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Metrologia Acústica e Vibrações – METAV Licenciatura em Eng.

de Instrumentação e Metrologia – 16/17

VIBRAÇÕES DE CORPO INTEIRO MEDIDAS EM AUTOCARRO E METROPOLITANO


Selma Schultes
Instituto Superior de Engenharia do Porto
Porto, PORTUGAL
Resumo
Neste trabalho procedeu-se ao estudo de um 1
acelerómetro e a sua utilização para detectar a exposição a
Vibrações de Corpo Inteiro (VCI) na interface chão 3
/utilizador,
2
Os veículos analisados foram um autocarro e o
metropolitano, em dois percursos. 4
O equipamento de medição e análise utilizado foi o da
marca Freescale modelo MMA6260Q, possibilitando a 1 – Acelerómetro XY
2 – Acelerómetro Z 5
medição nos três eixos (longitudinal x, lateral y e vertical z).
Os dados adquiridos foram tratados e determinou-se a 3 – Conversor A/D
4 – Conversor RS232
existência de um padrão de VCI para cada veículo.
5 – Regulador de Tensão
O autocarro apresentou um padrão de VCI, num
intervalo de tempo de 10.5 minutos, inferior ao padrão de Figura 1 – Acelerómetro triaxial
VCI, num intervalo de tempo de 8.5 minutos para o metro.
Pela consulta a folha de dados do fabricante do integrado
A6260, responsável pela aceleração segundo os eixos X e Y,
Introdução verifica-se que a tensão de saída é 1.65V para zero g e 800
Todo o tipo de veículo, quando em movimento, é susceptível mV/g conforme apresentado na figura 2.
de causar Vibrações de Corpo Inteiro (VCI) nos seus
ocupantes.
O presente trabalho, na sua pesquisa bibliográfica e estudo
experimental, desenvolveu-se com o intuito de dar resposta a
três questões de investigação:
1. Estudar e observar o equipamento Freescale modelo
MMA6260Q e identificar os seus componentes,
nomeadamente os acelerómetros, conversores AD e RS232.
2. Realizar Medições das VCI em percursos diferenciados
nos transportes públicos,
3. Determinar em que medida o conhecimento e a análise
destas medições está de acordo o nível de conforto de Figura 2 – Datasheet A6260 [1]
passageiros.
Aborda-se as VCI, num contexto de investigação, no entanto A figura 3 demonstra a linearidade do sensor no intervalo
a metodologia utilizada, quando aplicável está de acordo de ± 2 g.
com as referências normativas para avaliação de VCI,
nomeadamente o Decreto-Lei n.º46/2006, e a Norma NP V
ISO 2631-1:2007. 3,5

3 y = 0,8x + 1,65
R² = 1
1. O Freescale modelo MMA6260Q
2,5
A figura 1 apresenta o kit acelerómetro Freescale
2
MMA6260 utilizado neste trabalho, onde se podem
identificar os componentes activos: sensores acelerómetros 1,5

(1,2), microcontrolador conversor A/D (3), conversor RS232 1

(4) e regulador de tensão 5V (5). 0,5

0
-2,5 -2 -1,5 -1 -0,5 0 0,5 1 1,5 2 2,5
g

Figura 3 – Linearidade do acelerómetro A6260 Eixos x e y

Pela consulta a folha de dados do fabricante do integrado


A1260D, do acelerómetro 2 da figura 1, eixo Z, verifica-se
que a tensão de saída é 2.5V para zero g e 1.2 V/g conforme a

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figura 4, sendo que em repouso a saída é 3.7V Na aquisição de dados foram realizadas amostragens com
correspondendo a 1 g terrestre conforme figura 5. período T=100ms. A tabela 1 apresenta os dados obtidos no
primeiro segundo de um percurso, pelo software de aquisição
Low-g Accelerometer DEMO TRIAX versão 3.3.

Os dados adquiridos sofreram conversão para g e


posteriormente para ms-2 utilizando as equações 1 e 2 e 3
obtidas através das retas de resposta linear dos sensores
apresentadas nas figuras 3 e 6.

A equação utilizada para converter os dados dos eixos x e


Figura 4 – Datasheet A1260 [2] y é apresentada a seguir:

Onde:
Va = valores adquiridos pelo acelerómetro
V = equação da reta de resposta linear da figura 3
Figura 5 – Datasheet A1260 [2]
A equação utilizada para converter os dados do eixo z é
apresentada a seguir:
A figura 6 demonstra a linearidade do sensor no intervalo
de ± 2 g.

V
6
Onde:
y = 1,2x + 2,5
Va = valores adquiridos pelo acelerómetro
5 R² = 1 V = equação da reta de resposta linear da figura 6
4

Para obter-se os valores em ms-2 é necessário multiplicar por


3
g = 9.8066 ms-2.
2

0
-2,5 -2 -1,5 -1 -0,5 0 0,5 1 1,5 2 2,5
g

Tabela 1 - Dados adquiridos em x,y,z e convertidos em g

t X Y Z X(g) Y(g) Z(g)


Figura 6 – Linearidade do acelerómetro 1260D Eixo z
0 82 77 182 -0,0527 -0,1752 0,8905
0,1 86 76 178 0,0453 -0,1998 0,8252
1.1 Conversão A/D 0,2 84 75 190 -0,0037 -0,2243 1,0212
0,3 83 75 185 -0,0282 -0,2243 0,9395
A conversão A/D é realizada pelo microcontrolador 0,4 80 74 181 -0,1017 -0,2488 0,8742
MC68HC908 (3) da figura 1. 0,5 82 76 179 -0,0527 -0,1998 0,8415
A tensão de referência de limite inferior VREFL é zero 0,6 82 77 180 -0,0527 -0,1752 0,8578
volts e a tensão de referência de limite superior VREFH é 5V, 0,7 82 76 184 -0,0527 -0,1998 0,9232
garantida pelo regulador de tensão (5) da figura 1. 0,8 83 75 183 -0,0282 -0,2243 0,9069
0,9 82 78 181 -0,0527 -0,1507 0,8742
O conversor A/D é de 8 bits logo admite 256 níveis,
1 83 79 181 -0,0282 -0,1262 0,8742
então zero volts é convertido para o valor zero e 5V é
convertido para o valor 255. Esta conversão apresenta uma incerteza do tipo B
rectangular, conforme os seguintes valores expressos em g e
em ms-2 para os eixos x,y e z conforme a tabela 2.

O valor de a é obtido através da equação 4.

1.2 Conversão dos dados exportados para ms-2 (4)

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Tabela 2 – Incerteza B rectangular das amostras obtidas. implementação de medidas de prevenção com o objectivo de
eliminar ou reduzir os riscos ocupacionais associados a esta
actividade laboral.
Segundo Paddan e Griffin (2002), a exposição a VCI em
pessoas sentadas é altamente influenciada pela dinâmica do
assento, considerando-se em alguns casos, a resposta
dinâmica do assento como um factor preponderante para
controlar a exposição a vibrações. No entanto, existe ainda
algum desconhecimento sobre a magnitude da variação da
eficácia do assento dos veículos, seja no sentido da atenuação
ou da amplificação, exigindo os estudos desta índole que se
identifique em que medida é que a dinâmica do assento
influencia a exposição ocupacional dos condutores, no que se
refere a VCI. [5]
As reacções referentes ao conforto em veículos de passeio
expressas em ms-2 são descritas por Kaderli e Gomes (2011),
sendo apresentadas na figura 8. [8]

2. Análise das Vibrações

Na análise do sinal das vibrações são quantificados


parâmetros como o valor da aceleração eficaz (RMS), a
aceleração eficaz ponderada (aw ) e o valor de pico máximo. Figura 8- Quadro de desconforto referente a vibrações
A figura 7 demonstra os parâmetros de caracterização dos
níveis de vibração. 3. Recolha de amostras e Procedimento:
Neste trabalho analisou-se o nível de vibração sofrida
pelos utilizadores efectuando as medidas com o acelerómetro
colocado no piso do equipamento de transporte.

A análise de vibrações foi baseada em raw values


Figura 7 - Caracterização dos níveis de vibração (acelerações não ponderadas de RMS) por tratarem-se de
valores discretos, obtidos pelo acelerometro utilizado, e
O valor da aceleração eficaz (RMS) é expresso em metros exportados para Excel.
por segundo ao quadrado (ms-2) para a aceleração linear (de
translação). [6] Foram colhidas amostras com período T=100ms,
totalizando 11276 amostras.
Para calcular o valor total da vibração, utiliza-se a
formula 5, sendo Aeqx, Aeqy e e Aeqz as acelerações O percurso de autocarro foi realizado em pavimento
medidas em cada um dos três eixos ortogonais [7]: asfaltado e o de metro sobre carris.

(5) As figuras 9 e 10 apresentam os percursos 1 e 2 e nos


quais foram realizadas as medições no autocarro e
metropolitano, respectivamente.
A exposição a Vibrações de Corpo Inteiro (VCI)
transmitidas a utilizadores e motoristas de meios de
transportes terrestres tem origem em vibrações mecânicas
nos veículos que se utilizam durante o percurso/tarefa diário.
Como consequência desta exposição podem surgir
problemas mais ou menos graves, que podem ir desde a
simples sensação de desconforto, até à incapacidade para
executar as tarefas diárias.
Estes efeitos foram expressos com bastante evidência
em diversos estudos direccionados, (Rehn, 2005),
(Tiemessen, 2007), não só para a avaliação da exposição
ocupacional específica dos motoristas, mas também para a

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ms-2
Percurso de metro
14

12

10

-2

-4

-6

-8
0 100 200 300 400 500 s
X(ms-2) Y(ms-2) Z(ms-2)

Figura 12 - Percurso 2 de Metro

Na figura 13 e 14 apresenta-se os gráficos 3D das


primeiras 100 amostras de cada um dos percursos estudados
os quais foram retiradas as componentes estáticas. Observa-se
que no metro existem acelerações no eixo y, transversal ao
Figura 9 – Percurso 1 de Autocarro pela Auto Estrada A1 sentido do deslocamento, o que é expectável por se tratar de
veículo que se desloca sobre carris com tendência para
balançar lateralmente.
Percurso autocarro

0,5

0
1
3
5
7
9
11
13
15
17
19
21
23
25
27
29
31
33
35
37
39
-0,5

41
43
45
47
49
51
53
55
57
59
61
63
65
67
69
71
73
75
77
79
81
83
85
87
89
-1

91
93
95
97
99
-1,5

-2

-2,5

-3

X(ms-2) Y(ms-2) Z(ms-2)

Figura 13- Percurso em 3D do Autocarro

Figura 10 – Percurso 2 do Metro Estação Santo Ovídeo -IPO Percurso metro

3.1 Material utilizado


2

Acelerómetro Freescale modelo MMA6260Q


1
3
5
7
9
11
13
15
17
19
21

-1
23
25
27
29
31
33
35
37
39
41
43
45
47
49
51
53
55
57
59

-2
61
63
65
67
69
71

Computador Portatil
73
75
77
79
81
83
85
87
89
91
93
-3

95
97
99
-4

Software Excel -5

-6

Software Low-g Accelerometer DEMO TRIAX version 3.3 -7

X(ms-2) Y(ms-2) Z(ms-2)

4. Resultados Obtidos e Discussão:


As figuras 11 e 12 apresentam os gráficos dos dados
recolhidos para o percurso 1 e 2 convertidos para ms -2.
Figura 14- Percurso em 3D do Metro
Nestes gráficos não foram retiradas a componente estática da
aceleração do eixo z a cinzento.
ms-2
14
Percurso de autocarro
Calculou-se os valores de Aeq, para o primeiro segundo,
12
do percurso de autocarro e metro, utilizando a equação 5.
10

8
Optou-se por retirar a componente estática da aceleração
6
gravítica no eixo z, devido a esta não ocasionar desconforto e
4

2
não ser relevante para o cálculo das VCI. As tabelas 3 e 4
0 apresentam os valores obtidos.
-2

-4

-6
0 100 200 300 400 500 600 s
X(ms-2) Y(ms-2) Z(ms-2)

Figura 11 – Percurso 1 de Autocarro

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Tabela 3- VCI Autocarro – Vector Aceleração (Aeq)

Figura 15- Vector Aceleração (Aeq) do Metro

A tabela 5 apresenta a média aritmética das Aeq em cada


percurso, que pode ser comparada com os valores da figura 8
para relacionar o parâmetro desconforto sentido.
Tabela 4- VCI Metro – Vector Aceleração (Aeq)
Tabela 5 – Media Aritmética do Aeq nos percursos 1 e 2

As incertezas contidas nesta tabela foram atribuídas.


Procedeu-se a pesquisa de uma grandeza Aeq semelhante,
nomeadamente 3.1078 para o autocarro e 2.6973 para o metro
e escolheu-se a incerteza deste valor como representativo da
incerteza da média aritmética do Aeq.

5. Conclusões
A incerteza no cálculo dos valores apresentados nas
tabelas 3 e 4 foram realizados de acordo com a equação 6 Neste trabalho foi realizado o estudo de um acelerómetro
com u(xi) calculado na tabela 2 triaxial sendo determinada a reta de resposta linear para cada
um dos sensores x,y e z.
(6) Com esta determinação foi possível encontrar a equação
para converter os valores raw obtidos pelo software de
aquisição de dados em g.
Foram adquiridos 6147 amostras no percurso de As medições realizadas permitiram constatar que os
autocarro totalizando 614,7 segundos e no percurso de metro utilizadores de metro estão sujeitos a um nível de vibração
foram adquiridas 5129 amostras totalizando o tempo de Aeq média de 2,6920 ± 3.6857×10-2 ms-2 inferior ao sofrido
512,9 segundos. no percurso de autocarro de 3,1073 ± 2.3158×10-2 ms-2.
As figuras 15 e 16 apresentam os valores do vector Aeq,
em amarelo, retirada a componente estática da aceleração 6. Referências
para os meios de transporte analisados.
[1] MMA6260Q Freescale Semiconductor Technical Data
[2] MMA1260D Freescale Semiconductor Technical Data
[3] MC68HC908AB32 Freescale Semiconductor T. Data
[4] Software Low-g Accelerometer DEMO TRIAX 3.3.
[5]Costa, Paulo R., Avaliação do parâmetro SEATem
motoristas de autocarros urbanos SHO2016
[6] Cerdeira, João P.C., Monitorização de Ruído e
Vibrações em Equipamentos de Pedreira, FEUP, 2013
[7] ISO 2631-1 (1997) Vibraciones Cuerpo Completo
Figura 15- Vector Aceleração (Aeq) do Autocarro [8] Kaderli F. e Gomes H.M, Análise do conforto quanto à
vibração em automóveis de passeio. Revista Liberato,Novo
Hamburgo, v. 12, n. 18, p. 107-206, jul./dez. 2011

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