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Agrupamento de Escolas Dr.

Ginestal Machado
Escola Básica 1 dos Leões - Biblioteca Escolar (Pólo 3)

O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares (entre as virtudes e os contrangimentos)

« Antes, durante e depois, descobrem-se verdades essenciais que estruturam a identidade». (1)

Este texto pretende ser um comentário à reflexão/provocação do colega Artur Dagge sobre a fábula da
Rainha Má, o Avaliador e o nobre Professor Bibliotecário na condução do MAABE.

A imaginação criativa de criar esta fábula sobre a operacionalização e fundamento ontológico do MAABE
é deveras muito interessante e estimulante para reflectirmos sobre alguns aspectos que esta formação nos 1
tem colocado.
O MAABE estrutura a utilização da BE em formas, princípios e valores que implicam uma estratégia de
participação, colaboração e partilha de ideias num acto criador de conhecimentos. Estrutura-o para si e
sobretudo de suporte a uma escola que saiba, que queira pensar, que queira fazer parte de um processo e
de uma entidade crítica, onde a gestão informacional é um dos seus pontos de apoio. Requer uma medição
qualitativa dos impactos que a sua acção desempenhou ou não na organização. Implica pois um conjunto
de instrumentos, dos quais uma recolha de evidências tornará possível construir a informação que
determine o grau de qualidade da BE, o que ela é como local de aprendizagem e o que deve ser feito.
Sendo uma fábula recolhe uma ideia («sempre a verdade»; «não se afligia com coisa nenhuma deste
mundo») pouco adequada ao desenho mental em que vivemos. Os eleatas como pré-socráticos
eliminavam a contigência a e a variabilidade do conhecimento, o que não é todo o nosso horizonte de
valores e de entendimento do próprio universo.
O aforismo da rainha em que todos se sujeitam a uma avaliação feita de promessas por cumprir é
pouco razoável. A RBE pode dispensar os Professores Bibliotecários e o Ministério da Educação pode até
dispensar a RBE, mas isso não será porque o modelo é visto pelo João sem Cuidados como um «modelo de
gestão e avaliação externa», ou porque das evidências as energias gastas «impediram de reflectir sobre a
informação que foi produzida». Isso, até pode acontecer no Reino maléfico da Rainha, apenas porque a
arca do tesouro é manipulada, por um qualquer ser que passa a achar do seu templo que as figuras como
o «João Sem Medo» são dispensáveis.
Além disso a fábula e o seu aforismo cola a avaliação dos docentes prefigurada pelo Ministério da
Educação à que a RBE sustenta. São realidades muito diversas, no objecto e na natureza. Todo o trabalho
é também uma crença e a minha é a de que a RBE e aquilo que nos tem proposto nada tem a ver com o
projecto ideológico, o desenho mental de uma escola agarrada a uma falência de ideias e de participação
cívica. Organizar, planear é igualmente gerir e depende de cada um saber organizar as evidências de um
modo que seja possível ler, construir a informação.
O MABE pretende ser um instrumento que nos diga que BE temos. Nâo é propriamente a de nos
virarmos para o espelho e já que estamos em latitudes de fábulas, perguntar se há BE e PB melhores que
eu? É identificar e propor melhorias. Claro que ao plano de melhoria, muitos Directores olhararão para ele
com a convicção da bruxa da maçã envenenada que tira recursos e chateia o límpido e organizado curso
dos dias. Mas isso é algo que nos ultrapassa. Nâo será qualquer «João sem Medos» que derrubará um
castelo feito de equívocos. Neste processo somos o operário e o mensageiro de qualquer coisa que me
parece poderá mudar aquilo que se faz numa escola, aprender criticamente.
(1) Michel Onfray, Teoria da Viagem

– MABE: Perspectivas, Mudanças e Melhorias –

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