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Michel Foucaut (1926-1984) filósofo francês é conhecido por suas teorias acerca
da relação entre poder e conhecimento, iniciou seu trabalho com uma aproximação do
movimento teórico em antropologia social conhecido como estruturalismo, do qual veio
a se distanciar mais tarde, que lhe rendeu o desenvolvimento de uma técnica
historiográfica própria, a qual chamou "arqueologia". Michel. Em 1961 publicou sua
grande obra: “História da Loucura na Era Clássica”, aborda em suas teorias a temática da
loucura e do poder.
Foucaut dedicou seus estudos a área que envolve o pensamento e suas relações
com a sociedade, buscando refletir sobre os aspectos constitutivos do pensamento, suas
pesquisas são de grande relevância nos estudos do discurso por investigar como o
processo de formação discursiva reflete na sociedade e nela se forma e transforma.
Este trabalho tem por objetivo analisar o discurso de acordo com a ordem em que
ele é regido, apresentando classificações bem como as funções de cada elemento
transformador do discurso, o que modifica também os sentidos. O sujeito no discurso se
posiciona e ao fazê-lo pensa ser ele o autor da fala, a voz operante, mas o discurso já está
fixado, o sujeito apenas o retoma e assim expressa uma ideia, sendo este tomado pelo
discurso, quando uma pessoa vai a seu julgamento, os promotores e advogados irão fazer
uso das leis para determinar se o réu é considerado culpado ou não do crime, ao fazer este
uso, estes retomam uma voz que não os pertence, mas sim a todos, por exemplo, no caso
da Constituição. O discurso nesta perspectiva é tido como formador de conceitos, ao passo
que ele muda o sentido ele também é transformado por eles.
Os começos solenes, formas ritualísticas de inicio de um discurso representam
entronizações de falas de outros no passado ao referir-se a algo semelhante no presente,
bastante recorrente nos discursos presentes na bíblia. A ordem no discurso é uma
tentativa de impedimento do caos, a sociedade implementa leis, direitos e deveres para
que a todos os cidadãos cumpram, a fim de que a ordem prevaleça. A instituição, por
exemplo, o estado é responsável por instruir o cidadão neste aspecto e trazer a ele a “paz
de espirito” ao afirmar que todos estão no mesmo barco, seguindo a mesma proposta, o
que tranquiliza o ser a cerca de seus anseios e expectativas. De acordo com esta proposta
a sociedade ser poder, sem normas, sem autoridade, sem uma ordem formadora não seria
suficiente para abarcar os problemas, as conjunturas hierárquicas são responsáveis por
sustentar e garantir a ordem.
Segundo Foucaut, a produção do discurso na sociedade é organizada com o
proposito de avaliar os poderes e perigos, com isto as instituições exercem poder sobre
seus participantes podendo representar perigo ou não para a sociedade. Os procedimentos
de exclusão, exteriores: a) interdição: é o momento em que certo discurso é interditado
por ser considerado inadequado ao ambiente, muito recorrente no caso dos tabus, o
discurso referente ao poder torna-se objeto de desejo; b) segregação da loucura: o louco
é totalmente rejeitado, seu discurso perde totalmente o valor; c) oposição entre verdadeiro
e falso ou vontade de verdade: este se sobrepõe aos anteriores, quem o domina exerce seu
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