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RELATÓRIO DA PRIMEIRA ATIVIDADE DE

LABORATÓRIO DA DISCIPLINA DE FÍSICA 1.


Elicardo Gonçalves1, Leandro Pereira2, Douglas Ferreira3, Rafael Dutra4, Retato Freitas5
1
elicardo.ifrj@gmail.com
2
leandro.pereira@ifrj.edu.br
3
douglas.ferreira@ifrj.edu.br
4
rafael.dutra@ifrj.edu.br
5
renato.freitas@ifrj.edu.br

Física 1 – Curso Técnico em Mecânica Integrado ao Ensino Médio – Campus Paracambi - IFRJ

Resumo
Com uma tarefa simples, como o cálculo da velocidade de um objeto em movimento, esta
atividade de laboratório visa mostrar o uso de equipamentos como o trilho e ar e o sensor de
movimento, no uso de atividades práticas de laboratório de física, principalmente ligadas à
cinemática. O fenomeno observado foi o movimento com velocidade constante (movimento
uniforme) do objeto de estudo, um carrinho sobre o trilho de ar.

Palavras-chave: Movimento uniforme, trilho de ar, cinemática

1 - Introdução
O movimento uniforme é um dos primeiros tópicos a serem abordados em cursos de
mecânica e introdução a física. É um modelo que encontra bastante aplicações práticas no dia
a dia, desde previsão de chegada de viagens, até previsões do tempo (considerando o
movimento de massas frias e quentes).
Sua principal característica é a ausencia de aceleração, tanto centripeta quanto linear,
resultando em um movimento que esteja sempre com a mesma velocidade, sentido e direção
fazendo uma trajetória uniforme e em linha reta. Por causa disto, ele também é conhecido como
movimento retilíneo uniforme (M.R.U.)
Tomando-se como referência um sistema de posicionamento cartesiano (mesmo que em
uma única direção), as equações que regem o modelo de movimento uniforme são as mesmas
usadas em funções lineares, onde o coeficiente agular faz o papel de velocidade e coeficiente
linear faz o papel de posição inicial. Para movimento uniforme, esta função é chamada de
função horária da posição, associando cada valor do argumento “tempo” com um valor da
variável dependente “posição”. Esta função pode ser expressa por:

𝑆(𝑡) = 𝑆0 + 𝑣𝑡 (1)

Onde:
S(t) indica a posiçao “S” em função do tempo “t”
S0 indica a posição inicial (neste caso, a posição para quando t = 0)
𝑣 indica a velocidade do objeto.

Na prática, é possível abordar um movimento uniforme real e ajustá-lo a uma função


horária, fazendo previsões do que aconteceria com o corpo em movimento em instantes
posteriores. Para isto seria necessário criar ou ter um sistema de posicionamento e uma forma
de aferir intervalos de tempos para determinadas posições. A partir disto é possivel calcular os
parâmetros velocidade e posição inicial.
O objetivo deste trabalho é, a partir de um objeto em movimento uniforme, calcular sua
velocidade, obter sua função horária, construir o gráfico, a partir desta função horária e estimar
em quanto tempo este objeto chegaria a uma posição pré estabelecida (no nosso caso, na posição
S = 3m).

2 - Materiais e métodos

2.1 – Simulando o movimento uniforme


Objetos podem andar, deslizando sobre uma superfície lisa, mas devido ao atrito com a
mesma, este movimento é sempre desacelerado. Para obter movimentos próximos do uniforme,
é preciso minimizar este atrito.
O trilho de ar é um equipamento feito para minimizar o efeito do atrito, fazendo com
que um objeto específico, o “carrinho”, esteja microscopicamente suspenso por jatos de ar
regulares e igualmente espaçados. É composto por um trilho de aluminio (ou aço) de perfil
triangular, com várias perfurações regulares por onde o ar será expelido. O “carrinho” é um
objeto de perfil complementar ao do trilho, para poder ser encaixado no mesmo. O comprimento
do carrinho é grande o suficiente para que este esteja sempre sobre pelo menos duas perfurações
do trilho, formando duas ou mais bases de ar para a sustentação. A representação esquemática
e a foto de um modelo deste trilho é mostrado na figura 1.

A B

Figura 1 – Esquema de representação de um trilho de ar (A) e foto do trilho de ar


utilizado (B)

Foi utilizado um trilho de ar da marca AZEHEB, modelo AZB178. Neste trilho de ar,
está anexado a uma fita métrica ao longo de seu perfil. Esta fita tem graduações em centímetros
que foram utilizadas como sistema de localização do “carrinho” e dos sensores.

2.2 – Aferindo os intervalos de tempo


Para medir a duração de um trecho de movimento, foram utilizados dois sensores
fotoelétricos, também da marca AZEHEB modelo PDG-D10.
Dois sensores de presença foram anexados no carrinho em posições pré-definidas. Os
dois são ativados quando um objeto passa por eles. Ao ativar o primeiro sensor, inicia-se uma
contagem em um cronometro AZEHEB modelo AZB-20. Ao passar pelo segundo sensor, a
contagem para. A figura 2 mostra os dois sensores posicionados no trilho.
Figura 2 – Trilho de ar com sensores nas posições S1 e S2.

Desta forma é possível medir o intervalo de tempo Δt em que o “carrinho” leva da


posição S1 do primeiro sensor até a posição S2 do segundo. Sabendo-se as duas posições, é
possivel calcular o deslocamento ΔS.

∆𝑆 = 𝑆2 − 𝑆1 (2)

2.3 – Colocando o carrinho em movimento


Para acelerar o carrinho até uma velocidade apropriada, utilizou-se uma pequena massa
suspensa ligada ao carrinho por uma linha de massa desprezível. Esta linha passa por uma polia
de massa também desprezível. Um esquema demonstrativo desta configuração pode ser vista
na figura 3.

Figura 3 – Sistema utilizado para colocar o carrinho em movimento.

Enquanto a massa suspensa estiver “puxando” o carrinho, este está acelerando. Ele só
entrará em movimento uniforme quando esta massa suspensa repousar sobre o chão ou sobre
alguma outra superficie de sustentação. Ajustou-se a altura desta superfície para que a massa
suspensa chege até ela antes que o carrinho passe pelo primeiro sensor. Desta forma, ao passar
pelo primeiro sensor, o carrinho não estava mais em movimento acelerado, mas em movimento
uniforme. Garante-se assim, a reprodutibilidade do esperimento, uma vez que esta configuração
da sempre a mesma velocidade ao carrinho.

2.4 - Configuração experimental


O procedimento foi feito nas seguintes etapas:
1 - Posicionou-se o primeiro sensor em S1 = 17cm e o segundo sensor em S2 = 31cm.
2 - Soltou-se o carrinho de uma posição inicial arbitrária, delimitada pelo proprio espaço
no trilho de ar.
3 – Anotou-se o valor Δt do tempo aferido pelo cronometro ligado aos sensores.
4 – repetiu-se as etapas 2 e 3 por 5 vezes, para obter-se uma média dos tempos
5 – obteve-se a média dos tempos, de 5 medidas consecutivas.
Esta média pode ser obitida por:

∆𝑡1 +∆𝑡2 +∆𝑡3 +∆𝑡4 +∆𝑡5


∆𝑡𝑚é𝑑𝑖𝑜 = (3)
5

6 – com os valores de S1, S2 e Δtmedio, calculou-se a velocidade do objeto.


Este calculo pode ser feito por?

𝑆2 −𝑆1
𝑣= (4)
∆𝑡𝑚é𝑑𝑖𝑜

7 – Adontando-se S1 como posição inicial, estimou-se a função horária, como descrito


na equação (1).
8 – Com a função horária, escolheu-se quatro tempos igualmente espaçados, além do
zero e do máximo (considerando este sendo S = 2m). A partir destes tempos, estimou-se suas
respectivas posições. Com o auxílio do software microsoft Excel, constuiu-se o gráfico para
esta função. Usou-se o tipo “dispersão com linhas suaves e marcadores”. Para os valores deste
trabalho, foram escolhidos os tempos 0; 0,72s; 1,44s; 2,16s; 2,88s e 3,60s
9 – a partir da função horária, estimou-se o valor de t para uma suposta posição do
carrinho em S = 3m.
Para isso, basta “isolar” o tempo da função horária.
A partir da equação (1), sabemos que
𝑆 − 𝑆0 = 𝑣𝑡 (5)
Então temos:
𝑆−𝑆0
𝑡= (6)
𝑣
Onde S é a posição de 3 metros, S0 é a posição do primeiro sensor, e 𝑣 é calculado na
equação (4).
3−0,17
𝑡= (7)
𝑣

3 - Resultados

3.1 – Cálculo da velocidade


Os tempos achados nas 5 medidas estão na tabela abaixo.

Tempo Valor (segundos)


Δt1 0,276
Δt2 0,274
Δt3 0,275
Δt4 0,275
Δt5 0,274
Tabela 1 – Valores de tempo medidos.
De acordo com a equação (3), a média é calculada da seguinte forma:

0,276+0,274+0,275+0,275+0,274
∆𝑡𝑚é𝑑𝑖𝑜 = (8)
5

Utilizando três casas decimais como algarismos significativos, o valor do tempo médio será:

∆𝑡𝑚é𝑑𝑖𝑜 = 0,275 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜𝑠 (9)

Os valores de S1 e S2 foram convertidos para a unidade do Sistema internacional. (metros).


Sendo assim, S1 = 0,17 m e S2 = 0,31 m. De acordo com a equação (4), o cálculo da velocidade
será:
0,31 − 0,17
𝑣= (10)
0,275

O que resulta em
𝑣 = 0,509 𝑚/𝑠 (11)

3.2 - Função horária


A função horária foi construida tomando-se S1 como posição inicial (o momento onde
o tempo é igual a zero) e o valor da velocidade mostrado na equação (11). A partir da equação
1, então, temos:

S(t) = 0,17 + 0,509t (12)

Onde S(t), em metros, é a posição do “carrinho” no instante t, em segundos.

3.3 – Gráfico da função horária

O gráfico da função horária, entre as posições 0 e 2 metros está exibido na figura 4.

Posição (S) em função do tempo (t)


2.5

2
Posição (metros)

1.5

0.5

0
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4
tempo (segundos)

Figura 4 – Gráfico da posição em função do tempo, construido a partir da função horária.


3.4 – Valor do tempo para uma suposta posição S.
Foi escolhida uma suposta posição S = 3 m. Para esta posição, foi calculado o tempo
equivalente, ou seja, em que instante o objeto estaria nesta posição. Para tal, usa-se a equação
(7), substituindo o valor de Se de v.
3 − 0,17
𝑡= (13)
0,509
O que nos dá

𝑡 = 5,560 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜𝑠 (14)

Ou seja, 5,560 segundos após passar pelo primeiro sensor, o “carrinho” passaria pela posição
S=3 metros.

4 - Discussão
O trilho de ar, apesar de não anular totalmente, faz o atrito chegar quase a zero. Isto faz com
que o movimento do carrinho possa ser caracterizado pela função horária que rege movimentos
uniformes. Para isto, foi necessário considerar desprezível algumas variáveis do problema, pois
além do atrito, a resistência do ar, a massa da linha, a massa da polia e uma imperceptivel
inclinação do trilho foram consideradas nulas. Esta aproximação mostrou-se viável, pois os
resultados estavam todos dentro do esperado.
O cálculo da velocidade chegou a um valor dentro da faixa esperada, mostrando coerencia do
modelo usado. Além disso, a medida do tempo, usada neste cálculo, mostrou uma pequena
variação ao longo das medidas, que, apesar de mostrar alguma influencia de variáveis não
consideradas, mostra coerencia no forma de dar movimento ao carrinho, uma vez que a maior
variação foi de 0,002 segundos. Durante todo o trabalho, por escolha arbitrária, os valores foram
aproximados para 3 casas decimais.
A função horária foi montada com facilidade, considerando a posição do primeiro sensor como
posição inicial. Esta consideração é totalmente coerente, uma vez que quando o carrinho passa
por este sensor, o cronometro dispara, ou seja, nesta posição t = 0.
O gráfico foi construido com facilidade, com auxilio de software. Este gráfico é uma linha reta,
como acontece com todas as funções lineares.
É importante mencionar que a equação (7) é um desdobramento da função horária, e também
seria possível fazê-lo pela equação (12).

5 - Conclusões.
Os intervalos de tempo são aproximadamente regulares, o que mostra que a forma como o
carrinho foi posto em movimento é reprodutível.
A velocidade encontrada foi de 0,509 metros por segundo, compatível com as dimensões e a
ordem de grandeza das medidas de tempo do experimento.
A função horária foi criada, com os dados usados e a velocidade calculada. O gráfico é uma
representação visual desta função, contendo suas informações. Com a função horária, foi
possível prever o tempo para uma suposta posição S = 3m, caso o trilho de ar tivesse tais
dimensões.

Referências
IENH. Manual de normas de ABNT. Disponível em www.ienh.com.br
LAUDARES, F.; LOPES, M.C.S.M.; CRUZ, F.A.O. Usando Sensores magnéticos em um
trilho de ar. Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 26, n. 3, p. 233 - 236, (2004)
OLIVEIRA, N. M.; ESPINDOLA, C. R. Trabalhos acadêmicos: recomendações práticas.
São Paulo:

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