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GOIÂNIA
2019
MESTRADO EM HISTÓRIA:
SEMINÁRIO DE PESQUISA EM CULTURA E PODER
GOIÂNIA
2018
1. TEMA
2. JUSTIFICATIVA
Este projeto de pesquisa tem como objetivo analisar se a proposta curricular do Commented [EJR4]: Fazer a afirmação observamos
que a proposta de rio verde não compat´´ivel com a do
município de Rio Verde está em consonância com currículo de referência do estado de Goiás, EStaddo
Conforme apresentado por Neto (2009, p. 29), “Isso significa, então, que o currículo
é um artefato cultural que, ao mesmo tempo em que faz uma transposição cultural — da
“cultura social” para a “cultura escolar” —, faz uma “transformação” daquilo que compunha
a cultura da qual ele foi “extraído””.
Investigações sobre as práticas curriculares têm acontecido frequentemente e muitas
vezes ficam restritas ao ambiente pedagógico e as análises se fazem em torno de conteúdos
programáticos, metodologias de ensino, recursos pedagógico-didáticos, formas de avaliação
da aprendizagem entre outros. Para Arroyo (2007, p. 19):
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Nesta revisão bibliográfica será dada a ênfase aos estudos de Bourdieu e Passeron;
Weber e Foucault. Costura esta que será feita ao considerar, relacionar o conceito de código
elaborado com as condições sociais de sua produção e reprodução. Para isto, será apresentada
a teoria da reprodução, constante no livro de Bourdieu intitulado “A Reprodução-elementos
para uma teoria do sistema de ensino”.
Considerando que uma das teses centrais da sociologia da educação de Bourdieu é a de
que os alunos não podem competir em condições igualitárias na escola, pois, trazem consigo
uma bagagem social e cultural diferenciada, pretende-se apresentar as principais contribuições
de Bourdieu para a educação, levando em consideração a importância de repensar a
capacidade da escola no processo de desenvolvimento da sociedade.
O “Plano Municipal de Educação”, com destaque para a disciplina de história, será
analisado, verificando- se há conexões entre currículo e poder simbólico, a partir das teorias
de Bourdieu presentes nos livros “Poder Simbólico” e “Lições de aula”. Em virtude disso, as
categorias como controle simbólico, os códigos disciplinares, bem como a relação entre os
dizeres e o dito na construção do currículo serão parte deste estudo.
Neste sentido, os autores supracitados contribuem para com reflexão teórica e
fundamentação desta pesquisa onde será pontuado sobre a educação escolar e a preservação
da memória, a natureza e a especificidade da educação, o currículo de referência e sua estreita
relação com a implantação de políticas públicas, bem como a análise dos lugares de memória
e a privatização dos mesmos farão o arremate da revisão bibliográfica e terão como aporte o
livro de Bourdieu “Os herdeiros: os estudantes e a cultura”,
4. PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA
A problemática exposta na pesquisa envolve a construção do imaginário da Commented [EJR6]: Sobre o conceito de imaginário
sociedade rural brasileira, tendo por recorte geográfico a experiência do estado de Goiás, no
tocante à exploração de mão de obra escrava no transcurso do período pós-republicano,
destacando-se como recorte temporal o período de 1988 a 2018 (da promulgação da
Constituição Republicana Brasileira de 1988 ao final do governo de Michel Temer).
Ao se analisar a base histórica é possível afirmar que o imaginário da sociedade
rural brasileira do sertão goiano sofreu e sofre com os influxos de uma matriz curricular
ruralista de cultura latina, colonial, escravocrata e autoritária que promove a manutenção de
um status quo anterior a Constituição Brasileira de 1988, fundamentada no imaginário
coletivo da sociedade ruralista através da construção do mito fundador de cidades
agropecuaristas.
A manutenção do status quo da sociedade ruralista transcorre pela efetividade do
modus operandi dos professores da rede pública municipal e estadual na cidade de Rio
Verde-Goiás.
Sustenta se que durante A Nova República, circunscrita pela Constituição
Republicana Brasileira de 1988, e pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de
1994 conhecida como LDBEN 9394/96 que foi instaurada para ensejar desdobramentos no
imaginário da sociedade rural brasileira dotando de efetividade políticas públicas que
promoveram uma supervalorização da cultura e educação ruralista.
Está intrínseco e perpassa a sociedade e comunidade escolar que houve uma
maior intensidade das atividades da bancada parlamentar “ruralista” em prol de alterações
no currículo mínimo adotado na disciplina de história no ensino fundamental e médio da
rede pública municipal e estadual de ensino fundamental e médio. Ou seja, houve um
alinhavo ruralista na costura de tais leis. Commented [EJR7]: José de Souza Martins – o modo
capitalista de pensar
Ao se interpretar o conceito jurídico, ou seja, os códigos disciplinares visíveis da
Constituição de 1988, no que tange os códigos disciplinares visíveis no plano decenal de
educação, LDB e na BNCC houve uma redução do professor da rede estadual e municipal a
uma condição análoga à de um escravo devido a exploração de trabalhos forçados, fruto do
desvio de função, onde professores são colocados para produzir uma festa que na
contemporaneidade é o “Arraial das Abóboras”, vem substituindo a tradicional festa junina.
Há um receio causado pelo combate à escravidão contemporânea como influência
nos desdobramentos do imaginário da sociedade rio-verdense e mesmo da sociedade como
um todo brasileira que se cala mediante ao desvio de função que se constitui uma forma de
trabalho escravo pois professores servem café da manhã, almoço, jantares, lavam pratos e
cozinham para pais e alunos e até mesmo a comunidade rio-verdense em festas típicas
escolares.
Há uma necessidade de manifestações culturais, festas típicas e de se manter o
patrimônio cultural material e imaterial na cidade de Rio Verde na contemporaneidade e
foram promovidas tais manifestações pela bancada ruralista da cidade nos anos finais do
recorte temporal considerado (2016 a 2020).
As consequências econômicas, políticas, jurídicas e sociais de uma política ruralista
de condescendência à exploração de mão de obra do professor o coloca em uma condição
análoga a condição de escravos, constituindo-se um de trabalho forçado tanto na cidade
quanto no campo ao se realizarem projetos interdisciplinares e festas típicas, bem como em
visitas a festas como a Tecnoshow COMIGO. Commented [EJR8]: Ver teoria das festa que a história
das festas
Sustenta-se que na atual democracia, mesmo a escravidão tendo sido formalmente
abolida por meio da Lei Áurea em 1888, as alterações normativas educacionais não
acompanharam os desdobramentos que a rede pública de ensino necessita, com a
contratação de profissionais especialistas em outras áreas para atendimento da comunidade
escolar que vão de psicopedagogos, recreadores, cozinheiros, garçons em eventos, visitas
e festas promovidos dentro e fora da escola. Discussão esta que será apenas pincelada
neste projeto de pesquisa.
Há no imaginário coletivo escolar da comunidade observada uma banalização do
desvio de função e a exploração do trabalho do professor.
Houve na sociedade ruralista brasileira a manutenção de seu status quo através do
modos operandi dos professores, que desenvolvem apenas um currículo mínimo e
incentivam visitas e participações em eventos ruralistas sem o devido projeto
transdisciplinar.
No interstício de 1988 a 2020 não há efetivo trabalho do sindicato dos professores,
quanto ao combate à exploração de mão de obra pelos mecanismos legais, nem quanto ao
que se refere a direitos adquiridos.
Há uma na nova ordem constitucional, um código disciplinar visível, a BNCC onde
ensejam uma significativa reação da elite educacional que compõe a sociedade, que
proporcionaram uma maior participação do professor na construção do currículo mínimo.
Porém ainda existam na referida BNCC reflexos de atividades da bancada parlamentar
“ruralista” no Congresso Nacional, dotada de propostas refratárias à referida política de
combate ao aluno passivo e a exploração de mão do professor, mesmo tendo obtido
consideráveis avanços em sua pauta a partir de 2018, com o impedimento da então
presidenta Dilma Rousseff e assunção da chefia do Poder Executivo Federal de Michel
Temer, houve breve retrocesso no atual governo.
5. LEVANTAMENTO DE HIPÓTESES
6. OBJETIVOS
7. REFERENCIAL TEÓRICO-METODOLÓGICO
8. CRONOGRAMA
PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA
A partir desta problemática objetiva-se verificar se a classe social regula, direta ou
indiretamente, os saberes acumulados e se causam impacto na classificação e enquadramento
do código elaborado transmitido pela escola de forma a facilitar ou perpetuar a aquisição
desigual de conhecimento.
Analisar e interpretar quais são os processos que ocorrem antes e durante o período
em estudo, se provocaram as transformações nos saberes acumulados e desenvolvidos no
ambiente escolar.
Sendo as seguintes questões observadas: Quais saberes contidos nas matrizes
curriculares de história no que diz respeito ao sistema agropastoril? Como se deu a passagem
do sistema da economia mineradora ao sistema agropastoril? Qual a influência desta
passagem na construção dos códigos disciplinares visíveis e invisíveis? O sistema de
economia mineradora e a passagem ao sistema agropastoril fazem parte dos documentos que
norteiam a educação do município de Rio Verde? Quais documentos das orientações
curriculares do ensino fundamental buscaram reforçar a valorização da história da formação
de Rio Verde-Goiás? Commented [U9]: As questões estão bem elaboradas
e relacionadas ao tema geral.
Formulação do problema: O que se quer descobrir? → identificar as dificuldades Poderia, aqui, acrescentar os problemas da classe
social e do protagonismo juvenil, Mas isso não pode
que se pretende resolver e que demanda respostas. ficar somente como questões, deve ter uma
fundamentação dos problemas.
▪ Problematizar o tema formulando questões que vão orientar a pesquisa (questões-
guias).
▪ Questões: relevantes, originais, adequadas ao tempo e aos recursos que se dispõe.
▪ Questões que melhorem o conhecimento do tema abordado.
HIPÓTESE
A hipótese inicial baseia-se na análise do processo de transformações
socioeconômicas, ocorridas em meio às relações de poder e seu reflexo no imaginário
coletivo, presentes na comunidade escolar observada na cidade de Rio Verde - GO.
Comunidade esta que construiu “Códigos disciplinares visíveis e invisíveis” que permeiam o
cotidiano escolar e os costumes locais. Para isto se faz necessário relacionar com o advento do
mito fundador da cidade, analisar a mudança do sistema agropastoril para o agronegócio, a
tradição familiar; analisar se os aperfeiçoamentos dos meios de produção agropecuários
promovem um “código disciplinar invisível”, analisar se a construção do currículo e a práxis
pedagógica estão relacionados com a economia local, se há influência da oferta de cursos com
a oferta de mão-de-obra agropecuária, se há valorização e interferência no currículo escolar
advindo do surgimento do desenvolvimento agropecuário, com destaque para o currículo do
município. Commented [U10]: Isso não é objetivo específico?
Aqui você tem que fundamentar sua resposta aos
Embora supõe-se que as transformações econômicas ocorridas no cotidiano desta problemas levantados, anteriormente. Qual a sua
resposta para as matrizes curriculares de história no que diz
comunidade promova um código disciplinar invisível, há a necessidade de se analisar os respeito ao sistema agropastoril? Não precisa mais
levantar problemas.
conflitos existentes entre os dizeres e o dito, o visível e o invisível, se os lugares de memória
se perpetuam na educação ou se transformaram conforme há o advento da tecnologia. Commented [U11]: Essa parte poderia ajudar a
fundamentar o Problema.
Conflitos estes que permeiam a práxis pedagógica e podem estar ligados às
mudanças que esta população passou, sem deixar seu passado latifundiário e patriarcal
característico do interior dos sertões goiano. Há de se verificar se na cidade o currículo de
história perpetua práticas e imaginários advindos da colonização e ou do capitalismo. Embora
alguns códigos disciplinares sejam visíveis, como o código disciplinar municipal que cobrou
altos valores em multas a empresas agropecuárias e as mesmas fizeram reformas e
reconstrução de prédios e espaços públicos locais, farei o recorte ao cotidiano escolar : Quais
são os códigos disciplinares invisíveis que modificam o currículo de história? Commented [U12]: Problema
Objetivo geral
Averiguar se as diretrizes curriculares e a práxis pedagógica de escolas campo no Commented [U13]: O que é uma escola campo?
Quais s
município de Rio Verde estão permeadas de códigos disciplinares visíveis e invisíveis.
Commented [U14]: Deixar mais claro o objetivo:
Diretrizes curriculares de História? De uma escola
específica? Não basta falar de códigos visíveis e
Objetivos específicos: invisíveis, deve-se precisar o que você quer com isso.
REFERENCIAL TEÓRICO
São vários os pareceres e resoluções referidas às diferentes etapas e modalidades da
educação básica, delineando o momento em que estamos vivendo, de transformações na vida
escolar. Estas transformações acompanham a expansão de novas tecnologias, especialmente
as tecnologias da comunicação e informação, e a incorporação de novos mecanismos de
regulação de um Estado. Neste contexto, o currículo assume o foco central de discussão e
possibilidade de mudança. É urgente analisar se as escolas têm condições limitadas, ou não,
de implementar adequadamente o currículo de referência, para que se evite o que Lopes
(2004, p. 111), chama de currículo prescritivo, “por vezes o meio educacional se mostra
refém dessa armadilha e se envolve no seguinte debate: os dirigentes questionam as escolas
por não seguirem devidamente as políticas oficiais, e os educadores criticam o governo por
produzir políticas que as escolas não conseguem implantar”.
Saviani (2008) considera o saber escolar como dosado e sequenciado para efeitos de
sua transmissão e assimilação no espaço escolar. O professor neste contexto é um mediador,
é aquele que dosa e sequencia o saber escolar, na interação dos alunos com o conhecimento.
Seu modus operandi, é a sua orientação didática, os métodos que utiliza devem ter como
finalidade, estimular a compreensão, generalização e transposição e aplicação do
conhecimento. Além de favorecer aquelas aprendizagens consideradas tradicionalmente
escolares, o professor organiza no interior da sala de aula, em atividades curriculares,
situações que facilitem a vida em sociedade, que ajudem o aluno a criar o sentido de ordem,
o uso significativo do tempo.
Desta forma se faz necessário entender o currículo como fator determinante para a
formação humana. Conforme apresentado por Moreira (2008, p. 5)
Recortes/critérios
A M J J A S O N D J F M A M J J A
bril aio un jul go et ut ov ez an ev ar br aio un ul go
Dis X X
cussão teórica
em função da
determinação
dos objetivos
Lo X
calização e
identificação
das fontes de
obtenção dos
dados ou
documentos
Re X X X X
visão
bibliográfica
Det X
erminação de
categorias
para
tratamento
dos dados
documentais
Co X
ntatos
institucionais
(SEDUCE,
SME.)
Re X X X X X
dação da
monografia
Tra X X X X X X X
balho de
campo na
escola.
An X X X X X
álise e
interpretação
dos
dados
Rel X X X X X
atório Parcial
Rel X
atório Final
Di X
vulgação dos
resultados ou
defesa
pública
Fonte: A Autora
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS