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I. INTRODUÇÃO
propósito de comunhar os homens com a natureza, para que alguns favores pedidos
fossem atendidos.
Por outro lado, a Astrologia lançou as bases da Astronomia, e a feitiçaria
forneceu os alicerces da observação e a experimentação, permitindo o
desenvolvimento da ciência moderna.
Portanto, mesmo que a magia não continuasse fascinando as mentes
humanas, que não fosse uma realidade ela ainda condicionar o comportamento de
milhares de pessoas, mesmo assim, só pelo fato dela advir ou dela ser
consequência, de certa forma a arte, a ciência, e para muitos a religião, já teria
assim exercido uma estupenda influência na história da humanidade, deixando
marcas profundas, e por isso merecendo sempre a atenção dos estudiosos.
Mas, a magia não é somente coisa do passado e dos povos selvagens da
atualidade. È um fenômeno presente também no mundo civilizado. È comum em
nossos dias, os horóscopos em revistas (algumas especializadas) e jornais.
Astrólogos conquistaram o respeito de inúmeros indivíduos e, especialmente no
Brasil, os terreiros de religiões afro-brasileiras proliferaram cada vez mais. O homem
da civilização Ocidental não é menos temeroso de possíveis forças naturais ocultas,
do que os seus remotos antepassados da Pré-História, ou dos atuais povos
primitivos. Por isso, as superstições persistem.
Igualmente, no caso específico do Brasil, não devemos imaginar que as
práticas mágicas são privativas dos índios e negros, descendentes de povos
incivilizados, quando da chegada dos europeus em nossa terra. O português, o
elemento étnico considerado civilizador, estava longe de ser tão racional, possuía
suas crendices, que hoje fazem parte do nosso folclore.
Contudo, é insofismável que são nas culturas ditas primitivas que a magia
assume uma importância maior. Por isso, é a Antropologia a ciência que mais vai
procurar desvendá-la. Porém, como nesse campo do saber humano, com o decorrer
do tempo, foram surgindo várias correntes de pensamento, não há um consenso
entre os antropologistas a respeito desse fenômeno, havendo diversas
interpretações, tendo todas elas como fio condutor a escola que o antropólogo
fundou ou abraçou.
Procuraremos, neste modesto trabalho, fazer um resumo das idéias sobre
magia contida no evolucionismo de Frazer, no funcionalismo de Malinowski e em
alguns dos componentes da escola antropológica francesa.
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parecido com o desafeto e alfineta-lhe todo. O efeito físico ou real, segundo a crença
nessa magia, será realizado.
simultâneo e, ao mesmo tempo, muito anterior a ele. Ou seja, são grupos étnicos
contemporâneos dele, mas em estágios culturais que faz situá-los na Pré- História.
Essa é uma forma inteligente, mas hoje superada de obter respostas dos
fenômenos sociais. Mas foi dessa maneira, com grande brilhantismo, que James
Frazer tentou explicar como a sociedade conseguiu chegar ao progresso material e
espiritual do século XIX.
Como já vimos antes, Frazer nos ensina que o insucesso do mágico fará
com o tempo ele acreditar que movendo essas forças do mundo físico estão seres
espirituais. São esses seres ou entes que dão anima aos fenômenos naturais.
Então, ele passou a cultivar diversas divindades, cada uma simbolizando uma força
da natureza ou um elemento natural. E aí nasce o politeísmo, e em alguns lugares o
antropomorfismo (muitos deuses tendo a forma humana). Com a racionalização ou a
intelectualização de muitas religiões politeístas, o homem chega ao monoteísmo,
que é uma forma superior de adorar a Deus, isso na visão frazeriana.
Por outro lado, já foi escrito antes também que Frazer afirma que a magia
nada tem de mística. Os seus processos são puramente racionais. E é nesse
intenso relacionamento do mágico com a natureza, da observação do curandeiro
sobre o corpo humano, que o ser humano vai adquirindo os conhecimentos que
fornecerão a base das ciências atuais.
Para muitos, a teoria funcionalista peca por possuir uma visão demasiada
pragmática das coisas. Reduz a importância dos fenômenos ao utilitarismo.
dizer, como um elemento que não deve ser analisada, não ela em si mesma, mas
em consonância com os outros aspectos sócio-culturais.
diretamente com a natureza e as questões que pode elaborar não têm limites,
enquanto o ponto de interrogação do mágico é sua cultura.
Contudo, essas diferenças não são tão radicais. Isto porque o cientista
pertence também a uma cultura, e é impregnado de valores desta que ele estuda os
fenômenos naturais. Por outro lado, quando a imagem transforma-se em signo,
adquire um caráter abstrato, permitindo ao mágico fazer as suas analogias e
aproximações, dando ao pensamento mágico algo que o torna semelhante ao
pensamento científico.
V. CONCLUSÃO
Uma das coisas que a Antropologia nos ensina é que a magia é uma
forma de conhecimento com sua lógica própria. Os erros e os acertos operados por
esta são encarados pela comunidade da mesma forma que no mundo civilizado se
analisam as falhas e os sucessos da ciência. Quando o cientista em nossa
civilização e o mágico das culturas primitivas fracassa, os desastres são atribuídos
às causas operacionais, sendo que a fé nos princípios mágicos e a credibilidade da
ciência não são comprometidas.
VI. BIBLIOGRAFIA