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RESUMO
O artigo seguinte traz o conceito de epistemologia do conhecimento a partir de uma abordagem em torno de
alguns pensadores da história da humanidade e suas teorias sobre construção de saber, tema sobre o qual se
debruça para analisar a geração formal de conhecimento ao longo da história. Evoluindo do aspecto conceitual,
o trabalho aborda o princípio da construção de conhecimento na universidade, entendida como principal
organização formal voltada à produção de saber. A análise apresenta, ainda, um olhar voltado à ciência da
informação, à luz dos aspectos tecnológicos que suportam os conteúdos e ferramentas informacionais. Baseado
em levantamento de literatura, o trabalho conclui que a diversidade dos ambientes informacionais, suas fontes
e tecnologias de acesso à informação, vêm redirecionando a forma de recuperação e distribuição de
informações em diferentes suportes, para múltiplos usuários, alterando a validade e limites de produção e uso
do saber e seus aparatos tecnológicos, no cerne de uma sociedade definida como informacional.
ABSTRACT
The following article brings the concept of epistemology of the knowledge starting from an approach around
some thinkers of the humanity's history and their theories about construction of knowledge, theme on which
leans over to analyze the formal generation of knowledge along the history. Developing of the conceptual
aspect, the work approaches the beginning of the knowledge construction in the university, understood as main
formal organization returned to the production of knowing. The analysis presents, still, a glance returned to the
science of the information, to the light of the technological aspects that you/they support the contents and tools
informational. Based on literature rising, the work ends that the diversity of the atmospheres informational,
their sources and access technologies to the information, they are redirecting the recovery form and
distribution of information in different supports, for multiple users, altering the validity and production limits
and use of the knowledge and their technological apparatuses, in the center of a defined society as
informational.
Keywords: Knowledge – Information – Technology - Society.
1
Mestre em Ciência da Informação, UFBA – Universidade Federal da Bahia, raquelmendes_p@yahoo.com.br
As categorias do pensamento humano nunca são fixadas de forma definitiva; elas se fazem, desfazem e
refazem incessantemente: mudam com o lugar e com o tempo.
Durkheim
Considerações iniciais
Epistemologia do Conhecimento
∗
em razão das limitações impostas à produção do conhecimento pela visão aristotélica-tomista transformada
em dogma pela igreja católica.
escolástica, nas universidades medievais, apresenta o primeiro estudo da linguagem
(trivium), para depois partir para análise das coisas (quadrivium).
2
Pierre Lévy coloca a questão da consciência coletiva numa perspectiva de inteligência coletiva, como
fundamental para o desenvolvimento da sociedade; bem como para a própria democratização da informação e
geração de conhecimento; propondo em seu livro Tecnologias da Inteligência, profundas reflexões acerca do
atual ambiente informacional, perpassando pelas NTIC’s (Novas Tecnologias de Informação e Comunicação)
e seus impactos, e propõe um método para quantificar, mensurar a inteligência.
Popper, Thomas Kuhn, Feyerabend e Lakatos, revelando suas contribuições metodológicas
no avanço epistemológico, atento aos rumos das ciências sociais.
Enquanto Marx entende a dialética não como um método para se chegar à verdade,
apenas, mas, como a concepção do ser humano, da sociedade e da relação de ambos no
mundo. Sua definição reside na defesa do movimento de oposição, de contrários, de
contradição; assim como Hegel. Na dialética materialista figurada em O Capital, Marx
revela que os fatos em si não existem independentes do homem, mas parte da sua figuração
3
Aufhebung é uma palavra alemã que tem três significados no uso cotidiano da língua: significa abolição,
destruição, eliminação, mas também quer dizer guardar, conservar e, ainda, levantar. Para explicar a superação
de si mesmo, a partir de sua produtividade material, do seu trabalho e construção, o que lhe
possibilita construir sua história e validar como ser humano. Mao Tse Tung resume o
pensamento de Marx:
O fato básico da vida moderna, conforme vê Marx, é que essa vida é radicalmente
contraditória em sua base:
dialética Hegel teve a idéia de usar tal palavra, reunindo os tre significados.
possibilidades de construção social, em meio a certo vazio ideológico. Talvez num registro
de novo advento niilista, remontando à Nietzsche e sua teoria cética ao extremo.
O evidente é o repensar deste método buscando rever, avaliar para planejar,
direcionar esforços com vistas a salvar o homem de si mesmo e de suas dualidades
individuais e existenciais notadamente fundamentais à construção da sociedade que dele
emana; resultado de suas idéias e ideais, transformada em prática modificadora e propulsora
das transformações que se fazem mais que essenciais; emergentes e necessárias no
desenvolvimento da sociedade.
Apenas analisar o ambiente em que se vive, nunca foi tão pouco, num contexto
informacional acelerado que requer “reações revolucionárias” no sentido de mudar
conceitos; quebrar certos paradigmas e rever outros; mas, sobretudo construir um novo
ambiente, cujo índice de desigualdades torne-se aceitável, ou menos cruel, no sentido
capitalista protestante.
Talvez assim, possamos encontrar saídas para questões cruciais como: regulação e
regulamentação do papel do Estado, políticas de segurança dos direitos essenciais aos
trabalhadores; redução dos índices de desigualdades sociais e tecnológicas, entre outras.
Um profundo repensar dessas questões poderá sinalizar a construção de um momento
cientificamente produtivo; pois despertará, indubitavelmente, práticas sociais fundamentais
no processo de construção epistemológica; o que configura o real dessa era “informacional”,
tendo na ciência uma variedade de pensamentos sociais e filosóficos que se fundem e
impulsionam o surgimento de uma ciência “nova” e abrangente que é a Ciência da
Informação, cujos princípios calcados no tratamento e disseminação do insumo informação,
permeiam todos os espaços (sociais, culturais, econômicos, virtuais...) e aceleram a
necessidade de rediscutir aspectos científicos, terminológicos, legais, comunicacionais e
tecnológicos, com vistas a solidificar um novo e produtivo ambiente de informação.
Consideraçãoes finais
Hoje, em meio a extensos mecanismos de manipulação de informação, as
enciclopédias e demais fontes primárias de informação, cedem espaços às formas eletrônicas
de transmissão de informação, incorrendo numa “explosão do conhecimento” seguindo a
invenção da imprensa e grandes descobrimentos da chamada “revolução científica”. Se, por
um lado, essa nova forma de relacionamento eletrônico de informações, soluciona muitos
problemas de gerenciamento de informações; por outro, sugere novos problemas quanto a
meios, processos e uso das informações: sua captura, armazenamento, gerenciamento,
disseminação e uso.
Assim, as universidades, principais e primordiais mediadoras de informação e
geradoras de conhecimento, encontram-se no cerne de discussões na tentativa de contornar
alguns desses limites, se é que existem, em vistas de se consolidar como instituição de
geração de saberes, através da promoção de pesquisas, apoio à ciência e à tecnologia.