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EDH
Especialização em Ética e
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
EDH/2013
Aos Professores:
Introdução ............................................................................................................. 07
Desafios.................................................................................................................13
Conclusão..............................................................................................................18
Bibliografia..........................................................................................................20
Anexos................................................................................................................21
Introdução
Atualmente não estamos longe das mesmas desculpas, ou seja, nós mulheres
ainda ganhamos menores salários, a feminização da pobreza tornando as mulheres ainda
na maioria das vezes como “chefes de família”, pois ainda vivemos em luta de classes,
1
Coulanges, F. A Cidade Antiga – 1830- 1839 – Editora Martin Claret.
2
Perrot, M. As mulheres ou os silêncios da história – EDUSC – 2005.
dentro das classes oprimidas há desigualdade de condições de vida e a assimetria de
poder alicerçadas entre outras formas de dominação como a de gênero3.
O Estado é uma instituição social que mantém o monopólio sobre o uso da força
com essa o Estado é definido por sua autoridade para gerar e aplicar Poder Coletivo6, é
organizado em torno de um conjunto de funções sociais, incluindo manter a lei, a ordem
e a estabilidade. Resolver os litígios através do sistema judiciário.
3
Campos, C. S. S – A face feminina da pobreza em meio a riqueza do agronegócio Editora CLASCO
Conselho Latino Americano de Ciências Sociais.
4
Louro, Guacira Lopes; Neckel, Jane Felipe; Goellner, Silvana Vilodre (orgs) – Estudos Feministas,
Florianópolis, 13 (1): 179 – 199, janeiro – abril/2005.
5
Lafer, C. – A reconstrução dos Direitos Humanos. P. 38.
6
Johnson, Allan G; Dicionário de Sociologia – Conceito de Estado para Max Weber
O Estado foi se formando com doutrinas de Direito de Estado evoluíram
conforme a elaboração de várias doutrinas a partir de ideias individualistas da sociedade
e da história surgindo o aparecimento da modernidade7.
Em 1628, o Parlamento Inglês enviou esta declaração de liberdades civis do rei Carlos I.
O seguinte marco miliário registrado no desenvolvimento dos direitos humanos
foi a Petição de Direito, feita em 1628 pelo Parlamento Inglês e enviada a Carlos I como
uma declaração de liberdade civil. A rejeição pelo Parlamento de financiar a política
exterior impopular do rei tinha causado que o seu governo exigisse empréstimos
forçados e aquartelasse tropas nas casas dos súbditos como uma medida econômica.
Prisão arbitrária e aprisionamento por oposição a estas políticas produziram no
Parlamento uma hostilidade violenta a Carlos e a Jorge Villiers, o Duque de
Buckingham. A Petição de Direito, iniciada por Sir Edward Coke, baseou–se em
estatutos e cartas anteriores e afirmou quatro princípios: (1) Nenhum tributo pode ser
imposto sem o consentimento do Parlamento, (2) Nenhum súbdito pode ser encarcerado
sem motivo demonstrado (a reafirmação do direito de habeas corpus), (3) Nenhum
soldado pode ser aquartelado nas casas dos cidadãos, e (4) a Lei Marcial não pode ser
usada em tempo de paz8.
7
Este trabalho visa apresentar a eficácia dos Direitos Humanos com ênfase ao gênero feminino na
Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul na cidade de Canoas, que se localiza no Foro da
Comarca de Canoas/ RS, na Rua Lenine Nequetti, 60 no centro da cidade.
8
http://www.humanrights.com/pt/what-are-human-rights/brief-history/magna-carta.html
A noção de Direitos Humanos como palavra também poderá ser questionada
como a prevalência de um sistema já pronto e vindo da cultura europeísta, conforme a
Antropologia do Direito, o questionamento do direito, mas e porque não é o esquerdo?
Será que o esquerdo não é o feminino?9 Pergunta feito por um antropólogo e etnólogo
sistematizador da Teoria da Dádiva que resgata um modelo interpretativo da atualidade
e pensamento dos fundamentos da solidariedade e da aliança nas sociedades
contemporâneas.
9
Mauss, Marcel – Dádiva, simbolismo e associação Revista Crítica de Ciências Sociais, 73,
Dezembro
10
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10559.htm
11
http://pt.wikipedia.org/wiki/Nilm%C3%A1rio_Miranda
Dentro dos avanços de legislação específica para mulheres foi criada a Lei Maria
da Penha Lei 11240/2006 que trata da violência doméstica retratando uma triste história
de uma professora que foi vitimizada por vinte e três anos e denunciou seu caso na
Corte Interamericana porque o Brasil nada fez para que seu agressor fosse punido.
Então a Corte estabeleceu ima punição ao Brasil para que esse pagasse uma multa a
vítima que ficou paraplégica devido a sucessão de violações causadas por seu
companheiro. Hoje se tem uma alteração no Código Penal Brasileiro, artigo 129 foi
acrescido o parágrafo 9º que trata exclusivamente da Violência Doméstica12, trata aqui
em primeiro lugar de medidas protetivas à mulher como por exemplo do autor da ação
que vitimizou sua companheira não poderá se aproximar até cem (100) metros da
vítima, por medida de segurança, caso contrário ele será levado ao cárcere porque
desobedeceu um preceito legal.
12
http://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_Maria_da_Penha
13
Apresenta-se uma pesquisa com a entrevista de usuárias que procuram o serviço e traça-se
um perfil das demandantes, perguntando-se qual sua necessidade, onde mora, idade, pretensões com
serviços oferecidos e se estão satisfeitas com o atendimento oferecido pela Defensoria.
A sistemática da Defensoria é de que nas terças e quintas são distribuídas dez (10) fichas para a
comunidade levar suas demandas até aos defensores resolverem seus problemas e encaminhar para
justiça para deferir ou não seus pedidos.
A Defensoria conta atualmente com nove advogados que se distribuem em quatro profissionais
para Direito Penal, dois para Direito de Família e três para questões ou causas Cíveis e cada defensor
conta com um estagiário que auxilia nas operações processuais, além de ter mais um estudante para o
atendimento do público prestando informações gerias ou específicas da Defensoria.
Na pesquisa de campo observou-se que o trabalho é intenso e de toda a ordem, pois as pessoas
muitas vezes quando procuram a justiça estão descontroladas emocionalmente e passam suas aflições
aos estagiários que estão trabalhando internamente nas demandas dos próprios usuários e também não
possuem um preparo, capacitação oi uma integração de profissionais de outras áreas que se
integrassem para prestar um atendimento psicológico ou do serviço social.
Também as mulheres que procuram a justiça já neste patamar de problemas
chegam desacreditadas das instituições públicas e dos profissionais que não lhes
prestaram á devida atenção desde o início de suas querelas14.
O que ainda esses espaços públicos não se têm mulheres como na política, como
por exemplo, as parlamentares possuem um número irrisório em muitos municípios do
Brasil e mesmo com legislação aprovada com resoluções do TSE – 12034/0916. Essas
medidas vieram como forma compensatória para contemplar as mulheres e as fazê-las
mais participativas nos setores de poder, mas, ainda falta articulação política e abertura
de incentivo financeiro para as campanhas políticas eficazes para que realmente as
14
Diniz, Maria H. Dicionário Jurídico – Querela: direito Penal e Processual em Sentido estrito designa:
queixa ou acusação ou sentido amplo é a denúncia em juízo.
15
Nogueira, Claúdia. M – O trabalho duplicado – A divisão sexual do trabalho e na reprodução: um
estudo das trabalhadoras do telemarketing – Ed. Expressão Popular . P. 22.
16
www.tre.gov.br – estabelece que 30% da chamada cota de gênero, ou seja, mulheres ocupem vagas
nas eleições artigo 10 parágrafo 3 da lei das Eleições determina que cada partido político ou coligação
preencherá no mínimo 30% e ao máximo 70% para candidatura de cada sexo.
mulheres se elejam nesse sistema capitalista perverso que não investe nas propostas de
gênero e só usam os nomes femininos como meras “laranjas” para cumprir um rito de
pro forma e não de mérito ou eficaz que contemple as mulheres em suas demandas, pois
já que nas camadas sociais de mais baixa renda são elas as chefas de família e precisam
educar e formar seus filhos.
Desafios
17
Cardoso, C. M. – Direitos Humanos na Universidade.
18
Diniz, Maria H. – Dicionário Jurídico volume II – Ed.Saraiva
19
Lei que assegura uma Assistência ou Assessora Jurídica Gratuita para pessoas que não condições
financeiras de custear um processo judicial.
para a concessão de Assistência Judiciária aos necessitados ou também na sucumbência
da ação, é a perda da causa o demandante (o que entrou com a ação) não pagará as
custas judiciais ou ainda se a demandante obtiver ganho de sua causa não será
descontado nenhum valor econômico referente ao seu pedido.
20
O que ainda falta é uma política pública efetiva que atinja realmente essas usuárias, no caso as mulheres
que ainda são o ”esteio” da família, que garantem a manutenção e a sobrevivência desta, em uma
sociedade que ainda é patriarcal e deixa para as mulheres essas “tarefas” de cuidado com o outro e ir
buscar atendimento para seus filhos, maridos ou pais, sem terem uma proteção efetiva de um estado que
seja o garantidor dessas políticas públicas, tornando-as vítimas de um ciclo vicioso de ir “mendigar” um
serviço que não as atenda dignamente.
de fichas não serão contempladas porque chegarão mias tarde na sede da comarca onde
está localizada a Defensoria que também tem limitações e distribuirá suas senhas dentro
de sua sistemática e provavelmente deixará de atender essas pessoas que virão de
grande distancia e não sobrarão as senhas para que também sejam contempladas.
21
Quando a ordem é injusta, a desordem é o princípio da desobediência – Romain Rolland -
https://www.google.com.br/search?q=justiça+injusta&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ei=ze6-
U4nGJ8ivyATcwoD4DA&sqi=2&ved=0CBsQsAQ&biw
22
http://pt.wikipedia.org/wiki/Viva Rio
23
http://www.spm.gov.br/subsecretaria-de-enfrentamento-a-violencia-contra-as-mulheres/lei-maria-
da-penha/9-2-promotoras-legais-populares
Os agentes de cidadania que são os próprios moradores da comunidade são
capacitados para atuar nesta, pois, já tem o domínio do fato e com isso se legitimam
para atuar e mediar os conflitos ou prevenir os novos que por ventura surjam.
Mas para que tudo ocorra de maneira positiva é necessário apoio estatal através
de distribuição de material, financeiro e capacitação para os membros das comunidades.
O negativo ainda as vezes são as barreiras que as pessoas criam quando a sistemática
ainda não foi bem discutida com a comunidade e está se sente invadida ou
desrespeitada por ter sido violada na sua cultura ou outra dimensão diversa que não foi
bem trabalhada.
24
Friere, Paulo – Pedagogia da Autonomia – Ed. Paz e Terra. P. 34
Percebe-se que há uma ascensão social das pessoas que agora lhes é ofertada
uma vaga para estudos, capacitação e enfim as coisas estão avançando
homeopaticamente em direitos com a questão das cotas sociais e étnicas que agora são
aceitas nas universidades e estimuladas nas empresas públicas através de concursos e
nas privadas através de incentivos fiscais para que contratem pessoas de etnias negras,
em nome de compensações equitativas para restabelecer uma igualdade ou o próprio
país se redimir dos trezentos anos que impôs uma escravidão ao povo negro e o esbulho
(esbulho é perda da coisa, possuidor se vê despojado da posse, injustamente, por
violência, por clandestinidade ou por abuso de confiança)25 as terras quilombolas ou
indígenas.
25
Diniz, Maria H. – Dicionário Jurídico volume II – Ed.Saraiva
26
Spengler, Fabiana M. & Lucas, Doglas C. – Conflito, Jurisdição e Direitos Humanos – Ed. 2008 P. 13
Unijui –
Conclusão
27
Johnson. Allan G - Dicionário de Sociologia Ed. Jorge Zahar RJ. Poder-de: Capacidade de fazer coisas,
de atingir metas, especialmente em colaboração com outras pessoas. Contrariamente de Poder sobre a
competição pelo poder e dominação.
ideias arcaicas, mas sim tragam um olhar inovador e democrático para sues ambientes
de atuação profissional e social.
28
http://ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=10466&revista_caderno=1
3
29
http://www.oabdf.org.br/noticias/tjdft-pleno-indica-lista-triplice-para-vaga-de-
desembargador/#.U76Zq5RdW6w
populares com saberes universais de seus direitos e acessos iguais, sem jargões jurídicos
de difícil interpretação.
Por isso o importante seria adequar uma linguagem para que as pessoas
interagissem socialmente e em Educação em Direitos Humanos e popularizassem os
saberes e os acessos à Justiça e a Cidadania Integral sem ter que judicializar seus
conflitos em sociedade.
Bibliografia
Ihering, Rudolf Von – A Luta pelo Direito – Ed. Martin Claret -2003
Louro, Guacira Lopes; Neckel, Jane Felipe; Goellner, Silvana Vilodre (orgs) –
Estudos Feministas, Florianópolis, 13 (1): 179 – 199, janeiro – abril/2005.
Anexos