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Trabalho Laboratorial: verificação da Lei de Joule pelo Método do Calorímetro

Disciplina: Termodinâmica Aplicada

Professora: Cristina Ribeiro

Curso: LEIM

Nome: Selma Schultes nº 1120929

Nome: Ana Catarina Monteiro nº 1100853

15/10/2015
Conceitos Abordados:

 Efeito de Joule;
 Potência Electrica
 Calor Dissipado

Introdução Teórica

Quando um condutor é aquecido ao ser percorrido por uma corrente eléctrica, ocorre a transformação
de energia eléctrica em energia térmica. Este fenómeno é conhecido como Efeito Joule, em
homenagem ao Físico Britânico James Prescott Joule (1818-1889).

Esse fenómeno ocorre devido o encontro dos electrões da corrente eléctrica com as partículas do
condutor. Os electrões sofrem colisões com átomos do condutor, parte da energia cinética do electrão
é transferida para o átomo aumentando seu estado de agitação, consequentemente sua temperatura.
Assim, a energia eléctrica é transformada em energia térmica (calor). [2]

“Verifica-se que pela passagem de uma corrente eléctrica I , numa resistência eléctrica R, a energia W ,
dissipada por efeito de Joule, durante o intervalo de tempo (t2-t1 ) é:

Para verificar esta lei, é suficiente conhecer a elevação de temperatura θ ∆ da água contida num
calorímetro de capacidade térmica desprezável, que é proporcional à quantidade de calor Q libertado.
“[1]

Neste experimento a capacidade térmica do calorímetro não é desprezável sendo adicionada a


expressão anterior:

m.c.(θ2-θ1) + c.( θ2-θ1)

onde:
C = 1cal/gᵒC= 4186 J/kgᵒC (calor mássico da água)
m(massa de água)
Ɵ2-Ɵ1(variação da temperatura)

Por meio do calorímetro é possível medir experimentalmente os valores do calor liberado ou


absorvido por determinado material nas reacções químicas. A energia liberada aquece determinada
quantidade de água, tornando possível a medição da variação da temperatura.

“Partindo do princípio de que a resistência R é independente da temperatura e que a capacidade


térmica mássica c da água é constante durante a experiência e variando separadamente R, I e t, pode-
se verificar que a quantidade de calor Q(ou W ) libertada de um calorímetro é proporcional:

- à resistência R;
- ao quadrado da intensidade de corrente eléctrica I ;
- ao tempo decorrido (t2-t1 )” [1]
.

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Procedimento Experimental:

Figura 1 – Montagem experimental para verificação da Lei de Joule pelo método do calorímetro. [1]

Materiais Utilizados:

• Calorímetro (C)
• Conjunto de 3 resistências (R)
• Amperímetro (A)
• Termómetro (T)
• Reóstato (RE) 50 Ω
• Proveta de 500 ml
• Cronómetro
• Fios de ligação

Descrição:

Iniciamos o procedimento com a colocação de 250ml de água (volume correspondente a 250 g de


água) no calorímetro;

Mergulhamos dentro do calorímetro, a resistência eléctrica de valor R1=2,4Ω;

Montamos o circuito conforme a da Figura 1, fixando uma tensão V=10V na fonte e, variando o
reóstato, ajustamos a intensidade de corrente eléctrica intensidade para o valor de I1=1,60 A.

Registamos, em intervalos de tempo ∆t =60 s , os valores da temperatura lida no termómetro,


durante 30 minutos e posteriormente, repetimos todos os procedimentos para novos valores da
corrente eléctrica I2=1,80 A e I3=2,00 A conforme a tabela nº1 e gráfico1 do anexo 1 .

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Cálculos Realizados:

 A- Determinação da capacidade térmica do calorímetro:

𝑊 = 𝑄á𝑔𝑢𝑎 + 𝑄𝑐𝑎𝑙

𝑅𝐼 2 ∆𝑡 = 𝑚á𝑔𝑢𝑎 𝑐∆𝜃 + 𝐶∆𝜃

𝐶∆𝜃 = 𝑅𝐼 2 ∆𝑡 − 𝑚á𝑔𝑢𝑎 𝑐∆𝜃


c 4186 J kg-1 °C-1
m 0,25 kg
R 2,4 Ω 𝐼 = 1,6𝐴 𝐶 = 302,18 J K −1
𝐼 = 1,8𝐴 𝐶 = 273,95 J K −1
Δt 1800 s
𝐼 = 2,0𝐴 𝐶 = 335,90 J K −1
8,2 °C
Δθ 10,6 °C Média da capacidade térmica ∶ 𝐶 = 304,01 J K −1
12,5 °C

 B- Verificação da proporcionalidade 𝑊 ∝ 𝑡:

𝑚á𝑔𝑢𝑎 𝑐∆𝜃 = 𝑅𝐼 2 ∆𝑡 − 𝐶∆𝜃

𝑅𝐼 2 𝐶
∆𝜃 = ∆𝑡 − ∆𝜃
𝑚á𝑔𝑢𝑎 𝑐 𝑚á𝑔𝑢𝑎 𝑐

O coeficiente angular é o declive da reta:


𝑅𝐼 2
𝑚=
𝑚á𝑔𝑢𝑎 𝑐

𝐼 = 1,6𝐴 𝒎 = 0,0043 °C s −1 𝒃 = 20,681 J


𝐼 = 1,8𝐴 𝒎 = 0,0059 °C s −1 𝒃 = 19,075 J
𝐼 = 2,0𝐴 𝒎 = 0,007 °C s−1 𝒃 = 21,265 J

Verificação da proporcionalidade 𝑊 ∝ 𝐼 2 :

∆𝜃 −2
8,2 °C 𝐼 = 1,6𝐴 𝐼 2 = 3352 °C A

∆𝜃 −2
Δθ 10,6 °C 𝐼 = 1,8𝐴 𝐼 2 = 3424 °C A

∆𝜃 −2
12,5 °C 𝐼 = 2,0𝐴 𝐼 2 = 3270 °C A

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 Erros associados as grandezas medidas directamente:

Grandeza Aparelho Resolução Erro


 Temperatura (°C) Termómetro 0.1 °C 0.05°C
 Tempo (s) Cronómetro 0.01 s 0.005 s
Erro
1.6A 1.80 A 2.0 A
 Intensidade (A) Multímetro ± (1% valor lido + 0.01) 0.1016 A 0.1018 A 0.102 A

 Incerteza do coeficiente angular determinado por regressão linear:

𝑆𝑦(𝑛−1)√1−𝑟 2
u(d)= tn-1 𝑆𝑥(𝑛−1)√𝑛−2

r2 SY(n-1) Sx(n-1) T(n-1) u(d)


1,6A 0,9984 2,371266 545,5273 1,1 3,614.10-5 °C.s-1
1,8 A 0,9998 3,192885 545,5273 1,1 1,721.10-5 °C.s-1
2,0 A 0,9998 3,749336 545,5273 1,1 2,021.10-5 °C.s-1

Discussão dos Resultados:

1- No valor calculado para a incerteza do declive obtido por regressão linear utilizamos o valor do
t da distribuição de student adequada para pequenas amostras, no caso deste experimento
em que os dados são para amostra iguais a 30, graus de liberdade (30-1)=29 a utilização deste
método parece-nos incorporar mais uma fonte de erro.
𝑊
2- Na verificação da proporcionalidade W∝ 𝑡 o quociente W=RI2. ∆𝑡 → ∆𝑡 = 𝑅𝐼2 , desprezando a
capacidade térmica do calorímetro, verificamos que embora a equação apresente o
denominador elevado ao quadrado, há linearidade, dado que a energia transmitida mantem-
se constante no tempo, devido a intensidade da corrente ter sido fixada em 1,6 A, ou seja, a
intensidade seria uma parábola somente se esta variasse com o tempo.
3- Podemos desprezar a capacidade térmica do calorímetro por este termo vir a somar e só
interfere no deslocamento vertical da recta de regressão.

Conclusão:

Os procedimentos realizados na experiência laboratorial correram dentro do esperado. Os resultados


obtidos deixam margem para uma análise mais cuidada no cálculo da incerteza do declive bem como
da proporcionalidade de W∝ 𝑡 considerando a capacidade térmica do calorímetro.

Bibliografia:

[1] Guião Laboratórios de Física ISEP –DEFI-NRM-1003 versão:01 data 26/02/2009

[2] http://www.efeitojoule.com/2008/04/efeito-joule.html em 19/12/2015

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Anexos

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Temperatura (°C)
Tempo (min) Tempo (s)
1.6 A 1.8 A 2.0 A
0 0 20,3 19 20,7
1 60 20,9 19,3 21,3
2 120 21,2 19,8 21,9
3 180 21,5 20,2 22,4
4 240 21,8 20,5 22,9
5 300 22,1 20,9 23,3
6 360 22,3 21,2 23,8
7 420 22,6 21,6 24,2
8 480 22,8 22 24,7
9 540 23,1 22,2 25,1
10 600 23,3 22,6 25,5
11 660 23,6 22,9 26
12 720 23,8 23,3 26,4
13 780 24,1 23,6 26,9
14 840 24,3 24 27,3
15 900 24,6 24,3 27,8
16 960 24,9 24,7 28,2
17 1020 25,1 25 28,7
18 1080 25,4 25,4 29,2
19 1140 25,6 25,7 29,6
20 1200 25,9 26,1 30,1
21 1260 26,1 26,4 30,5
22 1320 26,4 26,8 30,8
23 1380 26,7 27,1 31,1
24 1440 26,9 27,5 31,4
25 1500 27,2 27,9 31,7
26 1560 27,4 28,2 32
27 1620 27,7 28,6 32,4
28 1680 28 28,9 32,6
29 1740 28,2 29,3 32,9
30 1800 28,5 29,6 33,2
Tabela 1 – Valores de temperatura e tempo apontados durante a experiência

Regressão Linear ∆𝜃=f(∆𝑡)


40 y = 0.007x + 21.265
y = 0.0059x + 19.075
35 R² = 0.9942
R² = 0.9998
Temperatura (°C)

30
25 y = 0.0043x + 20.681
20 R² = 0.9988 1.6 A
15 1.8 A
10
2.0 A
5
0
0 500 1000 1500 2000
Tempo (s)

Gráfico 1- Regressão linear dos valores da temperatura em função do tempo


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