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ORGANIZAÇÃO

Coordenação geral
Michael Stanton

Coordenação adjunta
Iara Machado

Comitê de programa
Nelson Simões
Alexandre Grojsgold
Iara Machado
José Luiz Ribeiro Filho
Michael Stanton

Coordenação das demonstrações dos GTs


Daniela Brauner

Produção
Gerência de Comunicação Corporativa - RNP

Coordenação de comunicação
Mariana Daemon e Adriana Ferranni

Coordenação do evento
Adriana Pierro

Assessoria do evento
Jacqueline Costa

Coordenação de Infraestrutura
Felipe Tocchetto

Assessoria de imprensa
FSB Comunicações
(21) 3206-5050
Adriana Alves ou Betina Bernardes

LIVRETO
Revisão
Adriana Ferranni
Luís Henrique Valdetaro

Coordenação de design
Carla Pagés

Projeto gráfico e diagramação


FSB Design
SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO 4

21 ANOS DE RNP 6

REDE IPÊ – CARACTERÍSTICAS, SERVIÇOS, CRESCIMENTO FUTURO 8

FUTURARNP 10

GRUPOS DE TRABALHO 12
COLLABORATIVE WEB TOOLS - COMPONENTES DE SOFTWARE PARA INTERAÇÃO
SOCIAL E INTELIGÊNCIA COLETIVA // GT-CWTOOLS 13
UMA REDE MESH SEM FIO 802.11S COM ALTA ESCALABILIDADE // GT-DHTMESH 14
GRUPO DE TRABALHO DE REALIDADE MISTA // GT-RM 15
SERVIÇOS PARA TRANSPOSIÇÃO DE CREDENCIAIS DE AUTENTICAÇÃO
FEDERADAS // GT-STCFED 16
MONITORAMENTO DO UNIVERSO TORRENT // GT-UNIT 18
MONITORAMENTO DE TRÁFEGO DE BACKBONES BASEADO
EM SGSD // GT-BACKSTREAMDB 2 19
FEDERAÇÃO DE REPOSITÓRIOS EDUCA BRASIL // GT-FEB 2 20
GRUPO DE TRABALHO DE MÍDIAS DIGITAIS E ARTE // GT-MDA 2 21

EDAD E IVA - INICIATIVAS DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 22

SERVIÇOS RNP 24

PROJETOS E PARCERIAS 26

AS REDES ACADÊMICAS E O DESAFIO DE ATENDER AS


DEMANDAS DE COLABORAÇÃO CIENTÍFICA EM RESOLUÇÃO 4K 28

O 4K NO CINEMA E NA MÍDIA 29

IMPACTOS TECNOLÓGICOS DO 4K 30

VISUALIZAÇÃO CIENTÍFICA E TRABALHO COOPERATIVO


GEOGRAFICAMENTE DISTRIBUÍDOS NA INDÚSTRIA DO PETRÓLEO 30

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4
11º WRNP // Imagem Digital, Cultura e Colaboração
11º WRNP >> Imagem Digital, Cultura e Colaboração >> Apresentação

APRESENTAÇÃO
O tema desta 11ª edição do WRNP será O WRNP também conta com a apresen-
Imagem Digital, Cultura e Colaboração, tação de trabalhos de desenvolvimento
sendo examinados vários aspectos do da própria RNP, incluindo o ciclo atual
uso e da transmissão de imagens di- dos Grupos de Trabalho da RNP (GTs-
gitais. As aplicações se estendem das RNP) e os serviços experimentais gera-
ciências e da engenharia, onde a visu- dos como consequência. Uma novidade
alização como imagens de resultados deste ano será a apresentação de resul-
numéricos de cálculos acelera enorme- tados parciais do projeto RedeH, no qual
mente sua compreensão, até a cultura, vários novos grupos de trabalho estão
Uma novidade este ano será a apresentação de resultados
parciais do projeto RedeH, no qual vários novos grupos de

onde as tecnologias digitais, que já tor- desenvolvendo protótipos de serviços


naram obsoleto o uso de filmes quími- de circuitos dinâmicos para a nova rede
trabalho estão desenvolvendo protótipos de serviços de

cos e fitas magnéticas da fotografia e da híbrida. Todos esses trabalhos apresen-


televisão, estão a ponto de conquistar tarão demonstrações técnicas ao longo
também o cinema. No painel do primeiro do WRNP e do Simpósio Brasileiro de
dia de evento teremos expoentes destas Redes de Computadores (SBRC), em es-
áreas, como Marcelo Gattass, da Pon- tandes temáticos da RNP no hall princi-
tifícia Universidade Católica do Rio de pal do Centro de Eventos da Fundação
Janeiro (PUC-Rio), Tereza Carvalho, da de Apoio da Universidade Federal do Rio
circuitos dinâmicos para a nova rede híbrida

Universidade de São Paulo (USP), e Jane Grande do Sul (Faurgs).


de Almeida, da Universidade Mackenzie.
O painel incluirá uma pequena mostra Haverá também apresentação da Dire-
de vídeos de super-alta definição. toria de Serviços e Soluções da RNP,
que tem entre suas atividades a admi-
Desde o último WRNP, houve vários nistração dos serviços em produção na
avanços na área de infraestrutura de RNP, muitos destes provenientes de re-
redes da RNP que serão colocados à sultados de GTs.
disposição dos seus usuários ainda em
2010. A expectativa é que até o final des- No final do WRNP, será realizado um
te ano sejam inauguradas as redes me- painel em conjunto com o SBRC, onde
tro (infraestruturas ópticas gigabit) nas três pesquisadores desta comunidade,
11 capitais restantes do projeto Redes que já a representaram no Conselho de
Comunitárias de Educação e Pesquisa Administração da RNP, Antônio Abelém
(Redecomep). Também no mesmo pra- (Universidade Federal do Pará - UFPA),
zo deve ocorrer a substituição total da José Neuman (Universidade Federal do
atual rede Ipê por uma nova versão, em Ceará - UFC) e Luci Pirmez (Universida-
grande parte baseada em infraestrutura de Federal do Rio Janeiro - UFRJ), jun-
óptica da empresa Oi, com a qual a RNP to com três dos diretores da RNP, farão
fez um acordo de longo prazo mediado uma avaliação do funcionamento do atu-
pela Anatel. Inicialmente, esta nova rede al modelo da organização, além de mos-
levará conexões de pelo menos 3 Gbps trarem suas visões do que está por vir
para as 24 capitais ao sul do Rio Amazo- nos próximos anos. Este painel será mo-
nas, sendo a maioria delas de 10 Gbps. derado por José Augusto Suruagy Mon-
Este grande aumento de capacidade foi teiro (Universidade Salvador - UNIFACS).
precedido, já em 2009, por um aumen-
to substancial na capacidade de conec- Michael Stanton
tividade internacional, aumentada de 3 Diretor de Pesquisa &
para 10 Gbps. Desenvolvimento da RNP

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11º WRNP >> Imagem Digital, Cultura e Colaboração >> 21 anos da RNP

21 ANOS DA RNP
Ao alcançar a maioridade, a RNP se renova, prepa- a cooperação global estão sendo avaliados, a fim de
rando-se para assumir responsabilidades cada vez projetar os novos desafios do futuro.
maiores. Com 21 anos de muito trabalho e a dedi-
cação de diversas pessoas e instituições, a RNP Neste cenário, a ampliação do Programa Intermi-
construiu uma sólida reputação, sendo reconhecida nisterial para a inclusão do Ministério da Cultura
no país e no exterior pela qualidade e credibilidade e, no futuro próximo, do Ministério da Saúde, vem
deste trabalho. revelando novos projetos e oportunidades. A dispo-
nibilização e a democratização do acesso a acervos
Mesmo depois de todo esse tempo, ainda hoje per- digitais, a possibilidade de produção colaborativa e a
manecem desafios de inclusão que, no passado, mo- integração com as instituições de ensino e pesquisa
tivaram os idealizadores da nossa instituição. Ainda do interior do país são oportunidades que alimentam
que a capacidade da rede Ipê tenha se multiplicado e iniciativas de inovação e novos serviços.
as aplicações sejam muito mais avançadas, há muito
a ser feito. Nos últimos quatro anos, os resultados de 29 Grupos
de Trabalho em P&D ampliaram e enriqueceram a
O 11º WRNP coincide com o final de um ciclo de oferta de aplicações na rede Ipê e definiram soluções
trabalho em que as metas de modernização da in- de grande importância para as cerca de 600 institui-
fraestrutura, as propostas inovadoras em P&D, os ções usuárias da RNP. Além disso, algumas dessas
serviços avançados, a integração de comunidades e soluções passaram a ser adotadas fora da academia,

LINHA DO TEMPO RNP


Colaboração
ultura e Colaboração

ANOS 70

° Pesquisadores brasileiros
no exterior se fascinam com os
benefícios da troca eletrônica de
Cultura

informações. Voltam trazendo


o sonho de interconectar as
instituições acadêmicas brasileiras.
igital, C
Digital,

ANOS 80

° A motivação para uso das


comunicações de dados surge
magem D

nas universidades. Os anos 80


WRNP //// IImagem

são marcados pela mobilização


para acabar com o isolamento
das comunidades científicas
e tecnológicas.
1º WRNP

° É lançada formalmente a Rede


Nacional de Pesquisa, com a
missão pioneira de disseminar o
uso da Internet no Brasil para fins
11º

educacionais e sociais.
1

6
abrindo portas para novas parcerias entre a RNP, pesquisa- Com este objetivo, a RNP também esta celebrando acordos
dores e outras organizações e empresas. de cooperação técnica com a Oi Telecomunicações, que,
como parte de seu investimento em P&D estabelecido pela
No momento em que o governo trabalha para ampliar o Anatel, em parceria com o Ministério da Ciência e Tecno-
acesso à banda larga para o cidadão, a RNP contribui dire- logia, aportará infraestrutura de rede de alta capacidade
tamente na elaboração e execução deste plano para que a nos próximos dez anos para a interligação das instituições
meta seja alcançada. Defendemos que deve começar pelos usuárias da RNP.
campi, das escolas, institutos ou universidades – são as
instituições-chave do processo de proficiência digital para Uma rede de alta qualidade para pesquisa, educação e cul-
a sociedade. tura, com acesso para todos, independentemente de loca-
lização, está surgindo a partir de agora. Graças ao trabalho
A iniciativa do Governo Federal, que criou o Plano Nacio- incansável de todos os colaboradores da RNP, que resultou
nal de Banda Larga, abre uma importante oportunidade de em importantes parcerias com órgãos de governo, empre-
parceria entre a RNP e a nova Telebrás. A união dos esfor- sas e a nossa comunidade de ensino superior e pesquisa.
ços da RNP com a empresa permitirá avanços no aumento
da capacidade e na qualidade das conexões, especialmente
para as instituições federais de ensino e pesquisa locali- Nelson Simões da Silva
zadas no interior do país, por meio de uma infraestrutura José Luiz Ribeiro Filho
moderna e de alta capacidade. Diretores Gerais até 2010 e 2000, respectivamente.
ANOS 90

(MCT) iniciam o Programa


° A RNP tem como estratégia
principal o plano de implantação Interministerial de Implan-
de um Ponto de Presença (PoP) tação e Manutenção da Rede
em cada estado brasileiro. Nacional de Ensino e Pesquisa
(PIMM) para a implantação do
backbone RNP2.
2010

° É dado o primeiro passo para a ° Por meio de


viabilização da Internet comer- acordo firmado com
cial no Brasil, com participação ° É realizado o 1º Workshop a empresa Oi, a RNP
fundamental da RNP. RNP (WRNP), criado para de- amplia a capacidade
bater o caminho das redes no agregada de seu
Brasil e no mundo. backbone em 280%.
° Os ministérios da Educação
(MEC) e da Ciência e Tecnologia
ANOS 2000

° O backbone RNP2 é descontinuado para


dar lugar à rede óptica, a rede Ipê.

° A rede Ipê conecta cerca de 600 institui-


ções e mais de um milhão de usuários.

° É lançado o projeto RedeH-FuturaRNP,


responsável por lançar as bases para a pró-
xima geração da rede acadêmica brasileira.

° A conexão São Paulo-Miami tem sua


capacidade internacional aumentada
para 20 Gbps.

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11º WRNP >> Imagem Digital, Cultura e Colaboração >> Rede Ipê – características, serviços, crescimento futuro

REDE IPÊ – CARACTERÍSTICAS,


SERVIÇOS, CRESCIMENTO FUTURO
Rede Ipê é o nome que recebeu o serviço primordial que a nisterial que congrega recursos do Ministério da Educação
Rede Nacional de Ensino e Pesquisa proporciona à comuni- (MEC) e do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), e, mais
dade acadêmica brasileira. É um serviço de comunicação ba- recentemente, começa a agregar recursos também do Mi-
seado em protocolos e redes Internet com vistas à colabora- nistério da Cultura.
ção, pesquisa, educação e disseminação da cultura, tanto no
âmbito nacional quanto nas conexões para o resto do mundo. Tendo iniciado sua operação em 1992, com algumas poucas
conexões interestaduais entre as capitais mais próximas do
Atualmente, a rede Ipê engloba não apenas o backbone inte- litoral, a rede cresceu de forma constante, tanto em capa-
restadual, que é a malha de conexão entre os 27 Pontos de cidades quanto em alcance às regiões mais remotas. Hoje
Presença estaduais (PoPs), mas também ramificações que a rede atinge todas as capitais, e a partir de 2002 passou
atendem a instituições de pesquisa e ensino federais. A rede a também custear e administrar conexões para instituições
é custeada com recursos oriundos de um programa intermi- federais no interior dos estados.

EVOLUÇÃO DA REDE

Mapa de 1992
11º WRNP // Imagem Digital, Cultura e Colaboração

VELOCIDADE AGREGADA >> 390,4 Kbps

TECNOLOGIA DE ENLACES
LPCD

8
A rede opera em modelo colaborativo – cada Ponto de Pre- A rede está às vésperas de um segundo grande salto. Em
sença é abrigado em uma instituição de ensino ou pesquisa, função de acordo firmado com a empresa Oi, o alcance da
que assume uma parte importante da operação local e da rede Ipê com múltiplos gigabits será ampliado para 24 PoPs,
administração das conexões das instituições usuárias. Nos sendo excluídos apenas os três que se encontram ao norte
27 PoPs, a rede mantém equipamentos de roteamento atu- do Rio Amazonas, onde não existe ainda infraestrutura física
alizados, que asseguram na rede núcleo o trânsito de IPv4 e de telecomunicações de elevada capacidade.
IPv6, bem como IP multicast, sendo essas duas últimas mo-
dalidades levadas até as instituições usuárias de acordo com Durante o 11º WRNP, na sessão Infraestrutura Hoje e Ama-
as possibilidades locais do PoP e das próprias instituições. nhã, será apresentada a topologia da nova rede que se es-
pera construir ao longo de 2010, assim como os serviços que
Um grande salto quantitativo na rede Ipê foi dado em 2005, potencialmente serão oferecidos em função da grande dis-
com a instalação de infraestrutura de múltiplos gigabits en- ponibilidade de capacidade. Serão mostradas também algu-
tre dez Pontos de Presença. Desde então, entre as capitais mas estatísticas de tráfego e indicadores do crescimento do
do Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa uso da rede.
Catarina, Rio Grande do Sul, Recife, Bahia, Ceará e Distrito
Federal, as comunicações se dão com abundância de capa- Alexandre Grojsgold
cidade (banda) e sem restrições dessa natureza. Diretor de Engenharia e Operações da RNP

Integração nacional - situação atual Projeção até o final de 2010


VELOCIDADE AGREGADA >> 61,4 Gbps VELOCIDADE AGREGADA >> 233,2 Gbps

TECNOLOGIA DE ENLACES TECNOLOGIA DE ENLACES


Pontos de Presença Pontos de Presença 10 Gbps 3 Gbps 200 Mbps 20 Mbps
interligados a Gigabit interligados a Megabit

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11º WRNP >> Imagem Digital, Cultura e Colaboração >> FuturaRNP

FUTURARNP
A atual combinação de conexões nacionais (e internacio- através da rede experimental Cipó, uma rede de superpo-
nais) com acessos gigabit em área metropolitana alte- sição construída sobre as redes Ipê e GIGA. A rede Cipó
ra muito o modo de uso das redes de pesquisa. Além de permite validar a interoperação de tecnologias e domínios.
melhores capacidades disponíveis para comunicação fim
a fim, abre também a possibilidade de uso de um leque de O grande benefício do desenvolvimento deste trabalho será
aplicações antes inviáveis. Ao mesmo tempo, surgiu o novo para o lançamento do futuro serviço de circuitos para os
paradigma de circuito fim a fim, que permite dar melhor usuários da RNP. Hoje é árduo e demorado o aprovisiona-
tratamento para essas aplicações do que o IP tradicional, mento manual de circuitos fim a fim para as aplicações que
gerando grandes fluxos de informação. Uma rede híbrida precisam deste serviço, tipicamente para garantir largura
oferece os serviços de pacotes IP e de circuitos fim a fim de banda para aplicações exigentes. A automação desta
em uma infraestrutura comum. operação tornará mais ágil e leve o serviço, possibilitan-
do sua ampla extensão aos usuários que dele necessitem.
Desde 2002, a opção pela rede híbrida tem sido adotada Isto vale em dobro para circuitos internacionais usados em
por literalmente todas as redes de pesquisa que oferecem colaborações científicas, onde as redes parceiras já usam
serviços de grande capacidade (gigabits). Agora será a vez circuitos dinâmicos, como nas redes Internet2 e ESnet dos
da RNP, que desde 2008 começou a desenhar a próxima Estados Unidos.
fase, a sexta de sua evolução.
Michael Stanton
O projeto RedeH - FuturaRNP visa realizar uma prospec- Diretor de Pesquisa & Desenvolvimento da RNP
ção tecnológica para servir como base para o planejamen-
to desta próxima fase da evolução da rede da RNP.

Foram definidos grupos de estudo em quatro áreas, a fim


de gerar subsídios para o novo desenho da rede, baseado
em uma arquitetura híbrida:

° Comunidade de usuários e suas aplicações


° Acesso a infraestrutura para possibilitar grandes ca-
pacidades de rede
° Arquitetura e tecnologias de rede híbrida
° Suporte para aplicações, especialmente middleware

O Grupo 3 foi organizado em sub-projetos envolvendo pes-


quisadores de dez instituições e técnicos da RNP em temas
chave de circuitos fim a fim, tais como: aprovisionamen-
to dinâmico, gerência e operação, e interoperação entre
tecnologias e domínios distintos. Cada equipe recebeu
equipamentos para montar uma rede de circuitos em seu
laboratório, e todos estes laboratórios estão interligados
11º WRNP >> Imagem Digital, Cultura e Colaboração >> Grupos de Trabalho

GRUPOS DE TRABALHO
Desde 2002, o programa de Grupos de Trabalho (GTs) da RNP coordenador e sua equipe de assistentes – pesquisadores de
vem promovendo a formação de parcerias entre a organiza- instituições públicas ou privadas – e tem o acompanhamento
ção e grupos de pesquisa para o desenvolvimento e a introdu- de um ou mais técnicos da RNP.
ção de aplicações e serviços inovadores na rede Ipê, operada
pela RNP. Desde 2006, as atividades dos GTs são divididas em duas fases.
Na primeira delas, com duração de um ano, é desenvolvido um
Alguns dos serviços hoje disponibilizados pela RNP à sua protótipo para validar a aplicação ou serviço proposto. Se bem
comunidade de usuários como o fone@rnp, o vídeo@rnp, o sucedido, o GT é contratado por mais um ano para implantar
MonIPÊ, a Infraestrutura de Chaves Públicas para Ensino um serviço piloto. Durante o WRNP, os GTs do período cor-
e Pesquisa (ICPEDU), a Comunidade Acadêmica Federada rente devem demonstrar seus protótipos em funcionamento.
(CAFe), e sistemas como o iVA, em adoção pela Escola Su-
perior de Redes (ESR) da RNP no projeto Turmas Distribuí- Durante o desenvolvimento de seus trabalhos, as equipes dos
das resultaram de trabalhos desenvolvidos por GTs, e são GTs utilizam o backbone da rede Ipê também como um labo-
exemplos do sucesso desse programa. Atualmente em fase ratório de pesquisa. Desta forma, a RNP cumpre parte de sua
experimental, o Serviço de Educação a Distância (EDAD) vem missão junto à comunidade acadêmica.
também de esforços de pesquisa e desenvolvimento de GTs.
Desde a criação do programa, 56 Grupos de Trabalho foram
A formação de novos GTs é iniciada, a cada ano, pela divul- contratados. A tabela abaixo mostra a lista dos GTs desde o
gação de uma Chamada de Propostas à comunidade de pes- início do programa. Mais informações sobre os trabalhos e as
quisa. As propostas recebidas são analisadas por represen- pessoas envolvidas estão disponíveis em http://www.rnp.br/
tantes da RNP e da comunidade acadêmica, que selecionam pd/gt.html. Os GTs do período 2009-2010 são apresentados
os grupos a serem contratados. Cada GT é composto por um em mais detalhes nas próximas páginas.
11º WRNP // Imagem Digital, Cultura e Colaboração

2002 - 2003

2005 - 2006

2008 - 2009

Voz sobre IP (VoIP) Armazenamento em rede Educação e pesquisa em mundos


Vídeo digital (VD) TV digital virtuais
Aplicações educacionais em rede Rede mesh de acesso universitário MV 2
Diretórios faixa larga sem fio (ReMesh) Travel 2
Qualidade de serviço (QoS) Visualização remota Federação de Repositórios Educa
MED 2 Brasil (FEB)
ICPEDU 3 EDAD 2
Gerência de vídeo (GV) Monitoramento de tráfego de back-
2003- 2004

VoIP 2 bones baseado em SGSD (Backs-


VD 2
2006- 2007

Virtual Community Grid (VCG) treamDB)


Configuração de redes Overlay 2
TV digital 2
Diretórios 2 Mídias digitais e arte (MDA)
ReMesh 2
QoS 2
Infraestrutura para ensino a distância
Infraestrutura de chaves públicas
(IEAD)
2009- 2010

Monitoramento do universo torrent


para o âmbito acadêmico (ICPEDU)
MED 3 Realidade mista
Computação colaborativa – P2P
Automatização de diagnóstico e recu- Serviços para transposição de cre-
peração de falhas (ADReF) denciais de autenticação federadas
GV 2
2004- 2005

VoIP avançado FEB 2


Multicast confiável Rede mesh sem fio 802.11s com alta
2007- 2008

Grade pervasiva VCG 2 escalabilidade


Middleware Museus virtuais (MV) BackstreamDB 2
Medições (MED) Transporte em alta velocidade (Travel) Componentes de software para inte-
ICPEDU 2 IEAD 2 ração social e inteligência coletiva
P2P 2 Educação a distância (EDAD) MDA 2
ADReF 2
Redes de serviços sobrepostos (Overlay)

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11º WRNP >> Imagem Digital, Cultura e Colaboração >> Grupos de Trabalho >> GT-CWTools

COLLABORATIVE WEB TOOLS -


COMPONENTES DE SOFTWARE PARA
INTERAÇÃO SOCIAL E INTELIGÊNCIA
COLETIVA // GT-CWTOOLS
A web hoje é colaborativa. Páginas web que antes possibi- Software Livre (CCSL) do Instituto de Matemática e Estatís-
litavam apenas interações monousuário passaram a incor- tica (IME) da USP.
porar recursos voltados para colaboração. Sites de comér-
cio eletrônico, por exemplo, começaram a oferecer suporte Serão utilizados os algoritmos de inteligência coletiva, encap-
para avaliação, resenha, troca de mensagens, wiki, compar- sulados nos componentes, para realizar agrupamentos, re-
tilhamento de fotos, recomendação e outros recursos para comendação por similaridade, busca por critérios, navegação
cada produto. Os sistemas web 2.0 ficam melhores à me- por tags e filtragem, entre outras funcionalidades. Da mesma
dida em que mais usuários interagem e contribuem. Uma forma, também serão usados componentes para interação
“inteligência coletiva” é construída a partir da análise das social a fim de possibilitar a colaboração nestes cenários.
interações dos usuários.
No contexto deste GT, os componentes de software também
Nas aplicações com suporte à inteligência coletiva, é ne- estão sendo estendidos para a plataforma móvel aberta An-
cessário coletar, registrar, processar e apresentar infor- droid, de modo a permitir a investigação do suporte à co-
mações. Como estas tarefas não triviais somam-se às laboração através de múltiplos dispositivos. Espera-se que
dificuldades inerentes ao desenvolvimento de sistemas este ferramental possa ser reusado futuramente na monta-
colaborativos para web e para computação móvel, torna-se gem e reconfiguração de redes sociais e sistemas colabora-
necessário instrumentar melhor o desenvolvimento de apli- tivos para os mais variados domínios de aplicação.
cações voltadas para web 2.0. O uso de componentes de sof-
tware contribui para amenizar estas dificuldades, possibili-
tando aos desenvolvedores e pesquisadores experimentar e Para mais informações, visite:
prototipar rapidamente soluções computacionais. https://sites.google.com/site/groupwareworkbench/gt

O projeto Groupware Workbench (http://www.groupwa- Coordenação do GT:


reworkbench.org.br) oferece uma infraestrutura de execução Marco Aurélio Gerosa (IME/USP)
e kits de componentes para a construção de sistemas colabo-
rativos. Esta infraestrutura provê suporte à instalação, atua-
lização, agrupamento, customização, disponibilização,
reúso e ciclo de vida dos componentes.

O GT-CWTools atua no desenvolvimento de novos


componentes para esta infraestrutura, de modo a
oferecer suporte à construção de redes sociais e ao
processamento de dados visando à inteligência co-
letiva. Para fins de definição e avaliação dos compo-
nentes desenvolvidos, eles serão utilizados em três
projetos reais com instituições parceiras do GT. Os
componentes serão utilizados para: construção de
uma rede social para o estudo colaborativo da arqui-
tetura brasileira por meio de imagens; implantação
do suporte à inteligência coletiva e interação social no
sistema de notícias do curso de jornalismo da Escola
de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo
(ECA/USP); e implementação de um balcão de dúvidas
sobre softwares livres no Centro de Competência em

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11º WRNP >> Imagem Digital, Cultura e Colaboração >> Grupos de Trabalho >> GT-DHTMesh

UMA REDE MESH SEM FIO 802.11S COM


ALTA ESCALABILIDADE // GT-DHTMESH
O IEEE (Institute of Electrical and Electronics Engineers) broadcast na rede. Para isso, introduz certo nível de hie-
está definindo um padrão chamado 802.11s, que permite a rarquia para o encaminhamento dos quadros, através da
criação de redes sem fio em malha, onde os nós se comu- divisão da rede em clusters, e da utilização de Distributed
nicam por meio de múltiplos saltos. Diferentemente das Hash Tables (DHT). As DHTs são usadas para permitir a
redes AdHoc convencionais, que trabalham na camada de publicação e consulta de informações relativas à topologia
rede, as redes 802.11s atuam na camada de enlace. da rede utilizando mensagens unicast.

Os protocolos para descoberta das rotas, que geralmente O DCRP utiliza como base um protocolo pró-ativo chamado
são chamados de protocolos de roteamento, nessas redes RA-OLSR, mas executa instâncias independentes deste pro-
são referenciados como protocolos de Seleção de Caminho tocolo, uma dentro de cada cluster, e outra considerando
e, naturalmente, manipulam endereços MAC em vez de cada cluster como apenas um nó. Também existe uma DHT
endereços IP. O 802.11s especifica um protocolo de Sele- dentro de cada cluster e outra para a rede inter-clusters.
ção de Caminho, chamado Hybrid Wireless Mesh Protocol
(HWMP), que deve ser implementado por todos os equipa-
mentos compatíveis com o padrão, mas suporta a utiliza- Para mais informações, visite:
ção de outros protocolos. GT-DHTMesh: http://www.dimap.ufrn.br/~dhtmesh/

O HWMP é um protocolo que possui um modo reativo e ou- Coordenação do GT:


tro pró-ativo, e foi projetado visando atender principalmen- Marcos César Madruga Alves Pinheiro (UFRN)
te o cenário em que o tráfego da rede mesh é destinado
em sua maior parte para a Internet. Isso gera problemas
de alto retardo para descoberta de rotas internas, além
de sobrecarga nos nós que possuem a função de nó raiz.
Ao somar a isso o fato de que o HWMP
11º WRNP // Imagem Digital, Cultura e Colaboração

é baseado no envio de mensagens em


broadcast, constata-se que ele não
possui boa escalabilidade, permitindo
redes de até 32 nós, conforme explici-
tado na sua especificação.

Para resolver esses problemas e per-


mitir a criação de redes 802.11s com
alta escalabilidade, os membros do GT-
DHTMesh desenvolveram um protocolo
de seleção de caminho chamado DHT-
Based Cluster Routing Protocol (DCRP).
O objetivo deste GT é implementar o
DCRP em equipamentos 802.11s reais
e criar uma rede mesh com eles. Essa
rede será utilizada para analisar os
dois protocolos e comparar seus de-
sempenhos. A implementação será de-
senvolvida para o kernel do Linux. Será
utilizada a distribuição OpenWRT deste
sistema operacional, que é destinada a A Figura acima ilustra a topologia que será utilizada na rede
roteadores sem fio. de testes a ser criada pelo GT. Na demonstração do WRNP
será apresentado apenas o funcionamento de um cluster.
Para alcançar uma alta escalabilidade,
o DCRP procura reduzir consideravel-
mente o número de mensagens em TOPOLOGIA DA REDE DE TESTES

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11º WRNP >> Imagem Digital, Cultura e Colaboração >> Grupos de Trabalho >> GT-RM

GRUPO DE TRABALHO DE
REALIDADE MISTA // GT-RM
Este grupo propõe a criação de um conjunto de ferramentas uma sala de aula com duas projeções. A projeção atrás do
de software que juntas irão compor um sistema para criação professor são seus slides. Na parede é projetado o vídeo do
de apresentações de realidade mista. O sistema proposto é ambiente 3D. Esse ambiente representa uma versão 3D de
subdividido em dois módulos principais: o de realidade au- uma sala de aula. Ele é usado pelos alunos para assistir à
mentada e o de virtualidade aumentada. aula remotamente. A imagem dessa sala 3D é projetada na
parede para dar a impressão de continuidade do espaço físico
O módulo de realidade aumentada é composto por ferra- da sala. Essa continuidade, porém, é feita de forma virtual.
mentas de processamento de imagens. Estas ferramentas
utilizam câmeras (incluindo webcams) para captura de pa- No ambiente da sala virtual 3D os alunos assistem ao que
péis com marcações especiais. Através de algoritmos de pro- é transmitido pelo professor. O vídeo em tempo real é cap-
cessamento, estas marcações são convertidas em imagens turado pela câmera posicionada no fundo da sala (atrás dos
virtuais 3D. Estas são aplicadas sobre a imagem do ambiente alunos). Esse processo de expor o vídeo no ambiente virtual
real (capturada pela mesma câmera). Na tela de um monitor caracteriza virtualidade aumentada, uma vez que o usuário,
(ou por meio de um projetor ligado à saída de vídeo de um acessando o sistema pela Internet, vê o sistema virtual (am-
computador) é apresentada a união do real com o virtual. biente da sala de aula) acrescido do vídeo que está sendo
exibido dentro do ambiente.
O módulo de virtualidade aumentada é composto por um am-
biente virtual e por ferramentas para integração do ambien- O professor ainda usa a câmera no teto da sala para usar o
te virtual com o real. O ambiente virtual é baseado na pla- sistema de realidade aumentada. Essa câmera captura pa-
taforma desenvolvida pelo GT Museus Virtuais (GT-MV). Esta péis com marcações. Ao capturar uma marcação, ela a con-
plataforma permite a exibição de vídeos dentro do ambiente verte em um objeto 3D que é exibido na saída de vídeo dessa
virtual. Como extensão proposta neste projeto, está sendo câmera. O objeto 3D gerado também será exibido para os
desenvolvida uma ferramenta para execução destes vídeos alunos virtuais. O professor ainda pode mover a marcação
em tempo real. para exibir os objetos 3D em outros ângulos e assim expô-lo
com mais detalhes.
As ferramentas de integração do virtual com o real são base-
adas na utilização de sensores (tais como câmera), que cap-
turam ações geradas no ambiente real e exibem a mesma no Para mais informações, visite:
ambiente virtual. http://www.natalnet.br/gtrm

A Figura 1 mostra uma aplicação de tele-aula usando os Coordenação do GT:


recursos de realidade mista. Como mostra a figura, temos Luis Marcos Garcia Gonçalves (UFRN)

FIGURA 1 – MODELO DE SALA DE AULA COM O SISTEMA DO GT-RM

15
11º WRNP >> Imagem Digital, Cultura e Colaboração >> Grupos de Trabalho >> GT-STCFed

SERVIÇOS PARA TRANSPOSIÇÃO DE


CREDENCIAIS DE AUTENTICAÇÃO
FEDERADAS // GT-STCFED
A Comunidade Acadêmica Federada (Federação CAFe) tem de credenciais de segurança, de acordo com a especificação
por objetivo prover um mecanismo de autenticação única WS-Trust. O CTS, por sua vez, trata de aspectos de tradução
(Single Sign-On – SSO) para os membros das instituições de de credenciais entre diferentes tecnologias de segurança.
ensino e pesquisa brasileiras. Para isso, a Federação CAFe
usa uma Infraestrutura de Autenticação e Autorização (AAI) O cenário ilustrado na figura abaixo mostra um portal de ser-
baseada no middleware Shibboleth. viços pertencente a uma federação baseada em Shibboleth
(como a CAFe) com provedores de serviços fora do domínio
As instituições de ensino e pesquisa podem ingressar na Shibboleth e os serviços STS e CTS. O portal é introduzido
CAFe como provedores de identidade, para autenticar seus para agrupar os serviços afiliados à federação, disponibili-
usuários, e como provedores de serviços, que poderão ser zando os mesmos aos membros do domínio Shibboleth.
acessados por todos os membros da federação. Estes ser-
viços devem prover uma aplicação web que implemente os Os usuários, por sua vez, usando as mesmas contas e se-
protocolos usados pelo Shibboleth. Para serviços cujo pú- nhas de suas instituições, podem acessar estes provedores
blico-alvo não se restringe exclusivamente à comunidade de serviços afiliados (passos de 1 a 3 da figura). Neste cená-
acadêmica, esta implementação pode ser um impeditivo. rio, o provedor afiliado pode exigir, por exemplo, através de
sua especificação de política de qualidade de proteção (WS-
A principal motivação do GT-STCFed é permitir que mem- Policy), um certificado digital X.509 (passo 4) como creden-
bros de uma federação Shibboleth possam interagir com cial de autenticação. A infraestrutura do GT-STCFed (STS
aplicações “não-Shibboleth”. O GT tem como objetivo e CTS) converte a asserção SAML de autenticação (emitida
o desenvolvimento de uma infraestrutura que garan- pela autoridade de autenticação do Shibboleth) para um cer-
ta a uma federação Shibboleth (por exemplo, a Federa- tificado digital X.509, esperado pelo provedor afiliado (pas-
11º WRNP // Imagem Digital, Cultura e Colaboração

ção CAFe) (i) que seus membros acessem provedores sos de 5 a 6), e o encaminha junto com o pedido de acesso ao
de serviços que estão fora do domínio Shibboleth e (ii) provedor externo (passo 7).
a transposição de credenciais entre diferentes tecnologias
de autenticação. Para mais informações, visite:
http://www.gtstcfed.das.ufsc.br/
No GT-STCFed estão sendo desenvolvidos dois serviços: o
Security Token Service (STS) e o Credential Translation Ser- Coordenação do GT:
vice (CTS). O STS tem como funções a emissão e validação Joni da Silva Fraga (UFSC)

16
17
11º WRNP >> Imagem Digital, Cultura e Colaboração >> Grupos de Trabalho >> GT-UniT

MONITORAMENTO DO UNIVERSO
TORRENT // GT-UNIT
BitTorrent é uma aplicação P2P de grande popularidade, conjunto de “lentes”, as quais podem ser direcionadas para
tendo se tornado um padrão no compartilhamento de arqui- a observação de comunidades, rastreadores e pares.
vos na Internet. Apesar de sua ampla adoção, pouco se sabe
sobre o funcionamento real do universo de redes BitTorrent. As lentes do telescópio podem ser configuradas de modo a
Informações podem ser úteis para, por exemplo, a detecção cobrirem um escopo maior do universo, com relação aos ti-
e o dimensionamento de certas atividades ilícitas na Internet, pos de conteúdos compartilhados, à quantidade de torrents
para projetos de novos aplicativos P2P e ainda para informa- publicados e à localização geográfica dos pares e dos rastre-
ções para campanhas de marketing. adores. Também é possível adotar um escopo de monitora-
mento mais restrito, apontando as lentes para um conteúdo
O objetivo desse GT é a criação de uma arquitetura escalá- específico, o que permite entender melhor a dinamicidade
vel de monitoramento de redes BitTorrent. Tal arquitetura, desse tipo de rede e dos elementos nela presentes.
denominada TorrentU, é formada por dois elementos prin-
cipais: Observer e Telescope. Através da arquitetura proposta, objetiva-se analisar um
conjunto consistente e flexível de
estratégias de monitoramento. Tais
estratégias podem ser combinadas
de modo a prover diferentes graus
de abrangência, riqueza de detalhes
e precisão de informações.

A abrangência refere-se ao número


de elementos a ser observado, com
foco na distribuição geográfica dos
pares, no intervalo de tempo de pu-
11º WRNP // Imagem Digital, Cultura e Colaboração

blicação ou nos tipos de conteúdos


disponíveis. A riqueza de detalhes
compreende um conjunto de atribu-
tos a serem observados, tais como
o número de pares envolvidos no
compartilhamento de um conteúdo,
a quantidade e a velocidade de down-
loads, os pares que suportam deter-
minada funcionalidade, entre outros
aspectos. Por fim, a precisão está
relacionada à frequência com que os
conteúdos são observados e ao tama-
nho da amostragem.

Outro aspecto importante na arquitetura proposta é sua


O Observer é o módulo responsável pela coordenação orientação para a eficiência. As estratégias de monitora-
distribuída de um conjunto de telescópios usados para mento podem ser combinadas de modo a maximizarem a
o monitoramento de pontos de interesse específicos do qualidade dos dados obtidos consumindo o mínimo neces-
universo. Ele permite ao usuário a configuração de um sário de recursos.
conjunto de estratégias de monitoramento, bem como a
visualização dos dados descobertos em diferentes forma-
tos de apresentação. Para mais informações, visite:
http://labcom.inf.ufrgs.br/~gtunit/
O Telescope é o módulo responsável pelo monitoramento
de partes específicas do universo, de acordo com as estra- Coordenação do GT:
tégias apontadas pelo Observer. Um telescópio possui um Antonio Marinho Pilla Barcellos (UFRGS)

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11º WRNP >> Imagem Digital, Cultura e Colaboração >> Grupos de Trabalho >> GT-BackStreamDB 2

MONITORAMENTO DE TRÁFEGO DE
BACKBONES BASEADO EM SGSD //
GT-BACKSTREAMDB 2
O GT-BackstreamDB 2 busca projetar e implementar uma Durante o WRNP será demonstrado o funcionamento da
solução distribuída para a monitoração passiva de tráfego, solução, identificando como o usuário irá interagir com o
que permite a definição de métricas arbitrárias e geração de sistema. A estratégia proposta utiliza nodos do SGSD loca-
medições em tempo real, considerando fluxos do backbone lizados próximos às fontes de dados e que já se encontram
como um todo. Os objetivos específicos do grupo são: implantados nos Pontos de Presença (PoPs) da RNP do Pa-
raná (PoP-PR) e de Santa Catarina (PoP-SC). O administra-
° Desenvolvimento da ferramenta de monitoramento dor da rede poderá definir as métricas de interesse através
baseada em um Sistema Gerenciador de Streams de de uma interface web ou utilizar uma consulta previamente
Dados (SGSD); criada na Biblioteca de Consultas. As medições passarão
então a ser disponibilizadas via Web Services por meio do
° Integração da ferramenta com o Serviço de Monitora- arcabouço PerfSONAR.
mento da rede Ipê (MonIPÊ).
Para mais informações, visite:
http://www.natalnet.br/gtrm
° Implementação de uma interface web de consulta com
suporte à autenticação de usuários com diferentes ní-
veis de privilégios. Coordenação do GT:
Luis Marcos Garcia Gonçalves (UFRN)
Esta ferramenta trará benefícios aos
administradores de redes, permitin-
do que as métricas de interesse se-
jam expressas em uma linguagem
de alto nível, em substituição aos
scripts executados sobre dados ar-
mazenados. A abordagem facilita a
manutenção e permitem a obtenção
dos resultados em tempo real, além
de favorecer seu reuso. A integração
com o MonIPÊ e o arcabouço PER-
Formance Service Oriented Network
monitoring ARchitecture (PerfSO-
NAR) permite que serviços já previs-
tos nestes projetos possam ser agre-
gados à ferramenta, como o serviço
de autenticação.

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11º WRNP >> Imagem Digital, Cultura e Colaboração >> Grupos de Trabalho >> GT-FEB 2

FEDERAÇÃO DE REPOSITÓRIOS
EDUCA BRASIL // GT-FEB 2
A tecnologia tem permeado o contexto educacional. Sendo de Federal do Rio Grande do Sul (CESTA, LUME, ENGEO e
assim, cada vez mais surgem objetos digitais de aprendiza- OBAA); e mais recentemente o Projeto ARCA (da RedIRIS,
gem. Estes objetos com conteúdos educacionais precisam a rede acadêmica da Espanha).
ser armazenados, catalogados e disponibilizados na web,
permitindo seu compartilhamento, recuperação e reutiliza- No WRNP serão demonstrados: o modelo estrutural da
ção. Para solucionar esta demanda, surgem diversos reposi- confederação, uma breve explicação dos processos de pre-
tórios de objetos de aprendizagem disponíveis na web. Estes paração dos dados e a utilização das ferramentas de busca
repositórios, independentes uns dos outros, exigem necessa- e de administração.
riamente o esforço do usuário para loca-
lizar e selecionar materiais de interesse
em cada um deles individualmente.

A Federação de Repositórios Educa Bra-


sil (FEB) tem o propósito de organizar
diversos repositórios em um sistema
hierárquico chamado federação, cen-
tralizando as informações a respeito dos
objetos armazenados nos participantes
da federação em um único portal web.
Dessa forma, um usuário que esteja à
procura de objetos digitais de aprendiza-
gem para determinado fim pode utilizar
o portal de busca único disponibilizado
pela federação.

O portal classifica os resultados das FERRAMENTA ADMINISTRATIVA


buscas de acordo com o nível de simi-
laridade, valendo-se de métodos inteli-
gentes de recuperação de informações,
com um sistema de ponderação de ter-
mos e associação de palavras similares.
Além disso, ele provê uma interface web
para administração e cadastramento
dos repositórios.

O portal, no módulo administrativo, pro-


porciona ainda a criação de uma federa-
ção de federações, estabelecendo uma
confederação de repositórios de objetos
de aprendizagem. Assim, é possível seg-
mentar a administração dos repositórios
em regiões, permitindo autonomia entre
elas sem perder a facilidade de busca
centralizada dos objetos. FERRAMENTA BUSCA

A FEB está sendo testada com repo- Para mais informações, visite:
sitórios de objetos de aprendizagem de instituições e ini- http://feb.ufrgs.br
ciativas como: Biblioteca Nacional (do Ministério da Cul-
tura); Banco Internacional de Objetos Educacionais (BIOE Coordenação do GT:
- do Ministério da Educação); repositórios da Universida- Rosa Maria Viccari (UFRGS)

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11º WRNP >> Imagem Digital, Cultura e Colaboração >> Grupos de Trabalho >> GT - MDA 2

GRUPO DE TRABALHO DE MÍDIAS


DIGITAIS E ARTE // GT-MDA 2
O GT MDA surgiu da necessidade de criação de um processo O Reflector é o componente cujas funções são a replicação,
sistêmico para o provimento da infraestrutura tecnológica redistribuição e transcodificação de um determinado fluxo de
que fornecesse um arcabouço ferramental imprescindível mídia sobre a rede. Ele faz isso de duas maneiras. Uma é o
para apoio à realização de atividades artístico-tecnológicas, envio direto, ou seja, replicação e redistribuição sem qual-
tais como os espetáculos de dança telemática Versus, (In) quer alteração no fluxo original para um ou vários Decoders
TOQue e e-Pormundos Afeto. A partir desse contexto foi de- especificados pelo Articulator. A outra maneira é realizar a
senvolvida uma ferramenta que tem como principal objetivo transcodificação de um fluxo em uma taxa mais baixa para
oferecer ao usuário uma interface simples para manipula- monitoramento pelo Articulator e envio para Internet.
ção de diferentes fontes e fluxos de mídia simultâneos.
O Articulator é o principal e mais complexo componente
A ferramenta proposta é denominada Arthron e é formada da Arthron, ele é responsável pelo gerenciamento remoto
basicamente por quatro componentes, o Decoder, o Enco- dos demais componentes, concentrando grande parte das
der, o Reflector e o Articulator. Cada um destes componen- funcionalidades:
tes tem seu papel específico na preparação de um evento e ° Programação de fluxos;
podem estar local ou geograficamente distribuídos na rede. ° Programação de animação;
° Monitoramento e medição;
O Decoder tem como funcionalidade principal a exibição de ° Modificação das configurações dos outros componen-
um único fluxo de mídia, decodificando e exibindo na saída tes do sistema;
de algum dispositivo um fluxo específico. A captura do fluxo ° Bloqueio e liberação dos componentes;
é feita através do protocolo User Datagram Protocol (UDP) ° Geração de link para publicação na Internet;
em uma porta que é previamente e automaticamente com- ° Automatização da troca de fluxos;
binada com o Articulator. ° Efeitos de vídeo;
° Publicação na web;
O Encoder é responsável por fazer a captura, a codificação ° Mapa de localização.
da fonte de mídia (que pode ser tanto de uma fonte externa
como de um arquivo local) e por seu envio para um Reflec- Além do aspecto artístico e tecnológico, a Arthron pode ser
tor, que irá fazer a distribuição para os destinos configura- utilizada em outros cenários de manipulação de mídias digi-
dos no Articulator. tais em tempo real e pré-gravadas, como nas atividades de
telemedicina e na TV digital, entre outras.

Neste WRNP, o GT-MDA demonstra um ce-


nário de execução da Arthron que pode ser
visualizado na Figura 1. Serão apresentadas
as potencialidades da ferramenta, bem como
suas já mencionadas funcionalidades através
do componente Articulator.

Para mais informações, visite:


http://www.lavid.ufpb.br/gtmda/

Coordenação do GT:
Tatiana Aires Tavares (UFPB)

FIGURA 1: CENÁRIO DA DEMONSTRAÇÃO DA ARTHRON NO WNRP 2010

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11º WRNP >> Imagem Digital, Cultura e Colaboração >> Grupos de Trabalho >> EDAD e iVA - Iniciativas para apoio à educação a distância

EDAD E IVA - INICIATIVAS PARA


APOIO À EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Desde 2009, a RNP investe em pesquisa e desenvolvi- O projeto tem como objetivo permitir a realização de aulas
mento em duas plataformas para apoio à educação a síncronas através das várias unidades da ESR, de forma que
distância: o Sistema iVA (Sistema Interativo de Vídeo e um instrutor possa apresentar o conteúdo para diversos
Áudio), derivado do GT-IEAD, e o Serviço Experimental locais simultaneamente, expandindo a disseminação do co-
em Educação a Distância, derivado do GT-EDAD. nhecimento para todas as regiões e reduzindo custos com
viagens. Além disso, mantém-se a fidelidade à metodologia
Embora tenham o mesmo tema, os grupos de trabalho da ESR e a interatividade entre professor e aluno.
IEAD e EDAD abordaram aspectos diferentes da educa-
ção a distância. O IEAD focou nos benefícios das aulas A arquitetura da solução é composta por uma tele-sala ge-
síncronas (ao vivo, com interação professor-aluno), en- radora de conteúdo, onde fica o professor, e diversos polos
quanto o EDAD concentrou esforços nas vantagens das remotos que se intercomunicam por áudio e vídeo, o que
aulas assíncronas, nas quais professor e aluno não pre- permite ao professor ministrar suas aulas sincronamente
cisam estar disponíveis ao mesmo tempo. tanto para o local onde ele se encontra quanto para os polos
remotos. Para dar aos alunos remotos a sensação de uma
aula presencial, são usadas TVs de 46”, por onde recebem
iVA - Sistema Interativo de Vídeo e Áudio a transmissão permanente da imagem do professor e, ao
mesmo tempo, acompanham os slides através do projetor.
O GT-IEAD, sob coordenação do professor Valter Roes-
ler, da UFRGS, desenvolveu de 2006 a 2008, o iVA. Atu- O iVA também está sendo utilizado pelo Inmetro em seu
almente, o iVA está sendo avaliado pela Escola Superior projeto de criação de “Telecentros” para capacitação distri-
de Redes (ESR), unidade de serviço de capacitação da buída nas unidades da Rede Brasileira de Metrologia Legal
RNP, como ferramenta de EAD no projeto chamado Tur- e Qualidade (RBMLQ-I). Atualmente, 34 dos 55 telecentros
11º WRNP // Imagem Digital, Cultura e Colaboração

mas Distribuídas. planejados estão prontos.

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EDAD – Serviço Experimental
em Educação a Distância
O GT-EDAD, sob coordenação do professor Edmundo
A. de Souza e Silva, da COPPE/UFRJ, desenvolveu en-
tre 2007 e 2009 uma solução escalável, robusta para o
armazenamento e disseminação de video-aulas interati-
vas. O EDAD encontra-se em fase de serviço experimen-
tal na RNP.

A ideia é disponibilizar e operar uma infraestrutura na-


cional para disseminação em larga escala de material
didático multimídia, no formato de vídeo-aulas pre-
viamente produzidas. Por meio de uma plataforma de
acesso universal, os alunos podem assistir estas aulas
pré-armazenadas a qualquer hora, sem a necessidade
da presença do professor.

A arquitetura da solução é composta por clusters de


servidores que realizam as funções de gerenciamento
ou armazenamento das aulas e estão localizados nos
Pontos de Presença da RNP. O sistema proporciona
ao aluno a navegação pela vídeo-aula, por intermédio
de um índice de tópicos (roteiro), a interação com as
transparências (slides), guiada pelo vídeo do professor,
e também a realização de exercícios, por meio de aplica-
tivos iniciados durante a vídeo-aula.

23
11º WRNP >> Imagem Digital, Cultura e Colaboração >> Serviços RNP

SERVIÇOS RNP
A RNP provê serviços para sua comunidade que sustentam ° fone@RNP - serviço de VoIP que possibilita
toda a comunicação e a colaboração avançada à distância, economia nas ligações, ampliação do número de ra-
além da disseminação do conhecimento e do fortalecimento mais e mobilidade;
da infraestrutura de redes. O portfolio de serviços é resul-
3
tado de um processo de inovação, de análise de tendências ° Internet Data Center (IDC) - serviço de hospedagem
e necessidades, e representa um conjunto de serviços de estratégica de equipamentos e servidores (colocation)
qualidade gerido e operado pela RNP juntamente com seus em ambiente com infraestrutura física e lógica dife-
parceiros. O público-alvo destes serviços são as organizações renciada, além de garantias de alta disponibilidade,
usuárias da RNP, assim como as comunidades de usuários segurança e operação ininterrupta;
especiais, estratégicos ou com grandes demandas, além de
outros grupos definidos por políticas públicas setoriais. ° Ponto Federal de Interconexão de Redes (FIX/PTTMe-
tro de Brasília) – ponto de troca de tráfego, coordenado
A gestão estratégica do portfolio e do ciclo de vida de serviços e operado pela RNP, que promove a interconexão direta
na RNP encontra-se em desenvolvimento e estruturação, e entre as redes que compõem a Internet brasileira,
irá possibilitar o estabelecimento de métricas e indicadores, aumentando a velocidade e a qualidade das operações e
viabilizando a definição de metas e subsidiando a análise e beneficiando diretamente as organizações usuárias;
evolução constante dos serviços oferecidos. O portfolio de
serviços da RNP é constituído pelo Catálogo de Serviços,1 ou ° Transmissão de vídeo ao vivo - transmissão de eventos
seja, os serviços efetivamente disponibilizados, além dos ser- ao vivo (streaming);
viços em fase de planejamento e desenvolvimento (pipeline).
Atualmente, o Catálogo de Serviços possui a seguinte relação: ° Transmissão de sinal de TV - difusão de vídeo referen-
te a canais de TV com conteúdo de interesse às organi-
2 zações usuárias;
° Conferência Web - ambiente virtual para a realização
de reuniões, apresentações, aulas, entre outros, pos-
sibilitando a interação entre todos os participantes em ° Videoconferência - salas virtuais sob demanda que
tempo real, com recursos de trabalho colaborativo; possibilitam a realização de sessões de videoconferên-
cia multiponto;

24
4
° Vídeo sob demanda - ambiente para submissão de
vídeos, formando um repositório com conteúdo relacio-
nado às atividades fins das organizações usuárias.

A RNP também disponibiliza o suporte no atendimento ao


serviço de Conferência Web por meio de um Service Desk
para resolução de dúvidas e encaminhamento de assuntos
referentes ao serviço, segundo o modelo colaborativo de atu-
ação da RNP. O objetivo da RNP é ampliar o escopo de atua-
ção do Service Desk para outros serviços, o que representará
um avanço nos padrões de qualidade no atendimento.

Encontram-se em planejamento e desenvolvimento os servi-


ços: Comunidade Acadêmica Federada (CAFe) e a Infraestru-
tura de Chaves Públicas para Ensino e Pesquisa (ICPEDU),
que serão operados pela RNP.

Antônio Carlos Nunes


Diretor-adjunto de Gestão de Serviços da RNP

1
http://www.rnp.br/servicos/.
2
O serviço de Conferência Web está atualmente restrito para o uso de
comunidades específicas.
3
O Internet Data Center (IDC) possui Política de Uso estratégica.
4
Os serviços de transmissão de vídeo ao vivo, transmissão de sinal de
TV e vídeo sob demanda utilizam a rede de vídeo digital (RVD) da RNP,
rede inteligente de servidores distribuídos que otimizam a replicação
e transmissão de vídeo.
11º WRNP >> Imagem Digital, Cultura e Colaboração >> Serviços
11º WRNP // Imagem Digital, Cultura e Colaboração

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11º WRNP >> Imagem Digital, Cultura e Colaboração >>Projetos e parcerias

PROJETOS E PARCERIAS
Visando continuamente aprimorar os serviços e solu- Superior (IFES) e de Institutos Federais de Educação,
ções oferecidos às comunidades de usuários da rede Ciência e Tecnologia (IFETS).
Ipê, a RNP atua no gerenciamento de projetos volta-
dos tanto para infraestrutura de redes ópticas quanto
para serviços e aplicações. Serviços e aplicações para
saúde, educação e cultura
Na área de infraestrutura de redes, a RNP conduz a
iniciativa Infraestrutura Óptica Nacional (ION), que tem Atenta aos interesses e necessidades de colaboração e
como objetivo substituir gradativamente o backbone comunicação das comunidades de usuários, a RNP de-
nacional por conexões próprias. Neste sentido, estão senvolve uma série de projetos específicos nas áreas
em fase de formalização parcerias com a empresa Oi e de saúde, cultura e educação. A Rede Universitária de
com a Companhia Estadual de Distribuição de Energia Telemedicina (Rute), por exemplo, que já tem 37 núcle-
Elétrica do Rio Grande do Sul (CEEE-D), que permitirão os em operação e está em sua terceira fase, permite a
a redução de custos operacionais com circuitos de lon- avaliação remota de casos clínicos e a elaboração de
ga distância e com a interiorização da rede Ipê. pré-diagnósticos a distância, além de contribuir com a
pesquisa e educação continuada em saúde.
Em um escopo mais amplo, porém na mesma dire-
ção, há a Infraestrutura Óptica Latino-Americana de Na área cultural, a RNP gerencia um piloto com o Mi-
Ciência e Tecnologia (IOLACT). O foco da iniciativa é nistério da Cultura. O objetivo do projeto é democratizar
construir uma rede óptica própria no âmbito do Mer- o acesso a acervos e conteúdos culturais e incentivar a
cosul. A parceria formalizada entre a Global Crossing, produção em colaboração e a disseminação da cultura
a RNP e a Cooperação Latino-Americana de Redes pela Internet, via rede Ipê. Nesta linha, destacam-se
Avançadas (Clara) garantirá a conexão entre Porto também a Rede de Intercâmbio de TV Pública (RITVP)
Alegre e Buenos Aires. e a RedeIFES@Ipê, que possibilitará a adequação da
infraestrutura de conectividade das TVs universitárias
Ainda na categoria de infraestrutura de redes ópticas, federais através da rede operada pela RNP.
a iniciativa Redes Comunitárias de Educação e Pes-
quisa (Redecomep), lançada em 2005, já inaugurou Por último, na área de educação, há iniciativas que
16 redes metropolitanas próprias. Até o fim de 2010, buscam aperfeiçoar o acesso à informação e desen-
serão 27 redes em operação no Brasil, sem contar volver plataformas para ensino a distância, como a
com as 14 previstas para o interior do país. Além dis- Atualização do Portal de Periódicos da Capes e as So-
so, como desdobramento da Redecomep, a RNP deu luções Digitais para Educação.
início ao TI Campi, que tem como meta levar a última José Luiz Ribeiro Filho
milha até os campi de Instituições Federais de Ensino Diretor de Serviços e Soluções da RNP

SOLUÇÕES DIGITAIS
PARA EDUCAÇÃO
Fruto do programa de cooperação técnica entre a RNP e a Secretaria Especial de
Ensino a Distância, do Ministério da Educação (SEED/MEC), o objetivo do projeto é
desenvolver soluções de TIC para ensino a distância e soluções de conectividade
de rede para melhoria dos cenários de comunicação e computação nas escolas
públicas do país. A iniciativa, que teve início em 2007 e está em sua quarta fase,
prevê apoio ao Programa Nacional de Tecnologia Educacional (Proinfo) e a exten-
são do suporte à transmissão do sinal da TV Escola pela Internet.

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11º WRNP >> Imagem Digital, Cultura e Colaboração >> As redes acadêmicas e o desafio de atender as demandas de colaboração científica em resolução 4k

AS REDES ACADÊMICAS E O DESAFIO DE


ATENDER AS DEMANDAS DE COLABORAÇÃO
CIENTÍFICA EM RESOLUÇÃO 4K
A resolução 4K corresponde a 4.096 pixels horizon- possível usar o formato M-JPEG2000. Além da ne-
tais e 2.160 pixels verticais, ou seja, aproximada- cessidade de infraestrutura de rede para viabilizar
mente quatro vezes o total de pixels usados hoje na essas aplicações, nos deparamos com outros limi-
resolução formato 1080i HDTV e 24 vezes mais que tes relacionados aos protocolos de transporte TCP e
o padrão dos sinais de TV a cabo. UDP, que não foram desenhados para trabalhar com
esse tipo de aplicações em redes de alta velocidade,
Essa nova resolução potencializa a colaboração em fazendo com que seja necessário utilizar algumas
diversas áreas do conhecimento, como a de visuali- versões modificadas desses protocolos. Também
zação científica avançada, que permite aos cientis- nos sistemas finais, que armazenam e transmitem
tas obter um melhor entendimento dos fenômenos os vídeos, vários requisitos técnicos devem ser ob-
que são simulados por grandes e complexos mode- servados para que seja possível sua utilização, tais
los computacionais. como a capacidade da placa de rede, o desempenho
do acesso aos dispositivos de armazenamento, me-
Na área de cinema digital, espera-se que esse for- mória e outros.
mato seja usado amplamente em um futuro próxi-
mo. Além da extraordinária qualidade da imagem, Em julho de 2009, junto com a inauguração do link
existe a possibilidade de distribuição do conteúdo internacional de 10 Gbps da RNP, durante o Festival
diretamente para as salas de cinema através da Internacional de Linguagem Eoeltrônica (FILE) de
rede e a edição colaborativa remota em tempo real, 2009, a organização apoiou a transmissão simultâ-
diminuindo os custos da pós-produção dos filmes. nea de um filme 4k de São Paulo para a Universi-
Destacamos também o uso de 4K na telemedicina, dade Keio, no Japão, e a Universidade da Califórnia
11º WRNP // Imagem Digital, Cultura e Colaboração

em aplicações de diagnóstico e cirurgia remotos, em em San Diego (UCSD), nos Estados Unidos. A RNP
que a resolução das imagens é um fator fundamen- coordenou o suporte de rede para esta atividade por
tal. Adicionalmente, o 4K 3D (estéreo) permite uma meio da criação de lightpaths (circuitos ópticos) de-
experiência de realidade virtual por meio da imersão dicados para as transmissões através de diversas
em ambientes virtuais, aproximando a fronteira en- redes de pesquisa: Kyatera e Ansp, no Brasil; Flo-
tre o real e o virtual. rida Light Rail e Cisco Wave (C-Wave), nos Estados
Unidos; e JGN2plus e Wide, no Japão. Participaram
A RNP é membro do Cinegrid e da Global Lambda também os seguintes Glif Open Lightpath Exchanges
Integrated Facility (Glif), que são organizações de (Goles): SouthernLight (São Paulo), Ampath (Miami),
pesquisadores e instituições que colaboram com o Starlight (Chicago) e T-Lex (Tóquio). Mais de 60 pes-
desenvolvimento e o uso desta nova tecnologia.Do quisadores estiveram envolvidos nessa transmissão
ponto de vista das redes acadêmicas, o desafio con- da mídia comprimida com resolução de 4K (4096 x
siste em transportar milhões de bits de forma a al- 2160) a 400 Mbps e de uma videoconferência não
cançar os requisitos dessas aplicações. Para se ter comprimida em HD (900 Mbps) entre São Paulo a
uma ideia, a transmissão em tempo real (streaming) UCSD e a Universidade Keio.
de um vídeo 4K sem compressão necessita de uma
taxa de transmissão da ordem de 8 Gbps. Adicionan-
do compressão, podemos reduzir a taxa de trans- Iara Machado
missão para 1,5 Gbps ou para 500 Mbps, quando é Diretora-adjunta de Internet Avançada da RNP

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11º WRNP >> Imagem Digital, Cultura e Colaboração >> O 4k no cinema e na mídia

O 4K NO CINEMA E NA MÍDIA
Cerca de 110 anos depois dos irmãos Lumière O 4k lança desafios não só para as áreas de
inventarem o cinema, a tecnologia digital sonha produção, que precisarão se adaptar à impres-
mais uma vez substituí-lo, agora com a potência sionante riqueza de detalhes fornecida por esta
de uma projeção com a resolução de mais de 8 tecnologia, investindo em itens como remode-
milhões de pixels por frame. Recentemente, a lagem de cenários e figurinos, que a partir de
A projeção de filmes no formato 4k demonstra

resolução 4k foi estabelecida como a imagem agora terão de ser minuciosamente cuidados,
padrão do cinema digital recomendada pela DCI para não parecerem fora dos padrões exigidos
(Digital Cinema Initiatives), uma associação dos pela ultra-alta definição.
uma diferença substancial de imagem em

sete maiores estúdios de Hollywood. O termo


termos de luminosidade e transparência

“4k” refere-se ao número de pixels horizontais Existem também impactos na produção e até no
da imagem: 4.096. Trata-se de uma imagem qua- estilo das narrativas. Se a definição é tão inten-
tro vezes mais definida que a HD e 24 vezes mais sa que nos permite ver o fundo tão bem quanto
definida que a da televisão tradicional. a figura, o que podemos ver na realidade? Como
trabalhar com o foco em uma projeção em que
A projeção de filmes no formato 4k demonstra os elementos estão em sua maioria focados?
uma diferença substancial de imagem em ter- Que espécie de método se deve empregar para
mos de luminosidade e transparência. Podemos obter novas formas de imagens? Que tipo de
verificar as texturas e minúcias de objetos, per- imagem, que tipo de efeitos serão construídos?
ceber os contornos dos rostos na multidão, ob-
servar detalhes e diferenças de cores, ter uma Estas são apenas algumas das questões que
noção da tela como um “todo” e a percepção de começam a ser discutidas no âmbito de cultura
uma imagem que pode ser vista por completo, e mídia por conta do 4k. Ao visualizarmos deta-
sem desfocarmos o olhar. Mesmo sem poder lhes nunca antes vistos de paisagens, objetos e
medir a qualidade de cada uma das imagens pessoas, teremos que refletir artística e cogni-
lado a lado, já é sabido que o 4k elimina a gra- tivamente sobre este volume de escala incon-
nulação do cinema, produzindo outra imagem, tável de informação extra. Nossa própria ima-
que poderá ser a imagem das narrativas de um gem, juntamente com o reflexo dela em nós, se
futuro bem próximo. prepara para ser triplicada pelo brilho intenso
e pela luminosidade dessa nova tecnologia que
O mundo se depara com um novo universo de hoje está ao nosso alcance.
imagens incrivelmente nítidas, cores e deta-
lhes vívidos, brilhos intensos e transparência
impressionante. Mas que cenas, que enqua-
dramentos, que linguagem, que tipo de Cinema Jane Almeida
inaugura esta tecnologia? Universidade Mackenzie

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11º WRNP >> Imagem Digital, Cultura e Colaboração >> Impactos tecnológicos do 4K

IMPACTOS TECNOLÓGICOS DO 4K
O Cinema 4K é hoje a tecnologia de cinema digital mais ser mitigadas por mecanismos de compressão, que, todavia,
avançada disponível comercialmente. O 4k se caracteriza introduzem atrasos significativos nos processos se não for
pelo uso de tecnologia digital tanto na distribuição como na tomado o devido cuidado na sua implantação. São frequen-
projeção de filmes. Os projetores digitais para cinema 2K temente utilizadas soluções que dividem a carga entre seus
(2048×1080 pixels) começaram a ser empregados em 2005, diversos elementos, tais como servidores, discos e placas
e podiam mostrar 2,2 megapixels de resolução. No caso do de compressão.
cinema 4K (4096×2160), os projetores têm capacidade de
mostrar 8,8 megapixels. Portanto, o cinema 4K tem resolu- Do ponto de vista de recursos, os equipamentos de produ-
ção quatro vezes maior que o cinema 2K e 24 vezes superior ção/codificação, projeção, armazenamento e distribuição
à TV padrão. ainda são muito caros. A implantação e a manutenção de
uma solução completa de cinema 4K (produção, exibição e
Do ponto de vista técnico, os desafios para o cinema 4K são transmissão) requerem recursos humanos muito especia-
enormes. Uma resolução de 4096 x 2160 a 24 quadros por lizados, atualmente escassos no mercado por se tratar de
segundo pode implicar em uma taxa de vídeo não comprimi- uma tecnologia bastante nova, mesmo sendo uma evolução
do de 750 MB/s (isto é, 6 Gbps) e uma demanda de armaze- do cinema 2K.
namento de 2,5 TB para 60 minutos de filme. Tal volume de
dados causa um impacto significativo nas etapas de edição,
exibição e transmissão de vídeo, bem como na infraestru- Tereza Cristina M. B. Carvalho
tura de armazenamento e de redes. Tais demandas podem Universidade de São Paulo

11º WRNP >> Imagem Digital, Cultura e Colaboração >> Visualização científica e trabalho cooperativo geograficamente distribuídos na indústria do petróleo

VISUALIZAÇÃO CIENTÍFICA E TRABALHO


11º WRNP // Imagem Digital, Cultura e Colaboração

COOPERATIVO GEOGRAFICAMENTE
DISTRIBUÍDOS NA INDÚSTRIA DO PETRÓLEO
Os sistemas de produção de petróleo em águas profun- mentas de modelagem, visualizar e manipular modelos 3D
das, incluindo as unidades flutuantes de produção e todos virtuais em ambientes imersivos de realidade virtual vem
os equipamentos que participam da produção, são atual- empurrando os limites das atividades dos times na indústria
mente projetados por sistemas complexos de modelagem do petróleo, sobretudo na engenharia de petróleo.
computacional. Tais sistemas envolvem as áreas de cálcu-
lo estrutural, meteo-oceanografia, hidrodinâmica, risers, Em resumo, na indústria de petróleo e gás, as atividades são
sistemas de ancoragem, equipamentos submarinos, fun- cooperativas, multidisciplinares e geograficamente distri-
dações e avaliação de risco geológico-geotécnico. O proje- buídas, por isso demandam velocidade e qualidade nos pro-
to de uma nova unidade de produção é um processo longo cessos de sensoriamento, simulação numérica e visualiza-
e custoso, podendo durar anos e consumir centenas de ção. Estas demandas resultam em requisitos que ainda não
milhões de dólares. Os projetos são conduzidos por diver- são atendidos pelas redes de computadores atuais. A busca
sos especialistas, por vezes geograficamente dispersos, para atender à transmissão de vídeos 4K é certamente um
gerando artefatos e resultados independentes, porém al- passo na direção das soluções destes problemas.
tamente interrelacionados.
Marcelo Gattass, Alberto B. Raposo
A necessidade de colaboração é uma característica inerente Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro
aos projetos de unidades flutuantes de produção para águas
profundas. A possibilidade de compartilhar informações Ismael H. F. dos Santos
entre usuários, controlar a execução de diferentes ferra- PETROBRAS

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11º WRNP // Imagem Digital, Cultura e Colaboração

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