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As Glândulas Endócrinas
AS SETE GLÂNDULAS ENDÓCRINAS
As glândulas endócrinas, também chamadas de glândulas de secreção interna produzem hormônios, que são
distribuídos
por todo o organismo através da corrente sanguínea. Os hormônios têm a responsabilidade de controlar a ordem
e a harmonia
do organismo. Eles regulam a química corporal, o preparo do corpo para a atividade física e sua reação à fome,
estresse,
infecção e enfermidades.
Os Hormônios
Os hormônios são moléculas químicas (peptídeos, proteínas ou esteróides)
produzidas em uma parte do corpo que então
viajam para fazer efeito em outra parte. Deste modo uma célula pode afetar outras
células distantes. O sistema endócrino
é um sistema refinado de verificações e equilíbrios em forma de circuitos
realimentados que facilitam o funcionamento normal
de todos os sistemas do organismo. Os hormônios podem ser produzidos e ter uma
ação local, ou podem ser produzidos em
uma glândula endócrina e ter efeito em um local distante.
As Glândulas
As glândulas são unidades funcionais formadas de células que segregam
hormônios, localizadas em várias regiões do corpo
e que compõem o sistema endócrino. Cada glândula tem funções específicas que
ajudam a manter o organismo interno em
condições normais e a promover a sobrevivência do organismo.
Tabela completa sobre os Hormônios secretados pelas glândulas, assim como sua
estrutura química, efeitos e estímulos no
organismo.
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1. A GLÂNDULA PINEAL [CASA DO ESPÍRITO]
Também chamada de corpo pineal ou epífise, é uma glândula cônica e achatada,
localizada acima do teto do diencéfalo, ao qual se une por um
pedúnculo. No homem adulto, mede aproximadamente 5 por 8 mm. A glândula
pineal fica localizada no centro do cérebro, sendo conectada
com os olhos através de nervos. As pesquisas recentes sobre as funções da
glândula pineal e de seu principal produto, o hormônio
melatonina, despertaram um grande interesse público nesta última década em
função da descoberta do papel da melatonina na regulação do
sono e do ritmo biológico [ritmo circadiano] em humanos.
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Relação Hipotálamo-Hipofise
Hipotálamo e hipófise formam uma unidade que exerce controle sobre várias glândulas endócrinas como
também desempenha uma série
de atividades fisiológicas. Células nervosas e glândulas endócrinas encontram-se envolvidas na comunicação
célula a célula através da
secreção de mensageiros químicos (neurotransmissores ou hormônios) e através atividade elétrica.
A relação entre o hipotálamo e a hipófise foi reconhecida inicialmente por Galeno. Ele observou que o
prolongamento ventral do hipotálamo
em forma de funil, termina numa massa glandular envolvida por um rico aporte sanguíneo.
No hipotálamo encontramos neurônios especializados em secretar hormônios (neurônios pepitidérgicos). Os
produtos de secreção desses
neurônios pepitidérgicos são:
> Peptídeos liberadores ou inibidores dos vários hormônios da adeno hipófise.
> Peptídeos neuro-hipofisários: Vasopressina (AVP) e Ocitocina.
Os neurônios hipotalâmicos que se relacionam com a neuro hipófise constituem o trato hipotálamo-neuro-
hipofisário. E os neurônios que
se relacionam com a adeno hipófise constituem o sistema parvicelular ou túbero infundibular. Fazem parte
desse sistema neurônios curtos
cujos corpos celulares se encontram distribuídos em algumas regiões do hipotálamo.e os axônios convergem
para uma área hipotálamica
denominada eminência mediana onde os vários hormônios são secretados. Devido a existência de um sistema
vascular altamente especializado
(sistema porta hipotálamo-hipofisário) entre a adeno-hipófise e a eminência mediana, os hormônios
hipotalâmicos atingem a
adeno-hipófise em altas concentrações.
2. A GLÂNDULA HIPÓFISE OU PITUITÁRIA [OU CASA DA INTELIGÊNCIA]
A hipófise, também chamada de glândula “mestra” do organismo, é um órgão
pequeno, tendo no homem o volume de uma pequena noz,
pesando por volta de 0,6g. Situa-se no interior da caixa craniana, numa depressão
óssea chamada sela túrcica. Ela coordena o
funcionamento das demais glândulas, porém não é independente, obedece a
estímulos do hipotálamo.
A hipófise é formada de três partes:
1) Hipófise anterior ou adeno-hipófise
2) Hipófise intermediaria
3) Hipófise posterior.
A atividade das células hipofisárias e a emissão de seus hormônios no sangue estão
sob o controle de centros nervosos situados
na base do cérebro, na região denominada hipotálamo. As relações entre as duas
estruturas se faz por intermédio de substâncias
químicas: os fatores de liberação, ou “releasing factors”, secretados por
alongamentos de células especializadas do hipotálamo.
Dos sete hormônios produzidos pela adeno-hipófise, quatro exercem sua ação por
intermédio de uma outra glândula endócrina.
Esses hormônios tem a função de regular o desenvolvimento, crescimento e maturação puberal, os processos
de reprodução e a secreção dos hormônios esteróides sexuais das gonadas dos sexos. Ambos os hormônios
estão presentes entre a 10ª e 12ª semanas da vida fetal mas nenhum deles é necessário p/ o desenvolvimento
intra uterino inicial das gônadas ou p/ as etapas iniciais da diferenciação sexual.
SECREÇÃO DE LH E FSH
A regulação incorpora elementos pulsáteis, periódicos, divinos, cíclicos e relacionados ao estágio da vida. A
regulação é diferente em homens e mulheres.
A secreção de LH quanto FSH é estimulada principalmente por hormônio liberador da gonadotropina (GnRN)
ou hormônio liberador do hormônio luteinizante (LHRH)
Esse acarreta aumento muito maior na secreção de LH do que na de FSH . A dopamina inibe a secreção de
LH.
Melatonina
A produção de melatonina inibe a liberação de gonadotropinas e é suprida pela luz e estimulada pela
escuridão. Embora os níveis de
melatonina e da secreção de gonadotropinas estejam inversamente relacionados nos seres humanos, o papel
da melotonina na regulação
da reprodução humana ainda não foi estabelecido de maneira conclusiva.
O estresse é também influência bem caracterizada sobre as funções da reprodução. A função menstrual nas
mulheres e a produção de espermatozóides nos homens são perdidas comumente durante o estresse físico ou
psíquico prolongado. Esses efeitos podem ser mediados pelo CRH que inibe a liberação de GnRH.
Outra influencia interessante é representada pelos ferormônios que são excitatores ou inibidores químicos
veiculados pelo ar ou água. Após a percepção desses sinais químicos pelo sentido do olfato, conexões do
bulbo olfativo p o hipotálamo transferem provavelmente sinais reprodutivos provenientes do meio ambiente e
de outros indivíduos.
Pessoas sem gônadas e mulheres pós menopausa exibem picos ainda acentuados de LH. A secreção pulsátil
de LH é amortecida em crianças mas aumenta bruscamente a medida que a puberdade chega. No inicio esses
pulsos de amplitude mais alta aumentam apenas a noite coincidindo com
a redução moderada de melatonina. Durante o inicio da puberdade o LH aumenta a noite. Esse padrão diurno
dura 1 ou 2 anos.
Mas nas mulheres é uma natureza cíclica mensal. O ciclo menstrual resulta da interação complexa entre a
unidade neurônio GnRH- gonadotrofo
e nas modificações seqüenciais na secreção dos esteróides ovarianos.
Muitas mulheres são estéreis porque a regulação hipotalâmica desordenada deixa de produzir ovulação e
função adequadas dos gonadotróficos hipofisários.
Os ciclos menstruais normais e a ovulação somente poderão ser restaurados se for administrado GnRH
exógeno a essas mulheres, em pulsos que reproduzem o momento , a amplitude e a freqüência do gerador
hipotalâmico normal. O mesmo vale para espermatogênese em homens estéreis.
As técnicas de reposição são utilizadas em mulheres com endometriose e menstruações doloridas, ou para
inibir o câncer de próstata no homem.
REGULAÇÃO POR FEEDBACK DAS GONADOTROPINAS
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PROLACTINA
Hormônio proteico; participa da estimulação do desenvolvimento das mamas e na produção de leite.
Como outros hormônios, a secreção de prolactina aumenta a noite. O primeiro pico aparece dentro de 60 a 90
min. Após o início do sono.
O estresses incluindo anestesia, cirurgia, hipoglicemia induzida pela insulina, medo e tensão mental, provocam
a liberação de prolactina,
(fatores desconhecidos).
NA MULHER
Quando a mulher está no período gestacional, tal hormônio aumenta...
Efeitos biológicos da prolactina, são que além de estimular o desenvolvimento original do tecido mamário e de
sua hiperplasia durante a gravidez; além de ser o principal hormônio pela lactogênese.
Antes e após a puberdade, a prolactina, juntamente com estrogênios, progesterona, cortisol, estimula a
proliferação e a ramificação dos ductos na mama feminina. Durante a gravidez, a prolactina, juntamente com
estrogênios e progesterona, é responsável pelo desenvolvimento dos lobos dos alvéolos, dentro dos quais
ocorre a produção de leite. Finalmente, após o parto, a prolactina, juntamente com insulina e cortisol, estimula
a síntese
e a secreção de leite.
No HOMEM
Em homens, o excesso de prolactina resulta em menor secreção de testosterona e menor produz de
espermatozóide...
Inibem
A inibição da prolactina é por parte do hipotálamo. A dopamina (apesar de não ser um peptídeo hipotalâmico)
inibe fortemente a prolactina; tanto quando gerada no cérebro ou quando aplicada no tecido hipofisário.
Tal inibição é útil para finalidade terapêutica, por exemplo: a hipersecreção patológica de prolactina,
proveniente de tumores, é suprimida
prontamente pelos agonistas da dopamina. Esses efeitos podem até reduzir as dimensões (encolher) esses
tumores.
A prolactina inibe sua própria secreção, via feedback; aumentando diretamente a síntese e a liberação da
dopamina.
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HORMÔNIO TIREOTRÓFICO
Na 13 semana de gestação surge as células produtoras de TSH, sendo encontradas na área ântero-medial da
glândula .Nessa mesma época a tireóide fetal começa a secretar hormônio tireóideo.
O TSH é formado por duas subunidades, uma Ñ e a outra Ò. O TRH hipotalâmico estimula a transição dos
genes de ambas subunidades do TSH
e o hormônio tireóideo a suprime. Além disso o TRH e o hormônio tireóideo modulam o processo de
glicosilação, de forma a aumentar ou reduzir a atividade biológica.
SECREÇÃO DO TSH
A secreção do TSH é regulada reciprocramente, o TRH acelera a secreção, enquanto o hormônio tireóideo
reduz o rítmo por feedback negativo
sobre a hipófise, através dos hôrmonios T3 e T4 da tireóide, bloqueando a ação do hôrmonio de liberação da
tireóide (TRH). A dopamina e a somatostatina também inibem a secreção do TSH.
Exemplo: Com injeções repetidas de TRH, a resposta do TSH diminui com o passar do tempo, pois a
estimulação da tireóide leva a produção
de T3 e T4. Demonstrando assim a regulação por feedback negativo da secreção de TSH. Mas pequenos
aumentos na concentração de hormônio teireóideo, faz com que ocorra o bloqueio da ação estimulante de
TRH, suprindo a secreção de TSH. Já pequenas reduções na concentração do hormônio tireóideo aprimoram a
responsividade do TSH ao TRH.
Por causa do feedback negativo, nos indivíduos que sofrem de doença da tireóide, resultando da deficiência do
hormônio tireóideo (hipotireoidismo), as ações do TRH são relativamente descontroladas (irrestritas). Como
resultado, esse indivíduo apresenta altíssimos níveis plasmáticos de TSH e hiperplasia dos tireotrofos.
A normalização do TSH plasmático é o indicador mais útil do hormônio tireóideo da terapia de reposição é
correta. A secreção de TSH e a
produção do hormônio tireóideo ocorre em duas circunstâncias: Jejum e exposição ao frio, a responsividade do
TSH ao TRH diminui durente
o jejum, ajudando o indivíduo em jejum a adaptar-se à ausência de ingestão energética. Em animais, a
secreção do TSH é aumentada pela
exposição ao frio. Em humanos é difícil demonstrar, já que TSH aumenta a temogênese por estimulação da
tireóide, sendo uma resposta lógica ao frio.
O TSH é secretado com ligeira variação diurna e níveis mais altos durante a noite.
O cortisol (hormônio do córtex supra-renal) reduz tanto a secreção do TRH, quanto de TSH e o hormônio de
crescimento (GH) também reduz a secreção de TSH.
AÇÕES DO TSH
O TSH exerce ações importantes sobre a tireóide, promovendo o crescimento e diferenciação da glândula e
estimulando a secreção do hormônio tireóideo.
Indivíduos que não produzem o hormônio TSH sofrem da doença chamada cretinismo.
2.4 O HORMÔNIO ADRENOCORTICOTRÓFICO ( ACTH )
O hormônio adrenocorticotrófico [ACTH] é o ativador da parte externa da glândula
supra-renal, vital no controle da água, sais
e outros elementos.
É um hormônio polipeptídico da hipófise anterior, cuja função é regular o crescimento e a secreção do córtex
supra-renal. Onde o hormônio mais importante da sua glândula-alvo é o cortisol. Essas células são
encontradas na parte distal do lobo anterior. Os orticotrofos formam 20% da população da hipófise anterior. No
feto humano a síntese e a secreção de ACTH começam com dez a doze semanas de gestação, antes do
surgimento do córtex supra-renal.
SÍNTESE DE ACTH
A síntese de ACTH ilustra o princípio de que o produto genético primário na síntese de hormônios peptídicos
podem produzir várias moléculas biologicamente ativas. O processo seqüencial desse produto genético
primário no homem, dá origem ao ACTH.
SECREÇÃO DO ACTH
A regulação da secreção do ACTH, está entre os mais complexos de todos os padrões de regulação
dos hormônios hipofisários.
O hormônio exibe rítmo circadiano (noite e dia), explosões cíclicas e controle por feedback e
responde a grande variedade de estímulos.
O CRH hipotalâmico é um mediador final importante dos fluxos reguladores, é um peptídeo que se origina em
pequenas células do núcleo paraventricular. Esteestimula a síntese e a liberação por exocitose, do ACTH e de
seus produtos da pro-opiomelanocortina.
O CRH causa ativação central, pois seus receptores são encontrados em todo o encéfalo e na medula
espinhal, aumentando a atividade do
sistema nervosa simpático e elevando a pressão arterial.
Em contraste o CRH reduz a função reprodutora por diminuir a síntese de hormônio liberador de gonadotropina
(GnRH) e inibir comportamento sexual. Ele também reduz a atividade alimentares crescimento, já nas células
imunes o CRH estimula a liberação de citocinas e exacerba suas atividades sobre as células-alvo.
A secreção do ACTH exibe um acentuado padrão diurno, ocorrendo um grande pico de 2 a 4 horas antes de
despertar e pouco antes do indivíduo adormecer cai para zero. A inibição da secreção de ACTH por feedback
negativo é produzido pelo cortisol. O cortisol suprime a secreção de ACTH,
no nível hipofisário bloqueando a ação estimuladora do CRH e reduzindo a síntese de ACTH ao bloquear a
liberação hipotalâmica do CRH.
A hipersecreção autônoma de cortisol resulta em atrofia funcional do eixo CRH - ACTH - supra-renal, causando
algumas enfermidades depressivas.
A secreção doACTH responde mais caracteristicamente aos estímulos estressantes, com uma resposta que é
essencial para sobrevida.
Exemplo: Em uma cirurgia abdominal extensa ou distúrbio psiquiátrico grave, a hipersecreção de ACTH,
induzida pelo estresse, subjulga comportamentalmente o feedback negativo e não poderá suprida sequer
quando o córtex supra-renal secretar cortisol em seu nível máximo. O estresse é uma situação que induz a
secreção do CRH e ativa o sistema nervoso simpático.
AÇÃO DO ACTH
O ACTH estimula o crescimento de zonas específicas do córtex supra-renal, assim como a síntese
e a secreção de cortisol e de outros hormônios esteróides.
A relação entre o ACTH e o sistema imune é que os receptores de ACTH e sua secreção ocorrem nos
linfócitos, que liberam citocinas que irão estimular a liberação de ACTH pelos corticotrofos.
Por causa de sua seqüência de MSH, o ACTH exacerba a pigmentação da pele, pois o MSH atua sobre os
melanócitos, estimulaando também a enzima chave na síntese de melanina (tirosinase) e a transferência de
melanina dos melanócitos para as células epidérmicas (queratinócitos), acarretando o escurecimento da pele.
Essa hiperpigmentação caracteriza doenças, onde ocorre enormes aumentos de secreção de ACTH,
resultando em feedback negativo quando o córtex supra-renal é destruído (doença de Addison, ou insuficiência
adrenocortical primária) ou em
virtude da produção octópica de ACTH por células malignas da crista neural.
O hormônio do crescimento é uma proteína constituída por 191 aminoácidos, formando uma cadeia simples
polipeptídica , contendo duas pontes de dissulfeto
Este hormônio origina-se nos somatotrofos da adeno-hipófise e é armazenado em grânulos densos.
Os somatotrofos constituem 40 a 50% da glândula adulta. Também podem formar tumores que secretam
excesso de GH, produzindo uma doença chamada acromegalia.
O gene do GH transcreve um RNA mensageiro que orienta a síntese de um pré-hormônio. Então, um peptídeo
sinalizador é removido e o hormônio,
já na sua forma final, é armazenado nos grânulos.
SÍNTESE DE GH
A síntese do GH é controlada por alguns fatores, que podem aumentá-la ou inibila. O hormônio
liberador do hormônio do crescimento (GHRH)
é um hormônio hipotalâmico que aumenta a produção do hormônio do crescimento, já a
somatostatina, é um hormônio, também hipotalâmico, que inibe a formação do GH, de forma não
competitiva. Existem ainda o h. tireóideo e o cortisol que induzem a síntese do GH.
SECREÇÃO DE GH
A secreção do GH ocorre sob várias influências diferentes. Uma queda brusca nos níveis plasmáticos de um
dos principais substratos produtores de energia, glicose ou ácidos graxos livres, provoca aumento no produção
do GH. Já uma refeição rica em carboidratos ou uma carga de glicose pura, acarreta uma redução imediata no
nível plasmático de GH.
A ingestão de uma dieta rica em proteínas eleva os níveis plasmáticos de GH; por outro lado o jejum total de
proteína também estimula a secreção.
Exercício, retiradas de sangue, febre, traumatismo e grandes anestesias, são estimuladores rápidos da
secreção do GH.
A secreção do GH é maior em mulheres, tendo seu nível mais alto antes da ovulação. Isso ocorre devido ao
efeito estimulante do estradiol sobre o hormônio do crescimento.
AÇÕES DO GH
O principal efeito do GH é a estimulação do crescimento linear, este resulta da ação do hormônio no disco
epifisário. O metabolismo das células formadoras da cartilagem (condrócitos) é estimulado.
O GH estimula também a proliferação dos condrócitos, bem como sua síntese de DNA, RNA e proteínas.
A massa total do osso e seu conteúdo mineral são aumentadas pelo GH.
Os órgãos vicerais, as glândulas endócrinas, o músculo esquelético, o coração, a pele e o tec conjuntivo
sofrem hipertrofia e hiperplasia em resposta ao hormônio do crescimento.
DEFICIÊNCIA DE GH
A deficiência do hormônio de crescimento em crianças causa um retardo no crescimento e caso não
seja tratada leva ao nanismo.
Em adultos, os sintomas da deficiência de hormônio de crescimento não são óbvios e nem todos os
adultos deficientes do hormônio
serão sintomáticos. Entretanto, alguns adultos reclamam de letargia e diminuição da energia para as
atividades diárias. Eles também
possuem uma diminuição da massa magra (muscular) e aumento da massa gordurosa. Estas
alterações podem ser corrigidas com o
uso do hormônio do crescimento sintético.
O tratamento de reposição com GH acarreta retenção de nitrogênio, aumento da massa corporal magra, melhor
desempenho muscular, diminuição
da massa adiposa e sensação de bem estar.
HIPERSECREÇÃO DE GH
A hipersecreção persistente resulta de tumores hipofisários e produz uma síndrome ímpar denominada
acromegalia. Se esta começa antes da puberdade completada, o indivíduo atinge alturas muito elevadas, com
longas extremidades superiores e inferiores. Se ocorrer após a puberdade, apenas o crescimento perióstico é
aumentado, causando deformidades como: dedos, artelhos mãos e pés alargados, cristas ósseas
proeminentes acima dos olhos e mandíbula proeminente.
Sinais e Sintomas
Sinais e sintomas:
Diminuição da libido
Secura vaginal, dor à relação sexual
Distúrbios visuais
Ganho de peso inexplicável
Alterações de humor
Hipogonadismo em homens
Secreção de leite pelos mamilos
Dor de cabeça
Modificações ou desaparecimento ciclo menstrual
Infertilidade
Fraturas ou osteoporose
Puberdade retardada
Estes tumores costumam secretar somente fragmentos dos hormônios hipofisários e portanto não possuem
uma síndrome endócrina de hipersecreção. A sub-unidade alfa representa metade dos hormônios FSH, LH e
TSH (cada um deles é composto de sub-unidades alfa- e beta). Boa parte daqueles tumores chamados não-
funcionantes secretam sub-unidade alfa mas a maioria deles não secreta quantidades apreciáveis de FSH, LH
ou TSH. No entanto, é possível dosar a sub-unidade alfa no sangue. Estes tumores são freqüentemente
agressivos.
OBSERVAÇÕES
A hipófise governa também a memória, a sabedoria, a inteligência e o pensamento.
Ela ainda regula a produção
de hormônios de outras glândulas, como a tireóide.
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A glândula tireóide localiza-se na base do pescoço, frente à traquéia, e abaixo do pomo de Adão.
Tem forma de borboleta.
Cada asa corresponde ao lobo da tireóide presente em ambos os lados da traquéia.
3.2 A TIROXINA
A tireóide segrega o hormônio tiroxina. A tiroxina contém iodo e regula o
metabolismo basal ou o índice de oxidação
celular, em outras palavras, o metabolismo do oxigênio. A hiposecressão da tiroxina
pode resultar em:
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4. A GLÂNDULA TIMO
Do grego, Thymus, significa energia vital. O timo situa-se na porção superior do mediastino anterior.
Limita-se,
superiormente, com a traquéia, a veia jugular interna e a artéria carótida comum. Lateralmente, com
os pulmões, e
inferior e posteriormente com o coração. Sua cor é variável. Vermelha no feto, branco-acinzentada
nos primeiros
anos de vida e, depois, amarelada. O timo, plenamente desenvolvido, é de formato piramidal,
encapsulado e formado
por dois lobos fundidos. Por ocasião do nascimento pesa de 10 a 35g e continua crescendo de
tamanho até a
puberdade, 15 anos, quando alcança um peso máximo de 20 a 50g. Daí por diante sofre atrofia
progressiva e
passa a pesar pouco mais de 5 a 15g no idoso. O ritmo de crescimento tímico na criança e de
involução no adulto
é extremamente variável e, portanto, difícil determinar o peso apropriado para a idade. Contudo, o
timo continua a exercer
sua função protetora, com a produção complementar de anticorpos, mesmo que nesse período seu
desempenho já
não seja vital, pois há uma compensação pela proteção imunológica conferida pelo baço e nodos
linfáticos, ainda imaturos
nos recém-nascidos.
4.5 A TIMOSINA
A timosina pode servir como imunotransmissor, modulando os eixos hipotalâmicos
hipofisário-suprarrenal e das gônadas.
O sistema nervoso seria capaz de alterar o curso da imunidade via caminhos
autônomo e neuroendócrino. Alguns trabalhos
concluem que os humanos podem treinar a si mesmos para facilitar seus processos
de cura interna mente-corpo.
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5. A GLÂNDULA PÂNCREAS
O pâncreas é uma glândula em forma de folha, com aproximadamente 12,5
centímetros de comprimento. Ele é circundado
pela borda inferior do estômago e pela parede do duodeno (a primeira porção do
intestino delgado que se conecta ao estômago).
Possui duas funções principais:
> a secreção de um líquido que contém enzimas digestivas para o interior do
duodeno
> a secreção dos hormônios insulina e glucagon, os quais são necessários para
metabolizar o açúcar para a corrente sangüínea.
Ocasionado pela destruição das células beta do pâncreas, produtoras de insulina. Em geral, ocorre
em função de um processo
auto-imune, levando a deficiência absoluta de insulina. Aparece na infância e adolescência.
Infelizmente, nada se sabe ainda sobre a causa da DM do tipo II, que representa 90% dos casos da
doença. Entretanto, parece
que as pessoas com predisposição genética, os obesos e aquelas que levam vida sedentária e
estressada são as mais suscetíveis.
A incidência de diabetes no mundo todo vem aumentando. Estima-se que o número de pessoas
atingidas passe de 90 milhões,
constatados em 1994, para 210 milhões até 2010. Evidentemente, um dos motivos para esse
aumento é o próprio aumento da
expectativa de vida. Mas, outra causa que tem merecido destaque entre os pesquisadores é a
mudança no estilo de vida. Se a
pessoa faz poucos exercícios físicos, leva uma vida sedentária, estressante e consome alimentação
gordurosa, rica em açúcar,
refrigerantes, aumentando assim a obesidade, ela apresenta maior risco de incidência de diabetes.
Embora as causas da DM sejam obscuras, o que se sabe, com certeza, é o fato de existirem alguns
"gatilhos" que desencadeiam
as crises. O principal desses gatilhos é o estresse contínuo, estado em que as glândulas supra-renais
liberam superdoses de
adrenalina. Este hormônio, além de acelerar o coração, tem a capacidade de liberar no sangue a
glicose estocada no
fígado e nos músculos. Esse processo se chama gliconeogênese. Para compensar a liberação
aumentada de glicose produzida pela
gliconeogênese, o pâncreas se esforça em produzir quantidades extras de insulina. Se esse esforço
pancreático não for suficiente
para reduzir ao normal os níveis aumentados de glicose pelo estresse ou, pior, se o pâncreas chegar
a se esgotar, o resultado é
o surgimento ou agravamento do diabetes.
É também algo mais ou menos semelhante o que ocorre na obesidade. Quanto mais obesa e
pesada a pessoa for,
maior é a quantidade de insulina necessária, levando o pâncreas à fadiga.
Certas infecções também funcionam como gatilho para o diabetes, assim como alguns casos de
mulheres grávidas.
5.3 SINTOMAS
Quase todos os indivíduos com pancreatite aguda apresentam uma dor abdominal intensa.
5.5 SINTOMAS
Os sintomas da pancreatite crônica geralmente se enquadram em dois padrões. Em
um deles, o indivíduo apresenta
uma dor na região média do abdômen de intensidade variável. No outro, o indivíduo
apresenta episódios intermitentes
de pancreatite com sintomas semelhantes aos de uma pancreatite aguda leve a
moderada. Algumas vezes, a dor é
intensa e dura de muitas horas a vários dias. Em ambos os padrões, à medida que a
pancreatite crônica evolui, as
células que secretam enzimas digestivas são lentamente destruídas e, finalmente, a
dor desaparece.
5.7 SINTOMAS
O adenocarcinoma do pâncreas comumente é assintomático até o tumor tornar-se
volumoso. Por essa razão, no
momento do diagnóstico e em 80% dos casos, o tumor já produziu metástases
extrapancreáticas, afetando linfonodos
próximos, o fígado ou os pulmões.
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As Glândulas Supra-Renais
6. AS GLÂNDULAS SUPRA-RENAIS
As glândulas supra-renais têm este nome devido ao fato de se situarem sobre os rins, apesar de
terem pouca relação
com estes em termos de função. As supra-renais são glândulas vitais para o ser humano, já que
possuem funções
muito importantes, como regular o metabolismo do sódio, do potássio e da água, regular o
metabolismo dos carboidratos
e regular as reações do corpo humano ao stress.
Estas glândulas endócrinas têm forma de lua achatada, situadas uma sobre cada rim e secretam
vários hormônios,
entre os quais destacam-se a aldosterona, a adrenalina (ou epinefrina) e a noradrenalina (ou
norepinefrina).
Sua função básica está relacionada à manutenção do equilíbrio do meio interno, isto é,
da homeostase do organismo, frente a
situações diversas de modificação desse equilíbrio (tensão emocional, jejum,
variação de temperatura, infecções,
administração de drogas diversas, exercício muscular, hemorragias, etc]. Possuem
íntima conexão com o sistema nervoso.
Embriologicamente, cada supra-renal é formada por dois tecidos embrionários
diferentes, dos quais resultam as duas camadas
da supra-renal: a mesoderme origina o córtex e a neuroectoderme a medula da
glândula. Muitos autores consideram córtex
e medula da supra-renal como sendo dois órgãos distintos.
6.3 A ALDOSTERONA
A principal ação da aldosterona é a retenção de sódio. Onde há sódio, estão associados íons e água.
Portanto, a
aldosterona age profundamente no equilíbrio dos líquidos, afetando o volume intracelular e
extracelular dos mesmos. Glândulas
salivares e sudoríparas também são influenciadas pela aldosterona para reter sódio. O intestino
aumenta a absorção de sódio
como reação à aldosterona.
O estresse ainda é um tema que suscita muitas controvérsias, desde a sua definição até as suas
implicações com as
doenças. Por vezes, o estresse é definido como um estímulo, sendo por outras considerado como
resposta desenvolvida por
esse estímulo. Na realidade, a palavra estresse, em si, quer dizer “pressão”, “insistência” e estar
estressado quer dizer
“estar sob pressão” ou “estar sob a ação de estímulo insistente”. Significa também tensão. É uma
palavra amplamente usada
no âmbito da Física como sendo a tensão gerada em um corpo pela ação de forças sobre o mesmo.
Neste caso, o estresse
assume o significado de “reação” do corpo à ação das forças que configuram o estressor. De fato,
estressor é qualquer
estímulo capaz de provocar o aparecimento de um conjunto de respostas orgânicas e/ou
comportamentais, relacionadas
com mudanças fisiológicas estereotípicas de padrões, que incluem a hiperfunção da supra-renal, ou
adrenal.
O estresse é um processo reativo, que tem como objetivo diminuir os efeitos negativos
causados pelo estressor e
favorecer a adaptação a este ou às mudanças advindas da sua presença. Assim, o estado de
estresse é exatamente
aquele relacionado com a fase de adaptação, sendo o seu estabelecimento compatível com a
liberação de cortisol
(hormônio secretado pela suprarenal), que torna o organismo hábil para responder às
exigências adaptativas.
Existem, na medula adrenal, dois tipos de células: umas secretam adrenalina, as outras
noradrenalina. Tais hormônios
são secretados em resposta à estimulação simpática e são considerados como hormônios gerais.
Liberados em grandes
quantidades depois de fortes reações emocionais como, por exemplo, susto ou medo, estes
hormônios são transportados
pelo sangue para todas as partes do corpo, onde provocam reações diversas, principalmente
constrição dos vasos,
elevação da pressão arterial, aumento dos batimentos cardíacos, etc. Tais reações resultam, entre
outras coisas, no aumento
do suprimento de oxigênio às células. Além disso, a adrenalina, que aumenta a glicogenólise hepática
e muscular e a
liberação de glicose para o sangue, eleva o metabolismo celular. A combinação dessas reações
possibilita, por exemplo,
reações rápidas de fuga ou de luta frente a diferentes situações ameaçadoras. Ao contrário do córtex
supra-renal, que
lança seus produtos continuamente na circulação, a medula acumula os hormônios produzidos.
Existem doenças que se
caracterizam pelo excesso de produção dos hormônios das supra-renais. As principais são a
Síndrome de Cushing e o
Feocromocitoma.
6.7 O FEOCROMOCITOMA
É uma doença na qual ocorrem crises de hipertensão arterial podendo ou não estar
acompanhada de dor de cabeça,
sudorese e palpitações. Qualquer paciente jovem que apresente hipertensão arterial
merece uma investigação médica visando
excluir a possibilidade de feocromocitoma.
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As Glândulas Sexuais ou Gônadas
7. AS GLÂNDULAS SEXUAIS OU GÔNADAS MASCULINAS
O testículo é composto por até 900 túbulos seminíferos enovelados, cada um tendo em média mais
de 0,5m de comprimento,
nos quais são formados os espermatozóides. O espermatozóide maduro é formado por uma cabeça,
um corpo intermédio e uma cauda.
Os espermatozóides podem chegar a viver três dias no interior do aparelho genital feminino. Os
testículos começam a fabricar os
espermatozóides e este processo continua ao longo da vida. Os espermatozóides são lançados no
epidídimo, outro tubo enovelado
de cerca de 6 m de comprimento. A hipófíse é a glândula que controla e regula o funcionamento dos
testículos.
7.2 OS ANDROGÊNIOS
Os testículos secretam vários hormônios sexuais masculinos que são coletivamente
chamados de androgênios,
compreendendo a testosterona, diidrotestosterona e androstenodiona. Todavia, a
testosterona é muito mais abundante que os
demais hormônios, a ponto de poder ser considerada o hormônio testicular
fundamental.
Além dos efeitos sobre os órgãos genitais, a testosterona exerce outros efeitos gerais por todo o
organismo para dar ao homem
adulto suas características distintivas. Faz com que os pêlos cresçam na face, ao longo da linha
média do abdome, no púbis
e no tórax. Origina, porém, a calvície nos homens que tenham predisposição hereditária para ela.
Estimula o crescimento
da laringe, de maneira que o homem, após a puberdade, fica com a voz mais grave. Estimula, ainda,
um aumento na deposição
de proteínas nos músculos, pele, ossos e em outras partes do corpo, de maneira que o adolescente
do sexo masculino se
torna geralmente maior e mais musculoso do que a mulher. Algumas vezes, a testosterona também
promove uma secreção
anormal das glândulas sebáceas da pele, fazendo com que se desenvolva a acne pós-puberdade na
face. Na ausência de
testosterona, as características sexuais secundárias não se desenvolvem e o indivíduo mantém um
aspecto sexualmente infantil.
7.9 SÍFILIS
O testículo e o epidídimo são lesados tanto na sífilis congênita como na adquirida,
mas, quase invariavelmente, o testículo
é o primeiro a ser lesado. Às vezes pode haver orquite sem epididimite
concomitante. Microscopicamente, há dois tipos
de reação: a produção de gomas ou uma inflamação intersticial difusa, esta
caracterizada por edema, infiltração de
linfócitos e plasmócitos. Nos casos incipientes, as gomas podem produzir um
aumento nodular e os focos de necrose
branco-amarelados característicos. A reação difusa causa edema e endurecimento.
Na evolução, seja a reação
inicial gomosa ou difusa, segue-se uma cicatrização fibrótica progressiva, a qual, por
sua vez, conduz a uma atrofia
tubular considerável e, em alguns casos, à esterilidade. Geralmente o testículo
diminui de tamanho, torna-se pálido e fibrótico.
As células intersticiais de Leydig são poupadas e a potência não está alterada.
Entretanto, quando o processo é muito
extenso, as células de Leydig podem ser destruídas, produzindo-se perda de libido.
A esterilidade ocorre menos freqüentemente
quando a lesão é gomosa e não difusa.
No seu estágio mais inicial, o câncer de próstata pode não produzir sintomas.
Micção dolorosa.
Ejaculação dolorosa.
Sangue na urina.
Incapacidade de urinar.
Dores contínuas.
8.1 OS OVÁRIOS
Os ovários são os centros endócrinos e germinativos da mulher, e a caracterizam
como tal. O caráter cíclico
da natureza e da fisiologia feminina é típico. Todas as ações cíclicas estrogênicas
e/ou estrogênico-progesterônicas
geram inúmeras transformações também cíclicas nos órgãos sexuais da mulher
[genitália e mamas), em sua fisiologia
e em outros setores do seu corpo. O funcionamento das gônadas femininas está sob
o controle do sistema
hipotálamohipofisário (com o qual elas interagem em regime de “feedback”) e
também de fatores intraovarianos
específicos. Estes últimos, entre outras ações, modulam a capacidade de resposta
dos ovários às gonadotrofinas
hipofisárias, que são o FSH [hormônio folículo estimulante) e o LH [ hormônio
luteinizante). Resumidamente, podemos
dizer que a fisiologia das gônadas femininas depende das ações das gonadotrofinas
hipofisárias, dos próprios
hormônios sexuais por elas produzidos e de fatores reguladores intra-ovarianos
ainda mal conhecidos.
Pouquíssimos são os folículos que atingem o pleno desenvolvimento, conseguindo produzir altos
níveis de estrogênios,
ovular e luteinizar-se. A imensa maioria deles está condenada à regressão e ao desaparecimento
através do
processo da atresia* ou morte folicular antes mesmo de completarem os primeiros estágios do seu
crescimento. Como a
formação de novos folículos é impossível ao longo da vida da mulher, o fenômeno da atresia folicular
vai gradualmente
levando ao esgotamento das gônadas femininas - esgotamento este que se completa em torno dos
50 anos, culminando
com a menopausa. Assim, os órgãos que são os centros endócrinos e germinativos da mulher estão
paradoxalmente
condenados ao esgotamento e envelhecimento precoce. Em decorrência da privação estrogênica
pós-menopáusica, todos
os órgãos e tecidos estrogênio-dependentes do corpo da mulher entram em atrofia. Os estrogênios
podem ser vistos como
a principal manifestação endócrina do lado afrodisíaco da mulher, uma vez que são eles os
responsáveis pela maturação
sexual da mesma e pelo trofismo e boa forma de tudo o que no seu corpo é tipicamente feminino. A
progesterona,
à parte a sua fundamental importância na fisiologia ginecológica e no equilíbrio endócrino feminino,
de certa forma pode
ser vista como mais relacionada ao lado maternal da mulher. Já os androgênios, precursores
bioquímicos dos estrogênios,
podem ser relacionados ao obscuro componente masculino da mulher. *Atresia folicular - processo
fisiológico através
do qual a maioria dos folículos ovarianos entram em regressão, morrem e desaparecem ao longo dos
vários estágios do seu
crescimento.
A hipófise anterior das meninas, como a dos meninos, não secreta praticamente nenhum hormônio
gonadotrópico até à
idade de 10 a 14 anos. Entretanto, por essa época, começa a secretar dois hormônios
gonadotrópicos. No inicio, secreta
principalmente o hormônio folículo-estimulante (FSH), que inicia a vida sexual na menina em
crescimento. Mais tarde,
secreta o hormônio luteinizante (LH), que auxilia no controle do ciclo menstrual.
Causa a proliferação das células foliculares ovarianas e estimula a secreção de estrógeno, levando
as cavidades foliculares a
desenvolverem-se e a crescer.
O ciclo menstrual na mulher é causado pela secreção alternada dos hormônios folículoestimulante e
luteinizante pela
hipófise anterior (adenohipófise), e a secreção dos estrogênios e progesterona pelos ovários. O ciclo
de fenômenos que induzem
essa alternância tem a seguinte explicação: 1- No começo do ciclo menstrual, isto é, quando a
menstruação se inicia, a
hipófise anterior secreta maiores quantidades de hormônio folículo-estimulante juntamente com
pequenas quantidades de
hormônio luteinizante. Juntos, esses hormônios promovem o crescimento de diversos folículos nos
ovários e acarretam uma
secreção considerável de estrogênio (estrógeno). 2- Acredita-se que o estrogênio tenha, então, dois
efeitos seqüenciais sobre a
secreção da hipófise anterior. Primeiro, inibiria a secreção dos hormônios folículo-estimulante e
luteinizante, fazendo com que suas
taxas declinassem a um mínimo por volta do décimo dia do ciclo. Depois, subitamente, a hipófise
anterior começaria a secretar
quantidades muito elevadas de ambos os hormônios, mas principalmente do hormônio luteinizante. É
essa fase de aumento
súbito da secreção que provoca o rápido desenvolvimento final de um dos folículos ovarianos e a sua
ruptura dentro de cerca de
dois dias. 3- O processo de ovulação, que ocorre por volta do décimo quarto dia de um ciclo normal
de 28 dias, conduz ao
desenvolvimento do corpo lúteo ou corpo amarelo, que secreta quantidades elevadas de
progesterona e quantidades
consideráveis de estrogênio. 4- O estrogênio e a progesterona secretados pelo corpo lúteo inibem
novamente a hipófise anterior,
diminuindo a taxa de secreção dos hormônios folículo-estimulante e luteinizante. Sem esses
hormônios para estimulá-lo, o
corpo lúteo involui, de modo que a secreção de estrogênio e progesterona cai para níveis muito
baixos. É nesse momento
que a menstruação se inicia, provocada por esse súbito declínio na secreção de ambos os
hormônios. 5- Nessa ocasião, a
hipófise anterior, que estava inibida pelo estrogênio e pela progesterona, começa a secretar outra vez
grandes quantidades de
hormônio folículo-estimulante, iniciando um novo ciclo. Esse processo continua durante toda a vida
reprodutiva da mulher.
8.10 MENOPAUSA
Na maioria das mulheres, esse período de declínio estrogênico é acompanhado por reações vaso-
motoras, alterações
de temperamento e mudanças na composição da pele e do corpo. 0corre também aumento da
gordura corporal e diminuição
da massa muscular. A queda nos níveis de estrogênio é seguida por uma alta incidência de doenças
cardiovasculares, perda
de massa óssea e falhas no sistema cognitivo. A Terapia de Reposição Hormonal (TRP) mostrou-se
dúbia. Foram
registrados riscos com reposição efetuada com estrógenos sintéticos e progestinas. No entanto, há
grande aceitação
médica com a progesterona natural em forma de creme transdérmico para tratar dos males
decorrentes do desequilíbrio
hormonal. A progesterona natural via transdérmica não apresenta efeitos colaterais quando usada em
doses fisiológicas.