Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
DATA EMISSÃO:
Inspeção Dinâmica 04/07/2005
Nº REVISÃO: 00
VIGÊNCIA: 04/07/2005
APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO – Nível II APROVADOR:
COMITÊ Diretivo – 10/01/2005
ÍNDICE
Análise de Vibração II
1. Introdução................................................................................... 02
2. Conceito de multiparâmetros.................................................... 04
3. Técnica de Envelope.................................................................. 06
4. Análise em rolamentos com baixas rotações......................... 14
5. Modulações................................................................................ 16
6. Análise de redutores................................................................. 18
7. Batimento................................................................................... 22
8. Ensaio de ressonância............................................................. 24
9. Análise de ordem...................................................................... 29
10. Amostragem Síncrona........................................................... 35
11. Rotações Variáveis ............................................................... 42
12. Análise magnética.................................................................. 44
1
DOCUMENTO Nº:
ORGÃO EMISSOR; GPS/bDH/TT 32.700.006
DATA EMISSÃO:
Inspeção Dinâmica 04/07/2005
Nº REVISÃO: 00
VIGÊNCIA: 04/07/2005
APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO – Nível II APROVADOR:
COMITÊ Diretivo – 10/01/2005
1. INTRODUÇÃO
2
DOCUMENTO Nº:
ORGÃO EMISSOR; GPS/bDH/TT 32.700.006
DATA EMISSÃO:
Inspeção Dinâmica 04/07/2005
Nº REVISÃO: 00
VIGÊNCIA: 04/07/2005
APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO – Nível II APROVADOR:
COMITÊ Diretivo – 10/01/2005
Pelo menos duas distorções podem ser observadas: uma na retórica e outra na aplicação da
tecnologia. Na retórica, pela diferença encontrada entre a panacéia prometida e o que é
efetivamente realizado. Na aplicação, pela redução drástica das técnicas empregadas. Em análise
de vibração, por exemplo, é comum encontrar apenas dois parâmetros de medição sendo usados
como rotina de monitoração (espectro de velocidade e envelope), e com a pretensão de
diagnosticar sobre todos os tipos de falhas.
Sob a influência destas distorções, os sistemas experimentam uma redução comprometedora na
eficácia dos diagnósticos e no domínio dos equipamentos. É como comprar um avião para andar
pelas ruas, disputando espaço com os carros. Da mesma forma, as instrumentações podem ficar
sub utilizadas na rotina diária da manutenção.
É óbvio que os recursos, hoje disponíveis, são fantásticos e propiciam excelentes resultados se
aplicados corretamente. Aviões voam e prestam serviços importantes aos usuários se estiverem
sob o comando de pessoas certas e de empresas competentes.
Tá difícil decolar?
3
DOCUMENTO Nº:
ORGÃO EMISSOR; GPS/bDH/TT 32.700.006
DATA EMISSÃO:
Inspeção Dinâmica 04/07/2005
Nº REVISÃO: 00
VIGÊNCIA: 04/07/2005
APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO – Nível II APROVADOR:
COMITÊ Diretivo – 10/01/2005
2. CONCEITO DE MULTIPARÂMETRO
Através da aplicação de ferramentas avançadas de análise e de uma estratégia de monitoração
com multiparâmetros, podemos obter o máximo do sistema de monitoramento, utilizando de forma
eficaz recursos avançados da análise sistêmica, tais como: espectro de envelope, amostragem
síncrona, espectro de corrente elétrica, técnicas para baixas rotações, monitoramento de ruído,
parâmetros de processo, sistema CD (Comunicação Direta), etc.
A precisão dos diagnósticos e o domínio sobre os equipamentos são a essenciais para obter
credibilidade e resultados.
Nossa fábrica está sujeita a diversos tipos de problemas, provenientes das mais diversas fontes.
folgas
desalinhamento
hidrodinamico
falha em baixa
rotação
empenamento
falha elétrica
falta rigidez
rolamentos
trinca localizada
outros
analise envelope
aceleração RMS
Velocidade RMS
Análise no tempo c/
ou s/ trigger ext.
Envel. do espec
corrente
Espectro corrente
Partida/parada
PkHold
Ensaio Ressonancia
Análise c/ sensores
proxim.
Análise transdut
pressão
temperatura
Parâmetros processo
4
DOCUMENTO Nº:
ORGÃO EMISSOR; GPS/bDH/TT 32.700.006
DATA EMISSÃO:
Inspeção Dinâmica 04/07/2005
Nº REVISÃO: 00
VIGÊNCIA: 04/07/2005
APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO – Nível II APROVADOR:
COMITÊ Diretivo – 10/01/2005
Aceleração RMS
Velocidade RMS
As várias medições executadas tanto de vibração mecânica, quanto magnética e de processo têm
por objetivo possibilitar o confronto dos dados, favorecendo assim o diagnóstico sobre a condição
de trabalho do equipamento monitorado.
Utilizando uma PIZZA POBRE DE TÉCNICAS não poderemos ter a pretensão de diagnosticar
sobre toda gama de problemas.
Por exemplo: em condições adversas de trabalho uma moto-bomba se comporta de maneira
diferente com relação à vibração. Esta variação pode estar relacionada simplesmente à vazão, ou
simplesmente ao fato de o cronograma de lubrificação não ter sido cumprido, enfim, são muitas
variáveis, e quanto maior o controle, melhor será o funcionamento da máquina.
A fig. 04 mostra a curva de tendência da temperatura de um rolamento de um motor. Quando
houve situação de alarme o software demonstrou e antes que maiores danos ocorressem, a
intervenção foi realizada.
5
DOCUMENTO Nº:
ORGÃO EMISSOR; GPS/bDH/TT 32.700.006
DATA EMISSÃO:
Inspeção Dinâmica 04/07/2005
Nº REVISÃO: 00
VIGÊNCIA: 04/07/2005
APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO – Nível II APROVADOR:
COMITÊ Diretivo – 10/01/2005
3. ANÁLISE DE ENVELOPE
3.1. FUNCIONAMENTO DO ENVELOPE
Esta técnica é bastante poderosa para a detecção de problemas que ficam “mascarados” devido à
presença de várias outras fontes de vibração que possuem maior energia.
Através do uso de filtros, as fontes de vibração são separadas, de modo que freqüências de
menor intensidade podem ser detectadas como modulantes do sinal.
A técnica de envelope permite diferenciar entre eventos aleatórios e periódicos presentes nos
espectros. É utilizado para a detecção de falhas em rolamentos, cavitações, engrenagens, etc.
Os defeitos provenientes dos rolamentos provocam impactos periódicos, que excitam a estrutura
dos mancais, provocando vibrações em altas freqüências. Estas vibrações são melhor percebidas
em aceleração. As freqüências fundamentais de defeito são baixas e possuem valores de
amplitudes baixos, ficando encobertas pelas outras fontes de maior energia no sistema.
A análise de envelope permite extrair do sinal excitado a fonte (freqüência fundamental) de
excitação e seus harmônicos, localizando o componente problemático (pista interna, pista externa,
elemento girante, gaiola).
Portanto, o filtro serve para selecionar que freqüências entrarão como portadoras dentro do
intervalo de interesse.
A figura 06 mostra um espectro coletado em função do tempo, sem a utilização do filtro do
envelope. Fontes de baixa energia podem ficar mascaradas neste tipo de medição.
DATA EMISSÃO:
Inspeção Dinâmica 04/07/2005
Nº REVISÃO: 00
VIGÊNCIA: 04/07/2005
APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO – Nível II APROVADOR:
COMITÊ Diretivo – 10/01/2005
O espectro da figura 07 mostra uma medição de envelope na qual ficam claras as harmônicas de
componente de rolamento (pista interna).
O setup desta medição mostra a utilização do filtro para a seleção das vibrações de
interesse. O coletor analisador CMVA SKF Microlog possui 4 filtros pré-determinados. Para a
medição acima foi utilizado o terceiro, como pode ser visto na figura 08.
7
DOCUMENTO Nº:
ORGÃO EMISSOR; GPS/bDH/TT 32.700.006
DATA EMISSÃO:
Inspeção Dinâmica 04/07/2005
Nº REVISÃO: 00
VIGÊNCIA: 04/07/2005
APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO – Nível II APROVADOR:
COMITÊ Diretivo – 10/01/2005
Se temos o rolamento 22230CC, por exemplo, trabalhando com 1725.60 rpm, esperaremos
freqüências fundamentais de vibrações conforme segue:
Freqüências esperadas de defeito do rolamento 22230CC - 1725.6 rpm. Fonte Atlas SKF:
Gaiolas de rolamentos quando com problemas modulam o sinal, porém não se mostram claras em
nenhuma técnica, a não ser em análise de envelope.
A presença de harmônicos superiores indica a existência de problemas na componente do
rolamento, sendo que apenas o aparecimento da primeira harmônica de um componente pode ser
apenas devida à sobrecarga no rolamento, sem que este ainda esteja danificado. Analisar o
surgimento de harmônicos é interessante.
Para o cálculo das freqüências fundamentais de rolamentos usa-se a geometria do
rolamento (que é o que os softwares fazem automaticamente): Pd = diâmetro nominal; Bd =
diâmetro do elemento; n = número de elementos girantes; Ø = ângulo de contato.
Sem possuir-se um software para o cálculo em se possuindo as dimensões do rolamento,
é possível calcular manualmente.
8
DOCUMENTO Nº:
ORGÃO EMISSOR; GPS/bDH/TT 32.700.006
DATA EMISSÃO:
Inspeção Dinâmica 04/07/2005
Nº REVISÃO: 00
VIGÊNCIA: 04/07/2005
APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO – Nível II APROVADOR:
COMITÊ Diretivo – 10/01/2005
Estas equações assumem que o elemento não desliza, apenas rola nas pistas.
Uma aproximação bastante interessante para um rolamento que não se possui as medidas
internas (freqüências fundamentais) é:
9
DOCUMENTO Nº:
ORGÃO EMISSOR; GPS/bDH/TT 32.700.006
DATA EMISSÃO:
Inspeção Dinâmica 04/07/2005
Nº REVISÃO: 00
VIGÊNCIA: 04/07/2005
APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO – Nível II APROVADOR:
COMITÊ Diretivo – 10/01/2005
matematicamente como a soma faz com que as freqüências se situem fora da faixa de medição e
como a subtração faz com que se situem dentro.
Por exemplo, após filtrar, via “band-pass”, um sinal de um acelerômetro, suponha que toda a
vibração restante seja de componentes de defeito situadas da 51ª até a 100ª harmônica. A soma
vetorial de todas as diferenças é transformada em um forte sinal de 1x freqüência de defeito que
pode ser normalmente processado pela FFT.
Uma ilustração do que ocorre ao aplicar-se a técnica de envelope de aceleração é mostrada na
figura 6, onde há a soma de um pulso de 3 milesegundos de duração, com intensidade de 0.01 g
e freqüência de 0.5 Hz, com uma onda senoidal de 0.5 Hz, com intensidade de 24 g.
O espectro normal no domínio da freqüência é composto apenas pela onda senoidal de 0.5 Hz,
conforme figura abaixo.
Figura 12: Onda senoidal e espectro normal de uma vibração de 0.5 Hz somada
a um pulso de 0.5 Hz, a cada 3 milesegundos.
10
DOCUMENTO Nº:
ORGÃO EMISSOR; GPS/bDH/TT 32.700.006
DATA EMISSÃO:
Inspeção Dinâmica 04/07/2005
Nº REVISÃO: 00
VIGÊNCIA: 04/07/2005
APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO – Nível II APROVADOR:
COMITÊ Diretivo – 10/01/2005
A técnica de envelope, através do filtro, é mostrada na figura 7, tanto no domínio do tempo, como
da freqüência.
11
DOCUMENTO Nº:
ORGÃO EMISSOR; GPS/bDH/TT 32.700.006
DATA EMISSÃO:
Inspeção Dinâmica 04/07/2005
Nº REVISÃO: 00
VIGÊNCIA: 04/07/2005
APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO – Nível II APROVADOR:
COMITÊ Diretivo – 10/01/2005
Problemas desta origem são comuns em tampas dianteiras de motores elétricos, onde às
vezes troca-se vários rolamentos sem a correção da causa do problema, devido não se trocar a
tampa.
Figura 15: Bandas laterais de 1x rpm do eixo em torno da pista interna de rolamento.
Um rolamento que esteja no PRIMEIRO ESTÁGIO ainda é um “bom” rolamento, porém, depois
que uma parcela significativa da vida do rolamento tenha passado, as microcavidades resultam na
degeneração do rolamento até o ponto onde cavidades muito pequenas se desenvolvem nas
pistas. Estes pequenos defeitos nem sempre sofrem impactos com força suficiente para gerar
sinais de vibração mensurável no domínio de velocidade.
Um rolamento no ESTÁGIO DOIS já se encontra com algum dano e pode ser observado em seus
harmônicos. Não há nenhuma razão para se trocar um rolamento neste ponto. De fato, foram
retirados rolamentos nesta fase e o único dano aparente são diminutas descamações nas pistas.
Porém, a medida que os harmônicos aumentam em amplitude, torna-se prudente aumentar a
freqüência de coleta de dados. A degradação do rolamento é normalmente linear por um período
de tempo e pode ser acompanhada em um gráfico de tendência, mas com o encurtamento da vida
em serviço, tal degradação torna-se não linear.
12
DOCUMENTO Nº:
ORGÃO EMISSOR; GPS/bDH/TT 32.700.006
DATA EMISSÃO:
Inspeção Dinâmica 04/07/2005
Nº REVISÃO: 00
VIGÊNCIA: 04/07/2005
APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO – Nível II APROVADOR:
COMITÊ Diretivo – 10/01/2005
Por exemplo, usando um BPFO de 107.6 Hz em um eixo que gira a 30 Hz, as bandas laterais
estarão a 77.6Hz e 137.6Hz (107.6 + 30 e 107.6 - 30) e o segundo harmônico terá bandas laterais
a 185.2 Hz e 245.2 Hz. (215.2 + 30 e 215.2 - 30). A futura progressão do dano gerará bandas
laterais adicionais a 2x velocidade de rotação (47.6 e 167.6). Quando houver superposição das
bandas laterais, os espectros tornar-se-ão mais difíceis de ser analisados. Mas tome cuidado, o
rolamento está nos últimos dias de sua vida e deveria ser substituído o mais cedo possível.
Durante o ESTÁGIO TRÊS além das informações do espectro, as amplitudes globais fornecem
sintomas da condição da pista do rolamento.
No ESTÁGIO QUATRO - Neste momento a vida de serviço é extremamente curta e requer ação
corretiva imediata. Tal estágio é caracterizado freqüentemente no domínio espectral da velocidade
ou aceleração como amplitudes “monte de feno” (ruído de banda larga) na região de defeito do
rolamento. Nos espectros de envelope de aceleração irão aparecer componente de freqüência de
defeito com altas amplitudes, como também bandas laterais de velocidade 1x, 2x (indicando
folgas) sobre a BPFO e no caso extremo, aparecerão freqüentemente componentes de defeitos
de gaiola.
O software/coletor CMVA SKF Microlog possui 4 filtros para a medição de envelope: 5-100 Hz; 50-
1khz; 500-10 Khz; 5K-40 Khz, conforme mostrado na figura abaixo.
Para a escolha do melhor filtro para a detecção do problema deve-se procurar colocar
dentro do filtro a partir da segunda harmônica, excluindo a primeira harmônica do componente de
interesse.
No caso acima, tendo interesse, por exemplo, na pista externa, sua freqüência esperada
de vibração é: Outer ring defect frequency (Hz) : 235,10. Relacionando esta freqüência com os
13
DOCUMENTO Nº:
ORGÃO EMISSOR; GPS/bDH/TT 32.700.006
DATA EMISSÃO:
Inspeção Dinâmica 04/07/2005
Nº REVISÃO: 00
VIGÊNCIA: 04/07/2005
APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO – Nível II APROVADOR:
COMITÊ Diretivo – 10/01/2005
filtros, temos que dois filtros envolvem a primeira harmônica. O terceiro e o quarto filtro não
cobrem esta freqüência (primeira harmônica), portanto, a escolha é pelo terceiro, que é o mais
próximo, dentro do qual a energia será maior.
A escolha pelo fundo de escala (END FREQUENCY) será feita com o objetivo de detectar-
se pelo menos até a terceira harmônica. Neste caso, 3 x 235.10 = 705.3 Hz. Um fundo de 800 Hz
cobrirá as freqüências de defeito da pista externa. A figura abaixo mostra a tela do Setup do
envelope. A medição realizada em Pico-a-pico garante uma melhor performance da técnica,
detectando antecipadamente o surgimento de problemas.
Vários métodos já foram utilizados para tentar-se monitorar com sucesso baixas e baixíssimas
rotações: deslocamento, trigger externo, etc.
Estas técnicas não são descartadas, porém não oferecem toda a segurança necessária para a
garantia de um correto e seguro diagnóstico, em monitorações que devem ser feitas cada vez em
menor tempo.
Abaixo de 10 rpm pode-se tratar de baixíssimas rotações, localizando-se então a faixa
problemática para a monitoração. Estas regiões apresentam ruídos significativos, tornando
distorcidos os dados coletados.
Não é proibido utilizar deslocamento simplesmente, ou velocidade, uma vez que o objetivo é
resolver o problema e diagnosticar o defeito, sendo assim, tudo é válido. Porém o uso da técnica
mais adequada evitará perda de tempo e dará maior confiança na diagnose.
Duas maneiras de monitoramento são bastante úteis em se tratando de baixas e baixíssimas
rotações: aceleração pico-a-pico real, envelope no domínio do tempo.
14
DOCUMENTO Nº:
ORGÃO EMISSOR; GPS/bDH/TT 32.700.006
DATA EMISSÃO:
Inspeção Dinâmica 04/07/2005
Nº REVISÃO: 00
VIGÊNCIA: 04/07/2005
APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO – Nível II APROVADOR:
COMITÊ Diretivo – 10/01/2005
A utilização da análise de envelope para baixas rotações é um tanto definidora, sendo que para
baixas rotações temos o primeiro filtro (5-100 Hz) como o melhor para as medições das
freqüências de interesse.
Tem-se notado que em alguns casos de baixíssimas rotações (abaixo de 1 Hz - 60 rpm) apenas o
sinal de envelope no domínio do tempo mostra-se eficiente.
A melhor maneira de visualizar uma baixíssima freqüência está na plotação do envelope no
domínio do tempo, pois as freqüências de interesse aparecem praticamente em cima do eixo das
amplitudes quando plotado o espectro no domínio da freqüência.
9, 23 seg. x 3 ciclos = 27,69 seg (arredondar para 28 seg. para enxergar os 3 ciclos completos)
r= l/t
r = 1600 linhas / 27,69 seg. r = range
r = 57,78 (arredondar para 55). l = n. de linhas
range = 55 t = Tempo (seg)
15
DOCUMENTO Nº:
ORGÃO EMISSOR; GPS/bDH/TT 32.700.006
DATA EMISSÃO:
Inspeção Dinâmica 04/07/2005
Nº REVISÃO: 00
VIGÊNCIA: 04/07/2005
APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO – Nível II APROVADOR:
COMITÊ Diretivo – 10/01/2005
Por se tratar de uma freqüência bastante baixa, ela só foi detectada neste espectro. Nota-
se a seleção do fundo de escala (END FREQUENCY) em 50 Hz, tornando impossibilitada a
visualização da freqüência do elemento. Este rolamento foi trocado.
Verificou-se deformações dos elementos girantes, causando folga excessiva.
Houve falha da vedação (retentor e capa do rolamento).
Após troca pôde trabalhar sem perturbações quanto à vibração.
5. MODULAÇÕES
16
DOCUMENTO Nº:
ORGÃO EMISSOR; GPS/bDH/TT 32.700.006
DATA EMISSÃO:
Inspeção Dinâmica 04/07/2005
Nº REVISÃO: 00
VIGÊNCIA: 04/07/2005
APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO – Nível II APROVADOR:
COMITÊ Diretivo – 10/01/2005
Por termos mais de uma fonte de vibração, ocorrem “interferências“ entre todas as ondas, que são
produzidas pelas diferentes partes do equipamento. Tanto uma onda de baixa freqüência pode
modular uma de alta freqüência como uma de alta freqüência pode modular uma de baixa.
A fonte de maior energia predominará, sendo que as duas freqüências estarão visíveis no
espectro.
60 Hz
Figura 19: Modulação de alta freqüência. Temos a portadora de 60 Hz e a modulante de 1113.04 Hz.
120 Hz
17
DOCUMENTO Nº:
ORGÃO EMISSOR; GPS/bDH/TT 32.700.006
DATA EMISSÃO:
Inspeção Dinâmica 04/07/2005
Nº REVISÃO: 00
VIGÊNCIA: 04/07/2005
APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO – Nível II APROVADOR:
COMITÊ Diretivo – 10/01/2005
Figura 21: Modulação de baixa freqüência (120 Hz) em um sinal de 1991 Hz.
6. ANÁLISE DE REDUTORES
6.1. ANÁLISE DE ENGRENAMENTO
Figura 22: Freqüência de engrenamento com bandas laterais de 1x rpm do eixo problema.
18
DOCUMENTO Nº:
ORGÃO EMISSOR; GPS/bDH/TT 32.700.006
DATA EMISSÃO:
Inspeção Dinâmica 04/07/2005
Nº REVISÃO: 00
VIGÊNCIA: 04/07/2005
APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO – Nível II APROVADOR:
COMITÊ Diretivo – 10/01/2005
Para um eixo pinhão que rotacione em 130 Hz, e possua 31 dentes, teremos uma freqüência de
engrenamento de 4030 Hz. Encontrando-se vibração em 4030 Hz, com bandas laterais de 130 Hz,
comprova-se uma excentricidade do eixo pinhão, provocando deficiência no contato do
engrenamento.
Esta vibração com relação à freqüência de engrenamento é apresentada de acordo com o tipo de
problema existente no equipamento.
Uma folga no eixo pinhão provocará uma vibração de 1x rpm e harmônicos deste eixo, além de 1x
freq. engrenamento e harmônicos.
Um eixo desalinhado pode provocar uma elevação da 2ª harmônica do engrenamento, além do
surgimento da 3ª harmônica. Bandas laterais podem ou não surgir em torno destas freqüências,
dependendo da gravidade do problema.
Exemplo 2:
E
1
E
2
ENGRENAMENTO E1 = E2 = 121,5 Hz
Figura 24: Engrenamento (121.5 Hz) e espectro mostrando a supremacia da segunda harmônica do engrenamento.
19
DOCUMENTO Nº:
ORGÃO EMISSOR; GPS/bDH/TT 32.700.006
DATA EMISSÃO:
Inspeção Dinâmica 04/07/2005
Nº REVISÃO: 00
VIGÊNCIA: 04/07/2005
APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO – Nível II APROVADOR:
COMITÊ Diretivo – 10/01/2005
Na figura abaixo temos a amplitude da segunda harmônica maior que a primeira, mostrando que
um desalinhamento do eixo pinhão provoca tal sintoma.
Novas posições no eixo de entrada (inferior na figura), mostraram que além do agravamento do
desalinhamento, um engrenamento defeituoso aumenta o número de harmônicas do
engrenamento.
20
DOCUMENTO Nº:
ORGÃO EMISSOR; GPS/bDH/TT 32.700.006
DATA EMISSÃO:
Inspeção Dinâmica 04/07/2005
Nº REVISÃO: 00
VIGÊNCIA: 04/07/2005
APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO – Nível II APROVADOR:
COMITÊ Diretivo – 10/01/2005
6.2 - GHOST
Por algumas vezes, em situações de trabalho onde tem-se uma região da engrenagem
deteriorada, as vibrações são geradas em freqüências que aparentemente não se correlacionam
com o engrenamento. São freqüências diferentes daquelas geradas pelo engrenamento, e
também diferentes de harmônicos dos componentes do sistema. Não é incomum o analista se
achar em situação embaraçosa para finalizar diagnósticos.
Um engrenamento defeituoso pode gerar freqüências diferentes, relacionadas a um setor
defeituoso da engrenagem. Tal freqüência é chamada de “Ghost”, exatamente por dar a
impressão de que ela não tem ligação com nenhuma parte da máquina.
O cálculo do número de dentes defeituosos é feito por: Zd = I G - Fe I / rpm (ou Hz)
Zd = Setor de dentes defeituosos da engrenagem problema.
G = Freqüência Ghost
Fe = Freqüência de engrenamento
rpm = rotação do eixo que contém a engrenagem problema
Exemplo: Supondo o engrenamento conforme a figura a seguir.
23 dentes
30
Hz
E1 = 690
Hz
23 dentes
13 Hz Figura 27: Engrenamento
e ilustração do espectro de
E2 = 299 Hz vibração para um Ghost.
53
dentes
4.74 Hz
63 dentes
299 Hz 377 Hz
Este sinal mostra uma freqüência de 377 Hz, que a primeira vista não tem relação com o
engrenamento. O cálculo da freqüência Ghost é usado neste estágio da análise, e não no levantamento das
freqüências esperadas.
Pela fórmula do Ghost, temos: Zd = IG - FeI / rpm (ou Hz)
O que tem-se que verificar é a relação da freqüência encontrada com o Ghost. Portanto:
Zd = I 377 - 299 I = 6
13
21
DOCUMENTO Nº:
ORGÃO EMISSOR; GPS/bDH/TT 32.700.006
DATA EMISSÃO:
Inspeção Dinâmica 04/07/2005
Nº REVISÃO: 00
VIGÊNCIA: 04/07/2005
APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO – Nível II APROVADOR:
COMITÊ Diretivo – 10/01/2005
Este número, por ser inteiro, indica um setor de dentes defeituosos da engrenagem que possui um
engrenamento em 299 Hz e que gira em 13 Hz, portanto, apontando para o pinhão de saída. Só ele gira em
13 Hz e possui engrenamento em 299 Hz.
A freqüência Ghost pode surgir tanto à direita como à esquerda da freqüência de engrenamento, por
isso é utilizado o módulo no cálculo de G - Fe. A diferença entre o Ghost e a freqüência do engrenamento
aparecerá no espectro de envelope, confirmando o problema de engrenamento.
A freqüência de engrenamento calculada é 241,25 Hz, porem a freqüência que está predominando nos
espectro é a do Ghost é 220,31 Hz. Nos espectros de envelope detectamos a freqüência de 20,93 Hz que é
a diferença entre a freqüência do engrenamento e do Ghost, confirmando os cálculos do defeito. Através
deste calculo podemos afirmar que o defeito esta na coroa do 2º par engrenado e o defeito se localiza em 6
dentes da engrenagem de 69 dentes.
7. BATIMENTO
Batimento ocorre quando duas fontes de vibração com freqüências diferentes entram em fase. As
vibrações são somadas e subtraídas a cada 360° graus.
Imaginando dois vetores. como por exemplo os ponteiros de um relógio.
Imaginemos que são dois vetores, com intensidades diferentes, e girando com freqüências
diferentes:
22
DOCUMENTO Nº:
ORGÃO EMISSOR; GPS/bDH/TT 32.700.006
DATA EMISSÃO:
Inspeção Dinâmica 04/07/2005
Nº REVISÃO: 00
VIGÊNCIA: 04/07/2005
APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO – Nível II APROVADOR:
COMITÊ Diretivo – 10/01/2005
fb = (m - h) / 2 = f m - f h
O exemplo abaixo mostra dois equipamentos com rotações diferentes e com pontos pesados. A
cada passagem de um vetor pelo outro acontece uma inversão na fase de 180°.
1 2 3
4 5 6
23
DOCUMENTO Nº:
ORGÃO EMISSOR; GPS/bDH/TT 32.700.006
DATA EMISSÃO:
Inspeção Dinâmica 04/07/2005
Nº REVISÃO: 00
VIGÊNCIA: 04/07/2005
APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO – Nível II APROVADOR:
COMITÊ Diretivo – 10/01/2005
Fig. 32 - No 2° já percebemos
um aumento nas amplitudes
com a aproximação das fases
24
DOCUMENTO Nº:
ORGÃO EMISSOR; GPS/bDH/TT 32.700.006
DATA EMISSÃO:
Inspeção Dinâmica 04/07/2005
Nº REVISÃO: 00
VIGÊNCIA: 04/07/2005
APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO – Nível II APROVADOR:
COMITÊ Diretivo – 10/01/2005
8. ENSAIOS DE RESSONÂNCIA
Ressonância é o fenômeno que ocorre quando a freqüência das vibrações forçadas de um objeto
se iguala à freqüência natural do mesmo, o que produz num crescimento da amplitude.
25
DOCUMENTO Nº:
ORGÃO EMISSOR; GPS/bDH/TT 32.700.006
DATA EMISSÃO:
Inspeção Dinâmica 04/07/2005
Nº REVISÃO: 00
VIGÊNCIA: 04/07/2005
APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO – Nível II APROVADOR:
COMITÊ Diretivo – 10/01/2005
Além dos cálculos referentes a cada equipamento, existem técnicas que tornam mais rápida e real
a localização destas freqüências “in loco”. São ensaios de ressonância estáticos e dinâmicos e
que podem ser feitos sem complicações.
Spectrum Setup
Lines: 400
Freq. Type: Freq.
Start Freq: 0
Maximum Freq: 500
Number of averages: 1
Average Type: Pk Hold
Average Mode: Cont.
Average Overlap: None
Window: Uniform
Selecione Display Setup; Trace: Dual, medindo em FFT e tempo e mostrando as duas medições
na tela do coletor. Selecione Trigger Setup no menu Analyzer, este menu é muito importante
para registrar o espectro do ensaio, pois o coletor precisa estar preparado e medir após o
impacto. Selecione Trigger Mode: Trigger, esta opção fará o coletor aguardar e só coletar quando
a amplitude do sinal atingir 20% do fundo de escala (no exemplo).
26
DOCUMENTO Nº:
ORGÃO EMISSOR; GPS/bDH/TT 32.700.006
DATA EMISSÃO:
Inspeção Dinâmica 04/07/2005
Nº REVISÃO: 00
VIGÊNCIA: 04/07/2005
APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO – Nível II APROVADOR:
COMITÊ Diretivo – 10/01/2005
Trigger Setup
Figura 35:
Ensaio de ressonância Estático FFT
Figura 36:
Ensaio de ressonância Estático Time
27
DOCUMENTO Nº:
ORGÃO EMISSOR; GPS/bDH/TT 32.700.006
DATA EMISSÃO:
Inspeção Dinâmica 04/07/2005
Nº REVISÃO: 00
VIGÊNCIA: 04/07/2005
APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO – Nível II APROVADOR:
COMITÊ Diretivo – 10/01/2005
Assim como temos freqüências naturais do equipamento estático, também a temos quando este
se encontra em regime de trabalho.
Para o registro destas freqüências pode-se usar a técnica “Pk Hold”.
O Pk Hold é feito na subida e na descida de rotação do equipamento, registrando-se os maiores
eventos em cada freqüência. Tanto na subida quanto na descida, as zonas de ressonância serão
registradas.
Este ensaio permite que durante o funcionamento da máquina avalie-se a passagem por
freqüências naturais ou a proximidade da rotação de trabalho de alguma ressonante.
No menu Analyzer, selecione Input Setup e no campo Type selecione a opção Aceleração p/
Velocidade, Esta seleção é devido ao uso do acelerômetro como captador do sinal, portanto não
haverá integração do sinal. Selecione Full Scale: on, Selecione agora Spectrum Setup. Todo a
configuração deste menu encontra-se na figura abaixo, sendo importante selecionar Average
Type: Pk Hold; Average mode: cont. e Window: Hanning. A medição Pk Hold registra o maior
valor ocorrido em cada freqüência.
Spectrum Setup
Lines: 400
Freq. Type: Freq.
Start Freq: 0
Maximum Freq: 100
Number of averages: 40
Average Type: Pk Hold
Average Mode: Cont.
Average Overlap: None
Window: Hanning
Selecione Display Setup; Trace: Dual, medindo em FFT e tempo e mostrando as duas medições
na tela do coletor. Selecione Trigger Setup Toda a configuração deste menu encontra-se na
figura abaixo
Trigger Setup
DATA EMISSÃO:
Inspeção Dinâmica 04/07/2005
Nº REVISÃO: 00
VIGÊNCIA: 04/07/2005
APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO – Nível II APROVADOR:
COMITÊ Diretivo – 10/01/2005
9. ANÁLISE DE ORDEM
9.1. CONCEITOS E FUNDAMENTOS
Quando diante de casos que necessitam de estudos mais, detalhados temos alguns recursos que
podem ser utilizados com sucesso.
Na análise de ordem podemos acompanhar o comportamento das harmônicas e sub-harmônicas
da rotação, gravando o comportamento das componentes durante a partida ou parada do
equipamento. Acompanhando a evolução dos componentes múltiplos da rotação poderemos
perceber a existência de freqüências naturais em regiões que a rotação não atingirá.
29
DOCUMENTO Nº:
ORGÃO EMISSOR; GPS/bDH/TT 32.700.006
DATA EMISSÃO:
Inspeção Dinâmica 04/07/2005
Nº REVISÃO: 00
VIGÊNCIA: 04/07/2005
APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO – Nível II APROVADOR:
COMITÊ Diretivo – 10/01/2005
Esta gravação pode ser via gravador ou mesmo via coletor de dados (por exemplo CMVa55,
CMVA10 da SKF), aparecendo no espectro apenas a rotação e seus múltiplos. Caso a opção seja
por um gravador tipo DAT ( figura 38 ), o sinal será gravado em fita cassete e depois processado
quantas vezes forem necessárias. Isto oferece a vantagem de “partir-se” e “parar-se” a máquina
sem interferência na produção.
No caso de execução com coletor de dados, deverá ser realizada a análise de ordem “in loco”.
Figura 38: Gravador digital (DAT) para gravação do sinal de vibração. Pode ser usado
simultaneamente com um coletor de dados.
CASO 1:
Utilizando um coletor de dados CMVA55 SKF, para a coleta e plotagem dos gráficos, durante a
partida e parada de um motor de um esmeril, que trabalha em 3600 rpm, teremos via software, a
tabela de freqüências x amplitudes, que possibilitará a montagem do gráfico de subida e descida
de rotação.
A configuração do coletor CMVA55, pode ser feita conforme segue:
Selecionar a opção INPUT SETUP no menu ANALYSER:
30
DOCUMENTO Nº:
ORGÃO EMISSOR; GPS/bDH/TT 32.700.006
DATA EMISSÃO:
Inspeção Dinâmica 04/07/2005
Nº REVISÃO: 00
VIGÊNCIA: 04/07/2005
APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO – Nível II APROVADOR:
COMITÊ Diretivo – 10/01/2005
* A escolha do FULL SCALE é válida quando o campo AUTO RANGE estiver em “OFF”. Caso
esteja em ON o FULL SCALE se ajusta automaticamente, independente do valos anteriormente
definido.
Selecionar UTILITIES:
Entrar em SYSTEM SETUP e selecionar no campo AUTO RANGE: “ON”.
LINES 400 *
MEASUREMENT TYPE ORDERS
NUMBER OF ORDERS 10 **
NUMBER OF AVERAGES 10
AVERAGE TYPE AVERAGE
AVERAGE OVERLAP CONTINUOUS
WINDOW HANNING
*400 linhas: menor número de linhas acelera a coleta, que neste caso é importante.
** 10 orders: número de harmônicos da rotação que se quer no espectro.
* Trigger source: external, é necessário um trigger externo, para “informar” o coletor a freqüência
da rotação.
** Caso se queira Ter no espectro sub-harmônicas, selecionar no campo PULSES / REV: 2, 3 e
assim por diante.
Executando-se TAKE DATA, iniciará a medição. É importante iniciar a medição antes de parar ou
partir o equipamento em estudo, garantindo assim que a coleta comece com a condição inicial
(repouso ou rotação de trabalho).
Para gravar a medição, pressione a tecla [SAVE].
As coletas consecutivas possibilitam as gravações dos espectros conforme as figuras 30,
31, e 32 a seguir.
31
DOCUMENTO Nº:
ORGÃO EMISSOR; GPS/bDH/TT 32.700.006
DATA EMISSÃO:
Inspeção Dinâmica 04/07/2005
Nº REVISÃO: 00
VIGÊNCIA: 04/07/2005
APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO – Nível II APROVADOR:
COMITÊ Diretivo – 10/01/2005
Figura 40: Rotação em 33,80 Hz. Nota-se no domínio do tempo a ausência de outras fontes de vibração
32
DOCUMENTO Nº:
ORGÃO EMISSOR; GPS/bDH/TT 32.700.006
DATA EMISSÃO:
Inspeção Dinâmica 04/07/2005
Nº REVISÃO: 00
VIGÊNCIA: 04/07/2005
APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO – Nível II APROVADOR:
COMITÊ Diretivo – 10/01/2005
Na figura 42 temos a tabela formada pelos valores obtidos nos ensaios de parada do motor em
estudo, acompanhando 1xRPM. É a Análise de 1a ordem.
Plotando-se os valores das amplitudes x freqüências obtidos neste ensaio, tem-se gráfico
conforme figura 43, que mostra claramente o que acontece com a componente 1xRPM, desde a
rotação de trabalho (3600 RPM) até o momento em que ele para por completo.
33
DOCUMENTO Nº:
ORGÃO EMISSOR; GPS/bDH/TT 32.700.006
DATA EMISSÃO:
Inspeção Dinâmica 04/07/2005
Nº REVISÃO: 00
VIGÊNCIA: 04/07/2005
APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO – Nível II APROVADOR:
COMITÊ Diretivo – 10/01/2005
Nota-se uma região de ressonância localizada em torno de 40 Hz ( 2400 RPM ), pois é a região
onde a vibração em 1xRPM atinge os maiores valores. Isto é útil para a eliminação das vibrações
durante o processo de produção.
CASO 2:
Através da ANÁLISE DE ORDEM, realizada com gravador tipo DAT (ver figura 44),
acompanhamos a evolução das componentes em 21xRPM e 22xRPM de um pinhão de moinho,
com o objetivo também de estudar como a componente de 72,48 Hz é formado, sendo múltiplo
exato de 21xRPM. Os gráficos das figuras 44, 45, 46 e 47 mostram os resultados do ensaio.
34
DOCUMENTO Nº:
ORGÃO EMISSOR; GPS/bDH/TT 32.700.006
DATA EMISSÃO:
Inspeção Dinâmica 04/07/2005
Nº REVISÃO: 00
VIGÊNCIA: 04/07/2005
APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO – Nível II APROVADOR:
COMITÊ Diretivo – 10/01/2005
35
DOCUMENTO Nº:
ORGÃO EMISSOR; GPS/bDH/TT 32.700.006
DATA EMISSÃO:
Inspeção Dinâmica 04/07/2005
Nº REVISÃO: 00
VIGÊNCIA: 04/07/2005
APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO – Nível II APROVADOR:
COMITÊ Diretivo – 10/01/2005
Quando temos a boa performance de componentes de uma máquina de baixa rotação afetada por
algum problema de origem mecânica, a localização da falha é difícil exatamente por envolver
baixas freqüências.
Em um mancal temos a vibração global, que é a soma de todas as fontes influentes neste mancal.
Esta técnica é importante ferramenta na separação das fontes de vibração, quando um sinal é
composto por várias perturbações.
Geralmente, o transdutor usado para fazer média no tempo síncrona é um acelerômetro, podendo
também ser utilizado um sensor de proximidade. O fotosensor é obrigatório. A figura a seguir
mostra um Kit de fotosensor da SKF.
Figura 48: Kit fotosensor SKF para medição com trigger externo
Especialmente quando temos duas fontes de vibração próximas e com freqüências também
bastantes próximas, a técnica da amostragem síncrona diferencia a fonte problema.
Média no tempo é uma medição dos componentes que coincidem com a rotação da máquina
tendo como referência um sinal de luz que é emitido de um trigger externo para uma marca no
eixo.
Ruídos e sinais que não coincidem com a rotação não ficam na medição.
Média no tempo é diferente das medições normais no domínio do tempo é medida e somada
antes de acontecer a conversão para FFT.
A seleção do componente de interesse é feita com a utilização de uma marca reflexiva em cada
parte da máquina que irá ativar um fotosensor direcionado para esta parte. O fotosensor controla
o analisador para registrar somente vibrações nas freqüências do componente focado e seus
múltiplos harmônicos.
No processo de medição de média síncrona é importante o trigger estar bem sincronizado para
que o processo de medição seja coerente com a rotação.
Exemplo 1:
36
DOCUMENTO Nº:
ORGÃO EMISSOR; GPS/bDH/TT 32.700.006
DATA EMISSÃO:
Inspeção Dinâmica 04/07/2005
Nº REVISÃO: 00
VIGÊNCIA: 04/07/2005
APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO – Nível II APROVADOR:
COMITÊ Diretivo – 10/01/2005
A figura 47 mostra a região de uma prensa de máquina de papel. Nestas regiões são
particularmente interessantes as medições de média no tempo com trigger externo, através de
fotosensor. Ocorre vibração em um local onde temos três componentes influenciando (rolo
superior, rolo inferior e feltro), sendo o feltro de baixa freqüência e os dois rolos com freqüências
próximas.
Figura 50: Fotosensor instalado e direcionado para o feltro de uma prensa de máquina de papel
37
DOCUMENTO Nº:
ORGÃO EMISSOR; GPS/bDH/TT 32.700.006
DATA EMISSÃO:
Inspeção Dinâmica 04/07/2005
Nº REVISÃO: 00
VIGÊNCIA: 04/07/2005
APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO – Nível II APROVADOR:
COMITÊ Diretivo – 10/01/2005
Figura 51: Sensor de proximidade e fotosensor montados para realização de medição relativa na região do NIP
38
DOCUMENTO Nº:
ORGÃO EMISSOR; GPS/bDH/TT 32.700.006
DATA EMISSÃO:
Inspeção Dinâmica 04/07/2005
Nº REVISÃO: 00
VIGÊNCIA: 04/07/2005
APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO – Nível II APROVADOR:
COMITÊ Diretivo – 10/01/2005
Este sistema é usado para medições de deslocamento e opera de acordo com o princípio de
correntes parasitas, captando vibrações entre 0 e 10 Khz.
A bobina do transdutor, cabo de extensão e os elementos do circuito do alimentador formam um
circuito oscilante.
200 mV = 7,87 V
mils mm
39
DOCUMENTO Nº:
ORGÃO EMISSOR; GPS/bDH/TT 32.700.006
DATA EMISSÃO:
Inspeção Dinâmica 04/07/2005
Nº REVISÃO: 00
VIGÊNCIA: 04/07/2005
APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO – Nível II APROVADOR:
COMITÊ Diretivo – 10/01/2005
Segundo fabricantes, o limite inferior é de 10 mils (250 m), o que equivale a 2 volts pico-a-pico.
Nos mancais axiais, o posicionamento correto é uma distância de 50 mils (1,27 mm), o que
eqüivale a 10 volta pico-a-pico. O efeito da temperatura e o material do eixo também devem ser
levados em consideração, porque alteram a condutibilidade do material do eixo.
40
DOCUMENTO Nº:
ORGÃO EMISSOR; GPS/bDH/TT 32.700.006
DATA EMISSÃO:
Inspeção Dinâmica 04/07/2005
Nº REVISÃO: 00
VIGÊNCIA: 04/07/2005
APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO – Nível II APROVADOR:
COMITÊ Diretivo – 10/01/2005
Exemplo:
Se quiser medir o deslocamento axial (folga axial) de um eixo de um gerador, com relação ao
mancal, deve-se utilizar este tipo de medição, que é feita em deslocamento. Com isto pode-se
verificar a instabilidade do eixo nesta direção. Ver figuras 56 e 57.
Pode-se utilizar o sensor de proximidade para uma medição relativa entre uma máquina e o piso,
por exemplo, conforme croqui da figura 57. Este tipo de medição pode ser útil quando se trata de
identificar a freqüência para a confecção de isolação.
41
DOCUMENTO Nº:
ORGÃO EMISSOR; GPS/bDH/TT 32.700.006
DATA EMISSÃO:
Inspeção Dinâmica 04/07/2005
Nº REVISÃO: 00
VIGÊNCIA: 04/07/2005
APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO – Nível II APROVADOR:
COMITÊ Diretivo – 10/01/2005
Figura 58: Espectro obtido com sensor de proximidade, mostrando vibração em 2,46 Hz,
Deslocamento do equipamento com relação ao solo. Freqüência a ser isolada
A figura 59 mostra a configuração para a realização da média no tempo com trigguer externo
utilizando o coletor / analisador CMVA55 da SKF.
INPUT SETUP SPECTRUM SETUP
TYPE ACEL p/ VELOC LINES 400
FULL SCALE 10 FREQÜÊNCIA TYPE ORDERS
DETECTION PK a PK ou RMS NUMBER OF ORDER 30
INPUT 98 MV / EU NUMBER OF AVERAGE 40
LOW FREQ. CUT OFF 3 AVERAGE MODE TIME SYNC
RPM 1780 AVERAGE OVERLAP NONE
WINDOW UNIFORM
TRIGGER SETUP
TRIGGER MODE TRIGGER DISPLAY SETUP
TRIGUER SOURCE EXTERNAL TRACE Dual
INPUT TRIGGER SLOPE + SCREEN 1 Magnitude
INPUT TRIGGER LEVEL 0 SCREEN 1 Time
TRIGGER DELAY 0 MS PHASE TYPE 0 – 360
PULSES / REV 1 CURSOR TYPE CROSS
LENGHT / REV 1 X AXIS LABEL 3
42
DOCUMENTO Nº:
ORGÃO EMISSOR; GPS/bDH/TT 32.700.006
DATA EMISSÃO:
Inspeção Dinâmica 04/07/2005
Nº REVISÃO: 00
VIGÊNCIA: 04/07/2005
APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO – Nível II APROVADOR:
COMITÊ Diretivo – 10/01/2005
43
DOCUMENTO Nº:
ORGÃO EMISSOR; GPS/bDH/TT 32.700.006
DATA EMISSÃO:
Inspeção Dinâmica 04/07/2005
Nº REVISÃO: 00
VIGÊNCIA: 04/07/2005
APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO – Nível II APROVADOR:
COMITÊ Diretivo – 10/01/2005
Figura 61: Variação de rotação num motor de 3600 RPM. Análise order / peak-hold
O esquema da figura 62
ilustra o processo de
medição de rotação
variável
12. ANÁLISE
MAGNÉTICA
12.1. CONCEITOS E FUNDAMENTOS
44
DOCUMENTO Nº:
ORGÃO EMISSOR; GPS/bDH/TT 32.700.006
DATA EMISSÃO:
Inspeção Dinâmica 04/07/2005
Nº REVISÃO: 00
VIGÊNCIA: 04/07/2005
APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO – Nível II APROVADOR:
COMITÊ Diretivo – 10/01/2005
Redução de carga no equipamento acionado causa redução das vibrações mecânicas, porém, se
houver problema elétrico, a redução será muito mais significativa. Modulações de amplitude
podem indicar combinações de problemas elétrico e mecânico. Freqüências muito próximas podem
causar este tipo de problema, se somando e se subtraindo, de acordo com a fase de cada onda.
Figura 63 - Neste micromotor também existem vibrações. Porém, a energia das componentes é bem reduzida.
O rotor do motor não gira com velocidade síncrona, mas escorrega para trás no campo girante. A
frequência de escorregamento é a diferença entre velocidade síncrona e a velocidade do rotor.
Se o rotor tivesse de acompanhar a velocidade do campo girante, os condutores do rotor não
seriam cortados por qualquer fluxo, não haveria corrente induzida e, portanto, nenhum esforço de
rotação.
Para que haja corrente induzida no rotor é necessário que suas espiras cortem as linhas de força
do campo, necessitando de uma diferença (atraso) de velocidade entre rotor e campo girante.
A velocidade síncrona depende da alimentação e do número de pólos do motor.
Os campos girantes avançam em relação ao rotor por 2 polaridades para cada ciclo da frequência
de escorregamento. O torque é produzido quando existem forças balanceadas dos dois lados do
rotor. Forças de atração desbalanceadas resultam em vibração.
TIPO DE FREQUÊNCIA
PROBLEMA SINTOMÁTICA DE CAUSAS TÍPICAS
VIBRAÇÃO
VARIAÇÃO NO “AIR-GAP” VARIAÇÃO DE
45
DOCUMENTO Nº:
ORGÃO EMISSOR; GPS/bDH/TT 32.700.006
DATA EMISSÃO:
Inspeção Dinâmica 04/07/2005
Nº REVISÃO: 00
VIGÊNCIA: 04/07/2005
APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO – Nível II APROVADOR:
COMITÊ Diretivo – 10/01/2005
CORRENTE
EXCENTRICIDADE FALHA DO
ESTACIONÁRIO 2X FREQÜÊNCIA DA ESTÁTICA, FALTA DE ENROLAMENTO DO
REDE RIGIDEZ DO SUPORTE DO ESTATOR
ESTATOR
1X RPM, COM 2X BARRA(S) DO
FREQÜÊNCIA DE EXCENTRICIDADE ROTOR ROMPIDA(S)
ROTATIVO ESCORREGAMENTO EM DINÂMICA, BARRA(S) OU QUEBRADA(S).
BANDAS LATERAIS SOLTA(S) DO ROTOR. LAMINADOS DO
ROTOR EM CURTO.
Excentricidade estática refere-se a excentricidade que não se move, por exemplo, devido ao
desgaste de um rolamento, folga entre uma tampa e a pista externa de um rolamento, estator
deformado, etc. Estas situações produzirão vibração em 2x freqüência da rede (2x 60 Hz, para
alimentação padrão, no Brasil).
Excentricidade dinâmica move-se com o rotor (por exemplo, devido a um rotor empenado). Isto
produzirá uma vibração forçada em 1x rpm e 2x freqüência de escorregamento em bandas laterais
em torno de 1x rpm, além de produzir picos em 2x escorregamento em análise de envelope e
envelope de espectro de corrente.
(a) (b)
Figura 64 - Frequências esperadas de vibração para excentricidade estática (a) e dinâmica (b)
Deve-se ter em mente que em alguns casos práticos temos os dois efeitos e apenas uma causa,
sendo que a verdadeira origem da vibração será identificada após a análise de todos os
espectros.
46
DOCUMENTO Nº:
ORGÃO EMISSOR; GPS/bDH/TT 32.700.006
DATA EMISSÃO:
Inspeção Dinâmica 04/07/2005
Nº REVISÃO: 00
VIGÊNCIA: 04/07/2005
APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO – Nível II APROVADOR:
COMITÊ Diretivo – 10/01/2005
47
DOCUMENTO Nº:
ORGÃO EMISSOR; GPS/bDH/TT 32.700.006
DATA EMISSÃO:
Inspeção Dinâmica 04/07/2005
Nº REVISÃO: 00
VIGÊNCIA: 04/07/2005
APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO – Nível II APROVADOR:
COMITÊ Diretivo – 10/01/2005
É uma técnica executada como rotina de monitoração. Através de um alicate de corrente acoplado
ao instrumento que monitora vibração, coleta-se os sinais elétricos provenientes das fases. Esta
técnica permite verificar a forma de onda da corrente elétrica em motores e geradores.
48
DOCUMENTO Nº:
ORGÃO EMISSOR; GPS/bDH/TT 32.700.006
DATA EMISSÃO:
Inspeção Dinâmica 04/07/2005
Nº REVISÃO: 00
VIGÊNCIA: 04/07/2005
APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO – Nível II APROVADOR:
COMITÊ Diretivo – 10/01/2005
49