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A Química Verde na EEUM

1. Âmbito
A Escola de Engenharia da Universidade do Minho identificou a Química Verde como uma das
áreas estratégicas para o desenvolvimento tecnológico. Com o objectivo de perceber as
actividades integradas na área Química Verde que estavam a ser desenvolvidas na EEUM e
promover a dinamização de novos temas foi criado um grupo de trabalho envolvendo
docentes/investigadores dos Departamentos da Escola – DEB, DEP, DET e DPS - que
realizavam trabalho nesta área.

2. Definição
O conceito Química Verde foi introduzido há cerca de dezassete anos nos EUA pela EPA e
implica o desenvolvimento de processos químicos, produtos e serviços que levem a um
ambiente mais sustentável, limpo e saudável. Esta abordagem envolve a compreensão e gestão
do impacto ambiental dos fluxos de massa e energia associados ao produto e serviço em
consideração desde a extracção da matéria-prima até à sua incorporação em novos produtos ou
a sua eliminação, passando pelas diferentes fases da sua vida (incluindo reutilização e
reciclagem). Embora o conceito Química Verde seja relativamente recente, na verdade não
apresenta nada de novo, uma vez que a busca de um desenvolvimento auto-sustentável há
anos que está incorporada nos ideais do homem moderno.

3. Na EEUM
Partindo desta definição de Química Verde foram identificados nos Departamentos da EEUM
acima identificados vários projectos que se enquadram neste conceito.

3.1 Departamento de Engenharia Biológica


No DEB, os projectos relacionados com este tema podem ser divididos em três categorias
principais:

A. Biorremediação
A.1 - A reutilização catalítica de biossorventes suportados em zeólitos visa a definição de
uma tecnologia ambiental sustentável e de baixo custo dirigida a pequenas mas produtivas
unidades industriais, produtoras de águas residuais com baixas concentrações de metais
pesados. Este processo de remediação produz um material inteiramente novo a partir de
resíduos que poderá ser comercialmente explorado. Aquilo que constitui um problema de
deposição não reciclável, biomassa carregada com metais pesados, é convertido em
superfícies zeolíticas modificadas, aplicáveis no tratamento de correntes gasosas com
componentes perigosos;
A.2 - A biorrecuperação de solos contaminados com metais pesados que tem como objectivo
o desenvolvimento de uma tecnologia para biorecuperar solos específicos da zona norte de
Portugal, contaminados com metais pesados e na presença de compostos orgânicos;

B. Valorização de efluentes
Neste grupo, a valorização de efluentes industriais com simultânea redução a carga poluente
constitui a principal linha orientadora, podendo ser identificados dois projectos:
B.1- Valorização da soro de queijo com o objectivo de obter concentrados proteicos de
elevado valor acrescentado, produzir etanol por fermentação da lactose e simultaneamente
reduzir a elevada carga poluente deste efluente;
B.2 - Valorização de efluentes de lagares de azeite para produção de enzimas e ácidos
orgânicos;

C. Aproveitamento energético
Nesta ultima categoria, incluem-se os processos para a obtenção de energia, a saber:
C.1 - Produção de bioetanol a partir de matérias primas renováveis;
C.2 - Produção de biometano pela aplicação de processos de biometanização a efluentes
líquidos e resíduos sólidos;
C.3 - Produção de biohidrogénio, a partir de matérias primas de baixo custo incluindo
resíduos sólidos biodegradáveis, especialmente os substratos celulósicos;
3.2 Departamento de Engenharia de Polímeros
No DEP, os projectos que se enquadram na Química Verde tem como principais linhas
orientadoras o desenvolvimento de novos materiais utilizando técnicas mais limpas, a utilização
de polímeros naturais biodegradáveis para a incorporação em novos materiais e a obtenção de
materiais mais amigos do ambiente. Foram referenciados os seguintes projectos:

D.1 - Desenvolvimento de novos materiais por extrusão reactiva através da mistura ou


modificação de polímeros no fundido, sem utilização de solventes orgânicos;
D.2 - Desenvolvimento de compostos não-halogenados para substituir o PVC utilizado em
cabos eléctricos para os ramos de energia e automóvel;
D.3 - Fabrico e processamento de compósitos de fibras naturais de matriz termoplástica de
baixo custo e alto desempenho;
D.4 - Produção e transformação de materiais compósitos de matriz polimérica reforçados
com fibras naturais alfa-celulose;
D.5 - Desenvolvimento de novos materiais com base em recursos naturais da euro-região
para aplicações na indústria automóvel –Naturplas;
D.6 - Desenvolvimento de um equipamento piloto integrado, para composição e moldação
por injecção de compostos biodegradáveis reforçados com fibras naturais e duas moldações,
também protótipo – Greenmoulding;
D.7 - Desenvolvimento de materiais que degradam facilmente após o tempo de vida útil;
D.8 - Desenvolvimento de materiais compósitos utilizando aparas de couro
D.9 - Desenvolvimento de compósitos sem couro com fibras naturais de origem animal para
aplicações na indústria automóvel;

3.3 Departamento de Engenharia Textil


Relativamente às actividades do DET na área Química Verde, na sua maioria centradas em
aplicações na Indústria Têxtil e têm dois principais objectivos – a minimização de efluentes e o
desenvolvimento de processos mais limpos e o desenvolvimento de processos que permitam
conferir aos produtos têxteis propriedades funcionais melhoradas.

E. Minimização de Efuentes
No primeiro grupo de projectos, podemos incluir:
E.1 - Reutilização de efluentes têxteis;
E.2 - Utilização de enzimas em processos de pretratamento do algodão;
E.3 - Degradação/eliminação de corantes em efluentes;
E.4 - Modificação da performance tintorial de materiais têxteis;
E.5 - Limpeza oxidativa de corantes dispersos em misturas Poliéster/Algodão tingidas com
corantes dispersos e reactivos;
E.6 - Utilização de corantes reactivos para poliamida como substituição dos corantes
complexo-metálicos;

F. Optimização de Propriedades
O segundo grupo de projectos engloba os seguintes temas:
F.1 - Tratamento da lã com proteases modificadas;
F.2 - Tratamento enzimatico de fibras sintéticas;
F.3 - Fixação enzimatica de fosfatos em tecidos;
F.4 - Desenvolvimento de materiais têxteis anti-microbianos;
F.5 - Uso de substâncias naturais em alternativa a compostos de síntese na
funcionalização de substratos têxteis;
F.6 - Utilização de Lipossomas em novos processos de tingimento de materiais para lã,
poliamida e curtumes (peles);

No DET, está também em curso um projecto para coloração e fixação de cabelo humano com
enzimas PDIs (proteina disulfidica isomerase)

3.4 Departamento Produção e Sistemas


As actividades desenvolvidas no DPS são transversais a todas as anteriormente descritas pois
inserem-se na qualidade e segurança dos ambientes de trabalho.
4. Conclusões
Desta breve descrição pode facilmente concluir-se que o tema Química Verde não constitui uma
novidade na EEUM e são vários os projectos em curso sobre este assunto. O reconhecimento
da existência de uma intensa actividade neste tema, levou os elementos deste grupo de
trabalho a considerarem que existem as condições necessárias para se desenvolverem um
conjunto de acções sobre este tema, nomeadamente, a nível de formação pós-graduada,
conferências/seminários e, acima de tudo, a criação de uma maior sinergia entre os grupos
existentes de modo a potenciar as suas competências.

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