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A visão e o objeto

Durante toda a nossa existência, é necessário a receção de muitas e variadas informações


em simultâneo para o homem ter a capacidade existir no seu meio: procurar alimento;
vigiar possíveis perigos; manter o contacto com outros indivíduos da mesma espécie tanto
para segurança… Isto as funções mais primordiais. Portanto era, e é, exigido aos sentidos
uma correspondência rápida e eficazes para percecionar o meio envolvente o mais
eficientemente possível, a fim de garantir a maior probabilidade de sobrevivência e
permanência. Os sentidos são a sua ligação do individuo com o meio envolvente.

Mas eles são bastante distintos entre si e na forma como interagem e como recebem os
sinais e uns destacam-se sobre os outros. Por exemplo, desde os tempos em que o homem
vivia nas copas das árvores a visão já se destacava em relação aos outros sentidos. 1

“O olho recobre um campo mais vasto; armazena dados mais complexos(…)”2

A vista é o sentido com mais ligações nervosas ao cérebro. Então por consequência é o
sentido mais complexo e comais largura de comunicação com o exterior; o que lhe tem
mais capacidade de recolha; o que mais lhe garante a mais variada informação mutas
vezes em simultâneo. Bastante mais do que os restantes sentidos.

Portanto face à quantidade e complexidade de informação que consegue recolher tornou-


se no sentido que assume maior responsabilidade no processo de comunicação do
individuo com o meio; da sua mente com exterior que o envolve; com outros seres e
objetos.

Visão também para interagir com o meio

Essa eficiente receção de informação possibilita outra importante função também


primordial.

1
“A vida nas árvores exige uma visão aguda, mas apela menos para o olfato (…) ” de em T. HALL,
Edward T.– A dimensão oculta p.53
2
T. HALL, Edward T.– A dimensão oculta p.54
Através da perceção do meio pela visão, o homem consegue executar uma ação física,
bastante precisa, de interação, de resposta a essa mesma informação fornecida sobretudo
por si própria. Não por ser a visão responsável por executar a ação física, mas por fornecer
informação coerente, que possibilita o corpo mover-se e interagir fisicamente no meio.
Consegue perceber eficientemente os objetos para poder ter contacto, interagir e circular
entre eles

Obviamente que a visão não é a única com capacidade de interpretar a envolvente porque
os outros sentidos também produzem informação que possibilita interpretar o que o
rodeia. Mas claro de forma muito distinta uns dos outros porque cada sentido produz um
tipo de informação muito próprio. Mas nenhum se aproxima da precisão que a visão
garante para se deslocar e contornar objetos. Devido à elevada capacidade de perceber os
objetos no meio, através da luz, dos contrastes, das cores, ele consegue agir e executar
uma ação muito precisa e rápida, que comparado aos outros sentidos é praticamente
instantânea.

O equilíbrio entre precisão de informação e tempo de recolha é a principal vantagem da


visão. E devido a isso, à sua precisão e eficiência, atribuiu ao homem a capacidade de
navegar e explorar eficientemente e meio que o envolve; a capacidade de deambular entre
os objetos e se desviar eficientemente dos perigosos; a capacidade de explorar o meio. As
deslocações não poderiam ser como as conhecemos sem a visão.

Comunicação e visão

Além disso, o ser humano necessita estar em contacto com outros indivíduos, com o seu
meio, com o seu universo social. Faz parte da sua natureza sociável viver em constante
colaboração entre si. E o seu desenvolvimento, tanto pessoal como coletivo, depende
muito das suas ligações com o que o rodeia. Se os meios de comunicação são as principais
formas do homem se expressar e comunicar então elas tornaram-se de facto essenciais à
sua subsistência.

E pela mesma linha pensamento, se a comunicação é de facto essencial é sua existência;


se de facto ela tornou-se num pilar fundamental na civilização humana, então a visão,
como sentido mais utilizado e como sentido predileto para o contacto do individuo com o
exterior, tornou-se num sentido essencial, essencial à comunicação. Criou-se uma relação
de associação entre a visão e a comunicação.

História – meios de comunicação

E a prova do desenvolvimento de profunda interdependência está bastante clara no


decorrer na história. Muitos sistemas sociais de linguagem e comunicação surgiram em
prol do aproveitamento da visão. Exemplos disso são: a linguagem escrita e a arte
ilustrativa, ambas bastante importes na forma de expressão do ser humano. Mas a visão
nem sempre foi a predileta à comunicação. “In fact, a primordial dominance of hearing
has only gradually been replaced by that of vision.”3

As comunicações eram feitas sobretudo pelo diálogo, em pessoa. E portanto era mais
comum no dia-a-dia os outros sentidos além da visão eram essenciais.

E os sinais que se passavam na rua em feitos por outros sentidos. Por exemplo na rua
medieval, apesar de poderem funcionar naturalmente através da visão, eram feitos
sobretudo através do olfato e da audição4 – o olfato do pão ou dos bolos pelas ruas estreitas
para chamar atenção de possíveis clientes. Esta relação de proximidade, que hoje em dia
não é tão manifesta, levou também a alguma quebra da importância deste sentido.

A visão era utilizada sobretudo por intelectuais; ou por sujeitos de classes superiores que
tinham acesso a uma educação mais favorável ao individuo comum. Sabendo utilizar a
visão em prol de informação ela trazia um novo mundo imenso de conhecimento. Como?
A visão, e ainda mais naquela altura, é o sentido que permite a permanência de informação
além do tempo de mortalidade humana, porque permite a leitura de objetos que podem
contem informação que foi deixada no passado por outra pessoa. Essa informação é
deixada através da escrita e da arte. Ou seja, devido à visão muita informação pode
transcender variadas gerações e ser lida no futuro. Este fator levou a que a visão ainda
naquela altura fosse extremamente importante por permitir acesso a uma vasta e ampla
informação oriunda do passado.

3
PALLASMAA, Juhani - The eyes of skin. p.24
4
VENTURI, learning from Las Vegas. p.9
Gradualmente e acompanhando a crescente importância da alfabetização (sobretudo no
século XVIII) as taxas de analfabetismo foram diminuindo e a escrita ganhou um novo
alento e importância no panorama cultural, na transição de informação e conhecimento.

TRANSIÇAO?

Referindo um panorama mais recente. A audição ainda hoje garante um papel muito
importante em muitas formas de comunicar. “A poesia, a pintura, a música, a escultura,
a arquitetura e a dança são artes que dependem essencialmente, se não exclusivamente,
da vista e do ouvido. O mesmo acontece nos sistemas de comunicação que o homem
elaborou.”5

Mas a visão é a mais capaz, a que melhor consegue acompanhar eficientemente as novas
noções do tempo e do espaço.6 No século passado, potenciados por notáveis avanços
tecnológicos, foram forjados novos meios de comunicar e novos modos de potenciar o
sentido da visão: A imprensa, a luz artificial, a fotografia. E posteriormente a isso: a
“Televisiones, faxes, fatocopiadoras y ordenadores se han convertido en las ventanas
virtuales de la era de las autopistas de la información (…)7 ” reforçaram ainda mais a seu
domínio.

Além da comunicação, a locomoção mudou substancialmente devido ao automóvel. Ele


exigia uma perceção do meio envolvente ainda mais rápida e eficiente onde a visão
assumia um papel fundamental. E os sinais visuais fundamentais ao motorista passaram
a ter mais importância na rua.8

A sua ampla capacidade de comunicação, através da eficiente recolha em simultâneo e


instantemente de uma grande quantidade de informação, garantem-lhe o reinado do
sentido predileto. REPETIDO?

A dependência do meio com a visão

5
T.HALL p54 dimensão oculta
6
“The only sense that is fast enough to keep pace with the astouning increase of speed in the
technological world is sight.” in PALLASMAA, Juhani - The eyes of skin. 2006. p.21
7
LEACH p.15
8
“On Main Street, shop-window displays for pedestrians along the sidewalks and exterior signs,
perpendicular to the street for motorists, dominate the scene almost equally.” em Learning from Las Vegas.
Pág. 9
O nosso novo meio bastante alterado pelo homem, se não totalmente, evolui de acordo de
forma a tirar o máximo de partido do sentido predileto, em prol do seu desenvolvimento.
Ele não existiria como o conhecemos sem essa corelação. Tornou-se no que é hoje, de
ritmo veloz, de distâncias encurtadas e de correspondência instantânea para qualquer
parte muito devido a ele.

E portanto já percebemos que graças à visão a sociedade sofreu enormes melhorias,


sobretudo no que se trate de comunicar, na facilidade de o fazer, nas melhorias que
proporcionou em relação ao acesso a conhecimento; e também novas capacidades de
locomoção. Potenciada pela tecnologia as noções do passado de tempo e espaço foram
destroçadas graças à visão. A cidade desenvolveu o seu novo ritmo, veloz, suportado por
uma nova e eficiente comunicação – pela visão tecnológica.

O produto da visão – imagem – MAIS

O resultado dessa corelação é que, em geral, ela torna-se cada vez mais fundamental, e o
ser humano cada vez mais dependente dela. Formou-se uma espécie de ciclo vicioso e
cada vez se torna mais importante.

Consequência: a imagem, objeto que pode ser lido pela visão, tornou-se numa das
principais formas de comunicar. Ela pode transmitir muita informação que é lida pela
visão e pode ser divulgada por muitos meios de comunicação também criados em prol do
sentido. O mundo tornou-se uma rede através da imagem, inundado por ela numa
necessidade de expressão. Tornou-se num valor essencial, fundamental.

MAIS

Mas até que ponto essa afinidade pode ser somente positiva? Será que a
disseminação sem limites da imagem é sempre vantajosa?

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