A conversão é uma experiência espiritual também denominada “novo nascimento”
(João 3.5). Assim como um bebê não tem condições de sobreviver sozinho e precisa de uma família, também o recém-convertido necessita do auxílio de pessoas mais experientes na condução de sua nova vida em Cristo. A igreja é a família de Deus (Ef.2.19), que acolhe e cuida. Embora cada um de nós precise ter experiência pessoal com o Senhor, ele não quer que sejamos individualistas, isolados e independentes em nossa espiritualidade. A igreja é uma instituição divina. A igreja de Jesus Cristo não é a construção, o prédio ou salão onde os crentes se reúnem, embora muitas vezes chamemos assim o local dos cultos. A igreja é o conjunto dos salvos. É um grupo de cristãos que se reúnem em nome de Jesus (Mt.18.20), havendo entre eles um líder ou líderes capazes de orientar os demais e alimentá-los espiritualmente. Deus estabeleceu alguns procedimentos que promovem a comunhão entre os irmãos: Ele nos mandou fazer discípulos, e isto exige relacionamento (Mt.28.19). Jesus estabeleceu o batismo (Mc.16.16). Não existe auto batismo. Portanto, todo cristão precisa de outro para batizá-lo, assim como o próprio Cristo foi batizado por João Batista (Mt.3.13). A ceia do Senhor é outro fator de comunhão. Não existe ceia individual. Ela é sempre coletiva (ICo.11.25). A imposição de mãos, como forma de transmissão da bênção e comissionamento ministerial, é também um elemento relacional (Heb.6.1-2). A bíblia não ensina a autoimposição de mãos, mesmo porque este procedimento está fundamentado no princípio da transferência. Cada pessoa pode orar por si mesma, mas a bíblia também recomenda que oremos uns pelos outros, sendo este mais um motivo para nos reunirmos (Tg.5.14). O cenário evangélico apresenta uma infinidade de denominações cristãs, mas Jesus Cristo tem apenas uma igreja universal, formada pelos salvos de todas as épocas e lugares. A bíblia contém também a expressão plural: igrejas, como referência aos grupos de cristãos em diferentes localidades (Ap.1.11). Muitas pessoas abandonam sua congregação por motivos que vão das divergências doutrinárias aos melindres pessoais, passando também por razões práticas e conveniências particulares. Contudo, nunca devemos deixar de congregar (Heb.10.25), sabendo que não existe igreja perfeita. Nossas famílias não são perfeitas, mas nem por isso vamos abandoná- las. Jesus nos deixou a sua palavra e o seu Santo Espírito que nos aperfeiçoa cada vez mais para que, no dia da sua vinda, sua igreja seja apresentada como noiva pura, imaculada e preparada para as bodas do Cordeiro (Ef.5.25-27; Ap.19.7).