bastante simples e fundamental na matemática, pois a partir dela po-
dem ser expressos todos os conceitos matemáticos.
Um conjunto é uma coleção qualquer de objetos. Por exemplo:  
• Conjunto dos estados da região sudeste do Brasil:
S =  {São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo}  
• Conjuntos dos números primos:
B =  {2,3,5,7,11,13...}

1.1 Conceitos de conjuntos

1.1.1 Conjunto unitário:
É aquele que tem só um elemento.
Exemplo:
C = {os meses que começam com a letra f}
C = {fevereiro}

1.1.2 Conjunto vazio:


É um conjunto que não possui elementos. O conjunto vazio é representado por  { } ou ∅. Uma pro-
priedade contraditória qualquer pode ser usada para definir o conjunto vazio.
Exemplos: {x/ x é um número natural ímpar menor do que 1}  = ∅

Pois não há número natural ímpar menor do que 1.

1.1.3 Subconjuntos:
Quando  todos  os  elementos  de um  conjunto  A  qualquer  pertencem a outro  conjunto  B, diz-
-se, então, que A é um subconjunto de B, ou seja A ⊂ B.
Observações: O conjunto vazio, por convenção, é subconjunto de qualquer conjunto, ou seja
∅⊂A
Exemplos : A =  { 1,2,3,4,5,6,7} B =  {1,2,3,4,5,6,7,8,9,10}
Podemos dizer que o conjunto A e um subconjunto do conjunto B.
Pois o conjunto A ⊂ B.

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

64
Matemática Aplicada
1.1.4 Pertinência:
a ∈ A (lê-se: a pertence ao conjunto A)
a ∉ B (lê-se: a não pertence ao conjunto B)

Exemplos: A = {0,1,2,3,4,5,6,7,...} temos,
3∈Ae–3∉A

1.1.5 Igualdade:
Dois conjuntos são iguais quando possuem os mesmos elementos.
A = B ( lê-se: conjunto A igual ao conjunto B) Exemplos: A = {1,3,5} e B =  {x/x é ímpar, positi-
vo, menor que 7}

Então temos A = B.

1.1.6 Desigualdade:
Dois conjuntos são diferentes quando existe pelo menos um elemento que pertence a um dos con-
juntos e não pertence ao outro.
A ≠ B ( lê-se: conjunto A diferente do conjunto B)
Exemplos: A = {9,11,13,...} e B =  {x/x é ímpar, positivo, maior ou igual a 7}

Então temos A ≠ B.

1.1.7 Complementar:
O conjunto complementação de B em relação a A é dado por, CAB =  A – B (condição B ⊂ A).

CAB ( lê-se: complementar de B em relação a A)

Exemplo: A =  {–4, –3, –2, –1,0} e B = {–2, –1, 0}, temos CAB =  {–4, –3}

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

65
Matemática Aplicada
SÍMBOLOS

∈ : pertence ⇒ : implica que

∉ : não pertence ⇔ : se, e somente se

⊂ : está contido ∃ : existe

⊃ : não está contido ∃: não existe

∀ : para todo (ou qualquer que


⊂ : contém
seja)


: não contém ∅ : conjunto vazio

/ : tal que

Fonte: Elaborado pelo autor

1.3 Operações entre conjuntos:

1.3.1 Diferença de conjuntos:


Dados os conjuntos A e B , define-se como diferença de conjunto ou conjunto representa-
do por A-B, nesta ordem, formado por todos os elementos pertencentes ao conjunto A e que não per-
tence ao conjunto B, ou seja,
A – B = {x/x ∈ A x ∉ B)

Exemplos: A = {4,5,6,7,8,9,} B = {6,7,8,9} , então A – B = {4,5}

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66
Matemática Aplicada

1.3.2 União de Conjuntos:


Dados os conjuntos A e B, define-se como união dos conjuntos A e B ao conjunto representado
por A ∪ B, formado por todos os elementos pertencentes a A ou B, ou seja:
A ∪ B = {x/x ∈ A ou x ∈ B}

A∪B

Exemplos : A = {3,6} B = {5,6} , então A ∪ B = {3,5,6}

1.3.3 Intersecção de Conjuntos:


Dados os conjuntos A e B, define-se como intersecção dos conjuntos A e B ao conjunto repre-
sentado por A ∩ B , formado por todos os elementos pertencentes a A e B, simultaneamente, ou seja:
A ∩ B = {x/x ∈ A ou x ∈ B}

A∩B

Exemplos : A = {3,6,9} B = {3,4,5,6} , então = {3,6}

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67
Matemática Aplicada
SÍMBOLOS DAS OPERAÇÕES:

2 CONJUNTOS NUMÉRICOS
2.1 Conjunto dos números naturais (IN)

IN = {0, 1, 2, 3, 4, 5,...}

Um subconjunto que é importante de IN é o conjunto IN*:


IN* = {1, 2, 3, 4, 5,...} → o zero foi excluído do conjunto IN.
Podemos considerar o conjunto dos números naturais dispostos sobre uma reta, como mos-
tra o gráfico abaixo:

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68
Matemática Aplicada

2.2 Conjunto dos números inteiros (Z)

Z = {..., –3, –2, –1, 0, 1, 2, 3,...}

O conjunto IN consiste no subconjunto de Z.

Temos também outros subconjuntos de Z:

Z* = Z–{0}

Z+ = conjunto dos inteiros não negativos = {0,1,2,3,4,5,...}

Z_ = conjunto dos inteiros não positivos = {0, –1, –2, –3, –4, –5,...}
Note que Z+ = IN.
Podemos considerar os números inteiros dispostos sobre uma reta, conforme mostra o gráfi-
co abaixo:

2.3 Conjunto dos números racionais (Q)

Os números racionais são todos os valores que podem ser dispostos na forma fracioná-
ria (com o numerador ∈ Z e denominador ∈ Z*). Ou seja, o conjunto dos números racionais nada mais
é do que a junção do conjunto formado pelos nueros inteiros com as frações positivas e negativas.
Exemplos:

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

69
Matemática Aplicada
Assim, podemos escrever:

6
Q = {x | x = , com a ∈ Z , b ∈ Z e b ≠ 0}

6
É importante considerar a representação decimal de um número racional, que se obtém di-
vidindo a por b.
Exemplos de decimais exatos ou finitos:

Exemplos de decimais periódicos ou infinitos:

Todo decimal exato ou periódico pode aparecer sob a forma de número racional.

2.4 Conjunto dos números irracionais


Os números irracionais correspondem a decimais infinitos não periódicos, ou seja, os núme-
ros que não podem ser representados na forma de fração (divisão de dois inteiros). Como exem-
plo de números irracionais, é possivel citar a raiz quadrada dos números primos : 2 = 1,4142135..

5 = 1,4142135...

x2p = 1,7320508..
Um número irracional bastante conhecido é o número π = 3,1415926535..

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

70
Matemática Aplicada
2.5 Conjunto dos números reais (IR)
Dados os conjuntos dos números racionais (Q) e dos irracionais, o conjunto dos números reais
pode ser definido como:

IR = Q ∪ {irracionais} = {x|x é racional ou x é irracional}

O diagrama abaixo representa a relação entre os conjuntos numéricos:

Portanto, os números naturais, inteiros, racionais e irracionais são em sua totalidade núme-
ros reais. Como subconjuntos importantes de IR temos:
IR* = IR-{0}
IR+ = conjunto dos números reais não negativos.
IR_ = conjunto dos números reais não positivos.
Obs.: Entre dois números inteiros existem infinitos números reais. Por exemplo:
• Entre os números 1 e 2 existem infinitos números reais: 1,01 ; 1,001 ; 1,0001 ; 1,1 ; 1,2 ;
1,5 ; 1,99 ; 1,999 ; 1,9999 ...
• Entre os números 5 e 6 existem infinitos números reais: 5,01 ; 5,02 ; 5,05 ; 5,1 ; 5,2 ; 5,5 ;
5,99 ; 5,999 ; 5,9999 ..

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

71
Matemática Aplicada

LISTA DE EXERCÍCIOS – CONJUNTOS

1) Utilizar os símbolos ∈ ou ∉, relacionando os elementos com os conjuntos A =  {a, e, i, o, u} e 


B =  {b, c, d, f, g}.
a) a ......A
b) u...... B
c) c...... B
d) d...... A

2) Sendo A  =  {3, 4, 5, 6, 7} e B  =  {5, 6, 7, 8, 9 ...}, determine:


a) A ∪ B
b) A ∩ B
c) A – B

3) São dados os conjuntos:
A  =  {x ∈ N / x é ímpar},
B  =  {x ∈ Z / – 3 ≤ x < 4},
C  =  {x ∈ Ζ / x < 6}.

Calcule:
a) (A∩B) ∪ (B∩C)  =
b) (A∩C) ∪ B  =

4) No diagrama, a parte hachurada representa:

a) (E ∩ F ) ∩ G
b) (E ∩ G)
c) G ∩ (E ∪ F)
d) (E ∩ F) ∪ (F ∩ G)
e) (E ∪ F) ∪ G

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72
Matemática Aplicada
5) Considerando três conjuntos A, B, e C. Representa as seguintes situações:
a) A ∩ B ∩ C A ∩ B ∩ C
b) A ∪ B ∪ C A ∪ B ∪ C
c) A ∪ B ∩ C A ∪ B ∩ C
d) A ⊂ B B ⊂ C assim como A ⊂ B

6) A diferença A – B, sendo A = {x ∈ R I – 4 < x < 3} e B = {x ∈ R I –2 < x < 5) é igual a:


a) {x ∈ R I – 4 < x < –2}
b) {x ∈ R I – 4 < x < –2}
c) {x ∈ R I 3 < x < 5}
d) {x ∈ R I 3 < x < 5}
e) {x ∈ R I – 2 < x < 5}

7) Em uma escola, 100 alunos  praticam vôlei, 150 futebol, 20 os dois  esportes e 110 alunos,  ne-


nhum esporte. O número total de alunos é.

8) Em uma classe 30 alunos acertaram a primeira questão de uma prova e 25 alunos acertaram a se-
gunda questão dessa prova. A prova continha apenas duas questões e todos os alunos da clas-
se acertaram pelo menos uma questão.
a) Qual é o máximo de alunos que essa classe pode ter? Em qual situação?
b) Qual é o mínimo de alunos que essa classe pode ter? Em qual situação?

9) Numa prova constituída de dois problemas, 300 alunos acertaram somente um deles, 260 o se-
gundo, 100 alunos acertaram os dois e 210 erraram o primeiro, quantos alunos fizeram a prova?

10) Numa pesquisa feita com 1000 famílias para verificar a audiência dos programas de televisão, os
seguintes resultados foram encontrados: 510 famílias assistem ao programa A, 305 ao programa
Be 386 assistem ao programa C. Sabe-se ainda que 180 famílias assistem aos programas A e B,
60 assistem aos programas B e C, 25 assistem aos programas A e , e 10 famílias assistem aos três
programas .
a) Quantas famílias não assistem a nenhum desses programas?
b) Quantas famílias assistem somente ao programa A?
c) Quantas famílias não assistem nem ao programa A nem ao programa B?

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73
Matemática Aplicada
11) Dado os conjuntos:
A = {0; 1; 2}, B = {1; 2; 5} e C = {0; 1; 2; 3; 4; 5}, determinar:
a) A ∪ B ∪ C
b) A ∩ B ∩ C
c) (A – B) ∩ C
d) A ∪ (B – C)

12) Um conjunto A tem 13 elementos, A ∩ B tem 8 elementos e A ∪ B tem 15 elementos. Qual o nú-


mero de elementos do conjunto B?

13) Dados U = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6 7}, A = {0, 2, 5}, B = {1, 3, 5, 7} e E = {2, 4, 6}, determine:
a) Cu A
b) CuE

14) Analise as afirmativas a seguir:
5
I– 6 é maior do que .
2
II – 0,555... é um número racional.
III – Todo número inteiro tem antecessor.
a) Se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
b) Se somente a afirmativa II estiver correta.
c) Se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
d) Se somente a afirmativa I estiver correta.
e) Se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

15) Classifique as afirmações a seguir em verdadeira (V) ou falsa (F), Justificando as falsas com um exem-


plo numérico:
a) Todo número inteiro é racional. (___)
b) (NUZ)∩(Q U R)  =  Z (___)
c) Entre dois números racionais existe sempre outro número racional. (___)
d) Todo número racional é natural. (___)

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74
Matemática Aplicada
16) Representar os seguintes conjuntos por extensão de seus elementos:
a) A = {x ∈ N/ x < 6)
b) B = {x ∈ Z / – 4 x < x < 2}
c) B = { x ∈ I / 6 < x < 20}
d) B = { x ∈ I / x < 2}
e) B = {x ∈ Z / x < 2}
f) B = {x ∈ Z / –6 < X < 6}

3. ÁLGEBRA DAS PROPOSIÇÕES


3.1 Lógica matemática
É o conjunto das teorias lógicas elaboradas durante o século XIX, usando uma simbologia con-
vencional e um método dedutivo rigoroso.
Alguns autores definem, a lógica como sendo a “ciências das leis do pensamento”. É uma ciência
do raciocínio que estuda as relações formais entre as proposições.
Proposições são denominadas premissas ou conclusões. Georg Boole (1815-1864) foi o criador
da lógica matemática.

3.2 Sentenças e expressões


Segundo a definição sentença é o agrupamento de palavras ou simbolos que transmitem um
conhecimento logico e complete.
Podemos ter dois tipos de sentenças, abertas e fechadas. Uma sentença aberta é ocorre quando
tempos uma sentença onde existem mais de um valor que a satisfaça e admitem um julgamento, falso
ou verdadeiro, dependendo do valor dado a variável.
EX:
• x² + 3 = 7 (exites valores que a tornam verdadeira e falsa, vai depender do valor atribuido
por x)
• O Aluno passou de ano. (é outro caso onde aluno é uma variavel, e dependendo do aluno
atribuido a sentença pode ser verdadeira ou falsa).

Ja uma sentença é dita fechada quando so adimite um único julgamento, é verdadeira ou falsa.
Quando uma sentença é fechada as chamamos de proposições.

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75
Matemática Aplicada
EX:
• 4+ 6 = 15 (falsa)
• O sol é amarelo. (verdadeira)
Expressões segundo a definição é qualquer frase que por não haver um sentido complete, geral-
mente logico, não podemos chegar auma conclusão de verdadeiro ou falso.
EX.:
• Dia!
• x³ + 23
• Azul

3.3 Os princípios da lógica matemática

3.3.1 PRINCÍPIO DA NÃO CONTRADIÇÃO


Uma proposição não pode ser verdadeira e falsa ao mesmo tempo.

3.3.2 PRINCÍPIO DO TERCEIRO EXCLUÍDO


Não ah outra alternative para a preposição alem de verdadeira ou falsa.
De acordo com o que foi visto nos princípios acima, uma proposição, só pode ter um e apenas
um dos valores verdadeiro ou falso. Essa conclusão de verdadeiro (V) ou falso (F) é conhecido como o valor
lógico da proposição e indicaremos com como V(preposição).
Temos que as proposições são indicadas por letras minúsculas. Assim tendo uma preposição “p” dire-
mos que V(p) = V se o resultado logico for verdadeira ou V(p) = F se p for falsa.
Ex.:
• p: 3 é primo. (Temos que V(p) = V).
• q: 5 é maior que 2. (Temos que V(q) = F).
• r: A Lua é maior que a Terra. (Temos que V(r) = F).
• s: 14 é par. (Temos que V(s) = V).

3.4 Proposições simples e compostas


Uma proposição é considerada simples quando é representada de forma única, e são frases
formadas por uma única oração.

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76
Matemática Aplicada
Ex.:
• p: Marta é estudiosa;
• q: 24 + 3 < 22.
As proposições compostas são formadas por duas ou mais proposição simples. Proposições
compostas são indicadas por letras maiúsculas.
Tendo duas preposições simples p e q a formação composta dela indicamos por P(p,q) .
Ex.:
• P: A raiz quadrada de 9 é 3 e 12 é múltiplo de 3.
• R: 7 é impar e primo.
A preposição R é composta pelas presosição simples p: 7 é impar e q: 7 é primo.
67

3.5. Os conectivos
As proposições lógicas podem ser combinadas através dos operadores lógicos ^, →, ↔, e ~ que
conhecidos como conectivos. 
Na Lógica Matemática, temos varios conectivos e para enterdemos iremos usar duas preposição
P e Q para ajudar no entedimento:
• Conectivo de conjunção: simbolizado por ^.
Esse conectivo liga duas ou mais proposições simples pelo conectivo  que se ler “e”. O resulta-
do dessa união somente será verdadeiro se as duas proposições (P e Q) forem verdadeiras.
• Conectivo de disjunção: simbolizado por v.
Liga duas ou mais proposições simples pelo conectivo v que se ler “ou”. O resultado será verda-
deiro se pelo menos uma das proposições (P e Q) for verdadeira.
• Conectivo de disjunção exclusiva: simbolizado por v
Liga duas ou mais proposições simples pelo conectivo que se ler “ou”. Mais na disjunção
exclusiva, as duas proposições jamais poderam ocorrer ao mesmo tempo. Ou seja somente uma das
proposição pode ter o valor logico V.
Conectivo de condicional: simbolizado por →.
Liga duas ou mais proposições simples pelo conectivo v que se ler “Se … então …”.
Nesta estrutura temos que destacar os seguintes termos suficiente e necessário. O que esta a
esquerda da seta é sempre condição suficiente e o que está à direita é sempre condição necessária.
(p → q). nesse caso a condicional só será falsa se o suficiente for suficiente q for falso e o necessário
p for verdadeiro.

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77
Matemática Aplicada
• Conectivo de bicondicional: simbolizado por ↔ .
Liga duas ou mais proposições simples pelo conectivo ↔ que se ler “… se e somente se …”.A
Bicondicional também expressa uma condição suficiente e necessária.
Nesse caso o valor logivo resultante só será falso se o valor logico do suficiente for diferente do
necessária.
• Conectivo de negação: símbolozado por ~.
Usada para gerar outra preposição com o valor oposto da preposição utilizada pelo simbolo ~
antes da preposição ~P que se ler “não P” ou “negação de P”.

3.6. Tabela verdade


Toda proposição derivada de proposições simples tem seu valor lógico que depende exclusivamente
dos valores lógicos das proposições primitivas. (FERREIRA, Cesário, Ricardo. Introdução a Logica.

Em: <http:// http://cesariof.xpg.uol.com.br/logica/alglog_6.htm>. Acesso em: 26 de dezembro de 2015).

Para obter os valores lógicos de uma proposição derivada recorremos a um algoritmo denomina-
do tabela verdade no qual figuram todos as possíveis combinações dos valores lógicos das proposições
primitivas.

(FERREIRA, Cesário, Ricardo. Introdução a Logica. Em: <http:// http://cesariof.xpg.uol.com.br/logica/alglog_6.


htm>. Acesso em: 26 de dezembro de 2015).

Dessa forma o algoritmo é construído de acordo com a imagem abaixo:


Para uma proposição Para duas proposições Para três proposições

Fonte: Site Meu Mundo - cesariof.xpg.uol.com.br Disponível em: http://cesariof.xpg.uol.com.br/logica/ia_6.gif;.


Acesso em dezembro de 2015.
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78
Matemática Aplicada
O número de linhas é determinado pelo número de arranjos com repetição de dois elementos
tomados “n” a “n” onde “n” é o número de proposições combinadas, que é (AR)2n = 2 n . (FERREIRA,
Cesário, Ricardo. Introdução a Logica.

Em: <http:// http://cesariof.xpg.uol.com.br/logica/alglog_6.htm>. Acesso em: 26 de dezembro de 2015).

No caso de 4 proposições, usando a formula acima a tabela verdade terá 24 que terá um total de
16 linhas.

3.7 Tabelas iniciais

Fonte: Site Meu Mundo - cesariof.xpg.uol.com.br. Disponível em: http://cesariof.xpg.uol.com.br/logica/ia_7.gif;.


Acesso em dezembro de 2015

Negação: Disjunção: Disjunção exclusiva:

Conjunção: Condicional: Bicondicional:

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79
Matemática Aplicada

LISTA DE EXERCÍCIOS – ALGEBRA DAS PROPOSIÇÕES


1. (CESPE/2012 - Concurso TRE do Rio de Janeiro)
Se as proposições “Eu não registrei minha candidatura dentro do prazo” e Não poderei concorrer
a nenhum cargo nessas eleições” forem falsas, também será falsa a proposição P, independente-
mente do valor lógico da proposição “Eu serei barrado pela lei da ficha limpa”.
a) Certo.
b) Errado.

2. Considere as proposições p: Pedro é italiano e q: Pedro é brasileiro.


Represente simbolicamente as proposições:
a) Pedro é italiano ou Pedro é brasileiro. (cuidado).
b) Pedro é italiano e Pedro é brasileiro.
c) Pedro é italiano e Pedro não é brasileiro.
d) Não é verdade que (Pedro é italiano e Pedro não é brasileiro).

3. Sejam as proposições p: 19 é um número primo e q: 12 é um número par. Traduza em palavras as


sentenças:
a) p ^ q b) p v q c) p → q d) p v q e) p ↔ q
f) ~( p ^ q) g) ~p ^ q h) ~(p v q) i) ~~p j) ~(~p v ~q).

4. Sejam as proposições p: 2 < x < 7 e q: x2 + 1 < 50. Traduza em palavras as sentenças:


a) p ^ q b) p v q c) p → q d) p v q e) p ↔ q
f) ~(p ^ q) g) ~p ^ q h) ~(p v q) i) ~~p j) ~(~p v ~q).

5. Dê o valor lógico das seguintes proposições:


a) A Lua é um satélite da Terra e o planeta Vênus gira em torno da Terra.
b) Uma estrela tem luz própria ou o sol é um planeta.
c) Se 3 é par então 3 + 1 é impar.
d) Se 3 é par então 5 é par.
e) 4 + 3 = 5 se e somente se 4 = 2 + 2.
f) Santos Dumont inventou o avião ou Cabral descobriu o caminho para as Índias.

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80
Matemática Aplicada
6. Dê o valor lógico das seguintes proposições:
a) p ^ q, se V(p) = F e V(q) = F.
b) p v q, se V(p) = F e V(q) = F.
c) p → q, se V(p) = F e V(q) = F.
d) p ↔ q, se V(p) = F e V(q) = F.
e) p ↔ q, se V(p) = V e V(q) = F.
f) p ^ q, se V(p) = V e V(q) = F.
g) p → q, se V(p) = V e V(q) = F.
h) p ↔ q, se V(p) = V e V(q) = F
i) p ^ q, se V(p) = F e V(q) = V.
j) p v q, se V(p) = F e V(q) = V.
k) p → q, se V(p) = F e V(q) = V.
l) p ↔ q, se V(p) = F e V(q) = V.
m) p ^ q, se V(p) = V e V(q) = V.
n) p v q, se V(p) = V e V(q) = V.
o) p → q, se V(p) = V e V(q) = V.
p) ~p se V(p) = F.

7. Enumere os elementos de cada conjunto dado simbolicamente por sua característica:


a) B = { x ∈ N / x2 = 4}
b) C = { x ∈ Z / 5 x – 4 = 0}
c) D = { x ∈ Q / 5x – 4 = 0}
d) B = { x ∈ Z / x2 – 144 = 0}

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81
Matemática Aplicada
4. MÉDIAS
4.1 Média aritmética simples
A média aritmética simples também é conhecida apenas por média. É a medida de posição mais
utilizada e a mais intuitiva de todas. Ela está tão presente em nosso dia-a-dia que qualquer pessoa
entende seu significado e a utiliza com frequência. A média de um conjunto de valores numéricos é
calculada somando-se todos estes valores e dividindo-se o resultado pelo número de elementos
somados, que é igual ao número de elementos do conjunto, ou seja, a média de n números é sua soma
dividida por n.
Exemplo: Três processadores possuem a velocidade de 10GHz, 3,3 GHz e 1,7Hz. Os três tra-
balham em conjunto para realizar uma operação e a velocidade resultante é a media simples das
velocidades dos processadores. Calcule esta velocidade.

V1 = 10GHz
V2 = 3,3GHz
V3 = 1,7GHz

V 1 + V2 + V3 10GHz + 3,3GHz + 1,7GHz
Vmédia = --------------------------------------- = -----------------------------------------------------
Nº de processadores 3

Vmédia = 5GHz

4.2 Média ponderada


Nos cálculos envolvendo média aritmética simples, todas as ocorrências têm exatamente a mes-
ma importância ou o mesmo peso. Dizemos então que elas têm o mesmo peso relativo. No entanto,
existem casos onde as ocorrências têm importância relativa diferente. Nestes casos, o cálculo da mé-
dia deve levar em conta esta importância relativa ou peso relativo. Este tipo de média chama-se média
aritmética ponderada.
Ponderar é sinônimo de pesar. No cálculo da média ponderada, multiplicamos cada valor do
conjunto por seu “peso”, isto é, sua importância relativa.

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Matemática Aplicada
DEFINIÇÃO DE MÉDIA ARITMÉTICA PONDERADA:
A média aritmética ponderada xp de um conjunto de números x1, x2, x3, ..., xn cuja importância
relativa (“peso”) é respectivamente p1, p2, p3, ..., pn é calculada da seguinte maneira:

xp =

EXEMPLO: Alcebíades participou de um concurso, onde foram realizadas provas de Português,


Matemática, Biologia e História. Essas provas tinham peso 3, 3, 2 e 2, respectivamente. Sabendo que
Alcebíades tirou 8,0 em Português, 7,5 em Matemática, 5,0 em Biologia e 4,0 em História, qual foi a
média que ele obteve?

xp =

Portanto a média de Alcebíades foi de 6,45.

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83
Matemática Aplicada

LISTA DE EXERCÍCIOS – MÉDIA

1. Numa empresa com 20 funcionários, a distribuição dos salários está representada no quadro abai-
xo. Qual é o salário médio dos empregados dessa empresa?

Nº de empregados Salário

12 R$ 800,00
5 R$ 1 200,00
3 R$ 2 000,00

2. Certo comerciante mistura 20, 30 e 50 sacas de arroz, cujos preços são R$ 30,00, R$ 40,00 e
R$ 50,00 por saca, respectivamente. Quanto vale uma saca dessa mistura?

3. Em um grupo de pessoas as idades são 10, 12, 14 e 15 anos. Se uma pessoa de 19 anos se juntar
ao grupo, a média de idade do grupo:
a) permanece amesma
b) diminui de um ano
c)aumenta menos de um ano
d) aumenta mais de um ano

4. Um litro de vinho tipo A custa R$ 8,00 e um litro de vinho tipo B custa R$15,00. Misturando 5 litros
de vinho tipo A com 2 litros de vinho tipo B, obtemos um terceiro tipo de vinho. Quanto vale o litro
de vinho dessa mistura?

5. Júlio fará 4 avaliações entre trabalhos e provas neste semestre, precisa garantir média 8,0 para
ser aprovado. Ele já fez um trabalho cuja nota foi 9,5 e duas provas cujas notas também foram 8,0
e 7,5. Falta apenas um trabalho para ser feito, mas as provas têm peso 3 e os trabalhos peso 2, qual
deve ser a nota mínima que deverá tirar neste trabalho para garantir a média?

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84
Matemática Aplicada
6. (Fuvest-SP) A distribuição dos salários de uma empresa é dada na tabela a seguir. Determinar a
média salarial dessa empresa.

7. (UnB) Numa turma, com igual número de moças e rapazes, foi aplicadauma prova de Matemática.
A média aritmética das notas das moças foi 9,2e a dos rapazes foi 8,8. Qual a média aritmética de
toda a turma nessa prova?
a) 8,9.
b) 7.
c) 9.
d) 9,2.
e) 9,1.

8. (Fuvest-1999) A distribuição das idades dos alunos de uma classe é dada pelo seguinte gráfico:

Qual das alternativas representa melhor a média de idades dos alunos?


a) 16 anos e 10 meses.
b) 17 anos e 1 mês.
c) 17 anos e 5 meses.
d) 18 anos e 6 meses.
e) 19 anos e 2 meses.
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85
Matemática Aplicada
9. (Vunesp-SP) Num concurso vestibular para dois cursos A e B, compareceram 500 candidatos para o
curso A e 100 candidatos para o curso B. Na prova de matemática, a média geral, considerando
os dois cursos, foi 4,0. Mas, considerando apenas os candidatos ao curso A, a média cai para 3,8. A
média dos candidatos ao curso B, na prova de matemática, foi:
a) 4,2 b) 5,0 c) 5,2 d) 6,0 e) 6,2

10. O histograma apresenta a distribuição de frequência das faixas salariais numa pequena empresa.

Com os dados disponíveis, pode-se concluir que a média desses salários é, aproximadamente:
a)R$420,00
b)R$536,00
c) R$ 562,00
d) R$ 640,00
e) R$ 708,00

11. (Fuvest-SP) Uma prova continha cinco questões, cada uma delas valendo 2 pontos. Em sua corre-
ção, foram atribuídas a cada questão apenas as notas 0 ou 2, caso a resposta estivesse, respecti-
vamente, errada ou certa. A soma dos pontos obtidos em cada questão forneceu a nota da prova de
cada aluno.
Ao final da correção, produziu-se a seguinte tabela, contendo a porcentagem de acertos em cada
questão:

Logo, a média das notas da prova foi:


a) 3,8 b) 4,0 c) 4,2 d) 4,4 e) 4,6

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86
Matemática Aplicada
12.( Faap-SP) Nas eleições realizadas no 1o turno em todo o país no dia 3 de outubro de 1996, inau-
gurou-se o voto eletrônico. Numa determinada seção eleitoral, cinco eleitores demoraram para
votar, respectivamente: 1min04s, 1min32s, 1min12s, 1min52s e 1min40s. A média aritmética do
tempo de votação (em minutos e segundos) desses eleitores foi:
a)1min28s
b)1min58s
c) 1min
d) 1min04s
e) 2min04s

5. REGRA DE TRÊS
Regra de três é o processo destinado a resolver problemas que envolvam grandezas diretamente
ou inversamente proporcionais.

5.1 Regra de três simples


Se temos quatro valores diretamente ou inversamente proporcionais podemos e sabemos três
deles podemos usar a regra de três simples para encontrar o valor desconhecido.

Passos para montar o problema e resolver facilmente:


1º) Criar uma tabela e agrupar as grandezas do mesmo tipo na mesma coluna.
2º) Identificar se as grandezas são diretamente ou inversamente proporcionais.
3º) Montar a equação assim: se as valores forem diretamente proporcionais, multiplicamos os
valores em cruz, isto é, em forma de X. Se os valores forem inversamente proporcionais,
invertemos os valores para ficarem diretamente proporcional.

Exemplos:
1. Vamos supor que temos dois litros de água e neles foram misturados 150 gramas de certa
substância para se obter uma mistura homogênea. Calcule quantos gramas deverão ser
adicionadas em 1,2 litros de água para que a mistura continue no padrão homogênea.

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87
Matemática Aplicada
Montando a tabela:

Litros de Água Substância(g)


2 150
1,2 x

Identificação do tipo de relação:

Litros de Água Substância(g)


2 150
1,2 x

Observe que diminuendo a quantidade de agua, a quantidade da substância também diminui.


Obervando que ambas vão diminuir de valor podemos afirmar que são diretamente proporcio-
nais.

2 150
=
1, 2 x
2x = 180
180
x=
2

x = 90 gramas.

Temos que a quantidade degramas necessária será 90 gramas.

2. Uma motocicleta, numa velocidade constante de 40 Km/h percorre um percurso em 8 ho-


ras. Se a velocidade fosse de 120 KM/h, em quantas horas seria feito o mesmo percurso?

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88
Matemática Aplicada
Montando a tabela:

Velocidade Km/h Tempo (horas)


40 9
120 x

Identificação do tipo de relação:

Velocidade Km/h Tempo (horas)


40 9
120 x

Obervando podemos ver que aumentando a velocidade o tempo irá diminuir, assim podemos afir-
mar que os valores são inversamente proporcionais. Nesse caso devemos inverter a coluna da veloci-
dade.

Velocidade Km/h Tempo (horas)


120 9
40 x

120 9
=
40 x
120x = 360
360
x=
120
x = 3 horas

Temos que o tempo desse percurso seria de 3 horas.

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89
Matemática Aplicada
3) Uma equipe para construir uma casa de 100m² são necessários 3 dia. Quantos dias serão
necessários para construir uma casa de 250m² pela mesma equipe?

Montando a tabela:

Tamanho Casa m2 Dias


100 3
250 x

Identificação do tipo de relação:

Tamanho Casa m2 Dias


100 3
250 x

Observe que aumetando o tamanho da casa, a quantidade de dias também aumentaram.


Obervando que ambas vão aumentar de valor podemos afirmar que são diretamente proporcio-
nais.

100 3
=
250 x
100x = 750
750
x=
100
x = 7, 5 dias

5.2 Regra de três composta


A regra de três composta é utilizada em situações de comparação proporcional envolvendo três
ou mais valores e o processo de resolução parte do princípio resolutivo da regra de três simples.
Depois da leitura do problema devemos relacionar as grandezas da situação, para isso monta-
remos uma tabela completando com uma incógnita o termo a ser calculado, analisando as grandezas
diretamente e inversamente proporcionais em comparação à grandeza representada pela incógnita.

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

90
Matemática Aplicada
Exemplos:
1) Um trabalhador, trabalhando 8 horas por dia, durante 14 dias, recebeu R$ 2.100,00. Se tra-
balhar 4 horas por dia, durante quantos dias ele deve trabalhar para receber R$ 2.700,00?

Montando a tabela.

Horas Trabalhadas Dias Salario

8 14 2.100,00

6 x 2.700,00

Identificação dos tipos de relação:

Horas Trabalhadas Dias Salario

8 14 2.100,00

6 x 2.700,00

14 6 2.100, 00
= .
x 8 2.700, 00
14 12.600, 00
=
x 21.600, 00
12.600x = 302400
302400
x=
12600
x = 24

Logo, serão necessários 24 dias.

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91
Matemática Aplicada
2) Seis torneiras despejam 10.000 litros de água em uma caixa em 10 horas. Em quanto tempo 12
torneiras despejarão 12.000 litros de água?

Montando a tabela.

Litrros de água Horas Torneiras

10.000 10 6

12.000 x 12

Identificação dos tipos de relação:

Litrros de água Horas Torneiras

10.000 10 6

12.000 x 12

10 12 10.000
= .
x 6 12.000
10 120.000
=
x 72.000
120.000x = 720.000
720.000
x=
120.000
x=6

Logo, serão necessario 6 horas.

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92
Matemática Aplicada

LISTA DE EXERCÍCIOS REGRA DE TRÊS

1) Três torneiras enchem uma piscina em 10 horas. Quantas horas levarão 10 torneiras para encher 2
piscinas?

2) Uma equipe composta de 15 homens extrai, em 30 dias, 3,6 toneladas de carvão. Se for aumenta-
da para 20 homens, em quantos dias conseguirão extrair 5,6 toneladas de carvão?

3) Vinte operários, trabalhando 8 horas por dia, gastam 18 dias para construir um muro de 300m.
Quanto tempo levará uma turma de 16 operários, trabalhando 9 horas por dia, para construir um
muro de 225m?

4) Um caminhoneiro entrega uma carga em um mês, viajando 8 horas por dia, a uma velocidade mé-
dia de 50 km/h. Quantas horas por dia ele deveria viajar para entregar essa carga em 20 dias, a
uma velocidade média de 60 km/h? Resposta: 10 horas por dia.

5) Com certa quantidade de fio, uma fábrica produz 5400m de tecido com 90cm de largura em 50
minutos. Quantos metros de tecido, com 1 metro e 20 centímetros de largura, seriam produzidos
em 25 minutos?

6) Para esvaziar um compartimento com 700m3 de capacidade, 3 ralos levaram 7 horas para fazê-lo.
Se o compartimento tivesse 500m3 de capacidade, ao utilizarmos 5 ralos quantas horas seriam
necessárias para esvaziá-lo?

7) Duas costureiras trabalhando 3 dias, 8 horas por dia, produzem 10 vestidos. Se 3 costureiras tra-
balharem por 5 dias, quantas horas ela precisarão trabalhar por dia para produzirem 25 vestidos?

8) Seis galinhas botam 30 ovos em 5 dias. 20 galinhas botarão quantos ovos em 10 dias?

9) Uma família com 2 duas pessoas consome 12m3 de água a cada 30 dias. Se mais uma pessoa com
os mesmos hábitos de consumo se juntar a ela, quantos metros cúbicos de água eles consumirão
em uma semana?

10) Um grupo de 10 trabalhadores descarregam 210 caixas de mercadoria em 3 horas. Quantas horas
25 trabalhadores precisarão para descarregar 350 caixas?

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93
Matemática Aplicada
11) Três caminhões transportam 200m³ de areia. Para transportar 1600m³ de areia, quantos cami-
nhões iguais a esse seriam necessários?

12) A comida que restou para 3 náufragos seria suficiente para alimentá-los por 12 dias. Um deles
resolveu saltar e tentar chegar em terra nadando. Com um náufrago a menos, qual será a duração
dos alimentos?

13) Para atender todas as ligações feitas a uma empresa são utilizadas 3 telefonistas, atendendo cada
uma delas, em média, a 125 ligações diárias. Aumentando-se para 5 o número de telefonistas,
quantas ligações atenderá diariamente cada uma delas em média?

14) Um pintor, trabalhando 8 horas por dia, durante 10 dias, pinta 7.500 telhas. Quantas horas por dia
deve trabalhar esse pintor para que ele possa pintar 6.000 telhas em 4 dias?

15) Em uma disputa de tiro, uma catapulta, operando durante 6 baterias de 15 minutos cada, lança
300 pedras. Quantas pedras lançará em 10 baterias de 12 minutos cada?

16) Dez guindastes móveis carregam 200 caixas num navio em 18 dias de 8 horas de trabalho. Quan-
tas caixas serão carregadas em 15 dias, por 6 guindastes, trabalhando 6 horas por dia?

17) Com a velocidade de 75 Km/h, um ônibus faz um trajeto em 40 min. Devido a um congestiona-
mento, esse ônibus fez o percurso de volta em 50 min. Qual a velocidade média desse ônibus?

18) Sabendo que os números a, 12 e 15 são diretamente proporcionais aos números 28, b e 20, deter-
mine os números a e b.

19) Uma tábua com 1,5 m de comprimento foi colocada na vertical em relação ao chão e projetou
uma sombra de 53 cm. Qual seria a sombra projetada no mesmo instante por um poste que tem
10,5 m de altura?

20) Certa quantidade de suco foi colocado em latas de 2 litros cada uma, obtendo-se assim 60 latas.
Se fossem usadas latas de 3 litros, quantas latas seriam necessárias para colocar a mesma quanti-
dade de suco?

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94
Matemática Aplicada
6. PORCENTAGEM
É constante a utilização de expressões que passam adições ou reduções em números, quantida-
des, ou preços sempre tendo por base 100 unidades.
Alguns exemplos:
A gasolina aumentou 15%.
Quer dizer que em cada R$100 ocorreu um acréscimo de R$15,00.
O cliente recebeu um desconto de 10% nas mercadorias que comprou.
Quer dizer que em cada R$100 foi dado um desconto de R$10,00.
Dos atletas que fazem parte do Grêmio, 90% são craques.
Quer dizer que em cada 100 jogadores que fazem parte do Grêmio, 90 são craques.

6.1 Razão centesimal


Toda a razão que apresenta para consequente o número 100 é chamada de razão centesimal.
Alguns exemplos:
7 6 25 210
. . .
100 100 100 100

Podemos representar uma razão centesimal de outras maneiras:

As expressões 7%, 16% e 125% são denominadas taxas centesimais ou simplesmente taxas per-
centuais.
Considere o seguinte problema:
João vendeu 50% dos seus 50 cavalos. Quantos cavalos ela vendeu?
Para solucionar esse problema é preciso aplicar a taxa percentual (50%) sobre o total de cavalos.
50 2500
50% de 50 = . 50 = = 25 cavalos
100 100

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

95
Matemática Aplicada
Logo, ela vendeu 25 cavalos, que corresponde a porcentagem desejada.
Portanto, chegamos a seguinte definição:

Porcentagem consiste no valor obtido quando uma taxa percentual é aplicada


a um determinado valor.

Exemplos:
Calcular 10% de 300.
10
10% de 300 = . 3 00 = 30
1 00

Calcular 25% de 200kg.
25
25% de 200 = . 2 00 = 50
1 00

Logo, 50kg é o valor correspondente à porcentagem procurada.

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96
Matemática Aplicada

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS:

1)  Um jogador de futebol, ao longo de uma campeonato, cobrou 75 faltas, transformando em gols
8% dessas faltas. Quantos gols de falta esse jogador fez?

8 600
8% de 75 = . 75 = =6
100 100

Portanto o jogador fez 6 gols de falta.

2) Se eu comprei uma ação de um clube por  R$250,00 e a revendi por R$300,00, qual a taxa percen-


tual de lucro obtida?
Montamos uma equação, onde somando os R$250,00 iniciais com a porcentagem que aumentou
em relação a esses R$250,00, resulte-nos R$300,00.
x
250 + 250 . = 300
100
25x = 300 − 250
50
x=
25
x = 20

Portanto, a taxa percentual de lucro foi de 20%.

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97
Matemática Aplicada

LISTA DE EXERCICÍOS – PORCENTAGEM

1)  Dei ao meu pai, 30% do meu salário de R$ 3.377,99. Quantos reais restaram para mim?

2) Em uma determinada empresa de tecnologia da informática. os funcionários internos ganham um


salário de 10% a mais da quantidade dos ovos que eu tinha na cesta e nela os coloquei, mas por
um azar meu, um objeto caiu sobre a dita cuja e 10% dos ovos foram quebrados. Eu tenho mais
ovos agora ou inicialmente?

3. O aumento salarial de certa categoria de trabalhadores seria de apenas 6%, mas devido à inter-
venção do seu sindicato, esta mesma categoria conseguiu mais 120% de aumento sobre o percen-
tual original de 6%. Qual foi o percentual de reajuste conseguido?

4) Comprei um frango congelado que pesava 2,4kg. Após o descongelamento e de ter escorrido toda
a água, o frango passou a pesar apenas 1,44kg. Fui lesado em quantos por cento do peso, por ter
levado gelo a preço de frango?

5) Tempos atrás o rolo de papel higiênico que possuiu por décadas 40 metros de papel, passou a
possuir apenas 30 metros. Como o preço do rolo não sofreu alteração, tal artimanha provocou de
fato um aumento de quantos por cento no preço do metro do papel?

6) Um guarda-roupa foi comprado a prazo, pagando-se R$ 2.204,00 pelo mesmo. Sabe-se que foi
obtido um desconto de 5% sobre o preço de etiqueta. Se a compra tivesse sido à vista, o guarda-
-roupa teria saído por R$ 1.972,00. Neste caso, qual teria sido o desconto obtido?

7) No intuito de reduzir o consumo de energia elétrica mensal das residências de um determinado


país, o governo baixou uma medida provisória decretando que todos reduzam o consumo de
energia em até 15%. Essa medida foi criada para que não haja riscos de ocorrerem apagões, em
razão da escassez de chuvas que deixaram os reservatórios das hidrelétricas abaixo do nível de se-
gurança. Salvo que a água é utilizada na movimentação das turbinas geradoras de energia elétrica.
De acordo com a medida provisória, uma residência com consumo médio de 652 quilowatts–hora
mensais, terá que reduzir o consumo em quantos quilowatts–hora mensal?

8) Em uma escola há 800 alunos matriculados, dos quais 60% praticam esportes. Desses 60% temos
que: 70% praticam futebol, 20% praticam vôlei e 10% fazem natação. Determine o número de
alunos que praticam futebol, vôlei e natação.

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

98
Matemática Aplicada
9. (Enem) – A taxa anual de desmatamento na Amazônia é calculada com dados de satélite, pelo
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), de 1º de agosto de um ano a 31 de julho do ano
seguinte. No mês de julho de 2009, foi registrado que o desmatamento acumulado nos últimos
12 meses havia sido 64% maior do que no ano anterior, quando o INPE registrou 4.974 km² de
floresta desmatada. Nesses mesmos 12 meses acumulados, somente o estado de Mato Grosso foi
responsável por, aproximadamente, 56% da área total desmatada na Amazônia. De acordo com os
dados, determine a área desmatada sob a responsabilidade do estado do Mato Grosso, em julho
de 2008.

10) Um clube está fazendo uma campanha, entre seus associados, para arrecadar fundos destinados
a uma nova pintura na sede social. Contatados 60% dos associados, necessária para a pintura, e
que a contribuição média correspondia a R$ 60,00 por associado contatado. Então, para comple-
tar exatamente a quantia necessária para a pintura, a contribuição média por associados, entre os
restantes associados ainda não contatados, deve ser igual a:
a) R$ 25,00.
b) R$ 30,00.
c) R$ 40,00.
d) R$ 50,00.
e) R$ 60,00.

11) Um supermercado está fazendo a seguinte promoção: “leve 4 e pague 3”. Isso equivale a conceder
a quem leva 4, um desconto de:
a) 40%
b) 35%
c) 33,33%
d) 30%
e) 25%

12) Uma máquina copiadora que, trabalhando sem interrupção, fazia 90 fotocópias por minuto, foi
substituída por uma nova com 50% mais veloz. Suponha que a nova máquina tenha de fazer o
mesmo número de cópias que a antiga, em uma hora de trabalho ininterrupto, fazia. O tempo
mínimo, em minutos, que essa nova máquina gastará para realizar o trabalho é igual a:
a) 25
b) 30
c) 35
d) 40

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

99
Matemática Aplicada
13) Em uma promoção numa revenda da carros, está sendo dado um desconto de 18% para pagamen-
to à vista. Se um carro é anunciado por R$ 16.000,00, então o preço para pagamento à vista desse
carro será:
a) R$ 13.120,00
b) R$ 13.220,00
c) R$ 13.320,00
d) R$ 13.420,00
e) R$ 13.520,00

14) O custo de produção de uma peça é composta por : 30% para mão de obra, 50% para matéria pri-
ma e 20% para energia elétrica. Admitindo que haja um reajuste de 20% no preço de mão de obra,
35% no preço de matéria prima e 5% no preço da energia elétrica, o custo de produção sofrerá um
reajuste de:
a) 60%
b) 160%
c) 24,5%
d) 35%
e) 4,5%

15. Numa certa população 18% das pessoas são gordas , 30% dos homens são gordos e 10% das mu-
lheres são gordas. Qual a porcentagem de homens na população?
a) 30%
b) 35%
c) 40%
d) 45%
e) 50%

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

100
Matemática Aplicada
7. JUROS SIMPLES
Juros simples é uma compensação em dinheiro que se recebe ou que se paga.
Vamos supor que uma pessoa aplique certa quantia (capital ) em uma caderneta de poupan-
ça por um determinado período (tempo). A aplicação é como se ela estivesse fazendo um emprésti-
mo ao banco. Então, no fim desse período, essa pessoa recebe uma quantia (juros) como compensa-
ção. O valor dessa quantia é estabelecido por uma porcentagem ( taxa de juros).
Ao  final  da  aplicação,  a  pessoa  terá  em  sua  conta  a  quantia correspondente  a  capital  +  juros 
=  Montante.

c . i. t
J=
100

Onde:  J  =  juros
C  =  capital ou principal
i  =  taxa de juros
t  =  tempo

M=C+J
Ou seja: Montante  =  capital + juros
Obs. Taxa e tempo devem referir à mesma unidade de tempo.

Exemplo:
1)  Temos uma dívida de R$ 1000,00 que deve ser paga com juros de 8% a.m. pelo regime de ju-
ros simples e devemos pagá-la em 2 meses. Os juros que pagarei serão:
J  =  1000 x 8 x 2/100  =  160 ou J  =  1000 x 0,08 x 2.
Cálculo do montante:
M  =  C + J → 1000 + 160  =  1160

2)  Calcule o montante resultante da aplicação de R$70.000,00 à taxa de 10,5% a.a. durante 145 dias.

c . i. t
J= ,
100
70000 x 10, 5 x 0, 40277
J= = 2960, 2
100

M = C + J → M = 70000 + 2960,42 = 72960,42

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

101
Matemática Aplicada
Observe que expressamos a taxa i e o período t, na mesma unidade de tempo, ou seja, anos.
Daí ter dividido 145 dias por 360, para obter o valor equivalente em anos, já que um ano comercial
possui 360 dias.

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

102
Matemática Aplicada

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS:

1)  Calcular os juros simples de R$ 1200,00 a 13 % a.t. por 4 meses e 15 dias.
0.13 / 6  =  0.02167
Logo, 4m 15 d  =  0.02167 x 9  =  0.195
j  =  1200 x 0.195  =  234

2)  Calcular  os  juros  simples  produzidos  por  R$40.000,00,  aplicados  à  taxa de  36%  a.a.,  duran-
te 125 dias.
Temos: J  =  c.i.t
A taxa de 36% a.a. equivale a 0,36/360 dias  =  0,001 a.d.
Agora, como a taxa e o período estão referidos à mesma unidade de tempo,
ou seja, dias, poderemos calcular diretamente:
J  =  40000.0,001.125  =  R$5000,00

3)  Qual o capital que aplicado a juros simples de 1,2% a.m. rende R$3.500,00 de juros em 75 dias?


Temos imediatamente: J  =  c.i.t ou seja: 3500  =  c.(1,2/100).(75/30)
Observe que expressamos a taxa i e o período t em relação à mesma unidade de tempo, ou seja, me-
ses. Logo,
3500  =  c. 0,012 . 2,5  =  c . 0,030; Daí, vem:
c  =  3500 / 0,030  =  R$116.666,67

4)  A que taxa mensal um capital produz, em 4 anos e 2 meses, juros iguais ao dobro de si mesmo?


i=?
t  =  4 anos e 2 meses  =  50 meses
c=c
j = 2c
j  =  c.i.t/100→ 2 c  =  c. i. 50/100 → i  =  4

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

103
Matemática Aplicada

LISTA DE EXERCÍCIOS – JUROS SIMPLES

1- Uma pessoa aplicou o capital de R$ 1.200,00 a uma taxa de 2% ao mês durante 14 meses. Deter-
mine os juros e o montante dessa aplicação.

2-  Um capital aplicado a juros simples durante 2 anos, sob taxa de juros de 5% ao mês, gerou um mon-


tante de R$ 26.950,00. Determine o valor do capital aplicado.

3-  Um  investidor  aplicou  a  quantia  de  R$  500,00  em  um  fundo  de investimento  que  ope-
ra  no  regime  de  juros  simples.  Após  6  meses  o investidor  verificou  que  o  montan-
te era de R$ 560,00. Qual a taxa de juros desse fundo de investimento?

4-  Uma quantia foi aplicada a juros simples de 6% ao mês, durante 5 meses e, em seguida, o mon-


tante  foi  aplicado  durante  mais  5  meses,  a juros  simples  de  4%  ao  mês.  No  final  dos  10  me-
ses, o novo montante foi de R$ 234,00. Qual o valor da quantia aplicada inicialmente?

5-  Uma  pessoa  tem R$  20.000,00 para  aplicar  a  juros  simples.  Se aplica R$ 5.000,00 a  taxa  men-
sal de 2,5% e R$ 7.000 a taxa de 1,8% mensal, então para obter um juro anual de R$ 4.932,00 deve apli-
car o restante por uma taxa mensal de:

6-  Uma pessoa tomou um empréstimo de R$ 1.200,00 no sistema de capitalização simples, quitan-


do-o em uma única parcela, após 4 meses, no valor de R$ 1.260,00. A que taxa anual de corre-
ção este empréstimo foi concedido?

7-   Uma  quantia  de  R$  8.000,00  aplicada  durante  um  ano  e  meio,  a  uma taxa  de  juros  sim-
ples de 2,5% a.m. renderá no final da aplicação um montante de?

8-  Qual é o juros produzido pelo capital de R$ 5.600,00 quando empregados à taxa de 12% a.a du-


rante 5 anos.

9-  Fernando  fez  um  empréstimo  de  R$  19.200,00  em  um  banco  pelo  prazo fixo  de  7  me-
ses, a taxa de 24% ao ano. Quanto Fernando vai devolver para o banco no fim do prazo?

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

104
Matemática Aplicada

10-  Arthur aplica em um determinado banco R$ 23.000,00 a juros simples.
Após 5 meses resgata totalmente o montante de R$ 25.300,00 referente a esta operação o apli-
ca  em  outro  banco,  durante  4  meses  a  uma  taxa correspondente  ao  dobro  da  1º.  O  montan-
te no final do segundo período é igual a?

11-  Julia  aplicou  R$  20.000,00  em  um  determinado  banco,  por  um  período de  10  meses,  pas-
sados  os  dez  meses  Jú  retirou  o  montante  de  R$ 22.000,00  e  reaplicou  em  outra  financei-
ra por mais 10 meses, com a taxa correspondente a metade do da primeira aplicação. Assim o
montante da segunda aplicação foi de?

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

105
Matemática Aplicada
8. PROBLEMAS LÓGICOS
Este trabalho tem o objetivo de auxiliar os alunos no raciocínio lógico para solução de alguns
problemas matemáticos aplicáveis na área da Informática.

Exercícios resolvidos

Problema n. 01
Um tijolo pesa um quilo mais meio tijolo. Quanto pesa um tijolo e meio?

Solução:
1tijolo = 1 kg + ½ tijolo 1tijolo – ½ tijolo = 1 kg ½ tijolo = 1kg se ½ tijolo pesa 1 kg, logicamente
1 tijolo pesa 2 kg, e um tijolo e meio, ou seja, 1 ½ tijolo pesa 3 kg.

Problema n. 02
Um casal foi casar a filha. O padre perguntou a jovem. Filha quantos anos você tem?
A jovem respondeu. Tenho a metade da idade de minha mãe. O padre virou-se para a mãe
da jovem e perguntou. Quantos anos a senhora tem?
A mulher respondeu. Sou 10 anos mais nova do que meu marido. O padre virou-se para o
marido da senhora e perguntou-lhe. Quantos anos o senhor tem?
O Homem respondeu. A soma das nossas três idades é igual há um século.

Solução:
O ponto de partida é a idade da mãe que é igual a “x” ½ x + x + x + 10 = 100 x + 2x + 2x + 20 =
200 5x = 200 - 20 5x = 180 x = 180 : 5 x = 36 anos, a idade da mãe 18 anos, a idade da filha 46 anos,
a idade do pai.

Problema n. 03
Qual a metade de dois mais dois?

Solução:
A metade de 2 é igual a 1, somado com 2 é igual a 3

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106
Matemática Aplicada

LISTA DE EXERCÍCIOS – PROBLEMAS LÓGICOS

1. Eu tenho o dobro da idade que tu tinhas quando eu tinha a tua idade. quando tu tiveres a minha
idade, a soma das nossas idades será de 45 anos. quais são as nossas idades?

2. Um automóvel comporta dois passageiros no banco da frente e três no banco de trás. Calcule o
número de alternativas distintas para lotar o automóvel utilizando 7 pessoas, de modo que uma
dessas pessoas nunca ocupe um lugar nos bancos da frente

3. As idades de duas pessoas há 8 anos estavam na razão de 8 para 11; agora estão na razão de 4
para 5. Qual é a idade da mais velha atualmente?

4. Considere os números obtidos do número 12345, efetuando-se todas as permutações de seus


algarismos. Colocando esses números em ordem crescente, qual é o lugar ocupado pelo número
43521?

5. Num sítio existem 21 bichos, entre patos e cachorros. sendo 54 o total de pés desses bichos,
calcule a diferença entre o número de patos e o número de cachorros

6. Se eu leio 5 páginas por dia de um livro, eu termino de ler 16 dias antes do que se eu estivesse
lendo 3 páginas por dia. quantas páginas tem o livro?

7. Com os algarismos x, y e z formam-se os números de dois algarismos xy e yx, cuja soma é o


número de três algarismos zxz. Quanto valem x, y e z?

8. Uma pessoa, ao preencher um cheque, inverteu o algarismo das dezenas com o das centenas.
Por isso, pagou a mais a importância de R$270,00. Sabendo que os dois algarismos estão entre si
como 1 está para 2, calcule o algarismo, no cheque, que foi escrito na casa das dezenas.

9. Joãozinho, um rapaz muito indiscreto, sabendo da reação de uma senhora, que conhecia há al-
gum tempo, quando falaram em idade, resolveu aprontar. Numa reunião social, na presença de
todos, perguntou-lhe a idade. A senhora respondeu:
Tenho o dobro da idade que tu tinhas, quando eu tinha a idade que tu tens menos quatro
anos. Daqui a cinco anos a soma de nossas idades será 82 anos.
Se você fosse um dos presentes, você concluiria que a senhora tem que idade?

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107
Matemática Aplicada
10. Um comerciante compra uma caixa de vinho estrangeiro por R$1.000,00 e vende pelo mesmo
preço, depois de retirar 4 garrafas e aumentar o preço da dúzia em R$100,00. Então, qual é o
número original de garrafas de vinho na caixa?

11. uatro cientistas sentam-se a jantar. Os nomes são Shelly, Frank, Corbin e Mel. Os quatro colocam
cartas na mesa com apenas o seus apelido: Infinito, Radiano, Tissue, e Ósmio. Será capaz de des-
cobrir os nomes completos dos cientistas, sabendo apenas que:
Nenhum cientista tem um apelido em que apareça a inicial do primeiro nome;
O apelido de Corbin é também um elemento;
O primeiro nome de Radiano contém um R;

12. Joselias é um cara estranho, pois mente às quintas, sextas e sábados, mas fala a verdade nos
outros dias da semana. Em qual dos dias da semana não é possível que o Joselias faça a se-
guinte afirmação: “Se menti ontem, então mentirei de novo amanhã.”
a) sábado
b) domingo
c) segunda
d) terça
e) quarta

13. Sejam as declarações: Se ele me ama então ele casa comigo. Se ele casa comigo então não vou
trabalhar. Ora, se vou ter que trabalhar podemos concluir que:
a) Ele é pobre, mas me ama.
b) Ele é rico, mas é pão duro.
c) Ele não me ama e eu gosto de trabalhar.
d) Ele não casa comigo e não vou trabalhar.
e) Ele não me ama e não casa comigo.

14. Quando Carla estava passeando em Porto Seguro, encontrou a filha da esposa do filho único de
sua sogra. Qual é o parentesco dela com Carla?
a) Neta
b) Filho
c) Nora
d) Sobrinha

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108
Matemática Aplicada
15. Na Vila São Vicente, 7 pessoas Ana, Beatriz, Carlos, Diana, Elizete, Flavio e Gustavo, moram
em casas conjugadas distintas em um mesmo quarteirão, assim enumeradas: 2,4,6,8,10,12 e
14. De acordo com as informações e seguir:
Carlos mora equidistante de Flavio e Elizete;
Beatriz mora três casas à direita de Flavio e duas casas à esquerda de Gustavo;
Ana mora duas casas à direita de Diana, mas Carlos mora na primeira casa à esquerda de Carlos.
a) Flavio mora ma primeira casa à esquerda de Carlos;
b) Flavio mora na segunda casa à esquerda de Carlos;
c) Flavio mora na terceira casa à esquerda à de Carlos;
d) Essas informações são insuficientes para a solução da problema;

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109
Matemática Aplicada

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARRETO FILHO, Benigto; Silva C. X. Matemática: Aula por aula. Vol. único. São Paulo: FTD, 2000.

DANTE, Luiz Roberto. Matemática contexto e aplicações. Vol. único. São Paulo: Editora ática, 2010.

FILHO, B. B e SILVA, C. X. Matemática. Vol. único. São Paulo: Editora FTD S.A.

GUIMARÂES,  Ângelo  de  Moura.  Introdução  á  ciência  da  computação.  Rio  de Janeiro:  Edito-
ra L.T.C S .A, 1998.

Matemática. Disponível em: http://www.somatematica.com.br/. Acesso em: 5 de dezembro, 2013.

Conectivo. Disponível em:

http://cesariof.xpg.uol.com.br/logica/alglog_5.htm. Acesso em: 28 de dezembro, 2015.

Sentenças e expressões. Disponível em:

http://cesariof.xpg.uol.com.br/logica/alglog_4.htm. Acesso em: 28 de dezembro, 2015.

Tabela verdade. Disponível em:

http://cesariof.xpg.uol.com.br/logica/alglog_6.htm. Acesso em: 28 de dezembro, 2015.

Probabilidade. Disponível em:

http://www.somatematica.com.br/emedio/probabilidade.php. Acesso em: 20 de dezembro, 2013.

Probabilidade. Disponível em:

http://www.matematicadidatica.com.br/ProbabilidadeConceitos.aspx. Acesso em: 20 de dezembro,


2013.

Média Aritmética. Disponível em: http://www.brasilescola.com/matematica/media-aritmetica.htm.


Acesso em 02 de janeiro, 2014.

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110
Curso Técnico em

INFORMÁTICA
Etapa 1

ORGANIZAÇÃO DE EMPRESAS
Organização de Empresas
1. ORGANIZAÇÃO DE EMPRESAS

1.1 Conceitos

1.1.1 Organização: estudo cuidadoso da estrutura organizacional da Empresa para que esteja bem
definida e possa atender as necessidades reais e os objetivos estabelecidos.

ORGANIZAÇÃO = ESTRUTURA

1.1.2 Empresa: conjunto intencional de recursos humanos, financeiros e tecnológicos, com ob-
jetivo comum (objetivo de empresa).

1.1.3. Administrar: interpretar os objetivos propostos pela organização e transformá-los em


ação organizacional, através do Planejamento, Direção e Controle. Gerenciar os recursos humanos,
financeiros e tecnológicos de uma Empresa, fazendo com que a mesma “dê certo”.

A Teoria Geral da Administração, abordam-se as Teorias Administrativas que são, em seu con-
junto, um compêndio de normas principais que se complementam, para levar a ciência administrativa
ao dia-a-dia das pessoas e das organizações como um todo, no intuito de gerar desenvolvimento, com
o objetivo precípuo de máxima eficácia e eficiência, gerando produtividade e lucro.
As Teorias Administrativas tiveram sua importância reconhecida a partir do início do século XX,
quando, após o advento e consequências da Revolução Industrial, era necessário começar a se produ-
zir em larga escala, principalmente nos países onde a produção de bens era um fato concreto e existia
a urgência em organizar e controlar tal produção.
Antes desse período, as indústrias produziam artesanalmente, suas formas de produção eram
rudimentares e adotavam normas próprias normas de acordo com as necessidades, independente do
lugar ou época em que estivessem inseridas.
Administração como ciência é relativamente recente porque os estudos mais profundos e que
realmente mudaram o perfil deste conjunto de conhecimentos, datam do final do século XIX e início
do XX, quando trouxeram importância e reconhecimento desta ciência junto às demais, porque houve
a verificação prática de que o desenvolvimento social e econômico passava pelas organizações, que,
conforme fossem administradas, trariam progresso onde estivessem situadas. Portanto, ao se tomar
conhecimento da necessidade que atualmente se faz do estudo mais aprofundado da ciência admi-
nistrativa, e da relevância dada ao mesmo, pode-se considerar que, no contexto social, econômico e
político no qual se vive não há um único lugar no planeta que não demande ser administrado. Sem os
critérios adotados atualmente pela Administração, dificilmente uma organização sobrevive.

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112
Organização de Empresas
É necessário o exercício de planejar, organizar, liderar, executar e controlar. As funções básicas
são essenciais para o administrador, como condição imprescindível para entender e atuar no mundo
do trabalho do século XXI, que passa por mudanças em alta velocidade.
Todos os estudiosos, independente da área do conhecimento à qual pertençam, são unânimes
em afirmar que há “muita pressa” em se buscar soluções para tudo que gera dificuldade em ser resol-
vido e, para resolver problemas dessa natureza, somente o conhecimento e as informações geradas
por ele poderão dar a certeza de se poder contar sabiamente com as soluções solicitadas.
Todos os estudiosos, independente da área do conhecimento à qual pertençam, são unânimes
em afirmar que há “muita pressa” em se buscar soluções para tudo que gera dificuldade em ser resol-
vido e, para resolver problemas dessa natureza, somente o conhecimento e as informações geradas
por ele poderão dar a certeza de se poder contar sabiamente com as soluções solicitadas.

Fonte: INTRODUÇÃO A TEORIA GERAL DA ADM


Caderno Pedagógico para o curso Técnico em Adm.
LÚCIA MARIA GADELHA DE CARVALHO. Acesso em 20.12.2013 ás 08h20min
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/274-2.pdf

1.1.4 PLANEJAMENTO
O planejamento é muito importante dentro de uma empresa, é uma maneira como a empresa
irá utilizar melhor seus recursos ou melhorá-los para o alcance dos objetivos da empresa. Muitas
empresas tomam decisões imediatas de momento, a falta de planejamento só será sentida em longo
prazo e sua existência no mercado poderá estar bem comprometida, por isso e por outras diversas
decisões feitas , se faz o planejamento, que tem como principio diminuir incertezas e erros referente a
decisões diante algum imprevisto ou ate mesmo para o futuro, há alguns tipos de planejamento, entre
eles o Planejamento estratégico: ele é elaborado por os donos e diretoria da empresa, que tomam
decisões de longo prazo, o planejamento estratégico define onde se pretende chegar e o que se deve
ser feito para eles conseguirem. Sendo assim conseguem diminuir a incertezas sobre determinada
coisa perante o futuro.

1.1.5 PDCA
PDCA (Planejar-Executar-Verificar-Agir do inglês: PLAN – DO – CHECK – ACT) é um método
iterativo de gestão de quatro passos, utilizado para o controle e melhoria contínua de processos e
produtos. É também conhecido como o círculo/ciclo/roda de Deming,ciclo de Shewhart, círculo/ciclo
de controle, ou PDSA (plan-do-study-act). Outra versão do ciclo PDCA é o OPDCA, onde a letra agre-
gada “O” significa observação ou como algumas versões dizem “Segure a condição atual”. A ênfase na
observação e na condição atual tem correspondência com a filosofia de produção enxuta As etapas
sucessivas de cada ciclo PDCA são:

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113
Organização de Empresas
PLANEJAR (PLAN) Estabelecer os objetivos e processos necessários para fornecer resultados de
acordo com o resultado esperado (a meta ou metas). Ao estabelecer expectativas de saída, a integri-
dade e precisão da especificação é também uma parte da melhoria alvo. Quando possível começar em
pequena escala para testar os possíveis efeitos.
EXECUTAR (DO) Implementar o plano, executar o processo, fazer o produto. Coletar dados para
mapeamento e análise dos próximos passos “VERIFICAR” e “agir”.
VERIFICAR (CHECK) Estudar o resultado atual (medido e coletado no passo anterior “executar”)
e compará-lo em relação aos resultados esperados (objetivos estabelecidos no passo “PLANEJAR”)
para determinar quaisquer diferenças. Procurar por desvios na aplicação do plano e também olhar
para a adequação e abrangência do plano permite a execução do próximo passo, ou seja, “AGIR”. Tra-
çar dados pode fazer isso muito mais fácil para ver as tendências ao longo de vários ciclos de PDCA e
assim converter os dados coletados em informação. Informação é o que você precisa para a próxima
etapa “AGIR”.
AGIR (ACT) Tomar ações corretivas sobre as diferenças significativas entre os resultados reais e
planejados. Analisar as diferenças para determinar suas causas. Determinar onde aplicar as mudanças
que incluem a melhoria do processo ou produto. Quando uma passagem por estes quatro passos não
resultar na necessidade de alguma melhora, o método ao qual o PDCA é aplicado pode ser refinado
com maiores detalhe na iteração seguinte do ciclo, ou a atenção deve ser colocada de uma forma di-
ferente em alguma fase do processo. O plano PDCA quando aplicado junto ao Sistema de Gestão da
Qualidade pode implementar ações para atingir a melhoria contínua, assegurar a operação e controle
dos processos produtivos.
No sistema de Gestão da Qualidade podemos encontrar não conformidades nos processos,pa-
ra tratar a não conformidade utilizamos o plano PDCA. Ação para eliminar uma não conformidade
identificada. Ação corretiva Plano de ação para eliminar a causa de uma não conformidade existente,
visando eliminar ou reduzir a possibilidade de reincidência dessa não conformidade. Ação preven-
tiva Plano de ação para eliminar a causa de uma não conformidade potencial, visando eliminar ou
reduzir a possibilidade de ocorrência dessa não conformidade Ação de melhoria Plano de ação para
implementar melhorias contínua nos processos. Abertura de um plano de ação PDCA O plano de ação
preventivo ou corretivo ou de melhoria são abertos para contemplar a determinação das causas e as
ações propostas, com acompanhamento até a Análise crítica sempre que ocorrer.

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114
Organização de Empresas
Figura 1 – Modelo do Ciclo de Deming ou PDCA

Fonte: “Representação do ciclo PDCA” - Rafael Malagoli, 28 Jan. 2016

1.2 O significado de Sistemas


Os ambientes internos e externos, as relações funcionais e o inter- relacionamento entre am-
biente, variáveis e fatores, no pleno exercício das relações funcionais, caracterizam-se o que se conhe-
ce por sistema, num conceito tradicional.
A automação deu um novo enfoque aos sistemas que passaram a ser utilizados de uma forma
mais ampla, considerando a entrada e o processamento de dados gerando como saída à informação.
As entradas são as matérias-primas que vão gerar o resultado desejado.
O processamento é a fase em que as entradas são transformadas ou tratadas para formar o pro-
duto final, que é o resultado desejado.
As saídas são os produtos acabados gerados pelo processamento dos dados de entrada.
SISTEMA = INFORMAÇÃO

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115
Organização de Empresas
1.3 Estruturas organizacionais

Estrutura é um conjunto integrado de elementos suportes que formam as demais partes com-
ponentes de um organismo, sendo representada em organização pelo conjunto de órgãos (Departa-
mento, Divisões, Seções, etc.), suas relações de interdependência e a hierarquia existente (superiores
e subordinados), assim como as vinculações que devem ser representadas através do organograma.
A estrutura não deve envolver apenas o esqueleto, o arcabouço, mas todo o organismo da em-
presa, como deveres, responsabilidades, os sistemas de autoridade e de comunicações existentes na
organização.
Estrutura = Arranjo dos elementos que constituem a organização
Organograma = Representação gráfica e abreviada da Estrutura Organizacional formal da Em-
presa ou parte dela.

1.3.1 Tipos de Estruturas Organizacionais


1.3.1.1. Estrutura Linear, Militar ou tipo Linha é baseada na organização dos antigos exércitos,
estruturados em torno de chefes excepcionais.
É representada graficamente por uma pirâmide, a qual demonstra com nitidez a unidade co-
mando e o princípio do escalonamento hierárquico. A total autoridade do chefe supre a falta de orga-
nização.
A estrutura linear é de larga aplicação nas organizações burocráticas e com alto grau de forma-
lismo.

Vantagens:
• Aplicação simples.
• Fácil transmissão de ordens e recebimento de informações.
• Disciplina rígida e de fácil manutenção.
• Definição clara dos deveres e responsabilidades.
• Baixo custo de administração.

Desvantagens:
• Exige chefes excepcionais com capacidade profissional e de liderança suficiente para bem
desempenhar as difíceis funções.
• Sobrecarregar a direção.
• Não favorece a especialização.

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116
Organização de Empresas
• Não favorece o espírito de cooperação, de equipe.
• Favorece o aumento da burocracia.
• A centralização exagerada, a falta de delegação, a redução de equipe a meios executivos,
dificultam a retenção de pessoal competente.
Figura 2 – Estrutura Linear

Fonte: “Estrutura Linear” - Rafael Malagoli, 28 Jan. 2016

1.3.1.2. Estrutura Funcional:


A estrutura funcional resultou do trabalho crítico feito por Taylor à estrutura Linear, partindo do
raciocínio de que o operário devia ser sempre assistindo por agentes especializados.
Na estrutura Funcional não se verifica, como pode parecer, uma estrutura de autoridade, pelo
fato de que cada chefe de determinada categoria se transmite aos chefes de seções ordens ou instru-
ções relativas aos assuntos que correspondam a sua especialização e competência.

Vantagens:
• A estrutura pode ser estabelecida sem depender de um único indivíduo.
• Promove o aperfeiçoamento e a especialização do pessoal.
• Promove a cooperação e o trabalho em equipe.
• Maior economia para as médias e grandes empresas.
• Permite motivação e melhor rendimento.
• Reduz Turn-over, principalmente de pessoal de alto nível.

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117
Organização de Empresas
Desvantagens:
• Difícil aplicação, requerendo grande habilidade por parte da gerência.
• Difícil manutenção da disciplina.
• Custo estrutural mais elevado devido o maior número de cargos e setores (só de apoio).
• Divisão de controle.
• Requer maior e mais difícil coordenação.

Figura 3 – Estrutura Funcional

Fonte: “Estrutura Funcional” - Rafael Malagoli, 28 Jan. 2016

1.3.1.3. Estrutura Linear – Funcional ou Mista:


A estrutura Linear – Funcional segue as características básicas da Estrutura Linear, distinguindo-
se dela pela existência do órgão de STAFF (apoio – assessoria) com a exclusiva função de assessora-
mento ao executivo ao qual se acham ligados. Esse tipo de estrutura permite o emprego de diretores
e chefes sem maiores qualificações em cargos de grande responsabilidade, pois sempre poderão uti-
lizar-se de uma fonte segura de aconselhamento especializado.
Deve-se ressaltar, entretanto que o Assessor Técnico deve aconselhar, recomendar , propor, ana-
lisar sugestões, opiniões, ideias. Jamais poderá impor ou utilizar a força para introduzir novas ideias,
além disso deve ter total liberdade de ação, uma vez que poderá opinar muitas vezes contra os diri-
gentes, os quais podem colocar seus interesses pessoais acima da Empresa.
Pela sua flexibilidade de funcionamento, essa estrutura é largamente empregada em empresas
de pequeno e médio porte, pois as mesmas, em face da necessidade de se adaptarem e de se atuali-
zarem em termos de conhecimento tecnológico, encontram- se sempre em mudança.

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118
Organização de Empresas
Figura 4 – Estrutura STAFF-AND-LINE

Fonte: “Estrutura Mista” - Rafael Malagoli, 28 Jan. 2016.

Vantagens:
• Todas as relacionadas com o tipo linear e o funcional, desde que haja harmonia no sistema
misto.
• Possibilitar melhor controle da quantidade e da qualidade.
• Maior rapidez na decisão, porque dúvidas e indecisões podem atrasar providências, quan-
do rápidas soluções poderão ser dadas por especialistas.
• Melhoria na qualidade do pessoal de linha, que mediante assessoramento técnico constan-
te, acaba assimilando boa parte deste conhecimento especializado, passando a ter melhor
visão de sua área de responsabilidade.

Desvantagens:
• Todas as desvantagens destacadas isoladamente quando abordamos as estruturas linear e
funcional podem ocorrer no tipo misto.
• Possibilidade de conflito entre o Staff e chefes de linha.
• Requer hábil coordenação das orientações emanadas do staff.
• Em certos casos ocorrem problemas devido à incompetência da assessoria, que ao invés de
ajudar a linha, apenas consegue aumentar a quantidade de problemas.
• Reduz o espírito de iniciativa dos chefes.

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Organização de Empresas
1.3.1.4. Estrutura Comissional ou Colegiado ou com Conselhos de Administração:
A estrutura Comissional apresenta um órgão que os outros tipos de estruturas não possuem – o
Colegiado, pois devido à importância das decisões tomadas nas empresas de grande porte, dividiu-se
as responsabilidades através de uma chefia colegiada, a qual apresenta uma pluralidade de membros.
A pluralidade dos membros preserva a unidade de Direção, prevalecendo à vontade da maioria,
havendo um executivo (normalmente o Presidente da Empresa ) responsável pela coordenação, com
autoridade para fazer cumprir as determinações e decisões da maioria.

Figura 5 – Estrutura Colegiado.

Fonte: “Estrutura Colegiado” - Rafael Malagoli, 28 Jan. 2016

Vantagens:
• Melhor resultado para a empresa através de decisões mais eficazes, resultantes de pon-
deradas apreciações de propostas e decisões ligadas a investimentos, estratégias de ação,
políticas e diretrizes ligadas em todos os setores da empresa.
• Esforço para apresentar propostas racionais muitas vezes contribui para o aprimoramento
e desenvolvimento da qualidade profissional dos executivos; inclusive com visão global da
empresa.
• Formação do espírito de equipe.
• Desenvolvimento e aplicação da crítica construtiva.

Desvantagens:
• Responsabilidade fracionada.
• Decisões mais lentas.
• Retirada do comando a iniciativa de decisão.
• Desmotivação do pessoal executivo.

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Organização de Empresas
1.3.1.5 Estrutura Matricial por Matriz ou Modular:
Desenvolveu-se um novo método de raciocínio e trabalho para a criação de “Produtos” (Resul-
tado Final do Projeto) que dependem da pesquisa de alto nível e com um prazo de execução reduzido,
utilizando-se mais racionalmente e eficientemente os recursos humanos e auxiliares disponíveis.
Os órgãos funcionais colocam à disposição do “Gerente do Projeto“, pelo tempo de duração do
mesmo, um número de pessoas com qualificações necessárias. O gerente deverá ser investido de au-
toridade e responsabilidade, respondendo pelo êxito ou fracasso na conclusão do projeto.
A principal característica é o sobreposicionamento de módulos ( grupos de trabalho – G.T. ) à es-
trutura funcional. Isto quer dizer que os órgãos convencionais (departamentos, divisões, seções, etc.)
continuam a existir atuando, como apoio da organização de linha de projeto.
Uma vez terminado o projeto, esse pessoal retorna aos órgãos de origem onde continuam a
desenvolver suas atividades normais, inclusive o gerente, que fica à disposição da chefia superior, na
espera de novas atribuições.
Vantagem:
• Trabalho de boa qualidade, menor tempo de execução e menor margem de erros.
Desvantagem:
• Falta de adaptação do funcionário ao retornar ao seu trabalho com o final do projeto.

Figura 6 – Estrutura Matricial.

Fonte: “Estrutura Matricial” - Rafael Malagoli, 28 Jan. 2016

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Organização de Empresas
1.4. Departamentalização
Combinação e/ou agrupamento adequados das atividades necessárias à Organização em órgãos
específicos.

1.4.1 Por Função, Propósito ou Objetivo:


Ocorre quando são agrupados, num mesmo órgão, as atividades que possuem uma singularida-
de de propósitos e objetivos.

1.4.2. Por Processo ou Equipamento:


Ocorre quando são reunidos profissionais que utilizam um mesmo tipo de equipamento ou de
técnica .

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Organização de Empresas
1.4.3. Por Produto ou Serviço:
Ocorre quando são agrupados no mesmo órgão as atividades diretamente relacionadas a um
determinado produto (indústrias) ou serviços (empresas prestadoras de serviços).

1.4.4. Por Clientela:


Ocorre quando o agrupamento da atividade, num mesmo órgão é feito com o objetivo de servir
a um grupo determinado de pessoas ou clientes.

1.4.5. Por Área Geográfica:


Ocorre em empresas cujas atividades são geograficamente espalhadas nas quais se torna conve-
niente que todas as atividades executadas numa determinada área sejam agrupadas e colocadas sob
a chefia de uma administração local.

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Organização de Empresas
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• MANCINI, Paulo. Apostila de O&M; Belo Horizonte, 1995, 50p.

• CURY, Antonio. Organização & Métodos – Uma visão holística ; São Paulo: Atlas S.A., 1995. 576p.

2. MOTIVAÇÃO
2.1 Conceito
O estudo da motivação e do comportamento procura responder a algumas questões sobre a
natureza humana, reconhecendo a importância do elemento humano nas organizações.
Um dos mais incríveis instrumentos da gerência é a motivação. Se pudéssemos fazer todos os
integrantes de uma instituição trabalharem efetivamente motivados, haveria maior satisfação e pro-
dutividade.
Dentro do processo de Administração, Relações Humanas é um conjunto de atividades cuja
finalidade é liderar uma organização, de tal modo que seus integrantes criem, eles mesmos, motivos
sadios dentro dos objetivos da Instituição, a fim de gozarem de satisfação econômica, social e psicoló-
gica. E a base das relações humanas se assenta no seguinte princípio:

O HOMEM PRECISA ESTAR MOTIVADO PARA PRODUZIR.


(isso não equivale a dizer que ele somente produzirá se estiver motivado)
Motivação é um conjunto de meios e estratégias através das quais o líder verifica, estimula e
mantém em seus liderados um desejo saudável de alcançar os objetivos da Instituição como se fossem
seus objetivos, mas, isso só ocorrerá se os indivíduos estiverem interessados em participar.
A motivação baseia-se no princípio segundo o qual TODO COMPORTAMENTO HUMANO TEM
UM MOTIVO, uma causa, uma coerência interna, mesmo que somente dentro do próprio indivíduo.
Portanto, MOTIVAÇÃO ESTÁ LIGADA A MOTIVO (da ação)
MOTIVO que leva a AÇÃO igual à MOTIVAÇÃO
O COMPORTAMENTO INDIVIDUAL, é o RESULTADO DA MOTIVAÇÃO INDIVIDUAL. Em outras pa-
lavras: comportamento é o resultado projetado pela motivação.

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Organização de Empresas
2.2. Teorias de Maslow Herzberg e McGregor

2.2.1. A Hierarquia das Necessidades – de Abraham Maslow.


Segundo Maslow, toda pessoa, a partir do nascimento, faz uma longa caminhada nos degraus
das necessidades humanas, que é representada por uma pirâmide, em busca da satisfação dessas
necessidades.
A própria FELICIDADE é definida como a REALIZAÇÃO DE UMA NECESSIDADE.
Figura 7 – Hierarquia das Necessidades Humanas.

Fonte: “Pirâmide de Maslow” - Rafael Malagoli, 28 Jan. 2016

2.2.2 O Homem é um animal que tem necessidades


Para que a necessidade seguinte da Pirâmide seja ativada é necessário que a anterior seja rea-
lizada.
Este processo não tem fim: começa no NASCIMENTO e termina na MORTE.
Necessidade satisfeita não é mais motivadora. Este é um aspecto importantíssimo no processo
da motivação do trabalho.
Uma pessoa só será motivada e, consequentemente, produtiva se puder galgar os degraus da
pirâmide de Maslow. Isto é : o Ser Humano dentro da Instituição, tem que ser ao mesmo tempo :
MOTIVADO E INCENTIVADOR.
Satisfeita as necessidades primárias (Fisiológicas e Segurança ), os indivíduos buscarão satisfa-
zerem as suas necessidades sociais, de estima e auto-realização. Estas necessidades porém, só serão
satisfeitas se os indivíduos participarem do planejamento organizacional (não serem meros executo-
res e sim questionadores).

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125
Organização de Empresas
Uma pessoa automotivada a executa mesma a organização de seu trabalho e, em vez de ser
fiscalizada e controlada por uma supervisão desconfiada, se auto controla.
A pessoa eficaz está sempre voltada para resultados finais e não para o cumprimento de TARE-
FAS e tem o pensamento de que a super simplificação do trabalho torna as tarefas repetitivas e roti-
neiras e, portanto, DESMOTIVADORAS.

2.2.3 Herzberg e os fatores de higiene e motivação


Herzberg pesquisando as fontes de motivação diretamente relacionadas com a realização do
trabalho, constatou que as pessoas, à medida que se desenvolvem profissionalmente, adquirem expe-
riência, tornam-se maduras, passam a dar mais importância a fatores como estima e auto-realização.
Partindo dessa premissa, desenvolveu uma teoria de motivação no trabalho, com amplas repercus-
sões para a administração, no esforço de uma eficiente utilização da recursos humanos.
O homem, segundo Herzberg, tem duas categorias básicas de necessidades, independentes en-
tre si, influindo de diferentes maneiras no seu comportamento, a saber :
1. quando se sente insatisfeito com seus afazeres, ele se preocupa com o seu ambiente de
trabalho;
2. quando se sente bem em seu trabalho, isso se reflete positivamente no trabalho propria-
mente dito.
A primeira categoria é constituída dos fatores de higiene ou de manutenção, por descreverem o
ambiente humano e servirem à função básica de impedir a insatisfação com o trabalho.
A Segunda foi denominada de fatores de motivação, por parecerem eficientes para motivar as
pessoas para realizações superiores.
Portanto os fatores de higiene são aqueles que não provocam crescimento na capacidade de
produção do homem; apenas impedem perdas na realização do empregado, devido às restrições do
trabalho.
Já os fatores motivadores traduzem fontes de satisfação, indicando sentimentos de realização,
crescimento profissional e reconhecimento que uma pessoa pode sentir na realização de um trabalho,
resultando um aumento de capacidade total de produção.

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126
Organização de Empresas

FATORES

HIGIÊNICOS: O AMBIENTE MOTIVADORES: O TRABALHO

Programa de administração Realização


Supervisão Reconhecimento por realização
Condições de trabalho Trabalho desafiador
Relações interpessoais Maior responsabilidade
Dinheiro Crescimento e desenvolvimento
Segurança

2.2.24 Relação entre as teorias de Herzberg e Maslow


Figura 8 – Relação entre as teorias de Herzberg e Maslow.

Fonte: “Relação entre as teorias de Herzberg e Maslow” - Rafael Malagoli, 28 Jan. 2016

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127
Organização de Empresas
2.2.5. As teorias X e Y de Douglas McGregor
Os métodos gerenciais antigos recomendavam que o ser humano devesse ser CONTROLADO e
DIRIGIDO.
Utilizando-se em grande parte da hierarquia das necessidades de Maslow, Douglas McGregor
mostrou que o método de direção e controle é discutível.
A esta concepção tradicional de Administração (Taylor, Fayol etc.), McGregor chamou de Teoria
X , e segundo estudos do mesmo no livro “Lado Humano da Empresa”, foi criada uma nova alternativa,
a que chamou de Teoria Y.

TEORIA X TEORIA Y

1. O trabalho é desagradável (castigo). 1. Condições de trabalho favoráveis tor-


nam o ato do trabalho satisfatório.

2. A maiorias das pessoas precisam ser cor- 2. Pessoas envolvidas com a Instituição se-
rigidas e castigadas para que produzam. rão produtivas.

3. A maioria das pessoas não têm ambição, 3. As pessoas terão ambição se a Organi-
não são criativas e não gostam de respon- zação lhes oferecerem oportunidades
sabilidades. de crescimento profissional.

4. As pessoas são passivas e resistentes à Em- 4. As pessoas se tornam passivas em decor-


presa. rência do mal planejamento organizacio-
nal.

5. As pessoas são resistentes às mudanças. 5. As pessoas mudarão para melhor se fo-


rem treinadas para isto.

6. As pessoas são egoístas e egocêntricas. 6. Pessoas que se identificam com os objetivos


da organização não serão egoístas.

7. As características de produtividade são incul- 7. A responsabilidade, a criatividade e presteza


cadas nas pessoas pela Organização são características inerentes à pessoa.

8. A motivação acontece apenas nas necessida- 8. A motivação ocorre em todos os níveis da


des primárias. hierarquia das necessidades.

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128
Organização de Empresas

2.3 ENDOMARKETING
“Marketing interno realizado por meio de um conjunto de ações desenvolvidas para conscienti-
zar, informar e motivar o indivíduo.”
“Trabalho interno da empresa que consiste em aplicar uma visão de Marketing a todas as rotinas
da organização. O endomarketing considera que todos os funcionários da empresa são clientes e for-
necedores internos e que a empresa em si se constitui em um microssistema de Marketing. Também é
a modalidade de Marketing voltada para todos os segmentos de público diretamente envolvidos com
a empresa e que podem funcionar como mensageiros da imagem institucional.”
“...ações de marketing para o público interno – funcionários – das empresas e organizações.”
“É uma das mais novas áreas da administração e busca adaptar estratégias e elementos do
marketing tradicional, o normalmente utilizado pelas empresas para abordagens ao mercado, para
uso no ambiente interno das corporações.”

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• MANCINI, Paulo. Apostila de O&M; Belo Horizonte, 1995, 50p.

• CURY, Antonio. Organização & Métodos – Uma visão holística ; São Paulo: Atlas S.A., 1995. 576p.

3. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
3.1 Conceitos Básicos de Sistemas de Informação
Os sistemas de Informação são constituídos por um conjunto de variáveis, que são definidas a
seguir.

a) Dado
É a grandeza, forma, fato, princípio, proposição, ou qualquer outro elemento de forma numéri-
ca, alfabética ou símbolos, utilizável para o raciocínio, o conhecimento e a argumentação.

b) Informação
É o conhecimento resultante da análise dos dados. Em sistemas, quer sejam eles manuais ou

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129
Organização de Empresas
mecanizados, a informação é a matéria prima para a tomada de decisões.

c) Sistemas
• É o conjunto interligado de partes com um objetivo comum. O objetivo do sistema.
• É um conjunto de órgãos, atividades ou informações que se relacionam em funcionamento
harmônico e coordenado, visando a obtenção de determinados resultados organizacionais.
• Conjunto de partes interagentes e interdependentes que, conjuntamente, formam um todo
unitário com determinado objetivo e efetuam determinada função.

3.2 Informação na Administração


Conforme Fayol, administrar é prever, organizar, comandar, coordenar e controlar. A informação
está presente nestas funções administrativas, conforme demonstrado a seguir:

Funções Administrativas Informação

Previsão A Informação do passado permite prever o futuro.

Organização Quem organiza precisa estar bem informado sobre a


situação atual da empresa e sobre seus objetivos.

Comando Para se tomar melhor decisão é preciso reunir e co-


nhecer todas as informações respectivas.

Coordenação É impossível coordenar sem informações adequadas


sobre o que se coordena.

Controle O comparação do previsto (planejado) com o realiza-


do.

3.3 Características da Informação


A informação deverá ter as seguintes características:
• Custo X Benefício
O valor tangível ou intangível, do benefício gerado pela informação, deve ser igual ou maior que
o respectivo custo.
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130
Organização de Empresas
• Disponibilidade
A informação deve estar disponível, ao menor custo, num momento ótimo, no lugar certo de
sua utilização.
• Relevância
A informação deve apresentar certo grau de relevância para a tomada de decisão, acrescenta-
dos os elementos importantes e excluídos os irrelevantes.
• Simplicidade
Na medida do possível, a informação deve ser composta de dados simplificados, facilitando a
tomada de decisões.
• Formalidade
Na administração a informação deve ser registrada e manipulada, preferencialmente de manei-
ra formal, sobrepondo-se à informal.
• Previsão
A informação do presente e do passado devem estar disponíveis de modo a permitir a “previsão
do futuro”.
• Exceção
As informações de exceção representam as informações de desvios entre o previsto (planejado)
e o realizado, permitindo verificações de causa e efeito e a adoção de medidas corretivas.
• Padronização
A informação padronizada, pela sua repetitividade proporciona maior economia, segurança e
rapidez de processamento.
• Canais de Transmissão
O número de pontos de retransmissão, de canal percorrido pela informação, deve ser reduzido
ao mínimo possível, para que sejam evitados ruídos e eventos de distorção do seu conteúdo.

3.4 Fluxograma

a) Conceito
Fluxograma, cujo nome se origina do inglês FLOW CHART, é uma técnica analítica que permite
descrever os sistemas administrativos de maneira clara, lógica e concisa. É uma representação gráfica
do movimento e operação das pessoas, documentos ou materiais entre diversas unidades da organi-
zação.
Os fluxogramas representam importante instrumento para a compreensão e análise do fun-
cionamento dos sistemas administrativos. Através deles pode-se visualizar, de maneira mais nítida,
a sequencia de operações, de um ou mais setores, verificar se tais operações estão sendo executa-

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131
Organização de Empresas
das de maneira mais eficiente, pelos órgãos e pessoas adequadas, verificar se não há duplicidade de
execução ou passos dispensáveis. Na identificação de falhas poderão ser processadas modificações,
racionalizando o sistema.

b) Objetivos
O objetivo do fluxograma é evidenciar a sequencia de um trabalho, permitindo a visualização
dos movimentos ilógicos e a dispersão de recursos materiais e humanos.

c) Importância
Para obter a racionalização desejada, existe uma forma que é a elaboração de um fluxograma
para cada atividade ou função, a fim de evidenciar o desnecessário, permitir a articulação de tarefas
e a diminuição dos percursos.

d) Vantagens
1. Possibilita a simplificação do trabalho pela eliminação, combinação, articulação e a redisposição
dos passos.
2. Possibilita localizar, corrigir e eliminar os movimentos desnecessários.
3. Possibilita localizar, corrigir e eliminar os contatos desnecessários.
4. Possibilita estudar, corrigir e obter a melhor sequencia.

Regras Básicas
1) Formulário Utilizado
Para a confecção do fluxograma das atividades ou função levantada, o analista deverá utilizar o
formulário “Folha de Fluxograma “.
2) Subdivisão Setorial
Quando da elaboração do fluxograma administrativo, o analista deverá subdividir verticalmente em
setores a folha de fluxo, correspondendo cada setor a um órgão administrativo, diretamente envolvido.
A sigla / nome do órgão administrativo deverá ser registrado na parte superior do setor para
identificá-lo.
3) Direção do Fluxo
A direção principal do fluxo deve ser no sentido de cima para baixo e da esquerda para a direita.
Na impossibilidade de seguir esta regra, devem ser utilizadas setas que orientem o fluxo no sentido
desejado.
4) Descrição dos Símbolos usados em Fluxogramas
Os símbolos do fluxogramas estão de acordo com as recomendações A1020 da ISO – Internatio-
nal Organization for Standardization

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Organização de Empresas
SÍMBOLOS UTILIZADOS NO FLUXOGRAMA

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Organização de Empresas

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Organização de Empresas
4. A INFORMÁTICA NA ORGANIZAÇÃO E NO TRABALHO
Suzana Braga Rodrigues
Coordenadora do CMA da Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Minas
Gerais.
Figure 10

Fonte: “Figura 20” - Revista de Administração de Empresas, 1988, em: <http://www.scielo.br/img/revistas/rae/


v28n3/a06img01.jpg>, Acessado em 29 Jan. 2016.

A tecnologia de informação ou informática, como empregamos no Brasil, são termos comumen-


te atribuídos às atividades que envolvem processamento de informação e comunicação integrada
através de equipamento eletrônico. Nesse sentido, aplicam-se igualmente à automação do processo
de produção na manufatura que envolve a combinação da informação com a tecnologia mecânica,
como no caso dos processos de monitoração e ajustamento da produção através de CNCs (máquinas
de controle numérico) ou robôs.
As qualidades desse tipo de tecnologia, como tamanho, baixo custo, confiabilidade, flexibilida-
de, precisão, dentre outras, têm facilitado o seu emprego no setor industrial e ampliado as possibili-
dades de aplicação no setor de serviços.

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135
Organização de Empresas
O emprego de tecnologias avançadas no processo de produção, como CNCs, CAD (projeto as-
sistido por computador), CAM (manufatura assistida por computador) e robôs, tem sido o foco de
atenção principal dos que se preocupam com o impacto de novas tecnologias nas organizações. No
entanto, é preciso lembrar que o setor de serviços é o maior comprador da informática. Por exemplo,
em 1982, nos Estados Unidos, o setor de serviços adquiriu mais de 80% dos 25 bilhões de dólares gas-
tos em computadores e equipamentos de escritório. No Brasil, a rapidez das aplicações da informática
no setor de serviços vai depender, entre outros fatores, do sucesso da lei de reserva de mercado de
1982, e, portanto, da capacidade da indústria de super¬ mini, mini e microcomputadores de produzir
equipamentos de baixo custo e boa qualidade.
Mas já há alguns setores no país utilizando-se, largamente, da informática, como o bancário,
que tem acompanhado de perto a evolução tecnológica do setor financeiro nos países desenvolvidos.
O Brasil já possui aproximadamente 5.000 agências interligadas através do sistema on Une. Os dois
maiores bancos comerciais brasileiros possuem ao todo 323 Atms (Automated Teller Machines) que
desempenham uma série de operações input de um cartão magnético como a produção do saldo,
realizações de depósitos e pagamentos, estendendo o horário de funcionamento do banco com eco-
nomia de pessoal. Os bancos mais modernos já possuem agências automatizadas que dispõem de ter-
minais e de caixas automáticas que, através da digitação do código do cliente, realizam operações de
depósito e saldo. Verdadeiramente revolucionários são os E.F.T. (terminais de transferência eletrônica
de fundos) localizados em pontos comerciais estratégicos, como postos de gasolina e shoppings, que,
através de um cartão magnético, fazem operações de débito direto na conta do cliente.
As aplicações da informática prometem transformações drásticas também no comércio através
dos EPOS (terminais eletrônicos de pontos de venda) ou PDVs conforme os chamamos no Brasil. Al-
guns supermercados e lojas de departamentos já começaram a utilizar esse sistema que consiste de
terminais ligados a um computador central que transmitem informações sobre as vendas diretamente
ao estoque e à seção de compras. Atualmente, os EPOS usados no Brasil baseiam-se no sistema digital,
mas brevemente o comércio brasileiro estará utilizando o registro magnético que se tornará viável
com o código de barras desenvolvido recentemente a nível nacional.
As aplicações da informática no setor de serviços atingem até a medicina, com os computado-
res para autodiagnóstico e os sistemas de monitoração de pacientes, com equipamentos que, além
de mensuração contínua de dados vitais, podem até administrar medicamentos, automaticamente.
Embora a aplicação da informática como instrumento auxiliar médico seja ainda incipiente no Brasil,
já há alguns hospitais que vêm empregando os sistemas de informação de pacientes que integram in-
formações relevantes sobre o cliente, como por exemplo: período de estada, diagnóstico, tratamento
e custos.
Seja na indústria ou nos serviços, a informática vem sendo empregada dentro dos seguintes
objetivos: melhoria da qualidade do produto ou serviços, controle de custos, necessidade de acompa-
nhar a competição, maior quantidade e qualidade de informação e produtividade da força de traba-
lho. Mas os efeitos da informatização não se limitam às estratégias traçadas, indo além dos objetivos
pretendidos pela empresa. As tecnologias da informação têm um impacto mais amplo na organização,
podendo atingir áreas e encorajar procedimentos não previstos. A informática requer uma série de

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

136
Organização de Empresas
outras decisões que afetam a estrutura e processos organizacionais, e implica numa nova relação do
empregado com o seu trabalho.

4.1 EFEITOS SOBRE A ESTRUTURA E PROCESSOS ORGANIZACIONAIS


Um dos aspectos mais discutidos da informática refere-se ao seu potencial de tornar redundan-
tes certas ocupações. A redundância ocorre quando a necessidade do empregador de certo tipo de
trabalho diminui ou cessa. A tecnologia da informação provoca um descompasso entre as habilidades
disponíveis e as exigidas, mudando as relações de dependência da organização para com a mão de
obra. Tivemos oportunidade de observar essa situação em um estudo que estamos desenvolvendo
sobre o setor de serviços.
A introdução das novas tecnologias de escritório afeta áreas de trabalho intensivo como datiló-
grafas, estenografas e arquivistas, ao mesmo tempo em que cria funções gerenciais. No superatacado
que estudamos os postos de faturistas e kardecistas desapareceram, enquanto que postos em nível de
gerência foram criados. A adoção de PDVs ligados a um computador central permite uma integração
melhor do controle administrativo: os dados de venda são captados no caixa através dos terminais e
são transmitidos diretamente ao controle de estoques que, por sua vez, transmite a informação à se-
ção de compras. Esse tipo de tecnologia tornou desnecessárias não somente as funções relacionadas
ao controle de estoque, mas algumas de supervisão ligadas à função de compras.
Nos serviços, a unificação do controle administrativo que a informática permite pode levar a
uma compressão do nível médio para baixo na hierarquia, com a eliminação de alguns postos de
supervisão e outros relativos à compilação e registro manual de dados. Nesse mesmo superatacado,
foram criados três postos em nível de gerência, enquanto foram eliminados três postos em nível de
supervisão e dez ligados à função de controle de estoque.
Também na manufatura tem-se observado uma mudança no perfil de mão de obra. Algumas
indústrias que passaram de um processo de produção eletromecânico para eletrônico, como a de
relógios e telecomunicações, sofreram um processo de mudança estrutural. As empresas modernas
têm um número maior de engenheiros e trabalhadores não qualificados.
Em geral, nas empresas que empregam as tecnologias novas no processo de fabricação, a pro-
porção de white collars em relação aos blue collars inverteu-se; há menos trabalhadores manuais
e mais técnicos, engenheiros, pessoas em pesquisa e desenvolvimento, em computação e serviços
administrativos. Na manufatura, as estruturas administrativas tornaram-se redundantes em áreas de
supervisão, monitoração e controle. Dada à redução da necessidade de inspeção, a função controle
de qualidade acaba sendo reduzida simplificada. Por outro lado, é criado espaço para outras funções
ligadas ao planejamento, administração e manipulação de informação do equipamento.
Ao contrário do que se supõe essas mudanças não representam pura e simplesmente alterações
no perfil de mão de obra. Elas significam transformações muito maiores nas organizações, pois essas
novas tecnologias criam novas especializações e hierarquias. Na área de sistemas, a própria divisão
interna do trabalho é heterogênea, ou seja, há ocupações que exigem maior qualificação como as de

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

137
Organização de Empresas
criação, análise e interpretação de informações e as que exigem menos habilidades – atividades des-
tinadas a manipulações de informações.
E justamente neste tipo de atividade que se encontra o emprego de mão de obra feminina, ou
seja, de datilógrafas, secretárias, digitadoras, caixas. Já nos escalões mais altos, estão as ocupações
masculinas, profissionais, gerentes, programadores e analistas. A informática é, certamente, um ins-
trumento destinado a assistir o trabalho desse último grupo e, para tanto, exige-se do primeiro rapi-
dez e produtividade no processamento de informações.
Na Suécia, um dos países mais avançados do mundo, 90% dos que trabalham na administração
de processamento de dados e 80% dos que trabalham no e planejamento são homens, e 97% dos que
trabalham com digitação são mulheres.
Não temos dados globais sobre a divisão do trabalho no Brasil, mas tivemos oportunidade de
observar situação semelhante no atacado que estudamos: enquanto os homens exerciam quase todas
as funções de gerência e supervisão, as mulheres desempenhavam tarefas nos terminais de pontos de
venda, de digitação e administrativas.
Outra tendência decorrente do impacto da informática é a burocratização da organização. Na
empresa que estudamos, observamos o crescimento da área administrativa destinada à preparação
de dados. Simultaneamente ao desenvolvimento dos sistemas, a empresa foi se tornando mais bu-
rocratizada. Antes do computador, a empresa não tinha informações precisas sobre o tamanho e ca-
racterísticas da força de trabalho e nem mesmo sobre seu desempenho econômico financeiro. Aos
poucos, a firma passou a se conhecer melhor através do computador: o seu estoque, o faturamento,
vendas, a clientela, contas a receber, os fornecedores, contas a pagar e competidores. O departamen-
to de contabilidade tornou-se mais organizado e também o departamento de pessoal que, a partir daí,
começou a adotar um sistema mais sistematizado de seleção. Os padrões de entrada e saída de mão
de obra modificaram- se; a empresa passou a dar maior importância à experiência de trabalho e a
admitir um maior número de pessoas com educação superior, reduzindo, ao mesmo tempo, o número
de empregados sem experiência e analfabetos.
Esse mesmo processo pode ser encontrado em outras organizações. Porém, a extensão das
mudanças vai depender do grau de burocratização anterior da organização. Parece claro que a infor-
mática e a burocracia não são independentes, ou seja, a informática é um veículo de padronização e
normatização organizacional. Através de um estudo, que realizamos em um hospital, que introduziu
um super minicomputador para propósitos administrativos, tivemos a chance de observar o desenvol-
vimento de uma série de controles pela organização. Com a introdução do computador, foram estabe-
lecidos diversos controles administrativos, anteriormente inexistentes, como a definição do número
de primeiras consultas e retornos por dia e por clínica, horário para marcar consultas, definição prévia
do período de férias dos funcionários, etc.
Surpreendentemente, em algumas organizações a burocratização deixa de ser racional e passa a
ser disfuncional. Como o computador facilita o estabelecimento de procedimentos ou regras escritas,
a organização passa a criar uma série de relatórios e formulários que não são sequer analisados ou
interpretados. Verificamos que, em algumas empresas de prestação de serviços, a informática facilita
a criação de formulários bem detalhados sobre o uso de veículos ou equipamentos cujos dados são
compilados através do computador, mas não são nunca examinados.
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138
Organização de Empresas
As disfunções manifestam-se também através da redundância do sistema, ou seja, há organiza-
ções que conferem manualmente os relatórios emitidos pelo computador. No atacado onde realiza-
mos nosso estudo, verificamos que alguns postos foram criados com o objetivo exclusivo de conferir
o trabalho já realizado automaticamente pelo computador, como os cargos ligados à conferência de
estoques.
Esse tipo de disfunção pode ser resultado de um processo de aprendizagem, no qual não se con-
fia ainda o suficiente na nova tecnologia. Contudo, é necessário entender que esse tipo de conduta
impõe um custo financeiro e humano para a organização. Normalmente, a informática é empregada
nas empresas como um instrumento de otimização de recursos. No entanto, é comum encontrarmos
a situação de redundância na organização do trabalho apesar da informática. No atacado que estu-
damos a implantação de pontos eletrônicos de venda, ligados a um computador central, levou a um
aumento de 15 pessoas na área do caixa em vez de redução. É que, nesse caso, a organização do traba-
lho não acompanhou a mudança tecnológica, permanecendo a redundância característica do sistema
anterior. O trabalho foi organizado de modo a evitar erros no registro da saída de mercadorias, mas
à custa de uma maior segmentação das tarefas, implicando também em maiores gastos financeiros.
Havia quatro postos de trabalho, a meu ver redundantes, destinados à conferência e à conferência da
conferência. O mais interessante era que a organização não mantinha registro do número de erros.
Assim, a informática, em vez de levar a um processo de racionalização organizacional, acaba
criando disfunções burocráticas. Em organizações públicas, a situação é mais grave, uma vez que as
tecnologias de informação substituem algumas tarefas humanas, economizando mão de obra. Os re-
latórios, formulários e outros instrumentos de padronização transformam-se, então, numa estratégia
de criação de trabalho e mesmo de sobrevivência, uma vez que a organização pública dentro da es-
trutura organizacional atual tem que conviver com o excesso de mão de obra e tecnologias que eco-
nomizam recursos humanos.
Cabe lembrar que o problema da burocratização está diretamente ligado à questão dos proces-
sos de controle organizacionais e à centralização de decisões. O potencial da informática faz com que
o controle gerencial possa ser exercido sem a necessidade de relações diretas com os subordinados.
Tecnologias como máquinas de controle numérico, processadores de palavras, terminais eletrônicos
de pontos de venda permitem o controle mais preciso da produtividade, registrando horas paradas,
número de erros, rapidez do trabalho. Os terminais inteligentes, além disso, requerem mais disciplina
fazendo com que o trabalhador siga o ritmo da própria máquina.
A informática muda, portanto, o sentido da supervisão e aumenta o potencial para o controle
administrativo, uma vez que permite a obtenção de medidas mais precisas, melhora a capacidade de
comunicação à distância e possibilita a aplicação de rotinas sintetizantes. Outra aplicação é que a dire-
ção não tem mais que se basear na gerência média para obtenção de informações. Na medida em que
as novas tecnologias melhoram os sistemas de informação, elas fazem com que certas informações
viajem com maior rapidez do nível operacional ao gerencial, favorecendo a centralização de decisões.
As tecnologias da informação promovem a unificação de sistemas de controles fragmentados
tanto na indústria quanto nos serviços. A integração é facilitada na medida em que a mesma informa-
ção se torna acessível a diferentes departamentos através do acesso a um arquivo comum. A IBM, por

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exemplo, criou uma rede cooperativa que envolve a interligação entre 60.000 terminais e proporciona
acesso imediato a informações básicas sobre a companhia.
Os sistemas de admissão de pacientes que estão sendo implantados em alguns hospitais permi-
tem a integração das informações sobre o paciente: diagnóstico, exames, tratamento, tempo de esta-
da. Ao mesmo tempo, é possível conciliar os dados da internação, farmácia e compras. No comércio, a
combinação de terminais de venda com o computador central facilita a unificação do controle dentro
da loja, conciliando informações sobre venda, estoque nas prateleiras, controle de caixa, alocação de
pessoal e compras.
A consequência natural da unificação do controle é, portanto, a centralização, pois não haveria
necessidade de a administração média funcionar como intermediária do processo de integração das
atividades organizacionais. Além disso, o controle administrativo pode ser melhorado através de mu-
danças no software.
As tecnologias da informação, portanto, têm capacidade para modificar a estrutura organiza-
cional e os processos administrativos, como padrões de controle e supervisão. Seus efeitos não se
restringem, porém, ao nível da organização, pois a informática muda também à relação do indivíduo
com o seu trabalho.

4.2 EFEITOS SOBRE O TRABALHO E O TRABALHADOR


As experiências de implantação de um sistema computadorizado de informações sugere que o
impacto da tecnologia se dá, num primeiro instante, em nível das relações homem-máquina.
Quando o trabalho que era manual passa a ser mediado pelo computador, ocorre uma mudança
na natureza da tarefa que altera fundamentalmente a relação do indivíduo com a mesma. O trabalho
mediado por computador envolve a manipulação eletrônica de dados e caracteriza-se por ser uma
atividade abstrata ao invés de uma atividade sensorial e concreta. Isso significa que o indivíduo passa
a lidar com a tarefa por intermédio do sistema de informação mais do que através do contato direto
físico com o trabalho. Na tarefa manual, um arquivista manipula as fichas e entra em contato físico
com as mesmas. Com o computador, a visualização concreta do fichário se perde, pois as fichas po-
dem estar em qualquer ponto imaginário da “caixa-preta”.
Tivemos oportunidade de observar isso tanto no trabalho em bancos quanto em hospitais. An-
teriormente ao sistema on Une, as informações a respeito do saldo do cliente no banco eram buscadas
nas listagens e nas fichas individualizadas confeccionadas à noite nos centros de processamento de
dados. Com os caixas automáticos, as informações a respeito da situação financeira dos clientes são
arquivadas em qualquer ponto da “caixa-preta”. Além disso, a tarefa de caixa requer mais uma abs-
tração, ou seja, as informações a respeito das transações devem ser armazenadas através dos códigos
que as identificam. Antes, o caixa tinha que registrar apenas as operações de saque e depósito. No
novo sistema, as operações devem ser registradas especificando-se através de códigos a natureza da
operação, a praça, a agência do cliente, etc.
Tivemos oportunidade de observar isso tanto no trabalho em bancos quanto em hospitais. An-
teriormente ao sistema on Une, as informações a respeito do saldo do cliente no banco eram buscadas

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nas listagens e nas fichas individualizadas confeccionadas à noite nos centros de processamento de
dados. Com os caixas automáticos, as informações a respeito da situação financeira dos clientes são
arquivadas em qualquer ponto da “caixa-preta”. Além disso, a tarefa de caixa requer mais uma abs-
tração, ou seja, as informações a respeito das transações devem ser armazenadas através dos códigos
que as identificam. Antes, o caixa tinha que registrar apenas as operações de saque e depósito. No
novo sistema, as operações devem ser registradas especificando-se através de códigos a natureza da
operação, a praça, a agência do cliente, etc.
Situação semelhante ocorre nos sistemas de admissão para consultas em hospitais. O hospital
que estudamos fornece um bom exemplo à introdução da informática na organização. Anteriormente,
as consultas eram marcadas manualmente, e, para tanto, era necessário consultar a agenda médica
ou cadastro do cliente, registrando-se em seu cartão o dia, o horário da consulta e o nome do médico.
Com a introdução dos terminais, as fichas de consulta, as agendas médicas e os prontuários de clien-
tes passaram a ser feitos pelo computador. Para marcar a consulta, passou a ser necessário verificar a
agenda médica através dos terminais, o que exigia a manipulação correta de símbolos. As funcionárias
afirmaram que esse novo esquema gerou bastante insegurança e uma sensação de perda de controle
da situação, pois todas as informações estavam armazenadas na memória da máquina. A tarefa das
atendentes tornou-se mais abstrata uma vez que tinham que localizar os horários vagos por clínica
e por médico e ainda na data desejada pelo cliente. A nova tarefa não implicava em manipulação
concreta do arquivo que, ao contrário, passou a ser representado simbolicamente através das infor-
mações no vídeo.
Embora as tecnologias da informação impliquem numa mudança nas relações com a tarefa,
podendo exigir em certos casos mais abstração ou novas habilidades, é necessário ter certo cuidado
para não cair em generalizações ou simplificações incorretas. O estudo que estamos desenvolvendo,
nos leva a crer que a maneira como a informática afeta o trabalhador depende de decisões da admi-
nistração a respeito das características e capacidade do equipamento a ser selecionado e de decisões
acerca da organização do trabalho.
Os equipamentos que estão sendo utilizados nos países mais avançados, à base da caneta mag-
nética, podem, certamente, tornar redundante e, consequentemente, desempregada a maioria do
pessoal que dá apoio ao caixa estilo convencional. Isso vale também para os terminais de pontos de
venda baseados no sistema digital, principalmente naqueles estabelecimentos onde há necessidade
de discriminação da nota fiscal. As estratégias de automação bancária através das Atos têm potencial
para produzir mais desemprego do que as tecnologias baseadas em caixas automáticos que necessi-
tam da intervenção humana.
Mas, em qualquer caso, o fator principal é a organização do trabalho, pois é através dela que se
determinam a divisão e o conteúdo das tarefas e se estabelecem as condições nas quais os recursos
humanos são alocados. A maneira como o trabalho é organizado tem influência no nível de stress e na
satisfação do empregado.
Conforme sugerimos anteriormente, as tecnologias da informação podem provocar stress se a
mudança na natureza da tarefa for drástica, como no caso da passagem de um sistema manual para o
mediado por computador. Aí, nesse caso, são importantes a forma como o trabalho é organizado bem
como as características da tarefa anterior.

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

141
Organização de Empresas
Existem formas de organização do trabalho que agravam a situação de tensão provocada pela
introdução de terminais. Isso acontece quando o trabalho é intermediado por duas tecnologias dife-
rentes.
A inovação na marcação de consultas no hospital que estudamos pode servir de exemplo. No
novo sistema, as consultas eram marcadas através dos terminais e por telefone. A maioria das fun-
cionárias da seção declarou que esse sistema provoca mais stress, pois o ritmo de trabalho era deter-
minado pela frequência das chamadas e pelo ritmo em que a máquina processava as informações. O
contato com o cliente era resumido, indireto e, às vezes, tenso. Como o contato telefônico era difícil,
pois as linhas estavam sempre ocupadas, e usualmente ocorria alguma demora no processamento
das informações pelo computador, havia muitas reclamações dos usuários, que atribuíam as falhas às
telefonistas. Além disso, a tarefa no telefone e nos terminais era duplamente repetitiva e monótona
para a operadora. Os efeitos das tecnologias de informação sobre o trabalhador dependem não só
da organização do trabalho, mas são também relativos à função que este exercia previamente. Se o
empregado já desempenhava tarefas de caráter rotineiro e repetitivo e já intermediado por alguma
tecnologia mecânica ou mesmo eletromecânica, é pouco provável que a introdução de sistemas de
informação baseados na microeletrônica possa trazer mudanças substanciais na natureza da tarefa.
É preciso lembrar, no entanto, que a informática afeta não só aquelas funções mediadas por
computador, mas também outras interligadas ao fluxo de informações geradas pelo sistema. Geren-
tes, supervisores e pessoal administrativo veem a informática de diferentes maneiras. Tanto no co-
mércio quanto no setor bancário, o emprego da informática torna o desempenho do gerente muito
mais visível. No caso dos bancos, os sistemas de informações permitem o acompanhamento mais pre-
ciso e imediato do cumprimento das metas dos bancos. Através da informática, a matriz ou a regional
podem acompanhar diariamente o cumprimento das metas em relação aos diversos produtos dos
bancos. Exige-se, por outro lado, mais dos gerentes das agências modernas, com base no argumento
de que a gerência possui a sua disposição tecnologias avançadas que facilitam a venda dos serviços
bancários. Ademais, como a automação economiza tempo do gerente na busca de informações sobre
a situação do cliente, sobra mais tempo para o contato com clientes especiais. Requerem-se, por isso,
mais assertividade e desempenho na venda dos serviços.
Portanto, a informática traz consigo algumas mudanças no estilo de gerência que são encaradas
de maneira positiva. Mas, os gerentes reconhecem que a possibilidade de controle e acompanhamen-
to mais imediato gera mais stress. Segundo o depoimento de alguns gerentes de banco, a informática
facilita o contato com os subordinados e com os clientes e agiliza as tarefas, deixando mais tempo para
a venda de serviços.
Em geral, os gerentes de agências automatizadas sentem-se privilegiados por trabalharem na
mesma. Mas alguns acham que a automação a través das Atos tornou o trabalho da gerência mais
difícil, pois tendem a afastar o cliente do banco. Segundo eles, os sistemas de automação dos serviços
ao cliente tendem a torná-lo independente da gerência, e a transformar as relações entre cliente e
banco, tornando-as mais impessoais. Contudo, a automação bancária requer mais esforço do gerente:
o cliente do banco automatizado é mais exigente; normalmente espera-se que a venda de serviços
compense os custos de automação e, além disso, a automação torna a competição interbancária mais
difícil.

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

142
Organização de Empresas
Fenômeno similar ocorre no comércio. Também aqui, a gerência acha que o desempenho é mais
cobrado através dos relatórios. Os erros são mais visíveis e detectados facilmente. Há agora a neces-
sidade de saber que relatórios devem ser produzidos para qual fim e como interpretá-los. As firmas
ressaltam que fizeram um investimento de alto custo e cabe à gerência a responsabilidade de fazê-lo
funcionar. Apesar do stress que o novo sistema gera, a aplicação da informática é vista como positiva,
pois tem um impacto direto nas relações com os clientes e, consequentemente, no desempenho da
firma. Os terminais eletrônicos de venda agilizam o registro de vendas, reduzindo o tamanho das filas
e deixando a clientela mais satisfeita com os serviços. No estabelecimento comercial que estudamos,
o número de clientes aumentou em 174% e o faturamento em 249%, no ano seguinte à implantação
dos terminais de PDV.
Tanto no comércio quanto no setor bancário, as tarefas do caixa são alteradas apenas marginal-
mente pela introdução da informática. Em ambos os casos, as tarefas já eram repetitivas e mediadas
por uma tecnologia mecânica ou eletromecânica. O bancário reconhece que com os caixas eletrôni-
cos o seu trabalho tornou-se mais abstrato e exige maior atenção. Há alguns exemplos no comércio
atacadista em que as exigências do trabalho se tornaram menores. No sistema antigo, quando as
notas fiscais eram datilografadas, exigiam-se datilógrafas para o exercício da função. Com os terminais
eletrônicos, a nota fiscal passou a ser feita pelo computador, através dos caixas, nos pontos de venda,
sendo necessário apenas registrar-se o código dos produtos.
As operadoras dos terminais que registram as notas fiscais veem a nova tecnologia como um
fator positivo, pois acham que ela traz uma série de vantagens, como a mobilidade vertical e melhores
oportunidades no mercado de trabalho. Nos PDVs, existe mais autonomia, segundo elas, pois há me-
nos supervisão direta. A rapidez de atendimento através dos terminais reduz os atritos com os clientes
e com os superiores. O stress é menor e há mais satisfação no trabalho.
Nos bancos, algumas tecnologias como caixas automáticos exigem a participação mínima do
bancário. Em outros casos, como por exemplo, os terminais de cliente e Atos excluem completamente
a participação do caixa, pois são baseados no autosserviço. Apesar disso, os caixas não veem as má-
quinas como rivais que vêm incorporando as suas funções através do software. Ao contrário, apreciam
trabalhar com tecnologias avançadas e acham que a informática assumiu parte da responsabilidade
do seu trabalho. Não há mais preocupações com erros a respeito de cheques sem fundos, pois a
máquina rejeita automaticamente a operação de saque em casos de ausência de fundos. As relações
com os clientes melhoraram, apesar de o cliente exigir mais desempenho do funcionário quando a
agência é automatizada, pois argumenta que o funcionário dispõe de mais recursos tecnológicos, não
podendo errar nem delongar no seu desempenho. Os caixas se ressentem da falta do relacionamento
mais pessoal com a gerência, que ocorre ainda nas agências tradicionais. Conforme sugerimos ante-
riormente, o gerente dispõe de menos tempo para questões administrativas e está sendo incentivado
a ser mais agressivo na venda dos produtos bancários.
A informática agiliza a prestação de serviços de maneira geral. Diferentemente do que preconi-
zam seus entusiastas, as tecnologias da informação não permitem ao empregado dedicar-se a tarefas
mais interessantes, exceto em alguns casos. A aplicação efetiva dos sistemas tem como resultado a
melhoria da qualidade dos serviços e, consequentemente, o aumento da clientela. Isso implica, evi-
dentemente, em maior volume de trabalho. De um modo geral, o aumento do ritmo e do volume tem

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

143
Organização de Empresas
consequências para o fluxo de trabalho e atinge a organização como um todo, independentemente
da categoria ocupacional ou nível hierárquico. O aumento do ritmo e volume do trabalho, por outro
lado, não afeta de maneira significativa o empregado a ponto de exacerbar as condições de tensão no
trabalho. Outros fatores são mais importantes nesse caso. Para as funções cujo desempenho depende
de interação direta com a clientela, as inter-relações com o cliente são críticas. Se o contato com a
clientela é ruim porque a qualidade dos serviços deixa a desejar, geralmente há tensão no trabalho.
Se a aplicação de sistemas tem por objetivo melhorar a qualidade dos serviços prestados e é feita de
maneira eficiente, um dos resultados é a redução das tensões no trabalho. Pudemos observar essa
situação no atacado que estudamos, e o contrário no hospital, onde a implementação inadequada dos
sistemas piorou a qualidade dos serviços prestados, criando atritos com os clientes e aumentando as
tensões dos atendentes.
Em geral, os empregados reagem de forma diferenciada às tecnologias de informação, depen-
dendo da categoria ocupacional ou posição na hierarquia. Podemos dizer que os pontos favoráveis
pesam mais em nível de gerência do que para as operadoras dos terminais. Para os trabalhadores
não qualificados (que executam tarefas de apoio às operadoras de terminal), os pontos a favor pesam
tanto quanto os contra, isto é, o impacto do computador não é tão representativo.
No caso da empresa comercial que estudamos, a informática é vista como positiva por diferen-
tes categorias ocupacionais. Predomina a ideia de que as tecnologias novas equivalem a progresso,
por isso são boas, não havendo razão para questioná-las. Simbolizam prestígio e status, tanto para
os gerentes quanto para os supervisores e trabalhadores em geral. Num país em que o emprego da
informática é incipiente, é natural que tenham reconhecimento àqueles que conseguem desvendar
os seus mistérios. Atribuem-se, portanto, poderes à tecnologia que ela própria não tem, como o de
possibilitar a ascensão na empresa ou de melhorar as oportunidades no mercado de trabalho.
Embora a informática seja aplicada em organizações dentro de certos objetivos, existe uma
grande diferença entre o potencial das tecnologias de informação e suas realizações. A tentativa de se
resolverem problemas através da estratégia de informatização traz certas consequências planejadas e
não planejadas para a organização, o trabalho e o trabalhador, que devem ser avaliadas, mesmo antes
de se tomarem as decisões sobre a compra dos equipamentos.
A ação administrativa, diante das novas tecnologias, deveria, portanto, começar com o reexa-
me da estrutura organizacional, das rotinas, controle administrativo e dos sistemas de supervisão. A
informática não tem condições de atingir os objetivos pretendidos se não for acompanhada de um
desenvolvimento na área burocrática, se não houver um reajustamento dos padrões de controle e
supervisão.
Dissemos que os efeitos das tecnologias sobre o trabalho não são inexoráveis, isto é, dependem
da escolha tecnológica e da maneira como o trabalho é organizado. Isso implica em novas possibilida-
des de atuação para o profissional de recursos humanos, pois as opções vão além da segmentação do
trabalho e do desemprego. É possível chegar-se a arranjos do trabalho que venham a qualificá-lo em
vez de degradá-lo. Mas isso requer uma reavaliação da primazia que é dada a critérios econômicos e
sociais na organização do trabalho.

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144
Organização de Empresas
A informática, portanto, impõe novos desafios à gestão de recursos humanos que terá de re-
pensar algumas de suas funções básicas como a seleção e treinamento. Visualizamos um importante
papel para o gerente de RH na preparação para a informatização da empresa, desde o diagnóstico,
previsão das implicações, até o reajustamento na divisão do trabalho e mesmo reeducação.

Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034- 75901988000300006&script=sci_arttext data: 17.12.2013


12h15min

5. AVALIAÇÃO DO PERFIL EMPREENDEDOR


Conheça as principais características de empreendedores de sucesso.
Vai abrir um negócio? Então saiba que o primeiro passo desse projeto é conhecer as caracterís-
ticas de empreendedores que deram certo e verificar se você se identifica com elas.
• Conhecer o ramo de atuação e buscar sempre novas informações;
• Possuir capacidade de liderar e motivar;
• Correr riscos calculados;
• Ser otimista, organizado e criativo;
• Possuir comprometimento e determinação;
• Ser persistente, não desistir e superar obstáculos;
• Ser independente e autoconfiante;
• Estabelecer metas;
• Buscar oportunidades e tomar iniciativa;
• Acompanhar o desempenho dos concorrentes;
• Planejar e realizar um monitoramento sistemático das ações.
É preciso ressaltar que nem sempre uma pessoa reúne todas as características que marcam a
personalidade de um empreendedor de sucesso. No entanto, se você se identificou com a maioria de-
las, terá grandes chances de se dar bem. Mas, se descobriu pouca afinidade com sua vida profissional,
reflita sobre o assunto e procure desenvolver-se.

Na prática
Como o SEBRAE pode auxiliar nesta etapa:
Teste: “Perfil do Empreendedor”
Acesse www.sebrae.com.br, clique em “Atendimento” e depois em “Teste do perfil do em-
preendedor”

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145
Organização de Empresas
Cursos: “Oficina do Empreendedor”, “Aprender a empreender”, “Empreendedorismo – Rumo
ao próprio negócio”, “Empretec”, “Saber empreender”.

Informações: 0800 570 0800 / www.sebraemg.com.br

6. PROJETO DE CONCLUSÃO DE CURSO

6.1 MODELO

UTRAMIG
CURSO TÉCNICO EM INFORMÁTICA

PROJETO E
QUALIDADE
EM
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO I

RELATÓRIO DO PROJETO
(nome do projeto) (logomarca)

GRUPO DE TRABALHO:
GERENTE: <integrante> EQUIPE:

BELO HORIZONTE
Mês/Ano

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146
Organização de Empresas
ÍNDICE GERAL

A. PROPOSTA DO PROJETO
B. CONTÉÚDO DESSE RELATÓRIO
C. CRONOGRAMA DO PROJETO
1. APRESENTAÇÃO DO CLIENTE DO PROJETO
NOME DA EMPRESA:
RAMO DE ATIVIDADE:
ENDEREÇO COMPLETO:
USUÁRIOS DE CONTATO:
2. COM RELAÇÃO AO PROJETO
ÁREAS DE ABRANGÊNCIA DO SISTEMA NA EMPRESA
3. FASE DE LEVANTAMENTO E COLETA DE DADOS
3.1- ENTREVISTAS
3.1.1 – BRAINSTORMING GERAL DOS INTEGRANTES DO GRUPO 3.1.2- RELATÓRIO DA ENTREVISTA
NA EMPRESA
3.1.3- RELATÓRIO DE OUTRAS ENTREVISTAS
3.2 - PESQUISA EM DOCUMENTOS
3.3 - RELATÓRIO DOS ASPECTOS DA OBSERVAÇÃO DIRETA
3.4 - REQUERIMENTOS OU FUNÇÕES DO SISTEMA
3.5 - PROCEDIMENTOS QUE CONTINUARÃO EXISTINDO MANUALMENTE
4. FASE DE DESENVOLVIMENTO (SOMENTE PARA CURSO DE INFORMÁTICA)
4.1 - PROJETO CONCEITUAL
4.1.1. DER
4.1.2 Diagrama de Classes e Objetos
4.1.3 Diagrama de Sequencia
4.1.4 Diagrama de Casos de Uso
4.1.5. Descrição Contextual dos Casos de Uso
4.2 PROTÓTIPO DO SISTEMA

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147
Organização de Empresas
7. ANEXOS

A. PROPOSTA DO PROJETO
Na grade curricular do curso de informática consta a matéria Projeto e Qualidade em Sistemas
de Informação, em suas versões I e II. Seu conteúdo visa aperfeiçoar nos alunos a capacidade de de-
senvolverem um levantamento o mais apurado possível das necessidades que sejam atendidas por
um programa de computador específico, projetado e desenvolvido sob medida em um estabelecimen-
to de pequeno porte, seja uma empresa privada ou instituição.
(Este trabalho tem por objetivo desenvolver um projeto piloto em uma empresa colaboradora,
desde a etapa de levantamento inicial até a criação do software, que irá atendê-la pelo menos na te-
oria e sob a ótica didática.)
Este trabalho tem por objetivo documentar o sistema de informatização.

Descrição da empresa
• Nome da Empresa
• Histórico
• Localização (mapa e foto)
• Objetivo
• Missão
• Visão
• Valores
• Responsabilidade Social
• Organograma

B. CONTÉÚDO DESSE RELATÓRIO


Esse relatório contém todas as informações da primeira fase do projeto de informatização pro-
posto pelo programa da matéria PROJETO E QUALIDADE EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO I.
Toda a documentação detalhada está discriminada nesse relatório, de forma que a sua leitura
deverá proporcionar o entendimento, a análise e a avaliação por um profissional de informática do
que deverá ser feito, assim como todo o projeto do sistema a ser desenvolvido na segunda fase da
matéria.
<Outras informações que vocês queiram relatar>.

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

148
Organização de Empresas
C – CRONOGRAMA DO PROJETO
EXEMPLO

Fonte: “Exemplo de cronograma” - Rafael Malagoli, 29 Jan. 2016

1- APRESENTAÇÃO DO PROJETO

NOME DA EMPRESA:
<BIBLIOTECA DA FUNDAÇÃO PARA O
TRABALHO DE MINAS GERAIS – UTRAMIG>

RAMO DE ATIVIDADE:
<EMPRÉSTIMOS DE LIVROS, REVISTAS E APOSTILAS>

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149
Organização de Empresas

ENDEREÇO COMPLETO:
<AVENIDA AFONSO PENA, 3400.
BAIRRO: CRUZEIRO
CEP:
BELO HORIZONTE – MINAS GERAIS>

USUÁRIOS DE CONTATO:

NOME FUNÇÃO FONE / E-MAIL

2. SITUAÇÃO ATUAL E ESCOPO DO PROJETO


DESCRIÇÃO RESUMIDA DAS ATIVIDADES DA EMPRESA:
Empréstimo de livros e revistas e apostilas a Alunos, controle do uso da Internet.
PONTOS CRÍTICOS DO NEGÓCIO
• <Empréstimo manual de livros;
• Renovação manual da Carteira da Biblioteca>
OBJETIVOS A MÉDIO E LONGO PRAZO DA EMPRESA:
<O que a empresa espera ou pretende fazer nos próximos 6 meses, 1 ou 2 anos. Expandir-se,
abrir filiais, passar a atuar com outros tipos de produtos ou serviços ? O que já está sendo planejado

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

150
Organização de Empresas
que pode promover mudanças significativas em sua forma de funcionamento e gerenciamento e que
consequentemente trarão implicações no software a ser projetado.>

ESCOPO E EXPECTATIVAS COM RELAÇÃO AO PROJETO


<O que se pretende fazer informatizado e que atualmente está manual, ou mesmo que já esteja
sendo feito por outro software, mas que um novo faria de forma parecida, ou melhor? O que se pre-
tende vir a fazer na empresa graças ao uso de um SI projetado sob medida e quais são as vantagens e
ganhos que ele poderia proporcionar? >
<Aqui deverá ser desenvolvido um texto que resumidamente explana de forma objetiva o que
se pretende informatizar na empresa. O enfoque é a visão do usuário, uma visão de negócio e não
somente de sistema.>

ÁREAS DE ABRANGÊNCIA DO SISTEMA NA EMPRESA


<Quais áreas serão abordadas pelo sistema e quais não serão. Ex. a área de Vendas e a de Esto-
que serão abrangidas, mas não a Contabilidade.>

3. FASE DE LEVANTAMENTO E COLETA DE DADOS


3.1- ENTREVISTAS
3.1.1 – BRAINSTORMING GERAL DOS INTEGRANTES DO GRUPO
PARTICIPANTES, DATA E LOCAL DE REALIZAÇÃO
<CONTÉUDO...>
RELATÓRIO DO BRAINSTORMING
LISTA GERAL DE IDÉIAS
<CONTÉUDO...>
ESCRUTÍNIO DA LISTA
<Condensação das ideias e retirada de ideias que não tem a ver com o SI>

3.1.2- RELATÓRIO DA ENTREVISTA NA EMPRESA


PARTICIPANTES, DATA E LOCAL DE REALIZAÇÃO
<99/99/99 ...>
CONTÉUDO DA ENTREVISTA
<O que foi abordado com o cliente no primeiro contato. O seu roteiro de perguntas principais e
as principais ideias relatadas>

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151
Organização de Empresas
3.1.3- RELATÓRIO DE OUTRAS ENTREVISTAS
<Outras entrevistas que possam ocorrer no processo de Coleta de Dados. Se não foram realiza-
das retire esse tópico do trabalho.>

3.2 - PESQUISA EM DOCUMENTOS


<Quais documentos foram analisados e quais os aspectos relevantes sobre eles, além de uma
cópia em anexo de cada um, com explicações suficientes para o professor entender. Os documentos
deverão ser colocados junto desse relatório, no final, na seção ANEXOS.>

3.3 - RELATÓRIO DOS ASPECTOS DA OBSERVAÇÃO DIRETA


<Ideias e percepções que o grupo teve no processo de Observação Direta.>

3.4. - REQUERIMENTOS OU FUNÇÕES DO SISTEMA INFORMATIZADO


<O Grupo deve relacionar junto quais são os requerimentos do projeto, do ponto de vista prin-
cipalmente do usuário, isto é, o que ele quer, descrito de uma maneira formal, legível e resumida,
segundo o modelo já apresentado em aula teórica.>

3.5- PROCEDIMENTOS QUE CONTINUARÃO EXISTINDO MANUALMENTE


<Quais são os procedimentos que continuarão manuais e que deverão coexistir na empresa jun-
to com o sistema informatizado. Ex. Pesquisa de satisfação dos clientes, escolha de mercadorias para
compra, etc. Funções que não dependem de computadores.>

5. DEFINIÇÃO DE OBJETIVO
O principal objetivo de uma empresa é produzir com poucos custos obtendo o maior lucro possí-
vel, ou seja, o principal objetivo da empresa é gerar lucros. Ninguém abre uma empresa apenas para
bonito, ou apenas para dizer que é um empresário. A empresa precisa ser bem administrada para que
se saiba exatamente qual é o seu resultado, se o resultado não for positivo é preciso corrigir os erros
antes que seja tarde demais, muitas vezes a empresa até apresenta lucro, mas isso necessariamente
não significa que a empresa está bem. É preciso avaliar qual foi o investimento e se o retorno está de
acordo com o esperado. Por outro lado se a empresa está dando um retorno bastante favorável, é
preciso que seja avaliada a possibilidade de novos investimentos, não é aconselhável logo de cara já
ir comprando uma caminhonete do ano, sair gastando dinheiro à toa, é preciso lembrar ainda que a
rentabilidade de um mês pode não se repetir no mês seguinte. O dinheiro gera dinheiro, mas se não
soubermos utilizá-lo da maneira correta podemos ter uma enorme dor de cabeça.

Fonte: Acesso em 20.12.2013 – http://administracaoesucesso.com/2011/02/02/qual-e-o- principal-objetivo-de-uma-empresa/

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152
Organização de Empresas
6. DEFINIÇÃO DE MISSÃO
A missão é tida como o detalhamento da razão de ser da empresa, ou seja, é o porquê da empre-
sa. Na Missão, tem-se acentuado o que a empresa produz, sua previsão de conquistas futuras e como
espera ser reconhecida pelos clientes e demais stakeholders.
De acordo com o consultor Sergio Luiz de Jesus, a missão de uma empresa está tão ligada ao lu-
cro quanto ao seu objetivo social. Ainda segundo o consultor, toda missão dever orientar os objetivos
financeiros, humanos e sociais da organização.

Algumas definições:
“A missão é, em essência, o propósito da organização”. (Valeriano).
“A Missão é a projeção da organização na visão do mundo e o papel que ela exercerá”. (Pavani,
Deutscher e Lopes).
“Missão: razão de ser da empresa. Conceituação do horizonte, dentro do qual a empresa atua
ou poderá atuar no futuro”. (Oliveira).

Exemplos de missão:
• Fiat
Desenvolver, produzir e comercializar carros e serviços que as pessoas prefiram comprar e te-
nham orgulho de possuir, garantindo a criação de valor e a sustentabilidade do negócio.
• HSBC
Garantir a excelência na entrega de produtos e serviços financeiros, maximizando valor para
clientes e acionistas.
• Gerdau
Gerar valor para nossos clientes, acionistas, equipes e a sociedade, atuando na indústria do aço
de forma sustentável.

7. DEFINIÇÃO DE VALORES
Os valores incidem nas convicções que fundamentam as escolhas por um modo de conduta tan-
to de um indivíduo quanto em uma organização. Richard Barrett, ex-diretor do Banco Mundial, declara
que em uma organização os valores “dizem” e os comportamentos “fazem”. Assim sendo, os valores
organizacionais podem ser definidos como princípios que guiam a vida da organização, tendo um pa-
pel tanto de atender seus objetivos quanto de atender às necessidades de todos aqueles a sua volta.

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153
Organização de Empresas
Algumas definições:
“Uma crença que orienta julgamentos e ações por meio de objetivos específicos e imediatos”.
(Rokeach).
“Desejáveis... metas... que operam como princípios que orientam a vida de uma pessoa”.
(Schwartz).
“Princípios que guiam a vida da organização”. (Tamayo e Mendes).

Exemplos de valores:
• Fiat

Satisfação do cliente
Ele é a razão da existência de qualquer negócio.

Valorização e respeito às pessoas


São as pessoas o grande diferencial que torna tudo possível.

Atuar como parte integrante do Grupo Fiat


Juntos nossa marca fica muito mais forte.

Responsabilidade social
É a única forma de crescer em uma sociedade mais justa.

Respeito ao Meio Ambiente


É isso que nos dá a perspectiva do amanhã.

8. DEFINIÇÃO DE VISÃO
A visão é algo responsável por nortear a organização. É um acumulado de convicções que dire-
cionam sua trajetória. O professor de empreendedorismo Louis Jacques Filion define visão como “a
imagem projetada no futuro do espaço de mercado futuro a ser ocupado pelos produtos e o tipo de
organização necessária para se alcançar isso”.
Em suma, a visão pode ser percebida como a direção desejada, o caminho que se pretende per-
correr, uma proposta do que a empresa deseja ser a médio e longo prazo e, ainda, de como ela espera
ser vista por todos.

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

154
Organização de Empresas
Algumas definições:
“Uma imagem viva de um estado futuro ambicioso e desejável, relacionado com o cliente, e
superior em algum aspecto importante, ao estado atual”. (Whiteley)
“Articulações das aspirações de uma empresa a respeito de seu futuro”. (Hart) “Algo que se vis-
lumbre para o futuro desejado da empresa”. (Quigley)

Exemplos de visão:
• Fiat
Estar entre os principais players do mercado e ser referência de excelência em produtos e servi-
ços automobilísticos.
• HSBC
Ser o melhor grupo financeiro do Brasil em geração de valor para clientes, acionistas e colabo-
radores.
• Gerdau
Ser global e referência nos negócios em que atua.

Fonte: Acesso em 20.12.2013 ás 10h04min http://www.infoescola.com/administracao_/missao-visao-e-valores-os-


-principios- essenciais/

9. RESPONSABILIDADE SOCIAL
É quando as empresas decidem, voluntariamente, contribuir para uma sociedade mais justa e
para um ambiente mais limpo.
O conceito de responsabilidade social pode ser compreendido em dois níveis: o nível interno re-
laciona-se com os trabalhadores e, a todas as partes afetadas pela empresa e que, podem influenciar
no alcance de seus resultados. O nível externo são as consequências das ações de uma organização
sobre o meio ambiente, os seus parceiros de negócio e o meio em que estão inseridos.

Fonte: Acesso em 20.12.2013 ás 10h15min http://www.significados.com.br/responsabilidade/

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155
Curso Técnico em

INFORMÁTICA
Etapa 1

FUNDAMENTOS DE
HARDWARE
Fundamentos de Hardware
1. FUNDAMENTOS DE HARDWARE
1.1 – A Evolução dos Computadores
Inicialmente, os computadores foram desenvolvidos para trabalhar com cálculos, pois essa era a
necessidade maior no dia a dia das pessoas. Essa necessidade, com o tempo, foi suprida e outras, cada
vez maiores, foram surgindo. Desse modo, os computadores passaram a ser uma máquina responsá-
vel por controlar processos nas empresas, assegurar que uma sonda pouse em Marte, diagnosticar
doenças e muitas outras atribuições existentes na sociedade. A evolução dos cálculos para o mundo
atual pode ser contada começando com os pastores de ovelhas...

1.2 – Cálculos Manuais


A mão serviu como conjunto de comparação e, provavelmente, aí está a origem do nosso sis-
tema de numeração de base decimal. Conta a história que os pastores de ovelhas, para não perder a
conta dos animais, primeiro, contavam seus rebanhos utilizando os dedos das mãos e depois guardan-
do seixos ou conchas em um saquinho que correspondia ao número de ovelhas existente.
Assim que o homem percebeu que, a partir de marcas feitas no barro ou em uma tábua coberta
de poeira, podia fazer cálculos mais rapidamente do que com os dedos, ele inventou o “ábaco”. Cons-
tituído inicialmente de conchas e seixos, evoluiu, provavelmente aperfeiçoado pelos chineses, para
contas móveis que se deslocam em hastes.
O método de multiplicação que utilizamos hoje é uma variação de um método tabular desen-
volvido pelos árabes. O exemplo a seguir mostra o cálculo do produto 217 por 14. É colocado, de um
lado, o número 14 e, no outro, o número 217; na parte interna, a multiplicação dos números das linhas
com as colunas; ao final, o produto é conseguido pela soma dos dígitos nas diagonais, ou seja, 14 X 217
= 3.038.
John Napier (1550-1617) inventou o logaritmo, que trata de uma relação entre uma série geo-
métrica e uma série aritmética; generalizou o procedimento tabular dos árabes e construiu, em 1617,
um dispositivo simples e barato, constituído de bastões de ossos. A multiplicação era feita girando os
cilindros. Cada uma de suas hastes continha os algarismos de 1 a 9; o quadrado superior e os oito
quadrados restantes do bastão continham o produto desse número por 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9, respecti-
vamente. No século XVII, foi inventada a régua de cálculo, aplicando-se as ideias dos logaritmos.
Com isso, poderia multiplicar e dividir simplesmente somando ou subtraindo a distância medida
na régua.
A ideia de usar o logaritmo facilita os cálculos. Para uma multiplicação de dois números, por exem-
plo, basta somar seus logaritmos. Na prática, tomemos o seguinte produto: 4 x
16. Inicialmente, procuramos na primeira linha os números 4 e 16. Em seguida, somamos os
seus algoritmos (obtido na segunda linha), que é 2 e 4. Finalmente, procuramos na coluna da esquer-
da qual é o número cujo logaritmo é o resultado da soma encontrada, que é 6 (2 + 4), e o resultado do
produto, 64.

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Fundamentos de Hardware
Tabela 1 – logaritmo dos números

Número 1 2 4 8 16 32 64 128 256 ...

Logaritmo 0 1 2 3 4 5 6 7 8 ...

1.3 – Das Máquinas Eletrônicas


As válvulas eletrônicas tinham um formato e tamanho aproximado de uma lâmpada elétrica.
Elas geravam muito calor, provocando diversos problemas. Frequentemente queimavam e não se sa-
bia se a parada dizia respeito à programação ou à máquina.
Em 1946, foi construído o primeiro computador digital eletrônico. Não existia mais nem um mó-
dulo mecânico como nas máquinas anteriores. Seu nome era ENIAC (Eletrônico Numerical Integrator
And Calculator / Integrador Numérico Eletrônico e Calculador). Era do tamanho de um prédio de três
pavimentos e com um poder de processamento inferior a uma calculadora científica. Sua estrutura
era formada por 19.000 válvulas, 1.500 relés, diversos resistores, capacitores, indutores, consumindo
cerca de 200 Kwatts de potência. Sua memória podia registrar até 20 números de 10 dígitos cada um. Ele
fazia 5.000 adições e 360 multiplicações por segundo.
Em 14 de junho de 1951, o primeiro computador comercial foi entregue a um cliente: era um ENIAC
modificado; seu nome, Universal Automatic Computer / Computador Automático Universal (UNIVAC).

1.4 – DosTransitores
Em 1947, os cientistas da Bell Lab desenvolveram os transistores, um pequeno dispositivo que
transfere sinais eletrônicos através de um resistor. TRANSISTOR = TRANSFER + RESISTOR. Estava en-
trando na era do transistor. A era da válvula estava ficando para trás. As válvulas deram lugar aos
transistores e com esta nova tecnologia os computadores diminuíram de tamanho e ficaram com pro-
cessadores mais rápidos.
Em 1952, Grace Hopper criou o primeiro compilador e ajudou a desenvolver duas linguagens de
programação que tornaram os computadores mais atrativos para o comércio. No começo, os cientistas
pesquisavam como montar uma máquina capaz de processar dados. Muitas arquiteturas de máquinas
foram idealizadas. Coube à equipe do matemático John Von Neumann (1903-1957) a arquitetura ven-
cedora e que continua a ser praticada nos computadores de hoje. A ideia desse matemático era que os
dados de entrada ficariam em uma memória aguardando serem processados; uma vez processados,
voltariam para a memória antes de ser enviados para a saída. Esse fato de armazenar os dados na me-
mória e não enviá-los direto para o processamento fez os computadores serem mais velozes e facilitou a
manipulação dos programas e dados.

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159
Fundamentos de Hardware
1.5 – Dos Circuitos Eletrônicos
Em 1958/1959, Robert Noyce (1927–1990), Jean Hoerni (1924-1997), Jack Kilby (1924- 1997)
e Kurt Lehovec participam do desenvolvimento do CI – Circuito Integrado. Em 1960, a IBM lança o
IBM/360, cuja série marcou uma nova tendência na construção de computadores com o uso de CI, ou
pastilhas, que ficaram conhecidas como Chips. Esses chips incorporavam, numa única peça de dimen-
sões reduzidas, várias dezenas de transistores já interligados, formando circuitos eletrônicos complexos.

1.6 – Dos Microprocessadores


Na década de 1970, os computadores ganharam drasticamente em termos de velocidade, con-
fiabilidade, capacidade de armazenamento. É nessa fase em que as aplicações e potências dos compu-
tadores são notórias. Entramos na era dos microprocessadores LSI (Large Scale Integration).

2 – SISTEMA DECIMAL
Nosso sistema numérico tem dez símbolos (0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9), por isso é chamado de base
10 ou decimal. Nos computadores, o sistema numérico tem dois símbolos (0, 1), chamado de base 2
ou binário. Nesse sistema numérico, os dados são transformados em 0 e 1, conhecidos por BIT (Binary
digiT), para então serem armazenados na memória em grupo de 8 bits, agrupamento que forma um
Byte. Cada byte é identificado e acessado por meio de um endereço. Todos os caracteres existentes
possuem um caractere numérico correspondente em uma tabela no computador na codificação ASCII
(American Standard Coded for Information Interchange) e esses caracteres numéricos são transfor-
mados em binário para que a máquina entenda. Então, quando digitamos a letra “A”, o computador
recebe um byte representando essa letra, ou seja, recebe “11000001” e assim para todos os caracteres.
Quando digitamos a palavra “GALO”, esta será transformada para sistema binário, como:
11000111 11000001 11010011 11010110 01001011, pois transforma cada caractere do G até o ponto.
Para transformar números do sistema decimal para binário e vice-versa, o método é simples. De
decimal para binário é utilizada a divisão sucessível por 2. O resto das divisões será sempre “zero” ou
“um”. Do resto da última divisão para cima forme o número binário que corresponde ao número de-
cimal a converter. De binário para decimal será feito por multiplicação de cada algarismo do número
por dois, que é a base numérica, elevado pelo número de casa que está à direita deste número e no
final é só somar as multiplicações efetivadas. O número 13 na base 10 é igual a 1101 na base 2; 13 ÷ 2
= 6 resto 1; 6 ÷ 2 = 3 resto 0; 3 ÷ 2 = 1 resto 1; 1 ÷ 2 = 0 resto 1. Pare quando chegar a zero e o número
binário correspondente é o resto de trás para frente, que é 1101. Vamos pegar este mesmo número e
transformá-lo de binário para decimal através das multiplicações: 1 x 23 = 8; 1 x 22 = 4; 0 x 21 = 0; 1 x
20 = 1. O número decimal correspondente é a soma das multiplicações, 8 + 4 + 0 + 1 = 13. Então, nos
computadores são armazenadas informações em sistema binário, e a capacidade é medida por byte,
como mostra a tabela a seguir.

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Tabela – Capacidade das memórias 1 byte 8 bits
1 Kb (Kilobyte) 1.024 bytes
1 Mb (Megabyte) 1.024 Kb = 1.048.576 byte
1 Gb (Gigabyte) 1.024 Mb = 1.073.741.824 byte
1 Tb (Terabyte) 1.024 GB = 1.099.511.627.776 byte

3 – TIPOS DE COMPUTADORES
Na década de 1980, os computadores entraram em desenvolvimento espetacular, tanto em ter-
mos de tecnologia, que os fez ficarem menores, rápidos e confiáveis, como em termos financeiros,
com custos cada vez menores. Hoje existem computadores para todo tipo de empresa: micro, peque-
na, média ou grande.

3.1 – Computadores de Grande Porte


Para as grandes empresas existem dois tipos de computadores de grande porte, que são os
mainframes e os supercomputadores.
Os mainframes são os computadores de grande porte com poder de processar bilhões de instru-
ções por segundo e tem acesso a trilhões de caracteres de dados. Os principais clientes são: bancos,
empresas de aviação, fábricas em geral, órgãos governamentais, enfim, empresas que manipulam uma
grande quantidade de dados. Já os supercomputadores são máquinas com poder de manipular um
gigantesco número de dados. São muito rápidos, podem processar trilhões de instruções por segun-
do. As atividades que mais precisam dessa máquina são: setor financeiro, meteorologia, design de
automóveis, efeitos especiais cinematográficos, ilustrações gráficas sofisticadas, uso militar e agentes
de governo.

3.2 – Computadores de Médio Porte


Para pequenas e médias empresas que têm um volume de dados considerável, é necessário que
se tenha um computador de porte médio. São os minicomputadores, também chamados de Midran-
ge. São computadores multiusuários projetados para atender às necessidades das organizações de
porte médio. Centenas ou às vezes milhares de usuários podem estabelecer conexão.

3.3 – Computadores de Pequeno Porte


Para os microempresários, um microcomputador resolve. São computadores que têm seus ta-
manhos reduzidos, porém, hoje têm um poder de processamento muito grande. São ideais para ad-

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ministrar pequenos bancos de dados e gerenciar processos nas empresas. Ajuda muito na tomada de
decisão e análise de clientes.

3.4 – Computadores Para Aplicações Móveis


Com a tecnologia de interligação de computadores por meio de microondas, dispensando a
estrutura de fios, os notebooks e os PDA’s (Assistente Digital Pessoal) são muito utilizados por funcio-
nários das empresas que trabalham em campo. A produtividade aumenta com a flexibilidade de um
processamento em todas as horas, motorista de entrega de encomendas, leitores de medidores de
consumo, representantes de vendas, enfermeiros, corretores de imóveis, avaliadores de seguro, entre
outros.

REFERÊNCIAS

CAPRON, H. L., JOHNSON, J. A. Introdução à informática. 8ª Edição. São Paulo, Pearson Printice Hall.
2004.

EARTH MYSTERIES. Gerald Hawkins. Disponível em: <http://witcombe.sbc.edu/ earthmysteries/


EMHawkins.html>. Acesso em: 1 jul. 2008.

MANZANO, André Luiz N. G. MANZANO, Maria Izabel N. G. Informática Básica. 7ª Edição. São Paulo –
Editora Érica. 2007

Acesso em 18.12.2013 ás 10h40min. http://redeetec.mec.gov.br/images/stories/pdf/eixo_gest_neg/


informatica/061112_infor_a01.pdf

4. COMPONENTES PRINCIPAIS DO COMPUTADOR


4.1 – A Constituição de Um Computador
Um computador digital é constituído por um conjunto de componentes interligados, compos-
tos por processadores, memória principal e dispositivos físicos (hardware). Esses dispositivos manipu-
lam dados na forma digital, o que proporciona uma maneira confiável de representação. Todos os

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Fundamentos de Hardware
componentes de um computador são agrupados em três subsistemas básicos: unidade central de pro-
cessamento (CPU), memória principal, e dispositivos de entrada e saída. Estes subsistemas, também
chamados de unidades funcionais, estão presentes em todo computador digital, apesar de suas im-
plementações variarem nas diferentes arquiteturas existentes e comercializadas pelos diversos fabri-
cantes de computadores. Neste item descrevemos os conceitos básicos dos principais componentes
desse sistema, bem como o conjunto agregado de peças e dispositivos que nos permitem o correto uso,
funcionamento e comunicação desses componentes.

(ZANINI, Alessandro. Sistema Operacionais I. Em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAABlZ0AH/sistemas-


-operacionais?part=2>. Acesso em: 26 Dezembro 2015.)

I –PROCESSADOR

1. Unidade Central de Processamento


A unidade central de processamento (UCP, em inglês “CPU”), ou processador, tem como função
principal unificar todo o sistema, controlando as funções realizadas por cada unidade funcional. A
CPU também é responsável pela execução de todos os programas do sistema, que obrigatoriamente
deverão estar armazenados na memória principal. A arquitetura típica de computadores possui apenas
um processador.
Existem computadores com mais de um processador, mas os de acesso ao público em geral, em
sua maioria, possuem apenas um processador. Alguns computadores possuem o “processador auxi-
liar”, que na verdade não é caracterizado como um processador, pois é dependente do “processador”
de fato do equipamento. Um programa é composto por uma série de instruções que são executadas
sequencialmente pela CPU, através de operações básicas como somar, subtrair, comparar e movi-
mentar dados. Desta forma, a CPU busca cada instrução na memória principal e a interpreta para
sua execução. O processador é composto de várias unidades menores, classificadas e identificado
de acordo com a funcionalidade específica que desempenham dentro do mesmo. (ZANINI, Alessandro.
Sistema Operacionais I. Em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAABlZ0AH/sistemas-operacio-
nais?part=2>. Acesso em: 26 Dezembro 2015.)

4.1.1 – Processador
O processador é composto por dois componentes básicos: unidade de execução (ou unidade de
controle) e unidade lógica aritmética (ALU do termo em inglês – Aritmetic and Logic Unit). A Unidade
de execução (UE) é responsável por controlar as atividades de todos os componentes do computador,
mediante a emissão de pulsos elétricos (sinais de controle) gerados por um dispositivo denominado
clock. Este controle pode ser a gravação de um dado no disco ou a busca de uma instrução da memó-

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Fundamentos de Hardware
ria. A unidade lógica e aritmética (ULA), como o nome indica, é responsável pela realização de opera-
ções lógicas (testes e comparações) e aritméticas (somas e subtrações).

(ZANINI, Alessandro. Sistema Operacionais I. Em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAABlZ0AH/sistemas-


-operacionais?part=2>. Acesso em: 26 Dezembro 2015.)

Os processadores mais usados hoje em dia em computadores da linha PC são os da família Pen-
tium (novo padrão, mais recente), fabricados pela Intel Corporation (Intel, Core 2), seguidos pela AMD
(Athlon, AMD XP) e por outras companhias que fazem produtos compatíveis.
Clock é um dispositivo, localizado na CPU, que gera pulsos elétricos síncronos em um determina-
do intervalo de tempo (sinal de clock). A quantidade de vezes que este pulso se repete em um segundo
define a frequência do clock. O sinal de clock e utilizado pela unidade de controle para a execução, das
instruções. A frequência do clock de um processador e medida em Hertz (Hz), que significa o número
de pulsos elétricos gerados em um segundo de tempo. A frequência também pode ser utilizada como
unidade de desempenho entre diferentes processadores, pods quanto major a frequência, mais instru-
ções podem ser executadas pela CPU em um mesmo intervalo de tempo.

(ZANINI, Alessandro. Sistema Operacionais I. Em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAABlZ0AH/sistemas-


-operacionais?part=2>. Acesso em: 26 Dezembro 2015.)

4.1.2 – Registradores
Registradores os registradores são dispositivos de alta velocidade, localizados dentro do proces-
sador, para armazenamento temporário de dados. O número de registradores varia em função da ar-
quitetura de cada processador. Alguns registradores são de uso específico e têm propósitos especiais,
enquanto outros são ditos de uso geral. Entre os registradores de uso específico, merecem destaque: •
contador de instruções (CI) ou program counter (PC) é o registrador responsável pelo armazenamento
do endereço da próxima instrução que a CPU deverá executar. Toda vez que a CPU execute uma ins-
trução, o PC e atualizado com um novo endereço; • o apontador da pilha (AP) ou stack pointer (SP) é
o registrador que contém o endereço de memória do topo da pilha, que é a estrutura de dados onde o
sistema mantém informações sobre tarefas que estavam sendo processadas e tiveram que ser inter-
rompidas por algum motivo o registrador de estado, também chamado em alguns equipamentos de
program status word (PSW), é o registrador responsável por armazenar informações sobre a execução
do programa, como a ocorrência de carry e overflow. A cada instrução executada, o registrador de
estado e alterado conforme o resultado gerado pela instrução.

(ZANINI, Alessandro. Sistema Operacionais I. Em:<http://www.ebah.com.br/content/ABAAABlZ0AH/sistemas-


-operacionais?part=2>. Acesso em: 26 Dezembro 2015.)

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4.1.3 – Memórias
MEMÓRIA O que normalmente se chama de memória do computador é o conjunto de com-
ponentes onde as informações que são introduzidas no computador são temporariamente armaze-
nadas, antes e depois de serem processadas. Essa memória normalmente se mede em bytes. Tem
se convencionado definir um byte como a quantidade de memória necessária para armazenar um
caractere alfanumérico. Para armazenar números reais é necessário mais de um byte, dependendo
do grau de precisão desejado. A menor unidade de memória que pode ser endereçada ou controlada
pelo computador é a chamada de bit. Um byte equivale a oito bits. Cad bit pode assumir o valor 0 (des-
ligado, apagado) ou 1 (ligado, aceso).
À medida que aumenta o tamanho dos dados e informações, diferentes unidades para medição
são associadas, para simplificar a expressão deste tamanho.
Atualmente, a grande maioria dos computadores utilize o byte (8 bits) como tamanho de célula,
porém encontramos computadores de gerações passadas com células de 16, 32 e até mesmo 60 bits.
Podemos concluir, então, que a memória, é formada por um conjunto de células, onde cada célula pos-
sui um determinado número de bits.
A memória principal pode ser classificada em função de sua volatilidade, que é a capacidade de
a memória preservar o seu conteúdo mesmo sem uma fonte de alimentação, ao ativar. As memórias
chamadas voláteis se caracterizam por poderem ser lidas ou gravadas, como o tipo RAM (random access
memory), que constitui quase que a totalidade da memória principal de um computador. O outro tipo,
chamado de não volátil, não permite alterar ou apagar seu conteúdo. Este tipo de memória conhecido
como ROM (read only memory), já vem pré-gravado do fabricante, geralmente com algum programa, e
seu conteúdo e preservado mesmo quando a alimentação e desligada. Uma variação da ROM e a EPROM
(erasable programmable ROM), onde podemos gravar e regravar a memória através exposição de luz
ultravioleta por um dispositivo especial. Atualmente, uma série de memórias com diferentes caracterís-
ticas existe para diversas aplicações, como a EEPROM, EAROM, EAPROM, NOVRAM entre outras.

(ZANINI, Alessandro. Sistema Operacionais I. Em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAABlZ0AH/sistemas-


-operacionais?part=2>. Acesso em: 26 Dezembro 2015.)

A memória cache é uma memória volátil de alta velocidade. O tempo de acesso a um dado nela
contido é muito menor que se o mesmo estivesse na memória principal, devido à tecnologia de co-
municação e transferência de dados e informações implementada e suportada pela memória cache. A
maior parte das cache é interna ao processador, isto é, fica fisicamente alocada dentro do processador.
Toda vez que o processador fez referência a um dado armazenado na memória principal, ele checa
antes na memória cache. Se o processador encontrar o dado na cache, não ha necessidade do acesso
à memória principal; do contrário, o acesso é obrigatório. Neste último caso, o processador, a partir
do dado referenciado, transfere um bloco de dados para a cache. Pode-se chamar a memória cache de
uma memória “top”, com uma lista dos dados mais “requisitados” pelo processador. A lista é atualiza-
da automaticamente, à medida que a cache é completada, sempre eliminando os dados mais antigos,
sendo substituídos por novos dados.

(ZANINI, Alessandro. Sistema Operacionais I. Em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAABlZ0AH/sistemas-


-operacionais?part=2>. Acesso em: 26 Dezembro 2015.)

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Memória Secundária – Unidades de Armazenamento,
A memória secundária (denominada por muitos autores como Unidades de Armazenamento)
é um meio permanente (não volátil) de armazenamento de programas e dados. Enquanto a memória
principal precisa estar sempre energizada para manter suas informações, a memória secundária não
precisa de alimentação. O acesso à memória secundária é lento, se comparado com o acesso a memó-
ria cache ou à principal, porém seu custo é baixo e sua capacidade de armazenamento e bem superior
a da memória principal. Enquanto a unidade de acesso à memória secundária e da ordem de milisse-
gundos (ms), o acesso a memória principal e de nanossegundos (ns).
Podemos citar, como exemplos de memórias secundárias, a fita magnética (fitas DAT), o disco
magnético (disco flexível, zip drive, hard disk – HD) e o disco óptico (Compact Disk, o CD, e o Digital
Vídeo Disk, o DVD).
As unidades de armazenamento, como discos e fitas magnéticas se caracterizam por armazenar
de três a quatro vezes mais informações que a memória principal. Seu custo é relativamente baixo,
porém o tempo de acesso a memória secundária é de quatro a seis vezes mais lento que o acesso a
memória principal.

(ZANINI, Alessandro. Sistema Operacionais I. Em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAABlZ0AH/sistemas-


-operacionais?part=2>. Acesso em: 26 Dezembro 2015.)

4.2 – Periféricos de Entrada e Saída


Os periféricos são os dispositivos utilizados para a interação do homem com o sistema computa-
cional (hardware + software), e que recebem classificação de acordo com o modo de operação (incluir
dados, acessar dados, ambos) com relação à interação homem X máquina. São os periféricos utili-
zados para a inclusão de dados no sistema computacional (hardware + software), que permitem ao
homem (usuário) a transmissão dos dados do mundo real (o nosso) para o digital (do computador).
São exemplos de periféricos de entrada: mouse, teclado, microfone, webcam, scanner, etc. Cada tipo
de periférico de entrada insere um determinado tipo de dado e informação (o microfone insere dados
em formato de áudio).
São os periféricos ambivalentes, utilizados tanto para a inclusão de dados (assim como os peri-
féricos de Entrada) como para o acesso/visualização de dados (assim como os periféricos de Saída)
no sistema computacional (hardware + software). Comumente, identifica-se periféricos de Entrada e
Saída de dados com a sigla “E/S” (sem aspas).
São exemplos de periféricos de Entrada e Saída de Dados: multifuncional (periférico que agrega
recursos conjuntos de impressora e scanner), Mesa Digital (periférico que agrega recursos do monitor,
teclado e mouse numa área comum, como exemplo, Microsoft Surface), Monitor Sensível ao Toque
(periférico que agrega recursos do monitor e mouse), etc.

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Bibliografia

Torres, Gabriel – “Hardware, Curso Completo”, Axcel Books, 2001.

Ferreira, Sílvio – “Hardware: Montagem, configuração & manutenção de Micros”, Editora Axcel, 2005.

Jornais, revistas e periódicos diversos: INFO Abril Cadernos de Tecnologia do Estadão

Acesso em 18.12.2013 ás 11h:50min http://www.eteavare.com.br/arquivos/43_39.pdf

Curso de Técnico em Informática. Coordenador de Área: Prof. Ronaldo Alves da Silva Diretor da
Etec Avaré: Profª. Denise Alves Ferreira da Silva – www.eteavare.com.br

5. COMPONENTES DE UM COMPUTADOR DESKTOP


Um computador é, na verdade um sistema de muitas partes funcionando em conjunto. As par-
tes físicas, que você pode ver e tocar, são denominadas coletivamente de HARDWARE.
Placa-mãe, também denominada mainboard ou motherboard, é uma placa de circuito impresso
eletrônico/eletrônico. É considerado o elemento mais importante de um computador, pois tem como
função permitir que o processador se comunique com todos os periféricos instalados. Na placa-mãe
encontramos não só o processador, mas também a memória RAM, os circuitos de apoio, as placas con-
troladoras, os conectores do barramento PCI e os chip set, que são os principais circuitos integrados
da placa- mãe e são responsáveis pelas comunicações entre o processador e os demais componentes.
Processador – Nada mais é do que o componente mais importante em gabinete.Também co-
nhecido como CPU (Unidade central de processamento), vulgo cérebro. Tem como função, processar
e delegar as informações de entrada (digitadas ou requeridas pelo usuário) em dados de saída (infor-
mação devidamente processada de acordo com a solicitação do usuário), enviando assim, “ordens” ao
demais componentes de hardware.
Memória
Memória RAM é um sistema de armazenamento de dados. RAM significa Random Access Me-
mory, Memória de Acesso Aleatório, em inglês, e esta nomenclatura se deve ao fato de que o sistema
acessa dados armazenados de maneira não sequencial, ao contrário de outros tipos de memória. A

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memória RAM é volátil, ou seja, não grava de modo permanente os dados nela contidos. Quando a
alimentação do sistema é cortada, tudo que foi guardado é perdido.
O sistema é bastante útil para o processamento de dados, pois disponibiliza espaço para infor-
mações cruciais, que podem ser acessadas de maneira quase
imediata, ao contrário de outras formas de armazenamento, como discos rígidos, CDs ou DVDs.
O sistema operacional, assim como aplicativos e dados em uso são armazenados na memória RAM,
permitindo que o processador trabalhe estas informações rapidamente.

Módulos de Memória
A placa-mãe do PC possui uma bateria. Essa bateria serve para duas coisas: alimentar a memória
de configuração (também chamada CMOS) e alimentar o relógio de tempo real do micro (relógio que
marca a data e a hora). Existem basicamente três tipos de soquete que a bateria de lítio pode usar:
soquete com presilha superior, soquete com presilha lateral e o soquete onde a bateria fica em pé e não
deitada.
DR3 SDRAM (ou taxa dupla de transferência nível 3 de memória síncrona dinâmica de acesso
aleatório) é uma interface de memória de acesso randômico – RAM (Random Acess Memory) – usado
para grande armazenamento de dados temporários utilizados em computadores e outros dispositivos
eletrônicos. É uma das várias implementações de memória síncrona e dinâmica (SDRAM), ou seja,
trabalha sincronizada com os ciclos de trabalho (clock) da placa- mãe, sem tempo de espera.
Hard Disk, ou disco rígido, é um sistema de armazenamento de alta capacidade (que permite ar-
mazenar arquivos e programas). Ao contrário da memória RAM, os dados gravados não são perdidos
quando se desliga o micro, assim, todos os dados e programas ficam gravados no disco rígido. Apesar
de também ser uma mídia magnética, um HD é muito diferente de um disquete comum, ele é com-
posto por vários discos empilhados que ficam entro de uma caixa hermeticamente lacrada, pois como
gira a uma velocidade muito alta, qualquer partícula de poeira em contato com os discos, poderia
inutilizá-los completamente. Por esse motivo, um disco rígido nunca deve ser aberto.
Fonte de alimentação é uma caixa metálica normalmente encontrada num canto da caixa do
PC, é visível na parte de trás pois contém os encaixes para os cabos de alimentação e um ventilador
de refrigeração. Uma fonte de alimentação serve para transformar a energia elétrica sob a forma de
corrente alternada (CA) da rede em uma energia elétrica de corrente contínua, mais adequada para
alimentar cargas que precisem de energia CC.
Cd-Rom é pode ser considerado apenas como complemento para realizar trabalhos, mas é es-
sencial para a instalação do seu Sistema Operacional pois hoje em sua maioria vem em mídias de CDs/
DVDs.
Gabinete- Bom imagine um monte de placas uma sobre as outras, fica uma bagunça você nem
saberia o que faze com tanta tralha espalhada na mesa, então é pra isso que serve o Gabinete pra orga-
nizar melhor peças e não ficarem expostas tendo uma maior durabilidade e proteção das peças do PC.
Teclado envia comandos para dentro do seu computador formando assim as letras e caracteres
digitados em documentos e arquivos.

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Mouse também é um periférico de entrada, pois apenas envia dados, que são os movimentos
das setas para facilitar o manuseio do computador.
Microfone é considerado um periférico de entrada pois apenas envia dados (voz ou ruídos) para
dentro do seu computador e assim é formado o som gravado.
Scanners enviam digitalizam documentos e imagens e às envia para dentro de seu computador
formando-se então um arquivo e assim é classificado como periférico de entrada.
Monitor do seu computador é responsável por mostrar à você o que se passa nas configurações
do seu computador e por isso é um periférico de saída.
Impressoras normais também são periféricos de saída, pois mandam documentos e imagens
para nós de dentro para fora formando assim a Impressão.
Caixas de som e fones de ouvido também são consideradas periféricos de saída pois são respon-
sáveis por reproduzir os sons do computador para nós seres humanos.
Software são programas e aplicativos que compõem seu sistema operacional. O próprio sistema
operacional pode ser considerado um Software. pois também é formado por aplicativos e programas
além de outros componentes. Ao contrário do hardware, o software não é físico então podemos ape-
nas vê-lo em funcionamento com o auxilio de um monitor.
Modem são acesso discado geralmente são instalados internamente no computador (em slots
PCI) ou ligados em uma porta , enquanto os modems para acesso em banda larga podem ser USB,
Wi-Fi ou internet. Os modems ADSL diferem dos modems para acesso discado porque não precisam
converter o sinal de digital para analógico e de analógico para digital porque o sinal é transmitido
sempre em digital.

(ADSL – Asymmetric Digital Subscribe Line).

Barramento PCI surgiu no início de 1990 pelas mãos da Intel. Suas principais características
são a capacidade de transferir dados a 32 bits e clock de 33 MHz, especificações estas que torna-
ram o padrão capaz de transmitir dados a uma taxa de até 132 MB por segundo. Os slots PCI são
menores que os slots ISA, assim como os seus dispositivos, obviamente. Mas, há outra caracterís-
tica que tornou o padrão PCI atraente: o recurso Bus Mastering. Em poucas palavras, trata-se de
um sistema que permite a dispositivos que fazem uso do barramento ler e gravar dados direto na
memória RAM, sem que o processador tenha que “parar” e interferir para tornar isso possível.

Chipset é um dos principais componentes lógicos de uma placa-mãe, dividindo-se entre “ponte
norte” (northbridge, controlador de memória, alta velocidade) e “ponte sul” (‘Chipset Sul, controlador
de periféricos, baixa velocidade). A ponte norte faz a comunicação do processador com as memórias,
e em outros casos com os barramentos de alta velocidade AGP e PCI Express. Já a ponte sul, abriga os
controladores de HDs (ATA/IDE e portas USB, paralela, PS/2, serial).

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Fundamentos de Hardware
6. FAMÍLIA PENTIUM
O Pentium é a quinta geração da arquitetura x86 de microprocessadores criada pela Intel, em 22
de Março de 1993.1 Foi o sucessor da linha 486. Ele seria originalmente denominado 80586, ou i586,
mas como números não podem ser registrados o nome foi
alterado para Pentium (presumivelmente pelo fato da raiz grega “pent-” significar “cinco”). O
termo i586, entretanto, é usado em programação para se referir a todos os primeiros processadores
Pentium (e aos similares fabricados pelos competidores da Intel).
O Pentium Dual Core é o modelo intermediário da empresa de hardware Intel. Os microproces-
sadores Pentium Dual Core conhecidos atualmente possuem o núcleo baseado na arquitetura Core 2
Duo fabricada pela Intel. A Intel achou necessário “reviver” a marca Pentium novamente. Um modelo
de processador, que de 2002 a 2006 foi fabricado, possuía a mesma nomenclatura, sendo o Pentium
D, com núcleo duplo, mas diferenciando-se dos atuais por utilizar a arquitetura Netburst, demasiada-
mente lenta se comparada com a atual, a Core 2. A maior diferença é a dissipação térmica, ou aqueci-
mento, que na Netburst, a mais primitiva das duas, iam a altos 135 watts, fato que se deve ao processo
de fabricação dos processadores, de 150 nanômetros a 90 nanômetros, destacando-se os Core 2 são,
fabricados em 65 e 45 nanômetros, sendo este último valor pertencente ao núcleo Wolfdale, e pos-
sui cache L2 de 2MB, 800 MHz de FSB e diferencia-se do topo de linha dos Pentium-D que possuíam
até 4MB de cache, mas o mesmo barramento FSB (frequência). (Para maiores informações consulte
ambas as seções que possuem um maior detalhamento sobre a arquitetura eletrônica dos chips de
processador: Netburst ou Core 2).
Core i3 i5 i7 é o nome da nova família de processadores da Intel, destinado a Desktop sx86-64 que
aborda a utilização da microarquitetura Nehalem da Intel. Concebido no mesmo ano que o processa-
dor Core i5, o processador Core i3 é o processador de menor poder de processamento se comparado
aos seus irmãos Core i7 e Core i5, da família Nehalem. O recurso Hyper-Threading estará ativado nesses
modelos permitindo que o processador possa simular a existência de um maior número de núcleos,
fazendo com que o desempenho do processador aumente significativamente.

Fonte: Acesso em 19.12.2013 ás 10:10 http://pt.wikipedia.org/wiki/Pentium

7. A DESMONTAGEM E MONTAGEM DO MICRO COMPUTADOR


Atenção: Aula prática, a ser agendada pelo professor de Fundamento de Hardware. Será utili-
zado o laboratório de Informática, nas dependências da UTRAMIG.

Informações Importantes:
Primeiramente devemos saber que um computador possui diversos componentes que exige
cuidado, como por exemplo, Memória RAM, Processador, HD entre outras, nesse caso é necessário

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Fundamentos de Hardware
sabermos o básico sobre esses cuidados para realizarmos uma montagem e desmontagem segura, evi-
tando problemas futuramente.

1º Cuidado:
Devemos primeiramente descarregar a eletricidade estática, que é uma eletricidade que fica ar-
mazenada em nosso corpo devido à quantidade de água que adquirimos durante o dia. A eletricidade
estática do nosso corpo se descarrega ao tocar em algum objeto de metal, ferro entre outros. Uma ima-
gem abaixo mostra o técnico descarregando a eletricidade estática na própria fonte de seu computador.

Fonte: Site laercio.com.br. Disponível em: http://www.laercio.com.br/wp-content/uploads/2014/09/HARD-03.


jpg;. Acesso em dezembro. 2015.

Para isso também existe uma ferramenta chamada pulseira anti-estática, onde as maiorias dos
técnicos utilizam para ter mais segurança na realização da montagem e desmontagem.

Fonte: Site Usinainfo.com.br. Disponível em: http://www.usinainfo.com.br/img/cms/pulseira/pulseira_conecta-


da_computador.jpg;. Acesso em dezembro. 2015.

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Fundamentos de Hardware
2º Cuidado:
Devemos segurar os componentes sempre pelas bordas, assim evitando problemas futuramen-
te caso ainda tenha energia estática em seu corpo, ou até mesmo com as mãos suadas.

Fonte: “Como segurar uma placa mãe” - Laércio Vasconcelos, Hardware na prática - 2ª edição, Página 69. <http://
docente.ifrn.edu.br/jeangaldino/disciplinas/2012.2/Manutencao%20de%20Computadores/material-de-apoio/
aula-02-1>. Acessado em: 29 Jan. 2016.

3º Cuidado:
Devemos efetuar a montagem e desmontagem do computador em um local seguro, para isso
devemos saber a diferença entre os Condutores e Isolantes de energia.
Condutores: São objetos onde há facilidade de conduzir energia elétrica, como por exemplo:
Ferro, Alumínio, Ouro, Cobre, e o maior de todas elas, água, entre outros.
Isolantes: São objetos onde há certa dificuldade de conduzir energia elétrica, como por exemplo:
Madeira, Borracha, Plástico entre outros.
Então sabendo desses condutores e isolantes, o melhor local para a montagem e desmontagem
do computador seria em cima de uma mesa de madeira ou borracha, onde é mais comum de encon-
trar.

4º Cuidado:
Cuidado ao manusear suas ferramentas, 70% dos técnicos sem experiência acaba queimado
muitos componentes do computador por não saber manusear uma chave Philips. E provavelmente
esses tipos de técnicos nunca assumirão que foram eles os responsáveis pelos danos ao computador,
então tome muito cuidado.

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Fundamentos de Hardware
Ferramentas necessárias:
Bom, agora que já sabemos alguns cuidados básicos, vamos colocar a mão na massa, iremos
utilizar algumas ferramentas como chave Philips grande, de preferência com a ponta imanizada para
segurar bem o parafuso, precisaremos também de e um alicate de bico, caso um dia precise, uma pince
de três pontas, caso algum parafuso caia sobre a placa.

Fonte: “Kit básico de ferramentas” - Leadership, disponível em <http://www.leadership.com.br/downloads/fo-


tos4/1700%20%282%29.jpg>. Acessado em: 29 Jan. 2016.

Procedimentos necessários:
Já sabendo os cuidados e as ferramentas necessárias, agora sim podemos realizar a desmonta-
gem e montagem do computador.
Nunca se esqueça de retirar o cabo de energia do computador da tomada, para que não cause
nem um curto nos componentes.

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Fundamentos de Hardware
Após retirar o cabo de energia do computador da tomada, podemos agora retirar a tampa lateral
e começar com a nossa desmontagem.

Fonte: “Abrindo o computador” - WikiHow, disponível em <http://www.wikihow.com/Install-a-Power-Su-


pply>. Acessado em: 29 Jan. 2016.

Com a tampa lateral do gabinete aberta, podemos enxergar os componentes onde logo mais ire-
mos desmontar, antes disso devemos seguir alguns passos para que não ocorra nada de errado na
desmontagem do computador.

1º Passo é desconectar todos os cabos e retirar aqueles que forem possíveis, como por exemplo,
os cabos flats e os Satas, que são os cabos dos HDs, CD’ROM.

Fonte: “Desconectando cabos” - HP Support, disponível em <http://support.hp.com/us-en/document/c01684432>.


Acessado em: 29 Jan. 2016.

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Fundamentos de Hardware
2º Passo é retirar a fonte de alimentação, diminuindo a quantidade de cabos no computador e
liberando espaço dentro do gabinete. Para a retirada da fonte, precisamos fazer a retirada dos parafu-
sos que se encontra na parte de trás do gabinete.

Fonte: Blog Information Servers (informationservers.blogspot.com.br).

Fonte: “Removendo fonte” - HP Support, disponível em <http://support.hp.com/us-en/document/c01684432>.


Acessado em: 29 Jan. 2016.

3º Passo é retirar o CD-ROM, Disquete (se possuir) e o HD, lembrando que é necessário sempre
se lembrar dos cuidado que falamos no começo da matéria, então se lembre de tomar cuidado ao
segurar e retirar esses componentes, mais cuidado ainda na hora de coloca-los sobre a bancada, para
não acontecer nenhuma batida nos componentes, onde pode futuramente interferir no funcionamento
do computador.
Na figura abaixo marcamos de vermelho a localidade dos parafusos.

Fonte: “Parafusos das unidades de Mídia e HD”, Rafael Malagoli, 29 Jan. 2016

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4º Passo é a retirada das memórias, lembrando que devemos segurá-las pelas bordas. Antes
de colocar a memória de volta na placa-mãe, pegue uma borracha e passe nos contatos da memória,
isso mesmo, uma borracha, aquela que você utiliza na escola, isso eliminara o mau contato através de
sujeira que possui nos slots da memória.

Fonte: “Removendo memória RAM” - Mike Bedford, PC Advisor. Disponível em <http://www.pcadvisor.co.uk/featu-


re/pc-upgrades/should-i-upgrade-my-pc-3457792/>, Acessado em 29 Jan. 2016.

5º Passo Seria retirar o Cooler da placa-mãe, porém, realizando este procedimento você terá
algumas dificuldades, então antes primeiramente iremos retirar a placa-mãe, assim teremos mais
conforto na retirada do Cooler e por fim o seu processador, tome muito cuidado nesse procedimento,
pois se a chave Philips cair na placa-mãe você poderá queimar a mesma, lembre-se de que não se
pode colocar a placa-mãe em qualquer lugar, por isso temos que utilizar uma mesa apropriada como
vimos no começo da matéria, mesa de madeira ou borracha.

Fonte: “Removendo Cooler da CPU” - Lody Case, PC World. Disponível em <http://www.pcworld.com/arti-


cle/230818/upgrade_your_motherboard.html>, Acessado em 29 Jan. 2016.

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Fundamentos de Hardware
6º Passo, Como nós comentamos a cima, depois da retirada do cooler podemos retirar o proces-
sador. Muito cuidado, pois o processador é o componente mais caro e mais importante do computa-
dor. Basta levantar a anteninha que tem do lado de todos os soquetes, para que possamos fazer uma
retirada segura do processador.

Fonte: “Removendo a CPU” - Robert Luhn, PC World. Disponível em <http://www.pcworld.com/article/126800/


article.html?page=3>, Acessado em 29 Jan. 2016.

Pronto agora você esta com seu computador desmontado, se você fez esse procedimento ape-
nas para realizar a limpeza tome muito cuidado na hora de limpar, não use panos ou flanelas, utilize
somente um pincel seco ou um compressor para a retirada da sujeira que provavelmente esta acumu-
lada.

Fonte: “Limpeza interna” - Enterprise backup Inc. Disponível em <http://www.ebibackup.com/computers_su-


pport/>, Acessado em 29 Jan. 2016.

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Fundamentos de Hardware
Outras formas de limpeza:
Há também a opção de realizar a limpeza do computador com um compressor de ar, onde nes-
te caso não é necessário a remoção dos componentes, porém, temos que tomar cuidado na hora de
limpar pois o compressor elimina água durante sua utilização, então não podemos deixar cair água na
placa-mãe e nem nos seu componentes.
Uma dica bastante útil é a utilização de uma pasta térmica no processador, onde é utilizada para
reter o calor do processador evitando com que ele tenha um aquecimento acima do seu limite.
E para finalizarmos, quando for montar seu computador novamente basta seguir os passos co-
meçando pelo ultimo para o primeiro.

Victor Barbosa & Jonathas C. Monteiro. Fonte: Acesso em 19.12.2013 ás 10:45 http://informationservers.blogspot.
com.br/2012/01/montagem-e-desmontagem-de- seu.html

7. A FORMATAÇÃO DO DISCO RÍGIDO


Formatar um HD significa – simplificadamente – apagar suas informações. Antes de instalar
qualquer sistema operacional (Windows, Linux etc.) o HD deve ser formatado, o que normalmente já
é feito em seu processo de fabricação. Quando se fala em PC (Personal Computer), formatar um HD
geralmente é usado para corrigir um erro de difícil reparação e/ou otimizar o sistema. Fazer que um
programa ou até mesmo o próprio sistema operacional funcione e tornar um computador mais rápido
são problemas que podem ser solucionados com a formatação.
Lembre-se que na formatação todos os dados do disco são apagados.

Particionar
Particionar significa dividir, em uma ou mais partes, o HD. É importante notar que, só pelo fato
de usar um sistema operacional, o HD já obrigatoriamente estará particionado, mesmo que só em uma
parte. Podemos dividir o HD em mais de uma parte por diversos motivos, entre outros: para organizar
o computador em “sistema” e “arquivos comuns”; para instalar mais de um sistema operacional; para
uso de backup (cópia de segurança); para algumas tarefas de multiusuários; para simples critério de
organização e para otimizar a gravação de um CD.

7.1 Preparação para formatação do HD deve-se seguir os seguintes passos antes de se


formatar o HD.
7.1.1. Reavaliar a necessidade de formatá-lo. Formatar um computador demanda entre outras
coisas tempo e trabalho. Não importa o quão experiente seja o usuário, com maior ou menor frequ-
ência, haverá problemas ao formatar um PC. É prudente tentar analisar e resolver cada problema que
motiva a formatação. Portanto, só é recomendado formatar um computador quando houver proble-

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mas sérios sem solução aparente ou quando se previr mais tempo e trabalho para solucioná-los do
que para formatar o HD.
7.1.2. Salvar arquivos e informações desejados em um lugar que não vai ser formatado planos
minimizam erros. Para planejar-se a formatação é preciso adequar os passos a cada caso específico e
organizar as informações. Por exemplo, é interessante anotar cada arquivo que se deseje salvar bem
como onde encontrar determinados drivers e informações. Com um plano bem feito em mãos oti-
miza-se o tempo e customiza-se o trabalho. Recomenda-se que se crie uma pasta chamada BACKUP
onde tudo será salvo. Depois basta ir realizando o backup na ordem do guia. Quando chegar à parte de
programas e arquivos, é interessante salvar pastas inteiras e indicar de alguma maneira a localização
da pasta salva (colocando no nome a localização da pasta para depois copiá-la de volta – ex: c – do-
cuments and settings). É necessário ter bastante atenção para que não se esqueça de nada, pois
os erros mais graves e mais frequentes ocorrem nessa etapa. É preciso ainda saber que o guia não
passa de uma regra, que pode ter exceções, ou seja, é necessário atentar para outros arquivos que
não se encaixem na lista do guia, mas que precisam ser salvos. Ciente disso, basta verificar.

O que salvar do computador


a) Drivers: O ideal é que se tenham todos os CDs de drivers que vêm quando se compra um
computador ou que se tenha uma pasta em algum lugar que não será formatado ou CD com
todos os drivers usados no PC. Quando não houver nenhuma das alternativas anteriores,
resta apelar para alguns programas que identificam, salvam e posteriormente restauram os
drivers do computador. Ex: My Drivers, Driver Genius etc. Geralmente basta pedir para ele
encontrar os drivers e salvar em um lugar que não será formatado e depois de instalado o
Sistema Operacional, basta recuperá-los pelo programa. Mais detalhes sobre a instalação de
drivers são tratados em 7.5.
b) Programas e arquivos de programas importantes: É necessário criar uma lista de cada pro-
grama instalado no computador, quais arquivos se deseja salvar desses programas e onde
encontrar o executável para reinstalação posterior do programa.

7.1.3. Dando boot pelo CD


Isso significa fazer com que o computador inicie-se a partir do CD, e não do HD. Issoé necessário
pois a instalação de um sistema operacional deve ser feita sem a necessidade de algum outro sistema
operacional já instalado.
Para tanto, siga os passos:
1. Reinicie o Computador e tecle DEL para entrar no SETUP.
2. Altere a prioridade de boot para o CD. Para isso, cada placa mãe tem uma maneira diferente
que é indicada no manual. Contudo, sempre é necessário listar, na ordem, as unidades em
que serão buscados os arquivos de inicialização.

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Fundamentos de Hardware
O usuário pode descobrir navegando nos menus do SETUP até achar a palavra chave BOOT. Às
vezes está em Advanced Setup, às vezes em Advanced Settings, às vezes em Boot Device. Há ainda em
algumas placas mães a necessidade de apertar F11 ou F6 ou outro F qualquer para que se encontre um
menu de prioridade de boot.
Normalmente dispositivos apresentam-se com nomes um pouco complicados como:
Ao invés de leitora de CD: HL-DT-ST GCE-8526B
Ao invés de leitora de DVD: HL-DT-ST DVDRAM GSA-4163B
Vale observar que normalmente os HDs possuem o número da sua capacidade em Gigabytes
nesse nome, exemplo:
Ao invés de HD de 40Gb: WDC WD400EB-00CPF0 Ao invés de HD de 80Gb: SAMSUNG SP0802N
O importante é ter o entendimento geral de prioridade de boot e ir navegando pelo SETUP até
fazer o computador reiniciar pelo CD.

7.2 Formatando e instalando Windows

1. Insira o DVD do Windows 7 e reinicie seu computador;


2. Entre na BIOS e escolha para dar boot pelo DVD;
3. Antes de começar a carregar o Windows, ele pedirá que você pressione qualquer tecla para
iniciar via DVD-Rom, faça isso;
4. Aguarde enquanto o sistema carrega os arquivos necessários (o que leva algum tempo, de-
pendendo da velocidade do seu micro).
5. Escolha o idioma, o horário, a data e o padrão do teclado que você utiliza. Após isso, clique
emcontinuar;
6. Na próxima tela você terá as opções de particionamento de disco, clique em opções de dri-
ve para particionar. Selecione a partição que deseja que seja feita a instalação do Windows.
Clique em próximo;
7. Agora você precisa apenas esperar que o programa continue a instalação, esta etapa pode
demorar alguns minutos.;
8. Assim que o computador reiniciar o sistema solicitará informações como: nome do compu-
tador e usuário. Preencha e clique em próximo.
9. Na próxima tela você tem as opções de atualização, recomenda-se que o Windows seja
atualizado frequentemente.
10. O próprio sistema fará agora as últimas con figurações. Após isso ele estará pronto para uso.

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Fundamentos de Hardware
7.3 Instalando oUbuntu
1. Insira o CD-ROM do Ubuntu e reinicie seu computador.
2. Entre na BIOS e escolha para dar boot pelo CD-ROM.
3. Antes de começar a carregar o Ubuntu, o sistema solicitará que você pressione qualquer
tecla para iniciar via CD-Rom. Faça isso.
4. Quando o instalador carregar, ele te oferecerá a opção de testar o Ubuntu e de instalá-lo no
computador, escolha a opção de instalação. Na barra à esquerda você tem a opção de esco-
lher o idioma a ser instalado.
5. Na tela seguinte você deve escolher o país e o fuso horário, escolha e clique em avançar.
6. A seguir você tem a opção de escolher o layout do teclado. O que contém a tecla ç (c cedilha)
é o ABNT2. Escolha e clique em avançar.
7. Agora você tem a opção de escolher a partição para a instalação do Linux, escolha a opção de
especi ficar particionamento manualmente e clique em avançar.
8. Antes de você criar a partição para a instalação do Sistema Operacional (S.O.), é recomen-
dado que você crie uma partição de SWAP. Para fazer isso na barra “usar como:” escolha
“área de troca(SWAP)”. Recomenda-se que a partição de SWAP tenha o dobro do tamanho
da sua memória RAM.
9. Você agora deve escolher o espaço para criar a partição. Para o formato de montagem es-
colha o ext4 e na caixa de ponto de montagem escolha / (barra).
10. Você deve ter o cuidado de escolher um espaço que você queira, de fato, sobrescrever. Te-
nha cuidado para não sobrescrever outras partições que você esteja usando (por exemplo a
do Windows instalado no item 3.2).
11. Na tela seguinte você deve definir o nome do computador, um usuário e a senha desse usu-
ário.
Muita atenção nesta hora. Escolha e clique em avançar.
12. Agora o instalador confirma as informações que você forneceu na etapa anterior. Confira e
clique em instalar. O instalador só irá fazer alterações no seu computador após você clicar
em instalar.
13. Desse ponto em diante você não precisa fazer mais nada, o próprio instalador concluirá o
processo.

7.4 Recuperando o GRUB


O GRUB (Grand Unified Bootloader) é um gerenciador de boot usado em várias distros Linux.
Quando você reinstala o Windows ou, eventualmente, quando o Windows faz atualizações, ele instala
seu próprio gerenciador de boot, que não “enxerga” sistemas Linux, sendo assim necessário que reins-
talemos o GRUB para poder usar o Linux. Para reinstalar o GRUB será necessário um live-CD (que é um
disco que pode carregar o S.O. Sem instalá-lo.), a maioria dos cds de instalação do Linux são live- CD’s.

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Fundamentos de Hardware
Se você dispõe de um cd do ubuntu, quando ele te der a opção de instalar ou testar o sistema,
você deve escolher testar o sistema.

1. Quando o sistema do live-CD iniciar, abra o terminal e entre como root (comando su);
2. Crie uma pasta para o sistema do live-CD montar o sistema do Linux instalado no seu PC: mk-
dir -p /mnt/Linux;
3. Agora com o comando fdisk -l veja em qual partição o Linux estará montado, provavelmente
será algo como /dev/sdax, onde x representa o número da partição Linux;
4. Agora monte o sistema na pasta anteriormente criada com o comando mnt /dev/sdax /mnt/
Linux, substitua x pelo número da partição em que o Linux está instalado no seu computa-
dor;
5. Agora use os comandos a seguir: mount -o bind /dev /mnt/Linux/dev e mount -t proc none/
mnt/Linux/proc;
6. Devemos agora acessar a partição montada como root, para isso use o comando chroot /
mnt/Linux /bin/bash;
7. Utilizaremos agora o comando para atualizar o GRUB: /usr/sbin/update-grub;
8. Instalando o GRUB: grub-install /dev/sda;
9. Agora saia do chroot com o comando exit;
10. Desmonte agora as parições montadas com os comandos umount /mnt/Linux/proc;umou-
nt /mnt/Linux/deve umount /mnt/Linux;
11. Agora e só reiniciar o computador com o comando reboot. Lembre-se de retirar o disco
quando o computador estiver sendo reiniciado.

7.5 Instalação dos drivers


Após a instalação do Windows é necessário instalar os drivers do componentes que o Windows
não possui. Os drivers são programas que fazem seu hardware funcionar corretamente. Por exemplo,
para fazer sua placa de vídeo funcionar é necessário instalar o driver para aquele exato modelo. Para
instalar os driver das placas onboard, normalmente rede e som, basta inserir o CD de instalação que
veio junto com a placa mãe e seguir as instruções.
Para as placas o board, use o CD de instalação que veio com a placa. Em ambos os casos, talvez
você tenha perdido o CD de instalação ou necessita instalar um versão mais nova para resolver alguma
incompatibilidade ou para ter novos recursos. Para tanto precisamos primeiro saber a marca e modelo
da placa. Podemos fazer isso de duas maneiras:
1. Abrir o gabinete e procurar a marca e modelo da placa escritas em algum chip. Se for para
uma placa onboard, o melhor é tentar identificar a marca e modelo da placa mãe olhando
na própria placa.Se a placa for o board deve-se procurar a marca e modelo escrita em algum
chip ou na própria placa.

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2. Usar o programa HWinfo32, disponível no site www.superdownloads.com.br. Existe a versão
portable, que não exige que o programa seja instalado no computador.Quando se executa o
programa ele já mostra qual o seu processador, placa e vídeo e mais algumas informações.
Com ele você também pode saber informações de alguns sensores do computador, como
temperatura e velocidade dos coolers. Note que o menu esquerdo também está mostrando
a marca e modelo da placa de vídeo, no caso uma ATI 9550. Identificada a marca e modelo,
procure no Google o site do fabricante e vá à seção de downloads ou suporte para fazer o
download do driver apropriado.

Identificando dispositivos não instalados


Para saber quais os dispositivos não possuem drivers instalados, clique com o botão direito em
Meu Computador, Propriedades, aba Hardware e clique no “Gerenciador de Dispositivos”. Os disposi-
tivos que ainda não estiverem instalados ou com algum outro problema terão um sinal de exclamação
ao seu lado.
Se preferir, tente achar o driver para o dispositivo usando o Windows Update. Para tanto, clique
duas vezes no dispositivo que não está instalado e clique no botão “Reinstalar driver”. Na janela que
aparecer, selecione a opção que permite que o Windows Update procure o driver. Tenha certeza de que
esteja conectada à internet.
Instalando apenas o driver, sem instalar outros softwares Muitas vezes ao instalar um driver não
instalamos somente o driver em si e sim algum software de controle a mais.
Por exemplo, ao instalar o driver de vídeo usando o setup do programa, é instalado também um
software para controle de frequência do monitor, resolução, entre outras coisas. Quando se instala o
driver de som usando o setup dele, instala-se também um gerenciador de áudio que fica residente na
memória do sistema. Esse gerenciador pode controlar a conexão e desconexão de dispositivos.
Se você não quer que esses outros softwares sejam instalados, tem a opção de instalar somente o
necessário. Para tanto, clique com o botão direito em Meu Computador, Propriedades, aba Hardware
e clique no “Gerenciador de Dispositivos”. Clique duas vezes no dispositivo que não está instalado
e clique no botão “Reinstalar driver”. Você será perguntado se deseja usar o Windows Update. Res-
ponda que não. Após isso, escolha o local que se encontra o driver e con firme. O sistema instalará
somente o driver.

8. A MANUTENÇÃO PREVENTIVA NO HARDWARE


8.1 O que é
A manutenção preventiva é feita atravez da limpeza geral dos componentes físico da magina. É
feita essa manutenção para aumentar o tempo de vida da máquina.

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8.2 Unidade de CD (DVD-ROM,CD-RW)
Para a manutenção de unidade de CD e derivados é ultilizado um CD-ROM com superfície em
micro fibra que ao tocar a superfície das lentes da Unidade, faz a limpeza. Somente deve-se usar uma
vez a cada bimestre, pois esse processo é abrasivo. Leia os manuais explicativos.

8.3 Teclado (Keyboard)


Para a manutenção do teclado, vire o teclado, e fazendo movimento estilo gangorra, om o objetivo
dos resíduos maiore cairem.
Depois disso, se haver sujeira grudada, ultilize de cotonete apropriado embebido em álcool iso-
propílico. Evite usar aspiradores muito potentes, álcool comum ou água, para evitar danificar o pro-
duto

8.4 Monitor CRT/Scanner


Conhecido como monitor de tubo. Sua limpeza é realizada atravez, inicialmente com um pincel
fino e macil. Passando na tela, visando retirar sujeira maiores. Depois com um pano levemente ume-
decido em água, passe, e depois o seque com outro pano seco. Na parte externa, use pasta apropriada
de limpeza. Esses procedimentos são abrasivos, devem ser feitos commoderação.
Não se esqueça, que mesmo ele sendo desligado, ainda há energia suficiente para um choque
elétrico de potencia altíssima, portanto evite líquidos em seuinterior.

8.5 Monitor LCD


Em monitores de Liquid Cristal Display, Conhecido como monitor LCD, o cuidado deve ser ainda
maior. O uso de produtos de limpeza pode danificar a tela. Use apenas um pano macio e seco para
tirar a poeira.

8.6 Impressora Jato de Tinta


As impressoras da HP e EPSON dispõem de software especial para alinhamento e limpeza de
cartucho. Na parte externa, use pasta apropriada de limpeza. Esses procedimentos são abrasivos,
portanto devem ser feitos com moderação. Leia os manuais explicativos e/ou telas de ajuda antes de
executar a tarefa.

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8.7 Placa mãe
Usando-se um compressor em baixa potencia (apenas um pequeno sopro às vezes resolve) e um
pequeno pincel de cerda, dá-se cabo dessa tarefa em 5 minutos.
Pode-se usar também um pequeno aspirador em conjunto com o pincel.

8.8 Placas emgeral


(Placas conectadas nos slots do computador) Nesse item incluímos as placas PCI, AGP, ISA e as
Memórias.
Primeiro siga o procedimento de limpeza da placa mãe, para evitar que algum resíduo caia nos
slots. Após isto, retire cada placa, limpando-a levemente na área dos contatos metálicos, usando para
isso uma pequena borracha branca e que não solte fiapos. Após a limpeza recoloque-a no lugar e então
passe para a placa seguinte.

8.9 Coolers
O cooler é fundamental para a refrigeração do processador. Com o tempo (entre 6 meses e um
ano), a lubrificação fica comprometida, causando a diminuição da rotação e como consequência o au-
mento da temperatura.
Como paliativo, retire o Cooler, pulverize WD-40 nos rolamentos e deixe-o secar. Talvez seja ne-
cessário desprender o cooler do dissipador (estrutura de alumínio ou cobre). Talvez haja também
uma etiqueta impedindo o acesso ao rolamento do cooler e você deverá retirá-la com cuidado. Após
lubrificar o cooler, tenha certeza de que tirou o excesso de óleo para que este não caia na placa mãe
ou no processador. Importantíssimo: Ao colocar o cooler velho ou novo no processador, lembre-se de
retirar qualquer etiqueta de propaganda que esteja na área de contato com o processador. Não con-
funda essa etiqueta com etiquetas que substituem o uso de pasta térmica. Se este não for o seu caso,
não se esqueça de colocar uma fina camada de pasta térmica na junção entre o cooler e o processador
e principalmente fazer o FLUXO DE AR do cooler ir na direção do processador ou seja usá-lo como um
ventilador e não como um exaustor. Limpe o dissipador com um pincel macio e limpo. Essas medidas
ajudam até mesmo a melhorar o ruído causado pelo cooler.

8.10 Fonte de Alimentação (power suply)


As fontes contém componentes que também se deterioram no calor e no uso constante.
Por norma, as voltagens podem variar no máximo até 5% para baixo ou para cima. Com a de-
teriorização dos componentes, temos situações onde a corrente do Hard Disk que é 12 Volts fica em
10Volts, causando perda de potencia no motor e acarretando mal funcionando na leitura/gravação de
dados. E isto é muito grave.

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

185
Fundamentos de Hardware
A ventoinha da fonte tem que sempre estar limpa, pois ela é usada como um exaustor do ar
quente interno do gabinete do computador. A limpeza TEM que ser externa, pois a abertura da fonte
tem que ser feita por técnico especializado. Faça a limpeza com um compressor de ar um pouco mais
fraco, o suficiente para retirar a sujeira de dentro dela.

8.11 Gabinete ou Box do PC


A única limpeza a ser realizada aqui é a retirada do pó com um pano limpo e seco. Pode-se usar
também, em sua parte externa, produtos especiais para a limpeza de gabinetes.

Fonte: EDUCAMOC. Manutenção de Microcomputador Disponivel em: http://www.educamoc.com.br/admin_blo-


gs/assets/uploads/77818e86f55b08bb7386d2915504e0ef.pdf.Fonte: Acesso em dezembro. 2015.

9. A MANUTENÇÃO POR SOFTWARE


As vezes, problemas como a lentidão do computador são solucionados por uso de softwares,
sem a necessidade de troca de peças.

9.1 Desfragmentação de disco


Para tentar diminuir a lentidão do computador, recomenda-se primeiramente fazer a desfrag-
mentação do disco. Como o nome já diz, esse processo tenta acabar com a fragmentação do disco.
Mas, o que é isso? Quando um arquivo é gravado no disco rígido (HD), o sistema operacional pode
optar por gravar esse arquivo no primeiro espaço que caiba por inteiro. Caso não consiga achar um
espaço contínuo para isso, ou por outras razões, gravará o arquivo em seções descontínuas, fazendo
com que a leitura do mesmo demore mais que o normal, já que o cabeçote de leitura terá que ser des-
locado para outras regiões do HD. A desfragmentação de disco analisa os aquivos no disco e os move
para partes contínuas.
Para fazer isso no Windows 7, vá em Iniciar -> Todos os Programas-> Acessórios -> Ferramentas
do sistema -> desfragmentador de disco. Escolha a unidade a ser desfragmentada e clique em desfrag-
mentar disco. Será mostrado o estado do disco antes e após a desfragmentação. Você também pode
fazer isso abrindo o “Meu Computador”, clicando com o botão direito do mouse sobre o drive a ser
desfragmentado e escolhendo a opção “propriedades”. Na aba “ferramentas”, clique em “desfragmen-
tar agora”.

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

186
Fundamentos de Hardware
9.2 Corrigindo erros no disco
Quando o computador é desligado de forma errada, por exemplo queda de energia ou reinício
pelo botão reset, podem ocorrer algumas inconsistências no disco. Por isso, recomenda-se verificar o
disco periodicamente. Para tanto, abra o meu computador, clique com o botão direito do mouse no drive
a ser verificado e escolha a opção “propriedades”. Vá na aba “ferramentas” e clique em “Verificar Agora”.

9.3 Desinstalação de programas desnecessários


Para desinstalar programas desnecessários, abra o painel de controle em Iniciar-> Painel de controle.
Clique em “Desinstalar um programa” e desinstale o programa que você tenha certeza que não é usado.

9.4 Limpeza do registro do Windows


Infelizmente, quando se desinstala um programa no Windows, vários registros de configura-
ção ficam para trás, causando perda de performance do sistema. Para solucionar esse problema, o
melhor é usar um programa especializado em excluir entradas inválidas no registro do Windows.
Recomendamos o CCleaner, um programa gratuito e muito bom. O CCleaner é um dos softwares mais
seguros para remoção de entradas inválidas, sempre preservando a funcionalidade dos programas e a
integridade do sistema como um todo.

9.5 Proteção contra vírus e spywares


Vírus são programas de computadores que fazem algo ruim ao usuário. Por exemplo, um vírus
pode simplesmente abrir janelas com mensagens engraçadas ou até deletar arquivos importantes. A
melhor maneira de prevenir de vírus é a instalação de um antivírus. Além de um antivírus, recomenda-
se a instalação de um anti-spyware. Spyware são softwares espiões, ou seja, capturam dados de seu
computador e envia para o produtor do Spyware. Esses dados podem ser senhas do e-mail, dados pes-
soais ou até a senha do banco que você acessa pela internet. Recomendamos o Avast Antivírus, por
ser leve, gratuito, funcional e ter a opção de ser em idioma português do Brasil. Além disso o próprio
Avast inclui detecção de Spyware.
Outra dica é a criação de uma conta limitada. Em uma conta limitada, o usuário não tem permis-
são de instalar ou desinstalar programas. Assim, se um vírus tentar se instalar no sistema não irá conse-
guir. O máximo que poderá fazer é bagunçar a conta do usuário, mas não será necessário a formatação

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

187
Fundamentos de Hardware
do disco. Mas atenção, essa medida não protege o usuário contra vírus, apenas não os deixa tomar
conta do computador.

Fonte: UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO. PET Engenharia de Computação DI-UFES


www.inf.ufes.br/pet .Fonte: Acesso em 19.12.20134 ás 11:30
http://www.pet.inf.ufes.br/projetos/software-livre/apostila.pdf

Fonte: EDUCAMOC. Manutenção de Microcomputador Disponivel em: http://www.educamoc.com.br/admin_blo-


gs/assets/uploads/77818e86f55b08bb7386d2915504e0ef.pdf.Fonte: Acesso em dezembro. 2015.

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

188
Curso Técnico em

INFORMÁTICA
Etapa 1

WEB LINGUAGEM HTML


WEB Linguagem HTML

CRITÉRIOS DE DISTRIBUIÇÃO DE PONTOS

Atividade Valor

Trabalho Escrito 10

1º Bimestre
Avaliação Mensal 10

Avaliação Bimestral 20

Total 40

Atividade Valor

Trabalho Prático 10

2º Bimestre
Projeto Mostra 10

Total 40

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

190
WEB Linguagem HTML

SUMÁRIO

1. A Linguagem HTML.................................................................................................................... 193

2. Formatando Texto....................................................................................................................... 194


2.1 Títulos e Subtítulos (h1).................................................................................................. 194
2.2 Parágrafo - <p>................................................................................................................ 195
2.3 Comandos de Texto......................................................................................................... 195
2.4 Comando <DIV>.............................................................................................................. 196
2.5 Linha (hr)......................................................................................................................... 197

3. Imagens ...................................................................................................................................... 197


3.1 Alinhamento da imagem................................................................................................. 197
3.2 Alterando a altura e ou a largura da imagem.................................................................. 197

4. Letreiros Animados ..................................................................................................................... 198

5. Tabelas ...................................................................................................................................... 198


5.1 Formatando a tabela....................................................................................................... 198
5.2 Formatando a TD, TR ou TH............................................................................................ 199
5.2.1 ALIGN........................................................................................................................... 199
5.2.2 Inserindo imagem na célula(IMG)................................................................................ 199
5.2.3. Colocando cor no fundo da célula(BGCOLOR)............................................................. 199
5.2.4. Colocando cor e figura na célula................................................................................. 200
5.2.5 Valign............................................................................................................................ 200
5.2.6 Colspan......................................................................................................................... 200
5.2.7. Rowspan...................................................................................................................... 201

6. Listas ...................................................................................................................................... 202


6.1 O comando UL................................................................................................................. 202
6.2 O comando OL................................................................................................................. 203

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

191
WEB Linguagem HTML
7. Links ...................................................................................................................................... 204
7.1 Âncora............................................................................................................................. 204
7.2 Linkando arquivos........................................................................................................... 204
7.3. Mensagem Eletrônica..................................................................................................... 204
7.4 Alterando a Cor do Link................................................................................................... 204
7.5 Texto muito grande......................................................................................................... 205

8. Formulários................................................................................................................................. 205
8.1 Campos de texto – Text................................................................................................... 205
8.2 Botões de opção – Radio................................................................................................. 206
8.3 Caixa de Seleção – Checkbox........................................................................................... 206
8.4 Listas de Opções – SELECT............................................................................................... 206
8.5 Áreas de Texto – textarea................................................................................................ 207
8.6 Campos de Senha............................................................................................................ 207
8.7 Botões de Ações.............................................................................................................. 207
8.8 Email................................................................................................................................ 207
8.9 URL.................................................................................................................................. 208
8.10 Calendário Completo.................................................................................................... 208
8.11 CEP................................................................................................................................ 208

9. Som e Vídeo................................................................................................................................ 209


9.1 Inserindo arquivos de som.............................................................................................. 209
9.2 Inserindo um vídeo......................................................................................................... 209

10. Doctype e Metas....................................................................................................................... 209

11. DIicas ...................................................................................................................................... 210

12. Exercícios................................................................................................................................... 213

13. Bibliografia................................................................................................................................. 214

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

192
WEB Linguagem HTML
1. A LINGUAGEM HTML

HTML – Hypertext Markup Language – Linguagem de Marcação de hipertexto é a linguagem


usada na autoria de páginas destinadas à internet. Não importa se a tecnologia usada é ASP, PHP CGI,
ou outras. No final o resultado será HTML, já que esta é a linguagem mais apropriada.
O HTML é formado por uma seqüência de comandos em texto puro, que são interpretadas pelo
navegador. Quando entramos em uma página qualquer, o navegador “lê” o código HTML e exibe o
layout correspondente.
< > tags – são as palavras usadas para representar os elementos em HTML.

Regras:
1. Todas as tags, nomes dos elementos, atributos, eventos, etc devem ser escritos em letras minús-
culas.
2. Todas as tags devem ser fechadas.

Uma página HTML é constituída de algumas tags principais que são:


<html></html> - estas tags são usadas para informar ao browser o tipo de documento que ele
deve exibir. A tag de abertura deve ser usada no início do documento e a tag de fechamento como
ultimo elemento da página.
<head></head> - estas tags carregam informações sobre o documento, tais como: o título da
página, as palavras chaves que serão usadas pelos sistemas de busca, informações sobre o autor da
página, etc.
<title></title> - estas tags representaram o título da página, que aparecerá na barra de título do
browser.
<body></body> - estas tags representam o corpo do documento, ou seja, tudo que for inserido
entre estas tags estará visível na janela do browser. O elemento body serve como o container principal
para texto, imagens, tabelas, links, etc.
<html>
<head>
<title> UTRAMIG </title>
</head>
<body>
.
.
.

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

193
WEB Linguagem HTML
</body>
</html>

Formatando o corpo da página - BODY


bgcolor – serve para definir a cor de fundo da página.
<body bgcolor= “blue” >
text – define a cor do texto da página.
<body bgcolor= blue” text= “white”>
background – insere uma figura de fundo da página.
<body background= “parede.jpg” >
<!> – Comentários
Para fazer comentários a respeito do seu código HTML apenas como referência pessoal e não
para ser exibido em suas páginas.

2. FORMATANDO TEXTO
2.1 Títulos e Subtítulos
<h1>, <h2>, <h3>, <h4>, <h5>, <h6> – utilizado para a construção dos títulos e subtítulos de uma
página.
<h1>UTRAMIG – Curso Técnico em Informática</h1>

Fonte: print screen do Internet Explorer no sistema operacional Windows 10

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

194
WEB Linguagem HTML
2.2 Parágrafo - <P>
Um texto normal, ou melhor, que seja encarado como normal e que apareça em diversos pontos
da página, deve vir entre <p> e </p>, que denotam a existência de um parágrafo.
<p> texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto </p>.

Alterando o alinhamento de um texto


<p align= “left”> - Texto à esquerda.
<p align= “center”> - Texto centralizado.
<p align= “right”> - Texto à direita.
<p align= “justify”> - Texto justificado.

2.3 Comandos de Texto

<br> Quebra de linha.

<font face> Alterar a fonte.

Size Alterar o tamanho da fonte.

color Alterar a cor do texto.

<b>...</b> Aplica o estilo negrito.

<i>...</i> Aplica o estilo itálico.

<u>...</u> Aplica o estilo sublinhado

<sup>...</sup> Faz com que o texto fique sobrescrito.

<sub>...</sub> Faz com que o texto fique subscrito.

Utiliza a pré-formatação, ou seja, deixa o texto da ma-


<pré>...</pre>
neira em que foi digitado.

<big> </big> O texto irá aparecer maior que o restante ao redor.

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

195
WEB Linguagem HTML

<small> </small> O texto irá aparecer menor que o restante ao redor.

<tt></tt> Fonte de máquina de escrever com espaçamento uniforme.

<s></s> Faz com que o texto fique riscado.

<big></big> Grande

<small></small> Pequeno

Exemplo:
<p align=”justify”><font face = “Arial” size= 2 color= “black”>
A <b>Internet</b> é uma interconexão de diversas redes através de linhas de alta capacidade
chamadas <i>Backbones</i>, construídos para comportar o grande
<s> tráfego de informações que circulam na Internet.</s> É um local público e não pertence nem
é operada por nenhuma empresa.</font></p>.

Resultado:
A Internet é uma interconexão de diversas redes através de linhas de alta capacidade chamadas
Backbones, construídos para comportar o grande tráfego de informações que circulam na Internet. É
um local público e não pertence nem é operada por nenhuma empresa.

2.4 COMANDO <DIV>


A utilização desta tag é uma forma prática e rápida de alinhar bloco de texto. A abreviatura DIV
significa divisão. Ao usar esta tag num bloco de texto você estará atingindo todas as tags dentro da-
quele bloco.
Você deverá colocar a tag <DIV> e acrescentar o atributo align na tag de abertura. O atributo
align poderá ter os valores left, right e center.
Sintaxe:
<div align=” “>
texto e outras tags

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

196
WEB Linguagem HTML
texto e outras tags
</div>

Observação:
Além do atributo align= center temos a tag <center> </center> que funciona igualmente ao
atributo.

2.5 LINHA
<hr color=”blue” size=”3” />
color = cor e size = largura da linha.

3. IMAGENS
Para inserir uma imagem, uso o TAG <IMG>, que é único, não exigindo um TAG finalizado.
Os formatos mais usados são o GIF e o JPG.
<img src = “ULTRAMING.gif />

3.1 Alinhamento da imagem


Centro <img src = “ULTRAMING.gif align = “center” />
Esquerda <img src = “ULTRAMING.gif align = “left” />
Direita <img src = “ULTRAMING.gif align = “right” />

Inserindo texto na imagem


<img src = “ULTRAMING.gif alt = “Logo ULTRAMING”>

3.2 Alterando a altura e ou a largura da imagem


Largura
<img src = “ULTRAMING.gif width = “200”/ >
Altura
<img src = “ULTRAMING.gif height = 500” />

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

197
WEB Linguagem HTML
Exemplo:
<img src = ”curso.gif” align=”left” width=”100” height=”80” alt=”Curso ULTRAMING” />

4. LETREIROS ANIMADOS - MARQUEE


<marquee> Simples </marquee>
<marquee behavior = “alternate”> Alternados </marquee>
<marquee behavior = “slide”> Slide </marquee>

5. TABELAS
Marcações essenciais para desenhar tabelas em HTML.
<table></table> Toda tabela deve ser iniciada com a marcação <table> e encerrada com </table>.
<tr></tr> Cada linha de uma tabela deve sempre aparecer entre as marcações
<tr> e </tr>.
<td></td> Esta é a marcação que define cada célula de uma tabela. As células de uma tabela
devem sempre aparecer entre as marcações de linhas (<tr> e </tr>). Como padrão, o texto nas células
é alinhado à esquerda.
<th></th> Desta forma são definidos os títulos de uma tabela. Estes podem ser posicionados
em qualquer célula. A diferença entre a marcação de célula e título de célula é que o título aparece
em negrito.

5.1 Formatando a tabela


<table border = 1 bordercolor =”blue” cell spacing = “8” cell padding =”8” width = 80%>
Border = 1 - determina que uma tabela tenha bordas e define a largura da borda. Bordercolor -
determina a cor da borda.
Cellspacing - define espaçamento entre células.
Cellpadding - define distância entre o texto e a borda das células. Width - determina o quanto
da tela uma tabela deve ocupar.

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

198
WEB Linguagem HTML
5.2 Formatando a TD, TR ou TH.

5.2.1 ALIGN
<align> = Controla o alinhamento horizontal do texto em uma linha ou célula.

left = alinha à esquerda right = alinha à direita center = centraliza

Ex:
<tr>
<td align=”left”>Windows</td>
<td align=”center”>Linux</td>
<td align=”right”>DOS</td>
</tr>

Windows Linus DOS

5.2.2 Inserindo imagem na célula(IMG)


<tr>
<td> <img src=”dia.jged” > </td>
<td> <img src=”tarde.jged “ > </td>
<td> <img src=”noite.jged” > </td>
</tr>

5.2.3. Colocando cor no fundo da célula(BGCOLOR)


<tr>
<td bgcolor=”red”> Vermelho </td>
<td bgcolor=”yellow”> Amarelo</td>

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

199
WEB Linguagem HTML
<td bgcolor=”green”> Verde</td>
</tr>

5.2.4. Colocando cor e figura na célula


<tr>
<td bgcolor=”pink”><img src=”barbie.jged “ border=4></td>
</tr>

5.2.5 VALIGN
<valign> = controla o alinhamento vertical do conteúdo de cada célula da tabela. Pode aparecer
associado a TR, TD ou TH. Aceita os valores:

top = texto alinhado ao topo.


middle = texto alinhado ao meio.
bottom = texto alinhado na parte inferior.
baseline = texto alinhado na linha de base.

Ex:
<td height=60 width= 720 valign=”top”>Texto alinhado ao topo</td>

Texto alinhado ao topo


Texto alinhado ao meio

Texto alinhado na linha de base

Texto alinhado na parte inferior

5.2.6 COLSPAN
<colspan> = Aparece associado a células (TD ou TH) e determina quantas colunas uma célula
abrange.

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

200
WEB Linguagem HTML
Ex:
<tr>
<th colspan=3>Demonstrativo de preços</th>
</tr>

Demonstrativo de preços

01 Impressora 520,00

01 Pen drive 150,00

Total 670,00

5.2.7. ROWSPAN
<rowspan> = Aparece associado a células (TD ou TH) e determina quantas linhas uma célula
abrange.

Ex:
<tr>
<td rowspan=2>observe esta célula</td>
<td>observe esta célula</td>
</tr>

Observe esta célula


Observe esta célula
Observe esta célula

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

201
WEB Linguagem HTML
6. LISTAS
Vamos colocar assim, há basicamente dois tipos de listas: as ordenadas, que contêm uma série
de itens sem numerá-los, e as listas ordenadas, que atribuem um número para cada elemento da lista.
Trabalhar com listas é simples.
Trabalharemos com os comandos <ul> para listas não ordenadas e <ol> para as listas ordenadas.

6.1 O comando UL
O comando que gera a lista não ordenada é o comando <UL> (unordered list), aquela que é ro-
tulada por símbolos gráficos que deve envolver o primeiro e o último item da lista. Cada item da lista
deve ser precedido do comando <LI> (line list).

<UL>
<LI> Texto
<LI> Texto
</UL>

Marcadores – como o do MS-WORD


<ul type = square>
<li> Utramig</li>
<li>Curso técnico em Informática</li>
</ul>

• Utramig
• Curso técnico em Informática

<ul>
<li type = disc> Utramig</li>
<li type = circle>Curso técnico em Informática</li>

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

202
WEB Linguagem HTML
<li type = square>2ª Etapa</li>
</ul>

• Utramig
• Curso técnico em Informática
• 2ª Etapa

6.2 O comando OL
O comando que gera a lista ordenada (ordered list) é o comando <OL>, aquela que é ordenada
com letras e números. Cada item da lista deve ser precedido do comando <LI> (Line item).
<OL>
<LI> Texto
<LI> Texto
</OL>

O atributo Type pode assumir cinco valores para definir o tipo de numeração a ser usado na lista.

Type Função

Especifica que os algarismos arábicos padrão devem ser usados para numerar a
1
lista ( 1, 2, 3, 4,...).

Especifica que as letras minúsculas devem ser usadas para numerar a lista (a, b,
A
c, d, etc.).

Especifica que os algarismos arábicos padrão devem ser usados para numerar a
A
lista ( 1, 2, 3, 4,...).

Especifica que os algarismos romanos minúsculos devem ser usados para nume-
I
rar a lista ( i, ii, iii, iv, etc.).

Especifica que os algarismos romanos maiúsculos devem ser usados para nume-
I
rar a lista ( I, II, III, IV, etc.).

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

203
WEB Linguagem HTML
7. LINKS
É a capacidade de interligar partes de um texto (e também imagens) a outros documentos.

7.1 Âncora
Uma âncora é um ponto de referência ou endereço que será acessado por um link.
<a href=

7.2 Linkando arquivos


<a href=”nome do arquivo.html”>texto que será o link</a>
Ex: <a href=”faleconosco.html”>Fale Conosco</a>

7.2.1. Atributo Target – utilizado para especificar onde o documento de destino deve ser carre-
gado.
_blank – carrega o documento vinculado em uma janela nova do navegador.

7.3. Mensagem Eletrônica


Existe um recurso para criar um item na página que, ao ser selecionado, abre uma janela, e
permite que se envie uma mensagem eletrônica para um endereço específico. Para isso utiliza-se o
atributo mailto:
Ex: <a href=”mailto: alguem@gmail.com.”> Escreva para alguém </a>.
Para que o campo Assunto já apareça preenchido é necessário utilizar o atributo subject.
<a href=”mailto: alguem@gmail.com? subject=qualquer assunto”>Escreva para alguém </a>.

7.4 Alterando a Cor do Link


Através de atributos de <BODY>, podemos definir cores para os links.
<BODY LINK=”blue” ALINK=”red” VLINK=”navy” >
LINK
a cor dos links (padrão: azul)
ALINK
cor dos links, quando acionados (padrão: vermelho).

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

204
WEB Linguagem HTML
VLINK
cor dos links, depois de visitados (padrão: azul escuro ou roxo).

7.5 Texto muito grande


Suponha que seu texto seja muito grande, o que tornaria trabalhoso para quem estiver vendo a
página conseguir se movimentar entre um tópico e outro, ou chegar ao início da página.
Crie um link para chegar ao topo da página

<body>
<a name=”topo”>
...
...
...
<a href=”#topo”><img src=”seta.jpg”>
Ou Topo da página

8. FORMULÁRIOS
Um formulário é um modelo para a entrada de um conjunto de dados. Eles são usados em regis-
tros eletrônicos ou em formulários para o envio de e-mails.
<form > - inicia um formulário
action - especifica o URL (caminho) ao qual serão enviados os dados do formulário.
method - seleciona um método para acessar o URL de ação.
post - transfere grande quantidade de dados para o servidor.
get - transfere até 128 caracteres para o servidor.
</form> - termina o formulário.

8.1 Campos de texto – Text


Este tipo de campo é utilizado para receber dados do tipo: nomes de usuário, endereços, etc.
Nome:<input type=”text” size=”50” maxlength=”50” name=”nome” autofocus = “autofocus”/>

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

205
WEB Linguagem HTML
Nome:

8.2 Botões de opção – Radio


O usuário poderá selecionar apenas uma opção em um grupo de botões de opção.
Sexo: <input type=”radio” name=”sexo” value=”M”> Masculino
<input type=”radio” name=”sexo” value=”F”> Feminino

Sexo: Masculino Feminino

8.3 Caixa de Seleção – Checkbox


Este tipo de campo o usuário poderá selecionar mais de uma opção em um grupo de caixas de
seleção.
Idiomas: <input type=”checkbox” name=”idioma”> Inglês
<input type=”checkbox” name=”idioma”> Espanhol
<input type=”checkbox” name=”idioma”> Português

Idiomas: Inglês Espanhol Português

8.4 Listas de Opções – SELECT


Permite configurar diversas opções em um espaço limitado. Experiência em Programação:
<Select name=”listaprog”>
<option value=”Java”> Java
<option value=”html”> Html
<option value=”Asp”> ASP
</select>

Experiência em Programação: Java v

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206
WEB Linguagem HTML
8.5 Áreas de Texto – textarea
Este tipo de fornece ao usuário uma área maior, na qual podem digitar uma resposta.
DEIXE SEU COMENTÁRIO: <br>
<textarea cols=”40” rows=”5” name=”Comentário”>
</textarea>

DEIXE SEU COMENTÁRIO:

8.6 Campos de Senha


Este tipo de campo é utilizado para receber dados sigilosos.
INFORME SUA SENHA DE ACESSO (8 caracteres):
<input type=”password” value=”” name=”sua senha” size=”6” maxlenth=”8”>

INFORME SUA SENHA DE ACESSO (8 caracteres):

8.7 Botões de Ações


Controlam as operações relacionadas ao formulário.
<input type =”submit” value=”OK”>
<input type =”reset” value=”Cancelar”><br><br>

OK Cancelar

8.8 Email
Campo usado para inserir e fazer a validação de um endereço de e-mail.
Email: <input type=”email” maxlength = “50” required placeholder = “Digite seu e- mail”/>
<em>seunome@dominio.com.br</em>

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

207
WEB Linguagem HTML

Email: Digite seu e-mail seunome@dominio.com.br

8.9 URL
Exibe um campo com validação para a inserção de URLs.
<input type =”url” maxlength = “50” required placeholder= “link” />
<em> http://www.nomedosite.com.br</em>

8.10 Calendário Completo


Esse campo abre um calendário completo data, hora. Calendário Completo<input type = “date-
time-local”/>

8.11 CEP
CEP: <input type =”CEP” size=”9” maxlength=”9”name=”CEP” required pattern = “\d{5}-?\d{3}”/>
Autofocus - O foco será colocado neste campo automaticamente ao carregar a página.
Required - Para tornar um campo de formulário obrigatório (seu valor precisa ser preenchido).
Maxlength - limita a quantidade de caracteres em um campo de formulário.
em -

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

208
WEB Linguagem HTML
9. SOM E VÍDEO
9.1 Inserindo arquivos de som
<BGSOUND SRC=som. wav LOOP=INFINITE>
Neste exemplo, o arquivo de áudio som.wav será executado constantemente até que o usuário
troque de página. Só depois que a página é carregada que o som começa a tocar. É possível também
fazer com que o som seja tocado por um número determinado de vezes. Exemplo:

<BGSOUND SRC=som. wav LOOP=5>


No exemplo acima, o arquivo som. wav será executado cinco vezes.
Inserindo um vídeo

9.2 Inserindo um vídeo


Para inserir um arquivo AVI
<img dynsrc=C:/.../Gorila.avi start=”fileopen” >
onde
Dynsrc indica que se trata de uma imagem dinâmica (vídeo).
Start =”file open” que o vídeo irá se reproduzir assim que a página carregar.
Start =”mouseover” que o vídeo irá se reproduzir assim que a mouse passar sobre o vídeo.

10. DOCTYPE E METAS


A declaração <doctype> avisa ao browser a versão do (X)HTML usada na programação da pági-
na, para mostrá-la adequadamente. Avisa também, aos programas que validam o código, a DTD que
deve ser considerada para testar a página.
<doctype> deve ser a primeira palavra do arquivo, antes mesmo da marcação<html>, para que
o browser saiba como lidar com o código ao começar a carregar uma página.
<!DOCTYPE html PUBLIC “-//W3C//DTD XHTML 1.0 Transitional//EN”
“http://www.w3.org/TR/xhtml1/DTD/xhtml1-transitional.dtd”>

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

209
WEB Linguagem HTML
<html xmlns=”http://www.w3.org/1999/xhtml”>
<head>
<!-- meta serve para descrever melhor para os mecanismos de buscas, como Google e Yahoo
interpretarem e avaliarem o site-->.
<meta http-equiv=”Content-Type” content=”text/html; charset=UTF-8” />
<!--conjunto de caracteres que serão permitidos a codificação UTF-8 é universal e comparativa
com todos os tipos de língua, Mandarim, Russo-->.
<meta name=”keywords” content=”utramig curso informatica” />
<!--palavras chaves utilizadas pelo site de busca-->
<meta name=”description” content=”Curso de Capacitação em programação” />
<meta name=”author” content=”Tereza Sanguinete” />
<meta name=”robots” content=”all” /><!--autorização de robores que irão acessar o site-->
<meta name=”language” content=”pt-br” />

11. DICAS
Imagine-se no lugar do usuário
Imagine como você gostaria que as coisas estivessem dispostas para a sua navegação.
Organize a navegação por ordem de importância, ou seja, quais seções você acredita que terá
maior atenção de seu visitante.
Pense como o usuário ira de uma seção para outra e facilite esse trafego.
Pense também em como ele pode retornar a uma página que o interessou.
Abuse dos links contextuais – aqueles que estão no meio dos textos, e que levam para outras
páginas.
Não faça do menu principal a única forma de navegar por seu site, ofereça ao usuário varias
possibilidades de localizar o que deseja.
Mantenha um layout padronizado, claro, limpo e de fácil visualização. Isso dará aos usuários a
sensação de estarem lidando com um site profissional, e que oferece produtos de qualidade.

Cores
Quando você for escolher as cores do seu site, tome cuidado com as combinações. Evite usar
letras claras em fundos claros ou cores escuras em fundos escuros, e tenha cuidado também ao usar
cores extravagantes, como verde brilhante, rosa-choque, entre outras.

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

210
WEB Linguagem HTML
Isso também vale para o uso de backgrounds. Preocupe em deixar o site legível e bonito para
passar uma boa impressão.
O uso das cores poderá causar sensações nos visitantes de um site. Cores quentes (vermelho,
amarelo, laranja) as sensações de agitação e euforia. Já as cores frias, como (azul-turquesa e violeta)
são associadas a ambientes mais calmos. As cores acromáticas (branco, cinza e preto), podem adquirir
o caráter quente ou frio. O verde e o magenta são considerados marginais, ou seja, a sensação que
provocam varia de acordo com a cor que estiver sendo usada ao seu redor.
Repare que sites de serviço, como Google e Yahoo, utilizam fundo branco, que transmite a sen-
sação de organização e agilidade no acesso às informações. Tenha em mente a sensação que você
pretende transmitir e faça sua escolha.
As cores devem “combinar” com o conteúdo do site.
A dica, enfim, é: não transforme sua página num “carnaval”, seja simples.

Saiba usar o texto


1. Textos longos devem ser resumidos ao máximo, ou dividos em varias páginas pequenas.
Sempre que possível, evite textos longos.
2. Sempre que possível, use imagens em lugar de textos. Na Internet, ninguém tem paciência
para leituras imensas.
3. Utilize tabelas para formatar textos e imagens.
4. Não centralize paginas inteiras. Utilize center apenas para títulos e situações especiais.
5. Grandes blocos de texto formatado em itálico devem ser evitados, pois podem parecer de-
sequilibrados na tela dificultando a leitura de muitos usuários.
6. Use elementos gráficos (fotos, subtítulos, etc.) nas grandes áreas de texto para dar um des-
canso visual.

Use espaços em branco


Em qualquer tipo de site, é importante manter um visual limpo, agradável e profissional. Uma
forma de conseguir este efeito é abusar dos espaços em branco. Entre imagens e textos, procure
espaços em branco, que deixarão o site com uma aparência mais amigável. Use, também, margens à
esquerda e à direita da página.

7. Utilize as cores-padrão para os links


Não troque a cor azul dos textos linkados e nem tire o sublinhado, por ser um modelo padrão, o
usuário desconsidera o fato de ser um link.

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

211
WEB Linguagem HTML
Crie menus
Menus como muitas imagens, com uso intensivo de recursos como applets Java, animações em
flash etc., causam impacto visual, mas podem tornar a página muito lenta. E essa lentidão transforma-
se em abandono do seu site por partes dos usuários.

Não valorize mais o design do que o conteúdo.


A maioria das pessoas, quando visita um site, esta em busca de algum tipo de informação. O de-
sign do site deve funcionar como ferramenta facilitadora do acesso e compreensão dessa informação.

Evite sites “pesados”


1. Divida as páginas.
2. Defina o tamanho das imagens (máximo de 40 KB) e use apenas os formatos principais GIF
e JPG. As imagens em formato BMP demoram mais para carregar e, por isso, devem ser
evitadas.
3. Use poucos gifs animados, não coloque mais de um gif por página, evitando assim uma
grande confusão e tornando a página muito mais pesada para carregar.
4. Não exagere em frames.
5. Use sons midi, eles são mais simples, arquivos do tipo MP3 e WAV são muito grandes para
carregar junto com as páginas.
6. Não abuse de Flash.

Barra de rolagem
Não deixe a página muito comprida, pois ainda há muitas pessoas que não usam as barras de
rolagem.

Logotipo
Coloque seu logotipo em todas as páginas do site, de preferência no canto superior esquerdo
da página.

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

212
WEB Linguagem HTML
Letras Grandes
Não é necessário utilizar letras grandes na página. O uso de texto de tamanho médio/standard e
suficiente, uma vez que cada usuário pode ajustar o tamanho do texto as suas necessidades por meio
da alteração das definições do seu navegador.
As principais características para que o internauta fique satisfeito com o seu site são praticidade,
legibilidade, adequação ao público, precisão nas informações, agilidade e navegabilidade.

12. EXERCÍCIOS

1) Faça uma pesquisa respondendo as questões abaixo: O que é Internet?


O que é http://? O que é www?
O que são Link’s?
O que significa este símbolo: “@”? O que é.com?
O que é.edu? O que é. gov? O que é.org?
O que é Baixar? O que é Browser? O que é Chat?
O que é Conexão?
O que é Descarregar?
O que é Endereço de Correio Eletrônico? O que é Fórum?
O que é Hacker? O que é ISDN?
O que é Linha Discada?
O que é o Mecanismo de Busca (Search)? O que uma home page?
O que é Netscape?
O que é um Provedor de Acesso? O que é um Provedor de Conteúdo? O que é um Servidor?
O que é um Site? O que é URL?
O que é endereço de IP? O que é hipertexto?

2) As principais características para que o internauta fique satisfeito com o seu site são praticidade,
legibilidade, adequação ao público, precisão nas informações, agilidade e navegabilidade.
Faça uma pesquisa sobre o assunto acima, apresentando a sua conclusão.

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213
WEB Linguagem HTML
13. BIBLIOGRAFIA

MATOS, Luis, Segredos dos WEB SITES de sucesso – 101 dicas. São Paulo: Ed. Digerati Books, 2004, 95 p.

PEREIRA, Marcelo Gino e REHDER, Wellington da Silva, Guia Prático – HTML. São Paulo: Ed. Viena,
2003,143p.

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

214
Curso Técnico em

INFORMÁTICA
Etapa 1

BANCO DE DADOS
Banco de Dados

SUMÁRIO

Objetivos Gerais.............................................................................................................................. 218


Avaliações............................................................................................................................... 218
Distribuição de pontos............................................................................................................ 219
Bibliografia.............................................................................................................................. 220

1. Banco de Dados........................................................................................................................... 220


1.1 Introdução........................................................................................................................ 220

2. Conceitos de Banco de Dados..................................................................................................... 220


2.1 Dados x Informação.......................................................................................................... 222
2.2 Sistema Gerenciador de Banco de Dados - SGBD............................................................. 224
2.2.1 Arquivo Tradicional X Banco de Dados........................................................................... 226
2.2.2 Problemas do Ambiente de Arquivo Tradicional............................................................ 226
2.2.3 Vantagens do Sistema Gerenciador de Banco de Dados................................................ 226
2.3.4 Níveis dos Bancos de Dados........................................................................................... 227
2.3.5 Profissionais da Área...................................................................................................... 228
2.3.6. Estrutura de Banco de Dados........................................................................................ 229
2.3.7. Componentes ou Objetos de um Banco de Dados....................................................... 230
2.3.7.1. Entidades ou Tabelas................................................................................................. 230
2.3.8. Tipos de Entidades........................................................................................................ 232
2.3.8.1. Entidade Primária...................................................................................................... 232
2.3.8.2. Entidade Dependente................................................................................................ 233
2.3.8.3. Entidade Associativa.................................................................................................. 233
2.3.8.4 Classificação das Entidades......................................................................................... 234
2.3.8.5 Dicionarização dos Objetos Modelados...................................................................... 234
2.3.8.5.1. Requisitos da Dicionarização.................................................................................. 234

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

216
Banco de Dados
• Uma coleção lógica e coerente de dados com algum significado inerente. Uma organização
aleatória de dados não pode ser descrita corretamente como banco de dados.
O termo banco de dados foi criado inicialmente pela comunidade de computação, para indicar
coleções organizadas de dados armazenados em computadores digitais, porém o termo é atualmente
usado para indicar tanto bancos de dados digitais como bancos de dados disponíveis de outra forma.
No Brasil, é mais comum usar o termo base de dados quando se mencionam outros tipos de
bancos de dados senão aqueles armazenados em um computador e gerenciados por um SGBD.
Aceitando uma abordagem mais técnica, um banco de dados é uma coleção de registros salvos
em um computador em um modo sistemático, de forma que um programa de computador possa con-
sultá-lo para responder questões.

Figura 1 – Conceito Banco de Dados.

Fonte: Site Portal Access - accessporexemplo.wordpress.com

Disponível em: https://accessporexemplo.files.wordpress.com/2013/08/banco-de-dados-access_1.jpg;. Acesso


em janeiro. 2016.

Um banco de dados é projetado, construído e povoado com dados que possuem um objetivo
específico.
• Dados: Fatos conhecidos que podem ser registrados e que possuem significado implícito.
Um banco de dados pode ser de qualquer tamanho e de complexidade variável, pode ser ma-
nual ou informatizado.
Um banco de dados informatizado pode ser criado e mantido por um grupo de programas de
aplicações escrito para aquela tarefa ou por um sistema de gerenciamento de banco de dados (SGBD).

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

221
Banco de Dados
Figura 2 – Exemplos de Banco de Dados.

Fonte: “Exemplo de banco de dados” - Rafael Malagoli, 29 Jan. 2016.

2.1 Dados x Informação


• Dados: Fluxos de fatos brutos que representam eventos, como transações comerciais
• Informações: Conjuntos de dados significativos e úteis a seres humanos em processos como
o de tomada de decisões.
A necessidade de informação nos mais diversos meios é personalizada, isto é, os dados podem
ser os mesmos, mas as informações extraídas deles dependem:
• Do uso que irá ter;
• Do tempo em que será útil;
• Da formação de quem recebe.

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

222
Banco de Dados
Figura 3 – Dados x Informação .

Fonte: “Dados x Informação” - Rafael Malagoli, 29 Jan. 2016.

Figura 4 – Exemplo de dados e Informação.

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

223
Banco de Dados
2.2 Sistema Gerenciador de Banco de Dados - SGBD
É uma coleção de programas que possibilitam que os usuários criem e mantenham um banco
de dados.
É um sistema de software de finalidade genérica que facilita o processo de definição, construção
e manipulação de bancos de dados.

Figura 5 – SGBD

Fonte: “Sistema Gerenciador de Banco de Dados - SGBD” - Rafael Malagoli, 29 Jan. 2016

• Definir envolve especificar os tipos de dados, as estruturas e as restrições para os dados.


• Construir é o processo de armazenar os dados em algum meio de armazenamento contro-
lado pelo SGBD.
• Manipular inclui funções de fazer consultas, alterar e gerar relatórios.

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

224
Banco de Dados
Figura 6 – SGBD 2

Fonte: Site Wordpress - anafilipa94.wordpress.com

Disponível em: https://anafilipa94.files.wordpress.com/2010/03/imagem1.jpg;. Acesso em janeiro. 2016.

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

225
Banco de Dados
Arquivo Tradicional X Banco de Dados

Arquivo Tradicional X Banco de Dados

Cada usuário define e implementa os arquivos Um único repositório de dados é mantido e


necessários para uma aplicação específica resulta uma vez definido, passa a ser acessado por
redundância de dados e dados não normalizados. diversos usuários.
A definição dos dados é geralmente, uma parte Contém uma definição completa das res-
do próprio programa de aplicação, então esses trições e das estruturas do banco de dados,
programas são restritos a trabalhar com um ban- chamadas de metadados e são armazena-
co de dados específico (cuja estrutura está no das no catálogo (dicionário dedados).
programa).
Qualquer alteração na estrutura do arquivo pode Independência de dados. Geralmente não
exigir alteração em todos os programas que é necessário alterar os programas ao se al-
acessam aquele arquivo. terar o SGBD.

Atividades Avaliativas. 10 ptos

Avaliação do Bimestral. 20 ptos

Total de Pontos 40

2.2.2 Problemas do Ambiente de Arquivo Tradicional


• Redundância de dados;
• Dependência programa-dados;
• Falta de flexibilidade;
• Baixo nível de segurança;
• Falta de compartilhamento e disponibilidade dos dados.

2.2.3 Vantagens do Sistema Gerenciador de Banco de Dados


• Cria e mantém bancos de dados;
• Fornece interface múltipla;
• Elimina a necessidade de comandos de definição de dados;
• Impõe restrições de integridade;
• Atua como uma interface entre aplicativos e arquivos físicos de dados;
• Separa as visões lógica e física dos dados;
• Potencial para impor padrões;

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

226
Banco de Dados
• Restrição de acesso ao banco de dados;
• Representação de relacionamentos complexos de dados;
• Controlar redundância.

2.3.4 Níveis dos Bancos de Dados


Os objetivos de um sistema de banco de dados são o de isolar o usuário dos detalhes internos
do banco de dados (promover a abstração de dados) e promover a independência dos dados em re-
lação às aplicações, ou seja, tornar independente da aplicação, a estratégia de acesso e a forma de
armazenamento.
O sistema de banco de dados deve garantir uma visão totalmente abstrata do banco de dados
para o usuário, ou seja, para o usuário do banco de dados pouco importa qual unidade de armazena-
mento está sendo usada para guardar seus dados, contanto que os mesmos estejam disponíveis no
momento necessário.
Esta abstração se dá em três níveis (Figura 7):
• Nível de visão do usuário: as partes do banco de dados que o usuário tem acesso de acordo
com a necessidade individual de cada usuário ou grupo de usuários;
• Nível conceitual: define quais os dados que estão armazenados e qual o relacionamento
entre eles;
• Nível físico: é o nível mais baixo de abstração, em que define efetivamente de que maneira
os dados estão armazenados.
Figura 7 – Níveis de Banco de Dados

“Níveis de banco de dados” - Rafael Malagoli, 29 Jan. 2016

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

227
Banco de Dados
2.3.5 Profissionais da Área

Administradores de Banco de Dados, DBA ou Database Administrator, são responsáveis:


• Autorizar o acesso ao banco de dados;
• Coordenar e monitorar sua utilização;
• Adquirir recursos de hardware e software quando necessário;
• Problemas com a violação da segurança;
• Tempo de demora de resposta do sistema.
Projetistas de banco de dados são responsáveis:
• Identificar os dados a serem armazenados;
• Escolher as estruturas apropriadas para apresentar e armazenar estes dados;
• Desenvolvem uma visão do banco de dados, para atender determinado grupo;
• Capaz de atender todas as necessidades e exigências de todos os grupos de usuários.
Usuários finais:
• Pessoas cujas tarefas exigem acesso ao banco de dados para consulta, atualização e geração
de relatórios;
• Para cada tipo de usuário existe uma forma de acesso ao banco de dados.
Analistas de Sistemas:
• Determinam as necessidades dos usuários finais;
• Desenvolvem especificações para as transações que atendam a essas necessidades.
Programadores:
• Implementam as especificações dos analistas;
• Testam;
• Retiram erros;
• Fazem manutenção dessas transações.
Implementadores do SGBD:
• Projetam e implementam os módulos de interface do SGBD;
• Módulos: implementar catálogo; linguagem de consulta; processadores da interface; aces-
so aos dados; segurança; interface com sistema operacional; interface com outra lingua-
gens etc.
Produtores de Ferramentas:
• Projetam e implementam ferramentas;
• Ferramentas: pacotes adicionais geralmente adquiridos em separados, que facilitam a utili-
zação do banco de dados etc.;
• Ex.: monitoramento de desempenho; interfaces gráficas.

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

228
Banco de Dados
3. Modelagem................................................................................................................................. 235
3.1 Níveis de Modelagem....................................................................................................... 235
3.1.2. Modelagem Conceitual de Dados ou MCD................................................................... 236
3.1.3. Modelo Lógico de Dados ou MLD................................................................................. 236
3.1.4. Modelo Físico de Dados ou MFD.................................................................................. 237
3.2 Modelo Entidade Relacionamento................................................................................... 237
3.2.1 Abordagens de Entidade Relacionamento..................................................................... 239
3.2.2 Grau de Cardinalidade................................................................................................... 239
3.2.3 Exemplo de caso para modelagem ............................................................................... 240
3.2.3.1 Identificar as Entidades Envolvidas............................................................................. 241
3.23.2 Identificando Atributos ............................................................................................... 242
3.2.3.3. Identificando Relacionamentos................................................................................. 243
3.2.3.4. Modelo Conceitual – Resolução................................................................................ 244

4. Exercícios..................................................................................................................................... 245
4.1 Oficina Mecânica.............................................................................................................. 245
4.2 Consultório Médico.......................................................................................................... 245
4.3 Clínica Veterinária............................................................................................................. 245
4.4 Sistema de Compra On-line.............................................................................................. 245
4.5 Controle de Cinema e Sessões.......................................................................................... 246
4.6 Cadastro Nacional de Veículos.......................................................................................... 246
4.7 Floricultura........................................................................................................................ 246

5. MySql ......................................................................................................................................... 247


5.1 Interface............................................................................................................................ 247
5.2 Criando um Banco de Dados (Esquema)........................................................................... 248
5.3 Criando Tabela.................................................................................................................. 251
5.4 Tipos de Dados.................................................................................................................. 257
5.4.1. Numéricos..................................................................................................................... 257
5.4.2. Data............................................................................................................................... 259
5.4.3. Cadeia........................................................................................................................... 260
5.5. Linguagem SQL................................................................................................................ 261
5.5.1 SELECT............................................................................................................................ 262
5.5.5 MIN................................................................................................................................ 263
5.5.5.AVG................................................................................................................................ 263
5.5.6 Count............................................................................................................................. 263
5.5.7. SUM.............................................................................................................................. 264

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217
Banco de Dados
OBJETIVOS GERAIS
Esse material tem por objetivo introduzir o aluno aos conceitos e termos utilizados em banco
de dados, como guia de referência para o estudo da disciplina, mostrando assim, a importância da
disciplina para o curso e até mesmo para a vida.

Avaliações
• Apresentação da Disciplina e apresentação da turma.
• Definição de dado, informação, banco de dados e modelagem de dados; o profissional de
banco de dados; sistemas gerenciadores de banco de dados.
• Componentes do banco de dados – definição e exemplos: entidade, atributos, ocorrências,
chave primária, chave secundária e chave candidata.
• Definição de relacionamento – tipos, definição, resolução e exemplos (1-1, 1-N e M-N).
• Diagrama Entidade Relacionamento – DER: definição e modelos.
• Exercício avaliativo – exercícios de fixação – correção de exercícios.
• Exercícios diversos de fixação para elaboração de DER com situações do mundo real – cor-
reção destes exercícios em sala de aula.
• Apresentação do MYSQL – interface.
• Criação de tabelas – definição tipos de campo, chaves primárias, chave estrangeira.
• Relacionamentos.
• Apresentando a Linguagem MYSQL.
• Comandos: SELECT, *, FROM, ORDER BY ASC E DESC.
• MAX, MIN, AVG, COUNT E SUM.
• Apresentação de projetos.
• Avaliação do momento.

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

218
Banco de Dados

DISTRIBUIÇÃO DE PONTOS

Critérios de Distribuição de Pontos – 1º Bimestre

Atividades Valor

Atividades Avaliativas 5 ptos

Avaliação Mensal 5 ptos

Atividades Avaliativas 10 ptos

Avaliação do Bimestral 20 ptos

Total de Pontos 40

Tabela 1 – Distribuição de pontos 1

Critérios de Distribuição de Pontos – 2º Bimestre

Atividades Valor

Atividades a valiativas de Access 10 ptos

Projeto de Banco de Dados 15 ptos

Amostra 5 ptos

Avaliação Final da Etapa 30 ptos

Total de Pontos 60

Tabela 2 – Distribuição de pontos 2

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

219
Banco de Dados
Bibliografia
• Modelagem de dados – Carlos Barbieri – Editora Express.

• Projeto de Banco de Dados - Uma Visão Prática - Felipe Nery Rodrigues Machado e Mauricio Pe-
reira de Abreu – Editora Érica.

• Modelagem Conceitual e Projeto de Banco de Dados - Paulo Cougo.

• MySQL 5.6 Reference Manual - http://dev.mysql.com/doc/refman/5.6/en/

1. BANCO DE DADOS
1.1 Introdução
Desde a invenção da escrita o ser humano tem a necessidade de armazenamento de dados. O
conceito de dados nos acompanha desde que o mundo é mundo e nos faz ter certeza de que sem os
mesmos a informação não tem fundamento. Os dados podem ser reais, fictícios ou imaginários, mas
a verdade é que a partir do conjunto dos mesmos irá produzir informações corretas ou passíveis de
dúvidas.
O homem tem no seu cotidiano, e, agora com o advento da tecnologia, a necessidade de se ver
cercado por dados. O que seria de nós sem a nossa famosa agenda do celular, é o nosso banco de
dados de telefones que nos são essenciais, a tecnologia está cada vez mais afastando o homem das
agendas de papel, raro são as pessoas que ainda mantêm em agenda de papel os telefones que lhe
são úteis.
A dinâmica do mundo atual exige que tenhamos cada vez mais banco de dados otimizados e que
funcionem de modo informatizado, para garantir agilidade no armazenamento e na recuperação de
dados a qualquer momento.
Na verdade o conceito de banco de dados nos acompanha no nosso dia a dia e nos faz sempre
fazer referências aos mesmos sem entender o seu conceito. Sendo assim, o objetivo da disciplina de
Banco de Dados I é introduzir o conceito de banco de dados, entendendo os seus componentes e
como os mesmos se relacionam, enfim, como estes bancos de dados são construídos.

2. CONCEITOS DE BANCO DE DADOS


• É uma coleção de dados relacionados;
• Representa algum aspecto do mundo real;

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

220
Banco de Dados
2.3.6. Estrutura de Banco de Dados
Figura 8 – Estrutura Banco de Dados

“Estrutura Banco de Dados 1” - Rafael Malagoli, 29 Jan. 2016

Figura 9 – Estrutura Banco de Dados 2

“Estrutura Banco de Dados 2” - Rafael Malagoli, 29 Jan. 2016

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

229
Banco de Dados
2.3.7. Componentes ou Objetos de um Banco de Dados

2.3.7.1. Entidades ou Tabelas


É o objeto concreto ou abstrato onde serão armazenados os dados necessários para amparar o
projeto em desenvolvimento ou manutenção.
Ex:
• Coisas tangíveis;
• Funções exercidas por elementos;
• Eventos ou ocorrências;
• Interações;
• Especificações;
Essa abordagem não implica na definição formal de um processo de classificação de objetos.

Características:
• Cada entidade exerce um papel no sistema em construção;
• Cada entidade pode ser representada por um ou mais elementos de dados. (ATRIBUTOS).

Coisas tangíveis:
Grupo que engloba todos os elementos que tenham existência concreta, que sejam manipulá-
veis, que possam ser tocados, que ocupem um lugar no espaço, ou qualquer outro tipo de visão que
nos leve a considerá-lo como fisicamente existente.
Ex.: pessoas, meios de transporte (avião, automóvel, bicicleta, etc.); animal (cachorro, gato,
etc.); material escolar (livro, lápis, borracha, etc.).

Funções exercidas por elementos:


Todo o tipo de papel, atribuição, classificação, capacitação ou outra característica qualquer que, para
um dado elemento, especifique não existência mas, a sua atuação no ambiente em que está inserido.
Ex.: especialistas (cirurgião dentista, médico pediatra, etc.), clientes (alunos, pacientes e profes-
sores, etc.)

Eventos ou ocorrências:
Quando alguma ação ou fato acontece e este se torna materializável. Enquanto programado,
durante sua execução ou depois de encerrado, esse elemento caracteriza-se como um evento ou ocor-
rência ao qual podemos fazer alguma referência.
Ex.: voo comercial, acidente de trânsito, apresentação técnica de um fornecedor, festa benefi-
cente, gincana esportiva, jogo de futebol.

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230
Banco de Dados
Interações:
São resultantes da associação de objetos em função de um processo executado. Em muitos ca-
sos podem ser substituídos por relacionamentos entre objetos.
Ex.: a compra de um imóvel; a adoção de uma criança etc.

Especificações:
Grupo onde estão os elementos que definem as características de outros objetos.
No ponto de vista conceitual seus atributos podem ser alocáveis no próprio objeto que procu-
ram denotar, podendo ser suprimido no modelo conceitual.
Ex.: especificação-equipamento, especificação-compra, etc.

Atributos ou Campos:
são as dados que se deseja armazenar sobre as instâncias ou ocorrências de uma entidade.
Ex.:
ENTIDADE ATRIBUTOS
EMPREGADO Matrícula, Nome, Endereço, Departamento, Salário, Data- Nascimento.
Os atributos devem se aplicar a cada instância do tipo de objeto.
Os atributos devem ser atômicos.
Ex:
NOME SEXO/RAÇA (errado)
NOME SEXO RAÇA

Domínio: conjunto formado pelos vários valores válidos que um atributo pode assumir.
Ex.:
ATRIBUTO DOMÍNIO
SEXO ‘F’ ou ‘M’
MATRICULA Números inteiros de 1 a 9999

Chave Primária ou Primary Key (PK): formada por um ou mais atributos concatenados, com o
objetivo de identificar uma ocorrência de maneira única.
Ex:
ENTIDADE CHAVE PRIMÁRIA
EMPREGADO MATRÍCULA ou MATRÍCULA-NOME

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231
Banco de Dados
Chave Secundária: atributo (simples ou concatenado) a partir do qual se deseja fazer uma pes-
quisa na entidade. Atributo usado como forma alternativa de acesso à entidade.
Ex.:
ENTIDADE CHAVE SECUNDÁRIA
EMPREGADO MATRÍCULA, NOME, ENDEREÇO, SALÁRIO

Chave Estrangeira ou Foreign Key (FK): atributo que corresponde a uma chave primária de outra
entidade que é levada para a entidade como resolução de relacionamento.
Ex: Cod_departamento na Entidade EMPREGADO

2.3.8. Tipos de Entidades


Em um modelo de dados podemos possuir vários tipos de entidades, vamos conhecer esse tipos.

2.3.8.1. Entidade Primária


É aquela cuja chave de identificação é feita exclusivamente através de seus atributos.
Exemplo:

“Chaves de Entidade Primária” - Rafael Malagoli, 29 Jan. 2016.

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232
Banco de Dados
2.3.8.2. Entidade Dependente
É aquela cuja existência depende de outra, ou seja, parte da chave de identificação da entidade
está condicionada a da entidade da qual ela depende.
Exemplo:

BANCO (Cod_Banco + Nome_Banco)


AGÊNCIA (Cod_Banco+Cod_Ageência + Nome_Agência)

2.3.8.3. Entidade Associativa


É aquela cuja chave de identificação é obtida através da concatenação das chaves de identifica-
ção das entidades que ela associa.
Exemplo:

Fonte: Site Slideplayer.com.br

Disponível em: http://player.slideplayer.com.br/8/2263291/data/images/img32.jpg;. Acesso em dezembro. 2015.

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233
Banco de Dados
2.3.8.4 Classificação das Entidades
• Fortes: entidade com existência própria recebida por um conjunto de atributos, um dos
quais assume valores capazes de identificar cada ocorrência da entidade de forma unívoca.
Exemplos: cliente, fornecedor, aluno.
• Fracas: entidade percebida por um conjunto de atributos mas, que dependem para sua
identificação, da existência de outra entidade.
Exemplo: Agência (depende da entidade Banco para existir).
Essa classificação depende de como se modela o ambiente.

2.3.8.5 Dicionarização dos Objetos Modelados


Definição clara do objeto para ser ter o completo entendimento do conceito que estes procuram
transmitir, evitando-se ambiguidade.
Ambiguidade => falta de clareza, falta de precisão, dualidade de interpretação, formação de
conceitos equivocados.
Nenhum modelo é claro o bastante se não for acompanhado de uma definição formal de seus
elementos (dicionário de dados ou similar).
O que é trivial para uma pessoa poderá não ser a outra, portanto, a definição será necessária de
qualquer modo.
Conceituar os elementos mostrando:
• Regras nas quais eles se encaixam;
• Exceções às regras, quando aplicáveis;
• Exemplos ilustrativos;
• Correlação entre conceitos;
• Qualquer outra informação, que ajude a entender o objeto.

2.3.8.5.1. Requisitos da Dicionarização


Existem alguns requisitos a serem atendidos na dicionarização de objetos ou entidades, como:
• O que é o elemento?
• O que faz o elemento?
• Para que serve ?
• O que engloba essa categoria de elemento?
• O que está excluído dessa categoria?
• Quando alguém/ algo é, ou deixa de ser um elemento deste tipo?
• Sua permanência nesta categoria é imutável?

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234
Banco de Dados
Exemplo:
ÓRGÃO? Instrumento musical? Repartição de uma empresa? Componentes do corpo humano? ...

Fonte: “Dicionarização” - Rafael Malagoli, 29 Jan. 2016.

• Uma PESSOA possui vários ORGÃOS


• Um ÓRGÃO pertence a uma PESSOA

3. MODELAGEM
Modelagem de Dados é a atividade de especificação das estruturas de dados e regras de negó-
cio necessárias para suportar uma área de negócios. Representa um conjunto de requerimentos de
informações de negócio. É uma parte importante do desenho de um sistema de informação.
As estruturas de dados caracterizam a organização dos dados de forma coerente para atender a
um determinado assunto.
A regra de negócio envolve os conceitos do assunto que será tratado no banco de dados.
Sistema de Informação (em inglês, Information System) é a expressão utilizada para descrever
um sistema automatizado (que pode ser denominado como Sistema de Informação Computadori-
zado), ou mesmo manual, que abrange pessoas, máquinas, e/ou métodos organizados para coletar,
processar, transmitir e disseminar dados que representam informação para o usuário.

3.1 Níveis de Modelagem


Partindo-se de um mundo observado, composto por seus objetos e relacionamentos, podere-
mos definir um modelo independente de tecnologia (relacional, rede, hierárquica).
Esse modelo poderá ser derivado para um modelo lógico que por sua vez será dependente de
modelos físicos de implementação.

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235
Banco de Dados
3.1.2. Modelagem Conceitual de Dados ou MCD
Aquele em que os objetos, suas características e relacionamentos têm a representação fiel ao
ambiente observado, independentemente de quaisquer limitações impostas por tecnologias, técnicas
de implementação ou dispositivos físicos.
Separa o problema de modelagem do problema de implementação do modelo em um tipo de
SGBD específico.
Permite abstrair e compreender melhor o ambiente observado.
Figura 10 - MCD

Fonte: “Modelagem Conceitual de Dados ou MCD” - Ra-


fael Malagoli, 29 Jan. 2016

3.1.3. Modelo Lógico de Dados ou MLD


Aquele em que os objetos, suas características e relacionamentos têm a representação de acor-
do com as regras de implementação e limitações impostos por algum tipo de tecnologia. Essa repre-
sentação é independente dos dispositivos ou meios de armazenamento físico das estruturas de dados
por ela definidas.
Modelo relacionado ao projeto de banco de dados.
Figura 11 - MLD

Fonte: “Modelo Lógico de Dados ou MLD” - Rafael Mala-


goli, 29 Jan. 2016

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236
Banco de Dados
3.1.4. Modelo Físico de Dados ou MFD
Aquele em que a representação dos objetos é feita sob o foco do nível físico de implementação
das ocorrências, ou instâncias das entidades e seus relacionamentos. O conhecimento do modo físico
de implementação das estruturas de dados é ponto básico para o domínio desse tipo de modelo.
Depende especificamente de cada SGBD.

3.2 Modelo Entidade Relacionamento


Técnica criada em 1976, pelo professor Peter P. Chen é uma representação de uma visão lógica
de um determinado ambiente de informações a partir de suas entidades, relacionamentos e atributos.
• Ideal para a comunicação com usuários leigos;
• Permite a construção de Modelos mais estáveis;
• Permite a independência de dados e de SGBD.
Base no óbvio: Lei do Mundo “o mundo está cheio de coisas que possuem características pró-
prias e que se relacionam entre si”.
Sua maior aplicação é para visualizar o relacionamento entre tabelas de um banco de dados, no
qual as relações são construídas através da associação de um ou mais atributos destas tabelas.
MER: Conjunto de conceitos e elementos de modelagem que o projetista de banco de dados
precisa conhecer.

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237
Banco de Dados
DER: Resultado do processo de modelagem executado pelo projetista de dados que conhece o
MER.

A nomenclatura de entidades (tabelas) e atributos deve seguir as seguintes regras:


1) Nome no singular;
2) Quando compostos, os nomes são separados por underline;
3) Não devem conter caracteres especiais (símbolos, acentos, números);
4) No modelo físico, a ENTIDADE é denominada ARQUIVO, enquanto no DFD é associada a um
depósito de dados.

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238
Banco de Dados
3.2.1 Abordagens de Entidade Relacionamento
Notações:

Peter Chen

Charles Bachman

James Martin

Exemplo de Relacionamento:
LIVRO AUTOR

3.2.2 Grau de Cardinalidade


Expressa o número de instâncias da entidade que pode participar do relacionamento.
Relacionamento 1:1 -> determinada instância da entidade “A” é associada a uma e somente
uma instância de uma entidade “B” e vice-versa.
Ex.:
Uma pessoa física tem somente um CPF.
Um CPF é relacionado à somente uma pessoa física.
PESSOA_FISICA = COD_PF + NM_PF + ... CPF = NUM_CPF + DTEMIS_CPF + ...

Resolução: A ligação é feita repetindo-se a chave primária de uma entidade na outra, nesta situ-
ação escolhe-se a chave que será levada para a outra tabela como chave estrangeira (FK).
PESSOA_FISICA = COD_PF + NM_PF + NUM_CPF
CPF = NUM_CPF + DTEMIS_CPF + ...

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239
Banco de Dados
Relacionamento 1:N -> determinada instância da entidade “A” é associada a uma ou mais
instâncias da entidade “B”. Cada instância da entidade “B” é associada a uma única instância da
entidade “A”.
Ex.:
Um departamento possui vários funcionários.
Um funcionário está locado em um departamento.

DEPARTAMENTO = COD-DEPTO + NM-DEPTO + ... FUNCIONÁRIO = MATR-FUNC + NM-FUNC + ...


Resolução: a ligação é feita transportando a chave primária da entidade de grau 1 para a enti-
dade de grau N.
DEPARTAMENTO = COD-DEPTO + NM-DEPTO + ... FUNCIONÁRIO = MATR-FUNC + NM-FUNC + ...
+ COD-DEPTO
Relacionamento M:N -> determinada instância da entidade “A” é associada a uma ou mais ins-
tâncias da entidade “B” e vice-versa.
Ex.:
Um fornecedor fornece várias peças.
Uma peça é fornecida por vários fornecedores.
FORNCECEDOR = COD-FORN + NM-FORN + CGC-FORN +... PEÇA = COD-PÇ + DESC-PÇ + PREÇO-
-PÇ + ...
Resolução: cria-se uma terceira entidade que irá conter as chaves primárias das entidades que
lhe deram origem, mais alguns outros atributos.

FORNECIMENTO = COD-FORN + COD-PÇ + ...

3.2.3 Exemplo de caso para modelagem


Cadastro de Jogos de uma Federação de Futebol.
“Um sistema de BD para armazenar resultados de campeonatos de futebol, seus times, estádios,
escalações e árbitros, etc.”
Uma federação de futebol deseja elaborar um cadastro geral para os campeonatos que orga-
niza. Um campeonato é composto de um ou mais jogos. Um jogo pertence a um único campeonato.
Para cada campeonato deve-se armazenar: Nome, ano e seus jogos.

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240
Banco de Dados
Para cada time é desejado armazenar:
Nome, cidade, número de cadastro, estádio (todo time possui um estádio), os times rivais (nem
todo time tem um rival), jogos (todo time participa de jogos), o número de gols que o time marcou
em cada partida, os profissionais (jogadores ou técnicos) que já atuaram pelo time (todo time possui
jogadores e técnicos que atuaram por ele) e os profissionais dos quais o clube possui o passe (um time
não é obrigado a possuir passes).
Para cada jogo, armazenar seu número, data, horário, os membro da comissão de arbitragem
(cada um com sua função), estádio (todo jogo é realizado em estádio), times que jogaram (todo jogo
é realizado por times) e os profissionais que participaram do jogo (em todo jogo cada time tem vários
jogadores e um técnico). Para cada jogador é desejado armazenar o número de cadastro, seu nome,
apelido, idade, o time ao qual o passe do jogador pertence (o jogador pode ter passe livre) e os jogos
que participou (um jogador não é obrigado a participar de jogos).
Ainda para o jogador, armazenar o número de gols em cada partida, o momento da partida em
que gol é marcado, se o gol é contra ou a favor, o número de cartões (amarelo/vermelho) que o joga-
dor recebeu no jogo, o número da camisa que usou no jogo e, se houve substituição, quais jogadores
saíram e entraram.
Para os técnicos armazenar o número de cadastro, nome, idade e especialidade. Um time é
patrocinado por uma ou mais empresas em seus campeonatos. Uma empresa pode patrocinar vários
times em vários campeonatos. Deve-se armazenar o nome e o CNPJ de cada empresa.

Fonte: EDUCAMOC. Manutenção de Microcomputador Disponivel em: http://slideplayer.com.br/slide/2263291/.


Fonte: Acesso em dezembro. 2015.

3.2.3.1 Identificar as Entidades Envolvidas


Quais são as entidades envolvidas?
• Campeonato
• Time
• Jogo
• ...
Uma federação de futebol deseja elaborar um cadastro geral para os campeonatos que orga-
niza. Um campeonato é composto de um ou mais jogos. Um jogo pertence a um único campeonato.

Para cada campeonato deve-se armazenar:


Nome, ano e seus jogos.

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241
Banco de Dados
Para cada time é desejado armazenar:
Nome, cidade, número de cadastro, estádio (todo time possui um estádio), os times rivais (nem
todo time tem um rival), jogos (todo time participa de jogos), o número de gols que o time marcou
em cada partida, os profissionais (jogadores ou técnicos) que já atuaram pelo time (todo time possui
jogadores e técnicos que atuaram por ele) e os profissionais dos quais o clube possui o passe (um time
não é obrigado a possuir passes).
Para cada jogo, armazenar seu número, data, horário, os membro da comissão de arbitragem
(cada um com sua função), estádio (todo jogo é realizado em estádio), times que jogaram (todo jogo
é realizado por times) e os profissionais que participaram do jogo (em todo jogo cada time tem vários
jogadores e um técnico). Para cada jogador é desejado armazenar o número de cadastro, seu nome,
apelido, idade, o time ao qual o passe do jogador pertence (o jogador pode ter passe livre) e os jogos
que participou (um jogador não é obrigado a participar de jogos).
Ainda para o jogador, armazenar o número de gols em cada partida, o momento da partida em
que gol é marcado, se o gol é contra ou a favor, o número de cartões (amarelo/vermelho) que o joga-
dor recebeu no jogo, o número da camisa que usou no jogo e, se houve substituição, quais jogadores
saíram e entraram.
Para os técnicos armazenar o número de cadastro, nome, idade e especialidade. Um time é
patrocinado por uma ou mais empresas em seus campeonatos. Uma empresa pode patrocinar vários
times em vários campeonatos. Deve-se armazenar o nome e o CNPJ de cada empresa.

3.23.2 Identificando Atributos

Quais sãos os atributos das entidades encontradas?


• Time: Nome, Cidade, número de cadastro, estádio...
• Jogo: número, data, horário, os membro da comissão de arbitragem...
Uma federação de futebol deseja elaborar um cadastro geral para os campeonatos que orga-
niza. Um campeonato é composto de um ou mais jogos. Um jogo pertence a um único campeonato.

Para cada campeonato deve-se armazenar:


Nome, ano e seus jogos.

Para cada time é desejado armazenar:


Nome, Cidade, número de cadastro, estádio (todo time possui um estádio), os times rivais (nem
todo time tem um rival), jogos (todo time participa de jogos), o número de gols que o time marcou
em cada partida, os profissionais (jogadores ou técnicos) que já atuaram pelo time (todo time possui
jogadores e técnicos que atuaram por ele) e os profissionais dos quais o clube possui o passe (um time
não é obrigado a possuir passes).

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

242
Banco de Dados
Para cada jogo, armazenar seu número, data, horário, os membro da comissão de arbitragem
(cada um com sua função), estádio (todo jogo é realizado em estádio), times que jogaram (todo jogo
é realizado por times) e os profissionais que participaram do jogo (em todo jogo cada time tem vários
jogadores e um técnico). Para cada jogador é desejado armazenar o número de cadastro, seu nome,
apelido, idade, o time ao qual o passe do jogador pertence (o jogador pode ter passe livre) e os jogos
que participou (um jogador não é obrigado a participar de jogos).
Ainda para o jogador, armazenar o número de gols em cada partida, o momento da partida em
que gol é marcado, se o gol é contra ou a favor, o número de cartões (amarelo/vermelho) que o joga-
dor recebeu no jogo, o número da camisa que usou no jogo e, se houve substituição, quais jogadores
saíram e entraram.
Para os técnicos armazenar o número de cadastro, nome, idade e especialidade. Um time é
patrocinado por uma ou mais empresas em seus campeonatos. Uma empresa pode patrocinar vários
times em vários campeonatos. Deve-se armazenar o nome e o CNPJ de cada empresa.

3.2.3.3. Identificando Relacionamentos


Uma federação de futebol deseja elaborar um cadastro geral para os campeonatos que orga-
niza. Um campeonato é composto de um ou mais jogos. Um jogo pertence a um único campeonato.

Para cada campeonato deve-se armazenar:


Nome, ano e seus jogos.

Para cada time é desejado armazenar:


Nome, Cidade, número de cadastro, estádio (todo time possui um estádio), os times rivais (nem
todo time tem um rival), jogos (todo time participa de jogos), o número de gols que o time marcou
em cada partida, os profissionais (jogadores ou técnicos) que já atuaram pelo time (todo time possui
jogadores e técnicos que atuaram por ele) e os profissionais dos quais o clube possui o passe (um time
não é obrigado a possuir passes).
Para cada jogo, armazenar seu número, data, horário, os membro da comissão de arbitragem
(cada um com sua função), estádio (todo jogo é realizado em estádio), times que jogaram (todo jogo
é realizado por times) e os profissionais que participaram do jogo (em todo jogo cada time tem vários
jogadores e um técnico). Para cada jogador é desejado armazenar o número de cadastro, seu nome,
apelido, idade, o time ao qual o passe do jogador pertence (o jogador pode ter passe livre) e os jogos
que participou (um jogador não é obrigado a participar de jogos).
Ainda para o jogador, armazenar o número de gols em cada partida, o momento da partida em
que gol é marcado, se o gol é contra ou a favor, o número de cartões (amarelo/vermelho) que o joga-
dor recebeu no jogo, o número da camisa que usou no jogo e, se houve substituição, quais jogadores
saíram e entraram.

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243
Banco de Dados
Para os técnicos armazenar o número de cadastro, nome, idade e especialidade. Um time é
patrocinado por uma ou mais empresas em seus campeonatos. Uma empresa pode patrocinar vários
times em vários campeonatos. Deve-se armazenar o nome e o CNPJ de cada empresa.

3.2.3.4. Modelo Conceitual – Resolução

Fonte: Site Slideplayer.com.br

Disponível em: http://player.slideplayer.com.br/8/2263291/data/images/img42.jpg;. Acesso em dezembro. 2015.

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

244
Banco de Dados
4. EXERCÍCIOS
Agora que já aprendeu a identificar o que é importante, modele os casos a seguir:

4.1 Oficina Mecânica


Sistema de controle e gerenciamento de execução de ordens de serviço em uma oficina mecâni-
ca: Clientes levam veículos à oficina mecânica para serem consertados ou para passarem por revisões
periódicas.
Cada veículo é designado a uma equipe de mecânicos que identifica os serviços a serem execu-
tados e preenche uma ordem de serviço (OS) e prevê uma data de entrega.
A partir da OS, calcula-se o valor de cada serviço, consultando-se uma tabela de referência de
mão de obra. O valor de cada peça necessária à execução do serviço também é computado.
O cliente autoriza a execução dos serviços e a mesma equipe responsável pela avaliação realiza
os serviços. Clientes possuem código, nome, endereço e telefone.
Veículos possuem código, placa e descrição.
Cada mecânico possui código, nome, endereço e especialidade. .
Cada OS possui um número, uma data de emissão, um valor e uma data para conclusão dos
trabalhos. Uma OS pode ser composta de vários itens (serviços) e um mesmo serviço pode constar em
várias ordens de serviço. Uma OS pode envolver vários tipos de peças e um mesmo tipo de peça pode
ser necessária em várias ordens de serviço.

4.2 Consultório Médico


Um médico pode realizar várias consultas com vários pacientes. Um paciente pode ser atendido
por vários médicos em várias consultas diferentes.

4.3 Clínica Veterinária


O objetivo é desenvolver um modelo de dados para um hospital veterinário. Cada cliente pode
possuir um ou vários animais em tratamento. Cada animal pode estar sofrendo de uma ou várias en-
fermidades. Os casos mais simples são resolvidos, geralmente, por um único veterinário, entretanto
podem ocorrer casos em que um animal é atendido por mais de um veterinário.

4.4 Sistema de Compra On-line


O cliente visita a página da empresa para realizar compras utilizando o carrinho, escolhe os pro-
duto que pode ou não conter no estoque, escolhe a forma de pagamento e a forma de envio.

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

245
Banco de Dados
4.5 Controle de Cinema e Sessões
Deseja-se projetar um banco de dados que controle de Cinemas e Sessões de uma empresa
administradora de Salas de Cinemas. Após o levantamento chegou- se às seguintes regras do negócio:
A empresa possui vários cinemas em diversas localidades. Cada cinema possui um código de
identificação único, um nome fantasia, endereço, cidade, estado e capacidade de lotação.
Existem diversos gêneros de filmes que são cadastrados pela empresa. Cada filme é registrado
com um título original, e se for estrangeiro, possuirá também um título em português, o gênero, sua
duração, sua impropriedade e seu país de origem, informações sobre atores que compõem o seu elen-
co, e o seu diretor. Existirá um único diretor para cada filme. Para diretor registra-se código e nome.
Os atores de um filme podem, obviamente, atuar em diversos filmes. Um ator possui as seguin-
tes características: número de identificação, nome, nacionalidade e data de nascimento. O diretor de
um filme também pode fazer parte do elenco do mesmo.
Alguns cinemas apresentam mais de um filme em cartaz, sendo nestes casos, sessões alternadas
com um filme e outro. Um filme pode estar sendo exibido em vários cinemas distintos. As sessões
possuem horário (de início) que precisam ser cadastrados.
As sessões de cinema devem ter ser público registrado diariamente para cada data em que elas
ocorrerem para que se permita a totalização das pessoas que assistiram ao filme quando o mesmo sair
de cartaz, ou em qualquer outro momento. E também o valor do ingresso cobrado por sessão.

4.6 Cadastro Nacional de Veículos


Você apresentará um modelo de dados para o cadastro nacional de veículos. Sabe-se que:
• O veículo possui sempre uma placa única em todo o país;
• O veículo possui sempre um responsável legal por ele. É necessário manter o histórico desta
responsabilidade (propriedade);
• O veículo pertence sempre a uma categoria;
• O veículo é sempre de uma marca e de um modelo e possui ano de fabricação.

4.7 Floricultura
A X.P.T.O LTDA. criou a FLOWERNET, uma rede que tem como objetivo atender todo o mercado
nacional no que diz respeito à venda e entrega de flores. Através desta rede, um cliente pode fazer
uma compra de flores em Belo Horizonte e pedir para a entrega ser feita em Fortaleza. Para isso a
X.P.T.O firmou convênio com várias floriculturas em várias cidades do Brasil. Uma floricultura pode
atender várias cidades da região. O pedido do cliente, que pode possuir vários tipos de flores, é ca-
dastrado e repassado para uma das floriculturas conveniadas que atendem a cidade, na qual será
entregue o pedido.

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

246
Banco de Dados
5. MYSQL
MySQL, o mais popular sistema de gerenciamento de banco de dados SQL Open Source, é de-
senvolvido, distribuído e tem suporte da MySQL AB. A MySQL AB é uma empresa comercial, fundada
pelos desenvolvedores do MySQL, cujos negócios são fornecer serviços relacionados ao sistema de
gerenciamento de banco de dados MySQL.
MySQL tem a vantagem de ser totalmente gratuito para uso tanto comercial, quanto privado.

Os recursos acima mencionados incluem:


• Capacidade de lidar com um número ilimitado de usuários;
• Capacidade de manipular mais de cinquenta milhões (50.000.000) de registros;
• Execução muito rápida de comandos, provavelmente o mais rápido do mercado;
• Sistema de segurança simples e funcional. Além de todas estas vantagens, não se pode es-
quecer-se de mencionar o fato do MySQL ser gratuito para o público em geral.

Após da instalação do Mysql (http://www.devmedia.com.br/instalando-e- configurando-a-no-


va-versao-do-mysql/25813), vamos utilizar o mysql para conhecer um pouco sua interface.

5.1 Interface
A interface do Mysql é simples, mas eficaz, nela podemos executar os comando em linha de
comando ou na interface gráfica.

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

247
Banco de Dados

Fonte: print screen do MySQL Workbench no sistema operacional Windows 10

5.2 Criando um Banco de Dados (Esquema)


O primeiro passo é criar uma base de dados.
• Dê um clique na imagem

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

248
Banco de Dados
Após clicar na opção, abrirá uma aba, solicitando o nome para o banco de dados, como mostra
a figura:
Figura – Criando Schema Mysql

Fonte: print screen do MySQL Workbench no sistema operacional Windows 10

• Digite o nome do banco de dados


• Vamos dar o nome de “contrfuncionarios” para este banco. Após nomeá-lo, clique em
APPLY, em seguida aparecerá uma janela (assistente de criação), mostrando o código utili-
zado. Mais uma vez clique em APPLY, de acordo com a figura .

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

249
Banco de Dados

Fonte: print screen do MySQL Workbench no sistema operacional Windows 10

Clique em finish para finalizar e confirmar a criação do banco de dados. Veja no OBJECT BROW-
SER em SCHEMAS, como mostra a figura:
Figura 15: OBJECT BROWSER

Fonte: print screen do MySQL Workbench no sistema operacional Windows 10

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

250
Banco de Dados
5.3 Criando Tabela
Se for de sua preferência codificar, ou seja, utilizar a linha de comando, utilize o editor de texto
para desenvolver: bancos, tabelas e etc, como mostra a figura:

Fonte: print screen do MySQL Workbench no sistema operacional Windows 10

Quando queremos bloquear inserção de valores negativos em uma coluna utilizamos o parâme-
tro UNSIGNED. Ou seja, só serão aceitos no referido campo, valores maiores ou iguais à zero.
CREATE TABLE ou (SCHEMA)
cliente (cod_cliente bigint AUTO_INCREMENT,
nome VARCHAR (50) NOT NULL,
morada TEXT,
estado ENUM (‘casado’,’solteiro’)
DEFAULT ‘casado’,
telefone CHAR(9),
ordenado DECIMAL(10,2) UNSIGNED,
PRIMARY KEY (cod_cliente);

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

251
Banco de Dados
Agora vamos iniciar o processo de criação de tabelas sem digitar. Na barra de botões de iniciali-
zação rápida, existe uma opção de criação de tabelas, como mostra a figura:
Figura 17 - Botões de inicialização rápida – criar tabelas

Antes de clicar no botão CREATE A NEW TABLE, escolha o banco em que deseja criar a tabela.
No OBJECT BROWSER, com o botão direito do mouse clique sobre o banco e escolha a opção SET AS
DEFAULT SCHEMA(figura 18), após isso pode dar continuidade ao processo de criação das tabelas,
clicando no botão indicado na figura acima.
Figura 18 - Definindo como banco padrão

Fonte: print screen do MySQL no sistema operacional Windows 7

Depois do processo mostrado acima, clique em CREATE NEW TABLE, na própria janela do MySQL
aparecerá uma nova aba para a criação de uma nova tabela, veja na figura 19:

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

252
Banco de Dados
Figura 19 - Janela para a criação de tabelas

Fonte: print screen do MySQL Workbench no sistema operacional Windows 10

Para melhor visualizar a criação dos campos da tabela, clique sobre as duas setas (figura 19), em
seguida a janela ficará um pouco diferente, como mostra a figura 20:

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253
Banco de Dados
Figura 20 - Janela para a criação de tabelas melhorada

Fonte: print screen do MySQL Workbench no sistema operacional Windows 10

Preencha então os campos (abaixo são sugeridas colunas para exemplo), montando a estrutura
da tabela, como mostra a figura 21.
• cod: int, primary key, not null
• nome: varchar(45)
• endereço: varchar(80)
Figura 21 - Janela para a criação de tabelas com os campos a serem criados

Fonte: print screen do MySQL Workbench no sistema operacional Windows 10

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254
Banco de Dados
Clique em APPLY. Como é comum ao utilizar a ferramenta gráfica, aparecerá uma janela do as-
sistente, como mostra a figura:
Figura 22 - Assistente de criação de tabelas

Fonte: print screen do MySQL Workbench no sistema operacional Windows 10

Mais uma vez clique em APPLY para dar continuidade ao processo de criação da tabela, de acor-
do com a figura:

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255
Banco de Dados
Figura 23 - Finalizando a criação de tabelas

Fonte: print screen do MySQL Workbench no sistema operacional Windows 10

Para finalizar clique em FINISH, para confirmar a criação da tabela. Veja novamente no OBJECT
BROWSER, expanda a pasta TABLES, e lá estará a tabela criada com seus atributos, mostrada na figura:

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256
Banco de Dados
Figura 24 – Object Browser

Fonte: print screen do MySQL Workbench no sistema operacional Windows 10

Pronto agora criamos as tabelas do nosso banco de dados, mas ainda não sabemos exatamente
que tipo de dados devemos utilizar, então veremos a seguir todos os tipos de dados que o Mysql tra-
balha.

5.4 Tipos de Dados


Os tipos de dados que pode ter um campo, podem-se agrupar em três grandes grupos:
• Tipos Numéricos
• Tipos de Data
• Tipos de Cadeia

5.4.1. Numéricos
Existem tipos de dados numéricos, que se podem dividir em dois grandes grupos, os que estão
em vírgula flutuante (com decimais) e os que não.

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257
Banco de Dados
TinyInt: é um número inteiro com ou sem signo. Com signo a margem de valores válidos são
desde -128 até 127. Sem signo, a margem de valores é de 0 até 255.
Bit ou Bool: um número inteiro que pode ser 0 ou 1.
SmallInt: número inteiro com ou sem signo. Com signo a margem de valores válidos são desde
-32768 até 32767. Sem signo, a margem de valores é de 0 até 65535.
MediumInt: número inteiro com ou sem signo. Com signo a margem de valores válidos são des-
de -8.388.608 até 8.388.607. Sem signo, a margem de valores é de 0 até 16777215.
Integer, Int: número inteiro com ou sem signo. Com signo a margem de valores válidos são des-
de -2147483648 até 2147483647. Sem signo, a margem de valores é de 0 até 429.496.295.
BigInt: número inteiro com ou sem signo. Com signo a margem de valores válidos são desde
-9.223.372.036.854.775.808 até 9.223.372.036.854.775.807. Sem
signo, a margem de valores é de 0 até 18.446.744.073.709.551.615.
Float: número pequeno em vírgula flutuante de precisão simples. Os valores válidos vão desde
-3.402823466E+38 até -1.175494351E-38,0, desde 175494351E-38 até 3.402823466E+38.
xReal, Double: número em vírgula flutuante de dupla precisão. Os valores permitidos vão desde
-1.7976931348623157E+308 até -2.2250738585072014E- 308, 0 e desde 2.2250738585072014E-308
até 1.7976931348623157E+308
Decimal, Dec, Numeric: Número em vírgula flutuante desempacotado. O número armazena-se
como uma cadeia.

Fonte: CriarWeb. Disponivel em: http://www.criarweb.com/artigos/118.php.Fonte: Acesso em dezembro. 2015.

Tabela – Tipos de dados

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

258
Banco de Dados
5.4.2. Data
Na hora de armazenar datas, há que ter em conta que MySQL não verifica de uma maneira estri-
ta se uma data é válida ou não. Simplesmente comprova que o mês está compreendido entre 0 e 12 e
que o dia está compreendido entre 0 e 31.
Date: tipo data, armazena uma data. A margem de valores vai desde o 1 de Janeiro de 1001 ao
31 de dezembro de 9999. O formato de armazenamento é de ano-mês-dia.
Date Time: Combinação de data e hora. A margem de valores vai desde o 1 de Janeiro de 1001
às 0 horas, 0 minutos e 0 segundos ao 31 de Dezembro de 9999 às 23 horas, 59 minutos e 59 segun-
dos. O formato de armazenamento é de ano- mês-dia horas:minutos:segundos
Time Stamp: Combinação de data e hora. A margem vai desde o 1 de Janeiro de 1970 ao ano
2037.
O formato de armazenamento depende do tamanho do campo:
Tabela – Tipos de Formato Data

Time: armazena uma hora. A margem de horas vai desde -838 horas, 59 minutos e 59 segundos.
O formato de armazenamento é ‘HH:MM:SS’.
Year: armazena um ano. A margem de valores permitidos vai desde o ano 1901 ao ano 2155. O
campo pode ter tamanho dois ou tamanho 4 dependendo de se queremos armazenar o ano com dois
ou quatro algarismos.

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259
Banco de Dados
Tabela – Formato Data 2

5.4.3. Cadeia
Char(n): armazena uma cadeia de longitude fixa. A cadeia poderá conter desde 0 até 255 carac-
teres.
VarChar(n): armazena uma cadeia de longitude variável. A cadeia poderá conter desde 0 até
255 caracteres. Dentro dos tipos de cadeia pode-se distinguir dois subtipos, os tipo Text e os tipo Blob
(Binary Large Object) A diferença entre um tipo e outro é o tratamento que recebem na hora de orde-
ná-los e compará-los. No tipo text ordena-se sem ter importância às maiúsculas e as minúsculas e no
tipo blob ordena-se tendo em conta as maiúsculas e minúsculas.
Existe uma diferença de armazenamento entre os tipos Char e Varchar:
Tabela – Char e Varchar

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260
Banco de Dados
Os tipos blob utilizam-se para armazenar dados binários como podem ser arquivos.
TinyText e TinyBlob: Coluna com uma longitude máxima de 255 caracteres.
Blob e Text: um texto com um máximo de 65535 caracteres.
MediumBlob e MediumText: um texto com um máximo de 16.777.215 caracteres.
LongBlob e LongText: um texto com um máximo de caracteres 4.294.967.295. Há que ter em
conta que devido aos protocolos de comunicação os pacotes podem ter um máximo de 16 Mb.
Enum: campo que pode ter um único valor de uma lista que se especifica. O tipo Enum aceita
até 65535 valores diferentes.
Set: um campo que pode conter nenhum, um ou vários valores de uma lista. A lista pode ter um
máximo de 64 valores.
Tabela – Tipo Dados Cadeia

5.5. Linguagem SQL


O SQL foi desenvolvido originalmente no início dos anos 70 nos laboratórios da IBM em San
Jose, dentro do projeto System R, que tinha por objetivo demonstrar a viabilidade da implementação
do modelo relacional proposto por E. F. Codd. O nome original da linguagem era SEQUEL, acrônimo
para “Structured English Query Language” (Linguagem de Consulta Estruturada, em Inglês).
A linguagem é um grande padrão de banco de dados. Isto decorre da sua simplicidade e facilida-
de de uso. Ela se diferencia de outras linguagens de consulta a banco de dados no sentido em que uma
consulta SQL especifica a forma do resultado e não o caminho para chegar a ele. Ela é uma linguagem
declarativa em oposição a outras linguagens procedurais. Isto reduz o ciclo de aprendizado daqueles
que se iniciam na linguagem.

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261
Banco de Dados
5.5.1 SELECT
O comando select do SQL é usado para efetuar consultas no banco de dados. Sintaxe
SELECT nome_coluna, nome_coluna FROM nome_tabela;
E
SELECT * FROM nome_tabela;
Para retornar apenas as colunas desejadas, basta indicar os seus nomes na instrução como no
exemplo a seguir, onde selecionamos o nome, salário e cidade.
Exemplo:
SELECT nome, salário, cidade FROM empregados;

No exemplo baixo, usamos as cláusulas Select e From. O * (asterisco) indica que todas as colunas
da tabela devem ser retornadas.
Exemplo:
SELECT * FROM empregados;
ORDER BY
Utilizada para definir a ordem em que os resultados são mostrados com o Order by, é possível
ordenar resultados de forma ascendente (ASC) ou descendente (DESC) utilizando vários campos.
Exemplo:
SELECT nome, salário, cidade FROM empregados
ORDER BY nome;
Ordenará o resultado da consulta pela coluna nome.

Ordenação Descendente
SELECT nome, salário, cidade FROM empregados
ORDER BY nome DESC;
Ordenará o resultado da consulta pela coluna nome colocando os nomes de forma decrescente.
Ordenação Ascendente
SELECT nome, salário, cidade FROM empregados
ORDER BY nome ASC;
Ordenará o resultado da consulta pela coluna nome colocando os nomes de forma ascendente.
Ordenar através de dois campos
ORDER BY nome, DESC salario;

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262
Banco de Dados
Ordenará os registros pela coluna nome, organizando o resultado do maior salário para o menor.
MAX
A função Max() retorna o maior valor da coluna selecionada.
Sintaxe
SELECT MAX(nome_coluna) FROM nome_tabela;
Na consulta abaixo retornaremos o maior salário da tabela empregados.
SELECT MAX(salario) FROM empregados;

5.5.5 MIN
A função min() retorna o menor valor da coluna selecionada.
Sintaxe
SELECT MIN(nome_coluna) FROM nome_tabela;

Na consulta abaixo, ao contrario da função MAX(), retornaremos o menor salário da tabela em-
pregados.
SELECT MIN(salario) FROM empregados;

5.5.5.AVG
A função avg() retorna o valor médio de uma coluna numérica.
Sintaxe
SELECT AVG(nome_coluna) FROM nome_tabela;
Na consulta abaixo, a função AVG(), retornará o salário médio da tabela empregados.
SELECT AVG(salario) FROM empregados;

5.5.6 Count
A função count() retorna o número de linhas que corresponde a um critério especificado.

Sintaxe
SELECT COUNT(nome_coluna) FROM nome_tabela;

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263
Banco de Dados
A seguinte consulta devolve a quantidade de funcionários na tabela tripulante:
SELECT count (cod_funcionario) FROM tripulante;
SELECT COUNT (*) FROM nome_tabela;
Retorna o número de registros da tabela.

5.5.7. SUM
A função SUM() retorna a soma total de uma coluna numérica.
Sintaxe
SELECT SUM (nome_coluna) FROM nome_coluna;

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264
Curso Técnico em

INFORMÁTICA
Etapa 1

LÓGICA E TÉCNICAS DE
PROGRAMAÇÃO
Lógica e Técnicas de Programação

DISCIPLINA: LÓGICA E TÉCNICAS DE PROGRAMAÇÃO

Carga horária: 80 horas / aula

Objetivos gerais
Apresentar técnicas e estruturas que permita o aluno desenvolver raciocínio lógico voltado para
programação de computadores utilizando a linguagem Java como ferramenta auxiliar neste processo.

Avaliações

1º Bimestre total: 40,0 pontos


Trabalhos: 10,0
Avaliação: 10,0
Avaliação bimestra:l 20,0

2º Bimestre total: 60,0 pontos


Trabalhos 10,0
Avaliação 10,0
Mostra 10,0
Avaliação bimestral 30,0

Bibliografia
Forbellone, A. L. V., Eberspacher, H. F.. Lógica de Programação– A Construção de Algoritmos e Estrutu-
ras de Dados, 2ª Edição, Editora Makron Books

DEITEL, H. M., DEITEL, P. J. . Java – Como Programar, 8ª. Edição, Editora Pearson.

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266
Lógica e Técnicas de Programação
1. CONCEITOS GERAIS
Software: É um programa de computador, ou seja, um conjunto de instruções que fazem com
que o hardware realize uma tarefa. Ele a parte lógica do computador.
Sistema Operacional: E o software responsável por gerenciar recursos da máquina. Por exem-
plo: Windows, Linux, OSX, etc.
Instruções: São as declarações de ação em qualquer linguagem de programação.
Linguagem de Programação: São softwares que permitem a criação de programas de compu-
tador.
Linguagem de máquina: Linguagem interpretada pelo processador formada por sequencia de
números binários.
Código Fonte: Contém as instruções escritas pelo programador usando uma linguagem de pro-
gramação.
Compilador: É um programa que traduz todo código-fonte de programas escritos em uma lin-
guagem de programação em linguagem de máquina.
Executável: Programa resultante da compilação do código fonte para que possa ser executado.
Máquina Virtual: Funciona como um intermediário entre o código compilado (software) e o
sistema operacional possibilitando a portabilidade do software entre diferentes plataformas. Para que
o código funcione em determinada plataforma é necessário que exista uma máquina virtual para ela.

2. LÓGICA
O conceito de lógica está relacionado à coerência de raciocínio visando colocar ordem no pensa-
mento. Um de seus objetivos é estudar técnicas de análise que possam permitir a dedução da validade
de proposições.
Vamos a um exemplo:
Um mamífero é um animal. Todo cachorro é um mamífero.
Portando todo cachorro é um animal.
No trecho acima vemos um exemplo em que há duas premissas e uma conclusão que relaciona-
das podem ser válidas ou não.
No nosso dia a dia existem vários exemplos em que utilizamos o raciocínio lógico, por exemplo:
• A geladeira está fechada.
• O doce está na geladeira.
• Para pegar o doce, primeiro devemos abrir a geladeira e depois pegar o

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267
Lógica e Técnicas de Programação
Veja que para chegar ao objetivo nesta situação, pegar o doce, primeiro precisamos ordenar o
pensamento e executar os passos necessários e em ordem específica, isso é o uso da lógica.

2.1 Lógica de Programação


É a lógica aplicada à programação de computadores buscando de maneira coerente o desen-
volvimento de técnicas que serão aplicadas ao que se deseja já programar. Podemos dizer também
que uns dos objetivos da lógica de programação é a construção de algoritmos que sejam válidos e
coerentes.

2.2 Algoritmos
Podemos dizer que é uma sequencia finita de passos bem definidos para chegar a um deter-
minado objetivo. Podemos analisar o algoritmo como uma receita de bolo. Além de ter início e fim,
também estão descritos os passos a se seguir e ingredientes para se chegar ao objetivo, o bolo.
Um exemplo de algoritmo pode ser representado pela operação de saque em um caixa eletrôni-
co, veja com fica descrito em português coloquial:

Inicio
• Ler valor do saque;
• Se saldo for suficiente, então:
• Subtrair valor do saque do saldo;
• Exibir mensagem de saque realizado;
• Senão
• Exibe mensagem de saldo insuficiente.

Fim
Na lógica de programação a utilização de algoritmos possibilita uma melhor compreensão e re-
presentação do raciocínio do que se utilizássemos diretamente uma linguagem de programação. Isso
acontece porque ele permite abstrair detalhes técnicos da programação e possibilitando concentrar o
esforço apenas na construção do próprio algoritmo. Uma vez pronto este algoritmo pode ser traduzi-
do para em qualquer linguagem de programação.

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268
Lógica e Técnicas de Programação

EXERCÍCIOS

1) Escreva um algoritmo para fazer a chamada de um telefone celular.

2) Escreva um algoritmo para fazer a troca de um pneu furado de um carro.

3) Escreva um algoritmo para calcular o valor de uma prestação de uma compra em cinco vezes sem
juros.

3. PSEUDOCÓDIGO
Também conhecido como portugol, é uma forma de representação de um algoritmo que apre-
senta uma estrutura similar a de muitas linguagens de programação. Passando o exemplo anterior
para pseudocódigo, ficaria assim: INÍCIO
REAL: valorSaque, saldo;
LER (valorSaque);
SE (valorSaque < saldo) ENTÃO
saldo ← saldo – valorSaque;
ESCREVER (“Saque realizado com sucesso”);
SENÃO
ESCREVER (“Saque não realizado, saldo insuficiente”);
FIMSE
FIM
Para podermos escrever nossos algoritmos em pseudocódigo temos antes que aprender alguns
conceitos básicos sobre os artefatos que o compõem, como tipos primitivos, tipos de operadores,
entrada e saída de dados, e finalmente as estruturas de controle.

3.1 Tipos Primitivos


São tipos de dados que o computador utiliza para representar informações do mundo real. Eles
estão divididos em quatro tipos básicos:
Inteiro: São informações numéricas representadas pelo conjunto dos números inteiros relativos
podendo ser positivo, negativo ou nulo. Eles não possuem parte decimal.

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269
Lógica e Técnicas de Programação
Exemplo:
a) 3
b) 545.
c) 0.
Real: Assim como os inteiros são informações numéricas, más neste caso são representadas
pelo conjunto dos números reais podendo ser positivo, negativo ou nulo. Eles possuem parte decimal.

Exemplo:
a) –2,0
b) 0,0
c) 150,01
Caractere ou Literal: Dados formados por informações textuais compostas por um ou mais ca-
racteres alfanuméricos.
Exemplo:
a) “12”.
b) “Joaquim”
c) “Belo Horizonte”.
d) “Rua 23 A”
Lógico: Também chamados de booleanos assume apenas dois valores possíveis, Verdadeiro e
Falso.

3.2 Variáveis
São endereços de memória RAM no qual podemos armazenar dados temporariamente e tam-
bém modifica-los quando necessário. Ao desenvolvermos algoritmos trabalhamos o tempo todo com
dados que ficam armazenados em variáveis facilitando o seu uso.
Para criar uma variável, primeiro temos que definir qual é seu identificador, que é um nome
dado a variável e o qual vai se utilizar para fazer referencia a ela durante a execução do algoritmo. Para
isso temos algumas regras básicas, são elas:
• Deve iniciar em caractere maiúsculo ou minúsculo ou sublinhado.
• Não deve conter caracteres especiais.
• Não pode usar palavras reservadas das linguagens.
• Não deve conter espaços em branco.
• Não utilizar cedilha nem acentos, isso não é uma regra, más apenas uma boa prática.

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270
Lógica e Técnicas de Programação
Exemplos de nomes validados:
nome Pessoa, NOME, _nome, numero1, Media, endereco.

Exemplos de nomes inválidos:


1numero, nome&Pessoa, nome pessoa, va1!$.

Declaração de variáveis.
Depois de definirmos um nome identificador precisamos declara-la, ou seja, dizer ao algoritmo
que a variável existe, para isso, podemos fazer da seguinte maneira:
INTEIRO: numero idade, dias;
REAL: peso, altura21, distancia;
CARACTER: nome, cidade2, estado;
LOGICO: retorno, olá;
Ainda falta atribuir valor a elas, para isso deve-se utilizar um método de entrada de dados (vere-
mos depois) ou utilizar o operador de atribuição (←), ele
faz com que os valores a sua direita passem para a variável a sua esquerda, exemplo:
idade ←18;
peso ←60,0;
nome ←“Júlia”; retorno ←verdadeiro;

EXERCÍCIOS

1) Assinale qual sequencia de identificados de variáveis são inválidos.


a) Nome, terra, &var.
b) Nom2e. terr#a, var.
c) Nome, inteiro, var.
d) Nome, terr2a, var7

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271
Lógica e Técnicas de Programação
3.3 Constantes
Assim coma as variáveis, as constantes são endereços de memória RAM que utilizamos para
guardar dados para uso do algoritmo, porém neste caso o valor não poderá ser modificado até o ter-
mino do algoritmo.

3.4 Operadores Aritméticos


Efetuam operações matemáticas com os tipos de dados numéricos.

Operador Função– Exemplo

+ Adição 1+2

– Subtração 3–2

* Multiplicação 7*8

/ ou div Divisão 8/4

Mod Resto de divisão de inteiros 3 %2

A precedência dos operadores matemáticos e primeiro *, /, div, % e depois +, –.

EXERCÍCIOS

1) Resolva as operações.
a) 5 + 8 + 4 * 2
b) 3 * 4 mod 2
c) 8 – 3 + 4
d) 3 * (4 + 2)

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272
Lógica e Técnicas de Programação
2) Seja a = 2, b = 3 e c = 5, determine o valor de a.
a) a ←a + b
b) a ←a + a * b
c) a ←c mod 2
d) a ←c * c * a
e) a ←b + (a * c) / 10 – 2 * b mod (c – a)
f) a ←c – (1 + b – a) * 2

3.5 Operadores Relacionais.


Utilizados em expressões lógicas na operação de tipos primitivos em que o resultado será sem-
pre um valor booleano (verdadeiro ou falso).

Operador Função Exemplo

= Igual a 5=5

> Maior que a>3

< Menor que 3<b

>= Maior ou igual 5 >= 5

<= Menor ou igual 5 <= 4

<> a!= b
Difere de

Os operadore matemáticos têm precedência em relação aos operadores relacionais.

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273
Lógica e Técnicas de Programação
3.6 Operadores Lógicos
Utilizados na formação de proposições lógicas.

Operador Função

NÃO Negação Inverte valorlógico

Uma proposição lógica é verdadeira se todas forem verda-


E Conjunção
deiras, senão é falso.

Uma proposição lógica é verdadeira se pelo menos uma


OU Disjunção
for verdadeiras

A precedência dos operadores lógicos é primeiro o “NÃO” e depois “E” e “OU”.

3.6.1. Tabela Verdade


Representa possibilidades de combinações com variáveis lógicas utilizando os operadores lógi-
cos.

Negação:

P NÃO
V F
F V

Conjunção

P q pEq
V V V
V F F
F V F
F F F

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274
Lógica e Técnicas de Programação

Disjunção

P q p OU q
V V V
V F V
F V V
F F V

EXERCÍCIOS

1) Resolva as operações.
a) 2 < 3 E 10 > 7
b) 2 <= 1 E 5 % 2 = 1
c) 4 % 2 = 2 OU 7 < 3
d) 5 > 4 E 7 < 8
e) 4 > 5 E 8 < 5 + 3 ou 7 <> 8
f) NÃO (7 > 5)
g) NÃO (v OU v E f)
h) NÃO (8 <= 9) OU f

3.7 Entrada e Saída de Dados


Na lógica de programação os algoritmos são utilizados principalmente para processar informa-
ções de modo que possa ter entrada(s) e uma saída de dados. Para isso utilizaremos os comandos LER
e ESCREVER.
Comando LER: Irá atribuir valor a uma ou mais variáveis para que estes dados possam ser pro-
cessados pelo algoritmo (entrada).

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275
Lógica e Técnicas de Programação
Exemplo:
LER (numero);
LER (nome, telefone, endereço);
Comando ESCREVER: Irá informar os dados processados pelo algoritmo.
ESCREVER (“Entre com valor”);
ESCREVER (nome);

EXERCÍCIO

1) Analise o algoritmo abaixo e informe valores para entradas e qual a respectiva saída.
INICIO
INTEIRO a, b, c;
LER (a, b);
c ←a + b;
ESCREVER (c);
FIM

3.8 Estruturas de Controle


Os algoritmos seguem uma estrutura lógica que mostra a sua execução passo a passo. Essa
estrutura é chama de estrutura de controle e é dividida em três partes, a sequencial, a de seleção ou
condicional e por ultimo a de repetição. Iniciaremos agora os estudos sobre as estas estruturas e tam-
bém já começaremos a escrever nossos primeiros algoritmos.
Antes de começar vamos ver algumas regras básicas que vão nos orientar na construção de
pseudocódigo de um algoritmo.
1) Utilizaremos a palavras INICIO e FIM para indicar começo e fim do algoritmo e de um bloco
de código. No caso bloco de código apenas quando tivermos mais de uma ação.
2) Utilizaremos o ponto e vírgula (;) para simbolizar o fim de uma instrução.
3) Utilizaremos duas barras (//) antes de um texto para indicar que ele é um comentário, ou
seja, é apenas uma informação a quem ler o algoritmo e não será executado por ele.

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

276
Lógica e Técnicas de Programação
3.8.1 Estrutura Sequencial
Os algoritmos são executados de linearmente da esquerda para direita e de cima para baixo,
isso além de facilitar sua leitura, organiza o código em uma sequencia lógica de como o algoritmo será
executado.
Exemplo:
Faça um algoritmo que calcule e escreva a área de um quadrado sendo fornecido o valor do lado.

INÍCIO
//1º declare as variáveis
REAL: lado, área;
//2º entre com os dados
LER (lado);
//3º elabore o corpo do algoritmo com as ações necessárias. área ←lado * lado;
// 4º escreva o resultado
ESCREVER (área);

FIM

EXERCÍCIOS

1) Escreva um algoritmo que receba dois números inteiros e escreva sua soma, multiplicação, a sub-
tração, divisão e o resto da divisão do primeiro pelo segundo.

2) Escreva um algoritmo que calcule a média aritmética de quatro números informados.

3) Escreva um algoritmo que calcule a área de um circulo sendo informado o seu raio.

4) Uma loja esta dividindo suas compras em 6 vezes sem juros. Escreva um algoritmo que calcule o
valor da prestação de uma compra sendo informado o valor da compra.

5) Uma empresa deu 10% de aumento a seus funcionários. Faça um algoritmo que receba o valor do
salário de uma pessoa e escreva seu valor atualizado.

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

277
Lógica e Técnicas de Programação
3.8.2 Estrutura Condicional ou de Seleção
Permite adicionar regras de verificação booleana que determinarão se uma ação (bloco de códi-
go) será ou não executado. Estudaremos três tipos: a simples, a composta e a múltipla.

Estrutura Condicional Simples ou Única


Executa uma se a condição for VERDADEIRA, caso contrario a ação não será executada. A condi-
ção é uma expressão booleana em que utilizamos operadores lógicos e ou relacionais para defini-las.
Modelo
SE (condição) ENTÃO
ação

FIMSE
O comando FIMSE determina o fim da estrutura condicional, Exemplo:
Sabendo que um aluno para se aprovado deve ter no mínimo 60 pontos. Faça um algoritmo que
receba as 4 notas bimestrais do aluno, calcule sua soma e escreva apenas se ele foi aprovado.

INÍCIO
REAL: nota1, nota2, nota3, nota4, somaNota;
LER (nota1, nota2, nota3, nota4); somaNota ←nota1 + nota2 + nota3 + nota4;

FIM
SE (somaNota >= 60) ENTÃO
//Executará se a soma das notas for 60 ou mais.
ESCREVER (“Aluno aprovado.”);
FIMSE

Estrutura Condicional Composta ou Dupla


Como na simples ela executa uma ação se a condição for VERDADEIRA, más no caso contrario,
outra ação será executada.
A instrução SENÃO indica uma condição contrária a especificado na instrução
SE.
Modelo:
SE (condição) ENTÃO
ação

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

278
Lógica e Técnicas de Programação
SENÃO
outra ação
FIMSE
Exemplo:
Sabendo que um aluno para se aprovado deve ter n mínimo 60 pontos. Faça um algoritmo que
receba as 4 notas bimestrais de um aluno calcule sua soma e escreva se ele foi aprovado ou reprovado.

INÍCIO
REAL: nota1, nota2, nota3, nota4, somaNota;
LER (nota1, nota2, nota3, nota4); somaNota ←nota1 + nota2 + nota3 + nota4; SE (somaNota >=
60) ENTÃO
//se a soma das notas for 60 ou mais.
ESCREVER (“Aluno aprovado.”);
SENÃO
//se a soma das notas for menor que 60
ESCREVER (“Aluno reprovado.”);
FIMSE

FIM

Estrutura Condicional Múltipla ou Aninhada


Utilizamos esta estrutura caso tenha várias condições a serem testadas para que uma ação pos-
sa ser executada. Aqui utilizamos a instrução SENÃO SE para definir outra condição e assim aumentar
o número de condições a ser testadas.
Exemplo:
Faça um algoritmo que receba um código de um produto representado por um número inteiro e
escreva seu nome. Siga a tabela abaixo e caso seja informado um número não existente informe que
o código é invalido.

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279
Lógica e Técnicas de Programação

Código Produto

1 Leite

2 Sabão

3 Detergente

4 Creme Dental

5 OU 6 Macarrão

7 OU 8 Arroz

INÍCIO
INTEIRO: código;
LER (código);
SE (código = 1) ENTÃO
ESCREVER (“Leite”);
SENÃO SE (código = 1) ENTÃO
ESCREVER (“Leite”);
SENÃO SE (código = 2) ENTÃO
ESCREVER (“Sabão”);
SENÃO SE (código = 3) ENTÃO
ESCREVER (“Detergente”);
SENÃO SE (código = 4) ENTÃO
ESCREVER (“Creme dental”);
SENÃO SE (código = 5 OU código = 6) ENTÃO
ESCREVER (“Macarrão”);
SENÃO SE (código = 7 OU código = 8) ENTÃO
ESCREVER (“Arroz”);
SENÃO
ESCREVER (“Código inválido.”); FIMSE

FIM

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280
Lógica e Técnicas de Programação

EXERCÍCIOS

1) Escreva um algoritmo que leia um valor e informe apenas se ele é maior que 100.

2) Escreva um algoritmo que leia dois números e os escreva em ordem crescente.

3) Escreva um algoritmo que leia a altura e sexo de uma pessoa e calcule e mostre o seu peso ideal,
utilize as seguintes formulas:
Homem: peso ideal = 72,7 * altura – 58
Mulher: peso ideal = 62,1 * altura – 44,7

4) Faça um algoritmo que leia o ano de nascimento de uma pessoa, calcule sua idade e verifique se
ele já pode votar e se pode ter carteira de motorista.

5) Faça um algoritmo que leia um número inteiro e verifique se ele é par, impar ou nulo.

6) Faça um algoritmo que leia três números e os escreva em ordem decrescente.

7) Faça um algoritmo que leia o ano de nascimento de uma pessoa, calcule sua idade e verifique sua
classificação de acordo com a tabela.

Idade Classificação

Até 12 anos Criança

De 13 a 17 Adolescente

18 a 60 Adulto

Acima de 60 Idoso

8) Sabendo que para formar um triângulo o comprimento de um lado não pode ser maior que a
soma dos outros dois, faça uma algoritmo que receba três valores, verifique e informe se formam
ou não um triângulo.

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281
Lógica e Técnicas de Programação
3.8.3. Estruturas de Repetição ou Laço de Repetição
As estruturas de repetição são utilizadas quando pretendemos executar a mesma ação varias
vezes. Nos exemplos anteriores vimos como escrever um algoritmo que verifica se um aluno foi apro-
vado ou não. Imagine agora que precisamos verificar não só se um aluno foi aprovado, más sim 200,
pois temos 200 alunos na escola. Neste o caso temos duas opções, ou escrevermos tudo duzentas
vezes ou então utilizarmos uma estrutura de repetição.
A estrutura de repetição faz um teste lógico de uma expressão booleana assim como a estrutura
condicional, más aqui enquanto a condição for verdadeira a ação será executada, ou seja, poderá ser
executada zero ou mais vezes. Sempre depois de executar a ação, a condição é testada para verificar
se deve ou não repeti-la.
Modelo:
ENQUANTO (condição) FAÇA
ação;
FIMENQUANTO

No modelo acima vemos que o teste ou a verificação de condição é feita no início do laço de
repetição, com isso pode ser que a ação não seja executada.
Vamos ver outra forma de fazer um laço de repetição, más agora com a verificação lógica no
final, ou seja, a ação vai ser executada uma vez para que depois seja analisada a condição.
Modelo:
REPITA
ação;
ATE (condição);

Exemplo:
Vamos fazer o algoritmo para calcular as notas de 200 alunos.
INICIO
REAL: nota1, nota2, nota3, nota4, somaNota;
INTEIRO: contador;
contador ←0;
ENQUANDO (contador < 50) FAÇA
LER (nota1, nota2, nota3, nota4); s
omaNota ←nota1 + nota2 + nota3 + nota4;

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282
Lógica e Técnicas de Programação
SE (somaNota >= 60) ENTAO
//se a soma das notas for 60 ou mais.
ESCREVER (“Aluno aprovado.”);
SENAO
//se a soma das notas for menor que 60
ESCREVER (“Aluno reprovado.”);
FIMSE
contador ←contador + 1;
FIMENQUANTO

FIM
Veja que adicionamos um contador que fará o controle de quantas repetições serão feitas, ele
inicia em 0 e ao fim de cada repetição é incrementado uma unidade, depois disso o teste condicional
é feito.
Veja agora o exemplo com o teste condicional no final:

INICIO
REAL: nota1, nota2, nota3, nota4, somaNota;
INTEIRO: contador; contador ←0; REPITA
LER (nota1, nota2, nota3, nota4); somaNota ←nota1 + nota2 + nota3 + nota4; SE (somaNota >=
60) ENTÃO
//se a soma das notas for 60 ou mais.
ESCREVER (“Aluno aprovado.”);
SENÃO
//se a soma das notas for menor que 60
ESCREVER (“Aluno reprovado.”);
FIMSE
contador ←contador + 1;
ATE (contador < 50);

FIM

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283
Lógica e Técnicas de Programação

EXERCÍCIOS

1) Faça um algoritmo que escreva os números de 1 a 100 em ordem crescente.

2) Faça um algoritmo que escreva os números ímpares entre 1 e 100 em ordem decrescente.

3) Faça um algoritmo que leia um número e escreva os 10 próximos.

4) Faça um algoritmo que calcule a média dos números pares entre 1 e 1000.

5) Faça um algoritmo que leia um número e escreva sua tabuada de multiplicação (1 a 10).

6) Faça um algoritmo que leia um número e verifique se ele é primo.

7) Faça um algoritmo que leia um número e escreva os 10 próximos pares.

8) Faça um algoritmo que leia um número, calcule e escreva seu fatorial.

9) Faça um algoritmo escreva as tabuadas de adição (1 a 10) dos números 1 até 5.

4. A LINGUAGEM JAVA
A partir desse ponto vamos iniciar nossos estudos na Linguagem Java, veremos apenas o su-
ficiente para a codificação dos nossos algoritmos e termos uma nova visão sobre as estruturas de
controle. Na segunda etapa do curso em disciplina específica a linguagem Java será estudada mais a
fundo.

4.1 Histórico
Os estudos para criação do Java iniciou-se em 1991 por seu criador James Gosling financiado
pela Sum Microsystems. O primeiro nome da Linguagem foi Oak, más teve que ser modificado por já

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284
Lógica e Técnicas de Programação
existir uma linguagem com esse nome. Java é o nome de uma cidade de onde é produzido café servido
em uma visita da equipe da Sum a uma cafeteria local, o nome foi sugerido e acabou aceito.
Em 1995 O Java foi formalmente lançado, uma linguagem baseada em C++ que chamou atenção
devido ao interesse da comunidade na WEB. Hoje ela é controlada pela Oracle que adquiriu a Sum
Microsystems em 2009. É utilizado para desenvolvimento de aplicações corporativas de grande porte,
desenvolvimento de aplicativos para dispositivos móveis e em muitas outras áreas.

4.2 Ambientes de Desenvolvimento Java


Para iniciar o desenvolvimento de aplicativos Java precisamos criar um ambiente que atenda as
nossas necessidades. No nosso casso precisaremos de um editor de código e também do JDK (Java
Development Kit).
O JDK é kit utilizado para o desenvolvimento de aplicações Java. Ele engloba um compilador,
um interpretador (JVM – Máquina Virtual Java) e utilitários, fornecendo um pacote de ferramentas
básicas que auxiliam no desenvolvimento das aplicações. O JDK da Oracle pode se baixado em http://
www.oracle.com/technetwork/pt/java/javase/downloads/index.html, lá também são encontradas
instruções de instalação. O editor de código poder ser um simples editor de texto que leia o arquivo
Java ou até mesmo uma IDE (Integrated Development Environments) que possibilitam uma maior pro-
dutividade e facilidade no desenvolvimento. As IDE’s mais populares são Eclipse, NetBeans, JCreator
e JBuilder.
Quando utilizamos um IDE, ele se encarrega de algumas fases de criação de programas Java, más
mesmo assim precisamos entender o processo como um todo.
A primeira coisa a se fazer é inserir o código-fonte em um editor ou em um IDE, quando o
programa é salvo será gerado um arquivo com extensão java. Arquivos com extensão java não são
interpretados pela JVM, por isso é necessário compila-los. Ao fazer um novo arquivo é gerado com ex-
tensão class, neles contêm os bytecodes. A JVM compila os bytecodes para linguagem de máquina no
exato momento em que eles são utilizados esse processo é chamado de compilação Just-In-Time (JIT).
Ele aumenta a velocidade de execução dos programas da Linguagem Java. Depois disso o programa é
executado.

4.3 PRIMEIRO PROGRAMA JAVA


A partir de agora vamos começar a entrar no mundo da linguagem Java, iremos estudar aspectos
particularidades da linguagem, padrões o suficiente para que possamos codificar nossos algoritmos
produzidos até agora.
Começaremos vendo como é uma classe Java, veja o seguinte código:
package exercicios;
public class MeuPrimeiroPrograma {public static void main(String[] args) {System.out.printl-
n(“Olá Mundo!”);}}

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285
Lógica e Técnicas de Programação
Algumas características que vemos acimas devem ser sempre respeitadas nos nossos códigos.
A palavra chave package indica que a classe pertence ao pacote exercicios. O pacote é utilizado para
agrupar classes de funcionalidade similares. O nome dele não deve conter caracteres especiais, espa-
ço em branco, acentos, deve ter apenas letras minúsculas e não iniciar com caractere numérico.
Em todo programa Java deve ter pelo menos uma classe, no código acima classe é palavra cha-
ve class determina a criação de uma classe e seu nome vem logo em seguida. A definição do nome
da classe deve sempre iniciar em letra maiúscula e em caso de nome composto como no exemplo,
a primeira letra de cada nome de deve ser maiúscula e o resto minúsculo. O nome não deve conter
caracteres especiais, espaços em branco, acentos e não iniciar com caractere numérico. Após o nome
da classe temos a abertura de chave ({), ela indica o inicio do corpo da classe que é finalizado com
outra chave (}).
Na classe acima temos a declaração do método main, ele que permite que a classe seja executa-
da. Podemos identificar um método graças ao parêntesis após o seu nome, quando estiver estudando
classes teremos mais detalhes do que se trata um método, nesse momento temos que saber que o
código que queremos que execute na classe deve estar dentro do método main, ou seja, entra as cha-
ves que indica o inicio e fim do corpo do método.
O método System.out.println(“Olá Mundo!”); imprime uma cadeia de caracteres que está en-
tre as aspas duplas, ela é chamada de String. A String é um argumento que é passado ao método que
por sua vez a exibe na janela de comando ou na aba Console caso seja executado no Eclipse.
Caso quiséssemos modificar a saída do nosso software para que cada palavra pudesse ser im-
pressa em uma linha diferente poderíamos agir de três maneiras distintas.
A primeira é repetir o comando de impressão duas vezes sendo cada uma com uma palavra, por
exemplo:
System.out.println (“Olá”);
System.out.println (“Mundo!”);
A segunda maneira teria que utilizar a sequencia de escape \n dentro da String no ponto onde
queremos quebrar a linha.
System.out.println (“Olá\nMundo!!!”);

A barra invertida é um caractere de escape que seguido do n dentro de uma String no comando
de impressão, indica o ponto da quebra de uma linha. No Java temos outras sequencias de escape,
veja no quadro a seguir:

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286
Lógica e Técnicas de Programação

Sequência de escape Descrição

\n Gera uma nova linha.

\t Gera uma tabulação horizontal.

Gera um retorno de carro, posicionando o cursor no inicio da linha.


\r Nova Saída de caracteres, os que estavam nesta linha serão sobrescri-
tos.

\\ Imprime um caractere de barra invertida.

\” Imprime um caractere de aspas duplas.

Na terceira forma utilizamos outro comando de impressão, o System.out.printf(), ele permite a


formatação da saída e também a utilização de sequencias de escape. O comando vai ficar da seguinte
forma:
System.out.printf(“%s/n%s/n”,”Olá”, “Mundo!”);
No comando acima passamos três parâmetros (argumentos) ao método, percebemos isso de-
vido as três Strings separados por vírgula. Na primeira formatamos a saída utilizando o sinal de por-
centagem seguido por um caractere que representa um tipo de dado, no caso o %s representa uma
String. Depois utilizamos a sequencia de escape e repetimos os caracteres, pois estamos formatando
a saída de duas Strings que estão na sequencia separado por vírgulas. A saída respeitará a ordem que
os parâmetros estão inseridos dentro do método. Espaço em branco deve ser inserido na String de
formatação.

4.4 Construindo Aplicativos Java


Assim como nos pseudocódigos, para construir aplicativos Java precisamos conhecer um pouco
mais da estrutura da linguagem, como os tipos primitivos da linguagem, operadores, e estrutura de
controle que veremos a partir de agora.

4.4.1 Comentários
São textos adicionados ao código para descrevê-los e que não são executados. Eles são impor-
tantes para documentar os programas e melhorar sua legibilidade, principalmente em trechos muito
complexos do código. Em

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287
Lógica e Técnicas de Programação
Java temos três tipos de comentários o de fim de linha, o de múltiplas linhas e o Javadoc.
O comentário de fim de linha começa com // e vai até o fim da linha que deseja comentar, exem-
plo:
String a; //Declarando uma string
O comentário de múltiplas linhas inicia em /* e termina e */, exemplo:
/*Todo esse texto
é um comentário
e finaliza aqui*/
O comentário Javadoc é similar ao comentário de múltiplas linhas, mas tem uma diferença, é
possível utilizar este comentário para gerar documentação de todo o sistema em formato HTML, ele
inicia em /** e finaliza em */.

4.4.2. Tipos Primitivos Java


No Java temos os tipos primitivos e os tipos por referência. Os tipos primitivos são inicializados
por padrão já na declaração e guarda o valor real a ela atribuído. São 8 os tipos primitivos Java, veja o
quadro abaixo:

Tamanho
Tipo Tipo Java Valor padrão Faixa
(bytes)

Caractere char 2 0 Caracteres UNICODE

Booleano
boolean 1 false true ou false
ou lógico

byte 1 0 -128 a 128

short 2 0 -32768 a 32767

Inteiro -2147483648 a
int 4 0
2147483647

-9223372036854775808
long 8 0
a 9223372036854775807

float 4 0 +/-3.4E-38 a +/– 3.4E+38


Ponto Flu-
tuante +/-1.7E-308 a
double 8 0
+/-1.7E+308

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288
Lógica e Técnicas de Programação
Os tipos por referência que são classes que especificam algum objeto, por exemplo, o tipo String.
Objetos podem ser referenciados e conter outras variáveis de instancia dentro dele. Não entraremos
nesse assunto nesta disciplina.

4.4.3 Declaração de Variáveis e Constantes


Para utilizarmos uma variável, primeiro temos que declara-la, somente após isso ela passará a
existir e receber valores. No Java toda variável tem um tipo que uma vez declarado não pode ser mu-
dado. Para declarar uma variável, primeiro informamos seu tipo depois seguido de seu nome podendo
ou não atribuir um valor, veja o exemplo:
int ano;
int mes = 3;
A variável ano é criada sem nenhum valor (neste caso recebe valor padrão), mas a variável mes
já é criada e através do sinal de atribuição do Java, o igual ( = ), ela recebe o valor 3.
Podemos também declarar a variável em sequencia da seguinte forma:
int ano, mes = 3;
Java é case sensitive, isso que dizer que ela diferencia letras maiúsculas de minúsculas, ou seja,
as seguintes variáveis são válidas e diferentes:
int idade;
int Idade;
double IDADE, idaDe;
Ao dar nomes as variáveis são recomendadas, o uso de letras minúsculas no caso de nomes
simples, como na variável mes, já no caso de nomes compostos, recomenda-se que a partir do segun-
do nome a palavra inicie em letras maiúsculas para facilitar a leitura, por exemplo, numeroDaConta.
Recomenda-se também não utilizar acentos nem cedilha.
A nomenclatura das variáveis têm algumas regras, são elas:
1. Não ter caracteres especiais;
2. Não ser palavra reservada da linguagem;
3. Não conter espações;
4. Letras, dígitos e underscore são aceitos.
5. Não pode iniciar com números;

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289
Lógica e Técnicas de Programação
A declaração de constante e variável é feito de maneira semelhante, a única diferença é a adição
da palavra chave final é antes do tipo como no exemplo:
final int pi = 3.14;

EXERCÍCIOS

1) Identifique os tipos dos dados abaixo e qual tipo primitivo Java poderia representa-los:
a) ‘8’
b) “888”
c) 8
d) false
e) “d”
f) ‘D’
g) 5.63
h) 5.45f
i) 56542589631

2) Declare variáveis para identificar os seguintes dados em programa:


a) Peso.
b) Altura
c) Nome
d) Sexo
e) Salario
f) CPF
g) Telefone

4.4.4. Conversão de Tipos Casting


Algumas vezes podemos declarar uma variável de um tipo e em algum momento precisarmos
converter seu valor em outro tipo, por exemplo, considere que tenhamos uma variável declarada
como int e precisamos converter seu valor para double:

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

290
Lógica e Técnicas de Programação
int a = 50;
double b = a;
Neste caso a conversão é automática a variável b passara a ter o valor de da variável a sem
nenhuma perda de dado. Aqui temos uma conversão de um valor do tipo inteiro para o tipo ponto
flutuante. O caso contrário fica da seguinte forma:
double c = 11.8;
int d = (int) c;
O tipo int entre parêntesis indica que queremos converter o valor da variável c para inteiro e
depois atribuirmos este valor a variável d, esse processo vai truncar o valor contido na variável que
passa a desprezar as casas decimais. Agora olhe esta outra conversão:
int e = 393;
byte f = (byte) e;
O valor resultante na variável f será -119, isso acontece porque o valor da variável e ultrapassa o
tamanho possível no tipo byte, para fazer essa atribuição o processo vai truncar para um valor possível.

EXERCÍCIOS

1) Declare uma variável numero do tipo double com valor 465.85 e converta seu valor para os tipos
float, int e byte e imprima os valores.

4.4.5 Operadores Aritméticos Java


No Java temos os seguintes operadores aritméticos:

Operador Aritmético Operação Exemplo

+ Adição 4+a

- Subtração 3–2
* Multiplicação 8*2

/ Divisão 10 / b

% Módulo 12 % c

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291
Lógica e Técnicas de Programação
Os operadores de multiplicação, divisão e módulo têm a mesma precedência e devem ser exe-
cutados primeiro. Se em uma expressão tiver a presença de mais de um deles serão executados da
esquerda para direita. Os operadores de adição e subtração vêm a seguir.
A divisão de inteiros tem como resultado um inteiro, então se dividirmos os inteiro 5 por 2 no
Java o resultado será 2.

4.4.6 Operador de Atribuição


O operador de atribuição utilizado na linguagem Java é o sinal de igual (=), ele atribui um valor
ou resultado de uma expressão a direita do sinal a uma variável a esquerda, por exemplo:
a = b + c / 2;
d = d + 1;
Na primeira linha a variável a recebe o valor da expressão a direita do sinal e na segunda linha a
variável d recebe o valor dela mesma somada mais 1.
O operador de atribuição pode ser utilizado junto com os operadores aritméticos de forma a
simplificar expressões em que o valor da variável que recebe a atribuição é utilizado também na ex-
pressão, como na segunda linha do exemplo anterior que poderia ser escrito assim:
d + = 1;
Esta é uma forma resumida de escrever a expressão e tem o mesmo resultado, veja na tabela
abaixo exemplo de como utilizar os outros operadores.

Operador Aritmético Expressão Mesmo que

+ a += 1 a = a +1

- b -= 2 b = b –2

* c * =4 c = c *4

/ d /= 8 d = d /8

% f %= 2 f = f %2

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292
Lógica e Técnicas de Programação
4.4.7. Operadores de Incremento e Decremento
Utilizados para adicionar ou subtrair 1 de uma variável numérica. Podem ser de quatro tipos,
veja a tabela abaixo:

Operador Nome Descrição Exemplo


Incrementa 1 no momento que é exe-
++ Pré-incremento ++a
cutado.
Incrementa 1para a próxima vez que a
++ Pós– incremento a++
variável for utilizada.
Decrementa 1 no momento que é exe-
-- Pré-decremento --a
cutado.
Decrementa 1para a próxima vez que a
-- Pós-decremento a--
variável for utilizada.

Os operadores de incremento e decremento devem ser executados antes dos operadores arit-
méticos.

EXERCÍCIOS

1) Encontre o valor de x nas seguintes expressões:


a) x = 9 + 8 / 2;
b) x = 5 % 2
c) x = 8 / 4 % 2;
d) x = 9 + 3 * (4 – 1) * 5
e) x = 7 % 2 + 3 * 4

2) Seja o valor de a = 2, b = 3 e c = 5, encontre o valor de a nas seguintes expressões:


a) a = b;
b) a = a + 1;
c) a = a * b – 2;
d) a = c % a;

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293
Lógica e Técnicas de Programação
e) a = a * 5 – (1 % a) ;
f) a = a * a * a;
g) a = b * c + b;
h) a + =1;
i) a – = 7;
j) a *=3;
k) a %= 2;
l) a = b++;
m) a = ++b;
n) a = a + b--
o) A = c * c % b--;

4.4.8 Operadores Relacionais


Como já vimos anteriormente uma expressão lógica tem como resultado um valor booleano, ou
seja, verdadeiro ou falso, para o Java, true ou false. Os operadores relacionais nos permite construir
expressões lógicas, vejam quais são eles na linguagem Java na tabela a seguir:

Operador relacional Descrição Exemplo

== (igualdade) Iguala a = =b

!= Diferente de 2! =c

< Menor que 3<5


> Maior que 5>2
<= Menor ou igual 10 < = b

>= Maior ou igual a > =7

Diferentemente de como temos feito até então, o operador de igualdade o Java são dois sinais
de igual juntos (==) e o operador único, como já vimos antes, é um operador de atribuição.

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294
Lógica e Técnicas de Programação
4.4.9 Operadores Lógicos
Vimos anteriormente como funcionam os operadores lógicos, inclusive a tabela verdade, vere-
mos a seguir como eles são representados no Java.

Operador Lógico Função Descrição

! Negação Inverte valorlógico

Uma proposição lógica é verdadeira se todas forem verdadeiras,


&& Conjunção
senão é falso.

Uma proposição lógica é verdadeira se pelo menos uma for ver-


|| Disjunção
dadeiras

EXERCÍCIOS

1) Resolva as operações.
a) 2 == 5 && 10 > 7
b) 5 % 2 == 1
c) 4 % 3 == 2 || 7 < 3
d) 5 > 4 && 7 < 8
e) 4 > 5 && 8 < 5 + 3 || 7 != 8
f) ! (7 > 5)
g) ! (true || v && false)
h) ! (8 <= 9) || false

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295
Lógica e Técnicas de Programação
4.4.10 Operações Básicas Com String
Uma String é uma classe que representa dados do tipo cadeia de caracteres e por ser uma classe
seu nome por padrão sempre iniciará em letra maiúscula. Vamos ver agora algumas operações básicas
utilizando String.
A declaração de uma variável do tipo String pode se feita de forma semelhante à declaração das
variáveis do tipo primitivo, veja o exemplo:
String nome = “José”;
ou
String nome = new String(“José”);
O segundo exemplo é a forma padrão de criar uma instancia de uma classe, a palavra chave new
indica a criação de um novo objeto String e o conteúdo atribuído é passado como parâmetro (entre
os parêntesis).
Qualquer uma das formas pode ser utilizada. Perceba que a representação do conteúdo da
String sempre está entre aspas duplas.
Por ser uma classe a comparação de valores entre duas Strings não pode ser feita por dois sinal
de igual (==), neste caso utilizamos o método equals() que recebe como parâmetro um valor (pode ser
outra variável String) para fazer a comparação, por exemplo:
String a = “J”;
boolean b = a.equals(“j”);
Ao analisar o exemplo acima temo que nos lembrar de que Java é case sensitive, então b rece-
berá false.
Podemos também precisar concatenar (juntar) duas Strings ou uma String e um tipo primitivo,
nesse caso utilizamos o operador de concatenação que é o sinal de adição (+), veja os exemplos:
String a = “3”;
String b = “ola”);
String c = a + b;
String d = a + 3;
O valor atribuído a c será “3ola” e a variável d será “33”.
Com o exemplo acima surge uma dúvida é se quiséssemos somar o valor da variável a com um
número? Para fazermos isso antes devemos converter o valor da String em um tipo numérico e depois
fazer a operação. Veja o exemplo:
String a = “3”;
int b = Integer.parseInt(a);
int c = b + 3;

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296
Lógica e Técnicas de Programação
No exemplo utilizamos o método Integer.parseInt() para converter o valor da String em um dado
numérico, depois que faz a soma. Para ponto flutuante podemos utilizar o método Double.parseDou-
ble().
A partir de agora para curso dessa disciplina quando precisarmos de outras operações com
Strings serão explicadas a medida do necessário, más fique a vontade para pesquisar e aprender mais.

4.4.11 Entrada e Saída De Dados


Há varias forma de entrada e saída de dados no Java, no início deste capítulo vimos dois méto-
dos de saída de dados, o System.out.println() e System.out.printf(). Para entrada de dados podemos
utilizar um tipo Scanner, veja o exemplo:
package exercicios;
import java.util.Scanner;
public class Soma {
public static void main(String[] args) {
Scanner in = new Scanner(System.in);
int a;
int b;
int soma;
System.out.print(“Entre com o primeiro número: “); a = in.nextInt();
System.out.print(“Entre com o segundo número: “); b = in.nextInt();
soma = a + b;
System.out.printf(“%d + %d = %d”, a, b, soma);}}

A palavra chave import é necessária para podermos utilizar a classes de outros pacotes neste
caso, java.swing, para ter acesso à classe Scanner e seus métodos. Não precisamos preocupar com
isso por enquanto.
No exemplo acima temos a declaração da variável Scanner in que receberá dados a partir do
teclado. No código a = in.nextInt() um valor digitado pelo usuário no teclado será atribuindo a variável
a. Poderíamos utilizar os métodos nextDouble() e next() para obter valores do tipo double e String
respectivamente. No método System.out.printf(), %d é utilizado para indicar o tipo de dado inteiro,
%f seria para ponto flutuante.
É possível também utilizar caixas de dialogo para entrada e saída de dados, utilizamos métodos
da classe JOptionPane para Isso, veja o código e o resultado de sua execução:

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Lógica e Técnicas de Programação
package exercicios;
import javax.swing.JOptionPane;
public class CaixasDialogo {
public static void main(String[] args) {
String nome;
nome = JOptionPane.showInputDialog(“Qual o seu nome?”);
String mensagem;
mensagem = String.format(“Olá %s, seja bem Vindo!”,nome);
JOptionPane.showMessageDialog(null, mensagem);}}

A variável nome é carregada pela janela mostrada acima. Esta janela é chamada graças ao méto-
do showInputDialog() da classe JOptionPane que recebe uma String como parâmetro para ser apre-
sentada na janela. Nela temos um campo para entrada de dados e dois botões. Se o usuário acionar o
botão OK, o valor contido no campo de entrada de dados é atribuído a variável nome, caso acione o
botão Cancelar, null é atribuído a variável.
A chamada do método showMessageDialog() exibe a segunda caixa de dialogo. Ele recebe dois
parâmetros, um null que faz com que a janela seja exibida no centro da tela e uma String que é for-
matada com o método format(), esse método tem funcionamento similar ao método System.out.
printf(), esta String será exibida como mensagem na segunda janela.

EXERCÍCIO

1) Faça um programa que leia o nome, idade e sexo de uma pessoa e depois imprima.

2) Faça um programa que leia o ano de nascimento de uma pessoa e imprima sua idade.

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

298
Lógica e Técnicas de Programação
3) Faça um programa que leia dois números inteiros e escreva a expressão e o resultado de sua
soma, multiplicação, a subtração, divisão e o resto da divisão do primeiro pelo segundo.

4) Faça um programa que leia quatro números, calcule e imprima sua média aritmética.

5) Faça um programa que calcule a área de um circulo sendo informado o seu raio.

6) Uma loja esta dividindo suas vendas em até 10 vezes sem juros. Faça um programa que leia o valor
da venda, o número de prestações, calcule e imprima o valor da prestação.

7) Uma empresa deu 10% de aumento a seus funcionários. Faça um programa leio o valor do salário
de uma pessoa e imprima seu valor atualizado.

8) Escreva um programa Java para ler o número total de eleitores de um município, o número de vo-
tos brancos, nulos e válidos. Calcular e escrever o percentual que cada um representa em relação
ao total de eleitores.

4.5 Estruturas de Controle


Todos os exemplos que estudamos até aqui estão utilizando a estrutura de sequencia, pois as
instruções foram executadas uma após a outra. Veremos a segui outras estruturas presentes no Java
iniciando nas estruturas condicionais.

4.5.1. Estruturas Condicionais ou de Seleção

Instrução if
É uma estrutura condicional simples ou única, ela analisa uma condição (expressão booleana)
que poderá ter um resultado true ou false. Se for true o corpo da instrução if será executado, caso
contrario, o corpo será ignorado, veja o exemplo:
Scanner entrada = new Scanner(System.in);
int a;
int b;
System.out.print(“Entre com o primeiro número: “); a = entrada.nextInt();

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

299
Lógica e Técnicas de Programação
System.out.print(“Entre com o segundo número: “);
b = entrada.nextInt();
if(a == b){
System.out.printf(“%d == %d”, a, b);
}
if(a != b){
System.out.printf(“%d != %d”, a, b);
}
Neste código há duas instruções if, uma verifica se os valores das variáveis são iguais e a outra
se são diferentes. Neste exemplo as duas condições são testadas, ou seja, mesmo que as variáveis te-
nham o mesmo valor, depois que o corpo do primeiro if ser executado o sistema irá testar a segunda
condição .

Instrução if...esle
Estrutura condicional composta ou dupla, ela analisa uma condição que poderá ter um resulta-
do true ou false. Se for true o corpo da instrução if será executado, caso contrario executa o corpo da
instrução else, veja como fica o código do exemplo anterior utilizando essa instrução:
Scanner entrada = new Scanner(System.in);
int a;
int b;

System.out.print(“Entre com o primeiro número: “); a = entrada.nextInt();


System.out.print(“Entre com o segundo número: “); b = entrada.nextInt();
if(a == b){
System.out.printf(“%d == %d”, a, b);
}else{
}
System.out.printf(“%d != %d”, a, b);

Veja que se que aqui há apenas uma condição a ser testada e dependendo do seu resultado ou
um ou outro trecho de código é executado.

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300
Lógica e Técnicas de Programação

EXERCÍCIOS

1) Faça um programa que leia um valor e informe apenas se ele é maior que 100.

2) Faça um programa que leia dois números e imprima o maior.

3) Faça um programa que leia dois números e os imprima em ordem crescente.

4) Faça um programa que leia o nome, a altura, sexo de uma pessoa e calcule e mostre o seu nome
e seu peso ideal, utilize as seguintes formulas:
Homem: peso ideal = 72,7 * altura – 58
Mulher: peso ideal = 62,1 * altura – 44,7

5) Faça um programa que leia o ano de nascimento de uma pessoa, calcule sua idade e verifique se
ele já pode votar e se pode ter carteira de motorista.

Operador Ternário (?:)


Este é outro tipo de estrutura condicional dupla disponível no Java, nele é utilizado o operador
condicional (?:). Para utiliza-lo fazemos o seguinte: Primeiro adicionamos um condição a esquerda do
sinal de interrogação (?), depois deste sinal adicionamos um valor ou expressão para ser retornada
caso a condição seja verdadeira. O próximo passo e adicionar o sinal de dois pontos (:) e após ele,
um valor ou expressão para ser retornada caso a condição seja falsa. O valor retornado é o valor da
expressão condicional.
Veja o exemplo:
System.out.println(a == b ? “iguais”: “diferentes”);
Caso os valores das variáveis sejam iguais, a primeira String será impressa, caso contrário à se-
gunda.

Estrutura Condicional Múltipla com if...else


A instrução if...else pode ser aninhada formando uma estrutura condicional múltipla com várias
condições a serem testadas, caso a primeira condição seja falsa, a segunda é testada e assim sucessi-
vamente. No momento que uma condição retorne um resultado verdadeiro as condições posteriores
deixam de ser testadas, analise o seguinte exemplo:

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Lógica e Técnicas de Programação
Scanner entrada = new Scanner(System.in);
int a;
int b;
System.out.print(“Entre com o primeiro número: “);
a = entrada.nextInt();
System.out.print(“Entre com o segundo número: “);
b = entrada.nextInt();
if(a > b){
System.out.printf(“%d maior que %d”, a, b);
}else if(b > a){
System.out.printf(“%d maior que %d”, b, a);
} else {
System.out.printf(“%d igual a %d”, a, b);
}
No exemplo duas condições são testadas, para cada uma delas temos uma ação específica e
caso nenhuma delas seja verdadeira uma terceira ação é executada.
Em todos os exemplos condicionais até agora utilizamos as chaves para delimitar o inicio ({) e
o fim (}) do corpo a ser executado formando assim um bloco de código. O uso das chaves é opcional
caso o corpo tenha apenas uma instrução, ou seja, em nossos exemplos poderíamos não ter utilizado
as chaves, más fizemos isso por recomendar sempre o uso das chaves para que o código fique mais
organizado e legível.

EXERCÍCIOS

1) Faça um programa que leia um número inteiro e verifique se ele é par, impar ou nulo.

2) Faça um programa que leia três números e os escreva em ordem decrescente.

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302
Lógica e Técnicas de Programação
3) Faça um programa que leia o ano de nascimento de uma pessoa, calcule sua idade e verifique sua
classificação de acordo com a tabela.

Idade Classificação

Até 12 anos Criança

De 13 a 17 Adolescente

18 a 60 Adulto

Acima de 60 Idoso

4) Faça um algoritmo que receba um código de um produto representado por um número inteiro e
escreva seu nome. Siga a tabela abaixo e caso seja informado um número não existente informe
que o código é invalido.

Código Produto

1 Leite

2 Sabão

3 Detergente

4 Creme Dental

5 OU 6 Macarrão

7 OU 8 Arroz

5) Sabendo que para formar um triângulo o comprimento de um lado não pode ser maior que a
soma dos outros dois, faça um programa que receba três valores, verifique e informe se formam
ou não um triângulo.

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Lógica e Técnicas de Programação
Instrução switch
Esta instrução é utilizada para estrutura condicional múltipla, porem uma tem uma diferença da
instrução if...else, pois o switch verifica apenas igualdades e isso dificulta a testes em que se tenha
que analisar intervalos.
Exemplo:
Scanner entrada = new Scanner(System.in);
System.out.print(“Digite uma vogal: “);
String vogal = entrada.next();
switch (vogal) {
case “a”:
System.out.println(“Vogal a”);
break;
case “e”:
System.out.println(“Vogal e”);
break;
case “i”:
System.out.println(“Vogal i”);
break;
case “o”:
System.out.println(“Vogal o”);
break;
case “u”:
System.out.println(“Vogal u”);
break;
default:
System.out.println(“Não é vogal.”);
break;
}
A palavra chave switch indica um valor que servirá de base para comparação e a instrução case
especifica valores que serão comparados com o valor de base. Se houver uma instrução case em que
o valor especificado seja igual ao indicado na instrução switch, seu código será executado, caso con-
trário, ao código da instrução default, que é opcional, será executado.

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304
Lógica e Técnicas de Programação
O comando break no código acima é chamado para indicar que a saída da estrutura condicional,
se ele não estiver presente, todas as instruções case subsequentes serão executadas.

4.5.2. Estruturas de Repetição Ou Loop

Instrução while
A instrução de repetição ou laço while, executa uma ação enquanto uma condição for verda-
deira. Isso que dizer que ela vai analisar uma condição e enquanto o retorno for true, seu corpo será
executado, ao fim de cada execução a condição é analisada novamente.
Modelo:
while(condição){ ação}
O laço while pode controlado por contador ou por sentinela, no primeiro caso é conhecido o
número de vezes que o laço vai repetir e no segundo não, vamos a um exemplo: suponha que tenha-
mos que escrever um programa que leia as notas de 10 alunos e calcule sua média, neste caso temos
que repetir a leitura das notas 10 vezes e soma-las para depois calcular a média, para isso temos que
utilizar um contador, veja o código:
Scanner entrada = new Scanner(System.in);
double soma = 0;
double media = 0;
double nota;

int i = 1;
while(i <= 10){
System.out.print(“Informe uma nota: “);
nota = entrada.nextDouble();
soma += nota; i++;
}
media = soma / 10;
System.out.printf(“A nota média dos alunos é %f”, media);

Nesse código a variável i funciona como contador e como variável de controle, pois faz parte da
condição. Veja que seu valor inicia em 1 e a condição diz que o código deve repetir enquanto o valor
da variável i for menor ou igual a 10, analisando o código vemos que a cada execução o valor dessa
variável é incrementada, fazendo que o laço repita 10 vezes.

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305
Lógica e Técnicas de Programação
Para podermos analisar o laço while controlado por sentinela, vamos supor agora que precisa-
mos calcular a média das notas dos alunos, mas não sabemos exatamente quantos alunos, então não
consigo determinar quantas vezes devo ler as notas, confira o código:
Scanner entrada = new Scanner(System.in);
double soma = 0;
double media = 0;
double nota;
int i = 0;

System.out.print(“Informe uma nota: “);


nota = entrada.nextDouble();

while(nota != -1){
soma += nota; System.out.print(“Informe uma nota: “);
nota = entrada.nextDouble();
i++;
}

media = soma / i;
System.out.printf(“A nota média dos alunos é %f”, media);
A variável nota é a sentinela, pois a condição de repetição tem seu valor como base. A condição
determina que enquanto a sentinela tiver um valor maior que -1, o laço deve ser repetido. Perceba
que tivemos que carregar uma variável nota antes do laço, pois ela faz parte da condição então ela
deve ter um valor para ser testado. Outro detalhe é que a variável i continua existindo, mas agora ela
não faz parte da condição, ela é apenas um contador para auxiliar no calculo da média.

EXERCÍCIOS

1) Faça um programa que imprima os números de 1 a 100 em ordem crescente.

2) Faça um programa que imprima os números ímpares entre 1 e 100 em ordem decrescente.
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306
Lógica e Técnicas de Programação
3) Faça um programa que some os números entre100 e 200;

4) Faça um programa que leia um número e imprima os 10 próximos.

5) Faça um programa que calcule e imprima a média dos números pares entre 1 e 1000.

6) Faça um programa que leia um número e imprima sua tabuada de multiplicação (1 a 10).

7) Faça um programa que imprima os números pares entre 1 e 100.

8) Faça um programa que leia um número e imprima os 10 números ímpares anteriores a ele.

9) Faça um programa que leio um número que 10 números e imprima o maior e o menor entre eles.

10) Faça um programa que leia um número e verifique se ele é primo.

11) Faça um programa que leia um número, calcule e imprima seu fatorial.

12) Imprima os números da série Fibonacci até passar de 200. A série Fibonacci é inicia-se da seguinte
forma: 0,1,1,2,3,5,8,13, etc.

13) Faça um programa imprima as tabuadas de adição (1 a 10) dos números 1 até 5.

14) Faça um programa que leia uma quantidade não determinada de números positivos, calcule e
imprima sua média. A leitura dos números terminará quando o usuário informar um número ne-
gativo que não deve ser considerado no calculo.

Instrução for
A instrução de repetição ou laço for é uma estrutura de repetição controlada por contador e
utiliza para isso uma única linha de código para declarar a variável, verificar a condição e fazer o incre-
mento. Vejo o modelo:
for (inicialização; condição; incremento) {ação;}

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307
Lógica e Técnicas de Programação
Não Instrução for primeiro é executada a inicialização da variável de controle (executado somen-
te uma vez), depois a condição é verificada, caso retorne true a ação é executado seguida o incremen-
to e novo teste da condição.
Vamos ver como fica o exemplo do calculo da média das notas dos 10 alunos:
Scanner entrada = new Scanner(System.in);
double soma = 0;
double media = 0;
double nota = 0;

for (int i = 1; i <= 10; i++) {


System.out.print(“Informe uma nota: “);
nota = entrada.nextDouble();
soma += nota;
}
media = soma / 10;
System.out.printf(“A nota média dos alunos é %f”, media);

EXERCÍCIOS

1) Refaça os exercícios anteriores que utilizaram instrução while com a instrução for.

Instrução do...while
As estruturas de repetição que vimos até agora são estruturas de repetição de pré-teste (teste
condicional no início), veremos a instrução de repetição do...while que é uma estrutura de repetição
de pós-teste, ou seja, o teste condicional será feito logo após o corpo da instrução ser executada pela
a primeira vez. Veja o exemplo abaixo:
int i = 0;
do{
i++;

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308
Lógica e Técnicas de Programação
System.out.println(i);
}while(i < 10);
Nesse código podemos perceber que o corpo da instrução do...while é executada antes da veri-
ficação da condição, isso que dizer que mesmo que se a condição seja falsa seu corpo será executado
pelo menos uma vez.

Instrução break e continue


As instruções break e continue modificam o fluxo de controle das estruturas de controle do
Java. A instrução break quando chamada interrompe a execução da estrutura de controle e a continue
quando chamada em um laço de repetição pula as instruções restantes e vai para a próxima iteração.

4.6. Array
Também conhecido como vetor, é uma estrutura de dados que consiste em um grupo de vaiá-
veis do mesmo tipo. Veja a seguir algumas características do array Java:
1. Podem ser criados arrays de tipos primitivos, objetos ou até mesmo de array (array multidi-
mensional).
2. O seu índice e do tipo inteiro e inicia em 0.
3. Depois de criado ele não pode ser redimensionado automaticamente.
4. Um array é um objeto.
A declaração de um array pode ser feita de duas formas, uma com definição dos de seus dados
ou utilizando a estrutura de criação de arrays.
Array com dados:
String nomes [ ] = {“José”, “João”, “Maria”};
Neste exemplo temos a declaração de um array de String com três elementos. Sabemos que se
trata de um array devido à presença dos colchetes (nomes[]) após o nome da variável. Quando um
array é declarado com seus valores já preenchidos, estes devem estar entre chaves e separado por
vírgula.
Array criado pela estrutura de criação de arrays:
int idade [ ] = new int[5];
Para utilizar a estrutura, temos sempre que informar quantos serão os seus elementos e faze-
mos isso no segundo par de colchetes, no exemplo acima foi criado um array de inteiros com 5 ele-
mentos. Para facilitar a visualização veja a tabela abaixo onde cada quadro é uma posição do array e
os números entre colchetes são seus índices:

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309
Lógica e Técnicas de Programação
idade[0] idade[1] idade[2] idade[3] idade[4]
0 0 0 0 0

Para acessar um dado do array, para leitura ou modificação, precisamos saber qual o seu índice,
que é inserido entre os colchetes, veja como atribuir e ler dados do array de idade:
idade[0] = 2;
idade[1] = 54;
idade[2] = 3453;
idade[3] = 6;
idade[4] = 65;
System.out.println(idade[0]);
System.out.println(idade[1]);
System.out.println(idade[2]);
System.out.println(idade[3]);
System.out.println(idade[4]);
idade[5] = 1; //erro

Veja como ficou a tabela:

idade[0] idade[1] idade[2] idade[3] idade[4]


2 54 3453 6 65

Na ultima linha temos um erro, por tentar acessar o índice inexistente.


Podemos também utilizar a estrutura de repetição for tanto para atribuir os dados como para ler
os dador de um array, veja o exemplo:
Scanner entrada = new Scanner(System.in);
int idade [ ] = new int[5];
for (int i = 0; i < idade.length; i++) { System.out.print(“Digite um número: “); idade[i] = entrada.
nextInt();
}
for (int i = 0; i < idade.length; i++) { System.out.println(idade[i]);
}

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

310
Lógica e Técnicas de Programação
Neste exemplo temos duas estruturas for, uma para atribuir e outra para imprimir os dados do
array. Nestas estruturas temos alguns elementos novos como a instrução idade.length. Ela nos traz
o tamanho do array, neste caso 5. Podemos ver também o uso da variável i como índice do array, se
olhar com atenção podem perceber que seu valor inicia em 0 e a instrução for é repetido enquanto o
i for menor que 5, ou seja são exatamente os índices do array, um a cada repetição.
Para imprimir apenas os números impares do array poderia fazer assim:
Scanner entrada = new Scanner(System.in);
int idade [ ] = new int[5];
for (int i = 0; i < idade.length; i++) {
System.out.print(“Digite um número: “);
idade[1] = entrada.nextInt();
}
for (int i = 0; i < idade.length; i++) {
if(idade[i] % 2 != 0){
System.out.println(idade[i]);
}
}

Instrução for Aprimorada


Podemos utilizar a instrução for aprimorada para ler nossos arrays, ela não utiliza contador. O
primeiro parâmetro é uma variável do mesmo tipo do array que a cada iteração representará os valo-
res sucessivos do array que é informado no segundo parâmetro. Veja como somar os valores do array
idade:
int idade = {2,5,6,98,52};
int soma = 0;
for (int numero: idade) { soma +=numero;
}
System.out.println(soma);

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Lógica e Técnicas de Programação

EXERCÍCIOS

1) Faça um programa que crie um array inteiro a = {1,5,6,7,8,5,1,5}, e


a) Imprima o primeiro e o ultimo elemento.
b) Modifique o valor do 5º elemento para 72.
c) Imprima o tamanho do array.
d) Imprima todos os seus valores.

2) Faça um programa que utilize o array acima e imprima os índices e os valores dos elementos pa-
res.

3) Faça um programa que crie um array de inteiros de 10 elementos, de forma que o usuário possa
informar seus valores, utilize a instrução for.

4) Continuando o exercício acima, imprima seus valores utilizando a instrução for.

5) Faça um programa que imprima os valores do array A{1,2,3,4,5} em ordem inversa à da leitura.

6) Faça um programa que imprima somente os números primos do array a={-1,52,7,-4,6,9,13,25,-


17,23,56}

7) Faça um programa que leia o array acima e substitua por zero (0) os números negativos.

8) Faça um programa que ordene os valores do array acima.

9) Leia dois arrays de 4 posições. Verifique e escreva se um é anagrama de outro.


Ex: Iracema América – são anagramas

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312
Lógica e Técnicas de Programação
4.7 Arrays Multidimensionais
O mais utilizado é o bidimensional que também é conhecido como matriz, ele é utilizado para
representar tabelas de dados. Por ser bidimensional esse array tem dois índices e para encontrar um
valor eles devem ser identificados, sendo que o primeiro representa a linha e segundo a coluna.
Vejamos um exemplo e como fica a tabela de representação:
int a [ ] [ ] = {{1,2,3},{4,5,6}};

0 1 3

0 1 2 3

1 4 5 6


Foi criado um array com 2 linhas e 3 colunas, ou seja, 2X3. Dentro de cada par de chaves mais
interno temos os dados de cada linha do array.
Na tabela os valores foram preenchidos de acordo com a posição de cada elemento e foi tam-
bém identificado cada índice das linhas e colunas. Com a utilização da tabela facilita a formação do
endereço (linha e coluna) de um dado. Para imprimir valor 6 temos que ir à linha 1 coluna 2 inserindo
isso no código fica assim:
System.out.println(a[1][2]);
Poderemos ter também arrays bidimensionais com linhas de diferentes tamanho, exemplo:
int a [ ] [ ] = {{1,2,3},{4,5}};
Veja que a segunda linha há apenas 2 elementos enquanto que a primeira tem 3. Se tentarmos
chamar o comando de impressão acima o sistema exibira mensagem de erro.
Um array bidimensional também pode ser declarado pela expressão de criação de array, veja
um exemplo em que um array 3X2 é criado e atribuímos um valor ao elemento da linha 0 e coluna 1
para depois imprimir:
int a [ ] [ ]] = new int[3][2];
a[0][1] = 4;
System.out.println(a[0][1]);
Para utilizar a instrução for para acessar os dados de uma array bidimensional, temos que ter
uma instrução para percorrer suas linha e outra para percorrer a coluna.

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

313
Lógica e Técnicas de Programação
Exemplo:
int a [ ] [ ] = {{1,2,3},{4,5}};
for (int i = 0; i < a.length; i++) {
for (int j = 0; j < a[i].length; j++) {
System.out.println(a[i][j]);
}
}
Veja que a cada iteração da primeira instrução for o segundo é executado totalmente, ou seja, a
cada linha todos os elementos da coluna são lidos.

EXERCÍCIOS

1) Faça um programa que leia a o array a [ ] [ ]={{0,1,5,4},{5,67}} e


a) Imprima o numero 5;
b) Modifique valor 4 por 10;
c) Imprima a linha e coluna do valor 67.
d) Imprima todos os valores do array.

2) Faça um programa que crie um array 3X3 e carregue com valores informados pelos usuários. Uti-
lize a instrução for

3) Continuando o exercício acima imprima os valores do array com suas linhas e colunas.

4) Multiplique os valores do array do exercício 2 por 10 e imprima.

5. Faça um programa que leia o array a [ ] [ ]={{0,-1,5,4},{5,-6,71,6},{6,5,– 2}} e conte quantos valores
negativos existem.

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314
Lógica e Técnicas de Programação
Apêndice A – ECLIPSE
Utilizaremos o Eclipse para desenvolver nossos códigos e vamos ver agora algumas funcionalida-
des básicas desta poderosa IDE.
Mantido pela Fundação Eclipse ele é um IDE gratuito que pode ser customizado para desen-
volver sistemas em varias linguagens, adicionar funcionalidades como controle de versão e acesso a
bases de dados.

Instalação e Configuração
Para instalar basta baixar na sua versão standard mais atual em http://www.eclipse.org/down-
loads/. Após o download do IDE, basta descompacta-lo em um diretório que fica instalado os aplicati-
vos do seu computador. Adicione um atalho para o executável do Eclipse em sua área de trabalho para
facilitar o acesso ao aplicativo.

Ao acionar o executável do Eclipse a seguinte tela será apresentada:

Figura 1 – Tela Workspace Laucher

Fonte: Print Screen do Eclipse no Sistema operacional Windows 10.

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

315
Lógica e Técnicas de Programação
Aqui o IDE está indicando o caminho do Workspace, ele é um diretório onde ficaram guardados
seus projetos criados pelo Eclipse. Defina o diretório e clique em OK. O Eclipse criar um novo Works-
pace ou carregar um existente. No caso de criar um novo irá carregar e apresentar uma tela de boas
vindas que contem alguns links interessantes sobre ele. Ao fecha a tela de boas vindas veremos o IDE
com várias abas que utilizaremos para desenvolver nossos aplicativos.
Figura 2 – Eclipse

Fonte: Print Screen do Eclipse no Sistema operacional Windows 10.

Vamos descrever apenas as abas, botões e funcionalidades que iremos utilizar com mais frequ-
ência, são eles:
Package Explore: Nesta aba ficam relacionados os projetos com devidas classes do workspace
selecionado.
Perspectiva: Customiza as abas do Eclipse de acordo com funcionalidades e framework que va-
mos utilizar. No nosso casso utilizaremos a perspectiva Java.
Console: Esta aba não é mostrada por padrão, para adiciona-la vá ao menu Window -> Show
View -> Console. Esta aba será importante, pois é nele que visualizaremos as saídas dos nossos apli-
cativos.
Para iniciar nossos trabalhos precisamos aprender criar projetos, pacotes e classes. Para criar
um projeto Java vá ao menu File -> New -> Java Project ou ainda, clique com o botão direito do mouse
na aba Package Explore-> New -> Java Project e a seguinte janela será apresentada:

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

316
Lógica e Técnicas de Programação
Figura 3 – New Java Project

Fonte: Print Screen do Eclipse no Sistema operacional Windows 10.

Nesta janela informe o nome do projeto e depois clique em Finish. O Eclipse apresentará na
aba Package Explore o projeto criado, ao expandi-lo, veremos o diretório src (armazena os pacotes e
classes) e um ícone mostrando as bibliotecas que o nosso projeto está utilizando.
O próximo passo é criar um pacote no diretório src para armazenar nossas classes. Para isso,
com o diretório src selecionado vá ao menu File -> New->Package ou clique com o botão direito do
mouse sobre o diretório src New->Package e a seguinte tela será apresentada:

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

317
Lógica e Técnicas de Programação
Figura 4 – New Java Package

Fonte: Print Screen do Eclipse no Sistema operacional Windows 10.

Informe o nome do pacote que por padrão é todo minúsculo, sem acento, espaços ou caráteres
especiais. Clique em Finish.
Agora nos resta criar a classe, nela que vamos incluir nossos códigos. Com o pacote selecionado
vá ao menu File->New->Class ou clique com o botão direito do mouse no pacote depois New->Class
e a seguinte tela será apresentada:
Figura 5 – New Java Class

Fonte: Print Screen do Eclipse no Sistema operacional Windows 10.

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318
Lógica e Técnicas de Programação
Nesta tela basta incluir o nome da classe e marcar a caixa que cria o método main automatica-
mente depois clicar e Finish. Após tudo isso terá o IDE da seguinte forma:
Figura 6 – Tela Eclipse

Fonte: Print Screen do Eclipse no Sistema operacional Windows 10.

Algumas Funcionalidades
Para executar uma classe basta acionar o botão run .
Para alterar o nome de um arquivo ou pasta selecione-o e pressione F2, informe o nome e fina-
lize.
Algumas vezes precisamos mudar de máquina e levar os projetos conosco, para isso siga os se-
guintes passos:
1) Copie o projeto para um pendriver.
2) Na outra máquina abra o Eclipse clique em File->Import.
3) Na janela que abrir expanda a pasta General e selecione Existing Project sinto Workspace
e clique em Next.
4) Uma nova janela será exibida, selecione o botão Browse e indique o diretório do projeto no
seu pendriver, clique em Finish, o seu projeto aparecerá na aba Package Explore.

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

319
Lógica e Técnicas de Programação
Outra funcionalidade importante no Eclipse e depurar o código, ou seja, vê-lo sendo executado
passo a passo a partir de determinado ponto. Nesse caso a temos primeiro que adicionar os pontos
de parada ou breakpoints, que são pontos onde a depuração será iniciada.
Para adiciona-los basta clicar duas vezes antes da linha que deseja iniciar a depuração, que ficará
como na janela a seguir:

Fonte: PrintScreen do Eclipse no Sistema operacional windows 7.

O proximo passo é acionar o botão de debug e agurdar a execução parar. A partir desse
ponto utilizamos F5 para entrar na execução da linha de comando, F6 para ir a proxima linha, F8 para
ir ao proximo ponto de parada o Ctrl + F2 para interromper.

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

320
Curso Técnico em

INFORMÁTICA
Etapa 1

AMBIENTE OPERACIONAL I
Ambiente Operacional I

OBJETIVO
Esta apostila tem por objetivo, ajudar ao aluno na compreensão:
• Da evolução tecnológica dos computadores;
• Dos conceitos e funções de um sistema operacional;
• Dos termos técnicos relacionados à computação;
• Identificar, compreender, implementar e configurar uma arquitetura de um sistema opera-
cional ponto-a-ponto;
• Conhecer e utilizar os recursos dos sistemas operacionais, bem como sua evolução;
• Compreender a estrutura de uma rede de computadores, bem como seus componentes;
• Compreender a implementação de uma rede com cabeamento, estrutura e tecnologia Wi-
reless (rede sem fio).

Curso: Informática Etapa: 1ª

Conteúdo: Ambiente Operacional I

Carga horária semanal: 4

Carga horária da etapa: 80

Total de pontos no primeiro bimestre 40

Total de pontos no primeiro bimestre 60

Bibliografia:
JARDIM, Fernando de Moraes. Redes Wireless - Treinamento Avançado. Digerati, 2007.
FOROUZAN Behrouz A..TCP/IP - Curso Completo. 3ª edição, Mc Graw Hill, 2010.
Apostila de Redes II. UTRAMIG, 2003.
MARIN Paulo Sérgio. Cabeamento Estruturado - do Projeto à Instalação - Curso Completo. 3ª edição,
Érica, 2010.
SOUZA Lindeberg Barros de. TCP/IP e Conectividade de Redes - Guia Prático. 5ª Edição, Erica, 2010.

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

322
Ambiente Operacional I

SUMÁRIO

Objetivo ........................................................................................................................................ 322


1. Introdução a rede de computadores............................................................................................ 325
2. Comunicação de dados................................................................................................................ 325
2.1. Modelo básico de um sistema de comunicação............................................................... 325
2.2 Transmissão de Dados....................................................................................................... 326
3. Evolução dos sistemas computacionais e redes de computadores.............................................. 327
3.1 Histórico dos sistemas computacionais............................................................................. 327
4. Conceituação de redes................................................................................................................. 328
4.1 Componentes das redes.................................................................................................... 329
4.2 Classificação das redes...................................................................................................... 329
4.3 Parâmetros de comparação para escolha de uma rede.................................................... 329
4.4 Analisando alguns fatores de escolha................................................................................ 330
5. Topologias físicas.......................................................................................................................... 331
5.1 Topologias físicas para redes locais................................................................................... 332
5.1.1 Barramento.................................................................................................................... 332
5.1.2 Estrela............................................................................................................................. 333
5.1.3. Anel............................................................................................................................... 334
5.1.4 Estrutura Mista............................................................................................................... 335
6. Colisões em redes......................................................................................................................... 337
7.1 Coaxial............................................................................................................................... 337
7.2 Par Trançado...................................................................................................................... 339
7.2.1. O cabo UTP.................................................................................................................... 340
7.2.2. Interligando dois computadores em rede..................................................................... 343
7.2.3. Interligar Hubs e Switches............................................................................................. 343
7.2.4. Interligando dois ou mais computadores em rede com Hub ou Switch........................ 344
8 Fibra Óptica................................................................................................................................... 344
8.1 Conversores de mídia........................................................................................................ 345
8.2 Vantagens e desvantagens de se utilizar fibra óptica........................................................ 346
9. Modelo de referência ISO/OSI...................................................................................................... 347
9.1 Camadas do modelo OSI................................................................................................... 348
92. Modelo ISO/OSI - Comunicação entre as CAMADAS ISO/OSI............................................ 349
10. Protocolos.................................................................................................................................. 349
10.1 Protocolo NetBEUI........................................................................................................... 351
10.2 Protocolo TCP/IP.............................................................................................................. 351
10.2.1 Camadas do protocolo TCP/IP...................................................................................... 352
10.3 Apipa............................................................................................................................... 353

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

323
Ambiente Operacional I
10.4 Endereços inválidos......................................................................................................... 354
10.5 Comandos de rede.......................................................................................................... 355
10.5.1 Programa PING............................................................................................................. 355
10.5.2. Programa IPCONFIG..................................................................................................... 355
10.5.2.1. Outros parâmetros IPCONFIG................................................................................... 355
10.5.2. Programa TRACERT...................................................................................................... 355
11 Equipamentos de conectividade................................................................................................. 356
11.1 Repetidor......................................................................................................................... 356
11.2 Hub.................................................................................................................................. 356
11.3. Bridge............................................................................................................................. 357
11.4 Switch.............................................................................................................................. 358
11.5 Roteador.......................................................................................................................... 358
12. Métodos de acesso e tecnologias para redes locais................................................................... 359
12.1 Métodos de acesso.......................................................................................................... 359
12.1.1 CSMA/CD...................................................................................................................... 359
12.2. Tecnologias de redes locais Ethernet / Fast Ethernet / Gigabit Ethernet....................... 360
12.2.1 Ethernet........................................................................................................................ 360
12.2.2. Fast Ethernet............................................................................................................... 362
12.2.3. Gigabit Ethernet.......................................................................................................... 363
13. Redes Ponto-a-Ponto.................................................................................................................. 363
13.1 Noções gerais de uma rede Ponto-a-Ponto..................................................................... 364
13.1.2. Configuração da placa de rede.................................................................................... 364
13.1.3 Identificação do computador na rede.......................................................................... 365
13.1.4. Meus locais de rede..................................................................................................... 365
13.1.5. Grupo de trabalho....................................................................................................... 365
13.1.6. Compartilhamento de pastas...................................................................................... 365
13.1.7. Compartilhamento de disco........................................................................................ 365
13.1.8. Compartilhamento de impressora............................................................................... 365
14. Redes Sem Fio............................................................................................................................ 366
14.1 Redes Ad-hoc................................................................................................................... 367
14.1.1. Modo Ad-hoc............................................................................................................... 367
14.2 Compartilhamento de banda larga.................................................................................. 368
14.3 Rede de infraestrutura.................................................................................................... 369
14.4 Equipamentos de rede Wireless D-LINK DI-713P............................................................ 370

EXERCÍCIO 371.371

REFERÊNCIAS.................................................................................................................................... 375

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

324
Ambiente Operacional I
1. INTRODUÇÃO A REDE DE COMPUTADORES
As redes de computadores têm como um dos principais objetivos tornarem todos os programas,
dados e outros recursos disponíveis a todos, sem se considerar a localização física do recurso e do
usuário. Até 1970, os computadores eram muito caros se comparados aos custos de comunicação.
Atualmente, a situação se inverte: é mais barato colocar vários computadores para análise local de
dados, com transmissão eventual destes dados para usuários remotamente distantes.
A necessidade de comunicação transforma a humanidade, as buscas para a melhoria das tecno-
logias de comunicação se tornam significativas e constantes. Os equipamentos para processamento e
armazenamento de informações também foram alvo de grandes evoluções ao longo do nosso desen-
volvimento.
Para cada projeto de rede é necessário avaliar-se o número de usuários que serão cadastrados,
o volume de dados que trafegarão na rede, o nível de segurança necessário para os dados e para os
equipamentos utilizados e como será instalada fisicamente, de acordo com o espaço físico disponível.
Cada rede tem uma característica própria, sendo assim, para cada uma delas haverá a necessidade de
considerações a respeito de qual equipamento utilizar, qual o tipo de cabeamento, qual a topologia
física que será adotada e qual a tecnologia compatível com todas as especificações citadas.
Desta forma, podemos descrever uma rede de computadores, como sendo um conjunto de
computadores interligados, que podem compartilhar recursos (HD, Impressoras, etc.). Foi nos últimos
anos, com a necessidade de comunicação e união de informações, que a rede de computadores to-
mou grande importância.
Redes de computadores são formadas por um conjunto de módulos de processadores capazes
de trocar informações entre si e compartilhar recursos, interligados por um sistema de comunicação.
O sistema de comunicação vai se constituir de um arranjo topológico, interligando os vários pro-
cessadores através de enlaces físicos (meios de transmissão) e de um conjunto de regras com o fim de
organizar a comunicação (Protocolos).

2. COMUNICAÇÃO DE DADOS
2.1. Modelo básico de um sistema de comunicação
A informação da fonte é representada pelo sinal de entrada f(t), a mensagem entregue ao usuá-
rio é representada pelo sinal da saída u(t). Observe que u(t) é diferente de f(t). A informação recebida
é diferente da informação transmitida como resultado dos efeitos do canal.

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325
Ambiente Operacional I

2.2 Transmissão de Dados


A transmissão de dados apresenta diversas características, a saber:
• Sentido da transmissão: a forma de utilização do meio físico que conecta pontos dá origem à se-
guinte classificação sobre a comunicação do enlace.
• Simplex: o enlace é utilizado apenas em um dos dois possíveis sentidos de transmissão (ex.:
televisão).
• Half-duplex: o enlace é utilizado nos dois possíveis sentidos de transmissão, porém apenas
um por vez (ex.: rádio amador).
• Full-Duplex: o enlace é utilizado nos dois possíveis sentidos de transmissão, simultanea-
mente (ex.: telefone).
• Transferência de bits
• Paralela: transferência simultânea de todos os bits que compõem o byte. Oferece como
vantagem a velocidade de transmissão, mas não apresenta controle de erros ocorridos na
mesma.
• Serial: transferência de um bit por vez, através de uma única linha de dados, cada bit de
um byte é transmitido em sequência um após o outro. Apresenta maior controle de erros e
menor velocidade na transmissão dos dados.
• Sincronismo na transmissão
• Transmissão síncrona: existe um sincronismo entre transmissor e receptor, tornando-a des-
ta forma mais eficiente. A informação é transmitida inteira de uma só vez (em bloco), com
bytes de sincronismo antes e após a transmissão para controlar e “acertar” o clock entre
transmissor e receptor.
• Transmissão assíncrona: não existe um sincronismo perfeito entre transmissor e receptor.
Antes da transmissão, o transmissor envia um bit de start (início), que marca o início da
transmissão, os caracteres são transmitidos um a um seguidos de um bit de paridade, que

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326
Ambiente Operacional I
tem a função de checar os erros da transmissão, após a transmissão de cada caracter, o
transmissor envia um bit de stop (fim), que indica fim de transmissão.

3. EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS COMPUTACIONAIS E REDES DE COMPU-


TADORES
3.1 Histórico dos sistemas computacionais
Na década de 50, computadores eram máquinas grandes e complexas, denominados Mainfra-
mes, que exigiam profissionais altamente especializados para a sua operação. Estes equipamentos
eram o centro de todo o processamento. O processamento das informações era realizado sem a inte-
ração direta entre os usuários e a máquina.
Todo trabalho ou job tinha que seguir uma ordem para seu processamento, gerando assim uma
fila. Isto significava que os jobs eram executados em lote, ou seja, na ordem de chegada para o proces-
samento. Os trabalhos eram repassados para o processamento no computador central utilizando-se
fitas magnéticas, cartões perfurados e formulários. A década de 50 ficou conhecida pelo processa-
mento em lote (batch), o usuário apresentava o seu trabalho para ser processado, se o equipamento
central não estivesse em operação, o seu trabalho era colocado em processamento, caso algum outro
usuário solicitasse o processamento de outro trabalho, isto somente seria possível após o término do
primeiro processamento, desconsiderando-se o tamanho e o tempo de processamento do job que foi
colocado em operação em primeiro lugar. Formava-se desta forma uma fila de jobs, de acordo com a
ordem de chegada das solicitações de processamento.
Na década de 60, os avanços tecnológicos permitiram o desenvolvimento do chamado proces-
samento compartilhado ou Time-Sharing. Esse recurso permitiu que as várias tarefas de diferentes
usuários ocupassem, simultaneamente, o computador central, fazendo um revezamento entre eles.
Os usuários passaram a ter uma forma de interação com o computador central, através de linhas
de comunicação. O processamento dos trabalhos dos usuários era realizado através de um mecanis-
mo de revezamento do tempo de utilização do processador central. Os usuários encaminhavam os
seus trabalhos para o processamento, que eram executados à medida que chegavam ao computador
central, se, no momento em que um trabalho estivesse sendo processado, fosse enviado outro traba-
lho que ocupasse menor tempo de processamento do processador, a execução do primeiro trabalho
era interrompida temporariamente, o segundo trabalho era processado e assim que estivesse pronto
o primeiro trabalho era submetido novamente ao processamento. Desta forma, os trabalhos eram
processados otimizando o tempo de uso do processador central.
A década de 70 apresentou mudanças nas características dos sistemas computacionais. A utili-
zação de sistemas centralizados, representados pelos equipamentos de grande porte e pela especiali-
zação dos usuários envolvidos na operação dos mesmos, foi substituída pelos sistemas que permitiam
a distribuição do poder computacional. O desenvolvimento de equipamentos de menor porte, que
exigiam menores investimentos em relação à instalação e manutenção, e, principalmente com bom
desempenho, permitiu uma maior distribuição destes equipamentos por um maior número de áreas

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

327
Ambiente Operacional I
dentro de uma organização, em oposição à concentração do poder computacional dos equipamentos
de grande porte.
Apesar da redução de custos de hardware, os preços de equipamentos eletromecânicos ainda
eram altos. Existia ainda a necessidade de associar os sistemas de pequeno porte aos sistemas centra-
lizados de grande porte, principalmente para o compartilhamento de periféricos específicos, tais como
impressoras mais rápidas e de melhor qualidade. Assim, a necessidade de interconexão dos diversos
sistemas para o compartilhamento de periféricos tornou-se uma realidade. Uma segunda e não menos
importante razão para a interconexão dos sistemas é a troca de informações. Os usuários dos sistemas
de pequeno porte ainda demandavam informações armazenadas nos sistemas centralizados. A troca
de mensagens entre os usuários, a facilidade de acesso a informações e programas fizeram com que os
ambientes de trabalho cooperativo se tornassem uma realidade necessária e benéfica às organizações.
A década de 80 representou a evolução dos sistemas computacionais, a partir dos avanços da
tecnologia de integração de circuitos, que provocou a redução de custos dos equipamentos. Assim, o
desenvolvimento e melhoria dos computadores pessoais, os conhecidos PC’s, ofereceram formas de
conexão mais eficazes entre os sistemas centralizados, representados pelos computadores de grande
porte, os mainframes e os referidos computadores pessoais.
A década de 90 representa o avanço da tecnologia, com a evolução dos sistemas de grande e
pequeno porte, tornando as redes cada vez mais viáveis, úteis e necessárias para as organizações,
oferecendo maior segurança, gerenciamento e rapidez na troca de informações.

4. CONCEITUAÇÃO DE REDES
Redes de computadores representam a evolução para a interligação de equipamentos e para
o compartilhamento de recursos computacionais de última geração e, ainda, possibilita às pessoas o
compartilhamento de informações.
Uma rede pode ser conceituada, em um primeiro momento, como um conjunto de, no mínimo,
dois computadores conectados entre si e que compartilham recursos como hardwares e software
utilizados pelos usuários, sendo os hardwares impressoras, discos rígidos, etc. e softwares como sis-
temas informatizados.
Uma rede de computadores é formada por um conjunto de equipamentos capazes de trocar
informações e compartilhar recursos. Observa-se então que a utilização de redes de computadores
proporciona várias vantagens, entre elas o compartilhamento de recursos, o que garante economia
para as organizações de custo elevado e também a troca de dados e informações entre usuários re-
motamente distantes.
Desta forma, a utilização das redes de computadores se justifica, pois proporcionam maior segu-
rança, confiabilidade e rapidez para o processamento de dados e informações essenciais às organizações.
Atualmente, o crescimento da necessidade de troca de informação no ambiente corporativo,
leva, cada vez mais, ao aumento de computadores interligados em redes, facilitando a troca de infor-
mações e compartilhamento de recursos.

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

328
Ambiente Operacional I
4.1 Componentes das redes
Para a criação de redes de computadores, são necessários alguns componentes básicos, entre
hardware e software. Esses componentes interagem entre si, de forma a regular e possibilitar a comu-
nicação entre os vários computadores da rede.
Os componentes mais comuns das redes são:
• Computadores.
• Meios de ligação ou mídia.
• Placas de rede.
• Sistemas Operacionais.
• Equipamentos de conectividade.

4.2 Classificação das redes


Uma das formas de se classificar uma rede diz respeito à sua abrangência geográfica.
Uma rede poder ser chamada de rede local (ou LAN - Rede de Área Local), quando se restringe a
uma área geográfica relativamente pequena (até alguns poucos milhares de metros). São, basicamen-
te, redes de dados de alta velocidade e baixa taxa de transferência de dados.
Já redes de abrangência geográfica maior, representada por alguns quilômetros, como uma re-
gião geográfica do tipo “Grande BH”, ou um grande campus de universidade, recebe a denominação
de MAN (Rede de Área Metropolitana). As redes metropolitanas apresentam as mesmas caracterís-
ticas das redes locais diferenciando-se das mesmas em relação à área de abrangência. Apesar disto,
atualmente não existe mais uma diferenciação entre redes LAN e MAN. As duas são tratadas unica-
mente como rede local de computadores, indiferente da área de abrangência.
As redes de abrangência que se estende por grandes regiões, como estados ou mesmo países são
denominadas WAN (Rede de Área Geograficamente Distribuída). Nesses tipos de redes são comuns co-
nexões via linhas telefônicas ou canais de satélite. São redes utilizadas em grandes organizações.
As LAN’s geralmente são definidas mais por sua função do que por suas características físicas.
Nesse sentido, uma rede local é um sistema em que computadores e dispositivos periféricos conec-
tados podem compartilhar informações e recursos. A distribuição eletrônica de informações geradas
por computador para pessoas trabalhando em grupo e em um ambiente de computador define uma
LAN ou rede local.

4.3 Parâmetros de comparação para escolha de uma rede


Escolher um tipo particular de rede é uma difícil decisão. Cada arquitetura possui certas ca-
racterísticas que afetam a decisão por uma aplicação em particular. Temos que avaliar o contexto e
nenhuma solução (alternativa) pode ser vista como ótima.

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

329
Ambiente Operacional I
Os principais parâmetros para comparação são:
• custo,
• confiabilidade,
• tempo de resposta,
• velocidade, desempenho,
• modularidade,
• capacidade de reconfiguração,
• complexidade lógica,
• facilidade de uso,
• disponibilidade,
• facilidade de manutenção,
• dispersão geográfica,
• mais alguns outros fatores.

4.4 Analisando alguns fatores de escolha


Custo: o custo de uma rede é dividido entre os custos de estações, custos das interfaces com o
meio de comunicação e o próprio custo do meio de comunicação. O custo das conexões dependerá
do que se espera do desempenho da rede. Redes com poucas estações e com um desempenho baixo
ou médio, que não demandem muito tráfego, refletirá significavelmente no custo da rede. Redes de
alto desempenho (recursos de multimídia, videoconferência), dependem de interfaces mais caras, em
grande parte devido ao protocolo empregado e ao meio de comunicação utilizado, isso reflete direta-
mente no custo da rede.
Retardo de Transferência: antes de definirmos o que é retardo de transferência, vamos diferen-
ciar retardo de acesso de retardo de transmissão.
Retardo de acesso: o intervalo de tempo decorrido desde o início onde a mensagem é gerada
até o momento que a estação consiga obter para ela o direito de transmitir, sem que haja colisão com
o meio.
Retardo de transmissão: o intervalo de tempo que vai do início da transmissão pela estação de
origem até a chegada da mensagem a estação destino.
Retardo de transferência é a soma dos retardos de acessos e de transmissão. O Retardo de
transferência é, na grande maioria dos casos, uma variável aleatória. No entanto, em algumas redes
ela pode assumir um valor limitado. A rede pode ser moldada ao tipo particular, de modo a assegurar
uma baixa taxa de erros. O sistema de comunicação deve ser de lata velocidade e com uma baixa taxa
de erros, de forma a não provocar o congestionamento de tráfego na rede. Em algumas aplicações
(aplicações em Real Time ) a necessidade de retardo de transferência máximo limitado é de vital im-
portância.
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330
Ambiente Operacional I
Desempenho: várias são as razões que determinam o desempenho de uma rede (retardo de
transferência, vazão, etc.). Definiremos como desempenho a capacidade de transmissão da rede. Os
termos velocidade, desempenho e retardo de transferência estão intimamente ligados.
Confiabilidade: pode ser medida em tempo médio de falha – geralmente medidas em horas,
(MTBF – Medium Time Between Failures), degradação amena (Gracefull Degradation) e tempo médio
de reparo (MTTR – Medium Time To Repare). A confiabilidade depende desses fatores, claro que, se
os termos acima forem altos e constantes, não temos uma rede confiável.
Modularidade: pode ser caracterizada como o grau de alteração de desempenho e funcionali-
dade que um sistema (rede) pode sofrer, sem mudar seu projeto original. Os principais benefícios de
uma arquitetura modular são a facilidade para modificação, facilidade de crescimento e a facilidade
de uso de um conjunto de componentes básicos.
Compatibilidade: ou Interpolaridade, é a capacidade que o sistema (rede) tem de se ligar a equi-
pamentos de vários fabricantes, tanto em nível de software quanto de Hardware. Se você pode usar
um equipamento padrão, não tente usar um equipamento exclusivo, pois você pode ficar preso a um
e somente um fabricante, dificultando a manutenção e expansão da rede.
Sensibilidade tecnológica: diz respeito à modularidade. A visão de novas tecnologias deve ser
acompanhada e nunca uma rede pode ficar restrita à atual tecnologia, pois a tendência é o crescimen-
to de redes e de suas facilidades.

5. TOPOLOGIAS FÍSICAS
A topologia física pode ser definida como a forma pela qual os computadores, mídias e equi-
pamentos são dispostos na rede e como os mesmos se conectam entre si, ou seja, o arranjo destes
componentes na mesma.
A performance da rede pode ser diretamente afetada pela escolha da topologia aplicada a ela.
A topologia pode influenciar:
• No tipo de equipamento necessário para a rede.
• Na capacidade dos equipamentos.
• No crescimento da rede.
• Em como a rede é gerenciada.
Esses elementos deverão ser considerados para o projeto de uma rede, já que, para cada topo-
logia, existem vantagens e desvantagens que influenciarão no funcionamento da rede, de acordo com
as necessidades pela quais a mesma foi implantada. Alguns fatores são determinantes quando se está
adquirindo o hardware que suportará a topologia escolhida.

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

331
Ambiente Operacional I
5.1 Topologias físicas para redes locais
Para projetos de redes locais existem tipos diferentes de topologias físicas, são eles:
• barramento,
• estrela,
• anel.

5.1.1 Barramento

Fonte: Site Wordpress - augustofernandesneto.wordpress.com

Disponível em: https://blogdopipo.files.wordpress.com/2009/05/imagem4-barra.png?w=780;. Acesso em janei-


ro. 2016

Topologia Barramento.
Na topologia em barra ou barramento, também conhecida como bus, é utilizado um cabo dis-
posto de forma linear ao qual são conectadas as estações. Esse cabo é chamado de backbone (cami-
nho principal da rede) e por ele passam todos os dados que trafegam na rede.
A topologia em barra tem uma configuração multiponto, pois todas as estações estão conecta-
das ao mesmo meio de transmissão.
A ligação entre a estação e o meio é um ponto crítico no projeto de uma rede local em barra.
A ligação deve ser feita de forma a alterar o mínimo possível as características elétricas do meio. A
ligação das estações ao meio é feita através de um transceptor (transmissor/receptor) que tem como
função básica transmitir e receber sinais, e reconhecer esses sinais no barramento.
Os transceptores devem ser mantidos a uma distância de poucos centímetros do cabo. O poder
de crescimento, que tanto diz respeito à distância máxima entre os nós da rede quanto ao número de
nós que a rede pode suportar, vai depender do meio utilizado, da taxa de transmissão e da quantidade
das ligações ao meio.

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332
Ambiente Operacional I
A comunicação em redes com topologia em barra acontece da seguinte forma: cada computa-
dor é identificado por um endereço único, quando um computador necessita se comunicar com outro
da rede, prepara a mensagem ou dado a ser enviado e “coloca” o sinal eletrônico correspondente no
cabeamento. Um dos componentes deste sinal é o endereço de destino. O sinal é disponibilizado para
todos os computadores da rede, pois todos estão conectados ao mesmo meio de transmissão, mas
somente aquele que possui o endereço de destino especificado na mensagem ou dado poderá lê-lo,
interpretando seu conteúdo.
Problemas podem acontecer com esse tipo de topologia, para citar alguns: falha no backbone
acarreta a parada da rede, problema na ligação dos computadores ao backbone, meio físico e conec-
tores, colocam o computador stand alone (não conectado) em relação à rede.
As conexões para esse tipo de rede são mais fáceis de serem realizadas, os cabos e conectores
utilizados têm menor custo. Uma das formas de se aumentar a área de cobertura nessa topologia é
a utilização de conectores em uma das pontas do barramento, que irá garantir a ligação do primeiro
com outro barramento. Caso a distância para conexão seja muito grande, será necessária a utilização
de equipamentos do tipo repetidores para assegurar a qualidade do sinal.
O desempenho de um sistema em barra comum é determinado pelo meio de transmissão, número de
estações conectadas, controle de acesso ao meio de transmissão e volume de tráfego da rede em questão.

5.1.2 Estrela
Topologia Estrela.

Fonte: Site Wordpress - augustofernandesneto.wordpress.com

Disponível em: https://blogdopipo.files.wordpress.com/2009/05/imagem4-estrela.png?w=780;.


Acesso em janeiro. 2016

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333
Ambiente Operacional I
Também conhecida como star, onde cada nó é interligado a um nó central, por onde todas as
mensagens passam, permitindo o controle da rede.
Apresenta como principal característica a conexão de todos os computadores a um equipamen-
to central, que é responsável pelo gerenciamento da rede. Geralmente o equipamento utilizado como
elemento central é o hub ou switch. A conexão dos computadores ao hub ou switch se faz através de
um meio de transmissão – cabo.
O nó central de uma rede pode atuar de diferentes formas, dependendo da configuração que
lhe é determinada, podendo ter a função de gerência de comunicação como facilidades de processa-
mento de dados ou função de somente gerenciar as comunicações.
O desempenho de uma rede em estrela está diretamente relacionado ao tempo que a central
gasta para processar e encaminhar uma mensagem e da carga do trafego na conexão.
Problemas em relação à comunicação de dados nesse tipo de topologia são diferentes dos des-
tacados na topologia em barra, pois cada computador possui o seu próprio cabeamento. Um dos
principais motivos para a parada de redes que utilizam a topologia em estrela está ligado à parada do
equipamento central, o que acarretaria o isolamento dos equipamentos ligados a ele.
Para contornar este problema é aconselhável utilizar equipamentos de redundância em nós
mais críticos.
O custo para a implantação dessa topologia é maior em relação à topologia em barra, principal-
mente em razão do equipamento central que pode ser encontrado por valores diversos, dependendo
do gerenciamento que o mesmo promove na rede. Outro ponto a ser citado, é garantir a possibilidade
de aumento da rede, para isso devem ser adquiridos hubs ou switches que possuam um número de
portas maior do que o que será utilizado inicialmente. Isso garantirá segurança e tranquilidade em
caso de demanda de aumento da rede.

Topologia Anel.
5.1.3. Anel

Fonte: Site Wordpress - augustofernandesneto.wordpress.com

Disponível em: https://blogdopipo.files.wordpress.com/2009/05/imagem4-anel.png?w=780;. Acesso em janeiro. 2016

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334
Ambiente Operacional I
Rede em anel consiste na conexão através de um caminho fechado. Em um dos tipos de repre-
sentação, como o modelo acima, o anel não interliga as estações diretamente, mas sim as interfaces
das estações (repetidores). Redes em anel, teoricamente, são capazes de transmitir e receber men-
sagens em qualquer direção. As configurações unidirecionais são mais usuais, a fim de simplificar o
projeto dos repetidores e tornar menos sofisticados os protocolos de comunicação, pois sendo em
sequência evitam a necessidade de roteamento. Os repetidores geralmente são capazes de transmitir
e receber mensagens simultaneamente, diminuindo o retardo de transmissão.
As mensagens são removidas seletivamente pelos nós ou passadas para o nó seguinte. A men-
sagem terá uma identificação do endereço de destino que será avaliada por cada um dos nós da rede
para que somente aquele ao qual ela se destine possa recebê-la.
As redes que utilizam a topologia em anel possuem um sistema denominado Token-Passing, que
utiliza um mecanismo preciso, denominado passagem de fichas, que controla o acesso de cada nó ao cabo.
Embora à primeira vista possa parecer que uma falha na comunicação em um dos computadores
afete a rede inteira, a implementação em Token Ring, em redes em topologia em anel, possui meca-
nismos de detecção de falhas que permitem “retirar da rede” um computador que apresentar proble-
mas de comunicação, evitando a parada da rede. O anel se estabelece e a rede continua funcionando
normalmente.
Os maiores problemas com topologias em anel são sua vulnerabilidade a erros e pouca tolerân-
cia a falhas. Embora não seja comum, na prática, tem se revelado essencial a criação de uma estação
monitora, essa estação tem a função de minimizar os problemas citados. A estação monitora pode ser
uma estação dedicada ou então uma estação qualquer da rede, que, de tempo em tempo, se com-
porte como uma estação monitora. A função de uma estação monitora é de inicializar o anel, enviar
mensagens de teste e diagnóstico e outras tarefas de manutenção.

5.1.4 Estrutura Mista


As estruturas mistas são tipos de redes que utilizam características dos dois tipos básicos de re-
des, a ligação ponto-a-ponto e multiponto, para obter redes mais complexas e com maiores recursos.
As estruturas mistas podem ser do tipo Estrela, Barra e Anel.

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335
Ambiente Operacional I

Fonte: “Estrutura Mista de rede” - Rafael Malagoli, 29 Jan. 2016.

Topologia Mista

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336
Ambiente Operacional I
6. COLISÕES EM REDES
Colisão é um evento que ocorre frequentemente nas redes, no qual dois computadores tentam
enviar informações no mesmo instante.
As colisões são normais no funcionamento de uma rede. Entretanto, se forem muito frequentes,
o desempenho da rede será prejudicado.
Quando um computador deseja transmitir, aguarda um período de inatividade da rede e final-
mente transmite. Para cada transmissão é feita a leitura imediata do que foi transmitido. A placa de
rede compara o que foi transmitido com o que foi recebido. Se os dados forem iguais, significa que a
transmissão foi válida. Se os dados forem diferentes, significa que ocorreu uma colisão, ou seja, outro
computador fez uma transmissão no mesmo instante.
Os computadores envolvidos na colisão irão aguardar um intervalo de tempo aleatório e tentar
novamente. Aquele que aguardar um tempo menor será o primeiro a transmitir, o outro terá que
aguardar a sua vez, pois ao terminar de esperar seu intervalo de tempo, a rede já estará em uso pelo
outro.
Existem técnicas para reduzir o número de colisões em uma rede, por exemplo, interligar os
computadores através de um switch.
Cabeamento para redes locais
Um dos principais itens que se deve considerar em um projeto de redes é a definição do tipo de
mídia ou cabo que será utilizado.
Existem vários fatores que devem ser considerados, antes da decisão de qual cabeamento uti-
lizar, entre eles: custo, facilidade de instalação e manutenção, confiabilidade, velocidade e distância.
Cada um desses fatores deve ser analisado de acordo com o tipo de rede que se deseja e implantar e,
principalmente, qual a finalidade da mesma.
Os três tipos de cabos mais usados para conexão de redes locais são:
• Par trançado (Twisted Pair - 10BaseT, 100BaseT, 1000BaseT).
• Coaxial fino (Thin Ethernet - 10Base2).
• Coaxial grosso (Thick Ethernet - 10Base5).
Desses três tipos, o mais usado atualmente é o par trançado. É usado em praticamente todas as
redes modernas, desde pequeno até grande porte. Portanto, ao implantar uma nova rede, será preci-
so adquirir placas de rede, cabos e outros equipamentos compatíveis com o par trançado.

7.1 Coaxial
Os cabos coaxiais são compostos por um fio de cobre envolvido em um revestimento plástico,
borracha ou teflon que, por sua vez, é recoberto por uma malha de metal que serve como blindagem
e, por fim, outra camada de revestimento.

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337
Ambiente Operacional I
O centro do cabo coaxial, onde está o fio de cobre, chamado de condutor interno, é por onde os
sinais de dados passam. Os revestimentos de plástico, borracha ou teflon, denominados dielétricos,
servem tanto para isolar cabo condutor dos sinais da blindagem (se não houvesse o isolamento have-
ria um curto e nenhum sinal útil seria transmitido), como também para isolar a blindagem da pessoa
que manuseia o cabo, se não houvesse esse isolamento danos na blindagem seriam comuns. A malha
de metal ou trança metálica, chamada de blindagem, permite que esse tipo de cabo seja bem resis-
tente a interferências eletromagnéticas (EMI) causadas por ruídos ou crosstalk e atenuação. Há ainda,
a camada final de revestimento, chamada jaqueta, que promove isolação para todo o cabo.

Fonte: “Cabo Coaxial” - Rafael Malagoli. Foto disponível em <http://eletricaramiro.com.br/fios-e-cabos/cabo-co-


axial.html>, Acessado em 29 Jan. 2016

Cabo coaxial
Quando cabos coaxiais são utilizados em rede com topologia em barra, será necessário o uso do
terminador BNC em cada ponta do cabo para garantir o efeito de “bate e volta” do sinal, necessário
para o funcionamento da rede. Caso contrário, a rede não funcionará. Um dos problemas mais co-
muns em redes desse tipo é justamente a falta ou dano no terminador.
Entre os tipos de cabos coaxiais temos:
• Coaxial Fino ou Thinnet;
• Coaxial Grosso ou Thicknet.
O cabo coaxial fino é flexível, de fácil manuseio, sendo o tipo de cabo mais utilizado em redes
com topologia em barramento. Esse tipo de cabo é fixado a um conector BNC que é conectado ao
conector BNC tipo T e este conectado à placa de rede do computador, formando assim o barramento
da rede. O cabo coaxial fino permite a um sinal atingir distâncias de até 185 metros aproximadamente
e, ainda assim, pode ser com segurança.

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338
Ambiente Operacional I
O cabo coaxial grosso é mais rígido que o cabo coaxial fino. Foi o primeiro tipo de cabo utilizado
em redes em topologia em barramento. O fio de cobre do centro do cabo coaxial grosso tem diâmetro
maior que o do coaxial fino, o que faz com que a distância que um sinal possa atingir seja aumentada
para 500 metros.
Esse cabo é ainda muito utilizado como backbone na interconexão de redes locais, principal-
mente pela distância em que pode levar os sinais, apesar da sua instalação ser complexa e o cabo ser
mais caro que o coaxial fino.
Para conectar um computador a esse cabo utiliza-se um dispositivo chamado transceiver. Atra-
vés de um dos conectores da placa de rede é ligado um cabo da estação ao transceiver, que é preso ao
cabo Thicknet através de um conector “vampiro”, que “morde” o cabo, provocando o contato direto
do transceiver com o fio de cobre do cabo.

7.2 Par Trançado


Existem dois tipos básicos de cabos par trançado:
• UTP - Unshielded Twisted Pair - Par trançado sem blindagem: este é, sem dúvida, o cabo
mais utilizado neste tipo de rede. O cabo UTP é de fácil manuseio, instalação e permite taxas
de transmissão em até 100 Mbps, com a utilização do cabo CAT 5. São usados normalmente
tanto nas redes domésticas como nas grandes redes industriais e, para distâncias maiores
que 150 metros, hoje em dia são utilizados os cabos de fibra óptica, que vem barateando os
seus custos.
• STP - Shielded Twisted Pair - Par trançado com blindagem: o cabo brindado STP é muito
pouco utilizado, sendo basicamente necessário em ambientes com grande nível de inter-
ferência eletromagnética. Deve-se dar preferência a sistemas com cabos de fibra óptica,
quando se deseja grandes distâncias ou velocidades de transmissão. Podem ser encontra-
dos com blindagem simples ou com blindagem par a par.
Cabo UTP

Fonte: “Cabo UTP Cat. 5E” - Marketing, Conectalo. Disponível em <http://www.conectalo.com/product_thumb.


php?img=images/IC/UTP300.jpg&w=250&h=140>. Acessado em 29 Jan. 2016

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Ambiente Operacional I
7.2.1. O cabo UTP
Os cabos UTP foram padronizados pelas normas da EIA/TIA - Eletronic Industries Alliance / Tele-
communications Industry Association, com a norma 568 e são divididos em 5 categorias, levando-se
em conta o nível de segurança e a bitola do fio, onde os números maiores indicam fios com diâmetros
menores, veja abaixo um resumo simplificado dos cabos UTP.

Tipo Uso

Categoria 1 Voz (Cabo Telefônico).


São utilizados por equipamentos de telecomunica-
ção e não devem ser usados para uma rede local.
Categoria 2 Dados a 4 Mbps (LocalTalk).

Categoria 3 Transmissão de até 16 MHz. Dados a 10 Mbps (Ethernet).

Categoria 4 Transmissão de até 20 MHz. Dados a 20 Mbps (16 Mbps Token Ring).

Categoria 5 Transmissão de até 100 MHz. Dados a 100 Mbps (Fast

Ethermet Fonte: “Placa de Rede com entrada RJ-45” -


Marketing, WAZ. Disponível em <http://www.waz.
com.br/placa-de-rede-1x-gigabit-pci-d-link-dge-
-528t.html>, Acessado em 29 Jan. 2016

Entrada para conector RJ45 em uma placa de rede.

NÚMERO DOS PINOS DESTINAÇÃO

1 TD+ Transmite dados

2 TD- Transmite dados

3 RD+ Recebe dados

6 RD- Recebe dados

4, 5, 7, 8 Reservados ( não utilizados )

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Ambiente Operacional I
Sequência de pinos conectores RJ45.

Fonte: “Sequencia de pinos do conector RJ-45” - Rafael Malagoli, 29 Jan. 2016

Sequência de pinos conectores RJ45 tomada.

Fonte: “Conector RJ-45” - Marketing, Brasfone. Disponível em <http://brasfone.com.br/index.php?route=product/


product&product_id=66>, Acessado em 29 Jan. 2016

Conector RJ-45 macho para montagem.

Fonte: “Cabo com conectores RJ-45 para montagem” - Marketing, Rubinet. Disponível em <https://www.rubinet.
com.br/products/Cabo-De-Rede-Rj45%7B47%7DRJ45-1,20-Metros-Crimpado-Metro-Pronto.html>, Acessado em
29 Jan. 2016

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Ambiente Operacional I

Fonte: Site Computronix Brasil - computronixbras.com

Disponível em: http://www.computronixbras.com/cursos/RLP/ParTrancado_arquivos/par_trancado_arquivos/


cb45.gif;. Acesso em janeiro de 2016.

Conector RJ-45 montado.


Padrões de conectorização
Conectorização T568A (Strainght Through) para 10BaseT e 100BaseT. Esquema de ligação sem
cruzamento, conforme norma EIA/TIA 568ª. “Este é o esquema de ligação mais utilizado em todo o
mundo”.

Fonte: Site Computronix Brasil - computronixbras.com

Disponível em: http://www.computronixbras.com/cursos/RLP/ParTrancado.htm;. Acesso em janeiro de 2016.

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Ambiente Operacional I
Tabela: Padrão 568ª.
Conectorização T568B (Half Cross) para 10BaseT e 100BaseT. Esquema de ligação com cruza-
mento parcial de T568A (Half Cross), conforme norma EIA/TIA 568A.

Fonte: Site Computronix Brasil - computronixbras.com

Disponível em: http://www.computronixbras.com/cursos/RLP/ParTrancado.htm;. Acesso em janeiro de 2016.

7.2.2. Interligando dois computadores em rede


Para se interligar apenas dois computadores com cabo par trançado, podemos executar a inter-
ligação do tipo Cross (cruzamento) que é feito utilizando-se o padrão EIA/TIA 568ª em uma extremi-
dade e o padrão EIA/TIA 568B na outra extremidade. Se não existisse o cruzamento, não seria possível
a comunicação, pois um PC tentaria enviar sinais para a porta de transmissão de sinal do outro PC e
não para a porta de recepção.

7.2.3. Interligar Hubs e Switches


O padrão Cross (cruzamento) também deverá ser usado para interligar equipamentos similares
como Hub a outros Hub´s e Switch a outro Switch. Pelo mesmo motivos dos PC´s. Mas, no caso dos
hubs e switches possuírem uma porta chamada UPLINK, esta porta já possui uma inversão interna,
que permitirá a ligação em cascata, sem o uso de cabos crossover.

7.2.4. Interligando dois ou mais computadores em rede com Hub ou Switch


Para se interligar dois ou mais computadores em rede, utilizando um equipamento de conecti-
vidade do tipo hub ou switch, pode-se utilizar o cabo UTP padrão EIA/TIA 568A em ambas as extremi-
dades do cabo.

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343
Ambiente Operacional I
8 FIBRA ÓPTICA
As fibras ópticas são compostas por um filamento cilíndrico, extremamente fino, de plástico ou
fibra de vidro, chamado núcleo, que é coberto por um fino revestimento isolante chamado cladding.
A fibra e o revestimento são envoltos por uma jaqueta plástica ou bainha, sheath, que serve para
proteger a delicada fibra óptica. Os cabos são compostos por dois conjuntos de fibras, cada uma acei-
tando dados em apenas um sentido, uma transmite e a outra recebe.
Segundo STARLIN e CARVALHO (1998), “são um meio seguro de transmissão de dados pois não
são baseados em sinais elétricos, mas em pulsos de luz”. Assim, a fibra óptica conduz sinais fotônicos
ou luz. Isso permite o uso desse cabo em ambientes mais sujeitos a EMI’s, pois os sinais de luz não
são afetados por ruídos eletrônicos, onde ,por sua vez, os cabos de cobre, cabos que conduzem sinais
elétricos, não seriam adequados.
Existem dois tipos de fibra óptica: modo simples ou monomodo e multimodo.
Nas fibras monomodo, as transmissões enviam o sinal de luz ao longo de um caminho único, é
usada em redes que precisam de taxas muito altas de transferência de dados. Já nas fibras multimodo,
existem vários sinais de luz que se movem ao longo do cabo, através de diferentes caminhos.
A informação viaja na fibra ótica gerada por um LED (Diodo emissor de luz), que é um compo-
nente do CODEC (Codificador e decodificador de sinal óptico).
Os conectores de fibra óptica são uma parte importante do processo de cabeamento, pois pode
haver dispersão de sinal nos mesmos. Tome cuidado na escolha do tipo a ser utilizado na rede.
Os dois tipos de conectores mais utilizados são o SMA (Screw Mounted Adapters) - adaptadores
com parafuso para prender, e ST (Spring Loaded Twist) – torção sobre carga de mola, que são mais
comuns do que o SMA.
Cabo de Fibra Óptica. Conector de Fibra Óptica.

Fonte: “Cabo de Fibra Óptica” - Fabio Montoro. Fonte: Site - Universidade Federal do Paraiba - nti.
Disponível em <http://fabiomontoro.blogspot. ufpb.br. Disponível em: http://www.nti.ufpb.br/~be-
com.br/2013/03/fibra-optica-ou-cabo-de-cobre. ti/pag-redes/figuras/HARD-04.JPG;. Acesso em
html>, Acessado em 01 Fev. 2016 Janeiro de 2016.

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344
Ambiente Operacional I
8.1 Conversores de mídia
Na maioria dos casos, não é necessário fazer o cabeamento de uma rede totalmente óptico.
Podemos usar cabos UTP, que são mais baratos, na maior parte da rede, e apenas em pontos críticos,
instalar conversores de mídia. São aparelhos que convertem sinais elétricos (RJ-45) para sinais ópticos
(fibra). Por exemplo, para interligar dois prédios separados por uma distância acima de 100 metros (o
máximo que os cabos UTP suportam), colocamos, em cada prédio, conversores de mídia e fazemos a
ligação entre os prédios usando fibras ópticas
Conversor de Mídia.

Fonte: “Conversor de Mídia” - Marketing, D-link. Disponível em <http://us.dlink.com/products/business-solu-


tions/101001000-to-sfp-media-converter/>, Acessado em 01 Fev. 2016

8.2 Vantagens e desvantagens de se utilizar fibra óptica

Vantagens:
• Ausência de diafonia (linha cruzada- crosstalk): as fibras ópticas não causam interferência
entre si, eliminando assim um problema comum enfrentado nos sistemas com cabos con-
vencionais, principalmente nas transmissões em alta frequência, eliminando necessidade
de blindagens que representam parte importante do custo de cabos metálicos.
• Banda passante potencialmente enorme: a transmissão em fibras ópticas tem uma capaci-
dade de transmissão potencial, no mínimo, 10.000 vezes superior à capacidade dos atuais
sistemas de micro-ondas. Além de suportar um aumento significativo do número de canais
de voz e/ou de vídeo num mesmo circuito telefônico, essa enorme banda permite novas
aplicações impossíveis de serem concebidos anteriormente.

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345
Ambiente Operacional I
• Perdas de transmissão muito baixas: as fibras ópticas apresentam atualmente perdas de
transmissão extremamente baixas. Desse modo, com fibras ópticas e com a tecnologia de
amplificadores ópticos, é possível uma transmissão interurbana com até centenas de quilô-
metros, aumentando a confiabilidade do sistema, diminuindo o numero de repetidores, o
que reduz a complexidade e custos do sistema.
• Imunidade à interferência e ao ruído: por serem feitas de material dielétrico, as fibras óp-
ticas são totalmente imunes a ruídos em geral e interferências eletromagnéticas, como as
causadas por descargas elétricas, instalações de alta tensão, ignição de motores, chavea-
mento de relés, entre outras fontes de ruído elétrico. Por outro lado, existe um excelente
confinamento, do sinal luminoso propagado pelas fibras ópticas. A imunidade a pulsos ele-
tromagnéticos (PEM) é outra característica importante das fibras ópticas.
• Isolação elétrica: o material dielétrico (vidro ou plástico) que compõe a fibra óptica oferece
uma excelente isolação elétrica entre os transceptores ou estações interligadas, não tem
problemas com o aterramento e interfaces dos transceptores. Além disso, quando um cabo
de fibra óptica é danificado, não existem faíscas de curto-circuito.
Não há possibilidade de choques elétricos em cabos com fibras ópticas, o que permite a sua
reparação no campo, mesmo com os equipamentos de extremidades ligados.
• Pequenas dimensões e baixo peso: o volume e o peso dos cabos ópticos são muito infe-
riores aos dos cabos convencionais em cobre, para transportar a mesma quantidade de
informações, facilitando o manuseio e a instalação dos cabos. Um cabo óptico de 6,3mm
de diâmetro, com uma única fibra de diâmetro 125mm e encapsulamentos plásticos, subs-
titui, em termos de capacidade, um cabo de 7,6cm de diâmetro com 900 pares metálicos.
Quanto ao peso, um cabo metálico de cobre de 94 quilos pode ser substituído por apenas
3,6 quilos de fibra óptica.
• Segurança da informação e do sistema: qualquer tentativa de captação de mensagens ao
longo de uma fibra óptica é facilmente detectada, pois exige o desvio de uma porção consi-
derável de potência luminosa transmitida. As fibras não são localizáveis através de equipa-
mentos medidores de fluxo eletromagnéticos ou detectores de metal.
• Flexibilidade na expansão da capacidade dos sistemas: os sistemas de transmissão por
fibras ópticas podem ter sua capacidade de transmissão aumentada gradualmente, em fun-
ção, por exemplo, do tráfego, sem que seja necessária a instalação de um novo cabo óptico.
Basta, para isso, melhorar o desempenho dos transceptores, seja, por exemplo, substituin-
do-se led’s por diodos laser ou utilizando-se técnicas de modulação superiores.
• Custos potencialmente baixos: as fibras ópticas já são, atualmente, competitivas, especial-
mente em sistemas de transmissão a longa distância, onde a maior capacidade de transmis-
são e o maior espaçamento entre repetidores permitidos repercutem significativamente
nos custos do sistema. Em distâncias curtas e/ou sistemas multipontos, pode elevar o custo
dos sistemas.

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346
Ambiente Operacional I
• Alta resistência a agentes químicos e variações de temperaturas: as fibras ópticas tem uma
boa tolerância a temperaturas, favorecendo sua utilização em diversas aplicações, são me-
nos vulneráveis à ação de líquidos e gases corrosivos, aumentando a confiabilidade e vida
útil dos sistemas.

Desvantagens:
• Fragilidade das fibras ópticas sem encapsulamentos: o manuseio de uma fibra óptica “nua”
é bem mais delicado que no caso dos suportes metálicos.
• Dificuldade de conexão das fibras ópticas: as pequenas dimensões das fibras ópticas exi-
gem procedimentos e dispositivos de alta precisão na realização das conexões e junções.
• Acopladores tipo T com perdas muito altas: é muito difícil se obter acopladores de deriva-
ção tipo T para fibras ópticas com baixo nível de perdas. Isso repercute desfavoravelmente,
por exemplo, na utilização de fibras ópticas em sistemas multiponto.
• Impossibilidade de alimentação remota de repetidores: os sistemas com fibras ópticas
requerem alimentação elétrica independente para cada repetidor, não sendo possível a
alimentação remota através do próprio meio de transmissão.
• Falta de padronização dos componentes ópticos: a relativa imaturidade e o contínuo avan-
ço tecnológico não têm facilitado o estabelecimento de padrões para os componentes de
sistemas de transmissão por fibras ópticas.

9. MODELO DE REFERÊNCIA ISO/OSI


A comunicação em redes envolve as tarefas necessárias para que um computador envie dados
a outro na rede em que estiverem conectados. Existem diversos padrões que definem como essa
comunicação é feita, um dos padrões é o Modelo OSI, que tem como objetivo regulamentar o acesso
a dados entre redes de fabricantes diferentes. A ISO (International Organization for Standardization),
desenvolveu em 1978, um conjunto de especificações para determinar como sistemas independentes
poderiam comunicar-se entre si. Esse conjunto de padrões foi revisado em 1984 dando origem à espe-
cificação OSI (Open Systems Interconnection), passando a ser reconhecido como padrão internacional
para a interconexão de redes.
O modelo OSI é o mais utilizado atualmente para descrever como os componentes de hardware
e software de uma rede interagem entre si. Esse modelo adota uma abordagem que separa as funções
de rede em camadas distintas para descrever como cada componente deve funcionar. O modelo é
composto de 7 camadas, cada camada tem funções bem definidas e interagem com as corresponden-
tes de outros nós distantes solicitando e fornecendo serviços.

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Ambiente Operacional I
9.1 Camadas do modelo OSI
Camada Física: fornece as características mecânicas, elétricas, funcionais e de procedimento
para evitar, manter e desativar conexões físicas para a transmissão de bits através da mídia da rede. A
função do nível físico é permitir o envio de uma cadeia de bits pela rede sem se preocupar com o seu
significado ou com a forma como esses bits são agrupados. Não é função desse nível tratar de proble-
mas tais como erros de transmissão. Segundo CAMPBELL (1997) “[...] os padrões de cabeamento, tais
como 10BaseT, também são decididos nesta camada”.
Camada de Enlace: o objetivo deste nível é detectar e, opcionalmente, corrigir erros que por
ventura ocorram no nível físico. O nível de enlace vai assim converter um canal de transmissão não
confiável em um canal confiável para o uso do nível de rede. A técnica utilizada é a partição da cadeia
de bits a serem enviados ao nível físico, em quadros ou unidades de mensagens, cada um contendo
alguma forma de redundância para detecção de erros. Entre as funções do nível de enlace, encontra-
se a de criar e detectar os limites dos quadros. Outra questão tratada pelo nível de enlace é a de como
evitar que o transmissor envie ao receptor mais dados do que este tem condições de processar. De
acordo com LOWE (1995) :
“[...] a camada de enlace deve abranger coisas como: o tamanho de cada pacote de dados en-
viado; uma forma de endereçamento de cada pacote, para que chegue ao destinatário correto; e um
meio de garantir que dois nós da rede não tentem transmitir dados ao mesmo tempo”.
Camada de Rede: é responsável pelo endereçamento das mensagens, traduzindo endereços
lógicos em endereços físicos. Define a rota entre o computador de origem e de destino baseado na
complexidade da rede, assim controlando o fluxo e evitando congestionamentos na rede. Também
define um esquema de endereçamento uniforme de maneira que duas ou mais redes possam ser
interconectadas. Segundo CAMPBEL (1997):
“Uma das coisas interessantes sobre a camada de rede é que ela pode ocultar as camadas infe-
riores (as funções de rede) das camadas superiores (as funções do usuário final). Isso significa que os
usuários em uma rede podem usar tipos diferentes de hardware”.
Camada de Transporte: fornece um nível adicional de conexão para os serviços da camada de
Rede, ajudando a assegurar a confiabilidade na entrega dos dados e a integridade desses dados do
início ao fim do processo. Essa camada garante que os dados serão entregues sem erros, em sequên-
cia e sem perdas ou duplicações. No nível de Transporte a comunicação é fim a fim, isto é, a entidade
do nível de transporte da máquina de origem se comunica com a entidade do nível de transporte da
máquina de destino.
Camada de Sessão: define como as conexões são estabelecidas e desfeitas e como os dados são
trocados na rede.
Camada de Apresentação: determina o formato dos dados trocados entre os computadores
conectados na rede. Converte os dados recebidos ou que devam ser enviados à camada de Aplicação
em um formato apropriado, reconhecido pelas aplicações envolvidas na troca da mensagem. Quando
o formato de uma aplicação diferir da formatação do quadro conforme ele trafega através da rede,
essa camada define como as diferenças são traduzidas.

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Ambiente Operacional I
Camada de Aplicação: representa os serviços disponíveis diretamente aos usuários por meio
de aplicações que utilizam. Exemplos desses serviços são: acesso a base de dados, correio eletrônico,
transferência e acesso a arquivos, etc.
Para que dois sistemas quaisquer possam trocar informações é necessário que escolham opções
compatíveis de serviço/protocolo para todas as camadas do modelo. Se dois sistemas seguirem o
mesmo perfil funcional, eles, garantidamente, irão comunicar-se, pois nesse caso as opções de servi-
ço/protocolos adotadas serão compatíveis.

92. Modelo ISO/OSI - Comunicação entre as CAMADAS ISO/OSI

7 – Aplicação Ligação Usuário, Interface 7 – Aplicação


6 – Apresentação Quadro, Compactar 6 – Apresentação
5 – Sessão Frame (Mensagem com endereço) 5 – Sessão

4 – Transporte Caminho de Comunicação Virtual 4 – Transporte

3 – Rede Analisa nó de destino, Define o caminho 3 – Rede


2 – Enlace Rota, Distribui para o caminho destino 2 – Enlace

1 – Física Cabeamento/Modens 1 - Física

10. PROTOCOLOS
Os protocolos são as línguas utilizadas para que as redes conversem entre si. As redes podem se
comunicar utilizando diversos protocolos, como o TCP/IP, o Net BEUI e o SPX/IPX, entre outros.
Vejamos a situação abaixo:
Quando um computador começa a comunicar-se com um outro computador e que esteja no
mesmo barramento, todos os computadores, que estiverem no mesmo barramento, receberão os
dados, mesmo que não seja para ele.

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Ambiente Operacional I
Se o computador 1 enviar informação para o computador 3, o computador 2 também receberá
os dados.

Ilustração por Rafael Malagoli, 01 Fev. 2016


Se o computador 3 tentar enviar algum dado no barramento, o mesmo não conseguirá porque
o barramento estará sendo usado pelo computador 1.

Ilustração por Rafael Malagoli, 01 Fev. 2016

Se o computador 1 estiver transmitindo um arquivo muito grande, o barramento ficará ocupado


por muito tempo. Podendo até ocorrer erro na transmissão.
Os protocolos foram criados para dar solução aos problemas acima. Os protocolos pegam os
dados que serão transmitidos na rede e os divide em pequenos pedaços de tamanho fixo, chamados
de pacotes ou quadros. Isso significa que um arquivo não é transmitido na rede de uma só vez. Se
um arquivo tiver 100 KB ele será dividido em pacotes de 1 KB e transmitido na rede em 100 pacotes
de 1 KB cada.
O que garante os pacotes saírem de um computador e chegarem ao outro de destino é a infor-
mação de endereçamento que está contida no pacote de dados.

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350
Ambiente Operacional I
Exemplo de um pacote de dados:

ENDEREÇO ENDEREÇO INFORMAÇÕES


DADOS CRC
DE DESTINO DE ORIGEM DE CONTROLE

CRC – Cyclical Redundancy Check (somatório de todos os bytes presentes no pacote de dados):
o receptor verifica se a soma dos dados bate com a soma informada pelo emissor, caso contrário o
pacote será reenviado.

10.1 Protocolo NetBEUI


Este protocolo foi criado pela IBM em parceria com a Microsoft, em 1985. Ele está implemen-
tado em todos os produtos da Microsoft. O protocolo NetBEUI é um protocolo pequeno, rápido e efi-
ciente, mas apresenta desvantagens que tornam o seu uso praticamente inviável para redes com mais
de 80 computadores. Ele não é roteável. Isso significa que não pode ser usado em redes que possuem
outras redes interconectadas, isto é, que utilizam roteadores para se comunicar. Também o NetBEUI
utiliza muita mensagem de broadcast, congestionando a rede.

10.2 Protocolo TCP/IP


Para que os computadores de uma rede possam trocar informações entre si é necessário que
todos os computadores adotem as mesmas regras para o envio e o recebimento de informações. Este
conjunto de regras é conhecido como Protocolo de Comunicação. Falando de outra maneira podemos
afirmar: “para que os computadores de uma rede possam trocar informações entre si é necessário
que todos estejam utilizando o mesmo protocolo de comunicação”.
No protocolo de comunicação estão definidas todas as regras necessárias para que o computa-
dor de destino “entenda” as informações no formato que foram enviadas pelo computador de origem.
Dois computadores, com diferentes protocolos instalados, não serão capazes de estabelecer
uma comunicação e nem serão capazes de trocar informações. Antes da popularização da Internet
existiam diferentes protocolos sendo utilizados nas redes das empresas. Os mais utilizados eram os
seguintes:
• TCP/IP
• NETBEUI
• IPX/SPX
• Apple Talk

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351
Ambiente Operacional I
Se colocarmos dois computadores ligados em rede, um com um protocolo, por exemplo, o TCP/
IP e o outro com um protocolo diferente, por exemplo, NETBEUI, estes dois computadores não serão
capazes de estabelecer comunicação e trocar informações entre si. Por exemplo, o computador com o
protocolo NETBEUI instalado não será capaz de acessar uma pasta ou uma impressora compartilhada
no computador com o protocolo TCP/IP instalado.
À medida que a Internet começou, a cada dia, torna-se mais popular, com o aumento expo-
nencial do número de usuários. O protocolo TCP/IP tornou-se um padrão de fato, utilizado não só na
Internet, como também nas redes internas das empresas, redes estas que começaram a ser conecta-
das à Internet. Como as redes internas precisavam conectar-se à Internet, tinham que usar o mesmo
protocolo da Internet, ou seja: TCP/IP.
Dos principais Sistemas Operacionais do mercado, o UNIX sempre utilizou o protocolo TCP/IP
como padrão. O Windows dá suporte ao protocolo TCP/IP desde as primeiras versões, porém, para o
Windows, o TCP/IP somente tornou-se o protocolo padrão a partir do Windows 2000. Ser o protocolo
padrão significa que o TCP/IP será instalado, automaticamente, durante a instalação do Sistema Ope-
racional, se for detectada a presença de uma placa de rede. Até mesmo o Sistema Operacional Novell,
que sempre foi baseado no protocolo IPX/SPX como protocolo padrão, passou a adotar o TCP/IP como
padrão a partir da versão 5.0. O que temos hoje, na prática, é a utilização do protocolo TCP/IP na es-
magadora maioria das redes. Sendo a sua adoção cada vez maior. Como não poderia deixar de ser, o
TCP/IP é o protocolo padrão do Windows Server 2003, Windows Server 2008, Windows XP e também
do Windows Vista e do Windows 7, Windows 8.
O IP é apenas um dos seus diversos protocolos das camadas TCP/IP, e sem dúvida um dos mais
importantes. Afinal, ele é o protocolo usado na transmissão de dados pela Internet ou por uma rede
local. Por exemplo, ao enviar um e-mail, é usado o protocolo SMTP, mas este usa por sua vez, o proto-
colo IP para transportar os dados até seu destino. Ao acessar uma página da Web, está sendo utilizado
o protocolo HTTP, mas este usa por sua vez o protocolo IP para que os dados caminhem do site até o
seu computador. Ou seja, tanto na Internet como na rede local, trafegam pacotes IP, mas dentro de
cada um deles existem conteúdos de diversos tipos.
Para ilustrar, imagine que o protocolo IP é um “carrinho” que está transportando um pacote TCP,
e que dentro deste pacote TCP existe outro pacote HTTP, dentro do qual está a informação desejada
(partes da página Web que estamos acessando). A ideia está bastante simplificada, mas é mais ou
menos assim que a informação trafega na Internet e na rede local.

10.2.1 Camadas do protocolo TCP/IP


O protocolo TCP/IP se divide em cinco camadas:
Física: coordena as funções requeridas para transmitir um conjunto de bits através do meio físi-
co. Em redes sem fio este meio pode ser o ar, infravermelho ou laser. Esta camada também é respon-
sável pelas especificações mecânicas e elétricas, como conectores, cabos, sinalização que fisicamente
liga dois nós em uma rede.

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352
Ambiente Operacional I
Enlace: é responsável por entregar as unidades de dados (grupos de bits) de uma estação até a
outra sem erros. Esta camada aceita dados da camada de rede e adiciona os cabeçalhos necessários
para que o frame possa ser enviado para o próximo dispositivo do trajeto entre emissor e receptor.
Rede: é responsável pela entrega de datagramas através de vários links da rede. A camada de
rede garante que cada datagrama saia de seu host de origem para o seu host de destino de maneira
eficiente.
Transporte: tem a responsabilidade da entrega de toda mensagem de um host de origem a um
host de destino. Também faz parte desta camada o estabelecimento, gerenciamento e sincronismo
das conexões entre host origem e host destino. Análise de Vulnerabilidades e Ataques Inerentes a
Redes Sem Fio 802.11x.
Aplicação: permite que softwares acessarem a rede. Provê interface com o usuário e suporte a
vários tipos de serviços como correio eletrônico, acesso remoto a arquivos, entre outros.

10.3 Apipa
A Microsoft registrou no iana.org, uma entidade encarregada da distribuição de IP’s por todo o
mundo, uma faixa de endereço para uso em redes que não possuem DHCP. Esta faixa é: 169.254.0.0
a 169.254.255.255
Quando um computador com Windows conclui que não existe DHCP na rede, usará automatica-
mente um IP começando com 169.254 e terminando com dois números que são gerados em função
da configuração de hardware do computador. Isso garante que os computadores terão IP’s “compatí-
veis”. APIPA significa Automatic Programmed IP Address.
Todos os IP’s da Internet então divididos por classes:
• Classe A: 16.777.256 – IP’s consecutivos
• Classe B: 65.536 IP’s consecutivos
• Classe C: 256 IP’s consecutivos
Nos três casos, o IANA definiu endereços internos e endereços externos. Um endereço externo é
aquele que pode ser “visto” por qualquer computador ligado na Internet. Por exemplo, se você digitar
no seu navegador: http://200.176.3.142, chegará provavelmente ao site do www.terra.com.br. Isto
indica que este é um endereço externo, visível na Internet, de qualquer parte do mundo.
A tabela abaixo resume os endereços usados pelas redes classes A, B e C, bem como as respec-
tivas faixas reservadas para redes internas (locais):

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353
Ambiente Operacional I

Redes Classe: Faixas de IP’s Redes internas

1 rede:
A 1.0.0.0 a 126.255.255.255
10.0.0.0 a 10.255.255.255

17 redes:
B 128.1.0.0 a 191.254.255.255 172.16.0.0 a 172.31.255.255 e
169.254.0.0 a 169.264.255.255

256 redes:
C 192.0.1.0 a 223.255.254.255
192.168.0.0 a 192.168.255.255

Faixas de IP´s.

10.4 Endereços inválidos


Endereços inválidos na Internet.

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10.5 Comandos de rede

10.5.1 Programa PING


O PING é um programa encontrado em todas as versões do Windows, e serve para checar se
dois computadores estão corretamente conectados. Para checar uma conexão entre um computador
A e um computador B, é preciso usar no computador A, um comando PING indicando o endereço IP
do computador B. O PING é um utilitário DOS, para ser usado é preciso executar antes o PROMPT DO
MS-DOS.
Exemplo:
> ping 192.168.10.1

10.5.2. Programa IPCONFIG


Este programa é similar ao WINIPCFG, exceto por funcionar em interface MS-DOS. O WINIPCFG
está disponível apenas no Windows 95/98/ME, já o IPCONFIG está disponível no Windows 95/98/ME
e no Windows NT/2000/XP. Note que o IPCONFIG, assim como o PING, não funciona em um MS-DOS
após o boot feito por disquete, e sim, no prompt do MS-DOS sob o Windows.
Exemplo:
• Retorna o adaptador e suas configurações:
> ipconfig

10.5.2.1. Outros parâmetros IPCONFIG


• Retorna o adaptador e suas configurações:
> ipconfig /all
• Libera um adaptador:
>ipconfig /release
• Renova um adaptador:
> ipconfig /renew

10.5.2. Programa TRACERT


O comando tracert rastreia o caminho, enviando mensagens de solicitação e resposta de eco
do protocolo ICMP (semelhante ao comando ping) para produzir informações de relatório de linha de
comando sobre cada roteador encontrado e o tempo de resposta (RTT) de cada salto. As diretivas dos
filtros de pacotes em roteadores, firewalls ou outros tipos de gateways de segurança podem impedir
o fluxo desse tráfego.
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Ambiente Operacional I
Se o comando tracert falhar, você poderá usar as informações do comando para ajudá-lo a de-
terminar em qual roteador intermediário o encaminhamento falhou ou foi retardado.
Exemplos:
>tracert www.terra.com.br
>tracert 200.176.3.142

11 EQUIPAMENTOS DE CONECTIVIDADE
As redes tendem a crescer proporcionalmente à empresa e isto pode provocar problemas, como
aumento do tráfego de dados na rede, implicando em perda de produtividade dos usuários. Desta
forma, é necessário que os profissionais de rede saibam que ampliar uma rede não significa apenas
adicionar cabeamento e computadores. Cada topologia e tipo de rede possuem limites que não po-
dem ser ultrapassados, tendo como consequência a degradação da performance da mesma. Existem
tipos de equipamentos que permitirão às redes ultrapassarem esses limites, segmentando (separan-
do) as redes, de forma que cada segmento seja considerado uma rede, juntando duas ou mais redes
separadas formando ambientes interconectados.
Desta forma, consideraremos o termo interconectividade como sendo a ligação de duas ou mais
redes com o objetivo de melhorar a performance das mesmas.
Entre os equipamentos para interconectividade de redes temos : repetidores, hubs, bridges,
roteadores e switches.

11.1 Repetidor
Conforme os sinais de dados fluem através do cabeamento, eles podem perder sua intensidade
ao longo do caminho. A função de um repetidor é permitir que um sinal percorra uma distância maior
que o especificado. Atuando no nível físico, os repetidores simplesmente recebem todos os pacotes
de cada uma das redes que interligam e os repetem nas demais redes, sem realizar qualquer tipo de
tratamento sobre os mesmos.

11.2 Hub
Um hub é um dispositivo que fornece uma posição para todos os seus cabos se encontrarem.
Qualquer dispositivo conectado ao hub tem acesso físico a qualquer outro dispositivo também conec-
tado ao hub. Dentro de uma LAN, um hub provê um local centralizado para conexões e gerenciamento
de rede. Pode-se conectar hubs juntos em uma topologia hierárquica para se formar uma rede maior.
Todo hub é um repetidor (mas nem todo repetidor é um hub). Ele é responsável por replicar, em
todas as suas portas, as informações recebidas pelos computadores da rede. Por exemplo, quando um
computador envia um pacote de dados na rede, para outro computador, todos os demais receberão o

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356
Ambiente Operacional I
pacote e somente o dono do pacote fará a retenção do mesmo. Isso fará com que o barramento fique
ocupado impedindo que os outros computadores enviem pacotes através do mesmo.
Barramento HUB.

Fonte: “Funcionamento do HUB” - Ilustração por Rafael Malagoli, 01 Fev. 2016


Os hubs, geralmente, pertencerão a uma das seguintes categorias: passivo e ativo. O Hub pas-
sivo fornece somente uma posição central onde todos os seus cabos se encontram. Ele não fornece
funções adicionais. O hub ativo fornece uma posição central onde todos os seus cabos se encontram,
podendo funcionar como repetidor ou funcionar como bridge ou roteador.

11.3. Bridge
Bridge é um produto com capacidade de segmentar uma rede local em sub-redes, com o obje-
tivo de reduzir tráfegos ou converter diferentes padrões de LAN’s. De acordo com CAMPBELL (1997)
“uma bridge (ponte) é um dispositivo de hardware ou software projetado para conectar segmentos
diferentes de sua rede”.
Bridges diferenciam-se dos repetidores, pois manipulam os dados de um quadro ou frame, ao
invés de sinais elétricos. Possuem vantagens, pois não retransmitem ruídos, erros ou frames mal for-
mados. Um frame deve estar completamente válido para ser retransmitido pela bridge.
A bridge atua na camada de Enlace do modelo de referência ISO/OSI, lendo o campo de ende-
reço de destino dos pacotes de mensagens e transmitindo-os quando se tratar de segmentos de rede
diferentes, de acordo com CYCLADES (1999) são atribuições da bridge:
• Filtrar as mensagens, de tal forma que somente as mensagens endereçadas para ela sejam
tratadas.
• Armazenar mensagens, quando o tráfego for muito grande.
As bridges também atuam como elementos passivos gerenciadores de rede, podendo coletar
dados estatísticos de tráfego de pacotes para a elaboração de relatórios.
Segundo CARVALHO e GATTONI (1999) “a bridge é independente do protocolo, pois lê apenas o
endereço do pacote sem ler o seu conteúdo”.

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357
Ambiente Operacional I
11.4 Switch
Ao contrário do hub, onde os pacotes de dados são encaminhados para todas as estações conec-
tadas à rede local, um switch direciona cada pacote recebido de uma das suas portas para uma porta
específica de saída, para encaminhamento ao destinatário final.
Esquema de funcionamento do Switch.

"Funcionamento do Switch" - Ilustração por Rafael Malagoli, 01 Fev. 2016

Um switch é capaz de estabelecer conexões internas independentes, como se fosse uma “cen-
tral telefônica”. O switch tem a mesma função do hub, porém opera de forma mais inteligente e mais
eficiente.
Para redes muito pequenas, é aceitável usar um hub de 4 ou 8 portas. Para ligar quatro compu-
tadores, pode ser interessante optar por um hub de 8 portas, deixando assim portas disponíveis para
uma eventual expansão, com a inclusão de novos computadores na rede. A diferença de preços é mui-
to pequena, por isso vale muito a pena partir logo para 8 portas. Além disso, hoje também é pequena
a diferença entre hubs e switches de 8 portas. Pode ser interessante optar por um switch, ao invés de
um hub, o que resultará em um desempenho maior.
A ideia utilizada pelos switches é segmentar, ou micro segmentar a rede, para melhorar seu de-
sempenho, fornecendo a cada uma de suas portas, que podem estar ligadas a uma ou mais estações,
uma taxa de transmissão na rede igual à do seu enlace de entrada e de saída.
É também usual encontrar switches onde as portas operam em velocidades diferentes, algumas
delas permitem conexões de até 100 Mbps em suas portas, utilizando a especificação de nível físico
100BaseT.
Os switches são independentes do meio de transmissão. O tipo de meio que pode ser ligado a
uma das suas portas é uma questão de implementação, sendo possível ligar segmentos com diferen-
tes meios de transmissão, a portas diferentes do mesmo switch.

11.5 Roteador
O roteador tem uma função que lembra um pouco a do bridge. Enquanto o bridge é usado para
conectar sub-redes em uma rede local (lembre-se que esta função é atualmente executada pelo swi-
tch), o roteador faz a conexão entre duas redes diferentes, que podem, inclusive, ter características

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358
Ambiente Operacional I
físicas e protocolos diferentes. Uma aplicação muito comum atualmente é a ligação entre uma rede
local e a Internet.
Em ambientes maiores, pode haver a necessidade, não só de conhecer o endereçamento de
cada segmento da rede, mas de poder determinar o melhor caminho ou rota entre dois segmentos,
esta é a função do roteador. Os roteadores atuam na camada de Rede do modelo OSI o que permite
a definição da melhor rota para cada pacote entre os segmentos. Além disso, os roteadores podem
trocar informações entre si para detectar possíveis conexões com defeito na rede.
Existem dois tipos de roteadores:
• Os estáticos que necessitam de um administrador para configurar manualmente a tabela de
roteamento e especificar cada rota.
• Os dinâmicos que necessitam apenas da configuração da primeira rota e conseguem auto-
maticamente configurarem-se para as outras rotas.

12. MÉTODOS DE ACESSO E TECNOLOGIAS PARA REDES LOCAIS


12.1 Métodos de acesso
Os métodos de acesso são regras que definem como os computadores põem e retiram dados do
meio de transmissão da rede, de forma que possa ser compartilhado entre os vários computadores
conectados e que a colisão, que ocorre quando dois ou mais computadores enviam dados ao mesmo
tempo, tenha o menor impacto possível em relação ao desempenho da rede.

12.1.1 CSMA/CD
O CSMA/CD – Carrier Sense Multiple Access with Collision Detection – Percepção de Portadora e
Múltiplo Acesso com Detecção de Portadora, fornece meios de reduzir a colisão de pacotes.
Funciona da seguinte forma: um computador verifica se o cabeamento está livre de sinais, se
não há tráfego no mesmo. Este processo é denominado CSMA – múltiplos equipamentos conectados
à mídia de transmissão escutam a portadora para poder transmitir. Se o cabeamento estiver livre, o
computador envia os dados, enquanto o computador de destino não houver recebido os dados e o
cabeamento estiver livre, nenhum outro computador pode enviar dados. Pode ocorrer colisão quando
dois ou mais computadores tentam transmitir dados ao mesmo tempo, e, quando isso ocorre, os dois,
ao perceberem a colisão (detecção de colisão), param de transmitir dados por um período de tempo
aleatório. Como esse período quase nunca será igual nos dois computadores, um deles pode retrans-
mitir os dados antes do outro.
Se dois pacotes colidirem, cada estação de trabalho escolhe um número aleatório entre um e
dois antes de transmitir novamente. Se as estações de trabalho escolherem o mesmo número, cada
uma delas escolherá um número entre um e quatro e tentará novamente. Esse processo continuará
até que ambas as estações de trabalho tenham transmitido com sucesso ou tenham tentado dezesseis

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359
Ambiente Operacional I
vezes com sucesso. Se elas fracassarem pela décima sexta vez, as duas estações de trabalho farão um
intervalo e darão às outras estações de trabalho uma oportunidade de transmitir.
Essa capacidade de detecção de colisão, no entanto, limita a abrangência da rede. O método
CSMA/CD não funciona em distâncias superiores a 2.500 metros, o que poderia ocasionar danos aos
dados. Quanto mais computadores, maior será o tráfego na rede. Com mais tráfego, as colisões ten-
dem a crescer, o que implica em perda de performance da rede. Isso significa que o CSMA/CD pode ser
um método de acesso lento. O CSMA/CD não é responsável por assegurar que todas as estações de
trabalho fiquem quietas antes de uma transmissão. Se ocorrer de duas estações de trabalho começa-
rem a transmitir ao mesmo tempo, não existe nada que o CSMA/CD possa fazer para evitar a colisão.
O CSMA/CD não consegue evitar todas as colisões, mas tenta minimizar o tempo em que as colisões
“amarram” a rede.

12.2. Tecnologias de redes locais Ethernet / Fast Ethernet / Gigabit Ethernet


As tecnologias de redes representam como os dados irão mover-se em uma determinada rede.
Cada tecnologia ou arquitetura de rede tem como principal característica a utilização de uma deter-
minada topologia lógica. Segundo CAMPBELL (1997), “as topologias lógicas ou elétricas descrevem a
maneira como a rede transmite informações de um nó para o nó seguinte, e não aparência da rede”.
O termo “tecnologias de redes” refere-se à combinação de padrões, topologias e métodos de
acesso para produzir uma rede funcional. Entre as tecnologias mais difundidas no mercado temos:
Ethernet, Token Ring, ArcNet e FDDI.

12.2.1 Ethernet
A Ethernet é o tipo mais popular de rede local. Na década de 1970, Robert Metcalfe, David Bo-
ggs e outros desenvolveram uma LAN baseada no método de acesso do tipo CSMA, que poderia se
estender por um quilômetro e suportar até 100 estações de trabalho, com uma velocidade de trans-
missão de dados nessa rede que chegava a 2,94 Mbps.
Esse ficou conhecido como padrão Ethernet, que foi desenvolvido pela Xerox Corporation, onde
Metcalfe e os outros trabalhavam. Segundo LOWE (1995) “[...] ela especifica os tipos de cabos que
devem ser usados, como os cabos devem ser conectados, sua extensão, como os computadores trans-
mitem dados entre si através dos cabos”.
Segundo STARLIN e CARVALHO (1998), as características básicas de uma rede Ethernet são:
• Topologia física padrão: bus ou barramento.
• Outras topologias aceitas: estrela ou star.
• Arquitetura: banda base.
• Método de acesso: CSMA/CD.
• Especificações IEEE 802.3.

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360
Ambiente Operacional I
• Velocidade de Transmissão de dados: 10 ou 100 Mbps.
• Tipo de cabeamento: coaxial grosso, coaxial fino ou UTP.
Redes do tipo Ethernet utilizam como padrão a topologia de barramento físico e lógico para a
transmissão dos pacotes de dados. Um frame Ethernet pode ter entre 64 e 1518 bytes de tamanho,
sendo que utilizam por si só 10 bytes. Os dados no frame podem ter de 46 a 1500 bytes de tamanho.
Cada frame contém informações de controle e seguem basicamente o mesmo padrão de organização,
contendo pelo menos os seguintes itens:
• Preâmbulo: que marca o início do frame.
• Endereços de origem: permite à estação ou estações de trabalhos receptoras reconhece-
rem a estação de trabalho que enviou as informações.
• Endereço de destino: o endereço de rede da estação ou estações de trabalhos que devem
receber as informações.
• Tipo: designa o tipo de informações que se encontram na parte de dados deste pacote.
• Área de dados.
• CRC (Cyclical Redundancy Check – Checagem Cíclica de Redundância): um campo de che-
cagem de erros para verificar se o frame foi recebido sem problemas nos dados.
Redes com tecnologia Ethernet utilizam o método de acesso CSMA/CD, para controlar o fluxo de
dados no barramento. Antes que uma estação de trabalho transmita sinais para a rede, ela ouve para
saber se ninguém está usando a mesma. Se o caminho estiver livre, então a estação de trabalho trans-
mite. Quando o caminho estiver em uso, a estação que for transmitir espera que o pacote que estiver
na rede chegue ao destino para depois transmitir. A arquitetura Ethernet é um sistema por difusão, ou
seja, o que uma estação diz, todas as outras ouvem. Segundo OPPENHEIMER (1999):

“A Ethernet é uma escolha de tecnologia apropriada para clientes interessados em dispo-


nibilidade e facilidade de gerenciamento. Uma LAN Ethernet preparada com precisão para
atender a requisitos de largura de banda implementada com componentes de alta qualidade,
inclusive NIC’s, cabos e dispositivos de interligação de redes, pode satisfazer até mesmo as
demandas de disponibilidade mais estritas”.

Um dos maiores problemas em redes Ethernet é a distância. Nesse caso, dois ou mais nós da
rede podem transmitir ao mesmo tempo, causando uma colisão de pacotes. Assim, os nós deverão
aguardar um tempo aleatório para retransmitir os seus pacotes.
Para diminuir a probabilidade de colisão seria ideal a utilização de um cabo mais curto do que
o padronizado, pois desta forma, os nós podem ouvir mais facilmente o que os outros estão transmi-
tindo. Mas, o fato é que, a forma de funcionamento do padrão Ethernet aumenta a probabilidade de
colisões de pacotes.
Para cada tipo de cabeamento utilizado em redes Ethernet existem especificações que determi-
nam o funcionamento de cada uma.
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Ambiente Operacional I
Nas redes Ethernet baseadas em cabeamento par trançado ou 10BaseT
– 10 Mbps, banda Base, par Trançado, as seguintes especificações devem ser seguidas: cabo UTP
ou STP categorias 3, 4 ou 5, conectores RJ45 em cada extremidade dos cabos, o tamanho máximo do
cabo deve ser de 100 metros e o mínimo de 2,5 metros com um número máximo de 1024 computa-
dores.
Para redes Ethernet 10Base2 - 10 Mbps, banda Base, 185 metros, segue as seguintes especifi-
cações: cabo coaxial fino (thinnet), conectores BNC T, tamanho máximo do cabo de 185 metros e o
mínimo de 0,5 metros, número máximo de 1024 computadores, com no máximo 5 (cinco) segmentos
e 4 (quatro) repetidores.
Em redes Ethernet 10Base5 - 10 Mbps, banda Base, 500 metros são determinadas as seguintes
especificações: cabo coaxial grosso (thicknet), com no máximo 5 (cinco) segmentos e 4 (quatro) repe-
tidores, chegando a uma área de abrangência total de 2500 metros, sendo que para cada segmento o
número máximo de computadores é 100.
O padrão 802.3, não somente determina como a informação deve trafegar pela rede, como tam-
bém o tipo de cabo e a topologia que acomodaria o método de viagem dos dados, e principalmente
determina a distância máxima que os cabos podem ter antes que os dados enfraqueçam ou sejam
corrompidos. Essa limitação de comprimento de cada cabo define claramente a distância que as es-
tações de trabalho podem se situar umas das outras e afetará a escolha do tipo de rede Ethernet que
será utilizada em cada projeto de acordo com as necessidades do mesmo.

12.2.2. Fast Ethernet


A Ethernet de 100 Mbps, também conhecida com Fast Ethernet e Ethernet 100BaseT está pa-
dronizada na especificação 802.3u e é muito semelhante à Ethernet 802.3, e esse é um dos motivos
da sua popularidade. Segundo OPPENHEIMER (1999) “para engenheiros de redes que têm experiên-
cia com Ethernet 10 Mbps, a Ethernet 100 Mbps é fácil de entender, instalar, configurar e solucionar
problemas”.
A Ethernet 100 Mbps é simplesmente a Ethernet padrão, só que dez vezes mais rápida. Na maio-
ria dos casos, os parâmetros de projeto para Ethernet de 100 Mbps são os mesmos de Ethernet de 10
Mbps, multiplicados ou divididos por 10.
Segundo OPPENHEIMER (1999), a Ethernet de 100 Mbps é definida para três implementações
físicas:
• 100Base TX: cabeamento UTP da Categoria 5.
• 100BaseT4: cabeamento UTP da Categoria 3,4 ou 5.
• 100BaseFX: cabeamento de fibra óptica de modo único ou multimodo.
O 100BaseTX é, provavelmente, a forma mais popular da Ethernet de 100 Mbps. São redes fá-
ceis de projetar e instalar, porque usam as mesmas configurações e especificações do 10BaseT. As es-
tações são conectadas a repetidores, hubs ou switches com o uso de cabeamento UTP da Categoria 5.

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Ambiente Operacional I
Para fazer funcionar a Ethernet de 100 Mbps, existem limitações mais severas que as exigidas
para a Ethernet 10 Mbps. Segundo OPPENHEIMER (1999), “a regra geral é que uma rede Ethernet de
100 Mbps tenha um diâmetro máximo de 205 metros, quando é usado o cabeamento UTP, enquanto
a Ethernet de 10 Mbps tem um diâmetro máximo de 2.500 metros”. Isso pode se tornar um fator de-
terminante de onde será usada a Ethernet de 100 Mbps e de 10 Mbps em um projeto.

12.2.3. Gigabit Ethernet


O Gigabit Ethernet, cujo padrão foi reconhecido pelo IEEE 802.3z em junho de 1998, apresenta-
se como mais uma evolução do Ethernet. Segundo OPPEINHEIMER (1999), “ela opera essencialmente
como a Ethernet de 100 Mbps, exceto por ser dez vezes mais rápida. [...] utiliza o CSMA/CD”.
Inicialmente, espera-se que o Gigabit Ethernet seja implementada sobre cabeamento de fibra
óptica, estando em desenvolvimento especificações para utilização de cabos de cobre. Está sendo de-
senvolvida a padronização da Gigabit Ethernet para cabeamento UTP de cobre. Segundo OPPEINHEI-
MER (1999), existem variações de Gigabit Ethernet.
As redes de gigabit oferecem uma largura de banda maior do que as redes de megabits, mas
os retardos nem sempre são menores. O Gigabit Ethernet suprirá um modo de ampliar a ligação em
rede e criará elevada velocidade de acesso enquanto preserva o investimento da aplicação em redes.

13. REDES PONTO-A-PONTO


As redes ponto a ponto são constituídas de dois ou mais comutadores conectados. No caso de
redes com apenas dois computadores, bastará um único cabo crossed com conectores RJ-45 para
ligar os dois computadores. Se a intenção é apenas formar uma pequena rede com poucos micros,
não aconselhamos que seja “criada a infraestrutura” para construir cabos, que consiste no custo do
alicate, do cabo, dos conectores e dos diversos conectores.
Uma rede moderna, com mais de dois computadores, necessita de um hub ou switch (a menos
que se trate de uma rede sem fio, o que exige outros equipamentos). Quando o tráfego na rede é
pequeno, podemos usar um hub, entretanto a diferença entre os preços de hubs e switches é atual-
mente muito pequena, portanto vale a pena optar pelo switch.
Mesmo sendo uma rede ponto-a-ponto, nada impede que um dos computadores seja confi-
gurado como um servidor dedicado. Se a esmagadora maioria dos acessos à rede é feito entre cada
estação e o servidor, então não será possível que no mesmo instante duas ou mais estações tenham
acesso ao servidor (na verdade todas acessam, mas com compartilhamento de tempo, o que reduz o
desempenho). Nesta situação, o “gargalo” é o próprio servidor, e não existe diferença entre usar um
hub ou switch.
Se, por outro lado, forem comuns os acessos entre estações diferentes (na rede ponto-a-ponto,
as estações podem operar como servidores), será mais vantajoso utilizar o switch. Devido ao chave-
amento de circuitos do switch, será possível, por exemplo, um computador que possuir uma impres-
sora compartilhada imprimir informações de outro computador e ao mesmo tempo acessar o disco
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363
Ambiente Operacional I
de um outro computador. Essas transferências são feitas de forma simultânea com o uso do switch,
e cada uma delas terá a taxa de 100 Mbit/s. Se fossem feitas através de hub, cada estação teria que
esperar a sua vez de transmitir seus pacotes de dados, e a taxa de transferência média cairia bastante.
Portanto, se for intenção transferir muitos dados entre estações diferentes, o uso do switch é funda-
mental para ter um bom desempenho.

13.1 Noções gerais de uma rede Ponto-a-Ponto

13.1.2. Configuração da placa de rede


A instalação e a configuração de placas e demais componentes que formam uma rede são feitas
através do comando Rede Conexões de rede (Windows XP), no Painel de Controle. Os componentes
apresentados são instalados de forma automática durante a instalação do Windows. Você poderá en-
contrar pequenas diferenças, dependendo da versão do Windows que estiver utilizando.
Para que uma rede funcione, a Propriedade de Rede Local deverá estar configurada da seguinte
forma:
• É necessário que esteja instalado pelo menos um adaptador de rede.
• É necessário que esteja instalado o Cliente para redes Microsoft.
• É necessário que esteja instalado um Protocolo que pode ser TCP/IP ou Net BEUI.
Os componentes para o funcionamento da rede podem ser instalados através da opção “Insta-
lar” da Propriedade de Rede Local.
Propriedades da rede do Windows XP.

Fonte: “Janela de propriedades da Conexão de Rede no Windows 7” - Rafael Malagoli, 01 Fev. 2016

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364
Ambiente Operacional I
Se o protocolo escolhido for o TCP/IP, ele poderá ser configurado de forma que todos os com-
putadores que estivem na rede obtenha o seu IP pelo próprio Windows XP. No caso do protocolo ser
fixo, deveremos seguir a regras de utilização da IANA.

13.1.3 Identificação do computador na rede


Outra providência para configurar a rede manualmente é definir o nome do computador e o gru-
po de trabalho. Em “Painel de controle / Sistema / Nome do computador”. O nome do computador e
do grupo de trabalho é definido durante a instalação do Windows. É preciso que os computadores da
rede usem nomes diferentes. É recomendável que todos usem o mesmo nome de grupo de trabalho,
exceto em redes de médio e grande porte, quando é interessante criar grupos diversos.

13.1.4. Meus locais de rede


Para encontrar os computadores que estão interligados em rede, procure em “Meus locais de
rede”. Será exibida uma lista com as pastas compartilhadas. Esta lista demora alguns instantes para ser
gerada quando o computador acessa a rede pela primeira vez.

13.1.5. Grupo de trabalho


Na janela “Grupo de Trabalho”, somente são mostrados os computadores que possuírem pastas
compartilhadas.

13.1.6. Compartilhamento de pastas


O Windows XP não é ideal para trabalhar como servidor, pois não oferece proteção de pastas
por senhas. Por isso avisa que não é seguro, ao compartilhamos uma pasta.

13.1.7. Compartilhamento de disco


A operação de compartilhamento de disco não é recomendável, por questão de segurança, pois
expõe todos os arquivos contidos no mesmo. No Windows XP, que não oferece proteção por senhas,
qualquer usuário da rede terá acesso aos arquivos.

13.1.8. Compartilhamento de impressora.


O compartilhamento pode ser feito no ato da instalação da impressora ou após a instalação. Basta cli-
car com o botão direito do mouse em cima da impressora desejada e escolher a opção compartilhamento.
O Windows XP não oferece nenhum tipo de proteção ao compartilharmos uma impressora.

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365
Ambiente Operacional I
14. REDES SEM FIO
Uma rede sem fio (Wireless) é tipicamente uma extensão de uma rede local (Local Area Network
- LAN) convencional com fio, criando-se o conceito de rede local sem fio (Wireless Local Área Network
- WLAN). Uma WLAN converte pacotes de dados em onda de rádio ou infravermelho e os envia para
outros dispositivos sem fio ou para um ponto de acesso que serve como uma conexão para uma LAN
com fio.
As redes sem fio (wireless) eliminam os cabos tradicionalmente usados nas redes convencionais.
Redes locais sem fio seguem o padrão IEEE 802.11, IEEE 802.11b e IEEE 802.11g conhecido popular-
mente como WI-FI.

Taxa/Alcance/Frequência rede Wireless.

802.11a 802.11b 802.11g 802.11n

Taxa maxima 54 Mbits/s 11 Mbits/s 54 Mbits/s 300 Mbits/s

Alcance 50 m 100 m 100 m 150 m

Frequencies 5 GHz 2,4 GHz 2,4 GHz 2,4 GHz e/ou 5 GHz

O padrão 802.11g utiliza a mesma frequência da 802.11b e a mesma taxa da 802.11a, obtendo
um alcance de 50 a 100 metros.
Quando falamos do alcance de uma rede Wireless, devemos levar em consideração vários fato-
res. De um modo geral, quanto mais obstáculos, maior será a atenuação das ondas de rádio e menor
será o alcance. Paredes e móveis, principalmente os de metal, espelhos, todos são anteparos que re-
duzem o alcance das ondas eletromagnéticas. Estes fatores, às vezes, tornam a sua utilização inviável.
Assim não tem como garantir que um projeto de rede possa ser executado utilizando-se somente a
tecnologia Wireless. O cabeamento estruturado fará a complementação da rede.
As principais especificações técnicas do padrão 802.11n incluem: - Taxas de transferências dis-
poníveis: de 65 Mbps a 300 Mbps. - Método de transmissão: MIMO-OFDM - Faixa de frequência: 2,4
GHz e/ou 5 GHz.

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366
Ambiente Operacional I
Diferença de velocidade entre os padrões de rede B, G e N (Foto: Reprodução/Ponto Hard)

Fonte: Site Techtudo.com.br

Disponível em: http://player.slideplayer.com.br/8/2263291/data/images/img42.jpg;. Acesso em dezembro. 2015.

14.1 Redes Ad-hoc

14.1.1. Modo Ad-hoc


Assim como é possível ligar dois micros diretamente usando duas placas Ethernet e um cabo
cross-over, sem usar hub, também é possível criar uma rede Wireless entre dois PC’s sem usar um
ponto de acesso. Basta configurar ambas as placas para operar em modo Ad-hoc (através do utilitário
de configuração). A velocidade de transmissão é a mesma, mas o alcance do sinal é bem menor, já que
os transmissores e antenas das interfaces não possuem a mesma potência do ponto de acesso. Este
modo pode servir para pequenas redes domésticas, com dois PC’s próximos, embora, mesmo neste
caso, seja mais recomendável utilizar um ponto de acesso, interligado ao primeiro PC através de uma
placa Ethernet e usar uma placa wireless no segundo PC ou notebook, já que a diferença entre o custo
das placas e pontos de acesso não é muito grande.

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367
Ambiente Operacional I
Rede Ad-hoc.

Fonte: “Rede Ad-hoc” - Ilustração por Rafael Malagoli, criada com o aplicativo Gliffy. Disponível em <https://www.
gliffy.com/>. 01 Fev. 2016

14.2 Compartilhamento de banda larga

Fonte: “Compartilhamento de banda larga” - Ilustração por Rafael Malagoli, criada com o aplicativo Gliffy. Disponí-
vel em <https://www.gliffy.com/>. 01 Fev. 2016

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368
Ambiente Operacional I
Na topologia acima todos os conceitos de compartilhamento de conexão com a Internet apre-
sentados no capítulo sobre cabeamento estruturado se aplicam também a redes sem fio. O access
point faz o papel do hub ou switch na rede sem fio. É preciso ter ainda o roteador e o modem. Existem
aparelhos que acumulam as funções de access point e roteador, (wireless broadband router), e neste
capítulo exemplificaremos sua instalação e utilização.

14.3 Rede de infraestrutura

Fonte: “Rede de infraestrutura” - Ilustração por Rafael Malagoli, criada com o aplicativo Gliffy.
Disponível em <https://www.gliffy.com/>. 01 Fev. 2016

Este tipo de rede sem fio é integrada a uma rede cabeada através de aparelhos chamados “Ac-
cess Points” (pontos de acesso). Cada access point possui um conector RJ-45 para ligação com a rede
cabeada, e cria ao seu redor, uma região que dá acesso sem fio a computadores equipados com placas
apropriadas.
Podemos instalar vários access points para aumentar a área de cobertura da rede sem fio, fazen-
do com que o sinal seja repetido entre eles.
O gerenciamento também pode ser centralizado em um equipamento de rede.

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369
Ambiente Operacional I
14.4 Equipamentos de rede Wireless D-LINK DI-713P

Fonte: Site Datatri.com.br

Disponível em: http://www.datatri.com.br/tutoriais/img/suport_mredes04_clip_image022.jpg;. Acesso em de-


zembro. 2015.

A figura acima mostra a aplicação de um equipamento que possui varias funções de Router,
Switch, Access Point, Print Server.

Fonte: Site Techmundo.com.br

Disponível em: http://s.glbimg.com/po/tt/f/original/2012/10/22/3.jpg;. Acesso em dezembro. 2015.

A figura acima mostra a topologia de uma pequena rede wireless

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370
Ambiente Operacional I

EXERCÍCIO

Exercício 1
Leia o artigo do link: http://www.techoje.com.br/site/techoje/categoria/detalhe_artigo/378
Baseado no texto lido responda o questionário abaixo:
• Qual é o objetivo do artigo?
• Enumere e explique os aspectos a serem considerados na elaboração de projetos de redes em
plantas industriais.
• Que conclusões você tira ao ler o artigo.

Exercício 2
1. Mostre como funciona o esquema de comunicação de dados.
2. Explique como funcionam os sistemas de transmissão de dados abaixo: Simplex, Half-Duplex, Full-
Duplex.
3. Explique como funciona a transmissão de bits paralelo e serial.
4. Quis são os componentes que compõem uma rede? Explique sua função.
5. Classifique as redes quanto a sua abrangência.
6 Explique pelo menos 5 parâmetros para escolha de uma rede.
7. Qual é a definição de rede ponto-a-ponto?
h. Cite 4 vantagens de uma rede ponto-a-ponto.
8. Compare os tipos de Topologias de Redes.
9. Faça um resumo da evolução das Redes de Computadores.
10. Modelo de referência ISO/OSI.
11. Fale sobre os sites de relacionamento existentes na Internet. Qual a sua opinião sobre esse fenô-
meno.
12. Desenhe a Topologia de uma rede LAN, onde serão interligados quatro computadores com acesso
a Internet. Informe o tipo de topologia.
13. Descreva a Arquiteturas de redes (ETHERNET, Token Ring)

Exercício 3
1. A fibra óptica sofre interferência eletromagnética? Justifique sua resposta.
2. Classifique as categorias de cabos de rede.

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371
Ambiente Operacional I
3. Qual categoria de cabo é utilizada na topologia estrela.
4. Para interligarmos dois computadores, qual padrão de crimpagem é recomendado.
5. Dos quatro pares de fios do cabo UTP, quantos são utilizados para o transporte de dados.
6. Enumere a ordem dos fios do cabo par trançado para dois padrões TIA/EIA.
7. No que consiste o cabo conhecido popularmente como “Crossover”.
8. Faça o desenho de um Rack de rede e identifique os componentes do mesmo.
9. Qual a função do patch panel no rack.
10. Qual a função do switch na rede?
11. Qual a função do roteador na rede?
12. No que consiste o padrão Ethernet?
13. Desenhe a Topologia de uma rede LAN, onde serão interligados dois computadores sem acesso a
Internet e sem equipamento de conectividade, conforme padrão TIA/EIA. Informe no desenho:
• O tipo de topologia,
• Padrão de crimpagem,
• A categoria do cabeamento estruturado,
• O endereço IP dos computadores.
14. Desenhe a Topologia de uma rede LAN, onde serão interligados quatro computadores com acesso
a Internet.
• Equipamento de conectividade,
• O tipo de topologia,
• Padrão de crimpagem,
• A categoria do cabeamento estruturado,
• O endereço IP dos computadores.
• Informe o tipo de topologia, identifique o padrão de crimpagem, o equipamento de conectivi-
dade e a categoria do cabeamento estruturado, conforme padrão TIA/EIA.

Exercício 4
Desenhe as topologias abaixo:
1. Desenhe a Topologia de uma rede LAN, onde serão interligados 2 computadores sem acesso a
Internet e sem equipamento de conectividade. Informe a tipo de topologia, identifique o padrão
de crimpagem e categoria do cabeamento estruturado, segundo a TIA/EIA.

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

372
Ambiente Operacional I
2. Desenhe a Topologia de uma rede LAN, onde serão interligados 4 computadores sem acesso a
Internet. Informe o tipo de topologia, identifique o padrão de crimpagem, o equipamento de co-
nectividade e a categoria do cabeamento estruturado, segundo a TIA/EIA.
3. Desenhe a Topologia de uma rede LAN, onde serão interligados 4 computadores com acesso a
Internet. Informe o tipo de topologia, identifique o padrão de crimpagem, o equipamento de co-
nectividade rede LAN/WAN e a categoria do cabeamento estruturado, segundo a TIA/EIA.
4. Desenhe a Topologia de uma rede LAN para um prédio de 4 andares, onde serão interligados
vários computadores com acesso a Internet. Considere o uso de um Rack e tomadas JACK nas
paredes. A rede deverá ser certificada seguindo o padrão TIA/EIA. Informe o tipo de topologia,
identifique o padrão de crimpagem, o equipamento de conectividade da rede LAN/WAN, a cate-
goria do cabeamento estruturado e a metragem para todos os cabos.
5. Desenhe a Topologia de duas redes LAN´s, interligadas por uma rede WAN. Considerar as ques-
tões da segurança e equipamentos envolvidos.

Exercício 5.
1. Qual é a função do roteador na infraestrutura de redes?
2. Qual é a diferença entre um roteador um HUB e um switch?
3. Classifique as redes quanto à abrangência.
4. Defina rede Ponto-a-Ponto.
5. Defina rede Ethernet, fast Ethernet e gigabit Ethernet.
6. Qual protocolo de rede é utilizado em uma rede ethernet? E por quê?
7. Descreva o funcionamento do protocolo.
8. Cite e descreva 5 comandos para administração de redes.
9. Em uma rede de abrangência LAN padrão Ethernet com 100 computadores, qual equipamento de
conectividade é aconselhável utilizar?

Exercício 6
1. Descreva a função do Switch, do hub e de um roteador na estrutura de redes.
2. Quais as vantagens de se utilizar uma rede Wireless?
3. Quais as desvantagens de se utilizar uma rede Wireless?
4. Você foi chamado para interligar 10 computadores em rede, com compartilhamento da Internet.
Quais equipamentos wireless você irá precisar para montar a rede. Faça um desenho da topolo-
gia.
5. Você foi chamado para interligar 10 computadores em rede, com compartilhamento de recursos
como impressoras e arquivos. Quais equipamentos wireless você iria precisar para montar a rede.
Faça um desenho da topologia?

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

373
Ambiente Operacional I
6. Uma rede wireless substitui por completo uma rede cabeada? Justifique a sua resposta.
7. O que é a IEEE 802.11?
8. Descreva os padrões IEEE 802.11a, IEEE 802.11b, IEEE 802.11g e IEEE 802.11e.
9. Quais os tipos de segurança podemos implementar em uma rede Wireless?
10. O que é uma rede wireless AD-HOC?
11. Cite três fontes de interferência no funcionamento a uma rede wireless?
12. Você foi chamado para interligar cinco computadores em rede, para compartilhamento de recur-
sos como impressoras, arquivos e Internet. A área da cobertura de sinal será aproximadamente
de 300 m2. Serão três computadores interligados em rede por meio de cabo UTP e dois computa-
dores com acesso wireless.
• Desenhe a topologia e indique os equipamentos wireless que serão necessários para montar a
rede.
• Teria alguma diferença em usar um switch ou hub para conectividade da rede acima? Justifique
sua resposta.
• Qual é o padrão da rede.
• Qual a mascara, o IP e a classe utilizados na rede acima.
• Um dos computadores deverá ser o servidor de arquivos.
13. (Em Grupo) Baseado nos dados coletados nas dependências do UTRAMIG, através da técnica de
site survey wireless, responda as questões abaixo:
• Preencha a tabela abaixo e faça um gráfico de barras para representar os dados coletados para
rede wireless da UTRAMIG. (verifiquem com a informática quais são os SSID da UTRAMIG).

Ponto de aferimento do Si-


SSID Autenticação/Segurança Intensidade do sinal
nal wireless

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374
Ambiente Operacional I

REFERÊNCIAS

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Mello; revisão técnica Roberto Carlos Mayer. São Paulo: Makron Books, 1997.
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CYCLADES, Guia Internet de Conectividade – Atualizado e Ampliado. São Paulo : Cyclades Brasil, 1999.
DERFLER JR, Frank J., FREED, Les. Como funcionam as redes; ilustrado por Michael Troller; tradução
Eduardo Zimon. São Paulo : Quark do Brasil Ltda., 1993.
GATTONI, Roberto Luís Capuruço (Comp.), CARVALHO, Becson Salles de (Comp.). Apostilas do módulo
Redes de Computadores & Redes Locais de Computadores, curso Pós-Graduação em Gerência de Te-
lecomunicações e Redes de Computadores. Belo Horizonte : 1999.
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Acesso em 10/12/2013 às 12h20min.
http://www.techtudo.com.br/artigos/noticia/2012/10/qual-diferenca-entre-os- padroes-de-rede-wi-
reless-b-g-e-n.html. Acesso em 22/12/2013 21h00min.
LANCE,H Vaughan. What is a mainframe. Disponível em http://www.mainframe.com . Acesso em
28/10/2008 às 12h00min.
LOWE, Doug. Cliente/Servidor para Leigos; tradução Andreia Guimarães dos Santos. São Paulo: Berke-
ley Brasil, 1995.
OPPENHEIMER, Priscilla. Projetos de redes Top-Down – Um enfoque de análise de sistemas para o
projeto de redes empresariais. Rio de Janeiro : Campus, 1999.
REDE RIO DE COMPUTADORES – FAPERJ. Topologia. Disponível em http://www.rederio.br/ceo/intro-
ducao/topologia.html. Acesso em 28/11/2013 às 14h30min.
REPOSITÓRIO DE DOCUMENTOS TÉCNICOS DO GRUPO DE REDES –
UFRGS. Disponível em http://penta2.ufrgs.br/Joaquim/joca1.html. Acesso em 11/12/2007 às
13h00min.
SILVA, Carla Policena (Comp.). Monografia apresentada à Pós-Graduação de Gerência de Telecomuni-
cações e Redes de Computadores. Belo Horizonte: 2000.
SILVA, Marcelo Betto. Arquitetura de Redes. Disponível em http://www.apostilando.com/pagina.
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SOARES, Luiz Fernando Gomes, LEMOS, Guido, COLCHER, Sérgio. Redes de Computadores : das LANs,
MANs e WANs às redes ATM. Rio de Janeiro: Campus, 1997.

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

375
Ambiente Operacional I
STARLIN, Gorki, CARVALHO, Alan. Guia Inteligente – Tecnologias de Rede – Lan’s, Man’s, Protocolos,
Serviços, Modelos e Internet. Rio de Janeiro: Book Express, 1998.
TELECO INTELIGÊNCIA EM TELECOMUNICAÇÕES. Seção: Tutoriais Banda
Larga Disponível em http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialrcompam/pagina_2.asp
TRAINING 2020, Cursos de Informática. Apostila de Redes Windows98/XP 2000 Server. Belo Horizon-
te: 2007.
UTRAMIG, Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais. Apostila de Rede de Computado-
res. Belo Horizonte: CINTER – Centro Tecnológico Interescolar. Belo Horizonte: 2001.
VARGAS, Rodrigo de Matos (Comp.). Apostila de Fundamentos de Redes.
Belo Horizonte: 2000.
VASCONCELOS, Laércio. Curso Prático de Redes – Redes ponto-a-ponto, Rio de Janeiro: Laércio Vas-
concelos Computadores, 2002.
VASCONCELOS, Laércio. Curso Prático de Redes – Redes Wireless: Laércio Vasconcelos Computadores,
Rio de Janeiro, 2002.

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

376
Curso Técnico em

INFORMÁTICA
Etapa 1

APLICATIVOS
Aplicativos
DISCIPLINA: APLICATIVOS

Carga horária: 2 h/a por semana Total: 40 horas aula

Objetivos gerais:
• Utilizar softwares de processamento de textos, elaboração de apresentações, criação de
artes e edição de planilhas e gráficos como ferramentas enriquecedoras de apresentação
de trabalhos acadêmicos;
• Aplicar as normas da ABNT em trabalhos textuais utilizando software de processamento de
textos;
• Elaborar apresentações de trabalhos em software apropriado obedecendo às normas ora-
tórias;
• Utilizar softwares específicos para criar folders, panfletos, banners e cartões de visita;
• Editar planilhas, executar cálculos diversos, gerar gráficos.

Avaliações:
A avaliação será instrumento de análise e orientação para o planejamento das atividades do
processo ensino e aprendizagem do conteúdo da disciplina.

Critérios 1º Bimestre 2º Bimestre


Avaliação Mensal 10 pontos 10 pontos
Avaliação Cotidiana e Trabalhos 10 pontos 20 pontos
Avaliação por Área de Conhecimento 20 pontos 30 pontos
Total 40 pontos 60 pontos

Bibliografia
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. Biblioteca Central. Normas para apresentação de trabalhos. 2.
ed. Curitiba: UFPR, 1992. v. 2.
VALLE, Matheus Martins do. Apostila de Excel 2007, MG: UFJF, 2010.
Apostilas diversas de aplicativos Microsoft Office 2007 baixadas da internet www.apostilando.com

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378
Aplicativos

SUMÁRIO

1. O ambiente de trabalho............................................................................................................... 381


1.1 As unidades de disco e suas aplicações.............................................................................. 383

2. Pesquisas - O ambiente Web........................................................................................................ 384


2.1 Para certificar que a informação encontrada é válida, responda às perguntas abaixo:..... 384
2.2 Para salvar imagens da internet, siga os passos abaixo:.................................................... 384

3. Formatar um texto de acordo com as normas da ABNT utilizando o Word................................. 385


3.1 Abrir o Word....................................................................................................................... 385
3.2 Salvar arquivo..................................................................................................................... 385
3.3. Capa – Seus elementos e formatações............................................................................. 387
3.4 Folha de Rosto – Seus elementos e formatações............................................................... 389
3.5 Sumário.............................................................................................................................. 390
3.5.1 Configurando o sumário no word utilizando Sumário.................................................... 391
3.6 Formatação do Texto do Documento................................................................................. 392
3.6.1 Fonte............................................................................................................................... 392
3.6.2. Parágrafo........................................................................................................................ 392
3.7 Quebra de Sessão............................................................................................................... 393
3.8 Numeração de páginas....................................................................................................... 394
3.9. Ilustrações (figuras ou fotos), gráficos e tabelas............................................................... 396
3.10 Referências Bibliográficas................................................................................................. 396

4. Técnicas e dicas para uma boa apresentação............................................................................... 397


4.1. Como inicializar o aplicativo PowerPoint.......................................................................... 397
4.2 Inserir e alterar o layout do slide....................................................................................... 397
4.3. Como editar um “Slide”.................................................................................................... 398
4.4. Como inserir objetos em um Slide.................................................................................... 398
4.5 Alterar a Design da apresentação (plano de fundo)........................................................... 398

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

379
Aplicativos
4.6. Animações e transição de Slides....................................................................................... 398

5. Criação de panfletos e cartões de visita....................................................................................... 398


5.1 Como inicializar o aplicativo Publisher............................................................................... 399

6. Editando, formatando, executando cálculos e gerando gráficos de informações utilizando


o Excel...................................................................................................................................... 401
6.1 Como inicializar o Aplicativo Excel..................................................................................... 401
6.2 Conceitos Básicos............................................................................................................... 401
6.3 Referência Absoluta e Relativa........................................................................................... 402
6.4 A tela inicial e seus elementos........................................................................................... 403
6.5 Editando e formatando planilhas....................................................................................... 406
6.6 Gerando gráficos................................................................................................................ 407
6.7 Trabalhando com fórmulas e executando cálculos............................................................ 408

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380
Aplicativos
1. O AMBIENTE DE TRABALHO
Após ligar o computador, você verá a tela abaixo e deverá digitar seu nome de usuário e senha
que serão passados por seu professor. Em seguida clique no botão OK.

Fonte: print screen da janela Digite as credenciais no sistema operacional Windows XP

Você cairá em seu ambiente de trabalho. Neste ambiente você terá acesso a todas as ferramen-
tas de trabalho que necessita para desenvolver suas atividades práticas.

Fonte: print screen do desktop no sistema operacional Windows XP

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381
Aplicativos
A imagem acima representa a Área de trabalho ou Desktop, é a área principal da tela do Win-
dows, onde ficam localizados os ícones.

Ícones
São os símbolos que representam os aplicativos (programas). Utilizando- se do mouse, clica-se
duas vezes com o botão esquerdo para executá-lo. Podem-se mover os ícones, mudar sua aparência
ou apagá-lo da área de trabalho.

Barra de tarefas

A barra de tarefas mostra quais as janelas estão abertas neste momento, mesmo que algumas
estejam minimizadas ou ocultas sob outra janela, permitindo assim, alternar entre estas janelas ou
entre programas com rapidez e facilidade.

Menu Iniciar (Botão Iniciar)


É onde estão localizados todos os programas que estão instalados no computador. Utilizando o
mouse, clique no botão Iniciar ou aperte a tecla com o símbolo do Windows () do teclado.
Percorra a lista que for exibida com o ponteiro do mouse. Para cada item listado, ao apontar
o mouse e clicar uma vez com o botão esquerdo do mouse, o item será executado. Note que existe
menu e cada item pode conter um submenu quando tiver uma seta preta indicando para a direita.

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

382
Aplicativos

Fonte: print screen do menu iniciar no sistema operacional Windows XP

1.1 As unidades de disco e suas aplicações


Em seu usuário, você deverá selecionar o botão Iniciar e em seguida escolher a opção Meu Com-
putador. Será exibida a janela abaixo:

Fonte: print screen do Meu Computador no sistema operacional Windows XP

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

383
Aplicativos
Nesse ambiente de trabalho o que nos interessa são as unidades de disco Download (L:), Provas
(N:) e a (M:).
A unidade de disco (M:) será identificada com o número de matrícula para alunos e pelo nome
para professores.
Exemplo: 260451(M:)

Entendendo as unidades de disco:


Download (L:) – Esta unidade de disco é utilizada pelos professores para disponibilizar material
eletrônico complementar aos alunos de acordo com os cursos e disciplinas lecionadas pelos mesmos.
Provas (N:) – Esta unidade de disco é destinada para que cada aluno crie uma cópia das ativida-
des avaliativas em pasta especificada por seu professor.
Obs.: O aluno poderá apenas criar cópias de suas atividades avaliativas nesta unidade de disco.
Identificação (M:) – Esta unidade de disco é o local onde cada usuário deverá salvar suas ativi-
dades e documentos.

2. PESQUISAS - O AMBIENTE WEB


Ao realizar pesquisas na Internet você deve primeiramente organizar seu trabalho de busca de
informações.
Identifique o tema a ser pesquisado, localizar este tema no espaço temporal e o que realmente
deseja saber sobre o tema em questão. Utilize palavras- chave para busca em um site de busca (www.
google.com.br), selecionar os dados encontrados de acordo com seu interesse, organizar o que foi
selecionado e registrar as fontes (a referência do site e a data em que o mesmo foi acessado).

2.1 Para certificar que a informação encontrada é válida, responda às perguntas


abaixo:
• Possui título, autor e data?
• O assunto está de acordo com a pesquisa e está atualizado?
• Resulta de uma investigação científica, artigo acadêmico ou reportagem?
• Possui referências bibliográficas?
• Tem links sobre o assunto?

2.2 Para salvar imagens da internet, siga os passos abaixo:


• Entre com a palavra-chave no site de busca (www.google.com.br);

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

384
Aplicativos
• Escolha a opção imagens;
• Ao escolher a imagem desejada, posicione o ponteiro do mouse sobre a figura, clique seu
botão direito do mouse e escolha a opção “Salvar a imagem como” e preencha a caixa de
diálogo com o local, tipo e nome para a imagem.
Observação: Não se esqueça de copiar também o endereço da imagem que aparece na barra de
endereço. Se a imagem for utilizada em algum trabalho, você deve informar o endereço da mesma.

3. FORMATAR UM TEXTO DE ACORDO COM AS NORMAS DA ABNT


UTILIZANDO O WORD
3.1 Abrir o Word
Para abrir o aplicativo Word você deverá seguir a sequencia abaixo:
Clique no botão Iniciar/Todos os programas/Microsoft Office/Microsoft Word.

3.2 Salvar arquivo


Clique no Botão Microsoft Office e , em seguida, clique em Salvar como.
Escolha o formato desejado para o arquivo:
• Documento do Word, para ser utilizado no Windows;
• Publicações em PDF (Portable Document Format), um formato comum para compartilha-
mento de documentos ou Texto OpenDocument para ser utilizado em softwares livres.

Fonte: Tela Microsoft Office 2007

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

385
Aplicativos
Na janela seguinte, escolha o local onde o arquivo será salvo (a identificação de seu usuário ou
de algum dispositivo de armazenamento) e dê um nome para o arquivo.
Configurando as páginas em um documento do Word de acordo com as Normas da ABNT
Formatação de acordo com as Normas ABNT
Margens: Superior e Esquerda = 3 cm e Inferior e Direita = 2 cm
Orientação: Retrato
Tamanho do Papel: Formato A4

No Word:
Selecione a Aba Layout da Página/Grupo Configurar Página.
No ícone Margens, escolha a opção Margens Personalizadas e configure-as de acordo com as
Normas da ABNT. Em seguida configure a orientação e Tamanho do papel utilizando os respectivos
ícones ou ative a caixa de diálogo através do ícone .

Fonte: Tela Microsoft Office 2007

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

386
Aplicativos
3.3. Capa – Seus elementos e formatações
A capa conterá o nome da instituição, o título do trabalho, o nome do aluno/autor e a referência
do local e data da publicação do mesmo, de acordo com a imagem abaixo:

Digite todos os elementos da capa sem nenhuma formatação e com o cursor posicionado após
o ultimo caracter, dê uma quebra de sessão para a próxima página (ler instruções no item 3.8).

Formatação de acordo com as Normas ABNT


Fonte do Texto: Arial ou Times New Roman
Cor do Texto: Automática
Nome da Instituição: Tamanho da fonte = 14 pontos, alinhamento centralizado. Título: Tama-
nho da fonte = 16 pontos, alinhamento centralizado, e efeito Caixa Alta; Subtítulo (se houver): Tama-
nho da fonte = 14 pontos, alinhamento centralizado.
Autor: Tamanho da fonte = 14 pontos, alinhamento à direita.
Cidade e Data de Publicação: Tamanho da fonte = 14 pontos, alinhamento centralizado, recuo
esquerdo em 6 cm e recuo direito em 9,5 cm.

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

387
Aplicativos
No Word:
Selecione a Aba Início, Grupo Fonte e aplique a formatação especificada para cada elemento
da capa.
O efeito Caixa Alta poderá ser ativado através da opção Versalete encontrada na caixa de diálogo
fonte. Basta clicar sobre o ícone para ativá-la.
Com o cursor posicionado na capa formate o Alinhamento Vertical justificado para que o con-
teúdo da capa fique distribuído igualmente: Selecione a Aba Layout da Página/Caixa de diálogo/Guia
Layout e escolha a opção justificado para o alinhamento vertical.

Fonte: Tela Configurar página

Para configurar os recuos esquerdo e direito, utilize a régua e posicione seus respectivos ícones
nas medidas especificadas acima.

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

388
Aplicativos
Observação: Mostrar ou ocultar as réguas horizontais e verticais
Para mostrar ou ocultar as réguas horizontais e verticais, clique em Exibir Régua na parte supe-
rior da barra de rolagem vertical.

Fonte: Tela Microsoft Office 2007

A régua vertical não aparecerá se estiver desativada. Para ativar a régua vertical, faça o seguinte:
1. Clique no Botão do Microsoft Office e, em seguida, clique em Opções do Word.
2. Clique em Avançado.
3. Em Exibir, marque a caixa de seleção Mostrar régua Vertical (no modo de exibição Layout
de Impressão).

3.4 Folha de Rosto – Seus elementos e formatações


A folha de rosto é um elemento obrigatório. Nela estarão contidos os itens: o nome do aluno/
autor, o título do trabalho, notas de apresentação e a referência do local e data da publicação do mes-
mo, de acordo com a imagem.

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

389
Aplicativos
Digite todos os elementos da folha de rosto sem nenhuma formatação e com o cursor posiciona-
do após o ultimo caracter, dê uma quebra de sessão para a próxima página (ler instruções no item 3.).

Formatação de acordo com as Normas ABNT


Fonte do Texto: Arial ou Times New Roman.
Cor do Texto: Automática.
Autor: Tamanho da fonte = 14 pontos, alinhamento centralizado.
Título: Tamanho da fonte = 16 pontos, alinhamento centralizado, e efeito Caixa Alta;
Subtítulo (se houver): Tamanho da fonte = 14 pontos, alinhamento centralizado. Notas de Apre-
sentação: Tamanho da fonte = 10 pontos, recuo esquerdo em 7 cm. Cidade e Data de Publicação:
Tamanho da fonte = 14 pontos, alinhamento centralizado, recuo esquerdo em 6 cm e recuo direito em
9,5 cm.
Observação: Aplique à folha de rosto o alimento vertical justificado.

3.5 Sumário
Elemento obrigatório identificado pela palavra sumário. Escrita em letras maiúsculas e centra-
das.
Os títulos de partes ou capítulos são indicados em letras maiúsculas e apenas a inicial maiúscula
para os títulos das subdivisões dos capítulos e das partes. Os itens ou elementos pré-textuais não de-
vem fazer parte do sumário. Deve ser colocado como último elemento pré-textual.
Configurando o sumário no word utilizando Tabulação
Selecione a Aba Início/Grupo Parágrafo/Caixa de Diálogo /Botão Tabulações (canto inferior
esquerdo) e configure:
• Posição de Tabulação: 13 cm
• Direita
• Preenchimento 2...
• Ok

Fonte: Tela Tabulações Microsoft Office

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

390
Aplicativos
Exemplo:

3.5.1 Configurando o sumário no word utilizando Sumário


Formate títulos de partes ou capítulos e subdivisões dos capítulos e das partes com lista de vá-
rios níveis.
Digite o título, selecione-o e formate: Aba Início/Parágrafo e selecione o ícone destacado na
imagem abaixo.

Para configurar o título das subdivisões, posicione o cursor antes da primeira letra do referido
item e aperte a tecla TAB uma vez para o 2º nível, duas vezes para o 3º nível e assim por diante.
Selecione todos os títulos e subtítulos um a um com o auxílio da tecla CTRL e do mouse, confi-
gure através da Aba Referências/Grupo Sumário e o ícone Adicionar Texto e escolha respectivo nível
para o item.

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

391
Aplicativos
Após adicionar todos os títulos, na página do sumário, retorne na Aba Referências/Grupo Sumá-
rio e Ícone Sumário e escolha a opção Inserir Sumário.
De acordo com qualquer alteração que for feita em seu documento o sumário pode ser atualiza-
do automaticamente através da Aba Referências/Grupo Sumário e Ícone Atualizar Sumário.

3.6 Formatação do Texto do Documento

3.6.1 Fonte

Formatação de acordo com as Normas ABNT


Fonte: Arial ou Times New Roman
Cor: Automática
Tamanho: desenvolvimento do documento em 12 pontos, citações longas (mais de três linhas),
paginação, notas de ilustração, rodapé e outras notas em 10 e títulos de partição deverão ser configu-
rados em 14 pontos.
Escolhida a fonte, ela deverá ser utilizada para todo o trabalho, incluindo notas de rodapé, cita-
ções e titulações.

No Word
Selecione a Aba Início, Grupo Fonte e aplique a formatação especificada para o texto do documento.

3.6.2. Parágrafo
Formatação de acordo com as Normas ABNT
Recuo especial de primeira linha: 2 cm da margem esquerda e não deve dar espaço entre um
parágrafo e outro.
Alinhamento: Justificado
Espaçamento entre linhas: 1,5
Espaçamento antes e depois do parágrafo: 6 pontos
Espaçamento depois dos títulos: 2 linhas em branco

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

392
Aplicativos
Observações: As citações longas e as notas de rodapé deverão ser digitadas com espaçamento
simples, dentro do corpo do trabalho.
Fora do corpo do trabalho, as referências bibliográficas, a ficha catalográfica, as legendas de
ilustrações, as tabelas e a nota de apresentação da folha de rosto deverão ser digitadas com espaço
simples.

No Word
Selecione a Aba Início/Grupo Parágrafo/Caixa de Diálogo e aplique a formatação especifica-
da para o texto dos parágrafos do documento.

Fonte: Tela Parágrafo do Microsoft Office 2007

3.7 Quebra de Sessão


Selecione a Aba Layout de Página/Grupo Configurar Página/Ícone Quebras e escolha a opção
Próxima Página;

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393
Aplicativos

Fonte: Tela Microsoft Office 2007

3.8 Numeração de páginas


Para o trabalho acadêmico, todas as folhas a partir da folha de rosto devem ser contadas.

Formatação de acordo com as Normas ABNT


A numeração deve ser feita com algarismos arábicos, sempre no canto superior à direita da folha
em 2,0 cm. Em trabalhos com mais volumes, deve ser mantida a numeração sequencial das páginas.

No word
Selecione a Aba Inserir/Grupo Cabeçalho e Rodapé/Ícone Cabeçalho e escolha a opção Editar
Cabeçalho.

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

394
Aplicativos
Observação: Configure o Cabeçalho sessão por sessão. Lembre-se, na capa, folha de rosto e su-
mário o número de página não deve aparecer. O cabeçalho nestas sessões deve ser em branco.
Note que na guia de menus aparecerá um menu Design especifico para Cabeçalho e Rodapé.

Na mesma guia clique em Número de Página e escolha a opção de acordo com as normas da
ABNT. Após esse procedimento, feche as opções de cabeçalho e rodapé.
Agora você já inseriu as numerações de página do seu documento, agora vamos configurar essa
numeração adequadamente. Após esse procedimento retorne as opções de Cabeçalho, dando um du-
plo clique em cima do número da página ou cabeçalho da folha desejada onde necessita que dê inicio
a contagem de páginas do documento. Abrirá novamente as opções de Cabeçalho e Rodapé. Desmar-
que a opção Vincular ao documento anterior (essa opção só será visível a partir da segunda página).

Na mesma guia de Design de propriedades de Cabeçalho e Rodapé, escolha a opção Números


de página, e em seguida a opção Formatar números de página. Marque a opção Iniciar em: e insira o
número de página que deseja que comece a contagem das páginas do documento.

Fonte: Tela Formatar pagina Microsoft Office 2007

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

395
Aplicativos
3.9. Ilustrações (figuras ou fotos), gráficos e tabelas.

Formatação de acordo com as Normas ABNT


Deverão ser inseridos sempre em uma caixa de texto.

No Word
Selecione a Aba Inserir/Grupo Texto/Ícone Caixa de texto/Opção Desenhar Caixa de Texto e in-
sira dentro da mesma o elemento de ilustração desejado.

3.10 Referências Bibliográficas


Elemento obrigatório. É um conjunto de elementos que permitem a identificação de publica-
ções, no todo ou em parte. Esses elementos podem ser essenciais ou complementares e são extraídos
do documento que estiver sendo referenciado. Os elementos essenciais são informações indispensá-
veis à identificação do documento e, quando necessário, vêm acrescidos de elementos complementa-
res (informações acrescentadas para melhor caracterizar os documentos).
Ao final do trabalho, as identificações de todas as fontes efetivamente utilizadas na realização
do trabalho serão organizadas em uma lista alfabética denominada referências.
Observação: O embasamento teórico é muito importante para realizar o trabalho acadêmico e
ser considerado científico. Assim, as obras consultadas devem fazer parte das referências bibliográfi-
cas, pois, sem elas, o trabalho perde o caráter científico.

No Word
Utilize as formatações de fonte e parágrafo já vistas para formatar as referências bibliográficas.
Exemplos de referências bibliográficas:

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

396
Aplicativos
Bibliografia para Internet
Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Glicemia. Acesso em 20/08/2010 às 15h03min.

Fonte: Tela Menu Mozilla Firefox

4. TÉCNICAS E DICAS PARA UMA BOA APRESENTAÇÃO


Falar em público é uma habilidade que deve ser trabalhada para que a comunicação aconteça
de forma clara e objetiva. Você deve conhecer o assunto do qual fala e direcionar o discurso para seu
público.
Para auxiliar nas apresentações utilizaremos como ferramenta o aplicativo Microsoft Power-
Point.
Uma boa apresentação não deve ser muito longa, deve apresentar título e identificação com-
pleta de seu apresentador. Podem-se utilizar cores escuras, fontes legíveis, imagens, vídeos e tomar o
cuidado para que o slide não fique muito carregado com texto.

4.1. Como inicializar o aplicativo PowerPoint


Clique no botão Iniciar/Todos os Programas/Microsoft Office/Microsoft PowerPoint.

4.2 Inserir e alterar o layout do slide


• Escolha a Aba Inicio
• Grupo Slides
• Ícone Layout e escolha o modelo mais adequado
• Clique em Novo Slide para inserir mais slides em sua apresentação e repita os passos ante-
riores

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

397
Aplicativos
4.3. Como editar um “Slide”
Digite ou insira objetos (tabela, planilha, desenho, foto, som, imagem, filme, link, símbolos) e
logo em seguida formate-os de acordo com suas preferências.

4.4. Como inserir objetos em um Slide


Altere o layout do slide para um que permita inserir objetos:
• Aba Inserir / selecione o tipo de objeto
• Selecione o ícone de assistente do objeto a ser inserido e configure-o de acordo com suas
preferências

4.5 Alterar a Design da apresentação (plano de fundo)


• Selecione a aba Design e altere a configuração (tamanho do slide/largura e altura), a orien-
tação (retrato ou paisagem).
• Escolha um dos modelos e submodelos apresentados e personalize a seu gosto alterando as
cores, fontes ou efeitos.
• Personalize com estilos de plano de fundo que permite colocar uma cor sólida ou degradê
ou imagem ou textura.

4.6. Animações e transição de Slides


Selecione a Aaba Animações:
• Personalize suas animações;
• Escolha o efeito de transição dos slides;
• Configure com som;
• Configure a velocidade e a forma de transição (mouse ou automática);
• Aplique ao slide ou a todos os slides;

5. CRIAÇÃO DE PANFLETOS E CARTÕES DE VISITA


O Publisher é o aplicativo que pode ajudá-lo a criar uma ampla variedade de publicações e ma-
teriais de marketing de alta qualidade - de folhetos a brochuras mais complexas, catálogos, e boletins
via e-mail. Novas ferramentas orientam você no processo de compilação de sua lista de envio de men-
sagens bem como na criação, edição, distribuição e impressão de seus materiais.

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

398
Aplicativos
5.1 Como inicializar o aplicativo Publisher
Clique no botão Iniciar/Todos os Programas/Microsoft Office/Microsoft Publishert.
Primeiro você precisa escolher que tipo de material que deseja criar: Páginas em branco, bole-
tins informativos, calendários, cartões de mensagens, cartões de visita; cartões-sociais, e-mail, etique-
tas, folhetos, importar documentos do Word, panfletos, sites da web e muitos outros. Em nosso curso
resumiremos em apenas dois: folhetos e cartões de visita.
Ao entrar no aplicativo você verá a tela abaixo com as opções de material de divulgação que o
mesmo oferece.

Fonte: Tela Microsoft Office 2007

Modelo de Publicação
Após escolher o que irá criar uma tela com diversos modelos de design irá se abrir; escolha o
esquema de cores que preferir ou crie você mesmo em “Personalizar”.

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

399
Aplicativos

Fonte: Tela Microsoft Office 2007

Área de Edição
Enfim a área onde você irá passar mais tempo trabalhando em seu modelo de publicação. Veja
a imagem abaixo como ficará e estarei explicando as ferramentas e recursos que você poderá estar
utilizando.

Fonte: Tela Microsoft Office 2007

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

400
Aplicativos
No painel à sua esquerda, você encontra tudo que precisa para alterar cada parte de eu traba-
lho. Estarei listando e numerando para melhor percepção e entendimento.

Começando de cima temos:


1. Opções de página – Outras sugestões de organização do layout de seu trabalho.
2. Esquema de cores – Você pode escolher modelos prontos de esquema de cores.
3. Esquema de fontes - Escolha modelos prontos de fontes combinadas.
4. Opções de documento – Você pode alterar o tamanho do documento escolhido aqui.
5. Mais opções no menu – Para inserir mais opções no menu, basta no topo do menu clicar
em Formatar Publicação e assinalar mais opções.

6. EDITANDO, FORMATANDO, EXECUTANDO CÁLCULOS E GERANDO


GRÁFICOS DE INFORMAÇÕES UTILIZANDO O EXCEL
O Excel, como é comumente chamado, é considerado um software de planilha eletrônica ou de
cálculos. A primeira vista nos parece um pouco complicado, mas é muito simples.
Com o Excel se pode fazer desde simples cálculos, até cálculos mais avançados como financei-
ros, matemáticos, lógicos, estatísticos, etc. Pode-se fazer desde controle de gastos da sua casa, até
controle de estoque ou fluxo de caixa de uma empresa.
Você aprenderá a partir de agora as opções básicas e avançadas que serão utilizadas com o au-
xílio desta apostila, lembrando esta apostila servirá como referência para a maioria dos comandos e
opções do Excel, portanto use-a e cuide bem, pois irá auxiliá-lo por um bom caminho.

6.1 Como inicializar o Aplicativo Excel


Clique no botão Iniciar/Todos os programas/Microsoft Office/Microsoft Excel.

6.2 Conceitos Básicos


Pasta  É denominada “PASTA” todo arquivo que for criado neste software “Excel”. Tudo que
for criado e posteriormente será um arquivo, porém considerado uma PASTA.
Planilha  Uma planilha é considerada a parte onde será executado todo o trabalho por isso
esta é fundamental, se não temos planilha não podemos criar qualquer calculo que seja.
OBS: Dentro de uma planilha estão contidas as colunas, linhas e células.

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

401
Aplicativos
Coluna  É o espaçamento entre dois traços na vertical. As colunas do Excel são representa-
das em letras de acordo coma a ordem alfabética crescente sendo que a ordem vai de A até IV, e tem
no total de 256 colunas em cada planilha.
Linha  É o espaçamento entre dois traços na horizontal. As linhas de uma planilha são
representadas em números, formam um total de 65.536 linhas e estão localizadas na parte vertical
esquerda da planilha.
Célula  As células são formadas através da intersecção “cruzamento” de uma coluna com
uma linha e, cada célula tem um endereço “nome” que é mostrado na caixa de nomes que se encon-
tra na Barra de Fórmulas. Multiplicando as colunas pelas linhas vamos obter o total de células que é
16.777.216.

A PASTA
Todos os arquivos criados no Excel são denominamos pasta.

A PLANILHA
O Excel possui varias planilhas, (Inicialmente temos 03 planilhas para trabalharmos, mas que
posteriormente podem ser alteradas).
Podemos localizar uma planilha através dos nomes que elas receberam inicialmente PLAN1,
PLAN2... Na parte inferior da Área de Trabalho, que recebe o nome de guia de planilhas.

6.3 Referência Absoluta e Relativa


As fórmulas no Excel geralmente se referem a outras células. Exemplo: = A1+B1.Ao clicarmos
sobre uma célula com uma fórmula surge a alça de preenchimento que permite ao usuário “propagar”
aquela fórmula, evitando a redigitação inúmeras vezes. Observe, na figura, que ao puxar a alça de
preenchimento a fórmula se alterou automaticamente. Nesse caso temos uma Referência Relativa, já
que a fórmula vai se alterando “relativamente” a primeira que foi digitada.

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

402
Aplicativos

Mas nem sempre desejamos que a fórmula se “propague”. Neste caso colocamos um cifrão - $ -
antes da letra para evitar que a coluna seja alterada, ou antes, do número, para evitar que a linha seja
alterada. Observe que agora a fórmula se manteve constante.

6.4 A tela inicial e seus elementos

Fonte: Tela Microsoft Office 2007

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

403
Aplicativos
1) Botão do Office
2) Barra de acesso rápido
3) Título do documento
4) Menus
5) Barra de fórmulas
6) Nome da célula
7) Célula (B22)
8) Planilhas
9) Botão visualização normal
10) Botão visualização da página
11) Pré-visualização de quebra de página
12) Zoom
13) Nova planilha

Abas

Aba Início
A maior parte dos botões de formatação de texto, tamanho da fonte, tipo de fonte (Arial,...),
alinhamento do texto, copiar, recortar e colar encontram-se no aba Início.

Aba Inserir
Na aba Inserir, encontramos os objetos que podemos inserir em uma planilha, tais como gráfi-
cos, tabelas, caixas de texto, símbolos, e outros.

Aba Layout da Página


É na aba Layout da Página que configuramos as margens, orientação e tamanho da folha, quebra
de texto, plano de fundo, altura e largura das células, exibição das linhas de grade (“exibir” apenas

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

404
Aplicativos
gera as linhas virtualmente para facilitar visualização na criação da planilha e Imprimir permite que
essas linhas sejam impressas numa folha).

Aba Fórmulas
Na aba Fórmulas podemos localizar comandos de gerenciamento dos nomes das células, ras-
treamento de precedentes e dependentes, Janela de Inspeção e a biblioteca de funções onde estão
armazenados comandos de lógica (se, e, ou,...), funções trigonométricas (seno, cosseno,...) e outras.

Aba Dados
Usada para criar filtros, classificar em ordem crescente/alfabética ou decrescente, além de es-
truturas de tópicos para agrupamento de linhas dependentes (como pastas e subpastas no Windows
Explorer).

Aba Revisão
Comandos de comentários numa célula e revisão ortográficas estão localizados na aba Revisão.

Aba Exibição
É nessa aba que encontramos as ferramentas de zoom, exibição de linhas de grade, barra de
fórmula e títulos, além do modo de exibição da pasta de trabalho.

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

405
Aplicativos
6.5 Editando e formatando planilhas
Para inserir dados numa planilha basta clicar numa célula e digitar o valor ou texto de entrada,
conforme exemplo na figura abaixo.
Exemplo:
Inserindo um valor (10) na célula A1:
Clicar na célula, digitar 10 e aperte a tecla ENTER

Fonte: Tela Microsoft Office 2007

Pode-se inserir um texto da mesma forma. Caso o texto ou valor for maior que o espaço pré-
definido para a célula, basta redefinir o tamanho desta. Para tanto, veja:

Formatação de dados e células


Para redefinir o tamanho das células, basta clicar com o botão direito no número da linha ou
nome da coluna e escolher a opção altura da linha/largura da coluna. Outra opção, mais simples, é
arrastar com o mouse o limite da linha/coluna, conforme indicado nas figuras a seguir. Para formata-
ção automática, basta dar duplo clique na divisória da linha/coluna, na barra de títulos, quando tiver
algum texto escrito na célula.

Inserindo e excluindo linhas e colunas


Quando estamos criando uma tabela, podemos nos deparar com a necessidade de inserir ou ex-
cluir linhas e/ou colunas. Para tal, basta clicar com o botão direito do mouse na linha ou coluna que se
deseja excluir e selecionar a opção Excluir. Para inserir uma nova linha/coluna, selecionamos a linha/
coluna em que desejamos adicionar com o botão direito do mouse e clicamos em Inserir. Por exem-
plo: Se você quiser inserir uma linha nova entre a linha 1 e 2, clique na linha 2 com o botão direito do

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

406
Aplicativos
mouse e escolha a opção Inserir. A antiga linha 2 passa a ser linha 3, a antiga linha 3 passa a ser linha
4, e assim por diante. O mesmo é válido para colunas.

6.6 Gerando gráficos


Para fazer um gráfico, deve-se primeiro criar uma tabela bem organizada com os dados que se
deseja trabalhar.
Em seguida, devem ser selecionados os dados que se deseja inserir no gráfico. Para marcar vá-
rios dados ao mesmo tempo, basta clicar na primeira célula superior à esquerda e deslocar arrastando
o mouse até a última célula, inferior direita, mantendo o botão esquerdo pressionado.
Selecione a Aba Inserir/Grupo Gráfico e formate o mesmo de acordo com suas necessidades.

Fonte: Tela Microsoft Office 2007

Quando se cria um gráfico, um novo menu, Ferramentas de Gráfico, é exibido, para se trabalhar
com o gráfico. Pode-se alterar o Design do gráfico, alterar os dados selecionados e mesmo o tipo de
gráfico no submenu Design, representado na figura a seguir.

Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Curso Técnico em Informática – Etapa 1

407
Aplicativos
O submenu Layout é o mais usado na formatação de um gráfico. Podemos modificar todo o
layout do gráfico com relação a eixos, linhas de grade, editar a legenda e títulos, modificar/acrescentar
dados ao gráfico e muito mais. Neste manual restringiremos a tratar das ferramentas mais básicas,
porém essenciais, deste menu, que pode ser visto na figura abaixo.
O último submenu que aparece em Ferramentas de Gráfico é o Formatar. Como o próprio nome
induz ao usuário a pensar, é nesse cardápio que será trabalhado a forma das letras, cores, estilos, e
outros. A figura a seguir mostra o submenu Formatar.

6.7 Trabalhando com fórmulas e executando cálculos

Toda fórmula que você for criar, ela deverá começar sempre com o sinal de igualdade, caso con-
trário à fórmula não funcionará.
Ao final da fórmula você deve pressionar a tecla ENTER.

SOMA (Função SOMA)

Descrição
A função SOMA soma todos os números que você especifica como argumentos. Cada argumen-
to pode ser um intervalo, uma referência de célula, uma matriz, uma constante, uma fórmula ou o
resultado de outra função. Por exemplo, SOMA (A1: A5) soma todos os números contidos nas células
de A1 a A5. Outro exemplo: SOMA (A1, A3, A5) soma os números contidos nas células A1, A3 e A5.

Sintaxe
SOMA ([núm1, [núm2],...])

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Aplicativos
A sintaxe da função SOMA tem os seguintes argumentos:
• núm1 Obrigatório. O primeiro argumento numérico que você deseja somar.
• núm2,... Opcional. Argumentos de número de 2 a 255 que você deseja somar.

Outra maneira de você somar é utilizando o Botão da Auto Soma .


Para trabalhar com o botão da Auto soma você deve fazer o seguinte:
• Selecionar os valores que desejar somar.
• Depois clique no Botão da Auto Soma e ele mostrará o resultado.

FÓRMULA DA SUBTRAÇÃO
No exemplo abaixo você deseja saber qual o saldo líquido do Maria. Então é simples: basta que
você digite o endereço do salário bruto – o endereço do desconto de maneira mais clara quer dizer
que para realizar uma subtração no Excel, você só precisa digitar o endereço dos devidos valores (ini-
cial e final) acompanhado do sinal de subtração (-), como mostrar no exemplo abaixo. Para os demais
funcionários você só bastaria copiar a fórmula.

A B C E

1 FUNCIONÁRIO SALÁRIO BRUTO DESCONTO TOTAL SALÁRIO LÍQUIDO

2 Maria 900 175 =B2-C2

FÓRMULA DA MULTIPLICAÇÃO
Agora a maneira como você subtraiu é a mesma para multiplicar, será preciso apenas trocar o
sinal de subtração pelo o sinal de multiplicação (*).

FÓRMULA DA DIVISÃO
A fórmula ocorre da mesma maneira que as duas anteriores. Você só precisa trocar colocar o
sinal para dividir (/).

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Aplicativos
FÓRMULA DA PORCENTAGEM
O cálculo se realiza da mesma maneira como numa máquina de calcular, a diferença é que você
adicionará endereços na fórmula. Veja o exemplo.
Um cliente fez uma compra no valor de R$ 1.500,00 e você deseja dar a ele um desconto de 7%
em cima do valor da compra. Veja como ficaria a formula no campo Desct.

A B C E

1 CLIENTE TCOMPRA DESCT. VL A PAGAR

=B2*7/100
2 Márcio 1500 =B2-C2
ou se preferir assim também:=B2*7%

Onde:
B2 – se refere ao endereço do valor da compra
* - sinal de multiplicação
5/100 – é o valor do desconto dividido por 100
Ou seja, você está multiplicando o endereço do valor da compra por 5 e dividindo por 100, ge-
rando assim o valor do desconto.
Se preferir pode fazer o seguinte exemplo:
Onde:
B2 – endereço do valor da compra
* - sinal de multiplicação
7% - o valor da porcentagem.
Depois para o saber o Valor a Pagar, basta subtrair o Valor da Compra – o Valor do Desconto,
como mostra no exemplo.

Função SOMASE

Descrição
Use a função SOMASE para somar os valores em um intervalo que atendem aos critérios que
você especificar. Por exemplo, suponha que em uma coluna que contém números, você deseja somar
apenas os valores maiores que 5. É possível usar a seguinte fórmula:
=SOMASE (B2: B25, “>5”)

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Aplicativos
Nesse exemplo, os critérios são aplicados aos mesmos valores que estão sendo somados. Se
desejar, você pode aplicar os critérios a um intervalo e somar os valores correspondentes em um in-
tervalo diferente. Por exemplo, a fórmula
=SOMASE (B2: B5, “João”, C2: C5) soma apenas os valores no intervalo C2: C5, em que as células
correspondentes no intervalo B2: B5 equivalem a “João”.

Sintaxe
SOMASE (intervalo, critérios, [intervalo_soma]).
A sintaxe da função SOMASE tem os seguintes argumentos:
• Intervalo Obrigatório. O intervalo de células que se deseja calcular por critérios. As células
em cada intervalo devem ser números e nomes, matrizes ou referências que contêm núme-
ros. Espaços em branco e valores de texto são ignorados.
• Critérios Obrigatórios. Os critérios na forma de um número, expressão, referência de célula,
texto ou função que define quais células serão adicionadas.
Por exemplo, os critérios podem ser expressos como 32, “>32”, B5, 32, “32”, “maçãs” ou
HOJE ( ).
IMPORTANTE Qualquer critério de texto ou qualquer critério que inclua símbolos lógicos ou
matemáticos deve estar entre aspas duplas (“). Se os critérios forem numéricos, as aspas
duplas não serão necessárias.
• intervalo_soma Opcional. As células reais a serem adicionadas, se você quiser adicionar
células diferentes das especificadas no argumento de intervalo. Se o argumento interva-
lo_soma for omitido, o Excel adicionará as células especificadas no argumento intervalo (as
mesmas células às quais os critérios são aplicados).

MÉDIA (Função MÉDIA)

Descrição
Retorna a média (média aritmética) dos argumentos. Por exemplo, se o intervalo A1: A20 conti-
ver números, a fórmula =MÉDIA (A1: A20) retornará a média desses números.

Sintaxe
MÉDIA (núm1, [núm2],...)
A sintaxe da função MÉDIA tem os seguintes argumentos:
• Núm1 Obrigatório. O primeiro número, referência de célula ou intervalo para o qual você
deseja a média.
• Núm2,... Opcionais. Números adicionais, referências de célula ou intervalos para os quais
você deseja a média, até no máximo 255.

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Aplicativos
CONT. SE (Função CONT. SE).

Descrição
A função CONT. SE conta o número de células dentro de um intervalo que atendem a um único
critério que você especifica. Por exemplo, é possível contar todas as células que começam com certa
letra ou todas as células que contêm um número maior do que ou menor do que um número que
você especificar. Por exemplo, suponha uma planilha que contenha uma lista de tarefas na coluna A e
o nome da pessoa atribuída a cada tarefa na coluna B.
Você pode usar a função CONT. SE para contar quantas vezes o nome de uma pessoa aparece
na coluna B e, dessa maneira, determinar quantas tarefas são atribuídas a essa pessoa. Por exemplo:
=CONT. SE (B2: B25, “Nancy”)
Sintaxe
CONT. SE (intervalo, critérios). A sintaxe da função CONT. SE tem os seguintes argumentos:
• Intervalo Obrigatório. Uma ou mais células a serem contadas, incluindo números ou nomes,
matrizes ou referências que contêm números. Campos em branco e valores de texto são
ignorados.
• Critérios Obrigatórios. Um número, uma expressão, uma referência de célula ou uma cadeia
de texto que define quais células serão contadas. Por exemplo, os critérios podem ser ex-
pressos como 32, “32”, “>32”, “maçãs” ou B4.

MÁXIMO (Função MÁXIMO)

Descrição
Retorna o valor máximo de um conjunto de valores. Sintaxe
MÁXIMO (núm1, [núm2],...)
A sintaxe da função MÁXIMO tem os seguintes argumentos:
• Núm1, núm2,... Núm1 é obrigatório, números subsequentes são opcionais. De 1 a 255 nú-
meros cujo valor máximo você deseja saber.

MÍNIMO (Função MÍNIMO)

Descrição
Retorna o menor número na lista de argumentos. Sintaxe
MÍNIMO (núm1, [núm2],...)

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Aplicativos
A sintaxe da função MÍNIMO tem os seguintes argumentos:
• Núm1, núm2,... Núm1 é obrigatório, números subsequentes são opcionais. De 1 a 255 nú-
meros cujo valor MÍNIMO você deseja saber.

MAIOR (Função MAIOR)

Descrição
Retorna o maior valor k-ésimo de um conjunto de dados. Você pode usar esta função para sele-
cionar um valor de acordo com a sua posição relativa. Por exemplo, você pode usar MAIOR para obter
o primeiro, o segundo e o terceiro resultados.
Sintaxe
MAIOR (matriz, k)
A sintaxe da função MAIOR tem os seguintes argumentos:
• Matriz Obrigatório. A matriz ou intervalo de dados cujo maior valor k-ésimo você deseja
determinar.
• K Obrigatório. A posição (do maior) na matriz ou intervalo de célula de dados a ser fornecida.

MENOR (Função MENOR)

Descrição
Retorna o menor valor k-ésimo do conjunto de dados. Use esta função para retornar valores
com uma posição específica relativa em um conjunto de dados.
Sintaxe
MENOR (matriz, k)
A sintaxe da função MENOR tem os seguintes argumentos:
• Matriz Obrigatório. Uma matriz ou intervalo de dados numéricos cujo menor valor k-ésimo
você deseja determinar.
• K Obrigatório. A posição (a partir do menor) na matriz ou intervalo de dados a ser fornecido.

E (Função E)

Descrição
Retornará VERDADEIRO se todos os seus argumentos forem avaliados como VERDADEIRO e re-
tornará FALSO se um ou mais argumentos forem avaliados como FALSO.

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Um uso comum para a função E é expandir a utilidade de outras funções que realizam testes
lógicos. Por exemplo, a função SE realiza um teste lógico e, em seguida, retornará um valor se o teste
for avaliado como VERDADEIRO e outro valor se o teste for avaliado como FALSO. Usando a função E
como argumento teste_lógico da função SE, você pode testar várias condições diferentes em vez de
apenas uma.
Sintaxe
E (lógico1, [lógico2],...) A sintaxe da função E tem os seguintes argumentos:
• Lógico1 Obrigatório. A primeira condição que você deseja testar que pode ser avaliada
como VERDADEIRO ou FALSO.
• Lógico2,... Opcional. Condições adicionais que você deseja testar que pode ser avaliada
como VERDADEIRO ou FALSO, até um máximo de 255 condições.

OU (Função OU)

Descrição
Retorna VERDADEIRO se qualquer argumento for VERDADEIRO; retorna FALSO se todos os argu-
mentos forem FALSOS.
Sintaxe
OU (lógico1, [lógico2],...)
A sintaxe da função OU tem os seguintes argumentos:
• Lógico1; lógico2;... Lógico1 é necessário, valores lógicos subsequentes são opcionais. Con-
dições de 1 a 255 que você deseja testar e que podem resultar em VERDADEIRO ou FALSO.

Função SE

Descrição
A função SE retornará um valor se uma condição que você especificou for avaliada como VER-
DADEIRO e outro valor se essa condição for avaliada como FALSO. Por exemplo, a fórmula =SE (A1>10,
“Mais que 10”, “10 ou menos”) retornará “Mais que 10” se A1 for maior que 10 e “10 ou menos” se
A1 for menor que ou igual a 10.
Sintaxe
SE (teste_lógico, [valor_se_verdadeiro], [valor_se_falso]).
A sintaxe da função SE tem os seguintes argumentos:
• teste_lógico Obrigatório. Qualquer valor ou expressão que possa ser avaliado como VER-
DADEIRO ou FALSO. Por exemplo, A10=100 é uma expressão lógica; se o valor da célula A10

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for igual a 100, a expressão será considerada VERDADEIRO. Caso contrário, a expressão será
considerada FALSO. Esse argumento pode usar qualquer operador de cálculo de compara-
ção.
• valor_se_verdadeiro Opcional. O valor que você deseja que seja retornado se o argumento
for considerado VERDADEIRO. Por exemplo, se o valor desse argumento for à cadeia de
texto “Dentro do orçamento” e o argumento for considerado VERDADEIRO, a função SE
retornará o texto
Dentro do orçamento”. Se for considerado VERDADEIRO e o argumento for omitido (ou seja,
há apenas uma vírgula depois do argumento ), a função SE retornará zero (zero). Para exibir
a palavra VERDADEIRO, use o valor lógico VERDADEIRO para o argumento .
valor_se_falso Opcional. O valor que você deseja que seja retornado se o argumento for
considerado FALSO. Por exemplo, se o valor desse argumento for à cadeia de texto “Acima
do orçamento” e o argumento for considerado FALSO, a função SE retornará o texto “Acima
do orçamento”. Se for considerado FALSO e o argumento for omitido (ou seja, não há vír-
gula depois do argumento a função SE retornará o valor lógico FALSO. Se for considerado
FALSO e o valor do argumento valor_estiver em branco (ou seja, há somente uma vírgula
depois do argumento, a função SE retornará o valor 0 (zero).

PROCV (Função PROCV)

Descrição
Você pode usar a função PROCV para pesquisar a primeira coluna de um intervalo de células
e, em seguida, retornar um valor de qualquer célula na mesma linha do intervalo. Por exemplo, su-
ponhamos que você tenha uma lista de funcionários contida no intervalo A2: C10. Os números de
identificação dos funcionários são armazenados na primeira coluna do intervalo, como mostrado na
ilustração a seguir.

Se souber o número de identificação do funcionário, você poderá usar a função PROCV para re-
tornar o departamento ou o nome desse funcionário. Para obter o nome do funcionário número 38 e

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Aplicativos
você pode usar a fórmula =PROCV (38 A2: C10, 3, FALSO). Essa fórmula procura o valor 38 na primeira
coluna do intervalo A2: C10 e, em seguida, retorna o valor contido na terceira coluna do intervalo e na
mesma linha do valor procurado (“Nuno Farinha”) (“Nuno Farinha”).
O V em PROCV significa vertical. Use PROCV em vez de PROCH quando os valores da comparação
estiverem posicionados em uma coluna à esquerda ou à direita dos dados que você deseja procurar.

Sintaxe
PROCV (valor_procurado, matriz_tabela, núm_índice_coluna, [procurar_intervalo]).
A sintaxe da função PROCV tem os seguintes argumentos:
• valor_procurado Obrigatório. O valor a ser procurado na primeira coluna da tabela ou in-
tervalo. O argumento valor_procurado pode ser um valor ou uma referência. Se o valor
que você fornecer para o argumento valor_procurado for menor do que o menor valor da
primeira coluna do argumento matriz_tabela, PROCV retornará o valor de erro #N/D.
• matriz_tabela Obrigatório. O intervalo de células que contém os dados. Você pode usar
uma referência a um intervalo (por exemplo, A2: D8) ou um nome de intervalo. Os valores
na primeira coluna de são os valores procurados por . Os valores podem ser texto, números
ou valores lógicos. Textos em maiúsculas e minúsculas são equivalentes.
• núm_índice_coluna Obrigatório. O número da coluna no argumento do qual o valor corres-
pondente deve ser retornado. Um argumento de 1 retorna o valor na primeira coluna em ;
um de 2 retorna o valor na segunda coluna em e assim por diante.

Se o argumento for:
• Menor que 1 PROCV retornará o valor de erro #VALOR!
• Maior do que o número de colunas em , PROCV retornará o valor de erro #REF!
• procurar_intervalo Opcional. Um valor lógico que especifica se você quer que PROCV loca-
lize uma correspondência exata ou aproximada.
Se for VERDADEIRO, ou for omitido, uma correspondência exata ou aproximada será retor-
nada. Se uma correspondência exata não for localizada, o valor maior mais próximo que
seja menor que o será retornado.

IMPORTANTE Se procurar intervalo for VERDADEIRO, ou for omitido, os valores na primeira co-
luna de deverão ser colocados em ordem ascendente; caso contrário, PROCV poderá não retornar o
valor correto.
Para obter informações, consulte Classificar dados em um intervalo ou tabela.
Se procurar intervalo for FALSO, os valores na primeira coluna de não precisarão ser ordenados.

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• Se o argumento procurar intervalo for FALSO, PROCV encontrará somente uma correspon-
dência exata. Se houver dois ou mais valores na primeira coluna de que não coincidem com
o , o primeiro valor encontrado será utilizado. Se nenhuma correspondência exata for loca-
lizada, o valor de erro #N/D será retornado.

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Aplicativos

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