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Paraísos Artificiais de Paulo Henrique Brito é um livro inspirado na obra de

Paraísos Artificiais, escritos sobre o ópio o haxixe e o vinho de Charles Baudelaire.

Este é um livro composto por nove contos diferentes sobre os quais pouco
pontos podemos traçar em comum, somente com alguma dificuldade podemos
relacioná-los a uma ideia geral. Considerando-se a complexidade e a “improdutividade”
de um trabalho que objetivasse realizar uma síntese em um único texto de todos esses
nove contos, o objetivo a que nos propomos foi relacionar todos os contos a uma ideia
geral, elaborada a partir da leitura do livro. Dessa forma podemos dar ao conjunto de
historias que compõem este livro uma unidade, um aspecto conclusivo do qual
retiramos alguma informação. Cabe ressaltar que uma análise individual dos contos há
de ser improdutiva na medida em que os próprios contos, por não terem uma história ou
encadeamento lógico (alguns contos tratam de temas singulares como a permanência de
conforto enquanto se está deitado e/ou sentado, como se desenvolvem as mudanças no
ambiente em que você se encontra durante muito tempo; e alguns contos possuem um
encerramento inesperado, um final súbito e inconclusivo) possuem essa mesma
característica.

Em uma leitura mais “superficial” das historias, nos são apresentados apenas
conjuntos de palavras que descrevem personagens em situações por vezes comuns,
cotidianas, às vezes mais singulares, das quais não podemos extrair um sentido prático
ou uma finalidade, mas apenas reflexões destes próprios personagens a respeito da
situação em que se encontram. São leituras simples, no entanto podem ser de uma
complexa compreensão enquanto apresentam encerramentos inesperados e desfechos
por vezes apressados.

Buscamos, portanto estabelecer como um ponto em comum entre os contos um


narrador que apresenta, na maioria das vezes, em primeira pessoa situações corriqueiras
ou não, mas sempre surpreendentes no que diz respeito a um encerramento inesperado.
Esse narrador faz sempre uma descrição detalhada seja dos aspectos materiais, seja dos
seus próprios pensamentos acerca das situações em que se encontram de forma a incitar
o leitor à reflexão. É interessante notar que os cenários e as situações apresentadas, por
mais singulares que possam parecer, são simples ao ponto do leitor poder se enxergar
nelas, instigando-o à uma reflexão.

Esta reflexão citada acima foi um ponto que encontramos para, de certa forma,
costurarmos essas historias a uma ideia geral. A ideia de um indíviduo reflexivo diante
de problemas ou situações diárias, cuja solução ou desfecho são apresentados de uma
forma precipitada ou não finalizada, levando o leitor a uma inquietação, reflexão acerca
da leitura e também da própria realidade que o cerca.

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