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A Construção do acordo
No resumo do acordo, disponibilizado pelo Itamaraty, podemos encontrar uma linha do
tempo que ajuda a esclarecer as diversas fases desse acordo:
Ainda no governo de Fernando Henrique Cardoso, após uma aproximação na década
de 1990, o acordo começou a ser pensado, em 1999.
Em 2010 as negociações foram retomadas, com avanços nos textos, mas sem
grandes avanços práticos. Os governos de Dilma Rousseff, no Brasil e Cristina
Kirchner, na Argentina, mantiveram posturas protecionistas, visando defender
os produtores e incentivar o desenvolvimento local. Da mesma forma que em
momentos anteriores, essas barreiras conflitavam com os interesses europeus.
No governo Temer essa não foi uma grande preocupação. Com a maior
propensão a abertura econômica, houveram novos avanços nas negociações,
com diálogos em uma maior variedade de temas.
Documentos Existentes
Até o momento ainda não existe um documento oficial contendo todos os pontos do
Acordo Mercosul – União Europeia. Apesar disso, algumas versões iniciais já podem
ser encontradas.
Uma vez que foi assinado, o acordo necessita ser ratificado por parte dos Estados
membros tanto dentro da União Europeia quanto dentro do Mercosul. Tendo isso em
vista, a estimativa de tempo para que as ratificações sejam feitas (caso nenhuma das
partes decida barrá-las) é de 2 a 3 anos.
Se não estamos globalizados e integrados ao mundo, hoje não temos futuro como
país. Por isso vos digo que como empresários e líderes, vocês tem que saber que o
acordo Mercosul – UE é um desafio para que os argentinos se superem. (Perfil)
O ministro de Relações Exteriores me disse que estamos falando com o Brasil para
termos um acordo de livre comércio com os Estados Unidos. O mundo se interessa
por se relacionar conosco (G1)
O presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, pelo Twitter, enxergou o Acordo
Mercosul – União Europeia como uma grande conquista:
Acho que por isso a União Europeia teve pressa. Porque sabe que estamos em uma
situação muito frágil. E quando se está em uma situação frágil, se negocia qualquer
coisa. Isso me deixa preocupado. Eu temo que tenham sido feitas concessões
excessiva
O economista e ex-Ministro da Fazenda Luis Carlos Bresser-Pereira, em artigo,
definiu o acordo como um desastre para o Brasil, que o condenará ao atraso:
política comercial de dois pesos e duas medidas, que aumenta a brecha entre o que
se pede aos agricultores europeus e o que se tolera dos produtores do Mercosul
O Acordo Mercosul – União Europeia também enfrenta forte oposição na
França, tanto por parte de agricultores como membros do governo. Conforme
trazido pelo BBC:
“O acordo só será ratificado se o Brasil respeitar seus engajamentos. Nós vamos
esmiuçar o texto”, afirmou François de Rugy, ministro da Transição Ecológica.
“Não teremos um acordo a qualquer preço. A história ainda não terminou”, afirmou o
ministro francês da Agricultura, Didier Guillaume.
Como todo grande acordo, o Acordo Mercosul – União Europeia continuará
movimentando debates nos próximos anos. A expectativa é que uma versão oficial do
documento seja elaborada nas próximas semanas.