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Organização:
Profª Dra. Juliana Pereira de Araújo
Prof. Dr. Ana Martins da Silva
Revisão:
Profa. Dr. Elisa Maria Pinheiro de Souza
Belém-Pará
2019
Universidade Aberta do Brasil – UAB
II – EMENTA:
Construção dos fundamentos teórico-práticos da didática: histórico, objeto, pressupostos
filosóficos e metodológicos, tendências teóricas. A construção da didática na formação do
educador nas perspectivas acadêmicas, técnicas, práticas e de reconstrução social. Os
componentes didáticos da prática docente. Escola e sociedade: ensino e aprendizagem,
ensino e pesquisa, conteúdo e forma, professor e aluno, avaliação. A didática vivida no
cotidiano escolar. Planejamento e ação docente.
III –OBJETIVOS
• Proporcionar a aquisição e reflexão sobre conhecimentos teóricos e práticos que
possibilitem a compreensão da prática educativa nas dimensões humana, técnica e
sócio-politica.
• Analisar os componentes didáticos da práticadocente.
• Discutir as tendências no ensino e as conseqüências para aaprendizagem.
• Identificar os paradigmas avaliativos.
• O cotidiano escolar e as questões inerentes adidática.
• Constatar a importância do planejamento na práxis pedagógica dodocente.
• Desenvolver micro-ensino, a fim de utilizar de forma efetiva oplanejamento.
• A pesquisa na açãodocente.
IV – CONTEÚDOS
• As tendênciaseducacionais.
• A contribuição da didática para a formação doeducador.
• Os desafios atuais dadocência.
• A educação no Pará: as salasmultisseriadas.
• Conceitos de avaliação.
• Abordagens e desafios na ação deavaliar.
VI –RECURSOS
VII –AVALIAÇÃO
VIII – REFERÊNCIASBIBLIOGRÁFICAS
LINKs:
www.abnt.org.brwww.astresmet
odologias.com.brwww.scielo.br
www.cnpq.br
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TEXTO I
A DIDÁTICA E O TRABALHO DE PROFESSORES
aos alunos. Essa função orientadora dos objetivos vai aparecer a cada aula, perpassando
todo o ano letivo.
Dissemos que a Didática cuida dos objetivos, condições e modos de realização do
processo de ensino. Em que consiste o processo de ensino e aprendizagem? O principio
básico que define esse processo é o seguinte: o núcleo da atividade docente é a relação
ativa do aluno com a matéria de estudo, sob a direção do professor. O processo de ensino
consiste de uma combinação adequada entre o papel de direção do professor e a atividade
independente, autônoma e criativa do aluno. O papel do professor, portanto é o de planejar,
selecionar e organizar os conteúdos, programar tarefas, criar condições de estudo dentro da
classe, incentivar os alunos, ou seja, o professor dirige as atividades de aprendizagem dos
alunos a fim de que estes se tornem sujeitos ativos da própria aprendizagem.
Não há ensino verdadeiro se os alunos não desenvolvem suas capacidades e
habilidades mentais, se não assimilam pessoal e ativamente os conhecimentos ou se não
dão conta de aplicálos, seja nos exercícios e verificações feitos em classe, seja na prática
da vida.
Podemos dizer, então, que o processo didático, é o conjunto de atividades do
professor e dos alunos sob a direção do professor, visando à assimilação ativa pelos alunos
dos conhecimentos, habilidades e hábitos, atitudes, desenvolvendo suas capacidades e
habilidades intelectuais. Nessa concepção de didática, os conteúdos escolares e o
desenvolvimento mental se relacionam reciprocamente, pois o progresso intelectual dos
alunos e o desenvolvimento de suas capacidades mentais são verificados no decorrer da
assimilação ativa dos conteúdos. Portanto, o ensino e a aprendizagem (estudo) se movem
em torno dos conteúdos escolares visando o desenvolvimento do pensamento.
Mas, qual é a dinâmica do processo de ensino? Como se garante o vínculo entre o
ensino (professor) e a aprendizagem efetiva decorrente do encontro entre o aluno e a
matéria?
A força impulsionadora do processo de ensino é um adequado ajuste entre os
objetivos/conteúdos/métodos organizados pelo professor e o nível de conhecimentos,
experiências, requisitos prévios e desenvolvimento mental presentes no aluno. O movimento
permanente que ocorre a cada aula consiste em que, por um lado, o professor propõe
problemas, desafios, perguntas, relacionados com conteúdos significativos, instigantes e
acessíveis.
Por outro lado, os alunos, ao assimilar consciente e ativamente a matéria,
mobilizam sua atividade mental e desenvolvem suas capacidades e habilidades. Essa forma
de compreender o ensino é muito diferente do que simplesmente passar a matéria ao aluno.
É diferente, também, de dar atividades aos alunos para que fiquem “ocupados” ou
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LIBÂNEO, José Carlos. Didática: velhos e novos temas. Goiânia: Edição do Autor,
2002. 134p.
TEXTO II
ADEUS PROFESSOR, ADEUS PROFESSORA? NOVAS
EXIGÊNCIAS EDUCACIONAIS E PROFISSÃO DOCENTE
1É difícil acreditar numa política educacional modernizante, tal como a que tem sido incentivada pelo
governo federal, quando se observa nos Estados a manutenção do sistema de ensino duplo: o das
escolas públicas sem remuneração decente para os professores, sem condições físicas e materiais,
sem supervisão pedagógico-didática com qualidade, sem programas de formação continuada, e o das
escolas privadas cada vez mais seletivas.
2Cf., por exemplo, Gentili & Silva (1994), Frigotto (1995), Silva & Gentili (1996).
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3A descrição desses requisitos visa tão-somente apontar tendências possíveis para se pensar a
escola democrática de hoje, sem pretender fazer uma correspondência linear entre qualificação e
emprego ou entre educação e mercado de trabalho, o que importa, efetivamente, é defender o
princípio básico de que a democratização econômica e política e a luta contra a exclusão social
continuam requerendo a escolarização da população com qualidade compatível com as demandas do
mundo contemporâneo.
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O texto nos instiga a admitir a amplitude do “ser professor”. É muito mais do que
transmitir conteúdos, mais do que orientar, mais do que acompanhar... E você já parou para
pensar no papel que irá desempenhar enquanto professor? Já analisou mais criticamente o
contexto e o conceito de globalização, o sistema produtivo no seu Estado? Um bom
professor reflete continuamente sobre estas e várias questões.
Para ajudá-lo a compreender um pouco melhor a educação paraense leia o artigo
apresentado a seguir que decorre das pesquisas sobre as escolas multisseriadas no nosso
estado. Perceba na metodologia da pesquisa o rigor com o qual os pesquisadores da
educação tratam o tema e principalmente veja as conclusões dapesquisa.
TEXTO III
EDUCAÇÃO DO CAMPO NA AMAZÔNIA: RETRATOS DA
REALIDADE DAS ESCOLAS MULTISSERIADAS NO ESTADO
DO PARÁ
METODOLOGIA:
O estudo constitui-se numa pesquisa quali-quantitativa, que envolveu investigação
bibliográfica e documental junto aos órgãos oficiais: MEC, INEP, SAEB e SEDUC/PA com
base no ano de 2002 e 2003; e pesquisa de campo em seis municípios do Estado do Pará
que foram selecionados, em função de pertencerem às seis diferentes Meso-Regiões do
Estado e por possuírem o maior número de escolas multisseriadas em sua rede de ensino.
São eles: Breves, da Meso Região do Marajó, que apresenta 398 escolas multisseriadas;
Santarém, da Meso Região do Baixo Amazonas, que possui 286 escolas multisseriadas;
Cametá, da Meso Região do Nordeste do Pará, que apresenta 279 escolas multisseriadas;
Moju, da Meso Região do Nordeste do Pará, que apresenta 217 escolas multisseriadas;
Marabá, da Meso Região do Sudeste do Pará, que possui 210 escolas multisseriadas;
Barcarena, da Meso Região Metropolitana de Belém, que possui 112 escolas
multisseriadas. Realizaram-se entrevistas semi-estruturadas com professores, estudantes,
gestores e pais e mães, além de registros fotográficos eobservações.
RESULTADOS:
Esse estudo revelou que, no Estado do Pará, existem 10.697 escolas
multisseriadas, com 471.307 educandos/as matriculados entre 1ª a 4ª séries, representando
42,57% dos educandos matriculados. A distorção idade-série nas escolas multisseriadas
atinge 81,2%. Além disso, a taxa de repetência é de 25,64% e atinge 36,27% na 1ª série.
Em 2003, o Estado do Pará apresentou o segundo maior número de escolas multisseriadas
do país, 8.675 escolas, perdendo para a Bahia, que têm 14.705escolas.
As escolas multisseriadas apresentam uma infra-estrutura precária: as aulas são
realizadas em pequenos barracões, igrejas ou em espaços cedidos nas comunidades; a
educação infantil nessas localidades, quando existe, é trabalhada junto com as séries
iniciais da escola multisseriada; ineficiência e/ou inexistência de apoio pedagógico e
formação continuada; e currículo descontextualizado dos modos de vida das populações do
campo da Amazônia. Ratificando esse retrato, apresentam-se os seguintes relatos dos
professores: “A escola multisseriada é um problema, porque trabalhamos sem uma estrutura
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escolar adequada”; “Nós não temos o apoio da Secretaria”; “O calendário escolar da classe
multisseriada é um problema, porque os alunos trabalham com os pais na roça e a turma
esvazia”.
Essas características das escolas multisseriadas são históricas e mesmo nessas
condições precárias de funcionamento são atualmente responsáveis pela etapa inicial de
escolarização dos sujeitos do campo no Pará.
CONCLUSÕES:
A realidade educacional do campo e das escolas multisseriadas no Estado do Pará
e na Região Amazônia, identificada no diagnóstico do GEPERUAZ, tem possibilitado
sinalizar para as seguintes reflexões: As escolas multisseriadas devem sair do anonimato:
há a necessidade das escolas multisseriadas serem incluídas na agenda das Secretarias
Estaduais e Municipais de Educação, do Ministério da Educação, das Universidades, dos
Centros de Pesquisa e dos MovimentosSociais.
Elas devem ser analisadas no contexto sócio-econômico-político-ambiental- cultural
e educacional do campo da Amazônia e da sociedade brasileira contemporânea. Elas
constituem uma precarização do modelo seriado de “urbanocêntrico” ensino como padrão
de organização do trabalho pedagógico nessas escolas criando fileiras, grupos e cantos
seriados, utilizando vários planejamentos e técnicas de trabalho. Por isso, para oferecer um
processo educativo de qualidade têm que se superar essa concepção e esse paradigma.
Acredita-se que o enfrentamento desse retrato problemático dessas escolas
multisseriadas requer a elaboração e efetivação de políticas sociais e educacionais que
impactem essa realidade; a construção coletiva, sociedade civil e poder público, de um
projeto de educação do campo, que tome como referência, e valorize, as diferentes
experiências, saberes, valores e especificidades culturais das populações que vivem e são
da Amazônia
In:HAGE, Salomão(Org.). Educação do campo na Amazônia. Retratos derealidade
das escolas Multisseriadas do Pará. Belém, Pará: Gutemberg Ltda,2005.
TEXTO IV
TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
(Ana Kely Martins da Silva)
AS NÃO CRÍTICAS:
TRADICIONAL: â ênfase é no professor e a educação é entendida como perene em uma
sociedade imutável, o eixo é o intelecto, a razão, o esforço e a disciplina. A preocupação é
moldar o aluno à sociedade. A escola é difusora e transmissora do saber. Cabe ao professor
transmitir conhecimentos e ao aluno aprender, pela memorização e repetição. Os métodos
utilizados na docência são: o verbal; a demonstração; os exercícios repetitivos.
ESCOLA NOVA: a ênfase é no aluno, a educação é entendida como a responsável pelo
ajuste do aluno à sociedade. A escola tem como função odesenvolvimento das habilidades
individuais. O professor é um estimulador e orientador da aprendizagem e o aluno precisa
aprender a aprender. Os métodos utilizados são: a experimentação; a pesquisa; o trabalho
em grupo. Tendo por base os princípios da biologia e psicologia e as idéias de Piaget,
Montessori, Decroly, entreoutros.
TECNICISMO: a ênfase está nos métodos e técnicas, tendo por base o Positivismo
(neutralidade e objetividade), destaca-se a busca pela eficiência, produtividade e eficácia. O
eixo central é a inclusão do aluno na máquina produtiva da sociedade. Cabe a escola
produzir alunos competentes para atuarem no mercado de trabalho. O professor tem que
garantir o alcance dos objetivos instrucionais e o aluno precisa aprender a fazer. Os
métodos utilizados são: instrução programada; tele-ensino; estudo dirigido, entre outros.
AS CRÍTICAS: As teorias críticas em geral são caracterizadas pela relação crítica frente
às questões sociais e em geral possuem as seguintes características:
• Entendem a dialética como fator intrínseco da educação/ sociedade.
• Cabe a educação o processo de transformação social.
• O aluno é entendido como o homem que estabelece relações, por meio da ação/
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TEXTO V
O PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO DA ESCOLA: na
perspectiva de uma educação para a cidadania
oconjunto dos seus atores internos e externos e o seu modo de vida. Um projeto sempre
confronta esse instituído com o instituinte. Por exemplo, hoje a escola pública burocrática se
confronta com as novas exigências da cidadania e busca de nova identidade de cada
escola, pautas de uma sociedade cada vez maispluralista.
Não se constroi um projeto sem uma direção política, um norte, um rumo. Por isso,
todo projeto pedagógico da escola é também político. O projeto pedagógico da escola é, por
isso mesmo, sempre um processo inconcluso, uma etapa em direção a uma finalidade que
permanece como horizonte da escola.
- De quem é a responsabilidade da constituição do projeto da escola? O projeto da
escola não é responsabilidade apenas de sua direção.
Ao contrário, numa gestão democrática, a direção é escolhida a partir do
reconhecimento da competência e da liderança de alguém capaz de executar um projeto
coletivo. A escola, nesse caso, escolhe primeiro um projeto e depois essa pessoa que pode
executálo. Assim realizada, a eleição de um diretor, de uma diretora, possibilita a escolha de
um projeto político-pedagógico para a escola. Ao se eleger um diretor de escola o que se
está elegendo é um projeto para a escola. Na escolha do diretor ou da diretora percebese já
o quanto o seu projeto é político.
Como vimos, o projeto pedagógico da escola está hoje inserido num cenário
marcado pela diversidade. Cada escola é resultado de uma processo de desenvolvimento
de suas próprias contradições. Não existem duas escolas iguais. Diante disso, desaparece
aquela arrogante pretensão de saber de antemão quais serão os resultados do projeto. A
arrogância do dono da verdade dá lugar à criatividade e ao diálogo. A pluralidade de
projetos pedagógicos faz parte da história da educação da nossaépoca.
Por isso, não deve existir um padrão único que oriente a escolha do projeto de
nossas escolas. Não se entende, portanto, uma uma escola sem autonomia, autonomia para
estabelecer o seu projeto e autonomia para executá-lo e avaliá-lo.A autonomia e a gestão
democrática da escola fazem parte da própria natureza do ato pedagógico. A gestão
democrática da escola é, portanto, uma exigência de seu projeto político-pedagógico.Ela
exige, em primeiro lugar, uma mudança de mentalidade de todos os membros da
comunidade escolar. Mudança que implica deixar de lado o velho preconceito de que a
escola pública é apenas um aparelho burocrático do Estado e não uma conquista da
comunidade. A gestão democrática da escola implica que a comu- nidade, os usuários da
escola, sejam os seus dirigentes e gestores e não apenas os seus fiscalizadores ou meros
receptores dos serviços educacionais. Na gestão democrática pais, alunos, professores e
funcionários assumem sua parte de responsabilidade pelo projeto da escola.
Há pelo menos duas razões que justificam a implantação de um processo de
gestão democrática na escola pública:
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1ª porque a escola deve formar para a cidadania e,para isso, ela deve dar o
exemplo. A gestão democrática da escola é um passo importante no aprendizado da
democracia. A escola não tem um fim em si mesma. Ela está a serviço da comunidade.
Nisso, a gestão democrática da escola está prestando um serviço também à comunidade
que a mantém.
2ª porque a gestão democrática pode melhorar o que é específico da escola, isto
é, o seu ensino. A participação na gestão da escola proporcionará um melhor conhecimento
do funcionamento da escola e de todos os seus atores; propiciará um contato permanente
entre professores e alunos, o que leva ao conhecimento mútuo e, em conseqüência,
aproximará também as necessidades dos alunos dos conteúdos ensinados
pelosprofessores.
O aluno aprende apenas quando ele se torna sujeito da sua aprendizagem. E para
ele tornar-se sujeito da sua aprendizagem ele precisa participar das decisões que dizem
respeito ao projeto da escola que faz parte também do projeto de sua vida. Passamos muito
tempo na escola, para sermos meros clientes dela. Não há educação e aprendizagem sem
sujeito da educação e da aprendizagem. A participação pertence à própria natureza do
atopedagógico.
A autonomia e a participação - pressupostos do projeto político e pedagógico da
escola - não se limitam à mera declaração de princípios consignados em algum documento.
Sua presença precisa ser sentida no conselho de escola ou colegiado, mas também na
escolha do livro didático, no planejamento do ensino, na organização de eventos culturais,
de atividades cívicas, esportivas, recreativas. Não basta apenas assistirreuniões.
A gestão democrática deve estar impregnada por uma certaatmosfera que se
respira na escola, na circulação das informações, na divisão do trabalho, no
estabelecimento do calendário escolar, na distribuição das aulas, no processo de
elaboração ou de criação de novos cursos ou de novas disciplinas, na formação de grupos
de trabalho, na capacitação dos recursos humanos, etc. A gestão democrática é, portanto,
atitude e método. A atitude democrática é necessária, mas não é suficiente. precisamos de
métodos democráticos de efetivo exercício da democracia. Ela também é um aprendizado,
demanda tempo, atenção e trabalho.Existem, certamente, algumas limitações e
obstáculos à instauração de um processo democrático como parte do projeto político-
pedagógico da escola. Entre eles, podemoscitar:
a) a nossa pouca experiência democrática;
b) a mentalidade que atribui aos técnicos e apenas a eles a capacidade degovernar
e que o povo incapaz de exercer o governo;
c) a própria estrutura de nosso sistema educacional que é vertical;
d) o autoritarismo que impregnou nosso ethos educacional; e) o tipo de liderança
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Todo projeto supõe rupturas com o presente e promessas para o futuro. Projetar
significa tentar quebrar um estado confortável para arriscar-se, atravessar um período de
instabilidade e buscar uma nova estabilidade em função da promessa que cada projeto
contém de estado melhor do que o presente. Um projeto educativo pode ser tomado como
promessa frente a determinadas rupturas. As promessas tornam visíveis os campos de ação
possível, comprometendo seus atores e autores. A noção de projeto implica sobretudo
tempo:
a) Tempo político que define a oportunidade política de um determinado projeto.
b) Tempo institucional. Cada escola encontra-se num determinado tempo de sua
história. O projeto que pode ser inovador para uma escola pode não ser para outra.
c) Tempo escolar. O calendário da escola, o período no qual o projeto é elaborado
é também decisivo para o seu sucesso;
d) Tempo para amadurecer as idéias. Só os projetos burocráticos são impostos e,
por isso, revelam-se ineficientes a médio prazo. Há um tempo para sedimentar idéias. Um
projeto precisa ser discutido e isso levatempo.
Há evidentemente outros componentes do projeto, sem os quais seu êxito pode
ficar comprometido.Como elementos facilitadores de êxito de um projeto, podemos
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destacar:
1º Uma comunicação eficiente. Um projeto deve ser factível e seu enunciado
facilmente compreendido.
2º Adesão voluntária e consciente ao projeto. Todos precisam estar envolvidos.
A co-responsabilidade é um fator decisivo no êxito de um projeto;
3º Bom suporte institucional e financeiro, que significa: vontade política, pleno
conhecimento de todos - principalmente dos dirigentes - e recursos financeiros claramente
definidos;
4º Controle, acompanhamento e avaliação do projeto. Um projeto que não
pressupõe constante avaliação não consegue saber se seus objetivos estão sendo
atingidos;
5º Uma atmosfera, um ambiente favorável. Não é desprezível certo componente
mágico-simbólico para o êxito de um projeto, um certa mística (ou ideologia) que cimenta a
todos os que se envolvem no “design” de um projeto;
6º Credibilidade. As idéias podem ser boas, mas, se os que as defendem não tem
prestígio, comprovada competência e legitimidade só pode obstaculizar o projeto;
7º Um bom referencial teórico que facilite encontrar os principais conceitos e a
estrutura do projeto.
A falta desses elementos obstaculiza a elaboração e a implantação de um projeto
novo para a escola. A implantação de um novo projeto político-pedagógico da escola
enfrentará sempre a descrença generalizada dos que pensam que nada adianta projetar
uma boa escola enquanto não houver vontade política dos de cima. Contudo, o pensamento
e a prática dos de cima não de modificará enquanto não existir pressão dos debaixo.
Um projeto político-pedagógico da escola deve constituir-se num verdadeiro
processo de conscientização e de formação cívica; deve constituir-se num processo de
repercussão da importância e da necessidade do planejamento na educação.Tudo isso
exige certamente uma educação para a cidadania. - O que é "educar para a cidadania"? A
resposta a essa pergunta depende da resposta à outra pergunta:"o que é cidadania?".
Pode-se dizer que cidadania é,essencialmente, consciência de direitos e deveres e
exercício da democracia. Não há cidadania sem democracia.
A democracia fundamenta-se em três direitos: - direitos civis, como segurança e
locomoção; - direitos sociais, como trabalho, salário justo, saúde, educação, habitação,
etc. - direitos políticos, como liberdade de expressão, de voto, de participação em partidos
políticos e sindicatos, etc. O conceito de cidadania, contudo, é um conceito ambíguo.
Em 1789 a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão estabelecia as
primeiras normas para assegurar a liberdade individual e a propriedade. Existem diversas
concepções de cidadania: a liberal, a neoliberal, a progressista ou socialista democrática (o
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Pode-se afirmar que o planejamento é um processo mental e como tal exige uma
atuação coerente e consciente do homem. Tal processo realiza-se em torno de análises,
reflexões e previsões.
Ao realizar o planejamento tornas-se necessário responder as seguintes questões:
• O que se pretende realizar?
•O que irá ser realizado?
• Como irá ser realizado?
• Como será avaliado o processo realizado?
Definindo isso procede-se a realização do planejamento que quando bem
eleaborado garante algumas vantagens, tais como: coerência e unidade; continuidade e
sequência;flexibilidade, objetividade e funcionalidade; precisão e clareza; evita a
improvisação; auxílio na superação das dificuldades.
O planejamento tem uma grande amplitude, à medida que está presente em todas
as áreas de atuação humana, porém, na área educacional destaca-se 04 (quatro) tipos, que
variam de acordo com sua abrangência e complexidade.
5. Elaboração do sistema
disciplinar da escola.
6. Atribuições de funções a todos
os participantes da equipe
escolar.
• Secretarias de Educação com 1. Definir a concepção
PLANEJAMENTO a participação da escola filosófica que vai nortear os fins e
DE CURRÍCULO (Processo Pedagógico), objetivos da ação educativa.
prioritariamente. 2. Distinguir os conteúdos
significativos e funcionais.
3. Integrar os componentes
curriculares (Teórico/Prático e
Investigativo).
4. Considerar as diretrizes do
C.F.E. e C.E.E.
PLANEJAMENTO • Professor (buscando 1. Analisar as características
DIDÁTICO OU DE integração com a escola). da clientela.
ENSINO 2. Refletir sobre os recursos
disponíveis.
3. Definir os objetivos
educacionais.
4. Selecionar e estruturara os
conteudos.
5. Organizar os
procedimentos de ensino.
6. Prever e escolher os
recursos de ensino.
7. Selecionar os
procedimentos de avaliação.
TEXTO VII
PLANEJAMENTO DE ENSINO COMO FERRAMENTA BÁSICA
DO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM
Simone Scorsim Klosouski Klevi Mary Reali
RESUMO
O texto focaliza a importância do ato de planejar em todas as ações humanas e
especificamente na prática docente. Inicialmente, faz-se uma reflexão sobre alguns
conceitos de planejamento; em seguida, procura-se estabelecer diferenças entre as várias
dimensões dos planejamentos em educação. O texto também tem como objetivo levar os
leitores a pensar sobre planejamento de ensino, sobre suas fases e sua importância no
processoensino-aprendizagem.
Palavras chave: Planejamento em educação. Planejamento de ensino. Processo de ensino
aprendizagem.
INTRODUÇÃO
Falar de planejamento de ensino parece ser um assunto tão batido e desgastado,
porém, com o passar do tempo é importante perceber que a maneira de se planejar hoje
não é a mesma que há vinte anos, conforme aponta Hernández, “quando não existia a
síndrome do excesso de informação, ou há 40, quando se pensava que as disciplinas se
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Ressaltamos que o tipo de metodologia de pesquisa utilizada no presente artigo foi baseada
na pesquisa bibliográfica. Sobre esse tipo de pesquisa, vejamos o que nos aponta
Gonsalves: Caracteriza-se a pesquisa bibliográfica pela identificação e análise dos dados
escritos em livros, artigos de revistas, dentre outros. Sua finalidade é colocar o investigador
em contato com o que já se produziu a respeito do seu tema de pesquisa. Na pesquisa
bibliográfica o pesquisador vai se deparar com dois tipos de dados: aqueles que são
encontrados em fontes de referência (dados populacionais, econômicos, históricos etc.) e
aqueles dados especializados em cada área do saber, indispensáveis para o
desenvolvimento da sua pesquisa (2003, p. 3435).
A pesquisa bibliográfica foi a modalidade de pesquisa mais indicada para ser
realizada aqui, em virtude da necessidade de busca de fontes. A intenção era realizar a
pesquisa bibliográfica, e em seguida, uma pesquisa empírica, através de uma coleta de
dados sobre a experiência de professores acerca do tema em questão, o que poderá,
possivelmente, ser feito posteriormente.
CONCEITOS DE PLANEJAMENTO
que o planejamento seja a previsão de uma ação a ser desenvolvida e o pensar sobre os
melhores meios para atingir os fins.
PLANEJAMENTO EDUCACIONAL
Sobre planejamento educacional, tem-se a seguinte citação: O planejamento da
Educação, no Brasil, tem sido entendido tanto como numa acepção macro – em nível
sistêmico, governamental, etc., quanto na acepção micro – em nível escolar ou mesmo de
sala de aula. No primeiro caso, há duas vertentes principais. A primeira denomino aqui de
governamental (envolvida diretamente com as políticas públicas em nível federal, estadual
ou municipal). São várias as instituições (Conselhos de Educação, Secretarias, Ministérios,
Planos de Governo) e são vários pesquisadores (Pedro Demo é um exemplo recente) que
se ocupam em estudar, propor e divulgar planos (estratégicos, tácitos e operacionais) para
dar conta dos problemas educacionaisbrasileiros.
À segunda vertente macro denomino de acadêmica, não só pelos objetivos a que
se dispõe, mas, também, pela estrutura do discurso que utiliza; Na acepção micro, vamos
identificar também duas vertentes, mas com um recorte diferente do anterior; tratam- se de
dois enfoques distintos: uma vertente tecnicista e outra que denomino de participativa ou
crítica. Ambas se ocupam do planejamento e da avaliação focados na escola e na sala de
aula; [...] (XAVIER, 2000, p.34-35)
Como pode-se perceber, o planejamento educacional compreende o processo
contínuo que se preocupa com a educação em modo geral, a fim de atender às
necessidades individuais e coletivas dos membros da sociedade, estabelecendo o caminho
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PLANEJAMENTO ESCOLAR
Segundo Libâneo, Planejamento Escolar “é um processo de racionalização,
organização e coordenação da ação docente, articulando a atividade escolar e a
problemática do contexto social” (1992, p. 221) O planejamento escolar, portanto, como o
seu próprio nome evidencia, é o planejamento global da instituição escolar, que envolve o
processo de refletir e decidir sobre a estrutura, a organização, o funcionamento e as
propostas pedagógicas desta.
PLANEJAMENTO CURRICULAR
Tendo uma visão do que a educação, no geral, tem como proposta, e o
quêcadaescolatemcomoobjetivo,oeducadordeveterapreocupaçãocomocurrículo.Ocurrículo é
a ferramenta que orienta o trabalho do professor, no sentido de prever todas as atividades
que o aluno deve realizar dentro de cada área do conhecimento.
Lembramos que as atividades devem favorecer o processo de aprendizagem e que
levem a atingir os fins da educação, que não se resumem na aquisição dos conhecimentos
pretendidos, através da repetição e da “decoreba”, como era no ensino tradicional, mas que
traga aos educandos competências para atuarem no mundo de forma pensante e
aprendente.
Portanto, o currículo de hoje deve ser funcional. Deve promover não só a
aprendizagem de conteúdo e habilidades específicas, mas também fornecer condições
favoráveis à aplicação e integração desses conhecimentos. Isto é viável através da
proposição de situações que favoreçam o desenvolvimento das capacidades do aluno para
solucionar problemas, muitos dos quais comuns no seu dia-a-dia. A previsão global e
sistemática de toda ação a ser desencadeada pela escola, em consonância com os
objetivos educacionais, tendo por foco o aluno, constitui o planejamentocurricular.
Portanto, este nível de planejamento é relativo à escola. Por meios dele são
estabelecidas as linhas-mestras que norteiam todo o trabalho. [...](TURRA et alii, 1995, 17).
O planejamento curricular exige do professor constante busca e atualização, já que
os conteúdos todo momento se renovam e as propostas curriculares acompanham este
processo. Portanto, o planejamento curricular constitui, segundo Turra et alii, uma tarefa
contínua a nível de escola, em função das crescentes exigências de nosso tempo e dos
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processos que tentam acelerar a aprendizagem. Será sempre um desafio a todos aqueles
envolvidos no processo educacional, para busca dos meios mais adequados à obtenção de
maiores resultados (1995, p.18)
PLANEJAMENTO DE ENSINO
1) Considerar os alunos não como uma turma homogênea, mas a forma singular
de apreender de cada um, seu processo, suas hipóteses, suas perguntas a partir do que já
aprenderam e a partir das suashistórias;
2) Consideraroqueéimportanteesignificativoparaaquelaturma.Terclaro
ondesequerchegar,querecortedeveserfeitonaHistóriaparaescolhertemáticaseque atividades
deverão ser implementadas, considerando os interesses dogrupo como umtodo.
Para considerar os conhecimentos dos alunos é necessário propor situações em
que possam mostrar os seus conhecimentos, suas hipóteses durante as atividades
implementadas, para que assim forneçam pistas para a continuidade do trabalho e para o
planejamento das ações futuras (XAVIER, 2000, p. 117).
É preciso pensar constantemente para quem serve o planejamento, o que se está
planejando e para quê vão servir as suas ações. Algumas indagações auxiliam quando se
está construindo um planejamento. Seguem alguns exemplos: O que se pretende fazer, por
quê e para quem? Que objetivos pretendem-se alcançar? Que meios/estratégias são
utilizados para alcançar tais objetivos? Quanto tempo será necessário para alcançar os
objetivos?Comoavaliarseosresultadosestãosendoalcançados?Éapartirdestasperguntas e
respectivas respostas que são determinadas algumas fases dentro do planejamento:
Diagnóstico da realidade; Definição do tema e Fase de preparação; Avaliação.
Dentro desta perspectiva, Planejar é: elaborar – decidirque tipo de sociedade e de
homem se quer e que tipo de ação educacional é necessária para isso; verificar a que
distância se está deste tipo de ação e até que ponto se está contribuindo para o resultado
final que se pretende; propor uma série orgânica de ações para diminuir essa distância e
para contribuir mais para o resultado final estabelecido; executar – agir em conformidade
com o que foi proposto; e avaliar – revisar sempre cada um desses momentos e cada uma
das ações, bem como cada um dos documentos deles derivados”(GANDIN, 2005, p.23).
FASES DO PLANEJAMENTO
Diagnóstico da Realidade: Para que o professor possa planejar suas aulas, a fim de
atender as necessidades dos seus alunos, a primeira atitude a fazer, é “sondar o ambiente”.
O médico antes de dizer com certeza o que seu paciente tem, examina-o, fazendo um
“diagnóstico” do seu problema. E, da mesma forma, deve acontecer com a prática de
ensino: o professor deve fazer uma sondagem sobre a realidade que se encontram os seus
alunos, qual é o nível de aprendizagem em que estão e quais as dificuldades existentes.
Antes de começar o seu trabalho, o professor deve considerar, segundo Turra et
alii, alguns aspectos, tais como: -as reais possibilidades do seu grupo de alunos, a fim de
melhor orientar suas realizações e sua integração à comunidade; a realidade de cada aluno
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A avaliação é algo mais complexo ainda, pois está ligada à prática do professor, o
que faz com que aumente a responsabilidade em bem planejar. Dalmás fala sobre avaliação
dizendo que: Assumindo conscientemente a avaliação, vivesse um processo de ação-
reflexão-ação. Em outras palavras, parte-se do planejamento para agir na realidade sobre a
qual se planejou, analisam-se os resultados, corrige-se o planejado e retorna-se à ação para
posteriormente ser esta novamente avaliada (1994, p. 105-106)
Como se pode perceber, a avaliação só vem auxiliar o planejamento de ensino,
pois é através dela que se percebem os progressos dos alunos, descobrem-se os aspectos
positivos e negativos que surgem durante o processo e busca-se, através dela, uma
constante melhoria na elaboração do planejamento, melhorando conseqüentemente a
prática do professor e a aprendizagem do aluno. Portanto, ela passa a ser um “norte” na
prática docente, pois, “faz com que o grupo ou pessoa localize, confronte os resultados e
determine a continuidade do processo, com ou sem modificações no conteúdo
ounaprogramação” (DALMÁS, 1994, p. 107)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como se pôde perceber durante o texto, o ato de planejar faz parte da vida do ser
humano e sem ele não se chega a lugar algum, pois é preciso estabelecer metas e objetivos
do que se quer alcançar. O planejamento na educação assume várias facetas,mas a que faz
a enorme diferença no todo é a faceta do planejamento de ensino, pois de nada adianta ter
um bom planejamento da educação no geral, se o ensino não vai bem e se não acontece
aaprendizagem.
O planejamento de ensino esboça uma situação futura a partir da situação atual e
prevê o que, como, onde, quando e o porquê se quer realizar tal objetivo, a fim de garantir a
objetividade, a funcionalidade, a continuidade, a produtividade e a eficácia das ações
planejadas, tornando o ensino produtivo e a aprendizagem garantida. Um planejamento de
ensino eficaz só funciona se há o comprometimento do professor, a busca de sempre estar
atualizado e de querer o melhor para suasaulas.
O professor, ao planejar o trabalho, deve estar familiarizado com o que pode pôr em
prática, de maneira que possa selecionar o que é melhor, adaptando tudo isto às
necessidades e interesses de seus alunos. Na maioria das situações, o professor dependerá
de seus próprios recursos para elaborar seus planos de trabalho.
Por isso, deverá estar bem informado dos requisitos técnicos para que possa
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REFERÊNCIAS:
Qual o projeto político pedagógico que você quer ajudar a construir? Como
planejará suas aulas, com quais objetivos, escolhas? É hora de pensar em como estas
escolhas influenciarão suas técnicas de ensino. Mas afinal o que são técnicas de ensino?
Quais as principais?
O texto abaixo objetiva lhe ajudar a responder ou refletir sobre estas questões.
Boa leitura!
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TEXTO VIII
MÉTODOS E TÉCNICAS DE ENSINO.
Juliana Pereira de Araújo
Técnicas Objetivos
Métodos
Estudo Dirigido Estimular o método de estudo e a reflexão.
Fortalecer a autonomia intelectual.
Ensino por fichas Organização, estudo e ampliação de conteúdos
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A escolha dos métodos e técnicas deve respeitar a relação entre vários elementos
como o tipo de conteúdo, experiência do professor e perfil dos alunos. Há segundo Coll
(1997) três categorias fundamentais de conteúdos de ensino,
filosófico da escola: promover aspectos que nos completam como seres humanos, que dão
uma dimensão maior, que dão razão e sentido para o conhecimentocientífico.
• Procedimentais – que são os objetivos, resultados e meios para alcançá-los,
articulados por ações, passos ou procedimentos a serem implementados e aprendidos.
A experiência do professor tende a influenciar a diretividade das aulas. É natural
que um professor iniciante tente controlar todas as dimensões da aula: o tempo, a divisão,
os espaços, os materiais etc. Com o tempo ele tende a dominar com mais tranqüilidade a
dinâmica da aula de um modo mais tranqüilo. Já o perfil dos alunos mostra que um plano de
aula pode dar certo, ser bom para um grupo e ser inadequado para outra turma da mesma
idade e até da mesmaescola.
É certo no entanto que alguns elementos influenciam a escolha de determinada
técnica. É preciso avaliar o peso de cada elemento como: recurso, perfis, tipo de conteúdo.
TIPO DE
CONTEÚDO
PERFIL DO TÉCNICA
DOCENTE DE RECURSOS
ENSINO
PERFIL
DOS
ALUNOS
heterogeneidades na turma tanto de perfil, faixa etária como de níveis de aprendizagem etc.
O bom professor desenvolve com o tempo certa habilidade na análise destes fatores
lançando mão principalmente da observação e sensibilidades. O modo como ele decide
ensinar é fundamental para que a situação de ensino-aprendizagem atinja níveis mais
profundos de assimilação, compreensão por parte dos alunos e é essencial para que ele
passe a dominar a prática de forma consciente.
Na próxima unidade o tema é avaliação. É um elemento central na prática docente
e também elemento que sempre levanta polêmicas e discussões...
Vamos a ele!
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Esta unidade visa estabelecer indicativos de reflexão acerca da ação de avaliar, assim
como propiciar análises de como o futuro docente poderá pauta sua ação educativa, no
momento que proceder avaliação de seus alunos.
TEXTO IX
Avaliação da aprendizagem escolar: uma prática democrática ou antidemocrática do
processo de ensino-aprendizagem?
Alex da Silva Queiroz¹
RESUMO
INTRODUÇÃO
“A avaliação é um processo presente em todos
os aspectos da vida escolar: professores
avaliam alunos, alunos avaliam professores,
diretor avalia seus professores e estes o diretor,
pais avaliam professores e escola.
Entretanto, só a avaliação do aluno pelo professor
parece ser um aspecto formalmente reconhecido
na vida da escola”.
(Zélia D. Mediano)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em síntese, concordo com Luckesi (2006, pág. 66) quando diz: “a nosso ver, a atual
prática da avaliação escolar tem estado contra a democratização do ensino, na medida em
que ela não tem colaborado para a permanência do aluno na escola e a sua promoção
qualitativa”.
A meu ver, a escola pública só irá melhorar em todos os aspectos e,
principalmente, na avaliação da aprendizagem escolar quando ela entender de fato que, por
ser pública, é democrática, e por ser democrática, é de todos. E será com a participação dos
alunos, professores, coordenadores, equipe gestora e a comunidade, tendo vez e voz nas
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REFERÊNCIAS
CANDAU, Vera Maria (Org.) Zélia D. Mediano. Rumo a Uma Nova Didática. Petrópolis,
RJ:16ª Edição. Ed. Vozes.
CHARLOT, Bernard. Fala, Mestre. In: Revista Nova Escola. Outubro de 2006
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da Aprendizagem escolar. SP: 18ª Edição. Ed.
Cortez, 2006
HOFFMANN, Jussara Maria Lerch. Avaliação: mito e desafio: uma perspectiva
construtivista. Porto Alegre: Mediação, 2001
http://www.webartigos.com/articles/11860/1/Avaliacao-da-Aprendizagem-
Escolar/pagina1.html#ixzz1J7xKFlmJ
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Texto X
A relação Professor/Aluno no processo de ensino e
aprendizagem
seu conhecimento e o deles. Indica também, que o professor, educador da era industrial
com raras exceções, deve buscar educar para as mudanças, para a autonomia, para a
liberdade possível numa abordagem global, trabalhando o lado positivo dos alunos e para
a formação de um cidadão consciente de seus deveres e de suas responsabilidades
sociais In:http://www.espacoacademico.com.br
REFERÊNCIAS
RELATÓRIOS
“Pensamos que você pode assumir mais no “todo”. Até o presente momento não
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