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ÍNDICE

01 HORA DE DOMINAR A COMPRESSÃO


02 COMPRESSÃO 101
03 TIPODE DE COMPRESSORES
04 TÉCNICAS DE COMPRESSÃO
05 AGORA É COM VOCÊ
EDUARDO
JULIATO
Produtor de música eletrônica

desde 2009 e criador da PME-

Experts, uma das primeiras

escolas online de produção de

música eletrônica do Brasil,

hoje com mais de 3000 alunos.

Com seu projeto Sakyamuni, já

se apresentou em vários países,

atingiu TOP1 nos lançamentos

de psytrance no Psyshop.com e

lançou por labels importantes

como a Zenon Records e a

Weapon Records, da Austrália.

Nunca pisou em uma escola de

produção e acredita no

aprendizado de forma

autodidata!
HORA DE
DOMINAR
A COMPRESSÃO
DE UMA VEZ POR TODAS!
INTRODUÇÃO
O poder da compressão a torna uma das ferramentas
mais utilizadas na mixagem, mas são poucos os
produtores/mixers que tem a mínima noção do que
estão fazendo quando utilizam um compressor.

Os compressores tem um papel fundamental na mixagem e


revolucionaram a indústria da música desde que se
popularizaram nos anos 50. O uso dos compressores faz
parte do dia-a-dia de qualquer pessoa que trabalha com
áudio.

Entretanto, apesar de a maioria deles possuir apenas alguns


poucos parâmetros a serem manipulados, dominar a arte da
compressão é algo que requer muito estudo, prática,
disciplina e, sobretudo, paixão!

É necessário conhecer a história, os compressores clássicos e


suas respectivas tecnologias, que conferem a cada um deles
características distintas, como por exemplo, o UREI "1176",
responsável pela mixagem de uma infinidade de bandas,
incluindo Led Zepellin, Rolling Stones e Michael Jackson.
Lançado em 1967, ele continua atual!
Outro exemplo é o FairChild, lançado na década de 50. Talvez,
o primeiro compressor a se popularizar na história, sendo o
preferido dos Beatles. O Fairchild continua sendo utilizado e
se tornou um item de colecionadores, custando
aproximadamente 50 mil dólares.

Felizmente, existem várias emulações hoje em dia!

Enfim, não quero transformar essa introdução em um


compilado da história dos compressores, mas sim plantar a
semente para que você comece a se interessar pelo assunto,
pois, quando se trata de compressores, o passado é o
presente e provavelmente será o futuro!

Mas nem tudo são os compressores clássicos. Existem


compressores e plugins atuais com qualidade excepcional,
como o FabFilter Pro-C3, o meu preferido! Ele é simplesmente
um cavalo de guerra (nem sei se existem cavalos de guerra...
mas essa denominação me veio à cabeça agora).

Se você deseja elevar a qualidade das suas mixagens para o


próximo nível, você precisa, obrigatoriamente, entender como
funcionam os compressores, quando eles são necessários,
quais são as diferenças entre eles, além de conceitos básicos
de dinâmica. Além disso, existe um componente especial na
compressão e mixagem: a sua personalidade e estética.
Tudo isso somado permitirá que você atinja um alto nível de
qualidade em cada mix, além de uma identidade única!

A maioria dos produtores de música eletrônica não faz ideia


do que está fazendo quando utilizam compressores e se
contentam em colocar um compressorzinho em cada canal
porque ouviram falar que é assim que se faz!

A compressão é muito mais do que isso!

Eu escrevi esse manual para compartilhar o que tenho


aprendido sobre compressão, ao longo de 10 anos de estudo.
Garanto que esse não é mais um daqueles e-books inúteis
que só servem para capturar o e-mail das pessoas.

Este é um ebook que você vai querer ler e tê-lo como um guia!

Bons estudos e tamo junto!

Eduardo Juliato
COMPRESSÃO
101
OS FUNDAMENTOS DA COMPRESSÃO E DINÂMICA
O QUE É DINÂMICA?
Antes de mergulharmos no universo da compressão,
precisamos entender o que é "dinâmica".

Chamamos de "dinâmica" a diferença entre os picos e os vales


em um sinal de áudio. Isso quer dizer que, quanto maior a
dinâmica, maiores são as variações de volume.
Imagine uma orquestra tocando. Em alguns momentos, há
muita tensão, vários instrumentos tocando ao mesmo tempo.
Em outros momento, há somente um violino.
Nesse caso, existe uma grande variação dinâmica.

Por outro lado, na música eletrônica atual, sobretudo no


gênero "EDM", a dinâmica (ou faixa dinâmica) é bem menor,
visto que os engenheiros de masterização comprimem as
músicas ao máximo para obter maior volume percebido.
Portanto, para se obter um maior volume percebido, ocorre
um sacrifício da dinâmica.

O resultado é basicamente uma parede sonora, com quase


todos os elementos tocados ao mesmo volume.
Essa tendência de super-compressão, também conhecida
como Loudness War (guerra dos volumes), felizmente, está
diminuindo.
No exemplo acima, temos uma faixa de áudio com uma
grande variação dinâmica.
Em certos momentos, o sinal está com pouca amplitude
(volume) e em outros essa amplitude é bem maior.

A depender do gênero da música e da estética que se deseja


aplicar a ela, essas variações podem representar um
problema, sobretudo quando o áudio é proveniente de
instrumentos ou vocais gravados.

A normalização desses volumes, ou seja, a redução da


diferença entre as maiores e menores amplitudes é  uma das
razões mais óbvias para se utilizar um compressor.

Entretanto, é sempre bom lembrar que quando se sacrifica


demais a dinâmica de um sinal, ele soará pouco natural e
possivelmente desagradável aos ouvidos. 
MACRO X MICRO
Além da dinâmica geral de uma música, que eu chamo de
macro-dinâmica, cada elemento da sua música possui a sua
própria dinâmica (micro-dinâmica).
Em outras palavras, o volume de cada elemento se comporta
de uma determinada maneira ao longo do tempo.

Você já deve ter ouvido falar do envelope ADSR. Este envelope


é nada mais que o comportamento do volume de um
determinado elemento ao longo do tempo.

Imagine um violino sendo tocado. O volume sai do zero e


lentamente atinge o pico. Depois, é reduzido lentamente até
chegar no zero.

Já um instrumento percussivo, por exemplo, possui uma


dinâmica bem diferente. O volume sai do zero e atinge o pico
máximo em um tempo extremamente curto e decai
rapidamente, dando ao elemento o aspecto percussivo.

Snar Pa
e d
O ENVELOPE ADSR
Você não aguenta mais ouvir falar dele, eu sei! Mas,
vamos fazer uma rápida revisão!

Qualquer sinal sonoro possui um envelope ADSR. Como já


dito, ele é a representação da maneira como o volume de um
sinal se comporta ao longo do tempo.
O volume sempre sairá do zero e retornará ao zero. Mas, a
maneira como ele se comporta durante esse trajeto é o que
confere às características dinâmicas a um sinal sonoro.

Créditos da imagem: LANDR


ATTACK
É o tempo que leva para a amplitude sair do zero e atingir o
seu máximo quando uma nota é tocada. O attack é uma
medida de tempo.

DECAY
É o tempo que leva para a amplitude sair do seu nível máximo
e atingir o período de sustentação. Assim como o attack, o
decay é uma medida de tempo.

SUSTAIN
É o nível (amplitude) do sinal enquanto a nota é tocada.
Observe que essa é uma medida de amplitude e não de
tempo. O tempo do sustain é o tempo que você permanecer
pressionando uma tecla do teclado, por exemplo.

RELEASE
É o tempo que leva para a amplitude sair do período de
sustentação e atingir o zero (silêncio). O release, por sua vez, é
uma medida de tempo.
Imagine que você está pressionando a tecla e solta. O período
entre você soltar a tecla até o volume atingir o silêncio
corresponde ao release.

Estes são conceitos simples de entender, mas que fazem a


diferença para se utilizar os compressores com o máximo de
eficiência!
A ARQUITETURA DO
COMPRESSOR
A maioria dos compressores possui os mesmos parâmetros
de controle e funcionam de forma relativamente parecida.
De maneira grosseiramente resumida, um compressor possui
2 componentes internos que são o detector e o atenuador.
O primeiro detecta o volume do sinal e o segundo atenua da
maneira como você configurar.

Essa atenuação pode ocorrer com a velocidade e intensidade


que você desejar. E para controlar essas variáveis, você
precisa aprender a manipular parâmetros como Threshold,
Ratio, Attack e Release.

THRESHOLD
O Threshold ou Input (a depender do compressor) é uma
medida em decibeis e indica a partir de qual momento o
compressor começará a trabalhar.

Por exemplo, se eu definir o meu Threshold a -20dB significa


que qualquer parte do meu sinal que ultrapassar -20dB será
comprimida. As partes que não ultrapassarem esse limite não
serão afetadas.
No exemplo acima, eu configurei o meu Threshold a -20dB.
Isso quer dizer que qualquer parte do meu áudio que tiver
uma amplitude maior do que -20dB será afetada pelo
compressor. Entretanto, a redução de ganho irá depender do
próximo parâmetro - Ratio, que é a intensidade da redução.

Sempre que for configurar o Threshold, fique atento à


redução de ganho (gain reduction) que está ocorrendo. A
maioria dos compressores mostra isso.
É no Threshold que você irá definir quantos decibeis irá
reduzir do sinal.
THRESHOLD

Já neste exemplo, o Threshold está configurado a -15dB.


Repare que o sinal que ultrapassa o -15dB não é
completamente afetado. O Threshold significa o ponto em
que o sinal começa a ser alterado de alguma forma. Mas ele
não é completamente comprimido. E quem define a
intensidade da compressão é o Ratio.

RATIO
O Ratio é uma medida em proporção que representa qual
será a intensidade da compressão. Se esta for de 100%, o
compressor passa a ter uma função de Limiter.
O Ratio trabalha em proporções (1:1, 2:1, 4:1, 10:1...).
Uma proporção de 2:1 significa que a cada 2 decibeis que
ultrapassarem o Threshold, haverá uma redução de 50%,
restando somente 1dB.
Já numa proporção de 4:1, a cada 4 decibeis que
ultrapassarem o Threshold, restará somente 1, ou seja, 25%.
Por sua vez, o ratio 1:1 não confere nenhuma compressão.
A maioria dos produtores usará Ratios mais baixos para evitar
esmagar demais o som, mas tudo depende dos seus
objetivos.

Créditos da imagem: edinburghrecords.com


ATTACK E RELEASE
O Attack é o tempo que leva para o áudio receber a
compressão completa que você configurou no Ratio +
Threshold.
Se o tempo de attack for muito rápido, tão logo o sinal
ultrapassar o Threshold, ele será afetado. Isso pode ser útil se
você tiver o objetivo de aniquilar os transientes, mas na
maioria das vezes, attacks muitos rápidos soam pouco
naturais e podem causar distorções.
Um attack de 30ms, por exemplo, permite que os transientes
dos seus snares, percs e até mesmo do bass sejam
preservados.

Créditos da imagem: proaudiofiles.com

Já o Release é o tempo que o compressor leva para sair do


estágio "comprimido" para "não comprimido". Se esse tempo
for muito curto, haverá uma alteração brusca de volume,
causando um efeito "pumping". Por outro lado, um release
muito longo não permitirá que o compressor se recupere até
a próxima nota, aniquilando o transiente de um possível
próximo elemento.
DICA DO MESTRE:

Encontrar as configurações corretas de attack e release é


absolutamente crucial para se realizar uma boa compressão.
Eu sempre gosto de começar com um attack bem rápido e ir
abrindo lentamente até que eu perceba que os transientes
estão começando a aparecer e chegam num ponto que me
agradam.
O mesmo com o release. Eu geralmente começo com ele bem
lento e vou fechando até eu perceber que a redução de ganho
chega ao zero entre uma nota e outra.

Auto Release: Alguns compressores possuem a função de


release automático. Os algoritmos geralmente são muito bons
e eu acabo optando pela opção de auto-release na maioria
das vezes.

Você também pode calcular o release time com base na


duração de um elemento (exemplo: um kick ou bass). Basta
descobrir a duração do elemento em milissegundos e ajustar
o release com base nessa informação.

Para descobrir a duração de um elemento, você pode usar


uma calculadora. Dividindo 60.000 pelo BPM, você terá a
medida de 1/4 de nota.

Ex.:
Geralmente, um kick irá ocupar o espaço de 1/16. Portanto, a
60.000/120 bpm = 500ms.
120 bpm, sabemos que o tamanho de um kick é
1/4 = 500ms
aproximadamente 125ms. Esse seria um bom ponto de
1/8 = 250ms
partida para encontrar o Release Time.
1/16 = 125ms
KNEE

O Knee significa, basicamente, quão abrupta ou gradual a


compressão ocorrerá. Não confunda com Attack, que é uma
medida de tempo.
Para ficar mais fácil o entendimento, vamos começar falando
do soft-knee (gradual).

Imagine que você definiu um Ratio de 10:1.


SOFT KNEE
O soft knee possui uma curva mais sutil, de
modo que o Ratio será aumentado de forma
gradual. Inclusive, a compressão, nesse caso,
começa ANTES de atingir o Threshold. 

No exemplo, o Ratio seria de 2:1 logo antes de atingir o Threshold


e depois continuaria aumentando até atingir o valor definido
(10:1).

Já o hard-knee é mais brusco. O Ratio HARD-KNEE


atinge o seu máximo tão logo que o
Threshold é ultrapassado. Isso confere um
efeito mais agressivo, o que pode ser útil
em elementos percussivos.
GAIN REDUCTION

A maioria dos compressores


possui um meter de redução
de ganho (gain reduction).

Basicamente, ele mostra o tanto de volume que está sendo


retirado do sinal (afinal, é pra isso que serve um compressor,
não?).
Nada de complexo nisso, mas esse parâmetro é essencial
para você observar o tanto de compressão que está sendo
aplicada.

MAKE-UP GAIN

Uma vez que o áudio foi comprimido, observe quantos


decibeis foram reduzidos e corrija com o make-up gain (ou
gain, a depender do compressor).

Desta forma, você estará


reduzindo os picos e
normalizando o volume. 
Por mais que o seu sinal
continue com os mesmos
valores no fader da sua
DAW, o volume percebido

será muito maior. Existem compressores com a função


automática de make-up gain. Vale a pena conferir, mas, na
maioria das vezes, eu prefiro não usa-la.
CONCLUSÃO
Agora que você já teve uma ótima introdução sobre conceitos
de dinâmica e sobre cada parâmetros dos compressores, você
já pode começar a testa-los em suas faixas sabendo o que
está fazendo!

A compressão é, ao mesmo tempo, uma ciência e uma arte.


Portanto, o seu estudo não tem fim. Cada compressor possui
suas particularidades e exige que você adquira um certo grau
de intimidade com as ferramentas.

Se você é iniciante, utilize os compressores nativos da sua


DAW e se acostume com os efeitos que ocorrem quando seus
parâmetros são alterados. Essa habilidade precisa se tornar
algo natural e quase instintiva para que você extraia o
máximo dos compressores.

Além disso, estude sobre diferentes compressores, leia os


manuais, assista tutoriais. Dominar a arte da compressão irá
colocar a qualidade das suas mixagens num patamar muito
mais elevado!
TIPOS DE
COMPRESSORES
OS DIFERENTES CIRCUITOS DE COMPRESSÃO E SUAS
EMULAÇÕES
OS COMPRESSORES
SÃO TODOS IGUAIS?
Desde que os compressores surgiram, lá pela década de
50, se não estou enganado, várias tecnologias foram
criadas, cada uma com suas próprias características.
Essas tecnologias permanecem até os dias atuais e,
além disso, são emuladas pelos plugins.

Se você realmente deseja elevar as suas habilidades de


compressão para o próximo nível, você precisa entender as
diferenças básicas entre os diferentes tipos de compressores.
Talvez você já tenha se deparado com termos como VCA, FET,
OPTO, VARI-MU...

Esses termos representam diferentes circuitos de compressão


e o que você precisa entender é que cada um possui
características distintas. Alguns são mais coloridos, outros
mais rápidos, outros mais agressivos, outros mais lentos.

Isso quer dizer que os parâmetros básicos do compressor


funcionam de maneira diferente em cada um deles. Portanto,
cada tipo de compressor é mais específico para determinados
objetivos durante a mixagem. Calma! Não feche o livro ainda.
Tudo vai ficar mais fácil nas próximas páginas.
VCA
COMPRESSORS
Talvez, os compressores do tipo VCA (Voltage Controlled
Amplifier) sejam os mais conhecidos e utilizados, devido
à sua versatilidade e poder! 

A maioria dos compressores que você provavelmente utiliza é


do tipo VCA. Os nativos do Ableton, FabFilter Pro-C, Waves
SSL, API2500, Waves DBX 160 e muitos outros.
Basicamente, o compressor como conhecemos, com os
parâmetros Threshold, Ratio, Attack e Release (esses
parâmetros não estão todos presentes em qualquer tipo de
compressor).

Como os compressores VCA são extremamente rápidos, eles


funcionam muito bem em instrumentos com grandes
diferenças de transientes, como a percussão.
No entanto, também são amplamente utilizados em grupos
(mix bus). Sua versatilidade permite que seja utilizado em
praticamente qualquer instrumento!

Além disso, o VCA é um compressor bastante transparente. Se


eu pudesse escolher apenas um compressor para as minhas
mixagens, seria um VCA. 
DICAS DO MESTRE

Devido à sua transparência, poder de controle e velocidade,


os compressores VCA são excelentes para:

- Compressão da bateria, percussão e outros elementos com


muito transientes.
- Adicionar punch
- Reduzir transientes e a faixa dinâmica
- Compressão em grupos

E, uma vez que eles são transparentes, eles não são a


melhor opção para:

- Colorir/esquentar
OPTO
COMPRESSORS
Os compressores mais sutis e capazes de criar texturas
incríveis em vocais ou qualquer instrumento.

Os compressores ópticos funcionam basicamente com uma


lâmpada interna (LED nos mais modernos) que acende
quando o sinal é detectado.
Quanto maior a intensidade do sinal, maior a iluminação da
lâmpada e maior a compressão. Esse circuito faz com que
haja uma "lentidão" inerente nas respostas desses
compressores.

Um dos compressores ópticos mais famosos é o Teletronix


LA-2A. Hoje em dia, há inúmeras emulações, tais como o
Waves CLA-2A.
Como você pode ver, só existem 2 knobs: Gain (input) e Peak
Reduction.
O Ratio é fixo (geralmente 4:1 no modo "Compress" e 10:1 no
modo "Limit").
O mesmo ocorre com o Attack, que é fixo em 10ms. Já o
Release é  variável, podendo durar até 5 segundos, a
depender da fonte do material. Em geral, a resposta é não
linear e depende do sinal que está sendo processado.

São compressores muito utilizados em vocais, guitarras, pads,


baixos e até mesmo em grupos devido à sutileza e, sobretudo,
à textura que são capazes de criar.

Por serem lentos, são mais utilizados para alterações macro-


dinâmicas. Desta forma, não é o compressor ideal para
controle de transientes.
DICAS DO MESTRE

Geralmente, esses compressores possuem apenas 2


controles, um Input Gain e um Threshold (Peak Reduction).
O Threshold determina em que momento o compressor
começará a agir.
É importante saber que o Input gain é posicionado APÓS a
compressão e não antes (ele deveria ser chamado de Output
gain). Então, não é ele que alimenta a compressão.

Você pode utilizar esses compressores com uma quantidade


sutil de compressão somente para se beneficiar da textura /
calor que eles criam.

Como já mencionado, não são indicados para compressão


agressiva ou controle de transientes.
TUBE
COMPRESSORS
Os compressores valvulados, também conhecidos como
"Variable MU", são os mais antigos e tem como
protagonista o glorioso FairChild, um dos compressores
mais raros (e caros) do mundo. O preferido de bandas
como Beatles e Pink Floyd.

O FairChild é como um carro antigo para colecionadores.


Quem possui um exemplar não vende e quando há algum
anunciado na internet, não custa menos de 50 mil dólares.

A boa notícia é que hoje existem muitas emulações de


altíssima qualidade, como as da UAD, Plugin Alliance e Slate
Digital, sem deixar de mencionar a Waves, com o Puig-Child.

Eles são baseados em circuitos de tubo que produzem uma


compressão suave com uma coloração agradável. Não é um
compressor de ação super rápida, portanto não é tão bom
para controle de transientes, mas adiciona calor e
profundidade a praticamente qualquer coisa. São muito
utilizados na masterização ou em grupos de canais,
promovendo uma excelente coesão e uma coloração distinta.
Ao contrário dos compressores ópticos, o VARI-MU possui um
input gain. Isso significa que você pode aumentar (boost) ou
atenuar o sinal.
Depois que você ajustou o input gain (entrada do sinal), você
pode ajustar o Threshold que determinará a redução de
ganho que você deseja.

No FairChild e em suas emulações, o attack e o release são


um único parâmetro chamado "Time Constants", com 6
diferentes configurações. Nas primeiras, você tem attack e
release mais rápidos e, nas últimas, attack e release mais
lentos. Outro exemplo de Vari-MU é o Manley.
DICAS DO MESTRE

Os Vari-MU são compressores excelentes para:

- Enriquecer faixas de áudio com harmônicos, trazendo


coloração e textura.
- Compressão paralela
- Compressão em grupos (efeito cola)
- Masterização

Por não apresentarem uma resposta linear, não são muito


indicados para:

- Controle de transientes
- Punchness
FET
COMPRESSORS
FET vem de Field Effect Transistor. Eu não sei
exatamente o que é o Transistor, para mim,
compressores FET significam Rock n'Roll!

Talvez, esses sejam os compressores mais usados na história.


Como característica, essa tecnologia (FET) permite q os
compressores sejam incrivelmente rápidos, até mesmo mais
que os VCA, mas com a diferença de não serem muito
transparentes.

Por isso, são agressivos e poderosos no controle de


transientes. Se você quer trazer mais punch e personalidade
para um vocal, guitarra, bateria e muitos outros elementos,
esses compressores são a solução.

O compressor FET mais famoso é o UREI 1176, que possui


hoje em dia inúmeras modulações, como por exemplo,
Waves, Slate Digital e UAD.
A principal caracterítica desses compressores, pra mim, é a
agressividade. Por isso, eles não são muito utilizados na
compressão de grupos ou na masterização.
Entretanto, são excelentes para compressão paralela e para
canais individuais.

O 1176 difere dos outros compressores porque possui um


Threshold fixo. Isso significa que se você quer mais
compressão, você tem que aumentar o nível de Input.

O attack e o relase possuem ambos 7 pre-configurações e elas


são um pouco diferentes da maioria dos compressores, uma
vez que o 1 indica attack e release mais lentos e o 7 indica
attack e release mais rápidos.

Outra característica peculiar do 1176 são os valores de ratio,


que são fixos (4, 8, 12 e 20:1), mas existe a possibilidade de
você apertar todos os botões de uma vez (all button nas
emulações). O resultado é um ratio entre 12 e 20:1 mas com
uma resposta diferente de attack e release.
DICAS DO MESTRE

Os compressores do tipo FET são indicados para:

- Trazer mais punch e agressividade somados à uma


coloração característica
- Moldar transientes 
- Compressão paralela (uma vez que podem ser bastante
agressivos).

Por apresentarem uma coloração característica, não são


muito utilizados para:

- Compressão transparente
E AGORA, QUAL
UTILIZAR?
Essa é uma pergunta quase sem resposta. Tudo depende
da sua familiaridade e gosto pessoal.  Mas aqui vão
algumas dicas para te ajudar na escolha do melhor
compressor.

Sempre que estiver na dúvida sobre qual compressor utilizar,


pergunte-se qual é o seu objetivo:

1. Reduzir transientes?
2. Trazer mais punch?
3. Colorir?
4. Aumentar a coesão?

Além disso, observe o sinal sonoro.

1. É um elemento percussivo?
2. É um grupo?
3. É um elemento mais soft?

Agora, você já conhece os principais tipos de compressores e


suas características. Tenho certeza que a próxima vez que
decidir utilizar um compressor para uma determinada tarefa,
você terá mais clareza sobre qual deles utilizar.
A tabela a seguir resume as principais características de
cada circuito.

Créditos da imagem: fromjasp.com


DICAS DO MESTRE

Estudar a história desses compressores clássicos é uma


excelente maneira de ganhar familiaridade com cada um
deles.
Visite os sites dos fabricantes, leia os manuais, assista vídeos
no Youtube.
Mas cuidado com o overload de informações.

É importante conhecer os diferentes circuitos de


compressão, os compressores clássicos, suas emulações e
principais características de cada um deles. Entretanto,  você
não precisa de todos eles de uma vez para realizar suas
mixagens.

Com um único compressor VCA (ex. os nativos do Ableton),


você será capaz de realizar excelentes mixagens.

Estude um de cada vez e tenha isso como um hobby!


Gradualmente, você vai ganhando intimidade e entendendo
cada vez mais quando utilizar cada tipo de compressor para
determinadas situações.
TÉCNICAS DE
COMPRESSÃO
COMO E QUANDO UTILIZAR OS COMPRESSORES PARA
ATINGIR O MÁXIMO DE QUALIDADE EM SUAS MIXAGENS
POR QUE COMPRIMIR?
Essa é uma pergunta que você deve fazer todas as vezes que
for utilizar um compressor. Parece óbvio, mas a maioria dos
produtores utiliza compressores sem saber o porquê. Isso
ocorre porque esses plugins são muito difundidos no universo
da produção e todos sabem que é necessário utiliza-los, mas
poucos sabem como e porque.

E para completar, muitos ainda sequer conseguem perceber


de ouvido as alterações dinâmicas causadas pelo compressor
e se deixam enganar por possíveis aumentos no volume.

De fato, tudo que é mais alto, em termos de volume, irá


parecer melhor. Por isso, sempre temos que ajustar o ganho
no compressor para que não haja aumento e a comparação
entre audio sem compressão X comprimido seja mais
honesta. 

Existem muitas situações em que o uso do compressor pode


ser a chave para se atingir os resultados desejados. A seguir,
vamos conhecer algumas delas.

Somente por saber quais são as razões para comprimir um


sinal já te deixarão à frente da maioria dos produtores!
REDUÇÃO DA FAIXA DINÂMICA = CONSISTÊNCIA

Quando você tem um elemento com uma faixa dinâmica


muito grande ou seja, com muita variação de volume. Por
exemplo, um vocal gravado ou um loop de percussão. Se você
deseja uma consistência tonal e normalização do volume
desse sinal, o compressor poderá te ajudar, uma vez que ele
irá reduzir os picos e evidenciar regiões com menor
amplitude, resultando em um áudio com menor faixa
dinâmica.

No exemplo abaixo, observe como regiões com maior


amplitude foram reduzidas e regiões com menor amplitude
foram evidenciadas, resultando em uma normalização do
volume.

Sem compressão

Com compressão
CONTROLE DE TRANSIENTES

Os transientes são regiões de um áudio em que a amplitude


aumenta rapidamente, ou seja, os picos. Eles são importantes
para que determinados elementos da sua composição se
sobressaiam na mix, como por exemplo o kick, bass, bateria e
até mesmo vocais.

Algumas vezes, você irá querer evidenciar os transientes para


o elemento ficar mais aparente e, em outras, irá querer
"domar" os mesmos, arredondando ou reduzindo, para que o
elemento fique mais "macio". Tudo depende da sua estética e
o compressor por te ajudar nessas tarefas.

Abaixo temos um exemplo de um loop de bateria sem


compressão e comprimido de forma agressiva para reduzir os
transientes.

Sem compressão

Com compressão
COLORAÇÃO

Talvez, você já tenha ouvido falar que um determinado


compressor é transparente. Isso quer dizer que ele não
adiciona harmônicos (saturação/distorção) ao sinal.
Por outro lado, existem os compressores que "colorem" o
som, ou seja, produzem um certo nível de saturação que
acaba enriquecendo os timbres e conferindo uma
característica mais analógica.
É um efeito colateral dos compressores analógicos que
acabou sendo reproduzido em muitos plugins que os
emulam.

Alguns compressores são utilizados exclusivamente devido à


essa textura que eles causam e não tanto pelas alterações
dinâmicas. Um exemplo são os compressores ópticos, muito
utilizados em vocais e elementos menos percussivos, uma vez
que são lentos (não sendo, portanto, muito bons para
controle de transientes) e enriquecem os timbres de maneira
sutil com harmônicos desejáveis.

Um exemplo é o clássico Teletronix LA-2A que possui várias


emulações hoje em dia.

Teletronix -L A2A
Créditos da imagem: basicwavez.com

Na primeira imagem, com o Glue Compressor, nota-se que


alguns harmônicos são evidenciados. Já na imagem abaixo,
com o FabFilter Pro-C2, por se tratar de um compressor
transparente, este efeito não ocorre.
Já com o TR5 White, uma emulação do LA-2A, nota-se a
presença de muitos harmônicos, uma vez que este é um
compressor bastante "colorido".
E, por fim, o Ozone que também é bastante transparente.

Alguns compressores evidenciam mais harmônicos ímpares,


outros pares, alguns mais agudos, outros mais médios. 
Cada compressor possui suas particularidades. Portanto,
quando se trata de colorir o áudio, é importante conhecer os
compressores que promovem este efeito.
EFEITO COLA

Se você é usuário do Ableton, é provável que já tenha utilizado


o Glue Compressor. Muita gente acredita que o "efeito-cola"
só é possível com o Glue, mas na verdade, essa técnica pode
ser utilizada com qualquer compressor.

Uma vez que você aplica uma compressão em um grupo de


canais, como por exemplo, a bateria, naturalmente, o efeito
será uma maior coesão percebida entre os elementos.

O Glue é bastante utilizado para essa função por ele


promover um pouco de coloração, o que evidencia ainda mais
o efeito pois os mesmos harmônicos são gerados para todos
os elementos do grupo.

É sempre bom lembrar que, quando


você está trabalhando com grupos de
canais, qualquer alteração pode ser
exagerada. Então, mantenha sempre
uma compressão sutil, com no
máximo 1-2dB de redução de ganho
no compressor.

Falaremos mais disso a seguir!


COMPRESSÃO
MULTIBANDA

O processamento multibanda permite que você afete


diferentes faixas de frequência independentes umas das
outras. É como se existisse um compressor em cada banda do
seu espectro, podendo atuar de forma independente. Por
todo esse controle, os compressores multibanda são mais
utilizados na masterização.

Exemplo: você está masterizando uma track e deseja


comprimir os médios em determinados momentos. Com um
compressor multibanda, você ativa uma única banda, define o
intervalo que deseja afetar e modifica as configurações
compressão.
Um outro exemplo seria na compressão de um vocal. Imagine
que em determinados momentos, há alguma sílaba que está
muito alta. Você poderia pensar em um equalizador para
corrigir o problema. Mas, nesse caso, utilizando um EQ, nos
momentos em que a sílaba exagerada não está sendo
reproduzida, você continuará atenuando as frequências.

Já com o multibanda, você pode configura-lo para atuar


somente quando uma determinada banda de frequência
ultrapassar o threshold.

Você também pode utiliza-lo como um De-Esser (atenuando


sibilâncias em vocais, por exemplo), além de alcançar uma
maior consistência tonal nos subs.

Particularmente, eu não recomendo muito a compressão


multibanda para iniciantes. Minha sugestão é que primeiro
você domine os compressores "normais" para depois estudar
a compressão multibanda.

Os usuários do Ableton
agora podem contar com
o compressor multibanda
OTT, do Steve Duda,
responsável pelo VST
Serum.
BUSS
COMPRESSION
Um buss é um ponto no seu fluxo de sinal onde várias
entradas se fundem em uma única saída.
No Ableton, esses são chamados de grupos, mas na maioria
das outras DAWs são chamados de BUSS (ou BUS).
Ao aplicar a compressão ao seu buss, ou seja, a um grupo de
canais, você está de fato aplicando a a técnica Buss
Compression.

Na maioria das vezes, o grande objetivo desta técnica é "colar"


os elementos individuais do grupo, ou seja, aumentar a
coesão, reduzir a faixa dinâmica, criando um aspecto de
parede sonora.
Nesse caso, é recomendável que você aplique uma
compressão suave, com uma Ratio de 2:1 no máximo.

Quando você encurta a faixa dinâmica de um grupo inteiro, os


elementos são percebidos como "colados". Essa técnica pode
ser realizada com qualquer compressor, mas funciona
particularmente bem com o Glue Compressor (ora, que
coincidência), bem como outros compressores coloridos.
DICAS DO MESTRE

Confira algumas dicas de compressão por grupos utilizadas


por engenheiros de áudio profissionais.

1 - Coloque o compressor no grupo antes de começar a


mix
Essa é uma técnica utilizada por grandes profissionais que
demorou para fazer sentido pra mim. Mas, na prática, você
perceberá que, quando você adiciona um compressor em um
grupo já mixado, você pode perder o
balanceamento/equilíbrio que você lutou tanto para
conseguir.
Além disso, quando o compressor é adicionado no grupo
antes da mixagem, você perceberá que precisa de menos
compressores nos canais individuais e a mixagem será mais
fácil.

2 - Attack Time
Se você definir o attack muito rápido, o seu grupo perderá os
transientes e soará mais soft, distante.
Por outro lado, com o attack mais lento, os transientes são
evidenciados, e você terá uma mix com mais punch, peso,
presença. Tudo depende do seu objetivo! Dica: Comece com o
attack bem rápido e vá abrindo lentamente até ficar satisfeito
com o resultado.
3 - Release Time
É interessante que o release seja o mais rápido possível,
desde que não tenha distorção.
Se o release for muito lento, a mix perderá definição, punch e
presença.
Você pode usar o auto-release se desejar.

4 - Ratio
Você não vai querer uma compressão muito agressiva.
Portanto, um ratio de até 2:1 é considerado conservador.

5 - Gain reduction
Este é um parâmetro extremamente importante em
praticamente todas as técnicas de compressão.
Na compressão por grupos, é interessante que a redução de
ganho seja entre 1-2dB.
SIDE-CHAIN
COMPRESSION
Vamos aos conceitos básicos. Quando você ativa o modo
sidechain em um plugin, você diz a ele para responder a uma
entrada externa em vez do áudio que o está alimentando.

Confuso?
Imagine que eu coloquei um compressor no meu baixo. O
detector do meu compressor irá analisar a intensidade do
sinal do baixo e comprimi-lo. Mas, na compressão por cadeia
lateral (side-chain) é diferente. 

O detector do meu compressor, ao invés de analisar o sinal do


baixo, irá analisar o sinal de um outro canal, que na maioria
das vezes é o do kick.

Observe, o áudio a ser comprimido continua sendo o do


baixo. Mas o áudio analisado, que será a referência para a
compressão, será o do kick. Desta forma, o baixo será
atenuado toda vez que seu kick tocar, liberando espaço extra.

Você pode usar o side-chain de várias formas, para criar mais


separação entre kick e bass, criar um "bombeamento" em um
pad, ou para corrigir mascaramento de frequências entre 2
elementos que tocam juntos.
Não confunda a técnica de compressão por side-chain com o
filtro side-chain que alguns compressores possuem, como por
exemplo o Pro-C2 (imagem acima).

Este equalizador interno (presente em alguns compressores)


permite que você escolha em quais frequências o compressor
irá atuar, um conceito parecido com o multibanda.
Isso significa que o compressor não responderá às
frequências fora desse intervalo.

Esse recurso é muito útil para comprimir elementos graves,


como o kick ou grupos de elementos nos quais o kick e bass
estão presentes. Caso contrário, o compressor responderia
primeiro às frequências mais evidentes, ou seja, as mais
graves. Isso acaba eliminando demais os graves, tornando a
mix fraca e sem peso.
DICAS DO MESTRE

Algumas dicas para servirem como ponto de partida quando


você for utilizar a técnica da compressão por side-chain.

- Attack: O mais rápido possível (desde que não haja


distorção)

- Release: Sempre dependerá do BPM da música, mas atente-


se para que o Gain Reduction atinja o zero antes do próximo
kick.

- Threshold: Aqui é uma questão pessoal. Quanto mais baixo


o threshold, mais agressivo será o efeito.

- Ratio: O mesmo que o threshold. Mas, eu diria que 4:1 é um


bom ponto de partida
COMPRESSÃO EM
SÉRIE
A técnica da compressão em série se dá quando você usa
vários compressores no mesmo canal, um após o outro.
Você obterá um som mais natural aplicando uma leve
compressão com vários compressores do que aplicando uma
compressão pesada com um único compressor.

Aqui não existem muitas regras. Você pode experimentar


diferentes compressores com diferentes configurações entre
si.

Entretanto, algumas dicas para que você utilize essa técnica


da mesma forma que os engenheiros profissionais:

1. Utilize compressores rápidos antes de compressores


lentos

2. Utilize compressores com Ratios maiores antes daqueles


com Ratios menores.

3. Utilize compressores com attacks rápidos antes de


compressores com attacks lentos.
Desta forma, você irá atenuar os transientes de forma
agressiva no início. Isso trará maior consistência para o áudio,
porém, sem os transientes, ele ficará mais abafado e perderá
um pouco de punch.

E é aí que entra o segundo compressor, que, com um attack


mais aberto, trará de volta o peso e punchness do áudio,
porém, agora com mais consistência.

Você também pode escolher diferentes tipos de


compressores com o objetivo de criar coloração e textura ao
mesmo tempo em que ocorre o controle dinâmico.

Experimente diferentes tipos de compressores, com


diferentes configurações.

Você pode utilizar 2, 3 ou até mesmo mais compressores. O


céu é o limite! Não tenha medo de testar, porém, atente-se
para que o efeito em cada um dos compressores seja sutil.
Caso contrário, você terá um sinal com a dinâmica muito
reduzida e pouco natural.
COMPRESSÃO
PARALELA
A compressão paralela, conceitualmente, consiste em duplicar
um canal de áudio e aplicar uma compressão bastante agressiva
em um dos canais.
Posteriormente, você mistura os 2 canais através do fader de
volume.
As taxas de compressão, nessa técnica, variam de 4:1 a 10:1.
Ao misturar o nível da faixa duplicada com o original, é fácil
encontrar um equilíbrio entre um sinal dinâmico e um sinal
compactado.

Existem várias formas de realizar essa técnica, que variam de


acordo com o seu software de produção. Entretanto, existe uma
maneira muito mais simples e que funciona muito bem, utilizando
o botão Dry/Wet do seu compressor.

No Dry/Wet, você pode determinar a quantidade de compressão que será aplicada a um


determinado sinal de áudio, sendo que 100% Dry significa sem compressão e 100% Wet
significa 100% de compressão. Você pode regular essas proporções para encontrar o melhor
resultado.
Com a compressão paralela, você pode controlar facilmente a
dinâmica de um instrumento sem parecer que ele foi
compactado demais.

A técnica é particularmente útil quando você deseja dar mais


punch para um determinado elemento ou grupo. O resultado
é, ao mesmo tempo, uma mix mais "na sua cara" e ainda
natural.
DICAS DO MESTRE

Algumas dicas para você atingir resultados incríveis:

- Ratio: Pode ser bem agressivo. Experimente algo entre 8:1 e


20:1. Parece exagerado, mas lembre-se que é uma mistura de
sinais em que apenas um será comprimido dessa forma.

- Gain Reduction: É interessante manter uma redução de


ganho agressiva, entre 5-15dB.

- Attack time: quando você procura uma compressão paralela


agressiva, geralmente quer um ataque rápido. Algo abaixo de
2 ms.

- Release time: O release para compressão paralela é


geralmente bastante curto. Comece com algo em torno de 60
ms e ajuste-o até parecer bom.
AGORA É
COM VOCÊ
HORA DE POR A MÃO NA MASSA!
PALAVRAS
FINAIS
Se você chegou até aqui, parabéns! Nesse momento, você já tem um
conhecimento que está muito além da imensa maioria dos produtores!
Esse conhecimento fará com que você eleve cada vez mais a qualidade das
suas mixagens.

Mas, o estudo não para por aqui! É necessário praticar, ganhar intimidade com
os compressores, conhecer cada vez mais sua história, bem como diferentes
técnicas de compressão.

Não se limite ao conhecimento teórico. Busque sempre aumentar as suas


habilidades através da prática consistente!

Se você quer dar o próximo passo no universo da compressão, sugiro que


conheça o curso A Arte da Compressão. Para os leitores deste livro, ele terá
um valor muito reduzido, porém, por tempo limitado.
Grande abraço, e bons estudos!

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