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FACULDADE DE ECONOMIA DO PORTO

Pós Graduação em Análise Financeira

Instituições, Regulação e Ética


Fernando Teixeira dos Santos

12-Nov-04 Pós Graduação em Análise Financeira – Institutições, Regulação e Ética – F. Teixeira dos Santos 1
Instituições, Regulação e Ética
PROGRAMA
1. Introdução: o sector financeiro e a economia
O sistema financeiro português: evolução e organização actual
O sistema financeiro português no contexto europeu
2. A racionalidade da regulação e supervisão do sector financeiro
3. Modelos alternativos de organização institucional da regulação
4. As organizações internacionais de regulação e supervisão a nível
internacional
5. A regulação e supervisão no contexto europeu: situação actual e
perspectivas de evolução
6. A regulação e supervisão do sector financeiro em Portugal
7. A regulação e supervisão dos valores mobiliários em Portugal
8. A regulação e a ética - alguns exemplos no rescaldo dos escândalos
financeiros recentes: auditoria, análise financeira e governação
societária.
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Instituições, Regulação e Ética

1. introdução
o sistema financeiro e a economia

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Produção, consumo e poupança
Y = C + G + I + (X – M) + R Rend. Nacional
Y+Trf = C + G + I + (X+Trf+R – M)
YDisp = C + G + I + BTC
YDisp – (C + G) - I = BTC
S - I = BTC
(S – I) + Tk = BTC + Tk
Cap.(+) ou Nec.(-) de financiamento = BTC + Tk
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Poupança e investimento
Poupança
Investimento
35.000,0

30.000,0

25.000,0

20.000,0

15.000,0

10.000,0

5.000,0

0,0

-5.000,0
Ad.Pub S.Fin EmpNfin Partic TotNac Exterior

Capacidade(+)/Necessidade(-) de financiamento

8.000,0

6.000,0

4.000,0

2.000,0

0,0

-2.000,0

-4.000,0

-6.000,0

-8.000,0

-10.000,0
Ad.Pub S.Fin EmpNfin Partic TotNac Exterior

12-Nov-04 Pós Graduação em Análise Financeira – Institutições, Regulação e Ética – F. Teixeira dos Santos 5
Fluxos de Fundos na Economia Portuguesa 2002
Milhões €uros

Ad.Públicas S. Financeiro Emp. N/ Fin Particulares Total Nacional Exterior TOTAL

OPERAÇÕES NÃO FINANCEIRAS

Poupança corrente -57,4 2.520,5 10.680,3 11.139,0 24.282,4 9.440,2 31.694,2

Transf. Liquidas Capital 771,4 0,0 96,4 1.110,8 1.978,6 -1.978,7 0,0

714,0 2.520,5 10.776,7 12.249,8 26.261,0 7.461,5 31.694,2

Investimento bruto 4.665,5 1.071,1 18.383,7 9.602,3 33.722,6 31.694,1

Aquis.Liq de cessão activos

não financeiros não produzidos -349,4 -1,9 1.562,3 -1.211,0 0,0 0,0 0,0

4.316,1 1.069,2 19.946,0 8.391,3 33.722,6 0,0 31.694,1

Capacidade(+)/Necessidade(-)

de financiamento -3.602,1 1.451,3 -9.169,3 3.858,5 -7.461,6 7.461,5 0,0

OPERAÇÕES FINANCEIRAS

Moeda e depósitos 659,2 -7.408,4 890,2 2.598,4 -3.260,6 3.260,6 0,0

Títulos excluindo acções -5.088,0 2.732,9 -2.315,4 4.273,1 -397,4 397,4 0,0

Acções e outras participações 611,7 -2.658,1 -2.462,7 829,9 -3.679,2 3.679,3 0,1

Acções e Outras Part. Excl. FI 612,2 -1.964,7 -2.518,0 -50,2 -3.920,7 3.920,6 -0,1

Unid. Participação FI -0,5 -693,5 55,3 880,1 241,4 -241,4 0,0

Créditos -270,1 13.721,9 -5.562,7 -9.583,7 -1.694,6 1.694,7 0,1

Reservas técnicas de seguros 0,6 -4.462,3 -174,0 4.723,2 87,5 -87,5 0,0

Ouro monetário e DSE 0,0 -144,6 0,0 0,0 -144,6 144,6 0,0

Outras operações 484,4 -329,6 827,1 1.042,4 2.024,3 -2.024,4 -0,1

-3.602,2 1.451,8 -8.797,5 3.883,3 -7.064,6 7.064,7 0,1

Discrepância 0,1 -0,5 -371,8 -24,8 -397,0 396,8 -0,1

TOTAL -3.602,1 1.451,3 -9.169,3 3.858,5 -7.461,6 7.461,5 0,0

12-Nov-04 Pós Graduação em Análise Financeira – Institutições, Regulação e Ética – F. Teixeira dos Santos 6
Fluxo de fundos
Fundos

Fundos Títulos
Agentes com Intermediários Agentes com
capacidade de Financeiros necessidade de
financiamento Títulos Fundos financiamento

Títulos

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Mercados financeiros
Funções:
z Financiamento da economia
z Maximização dos fluxos financeiros
z Quantificação do valor dos activos
z Mutação das estruturas empresariais

12-Nov-04 Pós Graduação em Análise Financeira – Institutições, Regulação e Ética – F. Teixeira dos Santos 8
Mercados financeiros
Mercados
financeiros

Mercado monetário Mercado de capitais Mercado cambial

Mercado de valores
Mercado de crédito
mobiliários

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Instituições, Regulação e Ética

1. introdução
O sistema financeiro português:
evolução e organização actual

12-Nov-04 Pós Graduação em Análise Financeira – Institutições, Regulação e Ética – F. Teixeira dos Santos 10
Breve história do sistema financeiro
português
‰ Surgimento, em 1688, do papel moeda com
curso forçado
‰ Porém, não se conhece a existência, na altura, de
institutos emissores com regras financeiras
‰ O aparecimento da banca em Portugal só surge
na 1ª metade do séc.XIX com o advento das
novas ideias decorrente das invasões francesas e
da crise económico-financeira provocada pelas
guerras peninsulares

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Breve história do sistema financeiro
português
‰ Carta Lei de 31/Dez/1821: criação do Banco de
Lisboa
‰ Agosto de 1835: criação do Banco Comercial do
Porto
‰ 1841: criação da Companhia de Crédito Nacional
(a partir de 1844 Companhia Confiança Nacional)
com a incumbência de criar caixas económicas
‰ 1846 (Decreto de 19 de Novembro): fusão do
Banco de Lisboa e da Companhia Confiança
Nacional - surge assim o Banco de Portugal
12-Nov-04 Pós Graduação em Análise Financeira – Institutições, Regulação e Ética – F. Teixeira dos Santos 12
Breve história do sistema financeiro
português
‰ A Lei de 16 de Abril de 1850 acabou com o
monopólio de emissão de notas no Continente do
BP (reduzido ao distrito de Lisboa).
‰ Surgem vários bancos emissores: Banco Mercantil
Portuense(1856), Banco União(1861), Banco
Aliança(1863), Banco do Minho(1864), Banco
Comercial(1873), Banco de Guimarães(1875).
‰ É na 2ª metade do séc.XIX que surge a banca
como categoria geral, sendo a constituição de
instituições bancárias reguladas pela Lei de 22 de
Junho de 1866.
(5 bancos em 1858 - 51 em 1875).
12-Nov-04 Pós Graduação em Análise Financeira – Institutições, Regulação e Ética – F. Teixeira dos Santos 13
Breve história do sistema financeiro
português
‰ 1887: No âmbito do novo contrato entre o Estado
e o BP, são-lhe atribuídos poderes que o elevam à
categoria de banco central:
z exclusivo da emissão de notas
z poder de fixação da taxa de juro reguladora das
operações das outras instituições
z banqueiro do Estado.
‰ Este papel é reforçado na sequência da crise de
1891 a partir da qual o BP passa a ser também
prestamista de última instância do sistema de
crédito e regulador dos mercados monetário e
cambial (contrato de Dezembro de 1891).
12-Nov-04 Pós Graduação em Análise Financeira – Institutições, Regulação e Ética – F. Teixeira dos Santos 14
Breve história do sistema financeiro
português
Em finais do séc.XIX, e até ao advento da
República, a estrutura financeira portuguesa
era a seguinte:
• Banco de Portugal
• Caixa Geral de Depósitos (fundada em
1876)
• Bancos comerciais e casas bancárias
• Caixas económicas

12-Nov-04 Pós Graduação em Análise Financeira – Institutições, Regulação e Ética – F. Teixeira dos Santos 15
Breve história do sistema financeiro
português
‰ Com o advento da República, regulamenta-se as caixas de
crédito agrícola mútuo e com a reforma financeira de 22 de
Maio de 1911 é instituído o escudo como unidade monetária.
‰ Lei 1894 de 11 de Abril de 1935: reserva as funções de
crédito, no continente e ilhas a:
• Estado e seus institutos de crédito (CGD)
• Bancos emissores
• Companhia Geral de Crédito Predial Português
• Instituições comuns de crédito
• Bancos e casas bancárias
• Caixas económicas
• Cooperativas de crédito

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Breve história do sistema financeiro
português
‰A reorganização mais significativa do sistema
financeiro ocorreu em 1957 com o DL 41403
de 27 de Novembro
• Institutos de crédito do Estado (CGD)
• Bancos emissores
• Bancos comerciais
• Estabelecimentos especiais de crédito
• Bancos de investimento
• Caixas económicas
• Cooperativas de crédito
• Companhia Geral de Crédito Predial Português
12-Nov-04 Pós Graduação em Análise Financeira – Institutições, Regulação e Ética – F. Teixeira dos Santos 17
Breve história do sistema financeiro português

‰ DL 132-A/75 de 14 de Março: a nacionalização da banca


‰ Lei 46/77 de 8 de Julho: veda a privados o acesso a
determinados sectores de actividade
‰ DL 406/83 de 19 de Novembro reabre à iniciativa privada a
actividade bancária
‰ DL 51/84 de 11 de Fevereiro permitiu a constituição de
bancos comerciais e bancos de investimento privados
‰ Lei 84/88 de 20 de Julho: reprivatização. Estado deve,
contudo, manter a maioria.
‰ Revisão constitucional de 1989 e Lei 11/90 de 5 de Abril
possibilitam a reprivatização completa.

12-Nov-04 Pós Graduação em Análise Financeira – Institutições, Regulação e Ética – F. Teixeira dos Santos 18
Breve história do sistema financeiro português
Em finais dos anos 80, o sistema financeiro
apresentava a seguinte configuração:
‰ Banco Central
‰ Instituições de crédito
• Institutos de crédito do Estado (CGD)
• Bancos comerciais
• Instituições especiais de crédito
• Bancos de investimento
• Caixas económicas
• Caixas de crédito agrícola mútuo
• Sociedades de desenvolvimento regional
• Crédito Predial Português
• Sociedade Financeira Portuguesa
12-Nov-04 Pós Graduação em Análise Financeira – Institutições, Regulação e Ética – F. Teixeira dos Santos 19
Breve história do sistema financeiro português

‰ Instituições de crédito (cont.)


• Instituições parabancárias
• Sociedades de investimento
• Sociedades de locação financeira
• Fundos de investimento mobiliários e imobiliários
• Sociedades de factoring
• Sociedades mediadoras de empréstimos hipotecários
• Sociedades administradoras de compras em grupo
• Sociedades gestoras de patrimónios
• Sociedades financeiras para aquisição a crédito
• outras

12-Nov-04 Pós Graduação em Análise Financeira – Institutições, Regulação e Ética – F. Teixeira dos Santos 20
Breve história do sistema financeiro português

No âmbito dos valores mobiliários, de destacar:


‰ O funcionamento de um mercado organizado a contado
remonta a 1769 com a instalação, na Praça do Comércio,
da “Assembleia dos Homens de Negócios, a horas da
praça”.
‰ Em 29 de Janeiro de 1891 foi criada a Bolsa de Valores do
Porto.
‰ Em 1991, com a entrada em vigor do Código MVM, os
institutos públicos que geriam a Bolsa de Valores de
Lisboa e a Bolsa de Valores do Porto são privatizados,
dando origem às respectivas Associações, entidades sem
fins lucrativos.

12-Nov-04 Pós Graduação em Análise Financeira – Institutições, Regulação e Ética – F. Teixeira dos Santos 21
Breve história do sistema financeiro português

‰ Em 1995, procede-se à especialização das bolsas: a


contado na BVL e a prazo no Porto. Em 20 de Junho de
1996, é inaugurada a BDP (que sucede à BVP), gerida
pela ABDP
‰ Em 1999, na sequência do DL n.º 394/99, de 13 de
Outubro que estabelece o Regime Jurídico das Entidades
Gestoras de Mercados e Sistemas Conexos
(desmutualização das bolsas), é decidida a fusão das duas
Associações e transformação da nova entidade em
sociedade anónima – BVLP Sociedade Gestora de
Mercados Regulamentados, AS
‰ Em 2002 adesão à plataforma comum europeia
EURONEXT

12-Nov-04 Pós Graduação em Análise Financeira – Institutições, Regulação e Ética – F. Teixeira dos Santos 22
Pilares do actual sistema
financeiro português
z Liberdade de estabelecimento das empresas
financeiras
z Liberdade de prestação de serviços
z Harmonização e reconhecimento mútuo
z Liberdade de circulação de capitais
z União económica e monetária: mercado único +
moeda única

12-Nov-04 Pós Graduação em Análise Financeira – Institutições, Regulação e Ética – F. Teixeira dos Santos 23
O sistema financeiro português actual
Banco de Portugal
Instituições de crédito
– Bancos
– Caixa Geral de Depósitos, Crédito e Previdência
– Caixas Económicas
– Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo
– Caixas de Crédito Agrícola Mútuo
– Sociedades de Investimento
– Sociedades de Locação Financeira
– Sociedades de Factoring
– Sociedades Financeiras para Aquisição a Crédito
– Outras qualificadas por lei

12-Nov-04 Pós Graduação em Análise Financeira – Institutições, Regulação e Ética – F. Teixeira dos Santos 24
O sistema financeiro português actual
Sociedades Financeiras
– Sociedades Corretoras *
– Sociedades Financeiras de Corretagem *
– Sociedades Gestoras de Patrimónios *
– Sociedades Gestoras de Fundos de Investimento
– Sociedades Gestoras de Fundos de Titularização de Créditos **
– Sociedades Mediadoras do Mercado Monetário ou Cambial
– Sociedades Emitentes ou Gestoras de Cartões de Crédito
– Sociedades de Desenvolvimento Regional
– Sociedades Administradoras de Compras em Grupo
– Agências de Câmbios
– Finangeste-Empresa Financeira de Gestão e Desenvolvimento, SA
– Outras qualificadas por lei

* Estas SF, na medida em cumpram os requisitos da DSI, gozam de passaporte


europeu, sendo designadas por Empresas de Investimento
** As Sociedades de Capital de Risco e as Sociedades de Titularização de Créditos são sociedades de
gestão de activos atípicas pois não são consideradas como sendo SF, estando sujeitas à supervisão
da CMVM.

12-Nov-04 Pós Graduação em Análise Financeira – Institutições, Regulação e Ética – F. Teixeira dos Santos 25
O sistema financeiro português actual

Outras Instituições
– Companhias de Seguros
– Sociedades Gestoras de Fundos de Pensões
– Casas de Penhores

12-Nov-04 Pós Graduação em Análise Financeira – Institutições, Regulação e Ética – F. Teixeira dos Santos 26
Instituições de crédito
Bancos, CGD, caixas económicas, CCCAM, CCAM, sociedades de investimento, soc de
locação financeira, soc de factoring, soc financeiras para aquisições a crédito, outras.
Recepção do público de depósitos ou outros fundos reembolsáveis para
aplicação por conta própria mediante concessão de crédito.
Actividades dos bancos:
• Recepção de depósitos ou outros fundos reembolsáveis
• Operações de crédito, incluindo concessão de garantias e outros compromissos, locação financeira e factoring
• Operações de pagamento
• Emissão e gestão de meios de pagamento, tais como cartões de crédito, cheques de viagem e cartas de crédito
• Transacções, por conta própria ou da clientela, sobre instrumentos do mercado monetário e cambial,
instrumentos financeiros a prazo e opções e operações sobre divisas ou sobre taxas de juro e valores
mobiliários
• Participação em emissões e colocações de valores mobiliários e prestação de serviços correlativos
• Actuação nos mercados interbancários
• Consultoria, guarda, administração e gestão de carteiras de valores mobiliários
• Gestão e consultoria em gestão de outros patrimónios
• Consultoria das empresas (estrutura de capital, estratégia empresarial, fusões e aquisições)
• Operações sobre pedras e metais preciosos
• Tomada de participações no capital de sociedades Idem para a CGD, sem prejuízo de outras
• Comercialização de contratos de seguro
atribuições conferidas pela legislação própria.
• Prestação de informações comerciais
• Aluguer de cofres e guarda de valores As restantes IC’s só podem efectuar as
• Outras operações análogas e que a lei lhes não proíba operações permitidas pelas normas legais e
• Prestação de serviços de investimento. regulamentares que regem a sua actividade.

12-Nov-04 Pós Graduação em Análise Financeira – Institutições, Regulação e Ética – F. Teixeira dos Santos 27
Sociedades financeiras
Sociedades financeiras de corretagem, soc corretoras, soc mediadoras dos mercados
monetário ou de câmbios, soc gestoras de FI, soc emitentes ou gestoras de cartões de
crédito, soc gest patrimonios, soc desenvolvimento regional, soc capital de risco, soc adm
compras em grupo, agências de câmbios, Finangeste, outras.

Entidades que não sendo instituições de crédito, têm como actividade principal o exercício de uma ou
mais das seguintes actividades:
- Operações de crédito, incluindo concessão de garantias e outros compromissos
- Operações de pagamento
- Emissão e gestão de meios de pagamento, tais como cartões de crédito, cheques de viagem e cartas
de crédito
- Transacções, por conta própria ou da clientela, sobre instrumentos do mercado monetário e
cambial, instrumentos financeiros a prazo e opções e operações sobre divisas ou sobre taxas de juro
e valores mobiliários
- Participação em emissões e colocações de valores mobiliários e prestação de serviços correlativos
- Actuação nos mercados interbancários
- Consultoria, guarda, administração e gestão de carteiras de valores mobiliários
- Gestão e consultoria em gestão de outros patrimónios

As sociedades financeiras só podem efectuar as operações permitidas pelas normas legais e


regulamentares que regem a respectiva actividade.

12-Nov-04 Pós Graduação em Análise Financeira – Institutições, Regulação e Ética – F. Teixeira dos Santos 28
Empresas e serviços de investimento
z Serviços de investimento
• Recepção e transmissão, por conta de investidores, de ordens relativas a
instrumentos financeiros
• Execução, por conta de terceiros, de ordens relativas a instrumentos
financeiros
• Negociação, por conta própria, de instrumentos financeiros
• Gestão de carteiras de investimento, numa base discricionária e
individualizada, no âmbito de mandato conferido pelos investidores, que
contenha instrumentos financeiros
• Colocação, com ou sem tomada firme, de instrumentos financeiros
z Empresas de investimento
Empresas em cuja actividade habitual se inclua a prestação de serviços de
investimento a terceiros, com excepção das instituições de crédito.
z Instrumentos financeiros
Valores mobiliários (incluindo unidades de participação), instrumentos do
mercado monetário, futuros sobre instrumentos financeiros, contratos a
prazo relativos a taxas de juro, swaps de taxas de juro, de divisas ou swaps
relativos a um índice de acções, opções destinadas à compra ou à venda de
qualquer daqueles instrumentos.
12-Nov-04 Pós Graduação em Análise Financeira – Institutições, Regulação e Ética – F. Teixeira dos Santos 29
Empresas de seguros e sociedades
gestoras de fundos de pensões

Instituições financeiras que têm por objecto:


• o exercício da actividade de seguro directo e/ou de
resseguro, podendo ainda exercer actividades conexas ou
complementares da de seguro ou resseguro (empresas de
seguros);
• a gestão de fundos de pensões
(sociedades gestoras de fundos de pensões e empresas de
seguros que em Portugal explorem legalmente o ramo
"Vida“).

12-Nov-04 Pós Graduação em Análise Financeira – Institutições, Regulação e Ética – F. Teixeira dos Santos 30
O sistema financeiro
Mercados financeiros
Mercado de capitais Mercado segurador

A curto prazo A médio e longo prazo


Mercado monetário Mercado cambial Mercado de crédito Mercado de valores
Mobiliários

Sociedades financeiras Empresas de seguros


Instituições de crédito
Empresas de investimento Soc. Gestoras de FP

Instituições financeiras

12-Nov-04 Pós Graduação em Análise Financeira – Institutições, Regulação e Ética – F. Teixeira dos Santos 31
O mercado de valores mobilários

O mercado de VM, apresenta-se como uma


alternativa ao financiamento e à aplicação da
poupança, sendo de assinalar as seguintes
vantagens:
• Financiamento a custo mais baixo
• Flexibilidade na gestão da estrutura de capitais
• Binómio risco-retorno mais favorável
• Leque de alternativas de aplicação mais vasto

12-Nov-04 Pós Graduação em Análise Financeira – Institutições, Regulação e Ética – F. Teixeira dos Santos 32
O mercado de valores mobilários
a) Acções
b) Obrigações
c) Títulos de participação
d) Unidades de participação em instituições de investimento
colectivo
e) Direitos à subscrição, aquisição ou alienação de VM atrás
referidos que tenham sido emitidos de modo autónomo
f) Direitos destacados dos VM referidos de a) a d)
g) As disposições relativas aos VM aplicam-se aos
instrumentos financeiros derivados salvo se o respectivo
regime não for compatível com a sua natureza.

12-Nov-04 Pós Graduação em Análise Financeira – Institutições, Regulação e Ética – F. Teixeira dos Santos 33
O mercado de valores mobilários
Mercado de
valores mobiliários

Mercado secundário
Mercado primário

Regulamentado Não regulamentado

12-Nov-04 Pós Graduação em Análise Financeira – Institutições, Regulação e Ética – F. Teixeira dos Santos 34
O mercado de valores mobilários
¾ Considera-se mercado de VM qualquer espaço ou organização
em que se admite a negociação de VM por um conjunto
indeterminado de pessoas actuando por conta própria ou
através de mandatário (artº 198º do CVM).
¾ Mercado regulamentado é aquele que (artº 200º do CVM):
• Funciona regularmente
• Obedece aos requisitos fixados no CVM quanto a
• Prestação de informação

• Admissão de membros dos mercado

• Admissão às negociação dos VM

• Funcionamento do mercado

• É como tal autorizado, a pedido da entidade gestora, por portaria do MF


ouvida a CMVM.

12-Nov-04 Pós Graduação em Análise Financeira – Institutições, Regulação e Ética – F. Teixeira dos Santos 35
O mercado de valores mobilários
¾ São mercados de bolsa os mercados regulamentados em
que a emissão das ofertas e a conclusão das operações são
centralizadas num só espaço ou sistema de negociação (artº
213º do CVM).
• Na mesma bolsa podem coexistir vários mercados
diferenciados entre si pelas características das operações dos
VM negociados e das entidades que os emitem.
• Nas bolsas em que se realizem operações a contado é
obrigatória a existência de um mercado, designado por MCO,
a que se aplicam integralmente as disposições relativas à
admissão, ao prospecto e à informação.
¾ Nota: Com a entrada em vigor da nova Directiva dos mercados
de instrumentos financeiros (DMIF) é de esperar que o conceito
de bolsa deixe de fazer sentido.

12-Nov-04 Pós Graduação em Análise Financeira – Institutições, Regulação e Ética – F. Teixeira dos Santos 36
O mercado de valores mobilários
Mercados de
valores mobiliários

Mercados
Mercados Regulamentados Não regulamentados

Outros mercados
Mercados de bolsa
regulamentados

MCO SM F&O MEDIP Estruturados MSC PEX


(Euronext) (Euronext) (Euronext) (MTS) (Euronext) (Euronext) (Opex)

12-Nov-04 Pós Graduação em Análise Financeira – Institutições, Regulação e Ética – F. Teixeira dos Santos 37
FACULDADE DE ECONOMIA DO PORTO
Pós-Graduação em Análise Financeira

Instituições, Regulação e Ética

1. introdução
O sistema financeiro português no
contexto europeu

12-Nov-04 Pós Graduação em Análise Financeira – Institutições, Regulação e Ética – F. Teixeira dos Santos 38
Portugal (2001) (Soc. n/ Financeiras) 65,2
(Inst Financeiras n/ Monetárias) 18,9
Fonte: Banco de Portugal, Síntese Monetária

12-Nov-04 Pós Graduação em Análise Financeira – Institutições, Regulação e Ética – F. Teixeira dos Santos 39
12-Nov-04 Pós Graduação em Análise Financeira – Institutições, Regulação e Ética – F. Teixeira dos Santos 40
12-Nov-04 Pós Graduação em Análise Financeira – Institutições, Regulação e Ética – F. Teixeira dos Santos 41
12-Nov-04 Pós Graduação em Análise Financeira – Institutições, Regulação e Ética – F. Teixeira dos Santos 42
O Mercado de Capitais

Volume de Transações em 2003 (% PIB)


479,80%
500%

400%
281,10%
300%

200%
66,80% 71,70% 72,20%
100% 15,60%

0%
Portugal Espanha Itália Euronext Alemanha Reino
Unido

12-Nov-04 Pós Graduação em Análise Financeira – Institutições, Regulação e Ética – F. Teixeira dos Santos 43
O Mercado de Capitais

Capitalização Bolsista em 2003


119,50%
120%

100%
78,50%
80% 70,00% 68,40%

60% 39,90%
37,40%
40%

20%

0%
Portugal Espanha Itália Euronext Alemanha Reino Unido

12-Nov-04 Pós Graduação em Análise Financeira – Institutições, Regulação e Ética – F. Teixeira dos Santos 44
O Mercado de Capitais

Fundos de Investimento Mobiliário

25

B 20
i
-
15
E
u
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o
s 5

0
1993 1995 2000 2003

12-Nov-04 Pós Graduação em Análise Financeira – Institutições, Regulação e Ética – F. Teixeira dos Santos 45
O Mercado de Capitais

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