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CADERNO DE RESUMOS
Já tiveste algum sonho do qual estivesses certo que fosse real? E se fosses incapaz de acordar desse sonho?
Como conseguirias distinguir a diferença entre o mundo do sonho e o mundo real? – Morpheus (Matrix, 1999)
Programação
04.12.2019
09hs - Abertura com Exposição Artes: Dentro da Matrix (artistas convidados)
10 às 12hs - Matrix: o reino dos signos autoconscientes - Prof. Dr. Ernesto G. Boccara (Unicamp-Instituto de Artes)
12 às 13:20hs - Intervalo
13:20 às 16:00hs - exibição do filme Matrix
16:00 - 16:30hs – coffee break com pocket show do músico Leo Vintage
16:30 às 18hs – Matrix: O Universo em Camadas – Prof. Adilson Nascimento de Jesus (Unicamp-FE)
18 às 19hs – Minicurso “O Vaso do Oráculo” - Prof. Bruno Mossato (Liquify Lab)
05.12.2019
09hs - Exibição do micro-metragem “Devemos Acreditar?” realizado pelos alunos do curso de Documentário (IEL-
Extecamp, turma 2019) e bate-papo sobre a produção
10 ás 11:30hs – " Matrix: A Construção da Subjetividade ou Como a Matéria Produz Pensamento" - Prof. Dr. Ronaldo Marin
(Instituto Shakespeare do Brasil)
11:30 ás 12:30hs - Deo Ex Machina - Performance com Gabriel Marin e Marcella Marin (Cena IV)
12:30 às 14hs - Intervalo
14 às 16:30hs - Mesa redonda (alunos e/ou pesquisadores que enviaram resumos)
Filosofia e Olhares Semióticos de Matrix
16:30 - 17hs – coffee break
17 às 19h - "Matrix, um ‘Documentário do Real’" – Prof. Dr. Igor Capelatto (Unicamp)
06.12.2019
09hs - Exibição de 3 curtas selecionados do Animatrix (animação que conta histórias paralelas ao filme Matrix)
10 as 12hs - "'A Divina Matrix': o paralelo dos mundos ficcionais de Dante e Matrix" com o Prof. Paulo de Tarso V. de
Souza (Arquiteto e Mestre pela Unicamp em Artes)
12 às 14hs - Intervalo
14 às 16:30hs - Mesa redonda (alunos e/ou pesquisadores que enviaram resumos)
Matrix: Múltiplas Linguagens e Plataformas
16:30 – 17hs – coffee break com pocket show do músico Leo Vintage
17 às 19hs - Palestra "A Pílula Azul: Fake News x Matrix" - Prof. Bruno Mossato (Liquify Lab)
* 20hs - encerramento - com presença do artista César Felix falando sobre "Matrix: no Universo das Animações"
Local: Centro Cultural do IEL (Unicamp) - Encerramento – Salsa com Ají (em Barão Geraldo)
V
Palestras e Palestrantes
A Matrix está em todo lugar – Morpheus (Matrix, 1999)
A minha abordagem se estrutura pelo forte caráter indicial da dualidade polarizada, no filme, entre razão e instintos. Matrix
é o reino do esplendor da razão que se apoia no trabalho da consciência e do pensamento e se desenvolve até atingir uma
Autoconsciência que passa a pontificar, conduzindo a humanidade aos monstros da razão, que não são mais de origem animal
mas monstros brilhantes, virtuais, mutáveis “mecânico eletrônicos”; velozes, violentos, furiosos, vorazes e extremamente
eficientes, direcionados e obedientes a quem os comanda ou seja: os níveis mais elevados da Autoconsciência de
previsibilidade máxima, que se arma de uma autodefesa e autopreservação implacável. O orgânico de origem animal,
aleatório casual, informal espontâneo, fruto vital da combinação genética, criativo e imprevisível do ser humano vindo de
seu biótopo vegetal e mineral é progressivamente substituído por exponencial combinação de signos gestados por mentes
artificiosas cujo biótopo é um universo ficcional desmaterializado que se auto alimenta de uma Semiose estratosférica,
exponencial direcionada para uma virtualidade que abandonou o cérebro animal há séculos. E que não mais se reconhece
como fonte das sinapses de bilhões de neurônios resultante de fluxos eletroquímicos que rompe com suas origens de carne e
sangue, clamando por uma existência imaterial de um reino inimaginável, impensável que o filme anuncia como um dedo
apontado para um axioma: “ a colher não existe”.
Partindo da ideia de Jacques Bergier de que a realidade é composta por uma infinidade de estados, níveis, pregas topológicas,
camadas que não estão nem umas sobre as outras nem umas sob as outras e ocupam o mesmo espaço: planos de existência
ligados à Terra, assim, discorrer sobre a multidimensionalidade de alguns fenômenos do dia a dia pouco perceptíveis pelos
nossos sentidos e de outros nem tão corriqueiros que envolvem cosmogonia, livros apócrifos, descobertas cientificas, projetos
secretos, imortalidade e experiências de quase morte, médiuns e espíritos e arqueologia proibida.
V
Morpheus, personagem de Matrix, diz a Neo: “O que é real? Como você define o 'real'? Se você está falando sobre o que
você pode sentir, o que você pode cheirar, o que você pode saborear e ver, o real são simplesmente sinais elétricos
interpretados pelo seu cérebro”. Como lidar com a sensação de irrealidade do mundo, quando nos encontrando em um espaço
em que não sabemos mais o que é real e o que é ficcional? Por meio de Matrix, esta apresentação pretende refletir sobre os
conceitos de realidade e ficção, discursando sobre como funciona a percepção humana, a formulação de pensamento, dos
signos na mente humana. Para Vilém Flusser, filósofo tcheco-brasileiro, “tudo é ficção”, uma vez que a “realidade é percebida
pela mente humana”, ou seja, por meio de um ser subjetivo, que identifica e recria a realidade por meio de seus códigos
interpretativos pessoais, assim sendo, “cada pessoa vê o mundo de uma maneira distinta” e constrói sua própria sistematização
do mundo. Conforme coloca o psicanalista francês Jacques Lacan, o ser humano estabelece a ordenação dos signos por meio
do discurso; assim, iremos conferenciar um estudo sobre como a linguagem se manifesta no jogo da percepção.
Nesta palestra, será abordada a construção da subjetividade (mente) a partir das bases biológicas do cérebro. Com uma breve
introdução sobre o Modelo Padrão e as origens da matéria no universo, o Dr. Ronaldo Marin descreve o processo evolutivo
da matéria e sua organização geradora dos organismos vivos até chegar às redes neuronais responsáveis pela produção das
representações mentais. É o encadeamento destas representações que irá fundamentar a construção das linguagens e a
elaboração dos seus significados. De acordo com essa abordagem podemos nos referir a uma realidade objetiva – o universo
físico – e a uma ‘realidade’ subjetiva – a mente – que está consubstanciada na primeira. Assim, a construção do Signo
resultaria das relações entre a realidade objetiva, a rede biológica neuronal e as representações ‘cegas’ dessa rede, que é o
que produz essa subjetividade à qual apenas o organismo em questão tem acesso. Já a construção dos significados dependerá
da contraposição entre a realidade do universo e a subjetividade da mente, fechando assim o ciclo que permite que a matéria
produza o pensamento.
V
Que paralelo pode haver entre uma obra do século XIV e outra do século XX? Uma visita três mundos, Inferno, Purgatório
e Paraíso. O outro, visita mundos virtuais e cibernéticos. A obra de Dante Alighieri e das irmãs Wachowski, são distintas na
forma, conteúdo e tempo. Uma é literatura, a outra é cinema. Uma não contém imagens, a outra é pura imagem em
movimento. A proposta deste artigo é encontrar paralelos entre as duas obras, que possibilitem o aprofundamento de nossa
compreensão seja da literatura seja do cinema. Um ponto que se pode adiantar é que as duas, estão dirigidas à imagem, ainda
que a Comédia, não seja tradicionalmente vista desta forma, esta apresentação pretende explorar esta possibilidade. Há nas
duas obras uma moralidade semelhante, no sentido de alertar a humanidade de que suas escolhas têm consequências; a decisão
de se buscar um mundo melhor através de um herói, é a mesma saga em ambas as obras - Dante/NEO são heróis de obras
que se lançam atemporais, visto que falam dos profundos sentimentos de luta, punição e liberdade.
É de certo que hoje vivemos em uma guerra entre o real e o imaginário, o construído e o fato, o declarado e o ser. Mas qual
a relação de tudo isso? Como entender tudo isso? No que podemos acreditar? Como devemos ver para crer? E o mais
importante porque devo crer?! Em Matrix deparamos com uma incrível metáfora proposta por Morpheus a Neo, duas pílulas,
uma lhe mostrará a verdade e a outra o conforto. Saindo da ficção, que se mostra a cada dia menos ficcional, assim como G.
Orwell com 1984, nos deparamos hoje com essas similaridades em nosso cotidiano, ou seja, assim como duplipensamento se
tornou real, a nossa escolha de “pílula” também se tornou. Em nosso cotidiano, com a torrente informacional que nos afeta o
tempo todo, temos que decidir entre o que levar e acreditar, deixar e permanecer no conforto de nossos próprios pensamentos.
Utilizando de Lacan, Flusser e Nietzsche, falaremos sobre a escolha da verdade, o que é verdade e como acreditar se algo
realmente é verdade ou não.
V
Matrix revolucionou o universo cinematográfico, em grandes partes por sua direção sofrer uma influência direta dos animes.
Os jogos de câmera e mesmo o famoso “bullet time” não eram novidades nos desenhos japoneses. Além disso, muito de seu
figurino e ambientação cyberpunk remete a animações consagradas como Ghost in the Shell. A própria ideia do plug na nuca,
o figurino “sunglases at night” e o filtro verde, além dos questionamentos filosóficos sobre a interação dos humanos com as
máquinas, são apenas algumas das referências. Toda essa influência das animações no universo Matrix fica ainda mais clara
com a coleção de 9 curta-metragens lançada em 2003, intitulada Animatrix. Aqui, vemos as irmãs Wachowski trabalhando
como nomes de peso dentro da indústria de animações e de animes, como Mahiro Maeda Blue Submarine 6, Shinichiro
Watanabe (Cowboy Bebop, Samurai Champloo), Yoshiaki Kawajiri (Vampire Hunter D) e Peter Chung (Aeon Flux), entre
outros. Hoje, 20 após o lançamento do filme Matrix e 16 anos após o lançamento de Animatrix, ainda podemos notar sua
influência em toda a cultura pop. Os efeitos inovadores, oriundos de uma mistura do cinema com a animação japonesa, e
mesmo o diálogo mais estreito entre filmes e animações mais maduras, utilizando animações para expandir universos, contar
histórias paralelas ou “spin offs”, tornou-se cada vez mais comum na indústria de entretenimento. Como exemplo, podemos
citar Riddick, Batman de Nolan e Watchman, entre outros. Vale lembrar também do formato de convidar diversos animadores
para criar um conjunto de animações amarrados por um tema, como o recentemente popularizado Love Death + Robots do
Netflix. Essas são todas heranças da união entre cinema e animações, trazidas de maneira pioneira pelo universo Matrix.
.
Um ‘mindblow’ sobre “Fact Check” iremos abordar de forma dinâmica e prática o Fact Check, o próprio alerta sobre o vaso,
na qual podemos chamar de Fake News, assunto em evidência na atualidade devido a crescente onda de (des) informação.
Neste curso daremos uma breve introdução ao que é Fake News e uma ênfase em seu combate, ferramentas, técnicas e
análises de discursos, trazendo casos reais políticos e apolíticos, além de trazer a dinâmica prática permitindo assim, que os
alunos verifiquem duas notícias trazidas pelo professor e assim, após a saída deste minicurso possa criar o hábito e interesse
de aprender ainda mais sobre Fake News e Fact Check.
V
Eventos Culturais
Artistas Expositores
Eu lhe mostro a porta, mas é você que tem que atravessá-la. (Matrix, 1999)
Angie Lucena Fernanda Pupo Marco Fraga
Áthilla Fabbio Gisela Pizzatto Max Sawaya
Boccara Havner Paulão
Bruno Bull Igor Capelatto Rafael Ghiraldelli
Cesão . Israel Maia Jr. Shiro
Charlie B. João Botas Theo Ide
Emerson Penerari Luana Mizuki
Músico Convidado
Não pense que é capaz. Saiba que é. (Matrix, 1999)
Léo Vintage
Poeta e compositor. Atua nos bares, saraus e eventos de Campinas.
Deo Ex Machina
Performance
Não tente entortar a colher, é impossível. Em vez disso, apenas tente ver a verdade. (Matrix, 1999)
Gabriel Marin e Marcella Marin
Cena IV Shakespeare Cia. O Cena IV - Shakespeare Cia é uma companhia de repertório que trabalha em todo o Brasil com
a divulgação da obra de William Shakespeare, através de suas peças, oficinas, workshops e produções audiovisuais em
parceria com a produtora Irmãos Marín, além da Escola de Formação de Atores do Cena IV, que trabalha com o método
“Consciência do Ator” desenvolvido ao longo dos mais de 40 anos dedicados ao estudo da arte do fazer teatral. A companhia
profissional é a responsável pelas montagens de espetáculos e pelas produções audiovisuais em parceria com a produtora
Irmãos Marín, coordenada pelos atores e publicitários Gabriel e Marcella Marin, formados no Cena IV e com participação
em importantes trabalhos de cenário nacional.
V
Mesa Redondas