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Língua Portuguesa
Aula 03
TIPOLOGIA TEXTUAL
=> Texto Narrativo
Conta como aconteceu, acontece ou acontecerá algo (real ou imaginário);
É necessário uma introdução, um clímax e um desfecho;
O enredo é prioridade;
Situa o tempo e o espaço físico onde ocorrem os fatos com as personagens;
Presença de verbos de ação, para tornar mais viva a narrativa;
O presente e o pretérito perfeito do indicativo predominam;
O autor adota a postura de narrador.
O Cavalo e o Burro – fábula de Monteiro Lobato
O cavalo e o burro seguiam juntos para a cidade. O cavalo contente da vida, folgando com uma carga de quatro
arrobas apenas, e o burro — coitado! Gemendo sob o peso de oito. Em certo ponto, o burro parou e disse:
— Não posso mais! Esta carga excede às minhas forças e o remédio é repartirmos o peso irmãmente, seis arrobas
para cada um.
O cavalo deu um pinote e relinchou uma gargalhada.
— Ingênuo! Quer então que eu arque com seis arrobas quando posso tão bem continuar com as quatro? Tenho cara
de tolo?
O burro gemeu:
— Egoísta, Lembre-se que se eu morrer você terá que seguir com a carga de quatro arrobas e mais a minha.
O cavalo pilheriou de novo e a coisa ficou por isso. Logo adiante, porém, o burro tropica, vem ao chão e rebenta.
Chegam os tropeiros, maldizem a sorte e sem demora arrumam com as oito arrobas do burro sobre as quatro do
cavalo egoísta. E como o cavalo refuga, dão-lhe de chicote em cima, sem dó nem piedade.
— Bem feito! Exclamou o papagaio. Quem mandou ser mais burro que o pobre burro e não compreender que o
verdadeiro egoísmo era aliviá-lo da carga em excesso? Tome! Gema dobrada agora…
O mercado de trabalho nunca foi uma expressão tão utilizada como agora. A preocupação por um futuro promissor,
mais do que nunca, tem sido muito percebida nos dias atuais, em que se exige muita qualificação profissional e capacidade
de iniciativa.
Ser profissional não é simplesmente atuar numa área de trabalho, ter um emprego e exercer algumas funções.
Nota-se que quem não procura melhorar naquilo que realiza, obtendo cada vez mais informações para otimizar o serviço
prestado, tem a iminência do desemprego à sua frente. Não se admite mais, então, o trabalho baseado no senso comum,
sem o mínimo de conhecimento técnico-científico que permita a esse profissional satisfazer as necessidades
contemporâneas, inclusive sendo versátil, quando preciso.
Outro elemento decisivo para a manutenção do emprego é a iniciativa. E ela está intimamente ligada ao trabalho
em equipe. Colaborar para que uma tarefa seja realizada, mesmo não sendo diretamente ligada àquilo que se faz, contribui
para o fortalecimento daquele grupo, empresa, instituição pública ou qualquer outra esfera. Eis aí um dos fatores mais
importantes para ser absorvido pelo mercado de trabalho, cuja ausência provoca um efeito contrário, de consequências
traumáticas.
Portanto, nos dias atuais, o profissional que quiser ser bem-sucedido precisa reunir uma série de características,
trabalhar em vários campos, relacionar-se bem com as pessoas e ser completamente dedicado. A situação em que se
encontra a economia não dá chances a deslizes, por menores que sejam, e cabe a todo profissional a busca incessante para
que o tal mercado de trabalho deixe de ser um monstro e passe a ser a solução.
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Língua Portuguesa – Prof. Wendel
Texto objetivo;
Apresentação / explicação / análise de determinado assunto;
O predomínio verbal é o presente do indicativo e do subjuntivo;
O autor adota a postura de expositor.
Exemplos: reportagens, relatórios técnicos e científicos.
Crack
O benzoilmetilecgonina é preparado a partir da extração de uma substância alcaloide da planta Erythroxylon coca,
encontrada na América Central e América do Sul. Chamada popularmente de crack, tal droga é fumada em cachimbos.
Aproximadamente o crack é cinco vezes mais potente que a cocaína, sendo também relativamente mais barata e
acessível que outras drogas, ele tem sido cada vez mais utilizado, e não somente por pessoas de baixo poder aquisitivo, e
carcerários. É usado nas diversas classes sociais em vários países do mundo.
Tal substância faz com que a dopamina, responsável por provocar sensações de prazer, euforia e excitação,
permaneça por mais tempo no organismo, além de provocar sintomas paranoicos, quando se encontra em altas
concentrações.
Com pouco tempo, neurônios vão sendo destruídos, e a memória, a concentração e o autocontrole são nitidamente
prejudicados. Cerca de 30% dos usuários perdem a vida em um prazo de cinco anos. O uso constante altera o
comportamento, aumentando os riscos de se contrair AIDS e outras DSTs uma vez que debilita o sistema imunológico dos
dependentes.
A superação do vício requer ajuda profissional, vontade por parte da pessoa, e apoio da família.
Texto subjetivo;
Valoriza a mensagem;
Presença de figuras de linguagem.
POEMINHA DO CONTRA
EXERCÍCIOS
01. Preencha os parênteses com os números correspondentes; em seguida, assinale a alternativa que indica a
correspondência correta.
( ) Ato próprio de textos em que há a presença de conselhos e indicações de como realizar ações, com emprego
abundante de verbos no modo imperativo.
( ) Ato próprio de textos em que há a apresentação de ideias sobre determinado assunto, assim como explicações,
avaliações e reflexões. Faz-se uso de linguagem clara, objetiva e impessoal.
( ) Ato próprio de textos em que se conta um fato, fictício ou não, acontecido num determinado espaço e tempo,
envolvendo personagens e ações. A temporalidade é fator importante nesse tipo de texto.
( ) Ato próprio de textos em que retrata, de forma objetiva ou subjetiva, um lugar, uma pessoa, um objeto etc., com
abundância do uso de adjetivos. Não há relação de temporalidade.
( ) Ato próprio de textos em que há posicionamentos e exposição de ideias, cuja preocupação é a defesa de um ponto de
vista. Sua estrutura básica é: apresentação de ideia principal, argumentos e conclusão.
a) 3, 5, 1, 2, 4 b) 5, 3, 1, 4, 2
c) 4, 2, 3, 1, 5 d) 5, 3, 4, 1, 2
e) 2, 3, 1, 4, 5
Este artigo não é sobre a pornografia no mundo virtual nem tampouco sobre os riscos de as redes sociais
empobrecerem o relacionamento humano. Trata de um dos aspectos mais festejados da internet: o empowerment
(“empoderamento”, fortalecimento) do cidadão proporcionado pela grande rede.
É a primeira vez na História em que todos, ou quase todos, podem exercer a sua liberdade de expressão,
escrevendo o que quiserem na internet. De forma instantânea, o que cada um publica está virtualmente acessível aos cinco
continentes. Tal fato, inimaginável décadas atrás, vem modificando as relações sociais e políticas: diversos governos caíram
em virtude da mobilização virtual, notícias antes censuradas são agora publicadas na rede, etc. Há um novo cenário
democrático mais aberto, mais participativo, mais livre.
E o que pode haver de negativo nisso tudo? A facilidade de conexão com outras pessoas tem provocado um novo
fenômeno social. Com a internet, não é mais necessário conviver (e conversar) com pessoas que pensam de forma
diferente. Com enorme facilidade, posso encontrar indivíduos “iguais” a mim, por mais minoritária que seja a minha
posição.
O risco está em que é muito fácil aderir ao seu clube” e, por comodidade, quase sem perceber, ir se encerrando
nele. Não é infrequente que dentro dos guetos, físicos ou virtuais, ocorra um processo que desemboca no fanatismo e no
extremismo.
Em razão da ausência de diálogo entre posições diversas, o ativismo na internet nem sempre tem enriquecido o
debate público. O empowerment digital é frequentemente utilizado apenas como um instrumento de pressão, o que é
legítimo democraticamente, mas, não raras vezes, cruza a linha, para se configurar como intimidação, o que já não é tão
legítimo assim...
A internet, como espaço de liberdade, não garante por si só a criação de consensos nem o estabelecimento de uma
base comum para o debate.
Evidencia-se, aqui, um ponto importante. A internet não substitui a imprensa. Pelo contrário, esse fenômeno dos
novos guetos põe em destaque o papel da imprensa no jogo democrático. Ao selecionar o que se publica, ela acaba sendo
um importante moderador do debate público. Aquilo que muitos poderiam ver como uma limitação é o que torna possível o
diálogo, ao criar um espaço de discussão num contexto de civilidade democrática, no qual o outro lado também é ouvido.
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A racionalidade não dialogada é estreita, já que todos nós temos muitos condicionantes, que configuram o nosso
modo de ver o mundo. Sozinhos, nunca somos totalmente isentos, temos sempre um determinado viés. Numa época de
incertezas sobre o futuro da mídia, aí está um dos grandes diferenciais de um jornal em relação ao que simplesmente é
publicado na rede.
Imprensa e internet não são mundos paralelos: comunicam-se mutuamente, o que é benéfico a todos. No entanto,
seria um empobrecimento democrático para um país se a primeira página de um jornal fosse simplesmente o reflexo da
audiência virtual da noite anterior. Nunca foi tão necessária uma ponderação serena e coletiva do que será manchete no
dia seguinte.
O perigo da internet não está propriamente nela. O risco é considerarmos que, pelo seu sucesso, todos os outros
âmbitos devam seguir a sua mesma lógica, predominantemente quantitativa. O mundo contemporâneo, cada vez mais
intensamente marcado pelo virtual, necessita também de outros olhares, de outras cores. A internet, mesmo sendo plural,
não tem por que se tornar um monopólio. (CAVALCANTI, N. da Rocha. Jornal “O Estado de S. Paulo”)
Pelas características da organização do discurso, a respeito do texto pode-se afirmar que se trata de uma:
a) dissertação de caráter expositivo, pois explica, reflete e avalia ideias de modo objetivo, com intenção de informar ou
esclarecer.
b) narração, por reportar-se a fatos ocorridos em determinado tempo e lugar, envolvendo personagens, numa relação
temporal de anterioridade e posterioridade.
c) dissertação de caráter argumentativo, pois faz a defesa de uma tese com base em argumentos, numa progressão lógica
de ideias, com o objetivo de persuasão.
d) descrição, por retratar uma realidade do mundo objetivo a partir de caracterizações, pelo uso expressivo de adjetivos.
e) expressão injuntiva, por indicar como realizar uma ação, utilizando linguagem simples e objetiva, com verbos no modo
imperativo.
04. Analise os fragmentos a seguir e assinale a alternativa que indique as tipologias textuais às quais eles pertencem:
Texto 1
“Dario vinha apressado, guarda-chuva no braço esquerdo e, assim que dobrou a esquina, diminuiu o passo até parar,
encostando-se à parede de uma casa. Por ela escorregando, sentou-se na calçada, ainda úmida de chuva, e descansou na
pedra o cachimbo. Dois ou três passantes rodearam-no e indagaram se não se sentia bem. Dario abriu a boca, moveu os
lábios, não se ouviu resposta. O senhor gordo, de branco, sugeriu que devia sofrer de ataque (...)”. (Dalton Trevisan – Uma
vela para Dario).
Texto 2
“Era um homem alto, robusto, muito forte, que caminhava lentamente, como se precisasse fazer esforço para movimentar
seu corpo gigantesco. Tinha, em contrapartida, uma cara de menino, que a expressão alegre acentuava ainda mais.”
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A tarde estava quente, abafada, ameaçando tempestade. Na sala da sorveteria onde tomávamos chá, os
ventiladores ronronavam, como gatos, refrescando o ambiente. Lufadas ardentes, fortes, brutais, varreram, lá fora, o
asfalto da Avenida. O céu escureceu, de repente, e um trovão estalou, rolando pelo céu. Nesse momento, as lâmpadas do
salão, abertas àquela hora, apagaram-se todas, ao mesmo tempo em que, dependendo da mesma corrente elétrica, os
ventiladores foram, pouco a pouco, diminuindo a marcha, até que pararam, de todo, como aves que acabam de chegar de
um grande voo.
Sobre a tipologia textual dessa passagem do conto, pode-se dizer a organização predominante é
a) argumentativa
b) descritiva
c) expositiva
d) narrativa
e) poética
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a) dissertação subjetiva
b) descrição
c) narração com alguns traços descritivos
d) dissertação objetiva com alguns traços descritivos
e) narração com alguns traços dissertativos
10. Dificilmente, em uma ciência-arte como a Psicologia-Psiquiatria, há algo que se possa asseverar com 100% de
certeza. Isso porque há áreas bastante interpretativas, sujeitas a leituras diversas, a depender do observador e do
observado. Porém, existe um fato na Psicologia-Psiquiatria forense que é 100% de certeza e não está sujeito a
interpretação ou a dissimulação por parte de quem está a ser examinado. E revela, objetivamente, dados do psiquismo da
pessoa ou, em outras palavras, mostra características comportamentais indissimuláveis, claras e objetivas. O que pode ser
tão exato, em matéria de Psicologia-Psiquiatria, que não admite variáveis? Resposta: todos os crimes, sem exceção, são
como fotografias exatas e em cores do comportamento do indivíduo. E como o psiquismo é responsável pelo modo de agir,
por conseguinte , tem os em todos os crimes, obrigatoriamente e sempre, elementos objetivos da mente de quem os
praticou.
Por exemplo, o delito foi cometido com multiplicidade de golpes, com ferocidade na execução, não houve
ocultação de cadáver, não se verifica cúmplice, premeditação etc. Registre-se que esses dados já aconteceram. Portanto,
são insimuláveis, 100% objetivos. Basta juntar essas características comportamentais que teremos algo do psiquismo de
quem o praticou. Nesse caso específico, infere-se que a pessoa é explosiva, impulsiva e sem freios, provável portadora de
algum transtorno ligado à disritmia psicocerebral, algum estreitamento de consciência, no qual o sentimento invadiu o
pensamento e determinou a conduta.
Em outro exemplo, temos homicídio praticado com um só golpe, premeditado, com ocultação de cadáver, concurso
de cúmplice etc. Nesse caso, os dados apontam para o lado do criminoso comum, que entendia o que fazia.
Claro que não é possível, apenas pela morfologia do crime, saber-se tudo do diagnóstico do criminoso. Mas, por
outro lado, é na maneira como o delito foi praticado que se encontram características 100% seguras da mente de quem o
praticou, a evidenciar fatos, tal qual a imagem fotográfica revela-nos exatamente algo, seja muito ou pouco, do momento
em que foi registrada. Em suma, a forma como as coisas foram feitas revela muito da pessoa que as fez.
“Os homens devem saber que do cérebro, e só do cérebro, derivam prazer, alegria, riso e divertimento, assim como
tristeza, pena, dor e medo”.
A frase foi dita por Hipócrates (460-377 a.C.) há milhares de anos, mas continua certeira. Significa que aquele amor
envolto em corações flutuantes, que foi incessantemente idealizado por escritores, poetas e cineastas não é bem do jeito
que eles pintam. Esqueça o cupido, a sorte ou mesmo a união sublime e inexplicável de almas. “Nada é tão ao acaso, nem
tão romântico”, diz Carmita Abdo, psiquiatra coordenadora do Projeto Sexualidade (ProSex) do Instituto de Psiquiatria do
Hospital das Clínicas de São Paulo.
O amor nada mais é do que o resultado de uma complexa cadeia de reações químicas do cérebro, e existe com o
intuito único de propagar a nossa espécie. Em outras palavras, amamos porque somos o resultado de um processo evolutivo
bem sucedido: ao entrarmos em uma relação estável, as chances de criarmos com sucesso nossos descendentes são muito
maiores.[...]
Com base nas ideias principais do texto, é correto afirmar que ele é predominantemente
a) injuntivo b) narrativo
c) descritivo d) dialogal-conversacional
e) dissertativo-argumentativo
12. Jogos Olímpicos Rio 2016 deixarão lições para a segurança corporativa (*Alejandro Raposo)
O projeto de segurança da informação desenvolvido para os Jogos Olímpicos Rio 2016 é, certamente, o mais
complexo já implantado na América Latina nos últimos tempos. Primeiramente, porque tem um portfólio de produtos
extremamente amplo, que de ve ser integrado a diversas tecnologias de diferentes marcas e aspectos. Em segundo lugar,
pela sua visibilidade, já que atende o maior evento esportivo do mundo, com uma expectativa de 4,8 bilhões de
espectadores, segundo seus organizadores.
Todos os projetos de segurança da informação abrangem basicamente três premissas: processos, soluções de
segurança e pessoas. A diferença é que os Jogos Olímpicos Rio 2016 têm o tamanho de uma cidade inteligente. Para se ter
uma ideia, o time envolvido nas operações será de 136,5 mil pessoas, entre funcionários diretos, indiretos e voluntários,
cada um com um nível de permissão e uma dinâmica de trabalho diferentes. Além disso, será preciso atender milhares de
atletas, profissionais de mídia e agentes de delegações que circularão durante o evento.
Como não poderia deixar de ser, a expectativa de ataques no País também é gigante, por isso, a preocupação com a
segurança cibernética deve ser redobrada em todas as organizações do Brasil e não somente nas entidades envolvidas com a
organização dos Jogos. O Internet Security ThreatReport 2015 (ISTR 2015), produzido pela Symantec, mostra uma média de
quase um milhão de malwares criados por dia em todo o mundo, proporção que deve seguir crescendo exponencialmente,
graças ao processo de sofisticação do cibercrime – com ataques cada vez mais direcionados e assertivos – e à aceleração da
digitalização, especialmente na América Latina.
Dados do relatório A Nova Revolução Digital, feito pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe
(Cepal), mostram que a penetração da Internet na região mais do que duplicou entre 2006 e 2014, com crescimento
passando de 20,7% para 50,1% ao ano. O cenário é semelhante para dispositivos móveis. Entre 2010 e 2013, o número de
celulares conectados à Internet na região aumentou, em média, 77% ao ano; em 2014, já somavam 200 milhões. Em 2020,
esse número deve ultrapassar os 600 milhões, o que deixará a América Latina atrás somente da Ásia, de acordo com o
documento A Economia Móvel - América Latina 2014, produzido pelo GroupeSpeciale Mobile Association (GSMA), entidade
que reúne operadoras de telefonia móvel de todo o mundo. Esse crescimento traz, a reboque, um imenso número de novos
usuários pouco habituados ao cenário digital, que são vítimas em potencial para ameaças virtuais, inclusive de ataques
simples de engenharia social, como spam e alternativas rudimentares.
O aprendizado com esse projeto do Rio 2016, com certeza, levará ao aprimoramento das práticas de mercado, pois
as ações do Comitê Olímpico Internacional (COI) e do Comitê Organizador Rio 2016 na área de segurança da informação são
extremamente bem formuladas, com técnicas e metodologias avançadas. Os processos ocorrem dentro de um padrão e uma
sequência que devem ser respeitados, a fim de atingir o objetivo final sem grandes intempéries. Os diversos fabricantes
fornecedores trabalham de forma totalmente integrada e com base em parceria mútua, pois a combinação perfeita das
soluções determinará o resultado do projeto. Por fim, a criação do ambiente para a disputa dos jogos deve deixar legados
para a cidade -sede sob todos os pontos de vista. O objetivo é muito claro: criar um evento no qual todos possam apreciar
os jogos e uma estrutura que, de tão eficiente, ninguém veja.
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Sobre a estrutura do tipo textual narrativo, o clímax da narrativa em “Os caçadores de cangaceiros” está no enunciado:
a) “Os cangaceiros são loucos por perfume.”
b) “Os soldados armam as metralhadoras e esperam a ordem de disparar.”
c) “Maria Bonita o amaldiçoa, enquanto fuma um cigarro atrás do outro.”
d) “Os soldados se aproximam tanto, que escutam Lampião discutindo com sua mulher.”
e) “Perseguindo pegadas e aromas, os rastreadores chegam ao esconderijo do chefe Lampião.”
14. [...] Mas se ao quati fosse de súbito revelado o mistério de sua verdadeira natureza? Tremo ao pensar no fatal acaso que
fizesse esse quati inesperadamente defrontar-se com outro quati, e nele reconhecer-se, ao pensar nesse instante em que
ele ia sentir o mais feliz pudor que nos é dado: eu... nós... Bem sei, ele teria direito, quando soubesse, de massacrar o
homem com o ódio pelo que de pior um ser pode fazer a outro ser – adulterar-lhe a essência a fim de usá-lo. Eu sou pelo
bicho, tomo o partido das vítimas do amor ruim. Mas imploro ao quati que perdoe ao homem, e que o perdoe com muito
amor. Antes de abandoná-lo, é claro. [...]
I. Nesse fragmento, o quati está sendo personificado e isso, simbolicamente, pode representar um ser humano em crise de
identidade, por viver forçadamente contra a sua natureza.
II. O uso da linguagem conotativa prevalece no texto, visto que o objetivo do narrador é contar uma história sobre o quati
de tal forma que o leitor se identifique com a condição do bicho.
III. Os elementos: o personagem quati que participa dos fatos e a pessoa em que o narrador conta os fatos podem justificar
o fragmento textual ser narrativo.
IV. Em: “... adulterar-lhe a essência a fim de usá-lo...” e “Antes de abandoná-lo, é claro”, os pronomes pessoais oblíquos,
em destaque, nas duas ocorrências, fazem referência ao substantivo “homem”.
Ao observar a função comunicativa, o conteúdo e a composição textual, é correto afirmar que a tipologia desse fragmento é
a) injuntiva, por utilizar linguagem direta, objetiva e simples.
b) descritiva, porque dar ao leitor uma grande riqueza de detalhes.
c) expositiva, porque se limita a apresentar uma determinada situação.
d) narrativa, por haver uma relação de anterioridade e posterioridade.
e) dissertativa, por apresentar posicionamentos pessoais e exposição de ideias.
16. Os hábitos alimentares estão entre os principais traços culturais de um povo. Era de se esperar, portanto, que
houvesse alguma menção sobre o assunto no primeiro contato entre os portugueses e os nativos, conforme relatado na
Carta de Pero Vaz de Caminha. De fato, Caminha escreve a respeito da reação de dois jovens nativos que foram até a
caravela de Cabral e que experimentaram alimentos oferecidos pelos portugueses:
Deram-lhe[s] de comer: pão e peixe cozido, confeitos, bolos, mel e figos passados. Não quiseram comer quase nada
de tudo aquilo. E se provavam alguma coisa, logo a cuspiam com nojo. Trouxeram-lhes vinho numa taça, mas apenas
haviam provado o sabor, imediatamente demonstraram não gostar e não mais quiseram. Trouxeram-lhes água num jarro.
Não beberam. Apenas bochechavam, lavando as bocas, e logo lançavam fora.
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Está(ão) correta(s)
a) apenas I. b) apenas II. c) apenas II e III.
d) apenas I e III. e) I, II e III.
17. Sua fala era uma vibração de amor, que alvoroçava os corações, o olhar como luz de lâmpada encantada, que
fascina e desvaira; o sorriso era um lampejo de volúpia, que fazia sonhar com as delícias do Éden.
Era enfim o tipo o mais esmerado da beleza sensual, mas habitado por uma alma virgem, cândida e sensível. Era
uma estátua de Vênus animada por um espírito angélico.
Ainda que Eugênio não conhecesse e amasse Margarida desde a infância, ainda que a visse então pela primeira vez,
era impossível que toda a virtude e austeridade daquele cenobita em botão não se prostrasse vencido diante daquela
deslumbrante visão.
Margarida estava vestida de cor-de-rosa com muita graça e simplicidade; tinha por único enfeite na cabeça um
simples botão de rosa. Eugênio esteve por muito tempo mudo e entregue a um indizível acanhamento diante da
companheira de sua infância, como se se achasse em presença de uma alta e poderosa princesa. (GUIMARÃES, Bernardo)
18. A Carta de Pero Vaz de Caminha é o primeiro relato sobre a terra que viria a ser chamada de Brasil. Ali, percebe-se não
apenas a curiosidade do europeu pelo nativo, mas também seu pasmo diante da exuberância da natureza da nova terra,
que, hoje em dia, já se encontra degradada em muitos dos locais avistados por Caminha.
Esta terra, Senhor, parece-me que, da ponta que mais contra o sul vimos, até outra ponta que contra o norte vem,
de que nós deste ponto temos vista, será tamanha que haverá nela bem vinte ou vinte e cinco léguas por costa. Tem, ao
longo do mar, em algumas partes, grandes barreiras, algumas vermelhas, outras brancas; e a terra por cima é toda chã e
muito cheia de grandes arvoredos. De ponta a ponta é tudo praia redonda, muito chã e muito formosa.
Pelo sertão nos pareceu, vista do mar, muito grande, porque a estender d’olhos não podíamos ver senão terra com
arvoredos, que nos parecia muito longa.
Nela até agora não pudemos saber que haja ouro, nem prata, nem coisa alguma de metal ou ferro; nem o vimos.
Porém a terra em si é de muito bons ares, assim frios e temperados como os de Entre-Douro e Minho, porque neste tempo
de agora os achávamos como os de lá.
As águas são muitas e infindas. E em tal maneira é graciosa que, querendo aproveitá-la, tudo dará nela, por causa
das águas que tem.
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Pelo seu tema e desenvolvimento argumentativo, o texto pode ser classificado como
a) crítico b) lírico c) narrativo d) histórico e) épico.
21. O TRAPICHE
Sob a lua, num velho trapiche abandonado, as crianças dormem.
Antigamente aqui era o mar. Nas grandes e negras pedras dos alicerces do trapiche as ondas ora se rebentavam
fragorosas, ora vinham se bater mansamente. A água passava por baixo da ponte sob a qual muitas crianças repousam
agora, iluminadas por uma réstia amarela de lua. Desta ponte saíram inúmeros veleiros carregados, alguns eram enormes e
pintados de estranhas cores, para a aventura das travessias marítimas. Aqui vinham encher os porões e atracavam nesta
ponte de tábuas, hoje comidas. Antigamente diante do trapiche se estendia o mistério do mar oceano, as noites diante dele
eram de um verde escuro, quase negras, daquela cor misteriosa que é a cor do mar à noite.
Hoje a noite é alva em frente ao trapiche. É que na sua frente se estende agora o areal do cais do porto. Por baixo
da ponte não há mais rumor de ondas. A areia invadiu tudo, fez o mar recuar de muitos metros. Aos poucos, lentamente, a
areia foi conquistando a frente do trapiche. Não mais atracaram na sua ponte os veleiros que iam partir carregados. Não
mais trabalharam ali os negros musculosos que vieram da escravatura. Não mais cantou na velha ponte uma canção um
marinheiro nostálgico. A areia se estendeu muito alva em frente ao trapiche. E nunca mais encheram de fardos, de sacos,
de caixões, o imenso casarão. Ficou abandonado em meio ao areal, mancha negra na brancura do cais. (AMADO, Jorge)
22. Um sarau é o bocado mais delicioso que temos, de telhado abaixo. Em um sarau todo o mundo tem que fazer. O
diplomata ajusta, com um copo de champagne na mão, os mais intrincados negócios; todos murmuram, e não há quem
deixe de ser murmurado. O velho lembra-se dos minuetes e das cantigas do seu tempo, e o moço goza todos os regalos da
sua época; as moças são no sarau como as estrelas no céu; estão no seu elemento: aqui uma, cantando suave cavatina,
eleva-se vaidosa nas asas dos aplausos, por entre os quais surde, às vezes, um bravíssimo inopinado, que solta de lá da sala
do jogo o parceiro que acaba de ganhar sua partida no écarté, mesmo na ocasião em que a moça se espicha
completamente, desafinando um sustenido; daí a pouco vão outras, pelos braços de seus pares, se deslizando pela sala e
marchando em seu passeio, mais a compasso que qualquer de nossos batalhões da Guarda Nacional, ao mesmo tempo que
conversam sempre sobre objetos inocentes que movem olhaduras e risadinhas apreciáveis. Outras criticam de uma
gorducha vovó, que ensaca nos bolsos meia bandeja de doces que veio para o chá, e que ela leva aos pequenos que, diz,
lhe ficaram em casa. Ali vê-se um ataviado dandy que dirige mil finezas a uma senhora idosa, tendo os olhos pregados na
sinhá, que senta-se ao lado. Finalmente, no sarau não é essencial ter cabeça nem boca, porque, para alguns é regra,
durante ele, pensar pelos pés e falar pelos olhos.
E o mais é que nós estamos num sarau. Inúmeros batéis conduziram da corte para a ilha de... senhoras e senhores,
recomendáveis por caráter e qualidades; alegre, numerosa e escolhida sociedade enche a grande casa, que brilha e mostra
em toda a parte borbulhar o prazer e o bom gosto.
Entre todas essas elegantes e agradáveis moças, que com aturado empenho se esforçam para ver qual delas vence
em graças, encantos e donaires, certo sobrepuja a travessa Moreninha, princesa daquela festa.
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concedemos a ela em nosso dia a dia – talvez isto seja consequência de urna grande falha educacional. Uma falha que nos
leva a só aceitar a poesia na medida em que a pudermos explicar.
Mas a poesia não existe para ser explicada. Existe para nos ensinar a ver de novo e a ouvir de novo. Só isso. E isso é
tudo. (...) (Gabriel Perissé. Revista Educação)
24. O romance “Primeira manhã”, de Dalcídio Jurandir, é o sexto volume da série do Extremo-Norte. Alfredo,
personagem central da trama romanesca, protagoniza acontecimentos que lhe ferem profundamente a adolescência como
aluno do primeiro ano do Liceu. Leia, a seguir, um fragmento da obra:
“[...] Agora a aula de desenho. Alfredo imagina-se sobre cubos, paisagens, as rosadas meninas do Cícero Câmara;
lembrou-se: o professor Chiquinho, à sombra das ginjeiras carregadas, desenhando caligrafia, a abrir majestosas letras
góticas. Ia, de sua parte, desenhar agora aquelas três árvores doutro lado do rio, ao pé da armação da draga, com um
esbraseante tapuru sobre a ferrugem? Riscar um peixe uéua, um jandiá, oito horas da noite mordendo a isca? Ou a pixuneira
lilás, e o rosto de Andreza, só uns traços, boiando do fundo, a gritar: passou por baixo de minha perna um sucuriju, foi, um
deste tamanho, mas sou curada de cobra. E Alfredo toma um susto: invadindo a sala, um galego gorducho, bigodudinho,
com uma pressa irritada, o bagulho amarelo, a bater a régua na mesa contra trinta e dois inimigos. – Menino! Menino!
Silêncio na cocheira! A aula toda acuava-se, como se esvaziassem as carteiras, logo avançando, muda, a flechá-lo de ofensa
e ódio. E o buldogue desceu para saber, com ferocidade e triunfo, quem não trazia papel de desenho, os materiais, os
materiais. Quem não tivesse, fora quanto antes, fora quanto antes. Não tinha mas mas. Rua. Alfredo levantou-se, quis
explicar. – Rua! Rua! Desentulhe a pocilga.”
A discussão promovida pela obra de Dalcídio Jurandir, evidenciada no fragmento transcrito, está resumida corretamente
em:
a) privilegiam-se o foco narrativo e a ação dos personagens, o que permite o entrelaçamento entre o espaço da cidade
grande, o ambiente do Ginásio e o tempo das lembranças de Alfredo.
b) agrupam-se acontecimentos que demonstram a concretização dos sonhos de Alfredo, narrador-personagem,
evidenciando-se as vantagens que o Ginásio pode acrescentar ao seu conhecimento do mundo.
c) descreve-se a primeira manhã de Alfredo, narrador-personagem, exatamente no momento em que o professor de
desenho entra na sala de aula do Ginásio, visivelmente irritado. Ao assustar-se com as atitudes do professor, Alfredo
mergulha nas lembranças do rosto de Andreza, contornado pelas referências do mundo marajoara.
d) critica-se a dura realidade da escola brasileira representada no enredo (contextualizado nos meados de 1920), no
momento em que a ficção denuncia o clima de ofensas e hostilidade a que os alunos são submetidos quando convocados,
pelo professor de desenho, a fazer silêncio e a se retirar da sala de aula.
e) narram-se as mudanças que ocorrem na vida do menino Alfredo que, no contexto do romance, passa a ser visto, pela
mãe, pelos parentes e conhecidos, já como rapaz que estuda na cidade grande.
Entendemos que o debate ganhará substância se começarmos por dar precisão à expressão norma culta. Continuar a
confundi-la com gramática em qualquer um de seus dois sentidos (conceitos ou preceitos), com norma-padrão ou com
expressão escrita apenas continuará escamoteando os problemas que estão aí a nos desafiar, quer na compreensão da nossa
realidade linguística, quer na proposição de caminhos para o ensino do português.
O texto, com base em seu desenvolvimento global, poderia ser reconhecido como um texto:
a) injuntivo, no qual são dadas instruções acerca de como usar certas gramáticas.
b) descritivo, a partir de uma cena objetiva, em que têm prioridade a observação e a análise.
c) narrativo, em que certo personagem fala de suas experiências linguísticas.
d) literário, cuja função principal seria produzir nos possíveis leitores um efeito estético.
e) de divulgação científica, em que determinados princípios são discutidos e aprofundados.
28.
A tira – assim como histórias em quadrinhos, cartuns, charges etc. – mescla linguagem verbal e imagem para atingir os seus
objetivos comunicativos. Em relação à tipologia textual, a tira caracteriza-se por ser uma:
a) narração b) instrução c) exposição d) argumentação
29.
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Língua Portuguesa – Prof. Wendel
30. [...] não podia tirar os olhos daquela criatura de quatorze anos, alta, forte e cheia, apertada em um vestido de chita,
meio desbotado. Os cabelos grossos, feitos em duas tranças, com as pontas atadas uma à outra, à moda do tempo, desciam-
lhes pelas costas. Morena, olhos claros e grandes, nariz reto e comprido, tinha a boca fina e o queixo largo. As mãos, a
despeito de alguns ofícios rudes, eram curadas com amor; não cheiravam a sabões finos nem águas de toucador, mas com
água de poço e sabão comum, trazia-as sem mácula. Calçava sapatos de duraque, rasos e velhos, a que ela mesma dera
alguns pontos. [...] ASSIS, Machado de. Dom Casmurro.
31. Desaparecidos
No Brasil não existem dados oficiais que determinem a quantidade de crianças e adolescentes desaparecidos
anualmente; contudo, dos casos registrados, um percentual de 10 a 15% permanecem sem solução por um longo período de
tempo, e, às vezes, jamais são resolvidos. Visando a dar visibilidade a essa problemática, a Secretária Especial de Direitos
Humanos, desde 2002, constituiu uma rede nacional de identificação e localização de crianças e adolescentes
desaparecidos, com o objetivo de criar e articular serviços especializados de atendimento ao público e coordenar um
esforço coletivo e de âmbito nacional para busca e localização dos desaparecidos. Hoje temos cadastrados no site da
ReDesap 1.247 casos de crianças e adolescentes desaparecidos no País. Desde a sua criação já foram solucionados 725
casos, sendo que se constatou que umas das causas mais comuns de desaparecimento é a fuga do lar por conflito familiar.
(...).
O texto é, predominantemente,
a) narrativo b) argumentativo c) injuntivo
d) expositivo e) dialogado
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