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Programa de Pós-Graduação em Física

Curso de Inverno de Matemática Básica – 2013

CURSO DE INVERNO DE
MATEMÁTICA BÁSICA
2013

Programa de Pós-Graduação em Física


Pró-Reitoria de Ensino de Graduação/UFSC
Pró-Reitoria de Ensino de Pós-Graduação/UFSC
Projeto REUNI – Reestruturação e Expansão das Universidades Federais

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Programa de Pós-Graduação em Física
Curso de Inverno de Matemática Básica – 2013

CURSO DE INVERNO DE
MATEMÁTICA BÁSICA
2013

Apostila elaborada por (Programa de Pós-Graduação em Física da UFSC):


Giovanni Formighieri
Eduardo Muller
Luana Carina Benetti
Renan Cunha de Oliveira
André Felipe Garcia

Coordenação:
Giovanni Formighieri

Supervisão:
Prof. Dr. Marcelo Henrique Romano Tragtenberg
(Departamento e Programa de Pós-Graduação em Física da UFSC)

Conteúdo e ministrantes:
05/08/2013 - Fatoração, Frações, Potenciação e Radiciação (Eduardo Muller)
06/08/2013 - Equações, Inequações, Sistemas de Eq. e Polinômios (Giovanni Formighieri)
07/08/2013 - Funções I (Luana Carina Benetti)
08/08/2013 - Funções II (Renan Cunha de Oliveira)
09/08/2013 - Trigonometria (André Felipe Garcia)

Programa de Pós-Graduação em Física


Pró-Reitoria de Ensino de Graduação/UFSC
Pró-Reitoria de Ensino de Pós-Graduação/UFSC
Projeto REUNI – Reestruturação e Expansão das Universidades Federais

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Curso de Inverno de Matemática Básica – 2013

Módulo 1: Fatoração, Frações,


Potenciação e Radiciação

1. Fatoração

Fatorar numericamente é decompor um


número em um produto de outros números,
chamados fatores. O número 24 pode ser
fatorado como sendoo produto entre os
números 2 e 12 (2 x 12 = 24); 3 e 8 (3 x 8 =
24); ou até mesmo 2 e 6 e 2 novamente (2 x 2
x 6 = 24). A fatoração completa ocorre
quando um número é decomposto no maior
número possível de fatores. Isto ocorre
quando escrevemos este número somente
através da multiplicação de números primos.
Números primos são aqueles que podem ser
divididos somente por um e por ele mesmo.
Do mesmo modo, podemos obter que:
Exemplos 1:
a)
b)
c) e
d)
e)
Este último resultado é chamado diferença
Fatoração algébrica consiste em escrever de dois quadrados.
determinada expressão algébrica na forma do
produto entre duas ou mais expressões Exercícios Propostos:
algébricas.
Fatore:
Exemplos 2: a) 12 =
a) b) 65 =
b) c) 500 =
c) d)
e) =
Os exemplos acima contêm expressões f)
contidas dentro de parênteses. Eventualmente g)
temos expressões com produtos de mais de
um parêntese. Para multiplicarmos dois
2. Frações
parênteses, cada termo do primeiro
parênteses deve multiplicar cada termo do
segundo parênteses, assim: Número fracionário é o número resultante

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da razão de dois números inteiros. Dados os


números inteiros a e b, a representação geral 2.2 Transformação de Número Decimal em
a Número Fracionário
de uma fração é dada por
b , onde temos que
o número inteiro a é chamado de numerador, Para transformar um número decimal em
e o número inteiro b é chamado de número fracionário, toma-se o número que se
denominador e é diferente de zero. Esta obtém desprezando zeros à esquerda e a
última consideração se deve pois um número vírgula, e dividir por 10, 100, 1000..., ou seja
dividido por 0 é indeterminado. o algarismo um seguido de um número de
Quando dividimos ou multiplicamos o zeros igual ao número de casas após a
numerador e o denominador de uma fração virgula.
por um mesmo número, diferente de zero, Exemplos 4:
sempre obtemos uma fração equivalente à
4 42 2
fração dada. a) 0,4   
10 10  2 5
1 5 5 5 5 1
Ex.: .  e   23
3 5 15 15 5 3 b)  2,3  
10
5 1
Logo e são frações equivalentes. 612 612  2 306 153
15 3 c) 0,612    
1000 1000  2 500 250
São frações
143
equivalentes, d) 14,3 
pois representam 10
a mesma parte 15
de um inteiro. e) 0,15   15%
100

Caso o decimal for uma dízima paródica, o


Outro exemplo, um pouco mais geral, seria:
processo é um pouco mai complicado. Nesse
caso, escrevemos a dízima como uma soma S
de números decimais. Feito isso,
multiplicamos essa soma por um número 10N,
2.1 Transformação de Número Fracionário onde N corresponderá ao número de casas
em Número Decimal decimais do primeiro decimal da soma S. Em
seguida, faz-se a subtração da soma
Basta dividir o numerador pelo multiplicada pela soma definida. Vejamos um
denominador. exemplo de como isso ocorre.

Exemplos 3: Exemplos 5:
1
a)  1 : 5  0,2 a) Transforme a dízima 0,6666... em decimal.
5
20 Solução:
b)  6,66... Escrevemos a dízima como uma soma S
3
S = 0,6+0,06+0,006+... (1)
Multiplicamos a soma acima por 10N, onde N

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= 1 é o número de casas decimais do primeiro a)


0,55;  1,2; 1,33; 2,4;
decimal da soma. O resultado será  0,125; 0,2000; 2,07 .
10S = 6+0,6+0,06+0,006+... (2) 1 2 3 15 450
a) ;  ; ; ; 4; ,  7.
Fazemos a subtração de (2) por (1), donde 2 3 5 7 100
obtemos 7  10
b) 0,4; 7,2;  2,1; ; ; 2.
5 3

2.3 Adição e Subtração

Podemos somar ou subtrair frações que


Assim, possuam o mesmo denominador,
procedendo da seguinte forma: somando (ou
b) Encontre a fração correspondente à dízima subtraindo) o numerador da primeira fração
0.090909... com o numerador da segunda fração e assim,
sucessivamente, (se houver mais frações). O
Solução denominador será o mesmo!
S = 0,09+0,0009+0,000009+... (1) Exemplos 6:
2
Multiplicamos (1) por 10 , 1 3 4
a.  
100S = 9+0,09+0,0009+0,000009+... (2) 5 5 5

Fazendo (2) menos (1), temos 5 3 1 3


b.   
7 7 7 7
Quando as frações possuem
denominadores diferentes, devemos reduzí-
las ao menor denominador comum (ou
Logo, temos Mínimo Múltiplo Comum-MMC) e, em
seguida dividir pelo denominador e o
resultado multiplicar pelo numerador. Este
Exercícios Propostos: procedimento se repete para cada fração
existente. Por último, podemos somar ou
1. Transforme os números decimais abaixo subtrair as frações equivalentes às frações
em frações: dadas.
a) –1,3
Exemplo 7: 15 é o menor denominador
b) 0,580
comum ou o mínimo
c) 0,1000 múltiplo comum de 3 e 5.
d) 7%
1 4 5 12 17
e) 3,3333...    
3 5 15 15 15

2. Coloque os números abaixo na ordem Frações equivalentes às


crescente: frações dadas, com o
mesmo denominador.

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Contra Exemplo: 5 2 5 2 10
b)   
1 3 1 3 3

2.5 Divisão

Mantenha a primeira fração e inverta a


Exercícios Propostos: segunda passando a divisão para
multiplicação.
3. Calcule e dê a resposta na forma
fracionária: Exemplos 9:

1 3 Para os exemplos a e
a)   c lembre-se:
2 5
7 1
b)  
3 5
1 1 7 1 1 1 1 1
2 1 3 a) : 7 ou :    
c)    5 5 1 5 7 5 7 35
3 4 5
2
1 1 3 1 2 1 2 2
d) b) :    
5 5 2 5 3 5 3 15
e)  5  3  2 8 2 8 3
6 4 8: ou :   
c)
3 1 3 1 2
1 3 8 3 24  2 12
f)       12
12 8 1 2 22 1
g) 2  0,7  1,25  0,4 
Exercícios Propostos:
h) 2  0,7  7 
4 4. Calcule os produtos e dê a resposta na
3 4 1 forma fracionária:
i) 1,2    
4 5 2 a)  13  5  16 
8 26 15

b) 2.    (0,6)  
13 1
2.4 Multiplicação
 8 39

Basta multiplicar numerador por c)  0,8    9   0,5 


numerador e denominador por  20 
denominador.
5. Calcule as divisões:
Exemplos 8: 2
1 5 1 5 5 a) 3
a)    9
3 4 3 4 12 4

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3 b)  32   3   3  9
b) 4 
4
o Número negativo elevado a expoente
1 2
c)  ímpar permanece negativo.
7
Exemplo 12:
2
d) 
1 2  23  
 2   2
 
  2 
= 4   2  8
3. Potenciação

Podemos simplificar a multiplicações de Principais propriedades:


fatores iguais. Por exemplo, o produto 3.3.3.3
pode ser indicado na forma 34 . Assim, o a) a m  a n  a m n
símbolo a n , sendo a um número inteiro e n
um número natural maior que 1, significa o Exemplos 13:
produto de n fatores iguais a a:
i) 2 x  2 2  2 x 2
a  a.a.a. ... .a
n
   ii) a 4  a 7  a 47  a11
n fatores

onde: 1
b) a n 
- a é a base; an
- n é o expoente;
- o resultado é a potência. O sinal negativo no expoente indica que a base
da potência deve ser invertida e
Por definição, temos que: a0 = 1 (a ≠ 0, pois simultaneamente devemos eliminar o sinal
negativo do expoente.
00 é indeterminado) e a¹ = a.

Exemplos 10: Exemplos 14:


1
i) a 3  3
a)
 22   2.  2  4   1 a
 23  2.  2.  2  8 2 2
2
3
2
32 9
ii)       
2 3 2 22 4
3 3 3 9
b)    .  1

iii)  4      
1 1 1
4 4 4 16
 4 4

c) 2  8 2 2 1 2 1
3
iv)    x
3x 3 x 3

Cuidado com os sinais!!!


am
o Número negativo elevado a expoente c)  a mn
par fica positivo. an

Exemplos 11:
Exemplos 15:
a)  2   2
.  2
.  2
.  2  16
4

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4
34 c)  3 
i) x  3 4 x

3 2

a4 4
ii)  a 45  a 1 d)   3 
a5  2
3
e)   3 
d) a  m n
 a mn
 2
2
f)   3 
 5
Exemplos 16:

i) 4 3  2
 4 3.4 3  4 33  4 6 7. Qual é a forma mais simples de escrever:

ii) b x  4
 b x4  b 4x a) (a . b)3 . b . (b . c)2
3 2 5 4
b) x . y . y7 .x.x
y
e) a  b n
 a n  bn

Exemplos 19: 8. Calcule o valor da expressão:

i) x  a   x2  a2
2
2 1 2
2 1  1
A         
ii) 4 x   43  x 3  64x 3  3 2  4
3

 
iii) 3 x
4
 34   x4
 
 34  x
1
2
4
 1 1
3.   
2

 34  x
4
2
 34  x 2  81x 2 9. Simplificando a expressão  2  4 ,
2
 1 3
3.   
 3 2
n
a an obtemos qual número?
f)    , com b  0
b bn
10. Efetue:
8
Exemplos 18: a) a 3 
a
2

i)  
2 22 4
 2  2 2 3
3   2 
3 9 b)  2ab3    a c  
 c   b 
2    
ii)  
1 12 1
 
5 52 25  3x 2 y 
2

 3 3 
c)  a b  
3
 3xy 2 
Exercícios Propostos:  2 2 
 2a b 
4
6. Calcule as potências: d)  3a2  
b 
a) 50
b) (-8)0

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2 2
 3 iii) 5
62  6 5
e)  2ab  
4  5x 
 
n
4 b) n
an  a n
 a1  a ,
f)   1  
 3a 
2
para n ímpar.

2
11. Qual o valor de a, se a    2  4 
Exemplo 21:
?
 5
 23  2 3  21
3
i) 3
   2
12. Simplifique as expressões:
n
an  a
3n  2  3n , para n par
a) E 
3  3n 1 Exemplo 22:
4n  2n 1  22
b) E  i)  2 2
4n 1

25n  2  100 a b  a n b
G
n n
c)
c) 5n 1

Exemplo 23:
4. Radiciação 3
a3  b6  3
a3  3 b6
i) 3 6
A radiciação é a operação inversa da a 3
b 3
 a  b2
potenciação. De modo geral podemos
escrever:
n
a a
n
a  b  b  a n   e n  1
n
d) n 
b n
b
a) 4  2 pois 2 2
 4
Exemplo 24:
b) 3
8  2 pois 2 3
 8 6
a6 a6 a 2
  5
Na raiz n
a , temos: i) b 5 b 5
b 2

3 3
a a
- O número n é chamado índice;  5
ou
b 2 b5
- O número a é chamado radicando.

 b   b   b
1 1m m
Principais propriedades: m 1 m m 
e)
n n n
 bn 1  b n
p
a)
n
ap  a n
Exemplo 25:

i)  5 3   5 12 
3 1 13
3  3
Exemplos 20:  52  52 1  5 2
 
1
i) 3
2  2 3

ii) 43  4
3
2 f) n m
a  m n
a

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Exemplo 26: 16. Escreva na forma de radical:


32
i) 3 2
3  3  6
3 1
a) 25 
2
b) 4 3 
Exercícios Propostos: 1
c) x 4 
13. Dê o valor das expressões e apresente o
1
resultado na forma fracionária: 
d) 8 2 
1
a)  5
100 e) a 7 

 
1 1
b)   f) a3b 4 
16

 
1

c) 4
 g) m2n 5 
9
3

d)  0,01  h) m 4 

e) 0,81 
17. De que forma escrevemos o número
f) 2,25  racional 0,001, usando expoente inteiro
negativo?
14. Calcule a raiz indicada: a) 10 1

a)
9
a3 b) 10 2

b) 3
48 c) 10 3

d) 10 4
c) t7
e) 110
4 12
d) t

18. Simplifique 12 10  6 10  8 10 .
15. Escreva na forma de potência com
expoente fracionário: 19. Determine as somas algébricas:

a) 7 a) 7 3 2  23 2  5 3 2 
3 4
b) 4
2  3
5 5 5 5
b)    
c) 5
3 
2 6 2 5 3

d) 6
a5 
5. Regra de Três Simples
e) 3
x2 

1 A Regra de Três Simples é uma forma de


f) 
3 se descobrir um valor indeterminado através
de outros três valores. Para tal, relacionam-se

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quatro valores divididos em dois pares (par se a velocidade utilizada fosse de


aíndice e bíndice) de mesma grandeza e unidade 480km/h?
(e.g.: a1 e a2), os quais estão relacionados
entre si. Existem duas formas de se 21. Bianca comprou 3 camisetas e pagou
realizarem os cálculos pela Regra de Três R$120,00. Quanto ela pagaria se
Simples, dependendo da relação entre os comprasse 5 camisetas do mesmo tipo e
pares de grandezas. preço?
a) Grandezas diretamente
22. Uma equipe de operários, trabalhando 8
proporcionais:
horas por dia, realizou determinada obra
a1 b1 em 20 dias. Se o número de horas de

a2 b2 serviço for reduzido para 5 horas, em que
prazo essa equipe fará o mesmo trabalho?
b) Grandezas inversamente
proporcionais:
a1 b2
 Respostas Módulo 1
a2 b1

Exemplo 27:  13 29 1 7
1. a) 10 b) 50 c) 10 d) 100
Um atleta percorre 35 km em 3 horas.
***********************************
Mantendo o mesmo ritmo, em quanto tempo 11 32 61
ele percorrerá 50 km? As grandezas são 2. a) 10 b) 15 c) 60
diretamente proporcionais (quanto maior o
7 1
tempo, maior a distância que ele percorre), 
d) 5 e) 12
portanto utilizamos a relação dada em a:
***********************************
35 km 3 h 1 1 9
 
50 km x 3. a) 3 b) 20 c) 50

fazendo-se a multiplicação cruzada dos ***********************************


termos: a) 8 b) 3 c)  1 d)  4
4. 27 16 14
35x = 150
***********************************
x = 4,29 horas = 4h + 0,29h 5. a) (1,2); (0,125); (0,2); (0,55); (1,33); (2,07); (2,4).

= 4h + 17min = 4h17min b)  7;  2 ; 1 ; 3 ;15 ;4; 450


3 2 5 7 100

c)  10 ; (2,1); (0,4); 7 ; 2; (7,2)


3 5
Exercícios Propostos: 6. a) 1 b)1 c) 81
16
20. Um trem, deslocando-se a uma 27 9
81
velocidade média de 400Km/h, faz um 
d) 16 e) 8 f) 25
determinado percurso em 3 horas. Em
quanto tempo faria esse mesmo percurso, ***********************************

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65 6
3 6 2 8

7. a) a b c b) x 8. 4 9. 7
21. R$200,00 pelas 5 camisetas
*********************************** ***********************************
8
10. a) a 5
b) 4a3 b c) 8 x
c 3y4
22. 32 dias
81a 4 25 x8
d) b
8 2 6
e) 4a b f) 81a8 ***********************************

***********************************
25 12. a) 3n b) 2n-3 c) 2.5n+4
11. a = 36

***********************************
13. a) 1 b)  1 c) 2
10 4 3

d) - 1 e) 9 f) 15
10 10 10

***********************************
a)3 a b) 2.3 6 c) t 3 t d )t 3
14.
***********************************
1 3 2 5
15. a )7 2 b) 2 4 c) 3 5 d ) a 6
2 1

e) x 3 f ) 3 2

***********************************
1
16. a)5 2 b) 3 16 c) 4 x d ) e) 7 a 5
8
1 1
f) 4
a 3b g ) h)
5
m2n 4
m3
***********************************
17. letra c 18. 2 10

***********************************
11 3
a)  2
12
19. 2
b) 5
15

***********************************

20. 2,5 horas (2h30min)


***********************************

12
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verdadeira. Resolvendo a equação acima:


Módulo 2: Equações,
Inequações, Sistemas de 1° Passo: Diminuindo nos dois lados
da equação (ou somando em ambos os
Equações e Polinômios lados da equação):

Nesse capítulo serão abordados conceitos


referentes ao tratamento e resolução de
equações e inequações de 1º e 2º graus,
2° Passo: Dividindo ambos os lados da
equações biquadradas¸ equações fracionárias
e equações irracionais. Serão estudados equação por (ou multiplicando por ambos
tambem os polinômios e os sistemas de os lados):
equações do 1º. grau. Estes assuntos fazem
parte da ementa do ensino fundamental e
ensino médio, sendo sua compreensão de
fundamental importância para estudos de
matemática avançada.

1. Equações Assim, o único valor de para o qual a


equação é satisfeita é .

Equação é uma sentença matemática que 1.1. Equações de 1° Grau


expressa uma relação de igualdade entre
variáveis (tambem chamadas de incógnitas, É toda equação na forma ,
ou seja, quantidades desconhecidas de uma
sendo e números reais, com . Essas
equação ou de um problema), sendo que a
equações possuem apenas uma incógnita e
condição imposta pela equação só é
são denominadas de Equações de 1° grau,
verdadeira para determinados valores
pois é a maior potência da incógnita (
atribuídos às incógnitas.
).
Mais simplificadamente, a equação
A solução geral de uma equação do 1º.
consiste em uma expressão matemática
b
envolvendo o sinal de igual e ao menos um grau é dada como x   .
a
termo desconhecido (uma incógnita), como
mostrado abaixo:
Exemplos:

i.
Onde é a única incógnita da equação
(as incógnitas podem ser representadas por
qualquer letra). Como já mencionado Resolução: Inicialmente, se subtrairmos 17
anteriormente, a equação será satisfeita dos dois lados da equação, poderemos
somente para determinados valores da perceber com mais facilidade que trata-se
incógnita (neste caso, ). A resolução de uma
de uma equação do 1º. grau:
equação consiste em determinar os valores
das incógnitas para os quais a equação é
3 y  8  17  17  17

13
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Curso de Inverno de Matemática Básica – 2013

3 y  8  17  17  17

3 y  9  0

Agora, podemos adicionar 9 nos dois lados


da equação, o que resulta:

3 y 9 9  0  9

3 y  9 Possíveis soluções de uma equação do


1º grau.

Dividindo então, ambos os lados da


Uma equação do 1º pode ter ou não
equação por 3 (ou multiplicando ambos solução, como mostrado nos exemplos
1 abaixo:
os lados por ), teremos:
3
Exemplo com solução única:
3 y 9

3 3

y  3

OBS: Durante a resolução de uma


Então, o único valor de para o qual a
equação, caso haja a situação na qual
equação é satisfeita é .
a  0 então ax  b  0 , por definição, não
é uma equação de 1º grau. Abaixo aparecem
ii.
alguns erros comuns na resolução:

Exemplo que não possui solução:

Note que não existe nenhum número que


9 multiplicado por 0 dará 10 (ou qualquer outro
x número diferente de 0).
2

iii. Exemplo com infinitas soluções:

14
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Resolvendo esta equação obtemos que


(infinitas soluções). Olhando
para o gráfico:

Podemos perceber que qualquer número


que assuma a igualdade será verdadeira.

Vamos analisar, geometricamente, a


solução de três equações:

a)

Resolvendo esta equação obtemos a Figura 3. Retas coincidentes.


solução (solução única).
Olhando para o gráfico:
1.2. Equações de 2° Grau

É toda equação, com variável , que


pode ser colocada na forma de
, sendo , e números reais
conhecidos, com . As equações de 2°
grau possuem apenas uma incógnita e são
denominadas desta forma pois o maior
expoente da incógnita é igual a 2 .

Figura 1. Retas concorrentes. Exemplos:

1.
b)

Resolvendo esta equação obtemos que 2.


(não tem solução). Olhando
para o gráfico: 3.

4.

OBS: quando e/ou são nulos temos uma


equação incompleta, para e não nulos
temos aquilo que chamamos de equação
completa.

Equação de 2° Grau Incompleta (


Figura 2. Retas paralelas.
e/ou são nulos)

1° Caso: e são nulos:


c)
Se , ⇒ .

15
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⇒ e ⁄
Exemplo: Equação de 2° Grau

⇒ . As equações de 2° grau (tanto completas


quanto incompletas) podem ser resolvidas
2° Caso: nulo: através da equação de Bháskara:

Se ,


onde é o discriminante da
equação e lembrando, novamente,
Exemplo: .
Repare que se for menor que zero
( ), a equação não tem raízes reais, mas
sim duas raízes complexas:

e

√ √

⇒ e . Onde i  1 .
Se for nulo ( ), a equação de
3° Caso: nulo: Bháskara terá uma raiz dupla, dada por:

Se c ,

Para o caso em que é maior que zero


( ), a fórmula de Bháskara fornece duas
⇒ e ⁄
raízes reais e diferentes, sendo elas:
Exemplo:

e

Através da figura abaixo podemos ver o


comportamento de uma equação de 2° grau
para os três casos analisados acima ( ,
e ).

16
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Observe que como é nulo, existe apenas


uma raiz real dupla que satisfaz a equação.

1.3. Equações Biquadradas

São as equações que podem ser escritas


na forma geral , onde é
Figura 4. Gráfico de uma equação de 2° grau. O a variável e , e são reais com .
gráfico é feito para os casos em que ∆>0 (esquerda),
∆=0 (centro) e ∆<0 (direita). Além disso, pode-se ver o
Para encontrar as 4 raízes deste tipo de
comportamento da curva para os casos em que a>0 equação, faz-se a seguinte substituição de
(superior) ∆<0 (inferior). variáveis:
Exemplo 1: Determinar as raízes da
equação .
Resultando em uma equação do tipo
Primeiramente calculamos o discriminante: (2° grau), a qual se sabe
resolver através da equação de Bháskara.
Com este procedimento transformamos uma
equação biquadrática em uma equação
As raízes são dadas por quadrática.
Após encontrar aos valores de y (duas
√ raízes, e ), os valores de x (quatro
raízes) são facilmente obtidos fazendo:

√ √ √
√ √

Desta forma, tem-se Exemplo: Dada a equação


, encontre suas raízes.

Exemplo 2: Determinar as raízes da Fazendo ⇒ ,


equação . cujas raízes são e . Assim, as
os valores de x são:
Primeiramente calculamos o discriminante:
√ √
√ √

Calculando as raízes obtemos

17
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1.4. Equações Fracionárias Na seqüência, dividimos novamente todos os


termos, desta vez por ( x  1) , o que resulta:
Uma equação é fracionária quando
algum termo possui alguma variável no
3x , ( x  1) , 3 3
denominador. Por exemplo:
x , ( x  1) , 1 x
1. ; com . 1 , ( x  1) , 1 ( x  1)
1 , 1 , 1
2. ; para e
O minimo multiplo comum entre estes três
.
termos então será

3. ; para e
3x , ( x  1) , 3 3
. x , ( x  1) , 1 x
OBS: As restrições nos valores da variável x 1 , ( x  1) , 1 ( x  1)
nos exemplos acima são para que não ocorra 1 , 1 , 1  3 x( x  1)
divisão por zero (indeterminação).
Para resolver tais equações é necessário
tirar o mínimo múltiplo comum (MMC) dos Passo 2: O denominador de cada termo se
denominadores para eliminarmos a variável torna o m.m.c e o numerado de cada termo
dos denominadores. Vejamos alguns será a multiplicação do antigo numerador por
exemplos do procedimento abaixo: m.m.c./d, onde d representa o antigo
denominador do termo em questão:
Exemplo:

Passo 1: Cálculo do MMC: Arranjando os


denominadores conforme o dispositivo
prático conhecido desde os tempos de
colégio, teremos:
Passo 3: Como todos os denominadores são
3x , ( x  1) , 3 iguais, multiplicamos ambos os lados da
equação pelo MMC a fim de eliminarmos os
denominadores da equação:
Iniciamos a divisão, dividindo os temos do
lado esquerdo por 3 , o que resulta:

3x , ( x  1) , 3 3
x , ( x  1) , 1
Desta forma, escrevemos a equação na
Após, dividimos por x e teremos: forma que estamos habituados e suas raízes
são obtidas com o auxílio da equação de
3x , ( x  1) , 3 3 Bháskara:
x , ( x  1) , 1 x
,
1 , ( x  1) , 1
18
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3
64  4

e
44

Da conclusão acima, vemos que a


resposta x  64 é adequada.
1.5. Equações irracionais

São equações que apresentam incógnita 2.
com expoente fracionário, como por
Passo 1: Isolando o termo com expoente
exemplo:
fracionário,


1. .

2. . Passo 2: Elevando-se os termos à potência 2,

3. .

Para resolver tais equações se isola o

termo com expoente fracionário dos outros e
se eleva todos os termos da equação por uma
potência para a qual o expoente da incógnita Prova real: Substituindo x  7 na equação
se torne inteiro. original, teremos:

Exemplos: ( x  3)1/2  2

1. ⁄ [(7)  3]1/2  2

Passo 1: Isolando o termo com expoente


(4)1/2  2
fracionário,

2
4 2
Passo 2: Elevando-se os termos à potência 3,
22

Mais uma vez, a resposta é adequada.

Prova real: Neste tipo de qeuação, devemos 3. x x7 5


sempre incluir uma prova real, pois poderá ⁄
ocorrer o fato de termos um resposta, mas que Lembrando que √
não é adequada ao problema irracional inicial.
Passo 1: Isolando o termo com expoente
Assim, se susbtituirnos x  64 na expressão
fracionário,
x1/3  4 , teremos:
x 7  5 x
(64)1/3  4
Passo 2: Elevando-se os termos à potência 2,

19
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( x  7)2  (5  x)2 O tipo mais simples de polinômio que


podemos encontrar se chama monômio.
Abaixo, encontramos um exemplo de
x  7  25  10 x  x2
monômio:

x2  11x  18  0
Neste monômio, podemos identificar o
Utilizando o método de Bhaskara, temos coeficiente numérico como sendo o número
que as raízes são x1  2 e x1  9 . 2, e a parte literal, como sendo .
Definimos o grau de um monômio como
1.6. Equações Simples de Duas sendo a soma dos expoentes da parte literal.
Variáveis Assim, o grau do monômio exemplificado
acima é 3, pois esta é a soma do expoente do
São equações da forma (2) com o expoente do (1).
, com , e números reais, sendo e
coeficientes não nulos.
Estas equações com duas variáveis Binômios, Trinômios e Polinômios
possuem infinitas soluções e podem ser
escritas na forma . Por A soma de dois monômios é denominada
exemplo: binômio, como exemplificada abaixo:

1. ⇒

2. ⇒ Do mesmo modo, um trinômio é definido


como a soma de três monômios e um
3. ⇒ polinômio, em geral, como a soma de quatro
ou mais monômios. O grau de um binômio ou
polinômio é definido como o grau de seu
A resolução de tais equações será vista monômio de maior grau. Assim, o grau do
aprofundadamente mais adiante, no capítulo polinômio mostrado acima é 5.
referente a sistemas de equações.

2. Polinômios 2.1. Operações com Polinômios

Polinômios (ou expressões algébricas)


As operações com monômios são já
são expressões matemáticas envolvendo
conhecidas do estudante, pois foram
números, letras (que representam variáveis) e utilizadas no processo de simplificação de
com somas e produtos entre estes elementos.
expressões algébricas e no processo de
Você perceberá que as equações com as quais
resolução de equações, vistos anteriormente.
estávamos trabalhando anteriormente são
Portanto, faremos apenas uma breve revisão:
exemplos de polinômios.
Soma de monômios:

Monômios

20
Programa de Pós-Graduação em Física
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):

Observe que a soma de binômios e de


Dividir por :
polinômios, de uma maneira geral, consiste
em uma extensão natural da operação de
soma de monômios, ou seja, a soma de um
polinômio nada mais é que a soma de
monômios. Por exemplo:
Entretanto, ao contrário da soma,
subtração e multiplicação, a divisão de
binômios e a de polinômios de uma maneira
mais geral, não é uma simples extensão deste
processo, e justamente por este motivo, dá
lugar, comumente, a uma série de resoluções
erradas. Vamos ver alguns exemplos da
divisão de binômios:

Dividir 4 por :

A operação de subtração também


consiste em uma extensão desta mesma ideia
de soma.
Dividir por :
Multiplicação de monômios:

A multiplicação de monômios se resolve


facilmente multiplicando termo a termo, onde
são multiplicados os termos numéricos e os
termos literais. É importante lembrar a
propriedade . Exemplos: Observem que o denominador foi
simplificado através de fatoração.

Dividir por :

Divisão de monômios e polinômios: Observem que novamente o


denominador foi simplificado através de
A divisão de monômios, tal como a fatoração.
multiplicação, resolve-se de maneira simples:
dividem-se os coeficientes numéricos entre si,
após, dividem-se as letras iguais entre si, Dividir — por :
subtraindo os expoentes, como mostrado no
exemplo a seguir (É importante lembrar que:

21
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dividendo, um monômio que “não pode mais


ser dividido” pelo divisor.

Divisão de polinômios: Dividir


por :
Para resolvermos as divisões de
polinômios, devemos inicialmente montar a
divisão a maneira de como fazíamos na
escola básica.

É importante que os polinômios


envolvidos na divisão (dividendo e divisor)
estejam escritos em ordem decrescente de
grau de seus monômios, da esquerda para a Assim, temos que
direita. Após esta montagem, dividimos o
primeiro monômio do dividendo pelo
primeiro monômio do divisor. Disto surgira
um monômio no quociente. Devemos então
multiplicar este monômio pelo divisor e 3. Inequações
subtrair o resultado desta multiplicação, do
dividindo, como mostrado nos exemplos a Definimos como inequações as
seguir: expressões matemáticas semelhantes às
equações, mas que diferem destas por
representarem não igualdades, mas
Dividir por : desigualdades. Assim, são exemplos de
inequações as expressões abaixo:

Assim, temos que

Exemplos:

1. Determinar a solução da inequação

Isolando a variável:

Da operação mostrada, fica óbvio que o


processo deve ser repetido até que surja no

22
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Passamos a variável para a direita e o Passando todos os termos para o lado


10 para a esquerda: esquerdo, obtemos a expressão

Assim, encontramos que a inequação é Neste caso temos uma inequação do 2°


satisfeita para todo . Mais grau. Podemos determinar as raízes da
formalmente, expressamos o conjunto equação que corresponde a ela ( ,
solução como que são e .

Agora olhamos para o gráfico desta


equação do segundo grau, mostrado abaixo.
2. Determinar a solução da equação Observem que no intervalo de x=-2 a x=2, a
função retorna valores negativos e para os
intervalos de x=- a x=-2 e de x=2 a x= a
função retorna valores positivos. Desta forma,
Isolando a variável, concluímos que a solução para a inequação
é

Multiplicando ambos os lados da


equação por ,

Figura 5. Gráfico da função .


Desta forma encontramos

4. Determinar a solução da equação


:

3. Determinar a solução da equação Passando todos os termos para o lado


esquerdo da equação obtemos a expressão

Ou seja, procuramos todos os valores


possíveis de x de forma que seja
diferente de zero. As raízes da equação

23
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são e . Ou Método da soma


seja, os únicos valores que equação se anula
são e , e, portanto, todos os outros Este é o método mais utilizado e também
valores de x é a solução para o problema, ou um dos mais simples e diretos que pode ser
seja, de grande utilidade na maioria dos problemas
de sistemas de equações do 1º grau.
O método consiste em somarmos os
coeficientes numéricos das variáveis
4. Sistemas de Equações Lineares semelhantes entre si, para formar uma nova
equação onde uma das variáveis terá sido
eliminada no processo e restará uma equação
Não podemos determinar uma única
com apenas uma variável. Para tanto,
solução em uma equação que possua mais de
podemos multiplicar todos os termos de uma
uma variável simultaneamente, como por
equação por um mesmo numero, ou até
exemplo:
mesmo, multiplicar várias equações do
sistema, cada uma por números diferentes
como mostrado nos exemplos a seguir.

Neste caso, o valor a variável x


Exemplo: Resolver o sistema abaixo pelo
dependerá do valor da variável y, e vice-
método da soma.
versa. Quando isto acontece, para podermos
encontrar os valores de todas as variáveis do
problema, precisamos de um número de {
equações (linearmente independentes) igual
ao número de incógnitas. Como no exemplo Multiplicando a primeira equação por -1:
acima temos duas incógnitas, para encontrar o
valor de x e de y precisaríamos de mais uma
equação, por exemplo, , desta {
forma teríamos que solver o sistema
Percebe-se que se somarmos as duas
equações, a variável x será eliminada,
{
fazendo isto obtemos:

Quando tivermos um conjunto de duas


ou mais equações do 1º grau, como mostrado
acima, chamamos de sistema de equações do
1º grau. Desta forma, a solução de x e y é tal Agora que encontramos o valor de y,
que obedeçam as duas equações do sistema. usamos este valor em uma das equações
Na sequência desenvolveremos alguns (pode ser qualquer uma das duas) para
métodos para a solução deste sistema de encontrar o valor de x. Aqui vamos utilizar a
equações simples que apresentamos. Tais segunda equação:
técnicas podem ser utilizadas para sistemas
com um maior número de equações, como
também poderá ser visto em alguns exemplos
a seguir.

24
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Desta forma encontramos como solução


Desta forma encontramos como solução
{ {

Reparem que esta solução satisfaz ambas Reparem que esta solução é a mesma
as equações ( e ). encontrada pelo método da soma.

EXERCÍCIO PROPOSTOS
Método da substituição
Seção 1.1: Equações de 1° Grau
Este método consiste em escrever uma
variável em função das outras, em uma das 1. Determine as raízes das seguintes
equações e depois substituir esta variável na equações do 1° grau.
outra equação, como mostrado no exemplo a.
abaixo. b.
c.
Exemplo: Resolver o sistema pelo método d.
da substituição: e.
f.
{ g.
h.
Isolando a variável y na primeira i.
equação obtemos que j.

k.

Agora usamos esta relação encontrada na l. ( )


segunda equação:
m. ( ) ( )

n.
o.
Agora que encontramos o valor de x, p.
usamos este valor em uma das equações
q.
(pode ser qualquer uma das duas) para
encontrar o valor de x. Aqui vamos utilizar a r.
equação que nos montamos para escrever y
em função de x: Seção 1.2: Equações de 2° Grau

1. Determine as raízes das seguintes


equações de 2° grau.
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a. 6. A equação terá raízes


b. reais se:
c. a.
d. b.
e. c.
f. d.
g. e.
h.
i. 7. Quais são as raízes da equação
j. ?

2. Assinale qual alternativa dá valores a.
de k (real) para que a equação b. √
seja uma c. √
equação de 2° grau? d. √
a. e.
b.
c. 8. Resolva as seguintes equações:
d. a.
e. b.

3. Resolva as seguintes equações:


c.
a.
d.
b.
c. 9. Qual o valor de k para que a equação
tenha
4. As raízes da equação suas raízes simétricas:
são a.
a. b.
b. c.
d.
c.
e.
d.
e. 10. Resolva as seguintes equações:
a.
5. Calcule o valor de k na equação b.
de modo que a c.
unidade seja sua raiz.
a.
b. 11. A menor raiz da equação
c. é
d. a.
a. b.

26
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c.
1. Determine as raízes das seguintes
d.
equações irracionais:
e.
a. √
12. Determinar k na equação b. √
de c. √
modo que uma das raízes seja : d. √
a. e. √ √
f. √ √ √
b.
g. √ √
c.
h. √
d.
e. Seção 1.4: Equações Biquadradas

13. Resolva a equação √ 1. A equação admite:


. a. Uma solução real.
b. Duas soluções irracionais.
a. √
c. Duas soluções racionais.
b. √ √
d. Seis soluções reais.
c. 2√ √ e. Uma solução racional e uma

d. 4√ irracional.

14. Para que a equação 2. Dada a equação


tenha o discriminante nulo, c se tem que:
deve ser igual a: a. Admite quatro raízes irracionais.
b. Admite oito raízes reais.
a.
c. Não admite raízes reais.
b. d. Admite quatro raízes inteiras.
c. e. N.D.A.

d. 3. A soma das raízes da equação


biquadrada vale:
15. Encontre as raízes das seguintes a. Zero, para qualquer valor de p.
equações fracionárias: b. Depende do valor de p.
a. c. Para p=1, ela é 2.
d. Para p=-1, ela é 3.
b.
e. Sempre p.
c.
d. 4. Forme a equação de raízes √ e

e.
a.
f.
b.
c.
Seção 1.3: Fracionárias d.

27
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5. Determine as soluções das seguintes 1. Resolva as seguintes inequações:


equações: a.
a. b.
b. c.
d.
e.
Seção 2: Polinômios f.
g.
1. Dê o coeficiente, a parte literal e o
h.
grau dos seguintes monômios:
a. – i.
b.
j.
c. –
d. k.
e.
f. Seção 4: Inequações

1. Resolva os seguintes sistemas de


2. Efetue as seguintes operações com
equações de 1° grau:
polinômios:
a. a. {
b.
b. {
c.
d. c. {

e. d. {

e. {
f.
f. {
g.
h.
g. {
i.
j.
h. {
k.
l.
2. Resolva as seguintes situações:

m. a. Na geladeira de Ana há 15 litros


de refrigerante, dispostos tanto
em garrafas de um litro e meio,
Seção 3: Inequações quanto de 600 ml. Qual é a
quantidade de garrafas de cada
28
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capacidade, sabendo-se que são Respostas do Módulo 2


13 garrafas no total?
b. Pedrinho comprou duas coxinhas
Seção 1.1. Exercício 1:
e um refrigerante pelos quais
pagou R$7,00. Seu irmão
a)
Joãozinho comprou uma coxinha
b)
e um refrigerante a mais, pagando
c)
R$11,50. Qual é o preço do
d)
refrigerante e da coxinha?
c. Em uma geladeira há 42 produtos e)
em embalagens de 400 g e de 500 f)
g , num total de 18,5kg. Quantas g)
embalagens de 400 g precisam ser h)
retiradas para que o número de
i)
embalagens de 400 g seja o
j)
mesmo que o número de
k)
embalagens de 500 g?
d. Certo jogo possui fichas com duas l)
ou quatro figuras cada uma. Um m)
jogador possui fichas com um
n)
total de 22 figuras. Quantas fichas
de cada tipo possui este jogador? o)
e. Em um pasto há bois e cavalos, p)
num total de 50 animais. q)
Somando-se o numero de patas de r)
bois ao numero de patas de
cavalos, obtemos um total de 180 Seção 1.2 Exercício 1:
patas. Quantos cavalos temos no
pasto, sabendo-se que todos os a) √
animais são normais? b)
f. Têm-se vários quadrados iguais e c)
também vários triângulos iguais. d) { }
Se destes tomarmos dois
triângulos e quatro quadrados, a e) { }
soma das suas áreas será igual a f)
784 cm², já se tomarmos apenas g)
um triângulo e dois quadrados, a h) { }
soma das suas áreas será igual a
i)
392 cm². Qual é a área de cada
j) , trata-se de uma equação de 1°
um destes triângulos e quadrados?
grau
g. A soma de dois números é 530 e a
diferença entre eles é 178. Quais Seção 1.2. Exercício 2 – Letra b
são estes números?
Seção 1.2. Exercício 3:

29
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a) Seção 1.3. Exercício 5:


b) { }

c) a) { }

Seção 1.2. Exercício 4 – Letra e b) { }


Seção 1.2. Exercício 5 – Letra c c) { √ }
Seção 1.2. Exercício 6 – Letra d
Seção 1.2. Exercício 7 – Letra b Seção 1.4. Exercício 1:

Seção 1.2. Exercício 8: a)


b)
a) c)
b) d)
c) e) { ( √ ) ( √ )}
d) f)
g)
Seção 1.2. Exercício 9 – Letra e
h)
Seção 2.3. Exercício 10: Seção 2. Exercício 1:

a) a) Coef
b) b) Coef
c) √ c) Coef
d) Coef
Seção 1.2. Exercício 11 – Letra d e) Coef
Seção 1.2. Exercício 12 – Letra b f) Coef
Seção 1.2. Exercício 13 – Letra b
Seção 1.2. Exercício 14 – Letra d Seção 2. Exercício 2:

Seção 1.2. Exercício 15: a)


b)
a) c)
b) d)
c) e)
d) f)
e) g)
h)
f)
i)
Seção 1.3. Exercício 1 – Letra c j)
Seção 1.3. Exercício 2 – Letra a k)
Seção 1.3. Exercício 3 – Letra a l)

Seção 1.3. Exercício 4 – Letra e m)

Seção 3. Exercício 1:
30
Programa de Pós-Graduação em Física
Curso de Inverno de Matemática Básica – 2013

g) Os números são 354 e 176.


a)
b)
c)
d) ( )
e)
f)
g)
h)
i)
j) ( )
k) ( )

Seção 4. Exercício 1:

a)
b)
c)
d)
e)
f)
g)
h)

Seção 4. Exercício 2:

a) Na geladeira de Ana há 8 garrafas de


e 1500 ml e 5 garrafas de 600 ml.
b) O valor unitário do refrigerante é R$2,00
e o da coxinha é R$2,50.
c) 8 embalagens de 400 g precisam ser
retiradas para que o número destas
embalagens seja o mesmo que o número
das embalagens de 500 g.
d) Este jogador possui 5 fichas com duas
figuras e 3 fichas com quatro figuras.
e) Não é possível calcular o número de
cavalos, pois estamos diante de um
sistema impossível.
f) Os dados fornecidos nos levam a um
sistema indeterminado que possui uma
infinidade de soluções.

31
Programa de Pós-Graduação em Física
Curso de Inverno de Matemática Básica – 2013

Exemplo 2 – relação entre dois conjuntos:


Módulo 3: Funções Sejam os mesmos conjuntos A e B do
exemplo 1. Seja a relação R dada por:
Antes de dar uma definição formal de R  {(x, y)  A  B | y  2 x} .
função mostram-se necessárias outras duas
definições, a saber, a de produto cartesiano e Neste caso, o subconjunto dado pela
a de relação entre dois conjuntos. relação R é formado pelos elementos:
R  {(2,4), (3,6)}
De acordo com [1], temos a definição de
produto cartesiano: Aqui cabem mais quatro definições:
Produto Cartesiano: Sejam A e B conjuntos a) Domínio [1]: o conjunto formado pelos
diferentes do vazio. Chama-se produto primeiros elementos dos pares ordenados
cartesiano de A por B, e indica-se por A  B , de uma relação R entre dois conjuntos.
o conjunto cujos elementos são todos os Representamos este conjunto por Dom(R)
pares ordenados ( x, y ) , tais que x  A e No exemplo 2 temos Dom( R)  {2,3}.
y  B , ou seja:
b) Imagem [1]: o conjunto formado pelos
A  B  {( x, y) | x  A e y  B} segundos elementos dos pares ordenados
de uma relação R entre dois conjuntos.
Também na mesma referência,
Representamos este conjunto por Im(R).
encontramos uma boa definição de relação
entre dois conjuntos: No exemplo 2 temos Im(R)  {4,6} .
Relação entre dois conjuntos: Dados dois c) Conjunto de partida: o conjunto que
conjuntos A e B, chama-se relação R de A em contém ou é igual ao Domínio de uma
B todo subconjunto do produto cartesiano relação R entre dois conjuntos.
A B.
No exemplo 2 temos A sendo o conjunto
Finalmente estamos aptos a definir de de partida da relação R.
maneira precisa o que é uma função, segundo d) Conjunto de chegada (contradomínio): o
as palavras encontradas na referência [1]: conjunto que contém ou é igual a imagem
Função: Sejam A e B conjuntos diferentes do de uma relação R entre dois conjuntos.
vazio. Uma relação f de A em B é função se, e No exemplo 2 temos B sendo o conjunto
somente se, todo elemento de A estiver de chegada, ou contradomínio, da relação
associado, através de f, a um único elemento R.
de B.
Note que R do exemplo 2 não é uma função
Vamos explorar um pouco estas definições de A em B pois o elemento 1 do conjunto de
através de exemplos. partida A não possui imagem no conjunto de
chegada B.
Exemplo 1- produto cartesiano:
Exemplo 3 – função:
Sejam os conjuntos A={1,2,3} e
B={4,5,6}, então o produto cartesiano A  B Sejam os conjuntos A={1,2,3,4} e
é dado por: B={1,4,9,16,25} e a relação R dada por:

A  B  {(1,4),(1,5),(1,6),(2,4),(2,5),(2,6), R  {(x, y)  A  B | y  x 2 }
(3,4),(3,5),(3,6)}

32
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Curso de Inverno de Matemática Básica – 2013

Neste caso a relação R de fato é uma função, Vejamos o comportamento do domínio de


pois todo elemento de A possui uma única algumas funções que nos ajudarão a
imagem em B. interpretar também as equações da Física.
O conjunto R é dado por:
1. Qual o domínio da função dada por
R={(1,1),(2,4),(3,9),(4,16)}
y  x 2  10x  4 ?
Note que ele é apenas um subconjunto de
A  B , como especifica a definição de O domínio é o conjunto de todos os
relação. Ainda, devemos perceber que o números x reais para os quais é possível
domínio coincide com o conjunto de partida e realizar as operações indicadas. No caso,
que a imagem está contida no contradomínio, potência (x2), produto (10x), soma e
sendo, portanto, menor que este em subtração podem ser realizadas para
quantidade de elementos. quaisquer números reais.
Exemplo 4: Assim, o domínio da função dada por
y  x 2  10x  4 é o conjunto dos números
Sejam os conjuntos: A={1,4,9} e B={-3,
reais D= .
-2,-1,1,2,3}. Seja também a relação R dada
por: 2. Qual o domínio a função dada por
R  {(x, y)  A  B | y   x } 10
y ?
2x  8
Neste caso R não é uma função de A em B,
porque cada elemento de A, o conjunto de O domínio é o conjunto de todos os
partida, está associado por meio de R a dois números x reais para os quais é possível
elementos de B. realizar as operações indicadas. No caso, a
Em geral trabalha-se com funções cujo única restrição é a divisão, que não está
domínio e contradomínio são compostos pelo definida quando o divisor é zero.
inteiro corpo dos números reais. A imagem Devemos ter então: 2 x  8  0 ou x  4.
acaba sendo um conjunto menor ou igual ao Assim, o domínio da função, dada por
contradomínio. 10
y , é o conjunto dos números reais
2x  8
Exemplo 5:
menos o número 4 ou podemos ainda
Seja A=B= (o conjunto dos números escrever D = - 4 .
reais). Seja a relação R dada por:
3. Qual o domínio a função dada por
R  {( x, y)  A  B | y  x 2 }
1
y ?
Vemos que a relação dada de fato é uma x 5
função, pois todo elemento de A possui uma
única imagem em B. Notamos também que, Neste caso, devemos ter:
embora o domínio e o conjunto de partida  x  5  0 , para que exista x  5 , ou
coincidam (e sempre devem coincidir para seja, devemos ter x  5.
que a relação R seja uma função) a imagem 1
está contida no contradomínio. Isto acontece  x  5  0 , para que exista .
x5
freqüentemente.
Então, devemos ter x  5  0  x  5 .
Das duas condições acima vemos que a
solução é válida para x >5.

33
Programa de Pós-Graduação em Física
Curso de Inverno de Matemática Básica – 2013

Logo, o domínio da função dada por A apresentação gráfica será sempre uma
é o conjunto D  x  R x  5.
1 reta paralela ao eixo do x, passando por
y
x 5 .
O domínio da função é
1. Gráficos
O conjunto imagem é o conjunto unitário
Se desenharmos duas retas .
perpendiculares entre si e dermos a elas uma
Exemplo 7:
escala apropriada construímos um sistema de
coordenadas cartesiano ortogonal. Por a)
comodidade orienta-se uma das retas
horizontalmente no papel e a outra, como
conseqüência da ortogonalidade à primeira,
estará orientada verticalmente. Chamaremos
o eixo horizontal de abscissa e o vertical de
ordenada.
Se representarmos cada par ordenado (x,y)
de uma relação entre dois conjuntos no plano
cartesiano estaremos construindo o gráfico da b) –
relação em questão.
Exemplo 6:
Sejam os conjuntos A e B e a relação
R={(x,y)  A×B | y= x2}. A representação
gráfica de R é dada pela figura abaixo, onde
restringimos o domínio ao intervalo [-3,3] e o 3. Função do primeiro grau
contradomínio ao intervalo [0,9]:
Função do primeiro grau é toda função que
associa a cada número real o número real
, a  0 . Os números reais e b são
chamados, respectivamente, de coeficiente
angular e coeficiente linear. O par (0,b), é a
intersecção da reta y = ax + b com o eixo y,
ou seja, b indica a distância do ponto (0,b) à
origem do sistema de coordenadas.
Quando a função
é crescente, isto é, à medida que x cresce
também cresce. Quando a
função é decrescente: à
medida que x cresce decresce.
2. Função Constante O gráfico da função é
uma reta não paralela aos eixos coordenados
É toda função do tipo que se .
associa a qualquer número real um mesmo O domínio de é
número real.

34
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cateto oposto y b
tg    a, pois
cateto adjacente x b) f(x) = 2x + 20, é uma função de
y b primeiro grau crescente porque
y  ax  b  y  b  ax  a 
x .

A imagem de f é c) y = 3 - 2x é uma função de primeiro


grau decrescente porque .
 Se a = 0 então a função f(x) = b é uma
função constante. d) f(x) = -3x é uma função de primeiro
 Se b = 0 então temos f(x) = ax. Trata-se grau decrescente porque .
de um conjunto de retas com inclinação
a, todas passando na origem (0,0).
3.1 Aplicação em Física
Considerando a figura abaixo com a
inclinação  : O Movimento Retilíneo Uniforme

É o movimento mais simples da


cinemática. Recebe o nome retilíneo por
considerar apenas trajetórias sobre linhas
retas. É dito uniforme por possuir velocidade
constante, ou seja, distâncias iguais são
percorridas em intervalos de tempo iguais.
Dizer que a velocidade é constante
Observe que: significa dizer que ela não varia com o tempo,
não muda em um intervalo de tempo
 se 90° <  < 180° ou 270° <  < 360°
considerável. Uma vez que a velocidade é
então tg  é negativa e, portanto a é
constante, a aceleração, que trata da variação
negativo.
da velocidade é nula.
 se 0 <  < 90° ou 180° <  < 270°
então tg  é positiva e portanto a é Como a velocidade é constante, a
positivo. velocidade instantânea é igual à velocidade
média (vm = v). Se o móvel partir de uma
Exemplo 8:
posição inicial e se movimentar com uma
a) é uma função de velocidade v durante um tempo t, tem-se, a
primeiro grau crescente porque equação horária do movimento retilíneo
. uniforme:

35
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Diagrama Horário Das Posições parábola com eixo de simetria paralelo ao


eixo dos . Se o coeficiente de for positivo
Movimento retilíneo uniforme: o gráfico , a parábola tem a concavidade
abaixo apresenta retas (equações do 1º grau). voltada para cima. Se , a parábola tem
Este gráfico mostra como varia a posição de a concavidade voltada para baixo. A
um móvel durante o seu movimento. interseção do eixo de simetria com a parábola
 Retas inclinadas ascendentes indicam é um ponto chamado vértice. A interseção da
um movimento progressivo. parábola com o eixo dos define os zeros da
 Retas inclinadas descendentes indicam função.
um movimento retrógrado.
 Retas horizontais indicam que o corpo 4.1 Zeros (ou raízes) de uma função do 2°
está em repouso. Grau
Propriedade: a inclinação das retas deste
Denominam-se zeros ou raízes de uma
gráfico representa a velocidade do móvel.
função quadrática os valores de x que anulam
a função, ou seja, que tornam f(x) = 0. Em
termos de representação gráfica, são as
abscissas dos pontos onde a parábola corta o
eixo x. Denomina-se equação do 2º grau com
uma variável toda equação da forma ax2 + bx
+ c = 0 , onde x é a variável e a, b, c reais
com a ≠ 0.
Velocidade versus tempo
Observação: c é a ordenada do ponto (0,
c), onde a parábola corta o eixo y.
Resolver uma equação significa
determinar o conjunto solução (ou conjunto
verdade) dessa equação. Para a resolução das
equações do 2º grau, utilizamos a Fórmula
Resolutiva ou Fórmula de Bháskara dada
abaixo:
b 
x , onde   b 2  4ac
2a
Se   0 temos raízes reais;
Se Δ< 0, não temos raízes reais, mas sim
raízes complexas.

4. Função Quadrática
Exemplo 9:
A função definida por 1. Dada a função f(x) = x² - 6x +5, calcular
, é chamada função de os zeros desta função.
2° grau ou função quadrática. Seu domínio é 1º passo: Primeiramente devemos identificar
. os coeficientes:
O gráfico de uma função quadrática é uma a=1 b = -6 c = 5

36
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2º passo: Calcular Δ: Ops!? Raiz quadrada de número


  b 2  4ac negativo não é real!
 (6) 2  4  1  5
A solução é S   , chamada solução
 16
vazia ou nula.
4º passo: Como o resultado foi positivo,
vamos obter os valores x solução: Dada uma função quadrática qualquer
b  , com , usando a
x técnica de completar os quadrados, podemos
2a
facilmente escrevê-la na forma
 (6)  16

2 1 –
5 onde,

1
e
5º passo: Conjunto Solução S={1,5}.
sendo (xv, yv) o vértice da parábola.
2. Determine as soluções de: Neste caso o eixo de simetria é dado por x
x² - 8x +16 = 0 = xv.

Novamente identificam-se os coeficientes:


Dedução
a=1 b= -8 c= 16
Seja ax² + bx +c, isolando a temos:
Então obtemos Δ:  b c
ax2  bx  c  a. x 2  x  
  b 2  4ac  a a
 (8) 2  4  1  16  b b2 b2 c 
 a. x 2  2 x  2  2  
0  2a 4a 4a a 
E finalmente as soluções: 2
 b b
2

 a x     c
 b    (8)  0  2a  4a
x  4
2a 2 1  b   b  4ac
2 2

Logo, a solução será S={4}  a x   


 2a  4a
 a( x  xv )  yv
2

3. Determine (se existirem) as raízes da


função f(x)= x² - 2x+20 Onde,
Identificar os coeficientes: e
a=1 b= -2 c= 20 Exemplo 10:
Calcular Δ: A parábola dada por 2

  b  4ac
2
pode ser escrita como:
 4  80
y  ( x  3) 2  4
 76
Logo, quando o Δ (discriminante) é um O vértice da parábola é
número negativo, não existe solução no – e o eixo de simetria é .
conjunto dos números reais. Veja:

 b   4   76
x 
2a 2
37
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4.2 Valor máximo e valor mínimo da Resolução: A equação do movimento é do


função do 2° Grau segundo grau, então ela descreve uma parábola
côncava (a = 2, a > 0). A mudança de sentido
Examinando os gráficos abaixo, observa- de movimentação do móvel se dará no
se que: momento em que ele atingir o ponto mínimo da
 parábola. Observe a ilustração do movimento
 Se a  0 então y v   é o valor
4a do móvel abaixo (gráfico de S versus t):
mínimo da função;

 Se a  0 então y v   é o valor
4a
máximo da função.
Devemos calcular o ponto mínimo da parábola
(mínimo valor da posição), dado por:

b) Um canhão atira um projétil, descrevendo a


função s = -9t2 + 120t, sendo s em metros e t
em segundos. Calcule o ponto máximo de
Podemos encontrar os máximos e mínimos altura atingida pelo projétil. (Veja o gráfico
desta maneira para uma função de segundo de S versus t para este caso).
grau. Resolução: A função do movimento do projétil
descreve uma parábola convexa (a = -9, a < 0).
4.3 Aplicação em Física O ponto máximo da parábola será a altura
máxima atingida pelo projétil.
A função do 2º grau está presente em
inúmeras situações cotidianas. Na Física ela
possui um papel importante na análise dos
movimentos uniformemente variados (MUV),
pois em razão da aceleração, os corpos variam Ponto máximo:
tanto sua posição quanto sua velocidade em
função do tempo. A expressão que relaciona o
espaço em função do tempo é dada pela
expressão:
1
S  S 0  v0 t  at 2
2
onde a é a aceleração, S0 é a posição inicial e 5. Função Módulo
V0 é a velocidade inicial.
O módulo, ou valor absoluto (representado
Exemplo 11: matematicamente como |x|) de um número
a) Um móvel realiza um MUV obedecendo à real x é o valor numérico de x
função S = 2t2 - 18t + 36, sendo S medido desconsiderando seu sinal. Está associado à
em metros e t em segundos. Em que instante ideia de distância de um ponto até sua origem
o móvel muda o sentido de seu movimento? (o zero), ou seja, a sua magnitude.

38
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A função definida por chama-se caso 1: x-6 = 3-2x


função módulo. O seu domínio é o conjunto caso 2: x-6 = -(3-2x)
e o conjunto imagem é Resolvendo o caso 1:
Então, da definição de módulo, dado
um número real x, o módulo (ou valor x-6 = 3-2x  x+2x = 3+6
absoluto) de x, que se indica por | x |, é 3x=9  x=3
definido por: Resolvendo o caso 2:
 x, se x  0 x-6 = -(3-2x)  x-2x = -3+6
x 
 x, se x  0 -x=3 x=-3

O significado destas sentenças é: Resposta: S={-3,3}


i. o módulo de um número real não
negativo é o próprio número. Gráfico
ii. ii) o módulo de um número real
O gráfico de f(x) = |x| é semelhante ao
negativo é o oposto do número.
gráfico de f(x) = x, sendo que a parte negativa
Então, do gráfico será “refletida” em relação ao eixo
 se x é positivo ou zero, | x | é igual a x. horizontal, para valores positivos de f(x).
|3|=3
 se x é negativo, | x | é igual a -x.
| - 3 | = -(-3) = 3
Exemplo 12:
1. Dada a função f(x) = |2x – 8|, calcular:
a) f(5) = |2.5 – 8| = |10 – 8| = |2| = 2
b) f(-4) = |2.(-4) – 8| = |- 8– 8| = |-16| =
16 Um outro exemplo para função modular,
seria a função modular do segundo grau,
1. Resolver a equação | x2-5x | = 6. sendo f(x) = |x2 – 4|, assim:
Resolução: Temos que analisar dois casos:
 x 2  4, se | x | 2
2
caso 1: x -5x = 6 f ( x)   2
 x  4, se | x | 2
caso 2: x2-5x = -6
Resolvendo o caso 1: Assim temos o gráfico:

x2-5x-6 = 0 => x’=6 e x’’=-1.


Resolvendo o caso 2:
x2-5x+6 = 0 => x’=3 e x’’=2.

Resposta: S={-1,2,3,6}

2. Resolver a equação | x-6 | = | 3-2x|.


Resolução: Temos que analisar dois casos:

39
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Passos 6. Inequações modulares


Para construir o gráfico da função modular
procedemos assim: Uma inequação será identificada como
1º passo: construímos o gráfico da função modular se dentro do módulo tiver uma
onde f(x)> 0 expressão com uma ou mais incógnitas, veja
2º passo: onde a função é negativa, alguns exemplos de inequações modulares:
construímos o gráfico de – f(x) (“rebate” para |x| > 5
o outro lado na vertical). |x| < 5
3º passo: une-se os gráficos |x – 3| ≥ 2
Ao resolvermos uma inequação modular
Exemplo 13: buscamos encontrar os possíveis valores que
1. f(x) = |x| a incógnita deverá assumir, que tornam
verdadeira a inequação, e as condições de
existência de um módulo.
Condição de existência de um módulo,
considerando k um número real positivo:
 Se |x| < k então, – k < x < k
 Se |x| > k então, x < – k ou x > k
Para compreender melhor a resolução de
inequações modulares veja os exemplos
abaixo:

2. f(x) = |x –2| (desloca o gráfico acima 2


unidades para a direita) Exemplo 14: |x| ≤ 6
Utilizando a seguinte definição: se |x| < k
então, – k < x < k, temos que:
–6≤x≤6

3. f(x) = |x2 – 4|

S = {x Є R / – 6 ≤ x ≤ 6}

Exemplo 15:
|x – 7| < 2
Utilizando a seguinte definição: se |x| < k
então, – k < x < k, temos que:

40
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–2<x–7<2 ao, a1,..., an são números reais chamados


–2+7<x<2+7 coeficientes e n, inteiro não negativo,
5<x<9 determinam o grau da função.
O gráfico de uma função polinomial é uma
curva que pode apresentar pontos de
máximos e de mínimos. Seu domínio é
sempre o conjunto dos Reais.
Exemplo 17:
1. A função constante é uma
função polinomial de grau zero.
S = {x Є R / 5 < x < 9}
2. A função , é uma
Exemplo 16:
função polinomial de primeiro grau.
|x² – 5x | > 6
3. A função quadrática
Precisamos verificar as duas condições: , é uma função polinomial
|x| > k então, x < – k ou x > k de segundo grau.
|x| < k então, – k < x < k 4. A função é uma função
Fazendo |x| > k então, x < – k ou x > k polinomial cúbica.

x² – 5x > 6 5. A função f – é uma


x² – 5x – 6 > 0 função polinomial de quinto grau.
Aplicando Bháskara temos:
x’ = 6 8. Função Exponencial

x” = –1
As funções exponenciais são da forma
x > 6 ou x < –1 f ( x)  a x , estas funções possuem este nome,
Fazendo |x| < k então, – k < x < k pois a variável x está no expoente.
x² – 5x < – 6
x² – 5x + 6 < 0 Na função f ( x)  a x , a é à base da
função, onde 0  a  1 .
Aplicando Bháskara temos:
x’ = 3 Este tipo de função possui como domínio
x” = 2 D( f )  (, )   e respectiva imagem
Pela propriedade Im( f )  (0, )  *
x>2
Propriedades da Exponenciação: se a e b
x<3
forem números positivos e x e y , números
S = {x Є R / x < –1 ou 2 < x < 3 ou x > 6}. reais quaisquer, então:

7. Função Polinomial a x  a y  a ( x y ) a x  a y  a ( x y )
(a x ) y  a xy a x  b x  (ab) x
É a função definida por a0  1 a1  a
em que
41
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Existe uma importantíssima constante


matemática definida por

e=2,71828182845904523...

A função exponencial de base e f ( x)  e x


é chamada de função exponencial natural.

Exemplo:
o A função será decrescente se
0  a  1.
a) 23  28  2(38)  211 o A função corta o eixo das ordenadas
b) 39  35  3(95)  34 no ponto (0,1).
c) (4 4 ) 6  4( 46)  424 o Possui domínio D( f )   e Imagem
d) 22  32  (2  3) 2  62 Im( f )  * .

A partir dos gráficos da função f ( x)  a x


Gráficos da Função Exponencial visto acima podemos afirmar:

Os gráficos das funções exponenciais 1. A curva esta toda acima do eixo das
podem ser do tipo crescente ou decrescente, abcissas, pois f ( x)  a x  0 para
isso dependerá exclusivamente do valor da todo x   .
base a . 2. A função corta o eixo das ordenadas
no ponto (0,1).
Observe as figuras a seguir:
3. A função será crescente se a  1
a  1 e decrescente se 0  a  1 .
(a) Função exponencial crescente
Exemplos de gráficos:

a) f ( x)  3 x

o A função será crescente se a  1 .


o A função corta o eixo das ordenadas
no ponto (0,1).
o Possui domínio D( f )   e imagem b) f ( x)  0.3 x
Im( f )  * .

(b) Função exponencial decrescente

42
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O domínio da função composta


compreende o conjunto de todos os pontos x
no domínio de g tal que sua imagem g (x)
está no domínio de f .

Simbolicamente isto significa:

D( f  g )( x)  x  D( g ) / g ( x)  D( f )

Repare no gráfico abaixo para a função


Exemplo:
f ( x)  a x em várias bases como a abertura
das curvas varia em relação ao eixo das
ordenadas de acordo com o valor da base a . 1) Se f ( x)  x 2 e g ( x)  x  3 , encontre a
função composta ( f  g )( x) e ( g  f )( x) .

( f  g )( x)  f ( g ( x))  ( x  3) 2
( g  f )( x)  g ( f ( x))  x 2  3

Note que o resultado de ( f  g )( x) e


( g  f )( x) são diferentes, logo ( f  g )( x) e
( g  f )( x) não são necessariamente a mesma
função.

Funções exponenciais e suas aplicações: 2) Se f ( x)  x e g ( x)  2  x , encontre


a composição ( f  g )( x) , ( f  f )( x) e seus
O estudo das funções exponenciais se faz
respectivos domínios.
necessários, pois estas funções ocorrem
frequentemente em modelos matemáticos que
descrevem a natureza, economia e sociedade, ( f  g )( x)  f ( g ( x))  2 x  4 2 x
entre outros. O domínio de D( f  g )( x)  (,2] .

9. Composição de Funções ( f  f )( x)  f ( f ( x))  x 4 x


O domínio de D( f  f )( x)  [0, ) .
Composição de funções é uma maneira de
combinar funções para que estas gerem uma
x
nova função, denotada por ( f  g )( x) ou 3) Se f ( x)  , g ( x)  x10 e
x 1
f ( g ( x)) . h( x)  x  3 , faça a composição
( f  g  h)( x) .
Definição: Dadas duas funções f e g , a
composição de f com g é definida por:
( x  3)10
( f  g )( x)  f ( g ( x)) ( f  g  h)( x)  f ( g (h( x))) 
( x  3)10  1

43
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10. Função Inversa

Em muitas ocasiões quando estudamos


uma função do tipo y  f (x) , nos deparamos
com a necessidade de estuda-la como sendo
uma função do tipo x  f ( y) . Essa função é
chamada de função inversa de e denotada por
f 1 .

A função g ( x)  x 2 com domínio


Exemplo:
D( f )   não possui inversa, pois não é
uma função um a um, porém se seu domínio
Função Inversa
for restringido para apenas
D( f )   ou D( f )   será
1) f ( x)  x 3 f 1 ( x)  x
1
3
invertível, pois ela se torna uma função um a
2) f ( x)  x  2 f 1 ( x)  x  2 um.
3) f ( x)  x 3  9 f 1 ( x)  3 x  9
4) f ( x)  2 x  5 1 g ( x)  x 2 , x0
f 1 ( x)  ( x  5)
2

Não são todas as funções que


possuem inversas, para que uma função
y  f (x) admita uma inversa, a função f
nunca poderá assumir duas vezes o mesmo
valor para dois valores diferentes de x , ou
seja:

f ( x1 )  f ( x2 ) 2) A função f ( x)  x 3 é uma função invertível,


pois:
Exemplo:
x1  x2
1) A função g ( x)  x não é invertível, pois:
2
f ( x1 )  f ( x2 )

g (2)  4 e g (2)  4
g (2)  g (2)

44
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Domínio e Imagem de uma Função Inversa Por conveniência lugares usa-se o


logaritmo natural de base e, log e  ln , para
Seja função invertível qualquer f com representar a função logarítmica.
domínio D( f )  A e imagem Im( f )  B , a
sua inversa terá domínio D( f 1 )  B e Exemplo:
imagem Im( f 1 )  A .
Usando as leis e propriedades acima
Domínio de f = Imagem de f 1 vamos reescrever as funções abaixo de outra
maneira.
Imagem de f = Domínio de f 1
1) Desacople as funções abaixo:
32 25
a) log 2 ( )  log 2 ( 2 )  log 2 (23 )  3
11. Função Logarítmica 4 2
b) log 3 3x  log 3 3  log 3 x  1  log 3 x
A função logarítmica é a função inversa da
x
função exponencial e é denotada por log a . A c) log 3    log 3 x  log 3 y
função exponencial permite uma inversa se  y
sua base a estiver no intervalo a  0 e for  e2x 
d) ln    ln(e 2 x )  ln(5)  2 x ln(e)  ln(5)
a  1.  
5
 2 x  ln(5)
ay  x  log a x  y
e) ln(5e10 )  ln(5)  ln(e10 )  ln(5)  10 ln(e)
 ln(5)  10
A função logarítmica possui domínio
D( f )  (0, )  * e imagem Im( f )   .  e 2 x  16 
f) ln  x   ln(e 2 x  16)  ln(e x  4)
Repare que o domínio da função logarítmica  e  4 
não está definido no ponto x  0 e nos  ln(e x  4)  ln(e x  4)  ln(e x  4)
x   .  ln(e x  4)

Propriedades do Logaritmo: 2) Combine as funções abaixo:


 x 2  16 
log a (a x )  x , x   a) log 2 ( x  16)  log 2 ( x )  log 2 
2 3
3

 x 
a loga x  x , x  0
b) log10 x  log10 ( x  1)  log10 ( x( x  1))
Para x e y positivos e r um número real. 1
1 a
c) ln a  ln b  ln a  ln b 2  ln( )
2 b
1) log a ( xy )  log a x  log a y
d) 2 log10 ( x)  3 log10 ( y)  log10 ( x 2 )  log10 ( y 3 )
x
2) log a    log a x  log a y  log10 ( x 2 y 3 )
 y
3) log a ( x r )  r log a x
3) Encontre o valor de x nas equações:
4) log a (1)  0
a) 2 x1  3

45
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log 2 2 x1  log 2 3 Substituindo respectivamente o valor de k


x  1  log 2 3 temos:
log a ( x)
x  log 2 3  1 log b ( x) 
log a (b)
Exemplo:
b) ln(2 x  2)  ln( x)  3

 2x  2  1) Calcular o log 8 10 em relação ao


ln  3
 x  logaritmo natural e ao de base 10:
 2 x2 
ln  
e  x 
 e3 ln(10)
log 8 (10) 
 2x  2  ln(8)
 e
3

 x  log 8 (10) 
log10 (10)
2 x  2  xe 3 log10 (8)

x(2  e 3 )  2
Gráficos da Função Logarítmica
2
x
2  e3 Com relação aos gráficos da função
logarítmica f ( x)  log a x temos que para:
Mudança de base no Logaritmo

Em algumas situações nos deparamos com (a) Para a  1


a necessidade de calcular o logaritmo em
algumas bases específicas. Essa técnica
permite você manipular sua função
logarítmica para deixa-la em função de uma
base desejada.

Para encontrar um logaritmo com uma


base b desejada usando qualquer outra base
a temos:

log a ( x) o A função é crescente para a  1 .


log b ( x)  o O gráfico está à direita do eixo
log a (b)
das ordenadas.
o Corta o eixo das abscissas no
Demonstração:
ponto (1,0) .

Seja uma função exponencial do tipo x  b k o Possui domínio D( f )  * e


então: imagem Im( f )   .
x  bk  log b x  k
x  bk  log a x  k log a b
Assim
log a x
k
log a b

46
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(b) Para 0  a  1 Simetria para a  1 .

o A função é decrescente para 0  a  1 Simetria para 0  a  1 .


o O gráfico está á direita do eixo das
ordenadas.
o Corta o eixo das abscissas no ponto
(1,0) .
o Possui domínio D( f )  * e
imagem Im( f )   .

A partir dos gráficos da função logarítmica


f ( x)  log a x vistos acima podemos afirmar:

Família de Gráficos da função logaritmo


1. O domínio e imagem de ambos os
gráficos da função logarítmica
1) Para diversas bases de a  1 .
crescente e decrescente são
respectivamente D( f )   
*
e
Im( f )   .

2. Ambos os gráficos cortam o eixo das


abscissas no ponto (1,0) .

3. Os gráficos da função
f ( x)  log a ( x) são simétricos aos
gráficos da função exponencial 2) Para diversas bases de 0  a  1 .
g ( x)  a x em relação a uma reta
y  x como pode ser observado
abaixo.

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Exercícios Propostos c) y  9  x

2
1. O gráfico abaixo indica a posição de um d) y 
móvel no decorrer do tempo, sobre uma x6
trajetória retilínea. Determine: a) a x4
velocidade do móvel. b) a função horária e) y 
x
s(t) do móvel.
x  10
f) y 
9

g) y  x  5

h) y  3 x  4

1
i) y 
 6x  8
2. O gráfico abaixo indica a posição de um
15
móvel no decorrer do tempo, sobre uma j) y  x 
trajetória retilínea. Determine: a) a 4
velocidade do móvel. b) a função horária 1
k) y 
s(t) do móvel.  4x  3

5. Representar graficamente as funções


dadas por:
a) y  10x  4

b) y  10x  4

c) y  4

d) y   x
3. Dada à função f, calcule os zeros desta
função, sendo: e) y  4 x  4

a) 1
f) y 
x
b)
g) x  9
c)
d)
6. Encontre as raízes das seguintes funções
e) abaixo:
f) a) y  10x  4
g) b) y  x

c) y  4
4. Determinar o domínio da função dada por:
d) y   x  4
a) y  10x  4

b) y  10x  1

48
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1 11. Dada à função y = 3x – 2, encontre o


e) y 
10x  4 valor de x em que a ordenada y é o seu
dobro.
1
f) y 
 x3 12. Dada à função y = –2x + 1, encontre os
valores onde a reta intercepta os eixos x e
1
g) y  y.
x4
7. Represente geometricamente uma reta 13. Dada à função y = 2/3x + 10. Encontre
que: os valores onde a reta intercepta os eixos x
a) passe pelo ponto (2, 0) e que tenha e y.
coeficiente angular igual a -2. 14. Determine a equação da reta que passa
b) passe pelo ponto (0, 2) e que tenha por (1,5) e tem coeficiente angular igual a
coeficiente angular igual a -2. 20.
c) passe pelo ponto (0, −2) e que tenha 15. Seja a reta dada por y = -3x + b.
coeficiente angular igual a 2. Determine o valor de b para que a reta
d) passe pelo ponto (1, 2) e que tenha corte o eixo as ordenadas no ponto (0,5).
coeficiente angular igual a -1.
16. Dadas às funções f ( x)  x  2 e
e) passe pelo ponto (−1, 2) e que tenha g ( x)  x  4 , encontre os valores de x para
coeficiente angular igual a 1/2.
os quais g ( x)  f ( x) .
f) passe pelo ponto (−1, 0) e que tenha
coeficiente angular igual a -1/2. 17. Com o objetivo de treinar as propriedades
de exponenciais já vistas, reescreva as
8. Obtenha as funções de 1º grau que passam funções abaixo usando as propriedades.
pelos pares de pontos abaixo:
a) (-1, 2) e (2, -1) a) f ( x)  23  33 b) f ( x)  5 x  5 x
c) f ( x)  7 x  7 x e2x
b) (-1, 0) e (3, 2) d) f ( x) 
e7 x
c) (3,2) e (-1,0)
e) f ( x)  (7 6 ) 7 f) f ( x)  7 x  6 x
g) f ( x)  6 2  67 h) f ( x)  e 2  7 2
9. Determine a equação da reta cujo gráfico
98 j) f ( x)  (e 3 ) 2
está representado abaixo: i) f ( x) 
96

18. Em um mesmo gráfico represente as


funções exponenciais a seguir.

a) f ( x)  2 x , f ( x)  15 x , f ( x)  7 x .
b) f ( x)  0.2 x f ( x)  0.7 x f ( x)  0.5 x
10. Determine a função do 1º grau cujo
f ( x)  0.1x
gráfico passa pelo ponto (2, 3) e cujo
coeficiente linear vale 5. 19. Seja f ( x)  x  3 e g ( x)  x ,

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encontre; x 1 2 3 4 5 6
a) ( f  f )( x) f (x) 1.0 2.5 5.7 8.0 9.3 11.1
b) ( f  g )( x)
c) ( g  f )( x) b)
d) ( g  g )( x) . x -2 -1 0 1 2
f (x) 16 1 0 1 16
20. Encontre (h  g  f )( x) , sendo
h( x)  e  x , g ( x)  x 4 , f ( x)  x 25. Usando as propriedades e leis das funções
logarítmicas, reescreva as funções abaixo.
Desacople as funções abaixo:
21. Se f ( x)  x e g ( x)  2  x ,
encontre a composição ( g  f )( x) , a) log 3 27 x 2
( g  g )( x) e seus respectivos domínios.
 x2  1
b) ln  
22. Encontre a formula da função inversa  x 1 
das funções abaixo:  x3 1 
a) y  3x  4 c) log 2  2 
 x 2
1
b) y 
xa d) ln( x 3  x)
xa
c) y  e) log10 ax n
xa
1 Combine as funções abaixo:
d) y  , x  0
x
1
e) y  x  1, x 1 f) log 2 e  3 log 2 a
2
f) y   a  x, xa
g) log10 x  n log10 y
x2
g) y  2 , x0 h) ln( x  1)  ln( x  1)
x 1
h) y  x 2  4, x  0 i) 3 ln( x 3  4)  ln b  ln( x  1)

26. Encontre o valor de x:


23. Faça o gráfico das funções abaixo e veja
se os mesmo são um a um. a) Sendo ln x  5
a) f ( x)  e x a
b) Sendo log10 x  onde a e b são
b) f ( x)  16  x 2
b
c) f ( x)   x 5 constantes reais
d) f ( x)  2 x  3 c) Sendo 3( 2 x5)  10
1)
e
2

24. Através das tabelas de valores abaixo d) 2( x


geradas por uma função qualquer e) log 7 (5  2 x)  3
descubra se a função é um a um ou não.
a) f) ln x  ln(2 x  1)  1
27. Em um mesmo gráfico represente as

50
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funções logarítmicas a seguir: b)


a) f ( x)  log 2 x g ( x)  log 5 x
h( x)  log10 x

b) f ( x)  log 0.2 x g ( x)  log 0.5 x


h( x)  log 0.9 x

28. Calcular os logaritmos abaixo na base c)


natural e na base 10
a) log 3 (5)

b) log 7 (9)

c) log 9 (13)

Respostas do Módulo 3 d)

1. a) v= 10 m/s b) S(t) = 10 + 10t


************************************
2. a) v= 10 m/s b) S(t) = 10 + 10t
************************************

3. a) x = 1 e x = 6 b)
c) x = -1 e x = -1 d) x = √ e)
e) x = f) x = 4 e x = 4
g) x = - 9 e x = - 9
************************************
4. a) b) c)
d) S = {x /x
e) S = {x /x f)
g)S = {x /x h)
f)
i) S = {x /x
j) S={x /x
k) S={x /x
***********************************
5. a)

51
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g) e) reta y =
8

4
y

-2 f) reta y =
7,5 8,0 8,5 9,0 9,5 10,0 10,5
x

************************************
6. a) x = b) x = 0 c) Não tem
d) x = 4 e) Não tem f) Não tem
g) Não tem
************************************
7. a) reta y = -2x + 4 8. a) y = -x +1 b)y =
c) y =
************************************
9. y = 10. y = - x + 5
************************************
11. x = 2 12. ( ) e (0,1)
************************************
b) reta y = -2x+2
13. ( ) corta o eixo x e não intercepta o
eixo y.
************************************
14. y = 20x – 15 15. b = 5
************************************
16. Não existe (retas paralelas).
************************************
c) Reta y = 2x – 2 17. a) 6 3 b) 5 2 x c) 1 d) e 5 x e) 7 42 f)
x 5 2 2 6
42 g) 6 h) (7e) i) 9 j) e

************************************
18.
a)

d) Reta y = - x + 3

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************************************
b) 23.
a) É uma função um a um.

b) Não é uma função um a um.

19. ( f  f )( x)  ( x  3)  3
a) ( f  g )( x)  ( x  3)
b) ( g  f )( x)  x3
c) ( g  g )( x)  4 x
************************************
20. (h  g  f )( x)  e  x
2

************************************
c) É uma função um a um.
21. ( g  f )( x)  2 x
D( g  f )( x)  [0,4]

a) ( g  g )( x)  2 2 x
D( g  f )( x)  [2,2]
************************************
22.
x4
a) f 1 ( x) 
3 d) É uma função um a um.
1  ax
b) f 1 ( x) 
x
a  ax
c) f 1 ( x) 
x 1
1
d) f 1 ( x)  , x  0
x
1
e) f ( x)  x 2  1, x  0
f) f 1 ( x)  a  x 2 , x0
x
g) f 1 ( x)  , 0  x 1 ************************************
1 x 24.
h) f 1 ( x)  x  4 , x  4 a) A função é um a um.

53
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b) A função não é um a um. b)


************************************
25.
a) 3  2 log 3 x b) ln( x  1)

c) log 2 ( x 3  1)  log 2 ( x 2  2)

d) ln x  ln( x  1)

e) log10 a  n log10 x

 e 28.
f) log 2  3  g) log10 xy n
a  ln(5) log10 (5)
a) log 3 (5)  , log 3 (5) 
ln(3) log10 (3)
 b( x 3  4) 
h) ln( x 2  1) i) ln  
 x 1  b) log 7 (9) 
ln(9) log (9)
, log 3 (5)  10
ln(7) log10 (7)
************************************
ln(13) log (13)
26. c) log 9 (13)  , log 9 (13)  10
a
ln(9) log10 (9)
a) x  e b) x  10
5 b

log 3 10  5
c) x  d) x  log 2 e  1
2
5  7 3 e
e) x  f) x  
2 1 2e
******************************
27.
a)

54
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É fato que toda circunferência têm um


Módulo 4: Trigonometria determinado comprimento (C). É fato
também que elas possuem um diâmetro (D).
Embora não seja de óbvia visualização, um
Trigonometria é o ramo da Matemática terceiro fato é que a razão entre a
que trata das relações entre os lados e ângulos circunferência e o diâmetro (C/D) é um
de triângulos (polígonos com três lados). Ao número constante e irracional. (Faça a
lidar com a determinação de pontos e experiência de medir o diâmetro de várias
distâncias em três dimensões, a trigonometria circunferências distintas e seu comprimento –
ampliou sua aplicação à Física, à Química e a use um barbante para esta última medida – e
quase todos os ramos da Engenharia, em verifique se afirmação a respeito da razão
especial no estudo de fenômenos periódicos C/D é verdadeira). Convencionou-se chamar
como a vibração do som e o fluxo de corrente a este número irracional de π. Assim, define-
alternada. se:
(1)
1. Arcos e ângulos
Uma vez que D=2R, onde R é o raio da
Medindo arcos de circunferência: A circunferência, obtemos a fórmula:
medida do comprimento de um arco de (2)
circunferência pode ser feita utilizando-se que fornece o comprimento total de uma
qualquer das unidades usadas para medir seu circunferência.
raio, como o metro, o centímetro, etc. No
Precisamos falar de π para estabelecer a
entanto, medir o ângulo subentendido por um
relação entre as medidas de ângulos graus e
dado arco não requer o uso de unidades, ou
radianos. Mas ainda falta uma coisa:
seja, um ângulo é adimensional.
descobrir a relação entre uma dada abertura
Usam-se diferentes medidas padrão para subentendida por um arco de circunferência e
quantificar uma dada abertura subentendida o comprimento deste arco.
por um arco. Por exemplo, o que se
Pode-se notar que dada uma abertura
convencionou chamar de 1 grau de abertura
qualquer θ, ela corresponderá a um
foi o arco resultante da subdivisão de uma
comprimento S. Ao dobrarmos o ângulo de
circunferência em 360 partes iguais; já o que
abertura, tomando 2θ ao invés de θ, e
se convencionou chamar de 1 radiano foi o
medirmos o comprimento correspondente a
arco subentendido por um comprimento
esta nova abertura, obteremos a medida 2S,
exatamente igual ao raio da circunferência;
ao invés do S que tínhamos antes. Triplicando
chama-se de 1 grado a uma parte em 400 da
ou quadruplicando a abertura,
circunferência. Sendo assim, existem
correspondentemente triplicamos ou
diferentes maneiras de quantificar um
quadruplicamos o comprimento do arco.
determinado ângulo. Adota-se nas áreas de
Concluímos assim que o comprimento de um
Matemática e Física a unidade radiano e nas
arco é diretamente proporcional ao ângulo
Engenharias o grau é mais difundido.
subentendido por este. Anotamos isso por:
Uma vez esclarecidas as definições das (3)
diferentes escalas de medidas de ângulos
e a igualdade é estabelecida com o uso de
(arcos de circunferências) podemos
uma constante k, a ser determinada:
estabelecer equivalências entre elas. Para este
(4)
fim, vamos definir um número especial: π.

55
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Curso de Inverno de Matemática Básica – 2013

Na equação (2) vimos que o comprimento determinamos duas constantes de


de uma circunferência é dado por 2πR, sendo proporcionalidade distintas para a medida do
R o raio da circunferência. Se comprimento de um arco em função de um
convencionarmos chamar de 2π o ângulo que ângulo de abertura qualquer: uma constante
compreende uma volta inteira na para o ângulo de medida dado em graus e
circunferência, substituindo em (4) iremos outra para o mesmo ângulo dado em radianos.
obter: Obviamente que o comprimento do arco não
(5) deve depender da constante de
que irá fornecer diretamente o valor de k: proporcionalidade. Essa é a observação
(6) crucial no estabelecimento da relação entre
escalas desejada, pois:
Isso se o ângulo foi medido em radianos.
De modo justo o leitor irá perguntar: porque
em radianos? Note que, caso k seja o próprio
raio da circunferência teremos a seguinte
(10)
relação entre comprimento de um arco
qualquer e o ângulo que o mesmo A relação acima pode ser usada para
subentende: converter uma escala na outra, radianos em
⇒ (7) graus e vice-versa. Note que:

e notamos que, quando , o


comprimento S será o próprio raio R da ou, equivalentemente:
circunferência. Mas esta é a própria definição
da escala de arcos radiano. Conclui-se disso
que a escala natural para medida de arcos é a Para finalizar a descrição de arcos e
escala radiano, sendo o ângulo subentendido ângulos cabe notar que a escala grau é
pela inteira circunferência de 2π radianos. subdividida em minutos e segundos de acordo
Caso o ângulo θ tivesse sido dado em com a seguinte correspondência:
graus, a constante de proporcionalidade k
teria um valor diferente. Note que neste caso
teríamos o ângulo total compreendido por onde usamos a notação „=minuto e
uma volta completa na circunferência dado “=segundo.
por 360 graus. Consequentemente a
expressão do comprimento de um arco é: 2. Razões Trigonométricas
(8)
que quando comparada com a equação (2) O triângulo é retângulo quando um de seus
fornece: ângulos internos é reto (ângulo reto= 90°).
(9) Observe o triângulo retângulo ABC da
figura abaixo, ele possui dois ângulos agudos
que torna evidente o fato de que um grau
e . Nota: Ângulo agudo é todo ângulo
corresponde exatamente a ⁄ do menor que 90°. Ângulo obtuso é todo ângulo
comprimento total da circunferência, maior que 90°.
bastando fazer na expressão (7).
Vamos estabelecer uma equivalência entre
escalas de ângulos. Anteriormente

56
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b) O produto dos catetos é igual ao produto


da hipotenusa pela altura relativa à
hipotenusa:

c) O quadrado da altura é igual ao produto


É importante saber que: das projeções dos catetos sobre a
hipotenusa:
a) Em relação ao ângulo : c é cateto
oposto (CO); b é cateto adjacente
(CA). d) O quadrado da hipotenusa é igual a soma
b) Em relação ao ângulo : b é CO; c é dos quadrados dos catetos:
CA.
c) O lado do triângulo oposto ao ângulo Essa relação é conhecida pelo nome de
reto é chamado de hipotenusa (HIP) do Teorema de Pitágoras.
triângulo retângulo.
3.1 Circunferência Trigonométrica
São definidas as seguintes razões
trigonométricas: Consideremos uma circunferência de raio
 unitário ( ), cujo centro coincide com a
origem de um sistema cartesiano ortogonal:


 ⁄

onde „oposto‟ e „adjacente‟ referem-se ao


ângulo α.

3. Relações Métricas Esta estrutura, juntamente com as


convenções a seguir, é chamada de
Para um triângulo retângulo ABC, circunferência trigonométrica.
podemos estabelecer algumas relações entre Convenções:
as medidas de seus elementos: I. O ponto A=(1,0) é a origem de todos os
arcos a serem medidos na circunferência.
II. Se um arco for medido no sentido
horário, então a essa medida será
atribuído o sinal negativo (-).
III. Se um arco for medido no sentido anti-
horário, então a essa medida será
atribuído o sinal positivo (+).
a) O quadrado de um cateto é igual ao IV. Os eixos coordenados dividem o plano
produto da hipotenusa pela projeção desse cartesiano em quatro regiões chamadas
cateto sobre a hipotenusa: quadrantes; esses quadrantes são
e

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contados no sentido anti-horário, a partir primeiro quadrante, este ponto determina um


do ponto A. arco aM que corresponde ao ângulo central a.
Como a circunferência tem 360º ou 2π rad,
cada um desses arcos medem 90º ou π/2 rad.

Relembrando, chamamos de sen à razão


entre o CO a α, cujo tamanho é dado pela
OBS: Se temos um arco de origem A e própria ordenada y’ do ponto M, e a HIP,
extremidade E, ele pode assumir infinitos cujo tamanho é a própria distância r=1; isto é:
valores, dependendo do número de voltas que
sejam dadas para medi-lo, tanto no sentido
anti-horário (+) quanto no sentido horário (-). Com isso a extensão é feita de modo que
o sinal do seno dependerá do sinal da
ordenada do ponto, ou seja, do quadrante a
que pertença o ângulo. Será positivo para o
primeiro e o segundo quadrantes (ordenadas
positivas), e negativo para o terceiro e o
quarto quadrantes (ordenadas negativas).

Extensão do cosseno de um ângulo:


Usaremos a circunferência trigonométrica
Conforme definimos para o triângulo
para definir as funções trigonométricas, mais
retângulo, a razão entre o CA a α, a abscissa
adiante. Por agora vamos trabalhar apenas
x’ do ponto M usado anteriormente, e a HIP,
com um triângulo retângulo.
distância r, será o cosseno do ângulo a:

4. A generalização das razões


trigonométricas

Como vimos anteriormente, as razões


trigonométricas seno (sen), cosseno (cos) e
tangente (tg), referem-se a ângulos agudos de
um triângulo retângulo. No entanto, pode-se
estender a definição destas razões a ângulos O sinal do cosseno de um ângulo depende
obtusos, conforme veremos a seguir. do sinal da abscissa do ponto. Sendo assim,
cos α será positivo no primeiro e no quarto
Extensão do seno de um ângulo: quadrantes e negativo nos segundo e terceiro
quadrantes.
No plano cartesiano, consideremos uma
circunferência trigonométrica, de centro em
(0,0) e raio unitário. Seja um
ponto desta circunferência, localizado no
58
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y denominador da fração for nulo a tangente


sen  y
1 não está definida. Isso ocorre quando a
x abscissa do ponto M é nula, ou
cos   x
1 equivalentemente, o ângulo α vale 90o ou
270º (Pois cos 90º  0  cos 270º ).

5. Soma e diferença de dois arcos

O triângulo OxP, é um triângulo retângulo. Se


e , pelo teorema de Seno da soma de dois arcos
Pitágoras temos:

Demonstração:
Observe a seguinte figura (circunferência
trigonométrica):
Extensão da tangente de um ângulo:
A tangente de um ângulo, conforme vimos
em nosso estudo do triângulo retângulo, é a
razão entre o CO e o CA:

Inicialmente temos de notar que:


sen(a  b)  OU  UV

O triângulo ONR fornece as seguintes


relações:
Observando o ciclo trigonométrico,
senb  
NR
podemos tirar as seguintes relações:  NR
1
cosb  
OR
 OR
1
Ora, Ox’ é o cosseno, x’M é a projeção do
seno e AT é a tangente e AO é o raio do ciclo, Por outro lado, o triângulo OUR nos diz que:
igual a 1:
OU OU
sena    OU  sena cos b
⇒ OR cos b
O sinal da tangente dependerá do sinal das Por sua vez, o triângulo NRS fornece:
coordenadas do ponto M escolhido. Será
NS NS
positiva se as coordenadas forem do mesmo cos a    NS  cos asenb
NR senb
sinal e negativa se forem de sinais contrários.
Conforme se pode notar nas duas Notando que:
extensões sugeridas para tangente, quando o NS=UV

59
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obtemos finalmente:

como queríamos demonstrar.

Embora tenhamos demonstrado a


igualdade acima apenas para o primeiro
quadrante, o resultado é válido para qualquer
destes. A demonstração para os outros
quadrantes é análoga, fazendo-se as devidas
correções de sinais. Apenas a critério de Notamos que:
exemplo faremos mais uma demonstração, a
sen(   90o )   cos 
do segundo quadrante.
Observe agora esta nova figura: cos(  90o )  sen

Então, ocorre que:


sen   cos a
cos  sena
Substituindo no resultado parcial obtemos a
relação desejada:

o que conclui a demonstração para um ângulo


no segundo quadrante.

Novamente notamos que:


Seno da diferença de dois arcos
sen(a  b)  OV  UV

Definimos o ângulo auxiliar   a  90o


O triângulo ORN fornece as relações:
Demonstração:
NR
senb   NR  senb Podemos reescrever o seno da diferença
1 como:
OR
cos b   OR  cos b
1 sen(a  b)  sen[a  (b)]

O triângulo NRS fornece: e aplicar a fórmula da soma, obtendo:


RS sen(a  b)  sena cos(b)  sen(b) cos a
sen   RS  sen .senb  UV
NR
Uma vez notando que o cosseno de um
Por sua vez, o triângulo OVR fornece: ângulo corresponde à abscissa do sistema
cartesiano que contém a circunferência
OV
cos    OV  cos  cos b trigonométrica, é fácil ver que:
OR
cos(b)  cos b
Temos então como resultado parcial:
e que:
sen(a  b)  cos cos b  sen .senb
sen(b)  senb
Mas, observando o seguinte desenho:
Com esses resultados estabelece-se a

60
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igualdade requerida: cos(a  b)  cos a cos(b)  sena.sen(b)


sen(a  b)  sena cos b  senb cos a  cos a cos b  sena( senb)
cos(a  b)  cos a cos b  senasenb
completando a demonstração.
o que conclui a demonstração.
Cosseno da soma de dois arcos
Tangente da soma ou da diferença de dois
arcos

Demonstração:
Para demonstrar este resultado devemos
notar as seguintes igualdades: onde deve-se usar somente o sinal superior ou
somente o inferior.

Demonstração:
Usamos os resultados obtidos para seno e
cosseno da soma de dois arcos:

uma vez que cos 90º  0 , sen90º  1 , sen(a  b)


tg (a  b) 
cos180º  1 e sen180º  0 . (Ver as figuras cos(a  b)
que estendem as definições de senos e sena cos b  senb cos a

cossenos para quaisquer ângulos, notando as cos a cos b  sena.senb
coordenadas das interseções da circunferência cos a tga cos b  senb
 
trigonométrica com os eixos coordenados). cos a cos b  tgasenb
Sendo assim, temos: cos b tga  tgb
 
cos(a  b)  sen(a  b  90o ) cos b 1  tga.tgb
 sen(a  90o ) cos b tga  tgb
tg (a  b) 
 senb cos(a  90o ) 1  tga.tgb
 cos a cos b como queríamos demonstrar.
 senb.sen(a  90o  90o )
cos(a  b)  cos a cos b  senb.sena 6. Fórmulas de arcos duplos
conforme desejávamos.
Chama-se de arco duplo à soma de dois
arcos iguais. Sendo assim, para escrevermos
Cosseno da diferença de dois arcos
as fórmulas de arcos duplos basta igualar os
dois arcos e obter as expressões
correspondentes. Chamaremos este arco que
Demonstração: se repete duas vezes de x ao invés de a ou b.
Reescrevemos o cosseno desejado como:
O seno de um arco duplo
cos(a  b)  cos(a  (b))
Temos neste caso:
e usamos a fórmula da soma de cossenos:
sen 2 x  sen( x  x)
 senx cos x  senx cos x
Então:
61
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sen2x  2senx cos x

O cosseno de um arco duplo


Neste caso temos:
cos 2 x  cos(x  x)
 cos x cos x  senx.senx
ou seja:

cos 2 x  cos2 x  sen 2 x Na figura acima, opserva-se 3 triângulos:


Notando que, pelo teorema de Pitágoras e ABC, ABD e BDC. Nota-se que:
por ser o raio de uma circunferência e (11)
trigonométrica igual a 1, temos a identidade Usando o teorema de Pitágoras para BCD:
fundamental:
(12)
cos2 x  sen 2 x  1
E para ABD:
Esta identidade permite reescrever a (13)
fórmula para o cosseno do arco duplo de duas Substituindo, e
outras maneiras equivalentes: , na relação (12), temos:
cos 2 x  2 cos2 x  1
cos 2 x  1  2sen 2 x

Mas , assim:
A tangente de um arco duplo
Temos, neste caso:
De forma análoga temos:
tg 2 x  tg ( x  x)
tgx  tgx

1  tgx.tgx
ou seja,
8. As razões recíprocas
2tgx
tg 2 x 
1  tg 2 x Além das razões trigonométricas seno,
cosseno e tangente, podemos definir os
7. Lei dos Cossenos recíprocos destas frações. Chamaremos de
secante (sec) ao recíproco do cosseno,
Pode-se estabelecer algumas relações entre cossecante (cossec) ao recíproco do seno, e
ângulos e lados de um triângulo qualquer: finalmente cotangente (cot) ao recíproco da
tangente, ou seja:
1
sec  
cos
1
cos sec  
sen
1
cot g 
tg

62
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Pode-se trabalhar com somas e diferenças temos:


de arcos para estas razões utilizando os
resultados que já conhecemos para as funções
seno, cosseno e tangente.

9. Representação gráfica das razões


trigonométricas e suas recíprocas

sen cos tg
√ ⁄ √ ⁄
30o ⁄
E por último apresentamos cada uma das
√ ⁄ √ ⁄ razões trigonométricas, bem como suas
45o 1
recíprocas, na circunferência trigonométrica,
para facilitar memorização e visualização de
√ ⁄
60o ⁄ √ relações entre elas (às vezes uma visão
geométrica é mais fácil de ver que uma
90° 1 0 - analítica!). Também uma tabela com valores
de seno, cosseno e tangente de alguns
√ ⁄ ângulos.
120° ⁄ √

√ ⁄ √ ⁄
150° ⁄ sen  OP
cos  OQ
180° 0 -1 0 tg  AT
cot g  BS
sec   OT
Para finalizar esta seção apresentaremos os cos sec   OS
gráficos das razões trigonométricas e de suas
recíprocas. (Figura extraída de KÜHLKAMP, Nilo. Cálculo 1,
Para seno, cosseno e tangente, temos: 2ed., Editora da UFSC, 2001, p.57)

Exercícios Propostos

1. Calcular os catetos de um triângulo


retângulo cuja hipotenusa mede 6 cm e um
dos ângulos mede 60º.
2. Quando o ângulo de elevação do sol é de
65 º, a sombra de um edifício mede 18 m.
Calcule a altura do edifício. (sen 65º =
0,9063, cos 65º = 0,4226 e tg 65º =
2,1445)
Já para secante, cossecante e cotangente
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3. Quando o ângulo de elevação do sol é de 12. Patrik, um jovem curioso, observa da


60º, a sombra de uma árvore mede 15m. janela do seu quarto (A) uma banca de
Calcule a altura da árvore, considerando revistas (R), bem em frente ao seu prédio,
3  1,7 . segundo um ângulo de 60° com a vertical.
Desejando avaliar a distância do prédio à
4. Uma escada encostada em um edifício tem banca, Patrik sobe seis andares
seus pés afastados a 50 m do edifício, (aproximadamente 16 metros) até o
formando assim, com o plano horizontal, apartamento de um amigo seu, e passa a
um ângulo de 32º. A altura do edifício é avistar a banca (do ponto B) segundo um
aproximadamente: (sen 32º = 05299, cos ângulo de 30° com a vertical. Calculando a
32 º = 0,8480 e tg 32º = 0,6249) distância “d”, Patrik deve encontrar,
5. Um avião levanta vôo sob um ângulo de aproximadamente, o valor:
30º. Depois de percorrer 8 km, o avião se
encontra a uma altura de:
6. Um foguete é lançado sob um ângulo de
30º. A que altura se encontra depois de
percorrer 12 km em linha reta?
7. Do alto de um farol, cuja altura é de 20 m,
avista-se um navio sob um ângulo de
depressão de 30º. A que distância,
aproximadamente, o navio se acha do
farol? (Use √3 = 1,73)
13. Um topógrafo foi chamado para obter a
8. Se cada ângulo de um triângulo eqüilátero altura de um edifício. Para fazer isto, ele
mede 60 º, calcule a medida da altura de colocou um teodolito (instrumento para
um triângulo eqüilátero de lado 20 cm. medir ângulos) a 200 m do edifício e
9. Um alpinista deseja calcular a altura de mediu o ângulo de 30°, como indicado na
uma encosta que vai escalar. Para isso, figura a seguir. Determine a altura do
afasta-se, horizontalmente, 80 m do pé da edifício.
encosta e visualiza o topo sob um ângulo
de 55º com o plano horizontal. Calcule a
altura da encosta. (Dados: sen(55º) = 0,81,
cos (55º) = 0,57 e tg (55º) = 1,42.
10. Calcule o valor de y em cada figura:

14. Determine o valor da expressão: y=


4cos105°
3
15. Sabendo-se que sen(x) = e que x
11. Encontre x e y nas figuras: 5
pertence ao primeiro quadrante, determine
sen(2x).
16. Se tg (x + y) = 2 e tg (y) = 1, determine
tg (x).

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2
17. Sabendo que sena  cos a  sena
5
Determine o valor de sen2a .
18. Determine o valor de cos(105°).
19. Simplifique a expressão:
sec x  cos x
y
cos sec x  senx

Respostas do Módulo 4

1. 3 3 e 3 2. 38,6m 3. 25,5m
************************************
4. 31,24 m 5. 4 Km 6. 6 Km
************************************
7. 34,7 m 8. 10 3 9. 113,6m
************************************
10. a) y = 6 b) 8 3
************************************
11. a) x = 9 e y = 18 b) x = 4 3 e y = 8 3
************************************
3
12. 13,84 m 13. 200 m
3
************************************
14. 2  6 15. 24/25 16. 1/3
************************************
2 6
17. 15/17 18.
4
************************************
19. tg 3 x 
************************************

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Referências Bibliográficas

[1] PAIVA, Manoel. Matemática, 1ª ed. São


Paulo, Moderna, 2004.
[2] EDWALDO BIANCHINI. Matemática -
5ª a 8ª Série. – Editora Moderna.
[3] Iezzi, G.: Fundamentos de Matemática
Elementar, vol. 1, Atual Editora.
[4] Iezzi, G.: Fundamentos de Matemática
Elementar, vol. 2, Atual Editora.
[5] DANTE, Luiz Roberto. Tudo é
Matemática. 9ª ano. São Paulo: Ática, 2009
[6] BIANCHINI, Edwaldo. Matemática:
volume I. 4. ed.rev. e ampl. São Paulo,
Moderna, 1996.
[7] KÜHLKAMP, Nilo. Cálculo 1, 2ed.,
Editora da UFSC, 2001.
[8] PEDUZZI, L. O. Q.; PEDUZZI, S. S.
Física Básica A, 2ª Ed, Florianópolis:
UFSC/EAD/CED/CFM, 270 p, 2009.

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