Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
REVISTA MISIGM.
LLA MI n
<&
¦
-.yi;-\:;*-::;
;-. :-,¦:.,.
chegou á ultima cumiada, d'onde podia vêr B. Rossi dará n'este mesmo theatro algumas representações,
Quando
o cavallo, e dizer um adeus á pro- depois do que irá a S Petersburgo e a Moscow.
S. Paulo, parou quiz
tragédia
vincia natal. O duque Proto di Maddaloni, napolitano, escreveo uma
diante
O planalto de Piratininga apresentou-se-lhe intitulada Agrippina. _ . .
a nao foi igual-
dos olhos em todo o seu esplendor. Dir-se-hia que Não agradou. A nobilissima inspiração do duque
do filho mente nobre nos versos que escreveo para a tragédia.
Mãi-Patria vestira-se de galla para despedir-se
a illuminal-a com universal gloria. E' pena 1
predestinado as mon- .
Olhou saudoso, com lagrimas nos olhos, para Também infeliz foi a Oondessa de Sommerive, de Th. Barnere.
de
tanhas verdes e azues, que limitam o panorama *
mais longínquas apresenta- algumas representações em Barcelona ; devia
S. Paulo. As montanhas A. Ristori, deu
d'anil, destacando-se apenas do azul- ter Nice, onde se demorará, alguns dias, indo depois a
vam-se em azul partido para
illuminada pela Bolonha, e a Gênova.
saphira da abobada celeste, fracamente
luz da aurora A. Patti é incontestavelmente a maior celebridade entre os can-
verdes
Pela primeira vez notou que as montanhas tores. Era Berlim é tal o enthusiasrao que os preços de entrada para
de
de S. Paulo eram de duas espécies ; umas cobertas o theatro Kroll são elevadíssimos, ganhando a celebre
diva cerca de
da floresta- 4:000$000 hoje, diz-se; O que Schiller
um manto geral verde-negro, característico por cada recita. Em Berlim,
de gramma, ganhou com os Salteadores, ganha a Patti com um só trinado.
virgem; outras revestidas na mór parte
era dis-
em tom verde claro, e esmaltadas, de distancia
bosquetes em verde-escuro florestal. II mondo artistico, de Milão affirma que a Sra. Elvira Repetto
tancia, por
contratada pelo Sr. Ferrari.
Achou um não sei que de paradisíaco, de celestial- está novamente sabendo na Itália a Sra. Repetto appa-
e Juntamente ficamos que
mente bello, nessas coilinas de fôrmas arredondadas com um nome que não lhe conhecíamos
- E. Suardi-Repet-
das receo
com o perfil magestoso
graciosas, contrastando to. (! )
serras de Jaraguá e da Cantareira.
admira-se muito,
Estava a lua no Poente envolvida em nuven8 pratea- N'um theatro de terceira ordem de Berlim
stratus denunciavam onde ia nascer o sol; actualmente um rouxinol que canta acompanhado pela orchestra.
das ; roseos • as cordas usam da surdina, e o rouxinol
¦
'¦¦¦¦.
¦
II
viajan-
quó dos quaes a maior parte, segundo dizem os INSTRUMENTOS
tes, estão ainda em uso nas populações indígenas, d'esta
parte da America. ESTUDO RETROSPECTIVO
São uma pequena trombeta aguda, um flautim que
apenas dá cinco sons, a grande flauta de bico e de cana
com seis buracos, a flauta de quatro orifícios e uma (Continuação).
outra de um caracter particular, chamada qnena pelos
Mais adiante coutinúa ainda Gevaert:
índios dispersos nos Andes e de que daremos mais " As engenhosas combinações da flauta pompeiana, que substi-
tarde uma minuciosa descripçâo.
tuiram os tubos addicionaes pelos anneis girantos, marcaram um pro-
Os Mexicanos e os Peruvianos têm muito poucos immenso, se bem que insufficiento ainda. Por um ou por
gresso
instrumentos de corda. Tocavão uma guitarra ora mon- outro modo o executor não pôde mudar de tom. eem ser obrigado a
tada com cinco cordas, ora com sete, segundo diz Ri- proceder a disposições novas que exigem um certo tempo.
" Pensou-se,
vero. Os sons d'esta guitarra eram de uma gravidade pois, dar aos orifícios uma disposição média;
de meios oriü-
de som um tanto triste. (som razão) graças à qual chegou-se com o auxilio
existem destas cios, a realisar parcialmente o fim desejado. Esta falta foi supprida
Os instiumentos de percussão que
por meio de instrumentos construidos em diflerentes tons. D'ahi a
duas grandes nações extinctas são relativamente muito
invenção das chaves. Não é conhecida a data d'esta invenção; sup-
raras. "
põe-se ser da idade média.
viv/ik,...*, as
São as Crotalas,
0rtuaB ..o grandes Ainvençãode Boehm, applicada a todos os instrumentos de
&.. . castanhóla3 e os Sambous
instrumentos madeira, conseguio, emfim, conciliar as exigências da arte e as da
de que vimos os desenhos. A ausência de'
em metal, — instrumentos caracte natureza qie não permittia abrir os dedos sufficientemente para topar
de percussão que
dos
uw;i>»« da
«» todos os orifícios, segundo as leis da acústica. Os anneis moveis
risão a musica horrivelmente barulhenta
Darnioenw povos construir instrumentos de um relativamente • *
— permiUiraln-- jogo
raça amarella, muito amigos de vibrações rutilantes, 8imples q
é para Fetis, ao contrario da opinião que Gobineau
apresenta no Estudo sobre a desigualdade das raças hu- instrumentos de cordas : de percussão e de attricto
manas, a prova victoriosa de que os primitivos . Ameri. Os instrumentos de corda por attricto são muitiBsimos, e exis-
canos não derivão do povo mongolico. E' isso uma tiram desde remota antigüidade. As cordas — de tripas, de metal,
a musica de Bêda, de cipós — esticadas sobre caixas mais ou menos sonoras,
prova triumphante ? Leio em Eivero que O arco, que se emprega para pro-
instrumental dos índios que lhe agradava tanto mais encontram-se em todos os paizes. menor attricto exercido sobre as
" Gustaba tanto mas, quanto duzir o som por meio de maior ou
quanto ella era ruidosa.
". cordas, remonta áos mais antigos tempos, pois que se vê os desenhos,
mas alborotada era os representam, em baixo-relevos assyrios recentemente desço-
que
Além d'isso os homens sem mudar de raça, podem bertos,eque os Hindou* attribuem a invenção d'elles a um perso-
mudar de gosto musical. Quem poderia reconhecer nos nagem my thico.
músicos europeus do século passado, cuja musica era O oriente, por conseqüência, usou dos instrumentos de arco
tao doce e tão sobrecarregada do muitíssimo antes da Europa, e parece mesmo que só no VIII século
geralmente pouco
os introduziram no continente europêo.
acompanhamentos, a mesma raça de homens do que é que Na exposição do Trocadero estes instrumentos são represen-
certos compositores modernos cuja musica tromboni- tados por diversos indivíduos d'esta família.
sada e tamtamnisada parece não ter por fim senão en- Examinemos as vitrines da exposição.
surdecer os que têm a imprudência dè a escutar. Apparecem-nos logo, o crôwl o rebec e diversos modelos da
Não esqueçamos que se a tuba é um instrumento da mesma família que pouco a pouco se foram transformando forma de
até vir o
variadas dimensões, e debaixo da
mais alta antigüidade, um instrumento ante-historiço, violino, o qual nas suas forma a base da orchestra mo-
— como o prova um admirável specimen do longo clarim violeta, violoncello e contra-baixo,
tive oceasião de examinar no Museu de Copenha- derna.
que — E' assim que apreciamos o contra-baixo de Montagna (1730) ;
db bronze, o trombone,
gue e que data da idade a viola tfamore de Gagliano (1763) com a qual Leudet acompa-
modificação engenhosa, mas, por vezes terrivelmente nhava o romance dos Huguenotes: Plus Manche que Ia blanche
barulhenta da trombeta liza, é de invenção recente ; Hermime ; depois seguem-se dezenas de stradivarios.
não esqueçamos que Gluck é o primeiro compositor Os possuidores d'estes instrumentos baptisavam-os com certos
na orchestra, empregou os ferrinhos para dará nomes que estivessem em relação com suas qualidades.
que, em Ora, chamavam-lhes Júpiter, ora, Stentor, etc, etc.
dança dos Scythas, no primeiro acto da Iphigenia
O celebre Alard expoz também a sua collecção : um Guarne;
Auhda, um caracter selvagem, finalmente, lembremo- rius de 1742, de que elle se servio sempre que tocava em publico -
nos que por ter empregado na orchestra o bumbo, um Stradivarius de 1716, appelidado o Messias, comprado por Alard
Rossiui recebeu, n'um vaudevilh de Scribe, aalcunha pelo preço de 10:000^000 rs.; e um Steiner violas, tiorbas, alaüdes
de 1679.
v
¦ •
Elle, tão socegado, tão concentrado de ordinário, deixava
VARIEDADE transparecer uma grande agitação. 0 caracter tornou-se-lhe incom-
ora, um sorriso de
prehensivel ; as distracções eram innumeras;
O «violeta» de Nosao Senhor. beatitude errava-lhe nos lábios; ora, carregava o sobr'olho,
e voltava-se como para affastar do pensamento uma idéa im-
portuna.
Ohamava-se Ohristiano ürhan, esse singular artista que, occu- Nqs no8soa pa88eiOB ttpôrtava-me o braço com affectuosa
virava constantemente as costas Liolencia. depoÍ8 pedia-me para o deixar só.
pando o lugar de, primeiro violeta,
o anno. Passei cinco ou seis annos sem yjn&o, via-o caminhar a passos lentos, com a cabeça inclinada
pura a scena e jejunva todo no os olhos
ir á Paris. Só lá voltei em 1842. Por acaso cheguei justamente gobre Q peito Quando vinha ter de novo commigo, via-lhe
O que ha de mais suspeito nos restau- raso8 de lagrimaa Finalmente, uma noite em que não havia espe-
principio da semana santa.
ranls parisienses, para as pessoas que querem observar os preceitos ctacul0j apertou-me aa mãos e disse-me gaguejando :
cousa - «— «
da igreja, é a sopa. Quasi sempre se descobre nella qualquer Sois digno d}Èlla f
café
de suspeito. Recordava-me, porém, das deliciosas sopas do Qual Ella ?
o ser-
inglez, e, na quarta-feira de trevas, ás seis horas, Domingos, Saberá mais tarde...
v-nte installou-me n'uma mesinha, próxima da mesa que reservavam Venha commigo 1
vai da passagem te
para Ohristiano Urhan. Fez-me atravessar a sombria galeiia que
da entrada
Alguns minutos depois entrou o artista. Não me pareceu mu- VHorloge á rua Grande-BatelÜre, para onde dava a porta
uma so-
dado. Seu vestuário era o mesmo ; chapéo de abas largas, dos artistas.
branca interior em que
brecâsaca preta que descia até os calcanhares, uma gravata Guiou-me por todo esse labyrintho da Opera
negligentemente atada ao pescoço, sapatos de atilhos. cabellos
com- reconhecer e fez-me sentar
um profano tem tanta dificuldade em se
da sobrecasaca, uma physionomia ao em um
prido^ que cabiam sobre a gola Paga- fanteuil de orchestra.
mesmo tempo romântica e ascética, uma vaga parecença com
do olhar em era fucil (Continua)
nini, animada pela admirável expressão que
monge
ler uma espécie de nostalgia celeste; o typo ideial de um
afastado de sua vocação e da sua cella para afrontar as tempestades
Fallecimento
*)
mundanas e o sceptro de Habeneck.
aflfectaçao
As nossas mesas estavam juntas. Usei de innocente mem-
mesmo de Urhan. Temos a lamentara perda de um dos mais distinctos
e pedi o jantar
logo a attenção. Duas ou trez vezes os bros da industria mechanica franceza. O Sr. P. Schaeflfer,
Isto despertou-lhe de
se cruzaram. sobrinho de Mme. Erard e actual chefe desta casa, acaba
nossos olhares cerebral.
Por fim, vencendo a* timidez : fallecer na flor da idade, victima de uma congestão
um grande
Quer me parecer, senhor.... murmurou elle. A morte deste nosso particular amigo deixa
de me encontrar comsigo ?... Sim, se- vácuo no ramo da industria a que pertencia e no seio de sua
Que já tive a honra
da véspera da primeira representação do familia, que alliou sempre á illustração e nobreza de senti-
nhor,éuma recordação
Roberto do Diabo. .*¦ mentos a mais cordial hospitalidade.
De facto, no seu explendido castello de Passy recebe Mme.
Meyerbeer.
Citei-lhe os nomes de Poncelet e de Erard, menos, uma vez por semana de braços abertos
momen to a conver- pelo
Estava rompido o silencio. A datar d'este todos os artistas de merecimento. AUi se acotovelam minis-
Urhan, que vivia em de todos os gêneros, etc, etc.
saçno tomõú-se inexgotavel: Ohristiano tros, senadores, celebridades
interlocutor que nao zom-
solidão absolnta, parecia feliz de ter nm e Ao desapparecer, pois, um membro desta distincta fami-
de orchestra, que
bava de seu mysticismo como os camaradas lia, o lucto é geral.
da sna ardente pela musica. Habituamo-nos a
partilhava paixão
depois, havia Por nossa parte, enviamos-lhe o testemunho de nosso sin-
cedo ; quando
jantar juntos todos os dias ; jantávamos
contrario Íamos aos Campos cero pezar.
opera, passeávamos no boulevard; do
Elyseos. . . „
- seria o umco escnptor
Hoffman- mas um Hoflfman catholico em um
jfMemorandum
homem, que conseguira fundir,
qu8 poderia descrever este o amor ardente pela arte de Professores de canto
a sna fervorosa e Professores piano
sentimento onico, piedade Dr. Briani.
Guilherme Weiss.
^ tal não havia nada de terrestre. Madame Gasparoni.
ÍSnação de nm homem Achilles Arnaud.
em ura sonho no qual sempre lhe apparecia Eduardo Medina Ribas.
Dir-se-hia que vivia BodolphoEichbaum.
elle me fallava dos velhos mestres, de Professores de diversos instru-
II o anjo da guarda. Quando Hugo Bussmeyer.
o enthusmsmo exaltava-o. mentos
Marcello, de Palestrina, de Pergolese, Oscar Guanabarino.
no entretanto, eu bem
Cada dia ganhava mais a sua confiança ;e enigma, E. Pinzarrone. Demetrio Rivero.
sua vida havia um mysterio, um que,
adivinhava que na Professoras de Francisco Muratori.
piano
talvez, nunca chegaria a conhecer. Professor de harpa
completa nos modos
No fim de Abril operou-se uma mudança Sra. D. Germana Vieira.
Sra. D. Ercilia Clegg. G. Tronconi.
de Urhan.
Napoleão & Miguez
Recebem recados em casa dos Srs. Arthur
'*)
Director da orchestra dá Opera. N.doTrajd.
¦
i i "" *!
TO
•*«-}
¦¦.'...-;>"
¦ f;
sempre o'^^S^S^S^
N'este importante . novo estabokcimento encontrarái
Gaveaü, Mano»ft^^^eX;
timento de Pianos de Plkybl, Erabd, Henri Hbrz,violoncello, flauta e outros instrumentos, musica ypara canto,
editores da Europa e America, para piano, rabeca,
orchestra, banda militar, etc, etc.
,-
de musica. -*
Pianista ou piano mecbanico, tocando com a maior perfeição qualquer peça
___3tóci?z^S^
músicos celebres, e mais artigos concernentes a este ramo
de negocio.
¦*,*
-
C^ri^o^m^S
Partituras e partes de orchestra originaes. Tendo os Srs Brandas, do repertório sí
buffo, podem estas ser
Paris feito um deposito n'esta casa das partituras e partes dWhestra
.alugadas aos Srs. directores de tbeatros lyricos por preço sumroamente commodo.
>:' !' ¦•..'"¦'¦ ________—_——-———¦•——-- '.,:' ''•'¦'¦
¦¦.«\í':i" ¦ ¦ ¦
¦¦ ¦ i. ¦'
,-ifp, ,•-¦."'"• "'
offloiaes.
OPPIOIHA para concertar pianos, perfeitamente montada e com os mais peritos
¦».•¦
M*
\Cf 0<^w ^v
ma >UÜU
^B» •»
¦¦¦•
"
' :.-'.'¦'
¦' ¦'.; ' ' '
LE PET1T.DUG
Peças avulsas para piano etc.
Opera-buffa de Ch.Lecocq." •
f LA GR01X DE VALGADE 1 Partituras, Fantasias, Valsas, Polkas, Quadrilhas,
Opera-buffa em 3 actos por Henri Perry. etc, etc.
#¦"