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O QUE SE ESPERA DE UMA AÇÃO CULTURAL

Coelho De Moraes

Sai e entra ano eleitoral, em todas as cidades, e muita gente


passa pelo Departamento de Cultura de Mococa. Com ou sem
perfil. A maioria sem qualquer perfil. Não passam de amigos do
chefe, desqualificados e sem noção. Nunca encontramos,
porém, um plano de metas. Como preparar um plano de metas
se a pessoa nem entende do que se trata? Um plano onde se
veja a importância e a majestade do artista devidamente
valorizada.
Predominam – nas ações culturais – os eventos.
Desejamos formações e multiplicidade de ocupações do espaço
cultural em cada uma de nossas cidades.
O evento é o produto pronto que vem de fora. O Estado manda.
A mim interessa saber o que fará um departamento de cultura
para aperfeiçoar o artista da própria cidade? Aquele sujeito
criativo e brilhante que mora e trabalha na cidade.
Em vez de repetirmos a bobagem de sempre de que ‘santo de
casa não faz milagre’ urge, sim a construção de um plano de
metas – que ninguém faz - afinal, muita gente grada quer
mostrar seu valor e viver dele.
Um Departamento de Cultura não pode ser, o tempo todo, o
cabide de mais um que por ali passa sem eira nem beira. Deve,
sim, servir ao produtor cultural da cidade. Não é um produtor de
eventos com data marcada. Que isso fique para os produtores
profissionais e gerentes de outros grupos de qualquer área, que
vem, geralmente, de um grande centro catar níquel na nossa
cidade. Fora com esses caras! Se a população deseja ver o
artista global, pegue uma van e vá gastar dinheiro lá fora. Um
Departamento de Cultura decente deve promover –
intensamente - o artista da sua cidade – musicista, cênico,
plástico, folclórico, literário, dançarino, dentre outros. Deve
promover o agente cultural da sua cidade; isso nada tem a ver
com trazer shows ou montagens que o caipira aqui deve ver.
Caso o Departamento de Cultura não faça nada disso é nato-
morto. É um aborto. Se nasce mal pode nascer com a cara do
dono e isso é pura genética. Nasce para nada. Nasce para
pendurar mais uma pessoa no cabide e na sinecura.
Não me venham com boa vontade, ajudinha à toa, com
aparência de apoio, pois, os grupos têm suas atividades e
agendas de ensaios e preparações. Não são brinquedos.
Venham com um plano de ação ou saiam.
Não venham com o produto pronto que o estado manda.
Venham com ações e não apenas teorias.
Só para falar no TPM – existem muitos outros artistas e agentes
– o Teatro Popular de Mococa ‘Rogério Cardoso’, produz peças, e
filmes que já rodam o mundo, vão para a TV – Direta e Educativa
de Jundiaí – e abre cada vez mais caminhos. Imagino a
contribuição de cada cidade para a cultura da usa região, e
outras.
Dessa forma o que dizer dos demais grupos e artistas que
acabam por desistir de seguir suas carreiras nas artes, pois, a
ênfase se dá, sempre, na direção do artista que vem de fora?
Mantemos o emprego do outro, mas, acabamos com os nossos?
Resta para o artista local trabalhar nas lojas. Resta viver de
migalhas. Resta esperar que, na muda do diretor do
departamento, mudem consciências e almas. Contudo, isso é
raro.
Mas, o que o artista deseja, mesmo, é apenas um plano de
metas e ações que favoreçam o seu trabalho criador.
Cada cidade crescerá em arte e turismo, pois, terá o que
oferecer.
A produção cultural é tal que o investimento nela feito faz
evoluir a cidade. Não é investimento para dividendos
financeiros. O dividendo é moral, intelectual, sensorial e
educacional.
A cidade sempre ganhará.

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