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10 FATOS

CIENTÍFICOS

QUE IRÃO MUDAR


SUA VISÃO DE
SAÚDE EM 100%
SAÚDE INTEGRAL BASEADA EM
EVIDÊNCIAS

PROJETO NOSSO CORPO FALA


Apresentação

Decidimos que levaríamos o máximo de informações


possíveis às pessoas, compartilharíamos nosso
conhecimento adquirido em anos de estudo em saúde
integral, para permitir que muitas pessoas pudessem mudar
seu paradigma em saúde, e passar a ter um olhar muito mais
abrangente e com um potencial de transformação real a
partir do autoconhecimento.

Esse é nosso objetivo, esse é o propósito do projeto Nosso


Corpo Fala!

Dra. Simone Carvalho e Dra. Luana Frasson


Crefitos 216935-F/PR e 179463-F/PR

www.nossocorpofala.com.br
Prefácio

Fruto do projeto Nosso Corpo Fala, este e-book foi


concebido com nossa real intenção que algumas ou muitas
das informações contidas neste material sirvam de estímulo
ao questionamento embasado das tantas pré concebidas
idéias que permeiam nossa sociedade e das quais muitos de
nós continuamos a ser vitimizados.

O conhecimento tem o real poder, pois somente ele nos dá


verdadeiras opções de escolha. Não somente o
conhecimento sobre fatos alheios à nós, mas principalmente
o autoconhecimento. 

Que você possa fazer o melhor uso destas informações,


inacessadas por muitos pelo simples fato de não serem tão
amplamente divulgadas por motivos diversos, mas não
menos verdadeiras, ao contrário, cientificamente
embasadas, à quem estiver interessado.

Se lhe for útil, não esqueça de nos dar seu feedback e nos
acompanhar nos próximos passos do projeto.

Atenciosamente,

Dra. Simone Carvalho e Dra. Luana Frasson

www.nossocorpofala.com.br
S U M Á R I O

1. O Maravilhoso Cérebro Holográfico - 03

2. "É o ambiente sua besta!" - 12

3. A piada cósmica do Projeto Genoma Humano - 18

4. Todo mundo esquece da importância da fase

gestacional... - 22

5. A Linguagem das células são as emoções - 27

6. A gravidez indesejada - 29

7. Tipos de parto e traços de personalidade - 33

8. A relação entre intestino e saúde - 41

9. O que não te falam sobre antidepressivos - 46

10. O efeito nocebo na medicina - 51

04
FATO 1

O MARAVILHOSO
CÉREBRO HOLOGRÁFICO

Desde década de 1920 quando a física ingressou na

estranha e inesperada realidade do mundo subatômico,

com o experimento da “dupla fenda”, os físicos descobriram

que as partículas também podem ser ondas, porque não são

ondas físicas reais como as do som ou da água, mas ao

contrário, ondas de probabilidade. As ondas de

probabilidade não representam a probalidade de coisas,

mas de interconexões. Não é um conceito fácil de explicar,

pois basicamente, os físicos estão dizendo que não existe

nada parecido com uma “coisa”. O que costumávamos

chamar de “coisas” são, na realidade, “eventos” ou caminhos

que podem se tornar eventos. Depois das descobertas da

05
física quântica, os termos como “substância material”,

“objeto isolado”, “partícula elementar” perderam significado.

O universo inteiro parece uma teia dinâmica de modelos

inseparáveis de energia. Nessas condições, define-se como

um todo dinâmico, inseparável, que sempre inclui o

observador de modo geral (nós, que observamos os

eventos, inclusive as doenças).

Se o universo é composto, de fato, de uma teia dessa

natureza, nada existe (logicamente) parecido com uma

parte. Assim sendo, não somos partes separadas de um

todo, nós somos um Todo. Por esse motivo, nenhum

tratamento que segmenta o ser humano em partes – tratar

o físico sem considerar o emocional; ou vice versa – é de

fato uma atenção total ao sintoma que se apresenta. Na

última década, o físico Dr. David Bohn, em seu livro The

Implicate Order tenta dividir o mundo em partes. Ele fala

numa “ordem envolvida implícita” que existe num estado

não manifesto e é o fundamento sobre o qual repousa toda

a realidade manifesta. À realidade manifesta ele chama

06
Holograma
Etimologia

Do grego antigo  (holós,


"todo, inteiro, completo") e
(grammé, "traço")
“a ordem desenvolvida explícita”. Segundo ele, a visão

holográfica do Universo é uma base para se começar a

entender essas duas ordens. O conceito do holograma

sustenta que cada pedaço representa exatamente o todo e

pode ser utilizado para reconstruir o holograma inteiro.

Em 1971, Dennis Gabor recebeu um Prêmio Nobel por haver

construído o primeiro holograma, uma fotografia sem lente

em que um campo de ondas de luz disseminada por um

objeto era registrado como padrão de interferência sobre

uma chapa. Quando se coloca o holograma ou o registro da

fotografia num laser ou num raio de luz coerente, o padrão

original de ondas se regenera numa imagem tridimensional

(3D). Cada pedaço do holograma é uma exata representação

do todo e reconstruirá a imagem inteira.  Sendo assim, uma

única célula é capaz de reconstituir a imagem inteira do

organismo o qual ela pertence.

O Dr. Karl Pribam, renomado investigador do cérebro,

durante uma década acumulou provas de que a estrutura

profunda do cérebro é essencialmente holográfica. 

08
A teoria holográfica está
edificada sobre a sabedoria
antiga e ciência moderna em
uma época crucial da
história humana, quando as
informações estão sendo
livremente compartilhadas ao
redor do mundo,
rompendo velhas barreiras de
raça, religião e política.
Ele afirma que a pesquisa de muitos laboratórios, por meio

de análises sofisticadas de frequências temporais e/ou

espaciais, demonstra que o cérebro estrutura a visão, a

audição, o paladar, o olfato e o tato holograficamente. A

informação é distribuída por todo o sistema, de forma que

cada fragmento produz a informação do conjunto. Quem

nunca sentiu um cheiro conhecido, que evocou uma

memória vívida onde era possível “rever” mentalmente uma

cena, um lugar, uma pessoa, sentir uma emoção que se

traduzia até mesmo em uma reação física, como salivação,

aumento da frequência cardíaca, uma inspiração profunda.

Isso demonstra que nosso cérebro com um fragmento (ex.

Cheiro) reconstitui toda uma experiência, rica em detalhes,

dado sua característica holográfica, inclusive evocando

alterações fisiológicas.

Isso torna possível evocar uma emoção através do toque,

uma memória através de um som, uma reação fisiológica

através de uma lembrança... e mudando-se qualquer uma

das percepções, muda-se a manifestação que se segue.

10
"...o cérebro estrutura
a visão, a audição, o
paladar, o olfato e o
tato holograficamente.
A informação é
distribuída por todo o
sistema, de forma que
cada fragmento
produz a informação
do conjunto."
FATO 2

"É o ambiente sua


besta!"

Calma, não queremos lhe ofender. O título deste capítulo se

refere à frase dita pelo biólogo celular e autor do best seller

"A Biologia da Crença", Ph.D Bruce Lipton, como uma dura

crítica ao determinismo genético nos tempos de hoje.

Segundo ele, desde que a era da genética se iniciou, nós

somos levados a crer que não há como lutar contra aquilo

que fomos programados para ser. O mundo está cheio de

pessoas com medo de que seus genes se voltem contra elas.

Há um número absurdo de indivíduos que se sentem

verdadeiras bomba-relógios, com medo de que o câncer se

desenvolva em seu organismo só porque isso aconteceu

com seus pais ou familiares.

12
Existem aqueles que atribuem sua falta de saúde também à

falhas no mecanismo bioquímico de seu organismo. Seu

filho não se comporta bem? Então decide-se corrigir o

"desequilíbrio químico" por meio de medicamentos sem ao

menos tentar entender o que há de errado com seu corpo,

mente ou espírito. Segundo Lipton, apenas 2% das pessoas

sofrem de doenças determinadamente genéticas. O

restante de nós nascemos com um DNA capaz de nos

proporcionar uma vida muito feliz e saudável. As doenças

que conhecemos, como os problemas cardíacos, diabetes e

o câncer não são resultado de um único gene mas sim de

complexas interações entre múltiplos genes e fatores

ambientais. Determinados genes estão relacionados ao

comportamento de um organismo e às suas características.

No entanto, permanecem em estado passivo a menos que

uma força externa aja sobre eles. 

Mas que força é essa, capaz de ativar os genes? Vejamos o

que disse H. F. Nijhout, em 1990 em sua publicação

intitulada "As metáforas, o papel dos genes e o desenvolvi-

13
"...A mídia alardeou a
descoberta do câncer
de mama, mas deixou
de mencionar que 90%
dos casos desse tipo de
câncer não está
associado à genes
herdados. A maioria
ocorre por alterações
induzidas pelo
ambiente, e não por
genes defeituosos."
mento". Ele apresentou evidências de genes que controlam

a biologia se repentem com tanta frequência e por períodos

tão longos de tempo que os cientistas esqueceram de que

se trata apenas de uma hipótese, não de verdade

comprovada. Essa idéia do controle dos genes é apenas

uma suposição jamais comprovada e que já caiu por terra

com o fracasso do projeto genoma e pelas descobertas mais

recentes, com os estudos da epigenética. Nijhout afirma

que o controle genético se tornou uma metáfora para a

sociedade. Queremos acreditar que os engenheiros

geneticistas são os novos mágicos da medicina que vão

curar as doenças com a mesma maestria de gênios como

Einsten ou Mozart. Mas metáforas não combinam com

verdades científicas. Ele cita "Quando determinada

característica de um gene se faz necessária, o ambiente gera

um sinal que o ativa. O gene não se manifesta por si só". 

A mídia alardeou a descoberta do câncer de mama, mas

deixou de mencionar que 90% dos casos desse tipo de

câncer não está associado à genes herdados. A maioria 

15
ocorre por alterações induzidas pelo ambiente, e não por

genes defeituosos (Kling, 2003; Jones, 2001; Seppa, 2000;

Baylin, 1997).

Ou seja, quando se trata de controle genético, o que fala

mais alto "é o ambiente, sua besta".

E afinal, o que é o ambiente?

A alimentação, o estilo de vida, nossa exposição à poluição

(do ar, da comida, da água, eletromagnética, remédios...); o

tempo que dispomos para relaxar, dormir, nosso ambiente

de trabalho, nossas condições sociais e, finalmente, nossas

relações interpessoais (na família, no trabalho, nos grupos

que participamos). Isso tudo, caros, constitui os fatores

que controlam nossos genes a desenvolverem saúde ou

doença, segundo os estudos mais recentes, da nova área da

genética, a chamada epigenética, que estuda a resposta

biológica conforme a influência ambiental, e descobriu que

o ambiente é o fator principal quando se trata de expressão

genética! Obrigada Bruce! Obrigada!

16
Epigenética
Etimologia

do grego (Epi=sobre, acima)


mais
(Genesis=, “criação, força
produtiva, origem”, de genos,
“nascimento, família, raça”)

Aquilo que está acima da


origem.
FATO 3

A piada cósmica do
Projeto Genoma Humano

Como mencionei o fracasso do Projeto Genoma Humano no

fato 2, você deve estar curioso para entender o porquê eu

disse isso. O esforço científico global que se iniciou em

1980, quando o DNA tinha conquistado o status de

superestrela na ciência, tinha o objetivo de classificar todos

os genes de nossa composição orgânica. Era um projeto

ambicioso, e se convencionou que o corpo precisava de um

gene-modelo para cada uma das 100 mil proteínas que

compõe nosso corpo e também mais de 20 mil genes

reguladores para orquestrar a atividade de codificação das

proteínas. Concluíram que o genoma humano deveria ter

no mínimo 120 mil genes entre nossos 23 pares de cromos-

18
somos. Parecia que os cientistas estavam no meio de uma

piada cósmica. Imagine o impacto que Nicolau Copérnico

causou quando anunciou em 1543 que a Terra não era o

centro do universo como pensavam na época.

Os geneticistas também tiveram um grande choque quando

descobriram que o genoma humano tem apenas 25 mil

genes, ao invés de 120 mil como pré suporam! (Pennisi,

2003; Pearson, 2003; Goodman, 2003).  

Mais de 80 por cento do que imaginavam ser DNA

simplesmente não existe! A falta desses genes causou mais

impacto do que se poderia supor. Com isso o projeto veio

abaixo e todos nossos conceitos sobre o funcionamento

básico da vida tiveram de ser revistos. Não há genes

suficientes para compor um quadro tão complexo quanto a

vida ou as doenças humanas.

David Baltimore, um dos maiores geneticistas mundiais e

ganhador do prêmio Nobel comentou em 2001: "A menos

que o genoma humano contenha alguns genes invisíveis aos

nossos computadores, fica claro que não somos superiores

19
"...não somos superiores a
nenhum verme ou planta em
termos de complexidade
orgânica ou número de
genes".
David Baltimore, geneticista
a nenhum verme ou planta em termos de complexidade

orgânica ou número de genes".

Parece não haver muita diferença entre o número de genes

encontrados em nossa espécie e em outras que chamamos

primitivas, como a mosca-das-frutas, com 15 mil genes

(Blaxter, 2003) e o rato de laboratório, que tem um número

quase idêntico de genes ao nosso.

Sem dúvida o saldo positivo do projeto genoma humano foi

o impulso que ele deu para responder à todos esses pontos

de interrogação que surgiram, e a epigenética pode surgir

para nos explicar melhor a importância do ambiente na

expressão complexa da nossa biologia.

Deixou também uma lição, a da superioridade da natureza

em detrimento da imodéstia humana.

21
FATO 4

Todo mundo esquece da


importância da fase
gestacional...

Seguindo o fio da meada, pois o assunto está apenas

esquentando e ainda tem muito paradigma para quebrar...

vamos falar um pouco do início da vida, o período

gestacional. Aquele, que ninguém comenta quando o

assunto é saúde física e emocional.

Durante o início da gestação, lá pelo 27o dia, as células que

formam nosso Sistema Nervoso começam a se dividir tão

rapidamente que dobram de número a cada hora e meia. À

medida que se dividem, elas também se diferenciam,

produzindo assim as estruturas mais importantes do

cérebro. Nestes primeiros dias da gestação, as primeiras

células do cérebro continuam sua divisão rápida, migrando 

22
da “zona de multiplicação” original para as regiões mais

distantes do cérebro que está florescendo.

É durante essa viagem migratória (Scheibel, 1997) que as

células cerebrais, guiadas por uma série ainda obscura de

mensageiros químicos, começam a formar uma rede de

verdade. Pelo fato de o sistema estar se multiplicando com

muita rapidez, e por ser tão complexo, é extremamente

vulnerável a lesões causadas por concentrações

inadequadas de hormônios ou toxinas, bem como a uma

miríade de perturbações externas. E as consequências

podem ser terríveis e incluem um grande número de

problemas cognitivos e emocionais - sérios ou leves - que

se manifestam em vários estágios da vida do indivíduo.

A profusão de neurônios primitivos é grande: no mínimo 50

mil são produzidas durante cada segundo de vida

intrauterina. São tão imensos os desafios relativos a

construção do cérebro que ao menos metade do nosso

genoma se dedica a produzir esse órgão que só vai

constituir 2% do nosso peso corporal (Shore, 1997).

23
A complexidade do cérebro humano excede em muito a

capacidade que nossos genes têm de nos dar instruções,

afinal o cérebro humano vai se constituir de cerca de cem

bilhões de neurônios embutidos em mais de um trilhão de

células gliais, que dão sustentação aos neurônios.

Embora os genes ofereçam a planta básica de engenharia

do desenvolvimento básico do cérebro, a localização final, a

trajetória e as interrelações dos neurônios, são

determinadas, em grande parte, pelos primeiros insumos

ambientais... sim, estou falando do ambiente denovo!

Nutrição, estados de saúde ou doença, presença de toxinas

(cigarro, álcool, remédios...), sons ou movimentos

persistentes, estados emocionais da mãe e os hormônios

(neurotransmissores) associados à eles, e as condições

intrauterinas, como a existência de gêmeos.

Estas interferências variam tanto que explicam a

diversidade de personalidades e estilos e a natureza

singular de cada indivíduo.

Segundo Lipton, o aspecto maleável da expressão dos

genes
24
"Esses sinais de amor/medo - de
importância decisiva - são transmitidos ao
feto via moléculas transportadas pelo
sangue e produzidas em resposta à
percepção que a mãe tem do seu meio
ambiente...já que a criança vai nascer no
mesmo ambiente em que foi gerada e
precisa estar bem adaptada para enfrentar
o ambiente como ele é."
é uma questão muitíssimo importante no desenvolvimento

fetal. Todo organismo vivo tem duas categorias de

comportamento de sobrevivência: aqueles que promovem o

crescimento e aqueles que promovem a proteção. Entre os

comportamentos relacionados ao crescimento, temos a

procura de nutrientes, de ambientes favoráveis, e a

reprodução. Os comportamentos que promovem a

proteção são empregados pelo organismo para evitar que

algo de mal lhes aconteça.

A seleção desses programas de crescimento ou proteção

feitos pela criança por nascer baseia-se na percepção que

ela tem do seu meio ambiente, através do seu único canal:

a mãe.

Esses sinais de amor/medo - de importância decisiva - são

transmitidos ao feto via moléculas transportadas pelo

sangue e produzidas em resposta à percepção que a mãe

tem do seu meio ambiente, já que a criança vai nascer no

mesmo ambiente em que foi gerada e precisa estar bem

adaptada para enfrentar o ambiente como ele é.

26
FATO 5

A Linguagem das células


são as emoções

 Se o peso das questões ambientais é tão grande quanto

estamos vendo, então qual é o mecanismo que o corpo

utiliza para fazer essa leitura do ambiente? 

A evolução nos permitiu desenvolver um mecanismo único,

que converte os sinais de comunicação química em

sensações acessíveis por todas as nossas células, que é

nosso sistema límbico. A nossa mente consciente

interpreta esses sinais químicos como emoções.

Nossa mente consciente consegue traduzir os sinais

químicos liberados pela nossa comunidade celular que

podemos chamar de a "mente" do corpo, mas também pode

gerar emoções por emissão de sinais do sistema nervoso

27
para nosso corpo todo, liberando moléculas químicas.

Candace Pert, PhD,  se dedicou a estudar a relação do

cérebro com as células, e chamou esses sinais químicos de

"moléculas de emoção". Suas experiências a levaram a

conclusão de que a "mente" não se concentra apenas na

cabeça, as sim que está distribuída em moléculas

sinalizadoras distribuídas por todo o nosso corpo.

Cada emoção tem sua própria "assinatura bioquímica"

particular. A hostilidade, por exemplo, está associada ao

excesso de cortisol, o afeto à ocitocina, a felicidade à

dopamina, as sensações de bem-estar à serotonina e à

endorfina, os sentimentos de maior status aos elevados

níveis de testosterona e os de inferioridade à baixa

testosterona. Tais moléculas de emoção podem ser bálsamo

ou veneno para nossa saúde. 

As novas ciências da medicina corpo-mente e da

biopsicologia estão corroborando aquilo que os sábios do

Oriente descobriram há milhares de anos: podemos mudar

nossa biologia mudando nossas emoções.

28
FATO  6

A gravidez indesejada

 "Senti durante muito tempo que a caçula de nossos 4 filhos - 13 meses e


meio mais nova que o irmão, e indesejada por mim até três meses antes
de seu nascimento - vive tentando justificar sua existência. Ela é
brilhante nos estudos mas em sua vida pessoal carece de sabedoria e
não deve ter alta autoestima. Já a vi deprimida a ponto de chorar
durante três dias.
Eu também fui uma criança indesejada - nascida nove meses e meio
depois do casamento de meus pais, de uma mãe que renunciou à sua
carreira de pianista para cuidar de mim. Ela também teve uma doença
grave na época do meu nascimento e tenho certeza de que fui
negligenciada no berçário do hospital. "

Este é um trecho de uma carta enviada à Thomas Verny por

uma leitora.

A percepção intuitiva dessa mulher à respeito do efeito que

uma gravidez indesejada pode exercer sobre uma criança é

confirmada pela literatura científica. Faz tempo que os

pesquisadores associam uma gravidez indesejada a pouco

29
peso na hora do parto, índices elevados de mortalidade

infantil e falta de saúde e desenvolvimento. Bustan; Coker

(1994) da Universidade da Carolina do Sul, descobriram que

os bebês nascidos de gravidezes indesejadas têm uma

probabilidade mais de 2 vezes maior de morrer um mês

depois do parto do que as crianças desejadas. As mães que

foram objetos desse estudo eram casadas, em geral

mulheres com renda de classe média e estavam recebendo

cuidados pré-natais.

Em outro estudo, David e col (1998), cientistas de Praga,

acompanharam o desenvolvimento de 2.290 crianças

nascidas entre 1961 e 1963 de mulheres a quem o aborto foi

negado duas vezes durante a mesma gravidez. Essas

crianças indesejadas foram comparadas a um grupo de

controle de crianças desejadas e acompanhadas até a vida

adulta. Verificou-se que as crianças indesejadas tiveram

mais limitações físicas e emocionais. Ao decorrer dos anos

essas diferenças aumentaram passando a ser significante

estatisticamente na adolescência e início da vida adulta.

30
"...crianças indesejadas tiveram mais
limitações físicas e emocionais. Ao decorrer
dos anos essas diferenças aumentaram
passando a ser significante
estatisticamente na adolescência e início da
vida adulta"
Um outro estudo coordenado por Axinn e colaboradores

(1998) na Universidade de Michigan verificou que crianças

indesejadas praticamente sempre tinham a autoestima mais

baixa que a de crianças desejadas. Sugeriram que para

essas crianças "existe uma menor probabilidade de seus

pais investirem tempo e recursos emocionais naquela

criança, o que resulta em pouca autoestima,

comparativamente com as crianças desejadas. 

A decisão de trazer essas informações ao ebook foi a

intenção de levar à um maior número possível de pessoas a

necessidade e importância da maternidade e paternidade

conscientes, o que inclui uma busca profunda pelo

autoconhecimento e enfrentamento das próprias feridas

muito antes de colocar-mos um filho no mundo. 

Isso se faz a partir do impulso próprio da vontade, com e

sem o auxílio de profissionais que lhe ajudem a ressignificar

suas próprias experiências.

Recomendamos fortemente a leitura do livro "O bebê do

amanhã" de Thomas R. Verny e Pamela Weintraub.

32
FATO  7

TIPOS DE PARTO E
TRAÇOS DE
PERSONALIDADE

Você sabe de qual forma os tipos específicos de parto e

suas intervenções influenciam os recém-nascidos? Nós

seres humanos somos incrivelmente complexos, então

qualquer generalização é arriscada, mas existe um

consenso de descobertas clínicas no campo da psicologia

pré e perinatal que dão alguns indícios da influência do tipo

de parto em alguns âmbitos da personalidade, mas não

vamos generalizar, ok? Afinal esses fatores se tratam mais

da criação de um tipo de predisposição, uma sensibilidade

psíquica que pode ou não se expressar no futuro.

No parto natural vaginal sem medicação, observou-se que

as crianças tendem a ter autoconfiança e muita energia, e 

33
quando bem recebida por uma mãe amorosa, essa criança

vai começar a vida acreditando que o mundo é um lugar

bom e que ela faz parte dele. Em outras palavras, se sentirá

conectada à mãe, à sociedade e ao planeta.

Quando utilizadas anestesias e analgésicos, administrados

em 80% dos partos hospitalares, observou-se que os bebês

nascidos sob o efeito dessas drogas tem mais dificuldade de

estabelecer vínculos depois do parto que os bebês cujo

nascimento não foi precedido por uso dessas substâncias.

Isso provavelmente ocorre pelo fato de sob o efeito da

droga, os bebês ao nascerem não estão despertos e atentos

o suficiente para estabelecer o contato olho no olho e para

ter outros comportamentos de ligação afetiva (inclusive o

aleitamento) que geram uma descarga do hormônio do

"amor", a ocitocina, tanto no bebê, quanto na mãe.

Além disso, o bebê acaba recebendo doses excessivas de

anestesia porque as drogas são administradas por uma

necessidade da mãe, e não do bebê, que por ter uma

questão de proporção acabam recebendo doses maiores, e

34
" Os bebês cujas mães
foram parcial ou
completamente
anestesiadas têm, mais
tarde, predisposição a se
sentirem confusos ou
paralisados em situações
de estresse."
retendo a anestesia durante períodos mais longos por

terem maior proporção de gordura corporal. Os bebês

cujas mães foram parcial ou completamente anestesiadas

têm, mais tarde, predisposição a se sentirem confusos ou

paralisados em situações de estresse.

Já nos partos em que se utilizam indução do aumento das

contrações por uso de drogas - ocitocina sintética ou

pitocina - para aumentar a velocidade do processo ou

intensificar as contrações, o que ocorre entre 20% e 40%

dos partos hospitalares, observa-se uma alteração nos

ritmos naturais que regulam a velocidade do parto,

organizado pela própria biologia do bebê quando não

induzido, o que faz com que o bebê se sinta inicialmente

chocados, confusos e assustados. Mais tarde sentem que

foram interrompidos, que interferiram com eles, que foram

invadidos e/ou controlados. Sob o estresse, o adulto cujo

parto foi induzido tendem a sentir mais raiva e

ressentimento do que aqueles que não tiveram seu

processo biológico natural interferido. 

36
No parto com fórceps, que implica na remoção do bebê do

útero com a ajuda do fórceps, ainda que a maioria dos

bebês nascidos com fórceps tenham sido anestesiados, a

dor provocada pelo instrumento é muito maior do que o

efeito da anestesia. Quando fazem regressão sob hipnose

para lembrar o parto, esses pacientes descrevem o parto

como doloroso, invasivo e violento. Depois do nascimento

essa experiência interfere no estabelecimento de vínculos

afetivos. Na vida adulta, costumam ser defensivos em

relação ao toque, com ansiedades que se manifestam

quando são acariciados, aconchegados ou pegos no colo.

Sob estresse, tendem a sofrer dor de cabeça, e também dor

no pescoço e ombros.

Os nascidos pela cesariana são divididos em dois grupos: a

minoria, que tem a experiência das contrações e avança por

uma parte do canal vaginal; mas, seja por que motivo for,

não conseguem nascer pelas vias naturais. A maioria é de

cesarianas "eletivas", onde o bebê nunca viaja, nem em

parte, pelo canal vaginal. São eletivas porque o médico ou a

37
...ainda que a maioria dos
bebês nascidos com fórceps
tenham sido anestesiados, a
dor provocada pelo
instrumento é muito maior do
que o efeito da anestesia.
mãe decidem pela cesariana como a melhor opção dadas as

circunstâncias.

O perfil psicológico dos bebês de cesarianas "eletivas"

consiste numa tríade de características. Em primeiro lugar,

como ficaram sem a massagem da fase da contração, têm

predisposição a procurar contato físico - são movidos por

uma espécie de necessidade de toque. Em segundo lugar,

tendem a se meter em situações difíceis e esperam ser

salvos. Em terceiro lugar, tendem a ser hipersensíveis a

respeito das questões de separação e abandono.

Aqueles bebês que passam por algumas contrações antes

da cesariana têm probabilidade de manifestar além das

características acima uma sensação de forte bloqueio - a

sensação de que são incapazes de completar ou de ter êxito

na execução de uma tarefa.

Os nascidos com cordão umbilical enrolado no pescoço

vivem o medo da asfixia e podem ser asmáticos; os partos

na posição sentada trazem bebês que em geral são mais

determinados, teimosos e decididos, tudo ao seu jeito.

39
"Aqueles bebês que
passam por algumas
contrações antes da
cesariana têm
probabilidade de
manifestar além das
características acima
uma sensação de forte
bloqueio - a sensação
de que são incapazes
de completar ou de ter
êxito na execução de
uma tarefa."
FATO 8

A relação entre
intestino e saúde

Tornou-se cada vez mais importante modificar os hábitos

alimentares para efetivamente nutrir o organismo, mais do

que nutrir as células, devemos estar atentos a um mundo a

parte, que por não enxergarmos, esquecemos sua importâ

ncia: a flora intestinal. Quando se fala de bactérias,

pensamos apenas que causam doenças, o que não é de todo

verdadeiro. No total, convivemos com aproximadamente

100 trilhões de bactérias que vivem ecologicamente em

equilíbrio, exercendo funções importantes, ajudando a

digerir alimentos, sintetizar vitaminas essenciais e proteger

a mucosa intestinal para o funcionamento adequado do

organismo. 

41
Para se ter uma ideia mais ampla dessa proporção, calcula-

se que no corpo humano existam aproximadamente 10

trilhões de células, isto significa que temos 10 vezes mais

bactérias do que células no corpo. Todas juntas somariam

uma média de 2 quilos. 

A importância do conjunto de bactérias que habitam o

intestino é tamanha, que pode ser considerado como uma

espécie de órgão funcionalmente ativo, chamado de

microbiota intestinal. No intestino grosso, onde a

microbiota intestinal é mais numerosa e diversificada, há

cerca de 500 espécies diferentes de bactérias. Além da flora

bacteriana, temos fungos e leveduras em menor quantidade

e em simbiose com as bactérias. A flora saudável é chamada

de Probióticos (a favor da vida) e os nutrientes necessários

para o bom desenvolvimento dela é chamado de Prebió

ticos. Dentro desse quadro, a disbiose intestinal é definida

como o desequilíbrio entre microorganismos benéficos e

patogênicos (os que causam doenças) presentes no trato

gastrointestinal, gerando uma situação 

42
A i m p o r t a ̂n c i a d o c o n j u n t o
d e b a c t e ́r i a s q u e h a b i t a m o
intestino é tamanha, que
pode ser considerado como
u m a e s p e ́c i e d e o ́r g a ̃o
funcionalmente ativo,
chamado de microbiota
intestinal.
desfavorável à saúde do ser humano. Uma definição mais

atual diz que: “Disbiose é o estado no qual a microbiota

produz efeitos nocivos através de mudanças qualitativas e

quantitativas na própria microbiota intestinal; mudanças na

sua atividade metabólica; e mudanças em sua distribuição

do trato gastrointestinal”.

Um fato curioso sobre uma função do intestino é de que

os neurônios intestinais exercem uma farta produção de

serotonina, molécula que nos leva ao estado de bem-estar

90% da serotonina descarregada pelo corpo é fabricada

ali. Esse neurotransmissor é importante porque garante o

funcionamento adequado do órgão. Mas se sabe que ele

ainda pode exercer um efeito sistêmico, ou seja, por todo o

organismo, como qualquer hormônio.

Atualmente a depressão é tratada apenas utilizando

recaptadores de serotonina a nível de sistema nervoso

central, sem na esmagadora maioria considerar a função do

intestino, principal produtor e liberador do hormônio do

bem estar... e não pára por aí.

44
De uns cinco anos pra cá especialistas de 80 centros de

pesquisa lançaram o Projeto Microbioma Humano (EUA), e

hoje se começa a entender como a flora interfere na

predisposição a várias doenças e é capaz de influenciar até

o comportamento e as emoções das pessoas. “Nesse

sentido, a microbiota é uma espécie de terceiro cérebro”,

brinca o gastroenterologista Pierre Déchelotte, da

Universidade de Rouen, na França. Brincadeira com um

belo fundo de verdade. Uma outra equipe de pesquisadores

que apuravam o elo entre flora e autismo em ratos, baseada

na Universidade College Cork, na Irlanda, fez outra

experiência impressionante. Eles administraram

probióticos a camundongos com traços depressivos por

algumas semanas. Ao final da pesquisa observaram o sinal

claro de que não queriam desistir da vida. Se pudéssemos

transpor os resultados para nós, seres humanos, daria pra

dizer que foi observado um autêntico efeito antidepressivo.

 Se você tem depressão, não deixe de considerar uma boa

reposição e tratamento da flora intestinal.

45
FATO 9

O que não te falam


sobre antidepressivos

Poucas pessoas sabem, mas a eficácia do medicamento é

determinada pela diferença entre o efeito placebo - o

quanto pacientes neste grupo se sentem melhor com

medicamento de "farinha" - do efeito do medicamento

"real". Para que um remédio seja colocado à venda nos EUA,

ele precisa superar a performance do placebo por uma

margem significativa.

Acontece que testes mostram que alguns conhecidos

medicamentos para depressão e ansiedade teriam

dificuldades em passar em seus testes clínicos se fossem

testados novamente em 2015. Esses testes são realizados

pela própria indústria farmacêutica.

46
As vendas dos antidepressivos nunca estiveram tão em

alta. Os números vêm chamando a atenção dos

pesquisadores. Nos últimos anos, diversos estudos

científicos surgiram para investigar essa epidemia de

depressão. Alguns são alarmantes. Para muitos

especialistas, antidepressivos não são mágicos. Pelo

contrário. Podem ser até menos eficazes que pílulas de

farinha — os placebos.

Um dos principais nomes a defender isso é o psicólogo

clínico Irving Kirsch, professor da Universidade de Hull e

autor do livro The Emperor's New Drugs, exploding the

antidepressant myth (“As novas drogas do imperador,

explodindo o mito dos antidepressivos”, sem edição

brasileira). Ele analisou 38 dos testes clínicos — publicados

ou não — que foram enviados para o FDA, a agência de

vigilância sanitária dos EUA, para aprovar os remédios

Prozac, Effexor, Serzone e Paxil. Esses medicamentos,

quando surgiram no mercado, foram vistos como

revolucionários para o tratamento da depressão. 

47
No seu levantamento, DeRubeis avaliou 6 testes com 728

pacientes deprimidos e descobriu que a taxa de eficiência

dos antidepressivos era praticamente igual à das pílulas de

farinha no tratamento de depressão. Na conclusão do

estudo, sem citar os dados exatos, o acadêmico diz: “a

vantagem da medicação de antidepressivos sobre o placebo

foi de inexistente a insignificante entre pacientes com

sintomas de depressão leve, moderada ou até severa”.

Kirsch reúne dados similares sobre os testes dos 4

antidepressivos que analisou. Em seu livro afirma que

“antidepressivos são drogas com pouquíssimo benefício

terapêutico, mas com efeitos colaterais muito sérios”. Para

ele, antidepressivos são similares aos placebos ativos —

pílulas de farinha que provocam efeitos colaterais. Entre as

consequências estariam náuseas, perda da libido e até

dependência.

Uma análise de 34 ensaios clínicos envolvendo 5260

participantes (idade média de 9 a 18 anos) mostrou que os

benefícios excedem os riscos em termos de eficácia e 

48
"...a taxa de eficiência dos antidepressivos
era praticamente igual à das pílulas de
farinha no tratamento de depressão."
tolerabilidade apenas para a fluoxetina. A nortriptilina foi

menos eficaz do que sete outros antidepressivos e placebo.

Imipramina, venlafaxina e duloxetina tiveram o pior perfil

de tolerabilidade, levando a significativamente mais

interrupções do que o placebo. Venlafaxina foi associada

com um risco aumentado de se engajar em pensamentos ou

tentativas de suicídio em comparação com placebo e cinco

outros antidepressivos.

Esses estudos corroboram com o proposto pelo nosso

projeto, de que apenas o próprio organismo tem a

capacidade de se autoregular e se autocurar. O uso de

drogas pouco (ou nada) influencia no quadro de depressão.

É preciso lançar mão de outros recursos e não apenas

permanecer no tratamento sintomático dos medicamentos

com eficácia duvidosa. Esses recursos incluem desde a

mudança em hábitos de vida (alimentação e exercícios) até

uma busca profunda pelo autoconhecimento e

autoresponsabilidade no enfrentamento de suas sombras,

com terapias que permitem o olhar do ser como integral.

50
FATO 10

O efeito nocebo na
medicina

A mente é capaz de curar uma pessoa? Milhões de casos de

curas pelo mundo devidas à auto-sugestão positiva, à fé e à

determinação em curar-se provam isso.

E a mente é também capaz de adoecer ou mesmo de matar

uma pessoa? Infelizmente, milhões de casos de

adoecimentos e mortes, frutos de depressões, melancolias,

crenças e auto-sugestões negativas também provam isso. 

Um grande número de pessoas sofre de efeitos colaterais

encontrados em bulas de remédios, apenas devido à sua

auto sugestão. Esse fenômeno psicossomático pode causar

graves prejuízos e até mesmo matar um ser humano.

Estima-se que pelo menos 70% do efeito de uma doença

51
no organismo é de origem psicológica e que somente 30% é

realmente físico. Os pensamentos negativos criam

estímulos no sistema nervoso, no sistema imunológico, nas

glândulas endócrinas e nos órgãos, que conduzem o

organismo a mimetizar uma doença, e, por isso, em muitos

casos e em muitas pessoas, manifestam-se os sintomas de

doenças assim que o indíviduo sugestiona-se

negativamente: quando fica ao lado de uma pessoa gripada,

quando ouve falar de um surto epidemico, quando lê num

jornal que um alimento que comeu durante a semana foi

considerado impróprio para o consumo, quando lê sobre os

resultados adversos de um medicamento que está usando.

Os termos placebo e nocebo vem do latim. O primeiro

origina-se de “placeo”, “placere”, que significa agradar,

enquanto o segundo, “noce”, “nocere”, refere-se a infligir

dano. De forma generalizada, entende-se o efeito ou

resposta placebo como a melhoria dos sintomas e/ou

funções fisiológicas do organismo em resposta a fatores

52
supostamente não específicos e aparentemente inertes

(sugestão verbal ou visual, comprimidos sem princípio

ativo, injeção de soro fisiológico, cirurgia fictícia etc.) com

atribuição ao simbolismo que o tratamento exerce na

esperança de cura do paciente. O efeito nocebo é o oposto:

a expectativa por um resultado negativo pode conduzir ao

agravamento de um sintoma ou doença. Exemplos naturais

de efeito nocebo são observados no impacto de

diagnósticos negativos e na desconfiança do paciente pela

equipe médica ou por algum tipo tratamento, com seus

mecanismos psiconeurofisiológicos estudados de forma

análoga ao efeito placebo.

O efeito nocebo coloca frequentemente os médicos em

situação constrangedora, pois, por um lado, os pacientes

têm o direito de saber o que está realmente acontecendo,

por outro, o fato de informá-los sobre um doença

potencialmente perigosa pode aumentar o risco da

aparição do efeito nocebo, o que agravaria a situação.

Os cirurgiões mostram-se geralmente relutantes quando 

53
Muitas pessoas, atualmente, depois de
sairem de uma consulta médica ou de
levarem seus resultados de exames a um
médico, saem do consultório abaladas ou
até apavoradas, por causa dos prognósticos
fatalistas ou excessivamente pessimistas
dos médicos. Algumas desenvolvem crises
de ansiedade depois disso, e outras chegam
mesmo a ter síndrome do pânico,
imaginando que estão fadadas a um trágico
final em pouco tempo.
têm que operar pacientes que estão convencidos de que

irão morrer, porque isto muitas vezes ocorre.

Não só pacientes podem causar danos a si mesmos devido

ao efeito nocebo. Atualmente, muitos médicos têm eles

próprios estimulado o efeito nocebo em seus pacientes,

devido à sua insensibilidade e às suas tendências

 pessimistas e fatalistas.

Muitas pessoas, atualmente, depois de sairem de uma

consulta médica ou de levarem seus resultados de exames a

um médico, saem do consultório abaladas ou até

apavoradas, por causa dos prognósticos fatalistas ou

excessivamente pessimistas dos médicos. Algumas

desenvolvem crises de ansiedade depois disso, e outras

chegam mesmo a ter síndrome do pânico, imaginando que

estão fadadas a um trágico final em pouco tempo. Por que

uma parte dos médicos tem essa postura hoje em dia? Não

se sabe. Mas, sem dúvida, é algo que tem prejudicado

muitas pessoas e que precisa ser pensado, entendido e

mudado na conduta de muitos médicos atuais.

55
Dentro da atuação nas práticas integrais, um ponto que é

muito levado em consideração ao passar informações aos

pacientes é exatamente o poder do verbo. Toda palavra é

carregada de um significado, uma frequência, que pode

curar ou pode adoecer a pessoa que escuta. 

É imprescindível o tato humano e o cuidado na escolha das

palavras. E quando estendemos este conceito, podemos

aplicá-lo em todas as nossas relações: pais e filhos, casal,

colegas de trabalho... afinal, nunca sabemos a importância

que quem nos ouve está dando às nossas palavras, e o quão

fragilizada aquela pessoa está para permitir que aquilo lhe

impacte negativamente.

Esse é um dos legados do Dr. Hamer, oncologista,

descobridor das 5 Leis Biológicas da Nova Medicina, que

abomina a forma como atualmente se dá a notícia de um

diagnóstico e ao significado maligno atribuído aos

sintomas, tendo explicado o impacto que esse momento

tem inclusive no aparecimento de metástases cancerosas

após semanas de um diagnóstico inicial de câncer.

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