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AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES AQUAVIÁRIOS

Cartilha de Direitos e Deveres


dos Usuários da Navegação
Marítima e de Apoio
Resolução Normativa N° 18-ANTAQ

Brasília, 16 de Agosto de 2018


Mário Povia
Diretor Geral

Adalberto Tokarski
Diretor

Francisval Mendes
Diretor

Superintendência de Regulação (SRG)

Bruno de Oliveira Pinheiro


Superintendente

Equipe Técnica

Rodrigo Guimarães Trajano


Gerente de Regulação da Navegação Marítima

Marcelo Donato
Especialista em Regulação

Henrique de Assis Serra


Especialista em Regulação

Fabiane Santos de Mello


Especialista em Regulação

Ouvidoria

0800 - 644 5001


ouvidoria@antaq.gov.br
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A QUEM SE DESTINA
E S TA C A R T I L H A ?
A entrada em vigor da Resolução Normativa nº
18-ANTAQ, de 21 de dezembro de 2017, repre-
senta um marco no amadurecimento regulatório
da navegação marítima e de apoio e na tutela
do direito dos usuários desses serviços. Assim,
essa cartilha é destinada especialmente a esses
A A N TA Q usuários, aos embarcadores e aos consignatários
das cargas.

A Agência Nacional de Transportes Aquaviários – Presta-se também ao papel educativo em rela-


ANTAQ é uma entidade que integra a Administra- ção aos transportadores marítimos, às Empresas
ção Federal indireta, de regime autárquico espe- Brasileiras de Navegação EBN, aos agentes inter-
cial, com personalidade jurídica de direito público, mediários (agente transitário, transportador não
independência administrativa, autonomia financei- operador de Navio - NVOCC e agente marítimo) e
ra e funcional, vinculada ao Ministério dos Trans- ainda como fonte de consulta aos órgãos anuen-
portes, Portos e Aviação Civil. Foi criada pela Lei tes e intervenientes e à sociedade em geral.
nº 10.233, de 05 de junho de 2001 e instalada em
17 de fevereiro de 2002.

A ANTAQ tem por finalidade implementar as políti-


cas formuladas pelo Ministério dos Transportes,
Portos e Aviação Civil, pelo Conselho Nacional de
Integração de Políticas de Transporte – CONIT,
segundo os princípios e diretrizes estabelecidos
na legislação. É responsável por regular, supervi-
sionar e fiscalizar as atividades de prestação de
serviços de transporte aquaviário e de exploração
da infraestrutura portuária e aquaviária.

RELAÇÃO ENTRE USUÁRIOS DOS SERVIÇOS


DE TRANSPORTE AQUAVIÁRIOS E A ANTAQ.
U S UÁ R I O :
A Lei nº 10.233/01 tem entre seus princípios
gerais proteger os interesses dos usuários quan- TODO AQUELE QUE CONTRATA,
to à qualidade e oferta de serviços de transporte e
dos consumidores finais quanto à incidência dos DIRETAMENTE OU POR MEIO DE
fretes nos preços dos produtos transportados.
Nesse sentido, a Agência dedica-se a tornar mais UM AGENTE INTERMEDIÁRIO, O
econômica e segura a movimentação de pessoas
e bens pelas vias aquaviárias brasileiras, asse- TRANSPORTE MARÍTIMO DE CARGAS
gurando, sempre que possível, que os usuários
paguem pelos custos dos serviços prestados em DE SUA PROPRIEDADE OU POSSE,
regime de eficiência. Além disso, cabe à ANTAQ
arbitrar conflitos de interesses para impedir situa- OU A OPERAÇÃO NAS NAVEGAÇÕES
ções que configurem competição imperfeita ou
infração contra a ordem econômica, e harmonizar DE APOIO MARÍTIMO OU PORTUÁRIO
os interesses dos usuários com os das empresas
e entidades do setor, sempre preservando o in-
teresse público.
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S E R V I ÇO A D E Q UA D O
Entre os objetivos da ANTAQ expressos na Lei nº 10.233/01, está o de regular ou supervi-
sionar, em suas esferas e atribuições, as atividades de prestação de serviços e de explora-
ção da infraestrutura de transportes, exercidas por terceiros, com vistas a garantir a movi-
mentação de pessoas e bens, em cumprimento a padrões de eficiência, segurança, conforto,
regularidade, pontualidade e modicidade nos fretes e tarifas. Assim, a RN-18 estabeleceu as
seguintes condições a serem observadas permanentemente pelos transportadores maríti-
mos e pelos agentes intermediários, no que couber:
Regularidade, por meio da realização da Atualidade, caracterizada pela prestação do ser-
frequência e das escalas ofertadas aos usuári- viço com modernização constante das técnicas,
os; das embarcações e dos equipamentos utilizados,
bem assim com a capacitação e treinamento dos
Continuidade, por meio da manutenção e da funcionários, garantindo a melhoria e expansão
não cessação definitiva ou paralisação tem- do serviço;
porária da prestação do serviço na navegação
autorizada por mais de 90 (noventa) dias con- Generalidade, assegurando a oferta de serviços,
tínuos ou, no caso de pessoa jurídica que es- de forma indiscriminada e isonômica a todos os
teja enquadrada como microempresa – ME ou usuários, com a maior amplitude possível;
empresa de pequeno porte – EPP, assim defini- Modicidade, caracterizada pela adoção de preços,
das no Estatuto Nacional da Microempresa e fretes, taxas e sobretaxas em bases justas, trans-
da Empresa de Pequeno Porte, por mais de parentes e não discriminatórias e que reflitam o
180 (cento e oitenta) dias contínuos, em ambos equilíbrio entre os custos da prestação dos ser-
os casos, ressalvada a aceitação pela ANTAQ viços e os benefícios oferecidos aos usuários,
de justificativa devidamente comprovada; permitindo o melhoramento e a expansão dos ser-
viços, além da remuneração adequada; e
Eficiência, por meio do (a):
Pontualidade, mediante o cumprimento dos pra-
a) cumprimento dos parâmetros de desempen- zos fixados ou estimados para prestação dos ser-
ho estabelecidos contratualmente, buscando o viços, estabelecidos em contrato, formalmente
melhor resultado possível e a melhoria contínua agendados entre as partes envolvidas ou ra-
da qualidade e produtividade; zoavelmente exigidos, tomando-se em considera-
ção as circunstâncias do caso.
b) adoção de procedimentos operacionais que
evitem perda, dano, extravio de cargas ou des-
perdícios de qualquer natureza, em razão da
falta de método ou racionalização no seu des-
empenho, minimizando custos a serem supor-
tados pelos usuários; e

c) execução diligente de suas atividades oper-


acionais, de modo a não interferir e minimizar
a possibilidade de danos ou atrasos nas ativi-
dades realizadas por terceiros;

Segurança, caracterizada pelo cumprimento


das práticas recomendadas de segurança do
tráfego aquaviário, visando à preservação do
meio ambiente e à integridade física e patrimo-
nial dos usuários, da carga e das instalações
portuárias utilizadas, bem como de quaisquer
outras determinações, normas e regulamentos
relativos à segurança expedidos pelas auto-
ridades competentes ou por tratados, conven-
ções e acordos internacionais de transporte
marítimo ratificados pelo Brasil;
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S Ã O D I R E I TO S B Á S I CO S D O U S UÁ R I O :

(SEM PREJUÍZO DE OUTROS ESTABELECIDOS EM LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA E NO


CONTRATO)
I - receber serviço adequado com observância dos padrões de regularidade, continuidade, eficiência,
segurança, atualidade, generalidade, pontualidade e modicidade;

II - levar ao conhecimento da ANTAQ as irregularidades e as infrações à lei e à regulamentação de que


tenha conhecimento, referentes ao serviço prestado, operação ou disponibilidade contratada;

III - dispor de informação transparente, correta e precisa por meio de canais de comunicação aces-
síveis, com conhecimento prévio de todos os serviços, operações ou disponibilidade a serem contrata-
dos e dos riscos envolvidos, incluindo a especificação dos valores dos preços, fretes, taxas e sobre-
taxas, vedada a publicidade enganosa; e

IV - obter e utilizar o serviço, com liberdade de escolha de prestadores, vedados métodos comerciais
coercitivos ou desleais, bem como práticas e cláusulas em descumprimento à lei, normas, regulamen-
tos ou tratados, convenções e acordos internacionais ratificados pelo Brasil ou impostas no forneci-
mento dos serviços.

As informações prestadas deverão ser cor- O usuário que, no momento da contratação,


retas, claras, precisas e ostensivas, devendo entender que estão lhe sendo impostas cláusu-
também estar acessíveis ao embarcador, con- las abusivas, poderá fazer denúncia à ANTAQ,
signatário, endossatário ou portador do conheci- que verificará se há práticas ou cláusulas em
mento de carga – BL, independentemente de ser descumprimento a lei, normas, tratados, regu-
contratante ou não. lamentos ou mesmo em descumprimento à RN-
18.

O não cumprimento do serviço adequado se caracteriza como infração de natureza


média, passível de multa.
6 E M CO N T R A PA R T I D A . . .

S Ã O D E V E R E S D O U S UÁ R I O :
S E R V I ÇO A D E Q UA D O
(SEM PREJUÍZO DE OUTROS ESTABELECIDOS EM LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA E NO
CONTRATO)
I - pagar os valores referentes aos serviços, operações e disponibilidade contratadas;

II - somente contratar transporte aquaviário ou operações e disponibilidade na navegação de apoio


marítimo, de apoio portuário ou de cabotagem com empresa de navegação devidamente autorizada
pela ANTAQ para realizar o serviço pretendido e, na navegação de longo curso, em conformidade
com a Lei nº 9.432, de 1997, e os tratados, convenções, acordos e outros instrumentos internacio-
nais ratificados pelo Brasil;

III - contribuir para a permanência das boas condições dos bens públicos ou privados por meio dos
quais lhes são prestados os serviços;

IV - entregar ou retirar a carga no local e prazo acordados para embarque ou desembarque com o cor-
reto acondicionamento, em conformidade com as leis, regulamentos, exigências técnicas aplicáveis
e tratados, convenções, acordos e outros instrumentos internacionais ratificados pelo Brasil;

V - prestar informações corretas, claras, precisas, tempestivas e completas:

a) para as operações da navegação de cabotagem e longo curso, sobre a carga a ser transportada,
em especial as necessárias para o cumprimento de normas e regulamentos dos órgãos governa-
mentais e tratados, convenções, acordos e outros instrumentos internacionais ratificados pelo Brasil
e;

b) para as operações da navegação de apoio portuário ou marítimo, sobre os procedimentos a


serem adotados, considerando as especificidades das respectivas operações; e

VI - atender, no âmbito de suas atribuições e no prazo estipulado, ao transportador marítimo, aos


agentes intermediários, à EBN de apoio portuário ou apoio marítimo ou às autoridades pertinentes,
fornecendo-lhes todos os documentos e as informações necessárias sobre seus produtos perigosos
e serviços sujeitos a regulamentação específica por outro órgão.

AT E N Ç Ã O ! N Ã O
C U S TA L E M B R A R . . .
CONTRATO É O ACORDO DE DUAS OU
MAIS VONTADES, NA CONFORMIDADE
DA ORDEM JURÍDICA. O USUÁRIO
DEVERÁ TER ESPECIAL ATENÇÃO
ÀS OBRIGAÇÕES ASSUMIDAS,
MESMO QUE SOLIDARIAMENTE,
POIS, A NÃO SER QUE HAJA ALGUMA
ILEGALIDADE, PREVALECERÁ A
AUTONOMIA DAS VONTADES NELE
REGISTRADA.
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S O B R E - E S TA D I A D O CO N T Ê I N E R :
DEMURRAGE OU SOBRE-ESTADIA DO CONTÊINER: É O VALOR DEVIDO AO TRANSPORTADOR
MARÍTIMO, AO PROPRIETÁRIO DO CONTÊINER OU AO AGENTE TRANSITÁRIO PELOS DIAS QUE
ULTRAPASSAREM O FREE TIME (PRAZO LIVRE DE COBRANÇA, ACORDADO PREVIAMENTE).

•Os valores de sobre-estadia são livremente nego-


ciados.

•A sobre-estadia possui dupla finalidade:

1. ressarcimento das perdas e danos do trans-


portador marítimo (frete que deixou de obter e
prejuízos logísticos com reposicionamento de con-
têineres, por exemplo);
2. compelir à devolução do contêiner.

•A ANTAQ busca garantir a transparência e a pre-


visibilidade das cobranças.
Livre estadia do contêiner (free time): prazo
•Cabe ao transportador marítimo ou ao proprietário previamente acordado para uso do contêiner,
do contêiner manter disponível ao devedor, a partir sem cobrança de sobre-estadia.
do primeiro dia de sobre-estadia, a identificação do
contêiner e o valor diário a ser cobrado.
•Prazo previamente acordado para uso do
contêiner, sem cobrança de sobre-estadia;
“Once on Demurrage, Always on
•Livre negociação, mas proibida a cobrança
Demurrage” retroativa;

O prazo de livre estadia é suspenso por


fato imputável diretamente ao trans-
portador, ao proprietário do contêiner ou
ao depot, ou ainda por caso fortuito ou
força maior.
O prazo de livre estadia é suspenso por fato im-
Por outro lado, se o prazo de sobre-es- putável diretamente ao transportador, ao pro-
tadia já tiver sido iniciado, não se sus- prietário do contêiner ou ao depot, ou ainda por
pende na intercorrência de caso fortuito caso fortuito ou força maior.
ou força maior.
Por outro lado, se o prazo de sobre-estadia já
tiver sido iniciado, não se suspende na intercor-
rência de caso fortuito ou força maior.

Atenção: Sobre-estadia NÃO possui a natureza jurídica de cláusula penal e sua co-
brança NÃO é limitada ao valor do contêiner ou do frete.
Caso haja algum problema na importação de mercadorias, é de responsabilidade do
usuário ou de seu preposto providenciar, com a maior brevidade possível, a desova
da mercadoria e a devolução do contêiner, para evitar o pagamento de altos valores
de sobre-estadia.
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RECUSA DO TRANSPORTE DE CARGA


S E R V I ÇO A D E Q UA D O

PELO CRITÉRIO DA GENERALIDADE, O


SERVIÇO DE TRANSPORTES AQUAVIÁRIOS
DEVE SER OFERTADO DE FORMA
INDISCRIMINADA E ISONÔMICA A TODOS
OS USUÁRIOS, COM A MAIOR AMPLITUDE
POSSÍVEL;

O Transportador marítimo e o agente intermediário


podem recusar o transporte da carga nas se-
guintes hipóteses:

•Inobservância de preceitos legais ou regulamentares por parte do embarca-


dor;

•Problemas no acondicionamento dos volumes;

•Comprovada inviabilidade técnica ou econômica;

•Indisponibilidade operacional;

•Inadimplência do usuário perante o transportador; ou

•Caso fortuito ou força maior.

ESSAS DUAS HIPÓTESES SOMENTE PODEM SER ALEGADAS ANTES DA


RESERVA DE PRAÇA OU DO BOOKING CONFIRMATION.

A RECUSA DO TRANSPORTE POR INDISPONIBILIDADE OPERACIONAL APÓS A


RESERVA DE PRAÇA CARACTERIZA “OVERBOOKING” SENDO CONSIDERADA
COMO INFRAÇÃO.

POR OUTRO LADO, O TRANSPORTADOR PODE COBRAR O “FRETE MORTO”


CASO TENHA HAVIDO A RESERVA DE PRAÇA E O EMBARCADOR NÃO
ENTREGUE A CARGA NO LOCAL E PRAZO ACORDADOS.
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SUPRESSÃO DE ESCALA
Carga Embarcada

Os transportadores devem tomar as medidas para a entrega no local acordado, sem custos extras
para o usuário, salvo situações de avaria grossa.

Avaria grossa (art. 764, do Código Comercial) = danos causados deliberadamente em caso de
perigo ou desastre imprevisto, e sofridos como conseqüência imediata destes eventos, bem como
as despesas feitas em iguais circunstâncias, depois de deliberações motivadas, em bem e salva-
mento comum do navio e mercadorias, desde a sua carga e partida até o seu retorno e descarga.

Carga Não Embarcada


Os valores de armazenagem adicional em caso de atraso ou de supressão só poderão ser cobra-
dos dos causadores efetivos dos atrasos.

RETENÇÃO DO BL OU DA MERCADORIA

Somente por não pagamento do frete ou da contribuição por avaria grossa, vedada a retenção por
quaisquer outras justificativas.

É considerado como frete, cuja inadimplência acarreta em retenção


da carga, a remuneração para o transporte aquaviário constante do
conhecimento de carga. As taxas ou sobretaxas assumidas, mas que
não constam no conhecimento de carga, também devem ser pagas,
mas a falta de pagamento não permite a retenção da carga.
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P O N T UA L I D A D E
S E R V I ÇO A D E Q UA D O
ATRASO:

•Quando a carga não for entregue dentro do prazo expressamente acordado;

•Na ausência de prazo acordado, quando a carga não for entregue dentro de um prazo razoavel-
mente exigível, tomando-se em consideração as circunstâncias do caso.

O atraso decorrente de caso fortuito ou de força maior não configura descumprimento do critério de
pontualidade.

TA X A D E CO N V E R S Ã O

•É considerada abusiva a
conversão do frete expresso
em moeda estrangeira para
a moeda nacional utilizando
taxas de conversão incom-
patíveis com o mercado de
referência.

•O uso de uma taxa referen-


cial, considerando-se tam-
bém os custos financeiros
da transação, busca inibir
formação artificial de preços
e o aumento arbitrário dos
lucros. É um instrumento de
racionalização e diminuição
de assimetrias entre os play-
ers do mercado.

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