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A Ponte...

A história da Ponte Hercílio Luz, sua importância e as modificações na cidade.


Soluções foram sendo encontradas pelo Poder Público visando minimizar os
problemas sanitários, mas somente em 1910 ocorreu a canalização da água com a
inauguração do primeiro Sistema de Abastecimento de Água da Capital, e foram
instaladas bicas públicas no centro da cidade.
“Como é que faz pra lavar a roupa? Com relação ao transporte, até 1830 as carruagens eram praticamente inexistentes e o
Vai na fonte, vai na fonte tipo de transporte mais comum, na primeira metade do século XIX, era feito por liteiras
Como é que faz pra raiar o dia? conduzidas por escravos, privilégios do indivíduos de nível social mais elevado.
No horizonte, no horizonte Em 1831 inicia o processo de calçamento das vias públicas, com blocos de pedras dos
Este lugar é uma maravilha mais variáveis tamanhos e formas, dando origem aos mais variados tipos de transporte com
Mas como é que faz pra sair da ilha? o passar dos anos. Carruagens, bondes puxados por burros (1880), ônibus (muito pouco)
Pela ponte, pela ponte” serviram como transporte dos habitantes da ilha.
Somente com a inauguração da Ponte Hercílio Luz que esses problemas com a água e
A Ponte - Lenine transporte vão ser amenizados. A obra foi projetada para acondicionar uma “canalização
1922 -Inicio da construção da ponte. Em primeiro plano o d'água, com uma carga de 650 kg por metro corrente” tendo assim a mesma desempenhado
antigo cemitério. Fonte: http://www.deinfra.sc.gov.br
papel importante no abastecimento de água e somente a partir da construção desta que
Para entender a história da Ponte Hercílio Luz, inicialmente chamada de Ponte da surgem empresas de ônibus que prestam serviço com maior regularidade.
Independência, por ser o primeiro elo entre a Ilha e o Continente, é necessário um panorama
urbano de Florianópolis na época anterior a ponte (1890-1920), os problemas de água e
transporte, e o dilema de ser uma capital desligada do continente.
A área central de Florianópolis, conhecida ainda como Desterro nesta época,
compreendia a praça e as ruas que se estendiam a partir da mesma, pela orla do mar, e
limitava-se pelas chácaras, pelo morro do Antão (Morro da Cruz) e pelo cemitério.
A expansão da cidade ocorreu de maneira bastante lenta, e se deu a partir do Largo da
Matriz, projetando-se em busca da água, pelas ruas que conduziam as fontes públicas.

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Somente no ano de 1860 iniciou-se comércio de água a domicilio, através de pipas sobre

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carroças que circulavam pelas ruas do centro da cidade, beneficiando poucas pessoas com Ônibus em frente ao Miramar em Florianópolis- década de 30.

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Fonte SILVA, Adolfo Nicolich. Ruas de Florianópolis: resenha histórica.
esse serviço, pois o custo financeiro restringia o consumo.

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Ilustração de carroça pipa que abastecia Florianópolis no
final do século XIX. Fonte: Ramos, Átila. Memórias do Implantação primeira rede água Florianópolis, lado Praça XV -1909. DEPA
Saneamento Desterrense. Fonte: Banco Imagens Fundação Franklin Cacaes.
Disciplina: História da Cidade II Prof.: Milton Luz da Conceição
Acadêmico: Roberto Luiz de Quadros
Após a inauguração da ponte as empresas de ônibus se estabeleceram, substituindo de
vez o bondes para deslocamento de pessoa do continente à Capital, para trabalhar, fazer
compras nas lojas comerciais e mercado público. A introdução do automóvel foi efetuada de
maneira gradativa, apenas a elite mais abastada podia aspirar esse melhoramento.
Observa-se a preocupação com a modernização da cidade através da desativação das
linhas de bondes e da necessidade de recuperação das ruas da Capital para o trafego de
automóveis.
Florianópolis antes de 1925. Construção da ponte. Fonte: http://www.ihgsc.org.br

Rua Trajano 1935. Os trilhos dos bondes ainda aparecem junto Carros de praça (táxi) – Praça Fernando Machado 1927.
aos carros que começam aumentar na cidade. Fonte: SILVA,, Adolfo Nicolich.
Fonte: Banco de Imagens Fundação Franklin Cascaes Rua de Florianópolis: resenha histórica 1922. Construção da ponte. Fonte: http://www.ihgsc.org.br
1924. Construção da ponte. Fonte: http://www.ihgsc.org.br

A ponte Hercílio Luz implicou no gradativo desaparecimento de baldeações de


produtos coloniais vindos das localidades próximas no continente, para serem
comercializados no Mercado Público de Florianópolis. Com acesso terrestre esse transbordo já
não se fazia necessário, agilizando assim a comercialização.
A nova ligação Ilha x Continente desempenhou importante papel na urbanização de

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Florianópolis e Municípios vizinhos. No entanto o esperado crescimento econômico não se

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efetivou de imediato, abrindo áreas de expansão para o setor imobiliário. A maior parte da

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população migrante que se dirigia à Capital em busca de trabalho se instalava na área

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continental de Florianópolis e nos Municípios vizinhos. Coqueiros e Estreito receberam

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investimentos imobiliários. 1925. Construção da ponte. Fonte: http://www.ihgsc.org.br
A construção da ponte permitiu a consolidação de Florianópolis como capital do DE
Estado, pois uma das causas da construção da ponte foi a ameaça de transferência da A L
capital para um ponto do interior do estado, pois a cidade não possuía a integração ER
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necessária com o resto dos municípios, estava isolado em uma ilha que possuía apenas U VE E F A E URBANISM
acesso marítimo e debilitado na passagem do canal entre a ilha e o continente, em função da
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dependência das condições do tempo para realização da travessia continente-ilha.
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Ao ser inaugurada a ponte foi implantado por cerca de oito anos um pedágio para Em 22 de janeiro de 1982, por decisão do governador Jorge Bornhausen, do secretário
atravessá-la, o qual seria repasssado para sua conservação e segurança. Na década de 1930 de transportes Esperidião Amin e técnicos do DER/SC, a Ponte Hercíllio Luz é interditada.
no entanto o governo assume o pedágio isentando pedestres, e em seguida, em função de Na época ela era responsável por 43,8% do tráfego local, ou seja cerca de 24000 carros/dia.
protestos da população o pedágio é extinto. Com isso inicia-se a pressão por uma terceira ponte. Em função do fechamento da ponte
Com ponte e seu acesso através das Ruas Felipe Schmidt e Conselheiro Mafra, ocorreram modificações no sistema viário.
determinou-se um crescimento da parte sul da praça XV e um quase desaparecimento do Após um reforço na estrutura, em 15 março de 1988, a ponte foi reaberta para tráfego
comércio ao lado norte, distribuído ao longo da rua paralela ao mar. Posteriormente, a leve, como bicicletas, carroças, moto, ambulâncias e pedestres, das 7h às 20h, e se
Avenida Rio Branco foi aberta para escoar o tráfego entre as partes continental e insular.
transformou numa opção de lazer para passeios familiares em final de semana. Isto durou
apenas três anos, em 4 de julho de 1991, ponte foi fechada definitivamente por falta de
segurança, mas dessa vez o impacto sobre o sistema viário foi muito menor ao ocorrido em
1982.
Em 13 de maio de 1997, o então Governador do Estado de Santa Catarina - Paulo
Afonso Evangelista Vieira, através do Decreto nº 1.830, homologa o Tombamento da Ponte
Hercílio Luz, de propriedade do Estado de Santa Catarina / DER/SC, localizada no
Município de Florianópolis.

Ponte Hercílio Luz - 1935. Fonte: http://www.ihgsc.org.br Ponte Hercílio Luz -anos 40. Fonte: http://ufsc.br/~esilva

Durante os anos 60 e 70, a ponte recebeu um aumento significativo do fluxo de


veículos, decorrentes da expansão da cidade com a instalação da Universidade Federal de
Santa Catarina e empresas estatais como a Eletrosul, que passaram a atrair pessoas do
Centro-Sul, Sul do país e interior do Estado de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul,
expandindo o núcleo central e criando novos núcleos populacionais espalhados.
Os engarrafamentos constantes e o risco de um colapso alertavam para a necessidade
de uma segunda ponte, para qual começaram os estudos já em 1969 (fluxo na Hercílio Luz

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era de 20000 carros/dia). Esta segunda ponte – Ponte Colombo Machado Salles - no entanto

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só foi inaugurada em 08 de março de 1975, após quatro anos de construção.

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Ponte Hercílio Luz - inicio anos 70. Fonte: http://ufsc.br/~esilva

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Ponte Hercílio Luz - 1964. Fonte: http://www.ihgsc.org.br M ENTO D

Ponte Hercílio Luz - anos 60. Fonte: http://ufsc.br/~esilva


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Acadêmico: Roberto Luiz de Quadros
Descrição da Ponte
A Ponte Hercílio Luz foi construída na década de 1920 - entre novembro de 1922 e
maio de 1926 - pelas firmas associadas Byington & Sundstrom. Foi projetada pelo Eng.º
David Barnard Steinman, das firmas associadas Robinson & Steinman, U.S.A.
Consulting Engineers, tendo sido concluída e inaugurada em 13 de maio de 1926, uma
quinta-feira chuvosa, no governo de Antônio Vicente Bulcão Vianna.
A Ponte Hercílio Luz tem extensão total de 821,005 metros, sendo formada pelos
viadutos de acesso do Continente, com 222,504 metros, da ilha, com 259,080 metros, e pelo
vão central pênsil com extensão de 339,471 metros, composta por 28 vãos no total, 2 torres
principais e 12 torres secundárias.
A altura das torres principais é de 74,210 metros.
A altura do vão pênsil em relação ao nível de maré média é de 30,86 metros.
A carga total nas cadeias de barras de olhal é de 4.000 toneladas-força.
Ponte Hercílio Luz início do século XXI. Fonte: http://www.ihgsc.org.br

Fontes
GAYA, Marlene Corrêa - Artigo Científico: Ponte Hercilio
Luz- Mutação Urbana e Influência na Evolução e
Manutençao da Capital do Estado de Santa Catarina -
2007

Ponte Hercílio Luz: Cabeceira Insular - Trabalho para

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disciplina ARQ 5602 – URBANISMO - Acadêmica:

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Kíssia Stein do Nascimento - Agosto de 2005

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http://www.deinfra.sc.gov.br
Ponte Hercílio Luz e Colombo Salles- anos 70.

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Fonte: http://ufsc.br/~esilva
http://www.ihgsc.org.br

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Ponte Hercílio Luz, Colombo Salles e Pedro Ivo Campos
década de 90. Fonte: http://ufsc.br/~esilva
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