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Os dragões segundo a mitologia cristã, são aqueles que mais influenciaram a nossa visão
contemporânea dos dragões.
Muito da visão dos cristãos a respeito de dragões é herdado das culturas do Médio Oriente
e do Ocidente antigo, como uma relação bastante forte entre os conceitos de dragão e
serpente (muitos dragões da cultura cristã são vistos como simples serpentes aladas, às
vezes também com patas), e a associação dos mesmos com o mal e o caos.
De acordo com o Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento, no Antigo
Testamento, dragões tipificam os inimigos do povo de Deus, como em Ezequiel 29:3. Ao
fazer isso, associa-se a ideia das mitologias de povos próximos, para dar maior
entendimento aos israelitas. É por isso que a Septuaginta, na sua narrativa da história
de Moisés, traduz "serpente" por "dragão". (Êxodo 7:9-12).
Há ainda, no Antigo Testamento, em Jó 41:10-21, a seguinte descrição do Leviatã:
18 Os seus espirros fazem resplandecer a luz, e os seus olhos são como as pestanas da
alva.
19 Da sua boca saem tochas; faíscas de fogo saltam dela.
20 Dos seus narizes procede fumaça, como de uma panela que ferve, e de juncos que
ardem.
21 O seu hálito faz incender os carvões, e da sua boca sai uma chama.
Em Isaías 30:6, há citado um "áspide ardente voador" (versão ARC), junto com outros
animais, para ilustrar a terra para onde os israelitas serão levados, pois o contexto do
capítulo é sobre a repreensão deles. No Novo Testamento, acha-se apenas no Apocalipse
de São João, utilizado como símbolo de satanás.
Em Apocalipse 12:9[2] o dragão é descrito como sendo o próprio Satanás: "O grande
dragão foi lançado fora. Ele é a antiga serpente chamada diabo ou Satanás, que engana o
mundo todo. Ele e os seus anjos foram lançado à terra." [3]
O Leviatã, a serpente/crocodilo cuspidora de fumaça do livro de Jó, também é considerado
um dragão bíblico, embora não seja apresentado como um ser maligno e sim como uma
criação de YHWH (Jeová). Os dragões nas histórias da cristandade acabaram por adotar
esta imagem de maldade e crueldade, sendo como representações do mal e da
destruição.
O caso do mais célebre dragão cristão é aquele que foi morto por São Jorge, que se
banqueteava com jovens virgens até ser derrotado pelo cavaleiro. Esta história também
acabou dando origem a outro clássico tema de histórias de fantasia: o nobre cavaleiro que
enfrenta um vil dragão para salvar uma princesa.
Durante a Idade Média as histórias sobre batalhas contra dragões eram numerosas. A
existência dessas criaturas era tida como inquestionável, e seu aspecto e hábitos eram
descritos em detalhes nos bestiários da Igreja Católica. Segundo os relatos tradicionais,
São Jorge teria matado um dragão.
Muitos povos celtas, por exemplo, possuíam imagens dragões em seus brasões familiares,
e há também muitas imagens de dragões como estandartes de guerra desses povos.
Existem lendas e boatos que existem dragoes nas montanhas e florestas Romenas, na
região da Transilvânia.
Em Portugal, o dragão mais famoso é a "coca" ou "coca rabixa". A festa da "coca" realiza-
se no dia do Corpo de Deus.
No ano de 2006, o Discovery Channel exibiu um documentário fictício dissertando sobre
como seria se os dragões realmente existissem. Seriam a evolução de certos répteis. O
fogo poderia ser expelido pela boca pois havia gás metano junto de demais gases dentro
do estômago, assim como nós mesmos temos.
Dragão-de-komodo
Existem também dragões verdadeiros no mundo real. Não se tratam realmente de dragões
como nas concepções míticas comentadas acima, mas sim de diversos seres vivos que,
por alguma semelhança qualquer, foram batizados assim em homenagem a estas
criaturas mitológicas.
Existe entre os répteis, por exemplo, o gênero Draco usado para designar espécies
normalmente encontradas em florestas tropicais, que possuem abas parecidas com asas
nos dois lados do seu corpo, usando-as para planar de uma árvore para outra nas
florestas.
Existem diversas espécies de peixes, especialmente de cavalos-marinhos, que possuem
nomes populares de dragões.
O dragão-de-komodo (Varanus komodoensis), um grande lagarto que pode chegar ao
tamanho de um crocodilo, é um carnívoro e carniceiro encontrado na ilha de Komodo, no
arquipélago da Indonésia, e ganhou esse nome devido à sua aparência, que remete aos
dragões mitológicos. Acabou se tornando o mais famoso dragão vivente do mundo real. É
a maior espécie de lagarto que existe e este réptil já vivia na face da terra muito tempo
antes da existência do homem. Possui em sua saliva bactérias mortais que tornam inútil a
fuga de uma presa após levar uma mordida, pois sobrevém uma infecção rápida e letal
que a mata em alguns dias. Apesar de serem tão letais, um dragão não morre caso se
morda, pois seu sistema imunológico possui anticorpos que neutralizam as bactérias que
habitam sua boca.
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