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1) Convenções Partidárias:
As convenções nada mais são do que reuniões realizadas pelos partidos políticos para a
escolha dos candidatos que vão concorrer sob aquela legenda, bem como para a
formação das coligações.
Fundamento: art. 14, §3º da CF/88 estabeleceu a filiação a partido político como
condição de elegibilidade. E quase sempre há mais interessados do que lugares a
preencher.
Art. 8º A escolha dos candidatos pelos partidos e a deliberação sobre coligações deverão ser
feitas no período de 20 de julho a 5 de agosto do ano em que se realizarem as eleições,
lavrando-se a respectiva ata em livro aberto, rubricado pela Justiça Eleitoral, publicada em
vinte e quatro horas em qualquer meio de comunicação.
De acordo com o art. 7º da Lei 9.504/97, as regras que disciplinam as convenções
partidárias devem ser aquelas estabelecidas no estatuto do partido. Tais temas
concernem à esfera da autonomia partidária, conforme prevê o art. 17 § 1° da CFRB.
Art. 7º As normas para a escolha e substituição dos candidatos e para a formação de coligações
serão estabelecidas no estatuto do partido, observadas as disposições desta Lei.
Local: Faculta-se aos partidos o uso gratuito de prédios públicos, como escolas, ginásios
esportivos, casas legislativas, desde que as atividades neles desenvolvidas não fiquem
prejudicadas (art.8, § 2° c/c art. 73, I, ambos da Lei 9.504/97).
Terminada a convenção, conforme dispõe o caput do art. 8º, a ata deve ser levada à
registro na Justiça Eleitoral, ficando depositada na secretaria do Tribunal ou do juízo
eleitoral para a conferência com a cópia que deve ser apresentada por ocasião dos pedidos
de registro de candidatura, conforme prescreve o art. 11, § 1°, I da lei 9504/97.
2) LUGAR E DATA DO REGISTRO:
Prazo: até as 19 horas do dia 15 de agosto do ano eleitoral (art. 11 da Lei 9.504/97, alterada
pela Lei 13.165/2015).
Art. 10 da Lei 9.504/97: Cada partido ou coligação poderá registrar candidatos para a Câmara dos
Deputados, a Câmara Legislativa, as Assembleias Legislativas e as Câmaras Municipais no total de até
150% (cento e cinquenta por cento) do número de lugares a preencher, salvo:
I - nas unidades da Federação em que o número de lugares a preencher para a Câmara dos Deputados
não exceder a doze, nas quais cada partido ou coligação poderá registrar candidatos a Deputado
Federal e a Deputado Estadual ou Distrital no total de até 200% (duzentos por cento) das respectivas
vagas;
II - nos Municípios de até cem mil eleitores, nos quais cada coligação poderá registrar candidatos no
total de até 200% (duzentos por cento) do número de lugares a preencher.
4) PERCENTUAIS DE GÊNERO:
8. Caracterizada a fraude e, por conseguinte, comprometida a disputa, não se requer, para fim de
perda de diploma de todos os candidatos beneficiários que compuseram as coligações, prova
inconteste de sua participação ou anuência, aspecto subjetivo que se revela imprescindível
apenas para impor a eles inelegibilidade para eleições futuras. Precedentes.
9. Indeferir apenas as candidaturas fraudulentas e as menos votadas (feito o recálculo da cota),
preservando-se as que obtiveram maior número de votos, ensejaria inadmissível brecha para o
registro de "laranjas", com verdadeiro incentivo a se "correr o risco", por inexistir efeito prático
desfavorável.
10. O registro das candidaturas fraudulentas possibilitou maior número de homens na disputa,
cuja soma de votos, por sua vez, contabilizou-se para as respectivas alianças, culminando em
quociente partidário favorável a elas (art. 107 do Código Eleitoral), que puderam então registrar
e eleger mais candidatos.
12. A adoção de critérios diversos ocasionaria casuísmo incompatível com o regime democrático.
13. Embora o objetivo prático do art. 10, § 3º, da Lei 9.504/97 seja incentivar a
presença feminina na política, a cota de 30% é de gênero. Manter o registro apenas das
candidatas também afrontaria a norma, em sentido contrário ao que usualmente ocorre.
14. Inelegibilidade constitui sanção personalíssima que incide apenas perante quem cometeu,
participou ou anuiu com a prática ilícita, e não ao mero beneficiário. Precedentes.
5) VAGAS REMANESCENTES:
TSE (AgR REspE nº20.608): as vagas remanescentes não podem ser preenchidas por candidato
que teve seu registro indeferido para a mesma eleição.
6) PROCEDIMENTO DO REGISTRO:
Art. 11 da Lei 9.504/97: Os partidos e coligações solicitarão à Justiça Eleitoral o registro de seus
candidatos até as dezenove horas do dia 15 de agosto do ano em que se realizarem as eleições.
§ 1º O pedido de registro deve ser instruído com os seguintes documentos:
O art. 11 da Lei 9.504/97 diz que o pedido de registro de candidatura a ser dirigido à Justiça
Eleitoral deve estar instruído com os documentos que menciona, alguns deles destinados a
demonstrar as condições de elegibilidade ou a inocorrência de causa de inelegibilidade.
Pelo transcrito § 7°, a certidão de quitação eleitoral deverá informar se as contas de anterior
campanha eleitoral do candidato foram prestadas, não podendo valorar o mérito de seu
julgamento pelo órgão da Justiça Eleitoral. Basta, portanto, que as contas sejam prestadas para
que, quanto a esse aspecto, tenha o interessado direito a certidão de quitação. A
desaprovação das contas não gera a ausência de quitação eleitoral.(TSE RESPE nº 442.363,
julgado em 28/09/2010 – 4X3 a favor da interpretação literal do dispositivo)
6.1) Rito do requerimento de registro de candidatura:
Se o partido vai lançar 20 candidatos, serão 20 processos individuais (RCANs) que deverão
ser sentenciados pelo juiz eleitoral.
Por sua vez, o processo individual refere-se ao pedido de registro de cada postulante a
candidatura em particular, ensejando a discussão de temas como condições de
elegibilidade, causas de inelegibilidade, nome do candidato e suas variações.
• O pedido de registro deve ser protocolado na Justiça Eleitoral até às 19h do dia 15 de
agosto do ano em que as eleições se realizarem (art.11 da LE).
• Em seguida, é publicado edital em que todos os pedidos são relacionados (art.3° da LC
64/90). Não há na lei prazo certo para essa publicação.
• A partir da publicação do edital, inicia-se a contagem do prazo de 5 dias para que o
candidato, partido político, coligação ou MP apresente impugnação (AIRC).
• Com ou sem impugnação, poderá o Juiz abrir o prazo de 72h para realização das
diligências que entender pertinentes (art.11, § 3º da LE e art. 6º da LC 64/90). Ao MP é
dado requerer diligências.
Encerrada a fase de diligências, os autos vão conclusos ao Juiz eleitoral ou ao Juiz relator (nas
eleições presidenciais, federais e estaduais), para julgamento.
Art. 11, § 4º da Lei 9.504/97: Na hipótese de o partido ou coligação não requerer o registro de
seus candidatos, estes poderão fazê-lo perante a Justiça Eleitoral, observado o prazo máximo de
quarenta e oito horas seguintes à publicação da lista dos candidatos pela Justiça Eleitoral.
Candidato Avulso: Deve requerer o registro de sua candidatura até 48 horas da publicação
do edital com a lista dos candidatos. Pressuposto: ter sido escolhido em convenção. Prova:
qualquer meio que comprove sua escolha pelo partido.
Súmula TSE nº 45: Nos processos de registro de candidatura, o Juiz Eleitoral pode conhecer
de ofício da existência de causas de inelegibilidade ou da ausência de condição de
elegibilidade, desde que resguardados o contraditório e a ampla defesa.
Art. 13 Lei 9.504/97: É facultado ao partido ou coligação substituir candidato que for considerado
inelegível, renunciar ou falecer após o termo final do prazo do registro ou, ainda, tiver seu registro
indeferido ou cancelado.
§ 1o A escolha do substituto far-se-á na forma estabelecida no estatuto do partido a que pertencer
o substituído, e o registro deverá ser requerido até 10 (dez) dias contados do fato ou da notificação
do partido da decisão judicial que deu origem à substituição. (...)
§ 3o Tanto nas eleições majoritárias como nas proporcionais, a substituição só se efetivará se o
novo pedido for apresentado até 20 (vinte) dias antes do pleito, exceto em caso de falecimento de
candidato, quando a substituição poderá ser efetivada após esse prazo.