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Eletricista

Instalador Predial
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI

Armando de Queiroz Monteiro Neto


Presidente

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL – SENAI


Conselho Nacional

Armando de Queiroz Monteiro Neto


Presidente

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL - SENAI


Departamento Nacional

José Manuel de Aguiar Martins


Diretor Geral

Regina Maria de Fátima Torres


Diretora de Operações
Confederação Nacional da Indústria
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
Departamento Nacional

Eletricista
Instalador Predial

Júlio Cezar Págio

Brasília
2010
© 2010. SENAI – Departamento Nacional
É proibida a reprodução total ou parcial deste material por qualquer meio ou sistema sem o prévio
consentimento do editor.

Equipe técnica que participou da elaboração desta obra

Coordenador Projeto Estratégico 14 DRs Design Educacional, Design Gráfico,


Luciano Mattiazzi Baumgartner - Departamento Diagramação e Ilustrações
Regional do SENAI/SC Equipe de Desenvolvimento de Recursos
Didáticos do SENAI/SC em Florianópolis
Coordenador de EaD - SENAI/ES
Fernanda Pagani Tessinari - DETEC - Divisão de Revisão Ortográfica e Normativa
Educação e Tecnologia FabriCO

Coordenador de EaD – SENAI/SC em Florianópolis Fotografias


Diego de Castro Vieira - SENAI/SC em Banco de Imagens SENAI/SC
Florianópolis Http: //www.sxc.hu/
http://office.microsoft.com/en-us/images/
http://www.morguefile.com/

Ficha catalográfica elaborada por Luciana Effting CRB 14/937 – SENAI/SC Florianópolis

P136e
Págio, Júlio Cezar
Eletricidade instalador predial / Júlio Cezar Págio. Brasília:
SENAI/DN, 2010.
485 p. : il. color ; 30 cm.

Inclui bibliografias.

1. Eletricidade. 2. Instalações elétricas. 3. Circuitos elétricos. 4.


Energia elétrica - Distribuição. I. SENAI. Departamento Nacional. II.
Título.

CDU 621.316.17

SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial


Departamento Nacional

Setor Bancário Norte, Quadra 1, Bloco C


Edifício Roberto Simonsen – 70040-903 – Brasília – DF
Tel.:(61)3317-9000 – Fax:(61)3317-9190
http://www.senai.br
Sumário

Apresentação do curso...............................................................................07

Plano de estudos..........................................................................................09

Unidade 1: Iniciando na Eletricidade.....................................................11

Unidade 2: Medidas das Grandezas Elétricas.....................................163

Unidade 3: Riscos Elétricos........................................................................197

Unidade 4: Tecnologias e Práticas Profissionais ...............................217

Unidade 5: Interpretando um Projeto Elétrico Residencial............387

Sobre o autor.................................................................................................451

Referências......................................................................................................453
Apresentação
do Curso
Prezado aluno,

É com grande satisfação que apresento a você, o


curso de Eletricista Instalador Predial. Você deve
estar pensando: é possível um curso tão prático na
modalidade à distância? Foi pensando nisso, que
toda uma equipe multidisciplinar de profissionais
trabalhou cuidadosamente para torná-lo uma reali-
dade.

O curso está dividido em cinco unidades, nas quais


você será o protagonista do seu processo de apren-
dizagem. Todas as unidades apresentam informa-
ções na medida certa, começando pelos fundamen-
tos básicos da eletricidade. Na segunda unidade
você conhecerá o que são grandezas elétricas e
como mensurá-las.

Os riscos elétricos inerentes à profissão do eletri-


cista e às instalações elétricas também serão estu-
dados. A quarta unidade será voltada para a parte
prática, são as tecnologias e práticas profissionais
que lhe darão a oportunidade de executar algumas
tarefas. E, por fim, você aprenderá a fazer algumas
etapas de um pequeno projeto elétrico residencial.

Você perceberá que, ao longo do curso, existe uma


preocupação constante com as normas de seguran-
ça e as normas de execução das instalações elétri-
cas. O objetivo é torná-lo um profissional conscien-
te na sua prática profissional.

Desejo a você um ótimo aprendizado, na certeza de


que, com seu empenho e nosso apoio, você concre-
tizará o seu objetivo: a sua qualificação profissional
como eletricista instalador predial.

7
Para reforçar o aprendizado, junto a este material impresso, você receberá um
DVD, cuja finalidade é tornar a aprendizagem mais dinâmica e interativa. Assim,
tenha certeza, você se tornará um profissional de primeira categoria na área de
instalações elétricas prediais.

Bons estudos!
Júlio Cezar Págio
Núcleo de Educação a Distância SENAI - ES

8
Plano de Estudos

Carga horária:
‡‡ 160 horas

Ementa
Iniciando na eletricidade. Medidas das grandezas
elétricas. Riscos elétricos. Tecnologias e práticas
profissionais. Interpretando um projeto elétrico resi-
dencial.

Objetivos
Objetivo Geral

Planejar e executar instalações elétricas prediais de


acordo com os padrões, a norma regulamentadora
de segurança e as normas técnicas da ABNT (Asso-
ciação Brasileira de Normas Técnicas).

Objetivos Específicos

‡‡ Ler, analisar, executar projetos elétricos;


‡‡ Fazer manutenção;
‡‡ Calcular corrente, tensão, potência;
‡‡ Distribuir circuitos de instalações elétricas pre-
diais;
‡‡ Adquirir conhecimentos e habilidades nos estu-
dos de tecnologia, de eletrotécnica e prática;
‡‡ Conhecer as normas técnicas e de segurança.

9
1
Iniciando na
Eletricidade

Aulas
Acompanhe nesta unidade o estudo das aulas
seguintes:

Aula 1: Estrutura da matéria

Aula 2: Princípio da eletricidade estática

Aula 3: Geração e uso de eletricidade

Aula 4: Circuitos elétricos

Aula 5: Grandezas elétricas

Aula 6: Leis de Ohm

Aula 7: Condutores e isolantes

Aula 8: Tipos de circuitos elétricos

Aula 9: Aplicação da lei de Ohm aos circuitos

Aula 10: Resistividade dos materiais

Aula 11: Energia e potência

Aula 12: Produção e distribuição de energia

Aula 13: Potência de corrente alternada

11
Para iniciar
Está unidade apresenta assuntos fundamentais para você que deseja
ser um eletricista instalador predial. Conhecerá a origem da eletricida-
de para entender suas fontes. Também estudará como é gerada, produ-
zida e distribuída a eletricidade. Circuitos elétricos, energia, potência,
condutores e isolantes serão abordados de forma clara e objetiva para
que você possa, profissionalmente, exercer com qualidade seu trabalho.
Com disciplina e dedicação, você fará da sua aprendizagem um proces-
so de construção do conhecimento.

Bons estudos!

Aula 1:
Estrutura da matéria
Ao final desta aula você estará apto a:

‡‡ Compreender os conceitos básicos da estrutura da matéria;

Nesta aula você conhecerá o princípio da matéria e a sua constituição. Este co-
nhecimento será muito útil para que você entenda como tudo começa. Nos ele-
mentos da matéria, se origina a eletricidade.

12
Eletricista Instalador Predial

Pergunta
O que é matéria?

Matéria é tudo que existe no universo, tem uma massa e ocupa um lugar no
espaço.

Reflita
Existem “coisas” no universo que não ocupam lugar no espaço?

Sim, coisas como o calor, o som ou a eletricidade não ocupam lugar no espaço.

Toda a matéria existente no universo é constituída por:

Moléculas: é combinação de dois ou mais átomos

Unidade 1 13
Veja uma molécula de água: 2 átomos de hidrogênio e 1 de oxigênio;

Átomo de
Oxigênio

Átomos de
Hidrogênio

Figura 1 - Molécula de água – H2O


Fonte: Theodoro Filho (2007, p. 07)

Toda a matéria existente no universo é constituída por:

Átomos: é a menor partícula em que um elemento pode se dividido, conser-


vando suas propriedades originais.

Figura 2 - Sistema solar (Mercúrio, Venus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano, Netuno e Plutão)
Fonte: SENAI (1980, p. 11)

14
Eletricista Instalador Predial

Ele é semelhante ao nosso sistema solar. No centro fica o sol, que é o núcleo. Em
volta giram os planetas, formando as camadas.

Figura 3 - Átomo e suas partículas subatômicas (prótons, elétrons e nêutrons)


Texto da figura: Nêutrons Prótons Núcleo Atômico Elétron

Pergunta
Quer saber mais sobre cada uma das partes que compõe o átomo?
Confira a seguir.

Núcleo: é o centro dos átomos. Nele, temos as partículas subatômicas prótons


e nêutrons.

Prótons: são as partículas subatômicas positivas.

Nêutrons: são as partículas subatômicas sem carga elétrica.

Eletrosfera: são as camadas ou órbitas formadas pelos elétrons, que se movi-


mentam em volta do núcleo.

Elétrons: são partículas subatômicas com carga elétrica negativa.

É por meio de alguns elementos encontrados na natureza que ocorrerá o fenô-


meno conhecido como eletricidade e os efeitos produzidos por ela, como luz,
calor, som e outros.

Na próxima aula, você estudará os princípios da eletricidade gerados por cargas


elétricas em repouso. Também conhecido com eletricidade estática. Vamos em
frente, com dedicação e motivação!

Unidade 1 15
Relembrando

Nesta primeira aula você conheceu a origem da eletricidade, além dos se-
guintes assuntos:
‡‡ A matéria é constituída por moléculas;
‡‡ Molécula é a combinação de dois ou mais átomos;
‡‡ O átomo é a menor partícula em que um elemento pode ser dividido;
‡‡ Oátomo é constituído por um núcleo, onde se encontram os prótons,
elétrons e nêutrons;
‡‡ É de alguns elementos da matéria que se origina a eletricidade.

Colocando em Prática
Chegou o momento de colocar em prática os conhecimentos apreendi-
dos. No final desta unidade realize algumas atividades que preparamos
para você. Faça desse momento uma construção significativa do apren-
dizado.

16
Eletricista Instalador Predial

Aula 2:
Princípio da eletricidade
estática
Ao final desta aula você estará apto a:

‡‡ Reconhecer e definir o princípio básico que rege a eletricidade estática;


‡‡ Reconhecer os processos de eletrização dos corpos;
‡‡ Reconhecer aplicações da eletricidade estática.

Na aula anterior você aprendeu o conceito elementar, o que é matéria e que,


por meio de alguns elementos encontrados na natureza. ocorre o fenômeno da
eletricidade e seus efeitos.

Nesta aula você conhecerá os princípios básicos da eletricidade estática e como


ela aparece. É um conhecimento importantíssimo, pois, levará você a compre-
ender porque ela ocorre, e onde ela pode ser observada e aplicada em muitos
momentos do mundo moderno.

Embora a eletrostática ou eletricidade estática tenha pouca aplicação prática


para você, futuro eletricista predial, ela permitirá a você entender como ela se
origina e se aplica na sua futura profissão.

Unidade 1 17
Por muitas vezes, a presença da eletricidade estática pode ser indesejável e
perigosa em equipamentos ou instalações elétricas, quando se descarrega por
centelha.

No nosso dia a dia, estamos constantemente adquirindo cargas estáticas po-


sitivas e negativas por fricção, ao nos movimentarmos por meio do ar ou em
contatos com outros objetos.

Um raio é um exemplo de eletricidade estática

O acúmulo de cargas estáticas nas nuvens pode provocar uma descarga elétrica
para a terra.

Nos para-raios as descargas são direcionadas para terra.

Atração e Repulsão entre corpos carregados


Percebeu? Na eletricidade estática, é exatamente assim que ocorre a eletriza-
ção dos corpos, ou seja, eles ficam eletricamente carregados.

18
Eletricista Instalador Predial

Pergunta

Este processo ocorre por quê?

Porque se baseia no seguinte princípio:

Figura 4 - atração e repulsão de cargas elétricas


Fonte: Valkenburgh. Van & Nooger & Neville, INC. (1982)

Isso ocorre devido ao campo elétrico existente nas cargas elétricas:

Figura 5 - linhas de forcas das cargas elétricas


Fonte: Valkenburgh. Van & Nooger & Neville, INC. (1982)

Unidade 1 19
Pergunta
Como ocorre esse processo?

A eletrização acontece por três processos. Confira quais são eles:

a Eletrização por fricção


Devido ao contato por fricção, algumas eletrosferas se cruzam, e uns dos corpos
têm a facilidade de fornecer elétrons (-) para o outro. Assim, um corpo fica com
muitos elétrons (negativo) e o outro fica com falta de elétrons (mais positivo).
Com isso, podemos dizer que a fricção funciona como uma fonte de eletricidade.

<inserir ilustra 1.2.7>

Figura 6 - Eletrização por fricção


Fonte: Valkenburgh. Van & Nooger & Neville, INC. (1982)

b Eletrização por contato


Os corpos são colocados em contato, favorecendo uma nova distribuição de
cargas pela superfície dos condutores. Veja o esquema a seguir:

20
Eletricista Instalador Predial

Figura 7 - eletrização por contato

c Eletrização por indução


Esse processo pode ocorrer por simples aproximação de um corpo eletrizado,
em outro que esteja equilibrado eletricamente, sem que haja o contato entre
eles. Também é conhecido como indução eletrostática.

Figura 8 - eletrização por indução

d Aplicações da eletricidade estática


Embora não seja comum a produção deste tipo de eletricidade para o seu uso
no dia a dia- e até mesmo indesejável, como foi dito anteriormente - ela tem
aplicações importantes na indústria, tais como: dispositivo eletrostático para
remoção de partícula sólidas poluidoras do meio ambiente e processo eletros-
tático de pinturas industriais.

Unidade 1 21
Figura 9 - aplicações da eletricidade estática

Relembrando

Nesta aula você teve a oportunidade de aprender:


Que a eletricidade estática é baseada no princípio da atra-
ção e repulsão de cargas eletricas, o qual, cargas iguais se
repelem e diferentes se atraem.
Que a eletricidade estática pode ser produzida por ficção,
contato e indução de corpos carregados.
Aprendeu também que a eletricidade estática pode trazer
ao homem efeitos benéficos em algumas aplicações, princi-
palmente na indústria, ou maléficos, quando ocorre dandos
ao homem e ao seu patrimônio.
Na nossa próxima aula você estudará a geraçao de eletrici-
dade e suas aplicações. Prepare-se para mais essa jornada.

22
Eletricista Instalador Predial

Colocando em Prática
Chegou o momento de colocar em prática os conhecimentos apreendi-
dos. No final desta unidade realize algumas atividades que preparamos
para você. Faça desse momento uma construção significativa do apren-
dizado.

Aula 3:
Geração e uso de
eletricidade
Ao final desta aula você estará apto a:

‡‡ Reconhecer os processos de geração de eletricidade;


‡‡ Entender o processo de geração por ação química e suas aplicações;
‡‡ Entender o processo de geração por magnetismo e suas aplicações.

Nas aulas anteriores você viu:

‡‡ A matéria é constituída de átomos, e esses, de prótons, elétrons e nêutrons;


‡‡ Oprincípio básico que rege a eletricidade estática é que os pólos iguais se
repelem e os diferentes se atraem;
‡‡ Os processos de eletrização dos corpos são fricção, contato e indução;
‡‡ A eletricidade estática tem aplicações importantes na indústria.

Unidade 1 23
Agora, nesta aula, você conhecerá as principais formas de geração de eletricida-
de. Aproveite bastante esta aula, para conhecer as formas de geração de eletri-
cidade, que serão utilizadas na sua prática profissional.

Geração e uso da eletricidade

Pergunta
Como se dá a geração de eletricidade?

A geração de eletricidade pode se dar por uma ação química, pelo magnetis-
mo, luz, calor, pressão e fricção.

Você conhecerá as duas mais utilizadas em grande escala no mundo moderno:


a eletricidade gerada pela ação química e pelo magnetismo. O processo de ge-
ração eletrostático (atrito ou fricção) você conheceu na aula anterior.

A eletricidade gerada pela ação química


A eletricidade gerada pela reação química dos elementos é, talvez, o segundo
processo mais importante de geração de eletricidade pelo homem. A pilha mais
simples, uma pilha úmida é constituída por duas placas, de ZINCO e de COBRE,
conhecidas como elétrodos, e uma solução ácida, como ácido sulfúrico + água
que funciona como um eletrólito.

Terminal Negativo Terminal Positivo


(Zinco) (Cobre)

Pilha Primária

Figura 10 - Geração de eletricidade por ação química


Fonte: Valkenburgh, Van & Nooger & Neville, INC. (1982)

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Eletricista Instalador Predial

Pergunta
E como ocorre a produção de eletricidade?

Ocorre pela reação química do eletrólito (ácido sulfúrico+ água) em contato


com os elétrodos (zinco e cobre),esses elétrodos liberam elétrons de seus áto-
mos para a solução. O zinco, lentamente dissolvido pela solução, deixa elétrons
na parte não dissolvida, ficando mais negativo. Processo semelhante ocorre
com elétrodo de cobre que não é dissolvido, mas libera elétrons que se unem
aos átomos hidrogênio da solução, originando uma carga positiva e tornando o
elétrodo mais positivo.

Esse processo dura até as duas placas ficarem totalmente carregadas, formando
o que chamamos de diferença de potencial (d.d.p), um mais positivo e outro
mais negativo.

Agora veja o que ocorre quando ligamos o terminal negativo e positivo:

Figura 11 - liberação de elétrons pelo processo químico chamado de eletrólise


Fonte: Valkenburgh. Van & Nooger & Neville, INC. (1982)

Haverá um fluxo de elétrons do elétrodo negativo para o positivo por meio do


fio. Assim, com espaço deixado na placa negativa, haverá o fluxo de elétrons do
elétrodo positivo para o negativo por meio da solução ou eletrólito, gerando
assim, um fluxo constante de elétrons em uma única direção.

Unidade 1 25
Esta eletricidade que tem uma mesma in-
tensidade e um único sentido, chamamos de
eletricidade continua ou corrente contínua.

Hoje, a eletricidade produzida pela ação química está muito presente no nosso
cotidiano, por meio das modernas pilha e baterias.

A eletricidade gerada pela ação do magnetismo


Hoje, é o principal processo de geração de eletricidade em grande escala são as
usinas hidroelétricas, usinas nucleares, usinas térmicas e outras.

Baseia-se no movimento relativo entre um ímã e um condutor.

Como você pode observar na figura a seguir, com movimentos circulares do


condutor dentro do campo magnético do imã, este “cortará” a linha de força
do imã. O resultado deste processo será o deslocamento dos elétrons livres do
condutor, gerando uma eletricidade que varia de intensidade e movimento.

Figura 12 - Geração de Eletricidade por Ação do Magnetismo


Fonte: Valkenburgh. Van & Nooger & Neville, INC. (1982)

26
Eletricista Instalador Predial

Esta eletricidade que varia de intensidade e


alterna o seu movimento chamamos de ele-
tricidade alternada ou corrente alternada.

Quase toda eletricidade usada no nosso dia a dia é produzida por grandes
plantas de geração de eletricidade alternada. Com exceção das utilizadas em
aparelhos portáteis, os quais são alimentados por pilhas e baterias que forne-
cem eletricidade contínua.
Esquema de usina nuclear

Esquema de usina hidrelétrica

Figura 13 - geração de eletricidade por energia termoelétrica e hidroelétrica

Unidade 1 27
Relembrando

Muito bem, mais uma aula chega ao fim. Ela oportunizou


você a aprender que existem vários processos de geração
de eletricidade, porém, as mais utilizadas são: por ação quí-
mica e pelo magnetismo.
No processo de geração química há um fluxo constante de
elétrons em uma mesma direção. É chamado de corrente
contínua. Exemplos: pilha e baterias.
O processo de geração por ação do magnetismo existe uma
alteração do sentido de movimentos dos elétrons. Chama-
mos esta variação de corrente alternada. Ela é produzida
por grandes plantas de geração de eletricidade.
A partir da próxima aula você estará conhecendo o que é
um circuito elétrico, como ele é constituído. Então, vamos
em frente?

Colocando em Prática
Chegou o momento de colocar em prática os conhecimentos apreendi-
dos. No final desta unidade realize algumas atividades que preparamos
para você. Faça desse momento uma construção significativa do apren-
dizado.

Aula 4:
Circuitos elétricos
Ao final desta aula você estará apto a:

‡‡ Definir o que é um circuito elétrico;


‡‡ Conhecer os principais componentes que constitui um circuito elétrico básico.

28
Eletricista Instalador Predial

Na aula anterior você estudou os seguintes assuntos:

‡‡ Os processos mais utilizados para geração de energia na atualidade são: a


ação química e pela ação do magnetismo.
‡‡ A corrente contínua é um fluxo constante de elétrons em uma mesma dire-
ção e a alternada acontece é um movimento ordenado de cargas elétricas
com alteração do sentido de movimentos dos elétrons.
Agora você é convidado a ampliar seus conhecimentos, conhecendo o que é
um circuito elétrico e seus componentes. E também poderá iniciar sua prática
profissional na manipulação dos circuitos nas instalações elétricas.

Circuito elétrico elementar


Você já ouviu falar muito nos circuitos de Fórmula 1. Neles os carros dão suces-
sivas voltas num caminho fechado.

Pergunta
Mas, o que um circuito de Fórmula 1 tem a ver com um circuito elétrico?

Observe as figuras a seguir:

Figura 14 - Analogia entre circuitos: um autódromo e um circuito elétrico

Unidade 1 29
Atenção
Num circuito de Fórmula 1, o caminho por onde circulam os carros de
corrida é fechado. Num circuito elétrico, há um caminho fechado por
onde circulam as cargas elétricas.

Em uma instalação elétrica existe um conjunto de circuitos elétricos que de-


sempenham varias funções: ligar uma lâmpada, um ventilador, uma TV e muitos
página 9 outros utensílios e equipamentos elétricos.
ilustra 1.4.3
Um circuito elétrico básico é constituído dos seguintes componentes:

Interruptor – é um
dispositivo de manobra
TEM NO TELECOM
Um fio condutor. Por
onde circulam as
cargas elétricas;

BATERIA - Fonte Lâmpada – é um receptor,


geradora aparelho consumidor de
produz d.d.p energia;

Figura 15 - Circuito elétrico elementar

Confira cada um deles!

30
Eletricista Instalador Predial

Componentes do circuito elétrico

Fonte geradora

É a que gera ou produz energia elétrica a partir de outro tipo de energia.

Veja alguns exemplos:

Consumidor

O aparelho consumidor é o elemento que emprega a energia elétrica e a con-


verte em outra forma de energia.

A forma de energia convertida realizará uma forma de trabalho que nós usamos
no nosso dia a dia. Confira alguns exemplos:

Unidade 1 31
Figura 16 - Efeitos produzidos pela eletricidade (luz, ventilação e calor respectivamente)

Condutor

O Condutor elétrico é o responsável pela ligação entre o consumidor e a fonte


geradora, ele permite a circulação de corrente elétrica, da fonte ao consumidor
e o retorno da mesma à fonte. Você certamente já deve conhecer o condutor
elétrico por outro nome. Ele mais conhecido por fio elétrico.

32
Eletricista Instalador Predial

Na verdade, o fio é um dos tipos de condutores, que podem também levar o


nome de fio, ou cabos, flexíveis ou rígidos, isolados ou nus. Veja!

Quadro 01 - Exemplos de condutores usados nas instalações elétricas.

Cabo flexível com


Fios rígidos Cabo rígido
isolação adicional

Cabo flexível multipolar Cordão flexível torcido Cabo flexível paralelo

Dispositivo de manobra

O dispositivo de manobra é um componente que permite operar ou manobrar


qualquer circuito elétrico. Ele interrompe ou permite a passagem da corrente
elétrica dando total autonomia ao operador ao manipular o circuito, no ato dei-
xar ou não o circuito ligado e ou desligado. Veja alguns exemplos:

Quadro 02 - Exemplo de chaves de manobras

Interruptor externo Chave seccionadora Botoeira liga/desliga

Unidade 1 33
Relembrando

Nessa aula você aprendeu que o circuito elétrico é um


caminho fechado por onde circulam as cargas elétricas. Viu
também que o circuito elétrico é composto por uma fonte
geradora, um condutor que interliga a fonte ao consumidor
e o dispositivo de manobra, que permite o comando de
ligar ou desligar o circuito elétrico.
Na próxima aula você terá oportunidade de conhecer quais
as grandezas elétricas que estão presentes e que aparecem
quando você liga e desliga um circuito elétrico.

Colocando em Prática
Chegou o momento de colocar em prática os conhecimentos apreendi-
dos. No final desta unidade realize algumas atividades que preparamos
para você. Faça desse momento uma construção significativa do apren-
dizado.

Aula 5:
Grandezas elétricas
Ao final desta aula você estará apto a:

‡‡ Reconhecer as principais grandezas elétricas que surgirão em um circuito


elétrico;
‡‡ Conceituar corrente elétrica, tensão elétrica e resistência elétrica;
‡‡ Reconhecer os múltiplos e submúltiplos das principais grandezas elétricas.

34
Eletricista Instalador Predial

Lembre-se que você já estudou anteriormente o que é Circuito elétrico e seus


componentes: a fonte geradora, o consumidor, o condutor e o dispositivo de
manobra.

Nesta aula, você estudará as grandezas elétricas que podem estar presentes
nos circuitos elétricos. Isso lhe dará subsídios para aprender os conceitos para
serem utilizados nas próximas aulas.

Grandezas elétricas de um circuito

Pergunta
Você deve estar imaginando o que é uma grandeza elétrica, não é
mesmo?

Então, vamos lembrar algumas grandezas físicas.

Volume = Litro Massa = Grama Comprimento = Metro

Estas são unidades de medidas que utilizamos no nosso cotidiano que chama-
mos de grandezas físicas. Portanto, uma grandeza é tudo aquilo que pode ser
medido. Assim, como estas grandezas são utilizadas no dia a dia, um eletricista
também deve utilizar as grandezas elétricas, medindo e comparando os seus
valores.

Unidade 1 35
Veja a representação gráfica do circuito elétrico:

Condutor
(fio) Corrente
elétrica

+
Força Carga
eletromotriz (lâmpada)
(bateria) -

Controle
(chave)

Figura 17 - Circuito elétrico elementar


Fonte: SENAI (2009, p. 23)

Conheça as grandezas da fonte geradora, corrente elétrica e da resistência elé-


trica.

Fonte geradora
A fonte geradora produz uma força eletromotriz (f.e.m.). Essa energia movimen-
ta os elétrons de um extremo ao outro do material, mantendo o desequilíbrio
elétrico dos átomos do material. Isso ocorre nas baterias e geradores de eletri-
cidade.

Veja!

Figura 18 - Deslocamento de eletros provocado por uma força eletromotriz


Fonte: SENAI (1980, p. 11)

36
Eletricista Instalador Predial

O desequilíbrio elétrico é uma grandeza elétrica que está


presente nos terminais dos geradores, chamada diferença
de potencial (d.d.p.) ou tensão elétrica, e seu símbolo é a
letra E.

Então:

Grandeza Símbolo Unidade

Diferença de potencial E V

Figura 19 - Diferença de Potencial

Confira o exemplo:

+
E = 5V
-

Figura 20 - A d.d.p. ou tensão fornecida pelo gerador é de 5 Volts

Corrente elétrica
Quando a lâmpada é acessa no circuito haverá um movimento ou um fluxo de
elétrons de um extremo ao outro do condutor metálico. Seu símbolo e a letra I
(Intensidade de corrente ele elétrica).

Figura 21 - movimento de elétrons em um condutor


Fonte: SENAI (1980, p. 11)

Unidade 1 37
O sentido da corrente elétrica pode ser: convencional ou real.

Figura 22 - sentidos da corrente elétrica


Fonte: Valkenburgh. Van & Nooger & Neville, INC. (1982)

Ao movimento ordenado de cargas elétricas num condutor,


denominamos de corrente elétrica.

Grandeza Símbolo Unidade

Corrente Elétrica I A

Figura 23 - Corrente Elétrica

Exemplo:

Figura 24 - A Intensidade de corrente elétrica que passa pela lâmpada é de 5 Coulomb por segundo
ou, simplesmente, 5 Ampères.

38
Eletricista Instalador Predial

Resistência elétrica
Vamos adiante?

Os exemplos anteriores se referem à corrente elétrica circulante pelos materiais.


Porém, não foi mencionado, sobre a dificuldade que as cargas elétricas têm ao
atravessar esses materiais.

Figura 25 - comparativa de resistência elétrica nos materiais


Fonte: SENAI (1980, p. 11)

A oposição ao movimento dos


elétrons no meio condutor deno-
minou-se resistência elétrica.

Grandeza Símbolo Unidade

Resistência Elétrica R Ω

Figura 26 - Resistência Elétrica

Unidade 1 39
Para ficar mais claro o assunto, veja o exemplo:

Figura 27 - A resistência oferecida pela lâmpada à passagem da corrente elétrica é de 1Ω (lê-se 1


Ohm).

Múltiplos e submúltiplos das grandezas elétricas


Assim como as grandezas físicas, comprimento, massa ou volume, as grandezas
elétricas têm também suas unidades maiores ou menores:

Veja alguns exemplos:

Ampères

Para expressar a quantidade de corrente elétrica em ampères (A).

I = 3 ampères ou I = 3A

Figura 28 - Escala em Ampères

Para corrente inferiores, utilizar o miliampère (mA)

Para correntes superiores, utilizar o kiloampères (kA)

40
Eletricista Instalador Predial

Exemplo:

I = 2mA k A I = 0,000002kA
I = 6k A A I = 6000 A

Volts

Para expressar a quantidade de tensão elétrica em Volts (V).

Exemplo:

E = 3 Volts ou E = 3V

Figura 29 - Escala em Volts

Para corrente inferiores, utilizar o miliVolts (mV)

Para correntes superiores, utilizar o kiloVolts (kV)

Exemplo:

I = 2mV kV E = 0,000002 kV
I = 6kV V E = 6000 V

Ohms

Para expressar a quantidade de resistência elétrica em Ohms (Ω)

Unidade 1 41
Exemplo:

R = 3 Ohms ou R = 3Ω

Figura 30 - Escala em Ohms

Para corrente inferiores, utilizar o miliOhm (MΩ)

Para correntes superiores utilizar o kiloOhm (kΩ)

Exemplo:

I = 2mΩ kΩ R = 0, 000002kΩ

I = 6kΩ Ω R = 6000 Ω

42
Eletricista Instalador Predial

Relembrando:

Conceituar as principais grandezas elétricas, a corrente elétrica, resistência


elétrica e a diferença de potencial, foi assunto desta aula.
Aprendeu também que, como são grandezas, podem ser mensuradas,
e que cada grandeza tem sua forma de representação e suas unidades
padrão, bem como, suas correspondências menores e maiores. Conforme
você observa no quadro a seguir

Quadro 03 Grandezas elétricas (tensão, corrente e resistência)

Grandeza Símbolo Unidade Submúltiplos Múltiplos


Diferença de
E V - Volts uV - mV kV - MV
potencial
Corrente
I A - Ampéres uA - mA kA - MA
elétrica
Resistência
R Ω -Ohm uΩ - mΩ kΩ - MΩ
Elétrica

Siga em frente, pois a próxima aula traz para você Lei de Ohm, um assun-
to imprescindível para continuidade de seu aprendizado em eletricidade.

Colocando em Prática
Chegou o momento de colocar em prática os conhecimentos apreendi-
dos. No final desta unidade realize algumas atividades que preparamos
para você. Faça desse momento uma construção significativa do apren-
dizado.

Unidade 1 43
Aula 6:
Leis de Ohm
Ao final desta unidade você estará apto a:

‡‡ Conhecer e compreender as Leis de Ohm;


‡‡ Aplicar as Leis de Ohm nos circuitos elétricos.

Pergunta
Você lembra o que estudou na aula anterior?

Você viu as principais grandezas presentes no circuito elétrico. A diferença de


potencial (d.d.p. ou tensão), corrente elétrica e resistência elétrica.

Agora, um novo assunto é apresentado a você: Lei de Ohm. Essa lei será impor-
tante para você calcular a tensão elétrica, a resistência elétrica e corrente elétri-
ca sem uso de instrumentos de medição. E assim, resolver situações problemas
no seu dia a dia.

Lei de Ohm
Observe o circuito a seguir:

Figura 31 - circuito elétrico elementar


Fonte: SENAI (2009, p. 26).

44
Eletricista Instalador Predial

É neste circuito elétrico elementar que você compreenderá a aplicação das Leis
de Ohm.

No início do século XIX, o físico e matemático alemão George Simon Ohm de-
senvolveu as teorias conhecidas como Leis de Ohm.

Foi entre as três grandezas elétricas que você já conhece (R, E e I), que Ohm
estabeleceu uma relação para os circuitos elétricos.

R= Resistência elétrica em ohm (Ω)


E= Tensão elétrica em volts (V)
I= Corrente elétrica em ampères (A)

E para facilitar ainda mais, observe as três letras dentro do triângulo, chamadas
de triângulo mágico:

E REI
R I
Figura 32 - Relação Fundamental de Ohm

Esta é a relação fundamental de Ohm.


Quadro 04 - Intensidade

I= E

E R

R
“A intensidade de corrente elétrica é
diretamente proporcional a tensão e
inversamente proporcional a resistên-
cia.”

Unidade 1 45
Quadro 05 - Tensão Elétrica

E= RxI

Desta relação fundamental George


Simon Ohm também deduziu outra

E duas relações:

A tensão elétrica é diretamente


R I proporcional a corrente e resistência
elétrica.

Quadro 06 - Resistência

E
R= E
I

R I A resistência é diretamente propor-


cional a tensão e inversamente pro-
porcional a corrente.

Aplicações da Lei de Ohm no circuito elétrico elementar

Dica
Que tal, agora, você aplicar a Lei de Ohm no circuito elétrico elementar?

Se você conhecer o valor de tensão e a resistência empregada no circuito ele-


mentar apresentado na figura a seguir, você terá o valor da corrente. Veja! A
corrente elétrica (I) no triângulo do REI está oculta. Então:

46
Eletricista Instalador Predial

E
R

I= E
R

vv
Logo:

I= 12 = 1,2 A
10

Conhecendo o valor de tensão e da corrente que passa no circuito elementar,


conforme a figura a seguir, você terá o valor da resistência.

Unidade 1 47
E
E I

Veja! Ocultando a grandeza Resistência Elétrica (R) desconhecida, temos:

R= E
I

Logo:

R= 12 = 10 Ω
1,2

Agora, conhecendo o valor da corrente que passa no circuito e o valor da resis-


tência empregada, você terá o valor da tensão elétrica (E).

48
Eletricista Instalador Predial

E
R I
Veja! Ocultando a grandeza Tensão Elétrica, temos:

E= R x I

Logo:

E= 10 x 1,2 = 12 V

Relembrando

Nesta aula, você aprendeu como aplicar a Lei de Ohm num circuito ele-
mentar.
Conhecendo a analogia do triângulo mágico, foi mais fácil você desenvol-
ver as três relações desta Lei.
Confira!

I= E

E
R

E= R x I



R I R= E
I

Na próxima aula, você terá a oportunidade de conhecer os materiais con-


dutores e materiais isolantes aplicados na eletricidade.
Vamos em frente?

Unidade 1 49
Colocando em prática
Chegou o momento de colocar em prática os conhecimentos apreendi-
dos. No final desta unidade realize algumas atividades que preparamos
para você. Faça desse momento uma construção significativa do apren-
dizado.

Aula 7:
Condutores e isolantes
Ao final desta aula você estará apto a:

‡‡ Reconhecer os materiais condutores de eletricidade;


‡‡ Reconhecer os materiais isolantes;
‡‡ Conhecer as aplicações dos materiais condutores e isolantes.

Aplicar as Leis de Ohm nos circuitos elétricos elementares foi assunto estudado
na aula anterior, certo? Agora, você conhecerá os materiais que permitem, ou
não, o fluxo desses elétrons. São chamados de matérias condutores e isolantes
de eletricidade.

São importantes por serem materiais que se aplicam nas instalações elétricas
prediais.

Condutores

Pergunta
Você sabe o que são condutores?

50
Eletricista Instalador Predial

São materiais que possuem grande quantidade de elétrons livres, devido à sua
estrutura atômica.

Materiais como prata cobre, ouro


e alumínios são considerados
bons condutores de eletricidade.

Pelo fato dos elétrons das últimas camadas dos materiais condutores estarem
pouco presos aos núcleos dos seus átomos, os elétrons ficam mais fáceis de
serem retirados.

Figura 33 - Elétrons livres em um bom condutor


Fonte: SENAI (1980, p. 11)

Isolantes
São materiais que possuem pequena quantidade de elétrons livres, devido a sua
estrutura atômica.

Materiais como: vidro, plástico,


borracha, e baquelita são consi-
derados isolantes de eletricidade.

Unidade 1 51
Pelo fato dos elétrons estarem muito presos aos núcleos dos seus átomos, os
elétrons ficam difíceis de serem retirados.

Figura 34 - Elétrons livres em um bom condutor


Fonte: SENAI (1980, p. 11)

Aplicações dos condutores e isolantes


Veja onde você pode aplicar estes materiais nas instalações elétricas:

Figura 35 - Isolante nas ferramentas para proteger contra choque elétrico, nos eletrodomésticos e
outros.

52
Eletricista Instalador Predial

Figura 36 - Componentes elétricos (conjunto condutor +isolante)

Figura 37 - 1 Condutor sólido de cobre – aplicado principalmente nas instalações elétricas prediais
para conduzir a eletricidade aos seus consumidores.
2 - Isolante composto termoplástico de PVC – aplicado para isolar os condutores entre si.

Relembrando

Os materiais condutores são aqueles que possuem grande quantidade de


elétrons livres, e por serem bons condutores de eletricidade, eles são utili-
zados nas instalações elétricas prediais. Ex: fio de cobre, fio de alumínio e
outros.
Os isolantes são materiais que possuem pequenas quantidades de elé-
trons livres por serem maus condutores de eletricidade, são usados para
isolar os fios, ferramentas e componentes elétricos de contatos acidentais,
os quais podem causar um choque elétrico.
Os tipos de circuito elétricos que você pode utilizar em eletricidade será o
assunto a seguir. Aproveite para fazer ótimas descobertas.

Unidade 1 53
Colocando em prática
Chegou o momento de colocar em prática os conhecimentos apreendi-
dos. No final desta unidade realize algumas atividades que preparamos
para você. Faça desse momento uma construção significativa do apren-
dizado.

Aula 8:
Tipos de circuitos
elétricos
Ao final desta aula você estará apto a:

‡‡ Conhecer as principais características elétricas do circuito série, paralelo e


misto;
‡‡ Conhecer os principais símbolos gráficos de componentes aplicados aos
circuitos, elétricos.

Você estudou na aula anterior o que é e quais são os condutores e isolantes


elétricos, bem como suas aplicações. Você lembra que na aula 4 foi apresentado
a você um circuito elétrico elementar? Agora, você conhecerá outros tipos de
circuitos elétricos, isso complementará os seus conhecimentos sobre circuitos.

54
Eletricista Instalador Predial

Tipos de circuitos elétricos


Você é convidado a analisar outros tipos de circuitos elétricos, que também po-
dem ser montados com vários tipos de aparelhos consumidores, de diferentes
formas.

Para entender o nosso circuito, vamos observar uma analogia!

Figura 38 - Analogia ao circuito elétrico série.

Veja que a água só terá um único caminho a percorrer ao sair do reservatório.


Ela sai de uma casa chega até à casa seguinte. Se por algum motivo a água
for interrompida na casa 2, a casa 3 ficará sem o abastecimento de água pelo
reservatório. Caso seja interrompido na casa 1, a casa 2 e 3 também ficarão sem
água.

Um circuito elétrico também pode


ser montado desta mesma forma. A
este tipo de circuito, damos o nome
de circuito elétrico em série.

Unidade 1 55
Pergunta
Vamos conhecer melhor esse circuito?

Circuito elétrico em série

Como você pode perceber, a corrente só tem um caminho para circular:

Figura 39 - circuito elétrico série


Fonte: SENAI (1980, p. 06)

Acompanhe as características do circuito em série:

‡‡ Seuma lâmpada está queimada ou é retirada da série, a corrente tem o seu


caminho interrompido;
‡‡ A saída de um componente é ligada na entrada do outro;
‡‡ Caso o interruptor seja desligado todas as lâmpadas se apagarão.

Reflita
Seria viável uma instalação elétrica predial com este tipo de circuito?

56
Eletricista Instalador Predial

Se você respondeu que não, está totalmente certo. O circuito elétrico do tipo
série se restringe a pequenas aplicações como um circuito de uma pequena
árvore de natal por exemplo.

Para entender o segundo circuito elétrico, você pode fazer a mesma analogia,
porém, mudar a forma de ligação da tubulação. Veja!

Figura 40 - Analogia ao circuito elétrico paralelo.

Observe que a água, agora, não terá mais um único caminho para percorrer. Ao
sair do reservatório, ela entra nas casas por tubulações distintas. Se, por algum
motivo, a água for interrompida na casa 2, a casa 1 e a casa 3 não ficarão sem o
abastecimento de água pelo reservatório. O mesmo acontece se for interrompi-
do na casa 2 ou na casa 3, as demais também não ficarão sem água.

Um circuito elétrico também


pode ser montado desta
mesma forma. A este tipo de
circuito, damos o nome de
circuito elétrico paralelo.

Unidade 1 57
Veja:

Circuito elétrico paralelo

Como você percebe a corrente agora tem três caminhos para circular:

Figura 41 - circuito elétrico paralelo


Fonte: SENAI (1980, p. 09)

Confira as características do circuito paralelo:

‡‡ O circuito paralelo tem vários caminhos para corrente circular;


‡‡ Os consumidores podem ser manobrados independentemente;
‡‡ Cada consumidor tem seu próprio caminho.

Reflita
Seria viável uma instalação elétrica predial com este tipo de circuito?

Se você respondeu que sim, sua resposta esta totalmente certa. Pois, numa
instalação elétrica predial, os seus elementos devem funcionar de forma inde-
pendente. O circuito elétrico do tipo paralelo se aplica a todas as instalações
elétricas prediais e industriais.

58
Eletricista Instalador Predial

Agora que você já conhece o circuito série e paralelo, é hora de fazer a com-
binação dos dois circuitos.

Está combinação dos circuitos série e paralelo recebe o nome de circuito elétri-
co misto. Confira.

Circuito elétrico misto

O circuito elétrico misto apresenta parte de seus aparelhos consumidores liga-


dos em série e parte ligados em paralelo.

Figura 42 - circuito elétrico série


Fonte: SENAI (1980, p. 11)

Pergunta
Quer saber quais são suas características?

O circuito misto deve ser analisado por partes:

‡‡ A parte série segue as características do circuito série;


‡‡ A parte paralela segue as características do circuito paralelo.

Unidade 1 59
Reflita

Seria viável uma instalação elétrica predial com este tipo de circuito?

Se você respondeu que não, sua resposta esta totalmente certa. Por ser, o cir-
cuito elétrico, misto a combinação dos dois outros circuitos, os seus elementos
em série deixam os aparelhos consumidores do circuito elétrico mistos também
dependentes. O circuito elétrico do tipo misto também se restringe a pequenas
aplicações, como um circuito de uma pequena árvore de natal, por exemplo.

Representações por símbolos gráficos


Na realidade, quando os circuitos elétricos são representados em forma de de-
senho, na medida em que são acrescentados mais componentes, torna-se mais
difícil representá-los.

A partir de agora, você deverá conhecer algumas das representações gráficas


utilizadas para leitura e interpretação dos circuitos elétricos.
Quadro 07 - Simbologia gráfica dos componentes de um circuito elétrico

Pilhas
Fonte
geradora Baterias

Fios
Condutor
Cabos

Permanente
Ponto de
Ligação
Não permanente

60
Eletricista Instalador Predial

Aberto

Dispositivo de
Manobra

Fechado

Aparelho
Lâmpada
Consumidor

Fonte: SENAI (1980, p. 03)

Relembrando

Nesta aula, você teve a oportunidade de aprender que, em


um circuito elétrico em série, a corrente tem um só caminho
para circular. Por isso, torna-se inviável sua utilização em
instalações prediais.
No circuito elétrico paralelo, a corrente elétrica circula por
vários caminhos, o que torna viável sua em instalações elé-
tricas prediais.
E, por último, você viu que o circuito elétrico misto possui a
características dos circuitos - em série e em paralelo -, não
sendo viável sua utilização em instalações prediais.
Para a próxima aula, reúna dedicação e disciplina, para que
os seus objetivos de aprendizagem sejam alcançados.

Unidade 1 61
Colocando em prática
Chegou o momento de colocar em prática os conhecimentos apreendi-
dos. No final desta unidade realize algumas atividades que preparamos
para você. Faça desse momento uma construção significativa do apren-
dizado.

Aula 9:
Aplicação da Lei de Ohm
aos circuitos elétricos
Ao final desta aula você estará apto a:

‡‡ Aplicar a Lei de Ohm nos circuitos série, paralelo e misto;


‡‡ Calcular a corrente tensão e resistência elétrica.

Dando continuidade aos seus estudos neste próximo desafio, você aplicará as
Leis de Ohm e Kirchhoff nos circuitos série paralelo e misto. Esta aula lhe dará
conhecimento para analisar um circuito de uma instalação elétrica como: circui-
tos de iluminação, tomadas e outros.

Aplicação das Leis de Ohm e Kirchhoff no circuito série


É importante que você conheça as características do circuito série:

1 Nos circuitos série, a corrente sempre será a mesma em todo o percurso do


circuito;

62
Eletricista Instalador Predial

2 A tensão elétrica da fonte se divide, proporcionalmente, pelas suas cargas;


3 A resistência total do circuito será sempre maior que a maior resistência do
circuito.

Figura 43 - circuito elétrico série (com três cargas associadas)


Fonte: SENAI (1980, p. 36)

Então, acompanhe um passo a passo para calcular o valor da corrente:

Exemplo 1:

1º: Calcular a resistência total do circuito:

Veja:
RT = R1 + R2 +R3
RT = 10 +5 +15
RT = 30Ω

RT= R1+ R2+R3...+Rn

É a equação geral para o cálculo da resistência total para os circuitos série.

2º: Calcular a corrente total do circuito:

Dados: E = 15V; RT = 30Ω; Logo: IT = E IT = 15 I = 0,5A


R 30

Unidade 1 63
Quer outro exemplo? Então vamos lá!

Exemplo 2:

Aplicar a Lei de Ohm em um circuito série, o qual não se sabe qual a ten-
são elétrica que a fonte nos fornece:

Figura 44 - circuito elétrico série (calculando a tensão total)


Fonte: SENAI (1980, p. 36)

Acompanhe novamente o passo a passo para calcular o valor da tensão da


fonte:

1º: Calcular o valor da resistência total:


RT = R1 + R2 +R3
RT = 10 +5 +15
RT = 30Ω

2º: calcular o valor da corrente total.


Dados: E = 15V RT = 30Ω Logo: IT = E IT = 15 I = 0,5A
R 30

3º: Calcular o valor da tensão


Dados: RT = 30 Ω IT = 0,5 A Logo: E = R x I E = 30x0,5 E = 15V

64
Eletricista Instalador Predial

Para reforçar ainda mais seus conhecimentos, confira mais um exemplo:

Exemplo 3

Um dos valores de resistência é desconhecido. Também


existe uma queda de tensão provocada pelo resistor R1, R2 e
R3, que chamaremos de v1, v2 e v3.

Figura 45 - circuito elétrico série (calculando a tensão parcial de cada carga)


Fonte: SENAI (1980, p. 37)

Pergunta
Mas, o que é essa “Queda de Tensão”?

Você já deve ter vivenciado a seguinte situação:

Uma lâmpada está ligada a uma rede elétrica 110 Volts. Se ao mesmo tempo
ligarmos um chuveiro elétrico, também de 110 Volts que está instalado na mes-
ma rede...

Pergunta
O que acontecerá?

Unidade 1 65
Se você observar, a lâmpada sofrerá uma queda na sua luminosidade. Isso
ocorre porque houve uma queda de tensão, provocada pelo chuveiro elétrico.
Ao ser ligado, este exige maior corrente elétrica da rede, conseqüentemente há
maior queda de tensão.

Coisa semelhante ocorre com a corrente de água encanada. Observe a figura a


seguir:

Figura 46 - Analogia de queda de tensão na rede elétrica


Fonte: SENAI (1980, p. 38)

Você já deve ter observado quando uma torneira está aberta, a pressão do jato
diminui se alguém abre uma outra torneira na mesma rede.

Abrindo a torneira 2, aumentou-se a vazão no condutor, fazendo cair a pressão


na torneira 1.

Em uma rede elétrica, o comportamento de perda de pressão ocorre de manei-


ra semelhante.

Agora, você tem o passo a passo para calcular o valor da resistência R3 e as


quedas de tensão v1, v2 e v3. Vamos retomar o exemplo:

66
Eletricista Instalador Predial

1º passo: Calcular a queda de tensão na resistência R1;


Dados: I = 0,5 A; R1 = 10Ω Logo v1 = R1 x I v1 = 10 x 0,5 v1 = 5V

2º passo: calcular a queda de tensão em R2;


Dados: I = 0,5A; R2 = 5Ω Logo: v2 = R2 x I v2 = 5 x 0,5 v2 = 2,5V

3º passo: calcular a resistência R3 e a queda de tensão na resistência R3;


Dados: I = 0,5 A; E = 15V Logo: v3 = R3 x I R3 = v3
I

Atenção
Neste caso, você não pode calcular só pela Lei de Ohm, pois, não temos
os valores de v3 e R3.Você precisa conhecer uma nova lei chamada
Segunda Lei de Kirchhoff para complementar nossos cálculos.

Segundo a teoria de Gustav Kirchhoff, a Lei para quedas de tensão, afirma que:

A soma de todas as quedas de tensão


em um circuito série é igual ao total
da tensão fornecida por uma fonte
geradora Et = v1 + v2 +v3...vN.

Logo, pela Lei de Kirchhoff:


( ET = v1 + v2 +v3 )

Logo: ET= v1 + v2 +v3


15 = 5 + 2,5 +v3
15 - 5 - 2,5 = v3
v3 = 7,5V

Agora sim, você conclui o 3º passo:

Unidade 1 67
R3 = v3
I
R3 = 7,5
0,5
Logo: R3 = 15Ω

Relembrando

Para trabalhar com circuito série você precisa saber algumas de suas ca-
racterísticas:
Nos circuitos em série, a corrente sempre será a mesma em todo o per-
curso do circuito;
A tensão elétrica da fonte se divide, proporcionalmente, pelas suas cargas;
A resistência total do circuito será sempre maior que a maior resistência
do circuito.
A queda de tensão pode ser representada por v = r.i (devido ao fato do
condutor oferecer resistência à passagem da corrente elétrica).
Você conheceu uma nova teoria: a ASegunda Lei de Kirchhoff (A soma de
todas as quedas de tensão em um circuito série é igual ao total da tensão
fornecida por uma fonte geradora Et = v1 + v2 +v3...vN. l
Podemos seguir adiante? Os caminhos a percorrer estão cheios de surpre-
sas!

Aplicação das Leis de Ohm e Kirchhoff no circuito paralelo


Por meio da análise do circuito paralelo, você entenderá melhor como funciona-
rão os circuitos das instalações elétricas, pois é exatamente ele que você utiliza-
rá para fazer as suas instalações elétricas.

Veja os exemplos a seguir:

Exemplo 1

Para entender como aplicar a primeira Lei de Ohm no circuito paralelo você
precisa saber as características do circuito paralelo:

1 Nos circuitos associados em paralelo, a tensão elétrica sempre será a mesma


em todo o percurso do circuito;
2 A corrente elétrica será dividida, proporcionalmente, a cada consumidor;

68
Eletricista Instalador Predial

3 A resistência total do circuito será sempre menor que a menor resistência


do circuito paralelo.

Figura 47 - Circuito elétrico paralelo (com três cargas associadas)

Agora você já sabe que, nos circuitos paralelos, a tensão elétrica será a mesma,
a corrente se dividirá e a resistência total será sempre menor que a menor resis-
tência do circuito.

Confira o passo a passo:

1º: Calcular a resistência total (R T) utilizar três possibilidades de equações.

1 1 1 1
= + .....
RT R1 R2 R N

Esta é a equação geral para cálculo da resistência total para o circuito paralelo;
Particularidades:
Circuito paralelo para 2 resistores;

R1 × R2
RT =
R1 + R2

Circuito paralelo para 2 ou mais resistores iguais;

R
RT = v
RN

Unidade 1 69
Pergunta
Então, vamos aplicar a primeira equação geral?

ET = 36V
R1 = 12Ω
R2 = 10Ω
1 1 1 1 1 5 6 11 60
= + ⇔ + = + = ⇔ RT = ⇔ RT = 5,45Ω
RT R1 R2 12 10 60 60 60 11

Atenção

Você deverá relembrar um conceito matemático!

Para o caso da soma das frações com denominadores diferentes você deve, an-
tes, retirar o mínimo múltiplo comum (m.m.c.) dos denominadores:

Veja: m.m.c. de

12,10 2

6 5 2

3 5 3

1 5 5

1 60

2º: Calcular a corrente total. Pois, você já sabe a tensão total e já calculou a re-
sistência total do circuito:

70
Eletricista Instalador Predial

E 36
Dados: ET= 36V; RT = 5,45Ω Logo: I T ⇔ IT = ⇔ I T = 6,6A
RT 5,45

Muito bem! Agora você esta pronto para encarar mais uma desafio. Calcular a
tensão elétrica.

Exemplo 2

Calcular a tensão elétrica (E) que a fonte geradora fornece. Observe que ela
agora é desconhecida.

Figura 48 - Circuito elétrico paralelo (Calculando a tensão total)

Lembre-se que, para calcular a tensão elétrica (E) você deve utilizar a seguinte
expressão:

ET= RT X IT.

Pergunta
Você já aprendeu como calcular a resistência total (RT)?

Unidade 1 71
Podemos iniciar o passo a passo?

1º: Calcular a resistência total do circuito paralelo com duas resistências.

Dados: R1 = 12Ω, R2 = 10Ω

1 1 1 1
= + .....
RT R1 R2 R N

Esta é a equação geral para cálculo da resistência total para o circuito


paralelo;
Particularidades:
Circuito paralelo para 2 resistores;

R1 × R2
RT =
R1 + R2

Circuito paralelo para 2 ou mais resistores iguais;

R
RT =
RN

Dica
Como no circuito só existe duas resistências, você poderá também
calcular a resistência total do circuito paralelo utilizando a segunda
expressão.

Lembre-se:

Como só tem duas resistências, você pode calcular com esta expressão.

R 1 ×R 2
RT =
R1 + R 2

72
Eletricista Instalador Predial

Veja como ficam mais rápidos os cálculos:

R1 × R 2 12 × 10 120
RT = = ⇔ = 5,45Ω
R 1 + R 2 12 + 10 22

Agora sim, já é possível calcular a tensão total, pois você já a corrente total já
dada no circuito! Veja:

2º: calcular a tensão elétrica (E) fornecida pela fonte.

Dados: RT = 5,45 Ω

Pergunta
O mesmo cálculo foi apresentado de forma diferente, lembra?

IT = 6,6 A
Logo: E T = R T × I T ⇔ E T = 5,45 × 6,6 ⇔ E T = 36 V

Avançando mais um pouquinho no conhecimento do circuito paralelo, confira


um novo exemplo:

Exemplo 3

Neste exemplo, você deve calcular os valores da Tensão total (ET) e correntes
elétricas (I1) e (I2) de uma das resistências.

Observe o circuito e veja as informações que ele oferece:

Unidade 1 73
Figura 49 - Circuito elétrico paralelo (calculando as correntes)

Dica
No circuito paralelo a tensão é a mesma!!

Confira o passo a passo:

1º: Calcular primeiro a tensão total ET.

Como o circuito apresentado é paralelo, a tensão sobre os resistores é a mesma


da fonte geradora. Se, v1 = 36V então v2 também será de 36v, logo, podemos
concluir que a tensão (ET) será 36v.

Assim: Se v1=36V=v2 =ET =36V


Logo: ET=36V

2º: calcular a corrente elétrica I2. Para isso, utilizar a seguinte equação:

74
Eletricista Instalador Predial

V2 V2 36
Dados: I 2 = Logo: I2 = ⇔ ⇔ I 2 = 3,6A
R2 R2 10

V2
= 36V Você já conhece.
R2= 10Ω Você também já conhece.

Agora, preste muita atenção que no terceiro e último passo você conhecerá
uma nova teoria: a Primeira Lei de Kirchhof.

3º: para calcular a resistência R1 ,utilizar a equação já conhecida

V1
I1 =
R1

Atenção
Neste caso, você não pode calcular só pela Lei de Ohm, pois não tem
os valores R1e I1. Você conhecerá uma nova lei chamada “Primeira Lei de
Kirchhoff” para complementar os cálculos.

Veja os dados:

‡‡ Temos V1? sim = 36V


‡‡ Temos R1 ? não.
‡‡ Temos I1 ? não.

Pergunta
Então, como calcular a corrente elétrica I1, se a equação apresenta dois
valores desconhecidos?

Unidade 1 75
Neste caso, você tem um conceito complementar às deduções de Ohm. Este
conceito é primeira lei de Kirchhoff, conhecida como a “Lei dos nós”. Resumida-
mente, a lei afirma que:

A soma de todas as correntes


que chegam a um nó é igual
das corrente que saem deste
mesmo nó. It = I1 + I2 ...IN

Observe novamente o circuito paralelo a seguir:


página 27

1.9.7 e 1.9.8

Nó, emenda
ou derivação

Figura 50 - Circuito elétrico paralelo (calculando as correntes parciais)

Acompanhe a seta que representa a corrente total (IT) do circuito e veja o cami-
nho que ela percorre.

Ela chega no ponto 1 (nó 1) e se divide proporcionalmente pela duas cargas (re-
sistências). Agora como I1 e I2, elas atravessam essas resistências e chegam no
ponto2 (nó 2), se encontram e retornam de novo para fonte geradora como a
corrente total (IT). Assim permanece, enquanto a fonte geradora estiver forne-
cendo diferença de potencial (d.d.p.).

76
Eletricista Instalador Predial

Agora você pode retomar ao 3º passo!

Neste caso, você poderá utilizar a Primeira Lei de Kirchhoff para auxiliá-lo:

I T = I1 + I 2

V
Dados:
IT= 6,6 (este valor de corrente já se encontra no circuito)
I2= 3,6 (informação do primeiro passo)
I1 = não temos

Logo:
I1 = I T I 2 ⇔ I 1 = 6,6 ⇔ 3,6 = 3A I1 = 3 A

Pergunta
Vamos rever alguns tópicos importantes do circuito paralelo?

Para trabalhar com o circuito paralelo você precisa conhecer algumas de suas
características:

‡‡ Nos circuitos com cargas em paralelo a tensão elétrica (E), será a mesma em
todo o percurso do circuito;
‡‡ A corrente elétrica (IT) será dividida proporcionalmente a cada consumidor
do circuito;
‡‡ A resistência total do circuito será sempre menor que a menor resistência
do circuito paralelo.

Aprendeu a calcular a resistência no circuito paralelo utilizando-se da associa-


ção de resistores com a equação geral 1 1 1 1 e a equação
= + .....
simplificada R 1 ×R 2 RT R1 R2 R N
RT =
R1 + R 2

Unidade 1 77
Você conheceu também a 1ª Lei de Kirchhoff, também conhecida como a Lei
dos nós I = I + I
T 1 2

Muito bem! Conceitos básicos do circuito paralelo relembrados. É hora de con-


tinuar o desafio analisando o circuito misto!

Aplicação das Leis de Ohm e Kirchhoff no circuito misto


Este circuito é uma combinação dos circuitos série e paralelo. Portanto, para
você fazer uma análise, deverá levar em consideração as características elétricas
de cada pedaço do circuito.

No circuito a seguir, temos os resistores R2 e R3 em série e RI em paralelo com a


fonte geradora e também com os resistores R2

Figura 51 - Circuito elétrico misto (com três cargas associadas)


Fonte: SENAI (1980, p. 16)

Para fazer a análise do circuito elétrico misto, acompanhe o passo a passo para
calcular os valores desconhecidos do circuito.

1º: calcular a resistência total do circuito.

Para isso você precisa dividir o circuito em dois, um paralelo e um em série e


calcular separadamente.

78
Eletricista Instalador Predial

Você terá que iniciar a análise começando pela a associação de resistências para
o circuito misto. Então, voltando ao circuito da figura, você verá que: R2 é resis-
tente para os dois circuitos, e a chamaremos de Ra. Veja no circuito da figura 2.

Dados para calcular os resistores em série:


R2= 8Ω; R3= 2Ω
Logo: Ra = R2 + R3 ⇔ 8 + 2 = 10Ω

Veja como ficou o circuito da figura 2:

Figura 52 - Circuito elétrico misto (calculando a resistência total)


Fonte: SENAI (1980, p. 16)

Atenção
Observou como deverá ser feito?

Você deve aplicar os conceitos apreendidos do circuito série e paralelo, anali-


sando o circuito misto por suas partesque esta em série e paralelo para fazer
uma nova combinação do circuito, como indica a seta para o circuito da figura a
anterior.

Unidade 1 79
Dados: Ra = 10Ω ; R1= 10Ω;

Observe que, no circuito da figura, R1 e Ra estão


em paralelo. Agora você pode calcular RT pela
equação simplificada.

10 × 10 100 R 1 × Ra
RT = ⇔ ⇔ R T = 5Ω
10 + 10 20 RT =
R 1 + Ra

Confira mais uma etapa dos cálculos:

2º: Calcular a tensão total (ET) do circuito;

Dados: RT = 5Ω IT = 10 A

Logo: E T = R T × I T ⇔ 5 × 10 ⇔ R T = 50 V

3º: Calcular a corrente (I1) do circuito;

Dados: ET = 50V; R1 = 10V


E T 50
Logo: I 1 = = ⇔ I 1 = 5A
R 1 10

80
Eletricista Instalador Predial

Figura 53 - Circuito elétrico paralelo equivalente (calculando os valores de tensão corrente e resistência
total)
Fonte: SENAI (1980, p. 17)

4º Passo: Calcular a corrente elétrica (I2) do circuito;

Dados:
IT = 10 A já foi dada no circuito.
I1 = 5 A já calculada no 3º passo.

Logo: I 2 = I T I 1 ⇔ I 2 = 10 5 ⇔ I 2 = 5

Você venceu mais esta etapa. Este é o circuito que equivale ao circuito misto que
você acabou de analisar.

Unidade 1 81
Figura 54 - circuito elétrico equivalente da associação (calculando os valores de tensão corrente e
resistência total)
Fonte: SENAI (1980, p. 17)

Pergunta
Como ficou?

‡‡ A tensão total (ET) do circuito é de 50V;


‡‡ A Corrente total (IT) que circulará no circuito é de 10 A e;
‡‡ A resistência total (RT) do circuito é de 5Ω.

82
Eletricista Instalador Predial

Relembrando

Para fechar esta aula, é muito importante relembrar alguns conceitos. O


quadro resumo a seguir demonstra os principais tópicos:
Quadro 08 – Resumo dos conceitos circuitos (série, paralelo e misto)

Circuito série
Calcular Equação Importante
Resistência total (RT) A resistência total é sem-
RT = R1 + R2 +R3 pre a soma das resistências
Circuito em série circuitos em série

E A corrente sempre será a


Corrente total IT IT = mesma em todo o percurso
R
do circuito

A tensão elétrica sempre se


v= i x r divide, havendo queda de
tensão em cada resistência
do circuito

Queda de tensão Segunda Lei de Kirchhoff:


Et = v1 + v2 a soma de todas as quedas
+v3...+vn. de tensão em um circuito
série é igual fonte geradora

Circuito paralelo

1 1 1 A resistência total será sem-
= +
Resistência total (RT) RT R1 R2 pre menor que

Circuito paralelo a resistência que estiver


R 1 ×R 2
RT = presente no circuito.
R1 + R 2

Unidade 1 83
A corrente sempre será
dividida, proporcionalmen-
te, a cada consumidor do
circuito.

Primeira Lei de Kirchhoff: a


Corrente total IT IT= I1 +I+I3...+In soma de todas as correntes
em um circuito paralelo é
igual ao total da corrente
fornecida por uma fonte
geradora .

Num circuito, paralelo a


Tensão elétrica (E) ET= RT X IT
tensão sempre é a mesma
Circuito Misto
Lembre-se! No circuito misto você deverá seguir os mesmos critérios
seguidos no circuito série e no circuito paralelo. Contudo, você deverá
analisar o circuito em partes. As cargas em série, você deverá seguir as
características do circuito serie, e aquelas que estiverem em paralelo,
seguir as características do circuito paralelo.

Colocando em Prática
Chegou o momento de colocar em prática os conhecimentos apreendi-
dos. No final desta unidade realize algumas atividades que preparamos
para você. Faça desse momento uma construção significativa do apren-
dizado.

84
Eletricista Instalador Predial

Aula 10:
Resistividade das
matérias
Ao final desta unidade você estará apto a:

‡‡ Compreender a influência da resistividade ao planejar os circuitos das insta-


lações elétricas;
‡‡ Reconhecer os fatores que influenciam na resistência dos materiais empre-
gados nas instalações elétricas;
‡‡ Reconhecer a resistência específica de cada material e constatar sua influên-
cia nas redes elétricas;
‡‡ Aplicar a Lei de Ohm para constatar que o valor de resistência de cada ma-
terial é diferente e depende de vários fatores.

Pergunta
Antes de iniciar o seu estudo, vamos relembrar o que foi estudado na
aula anterior?

‡‡ Aplicação das deduções de Ohm para os circuitos série, paralelo e misto;


‡‡ Cálculo dos valores de tensão, corrente e resistência nos circuitos associa-
dos;
‡‡ Conhecimento das definições da primeira e segunda Lei de Kirchhoff e suas
aplicações nos circuitos série, paralelo e misto;

Resistividade dos materiais será o assunto desta aula. Conheça os fatores que
influenciarão na resistência de alguns materiais condutores empregados nas
instalações elétricas, como o cobre e o alumínio. Veja a importância destes fato-
res na escolha e dimensionamento correto das bitolas dos condutores.

Unidade 1 85
Resistividade dos materiais
Quando falamos em resistividade, estamos falando da oposição ou resistência
de um material à resistividade. Mais facilmente, o material permitirá a passagem
de uma carga elétrica.

Fatores que influenciam na resistência dos materiais

O comprimento do material tem uma influência direta na queda de tensão da


instalação elétrica. Porém, é necessário saber que a resistência de um condutor
depende, também, de outros fatores.

Os valores de resistência elétrica variam de acordo com quatro fatores que são:

Figura 55 - Fatores que influenciam diretamente na resistência dos materiais


Fonte: SENAI (1980, p. 12)

Pergunta
Vamos analisar cada um deles?

Natureza dos materiais


A diferença nos valores de resistência e condutibilidade oferecidos pelos dife-
rentes materiais está relacionada ao fato de que cada material tem um tipo de
constituição atômica diferente.

Observe a figura a seguir.

86
Eletricista Instalador Predial

Figura 56 - Fatores que influenciam diretamente na resistência dos materiais


Fonte: SENAI (1980, p. 12)

Alguns materiais liberam facil- Outros materiais dificilmente


mente seus elétrons da última liberam seus elétrons da última
camada de seus átomos, por isso camada de seus átomos, por isso
são condutores. resistores ou isolantes.

Figura 57 - Fatores que influenciam diretamente na resistência dos materiais


Fonte: SENAI (1980, p. 12)

Comprimento do Material
Lembre-se! Este é um fator que você também não pode deixar de levar em con-
sideração quando for planejar um circuito elétrico em uma instalação. Porque,
quanto maior for o comprimento dos fios deste circuito, maior será a resistência
dos mesmos, provocando maior queda de tensão e perda de energia. Observe a
figura a seguir:

Unidade 1 87
Figura 58 - Fatores que influenciam diretamente na resistência dos materiais
Fonte: SENAI (1980, p. 23)

Seção Transversal do Material


A seção transversal do condutor é a bitola do fio ou cabo utilizado nas instala-
ções elétricas. Quanto maior for à bitola de um condutor, menor será sua resis-
tência elétrica.

Por este motivo, é muito importante que você, eletricista, saiba qual a bitola do
condutor será utilizada nos circuitos elétricos.

Veja:

Figura 59 - Fatores que influenciam diretamente na resistência dos materiais


Fonte: SENAI (1980, p. 23)

Temperatura
Como os outros fatores, a temperatura também deve ser observada com bas-
tante atenção pelo eletricista. Se fios de uma instalação elétrica estiverem aque-
cendo muito, é sinal de que alguma coisa de errado está ocorrendo.

Veja o exemplo:

88
Eletricista Instalador Predial

Tabela 01 - Temperatura x Resistência

Temperatura Resistência
20ºC 1,5Ω
40ºC Maior que 1,5Ω

Isso significa que temperatura e resistência são duas grandezas diretamente


proporcionais. Se aumentarmos a temperatura aumentamos também a resistên-
cia. Todo cuidado e pouco com o aumento de temperatura nos fios da instala-
ção elétrica.

<inserir ilustra 1.10.6>

Figura 60 - Alguns exemplos de sobrecargas nos componentes gerados por excesso de temperatura

Fios e cabos compridos demais ou muito


finos, emendas ou conexões elétricas mal fei-
tas, excesso de cargas nas tomadas, podem
também provocar aumento de temperatura
nas instalações.

Unidade 1 89
Pergunta
Você se sente seguro para enfrentar um problema mais complexo na
eletricidade?

Veja a seguinte instalação elétrica:

Figura 61 - Fatores que influenciam diretamente na resistência dos materiais


Fonte: SENAI (1980, p. 24)

Uma torneira elétrica de 110V e 30A está instalada a 25 metros da sua fonte de
energia.

A pergunta é: qual a bitola (diâmetro) do condutor de cobre que deverá ser


usada para que uma queda de tensão não ultrapasse os 4%?

Para resolver este problema, faça uso da primeira e segunda Leis de Ohm. Tam-
bém conhecida como resistividade (resistência especifica).

Veja:

ρ ×L
R=
S

90
Eletricista Instalador Predial

Onde:

‡‡ R = resistência em ohm (Ω)


‡‡ ρ = resistência especifica em (Ω.m)
‡‡ L = comprimento condutor em (m)
‡‡ S = área de seção transversal em (mm2)

A resistividade é a resistência especifica de cada material. Para que isso fosse


possível de determinar, uma tabela foi criada.

Resistência específica é a resis-


tência oferecida por um material
de 1 metro de comprimento e
1mm2 de seção transversal, e es-
tando na temperatura de 20ºC.

Confira a tabela de resistividade:


Tabela 02 – Tabela de resistividade

RESISTIVIDA-
MATERIAL
DE
Prata 0,016Ω
Cobre 0,017Ω
Alumínio 0,030Ω
Tungstênio 0,050Ω
Constantan 0,500Ω
Níquel-cromo 1,000Ω

Fonte: SENAI (1980, p. 23)

Retome o exemplo da instalação da torneira!

Representação esquemática da instalação elétrica da torneira

Unidade 1 91
Figura 62 - circuito elétrico equivalente torneira elétrica
Fonte: SENAI (1980, p. 23)

Dados da instalação:
I = 20 A
ET = 110V
L= 25 m
ρ = 0,017Ω.mm2

A queda de tensão foi de: ET= 110 -80 = 30V

Com este valor de queda de tensão, você poderá agora, calcular qual foi a resis-
tência oferecida pelos os fios da instalação.
E
Veja como: R = pela primeira Lei de Ohm
I
Então: R = E ⇔ R = 30 Logo, a resistência dos condutores será: R= 1,5Ω
I 20
Se você quiser saber qual queda de tensão deverá ter a instalação de sua tor-
neira, você deve consultar a norma de instalações elétricas: NBR 5410 de 2004.
Essa norma, você estudará mais adiante.

Então, vamos adotar o permitido pela norma que é , no máximo de 4%.

Observe que a máxima queda de tensão admitida no circuito da torneira elétri-


ca é de 4% ou 4,4v. Podemos facilmente fazer uma regrinha de três simples.

92
Eletricista Instalador Predial

Assim:
110 100%

X 4%

Logo: X = 4,4v
4 ,4
Então: R = ⇔ R = 0,22Ω é a
20
resistência máxima oferecida pelos
condutores.

Ou seja, o circuito da torneira deveria ter no máximo 0,22Ω e não 1,5Ω como
ocorre com a queda de tensão proporcionada pela resistência dos condutores
da instalação da torneira.

Atenção
Como o circuito da instalação da torneira é constituído por dois
condutores, você deve dividir a resistência por dois, para saber a
resistência de cada parte do condutor.

0,22
Logo: R = = 0,11Ω então
2
cada condutor deverá ter 0,11Ω

Conhecendo todos os dados da instalação, você pode calcular a seção trans-


versal ou bitola do fio com a 2ª Lei de Ohm

ρ ×L
R=
S

Unidade 1 93
Dados:
R = 0,11Ω
ρ= 0,017 (como o condutor é de cobre, a sua resistividade é de 0,017Ω
mm2,conforme mostra a tabela de resistividade dos materiais
L = 25 m (comprimento do circuito da torneira)
S = é bitola do condutor que deveremos saber

Fazemos uma pequena transformação na equação de Ohm, veja:

ρ ×L
R= Logo: S=ρxL
S
R
Então:

ρ×L 0,017 × 25 0,425


S= ⇔ ⇔S= ⇒
R 0,11 0,11 S= 3,86mm2

Agora que já está calculada a seção transversal do condutor de cobre da insta-


lação da torneira, adote a medida imediatamente superior encontrada comer-
cialmente. Neste caso, S= 4mm2.

Relembrando

Nesta aula, você viu como é importante saber aplicar corretamente os


conceitos fundamentais da eletricidade. Você avançou mais uma etapa!
Viu quais os principais fatores que influenciam na resistência elétrica dos
materiais

Aprendeu a aplicar, na prática, a segunda Lei de Ohm, conhecida como


resistividade.
ρ ×L
R=
S
Também compreendeu por que o superaquecimento nos condutores deve
se evitado;
E, por último, como calcular a resistência de um circuito, sabendo seu
comprimento e o tipo de material condutor utilizado.
Na aula seguinte, o assunto é bastante interessante: potência e energia
elétrica. Reúna dedicação e disciplina para seguir em frente!

94
Eletricista Instalador Predial

Colocando em Prática

Chegou o momento de colocar em prática os conhecimentos apreendi-


dos. No final desta unidade realize algumas atividades que preparamos
para você. Faça desse momento uma construção significativa do apren-
dizado.

Aula 11:
Energia e potência
elétrica
Ao final desta unidade você estará apto a:

‡‡ Reconhecer e compreender potência elétrica como uma grandeza funda-


mental na eletricidade;
‡‡ Conceituar potência e energia elétrica;
‡‡ Conhecer suas formas de conversão e aplicações nas instalações elétricas.

Só para refrescar sua memória: na aula anterior você estudou sobre a influência
da resistividade ao planejar os circuitos das instalações elétricas. Também viu
quais os fatores que influenciam na resistência dos materiais, que cada material
tem uma resistência específica, constatando sua influência nas redes elétricas.

A aplicação da Lei de Ohm, para constatar que o valor de resistência de cada


material é diferente e depende de vários fatores, foi outro assunto muito impor-
tante para seu aprendizado profissional com eletricista predial.

A partir de agora, você estudará energia e potência elétrica. Os conhecimentos


adquiridos poderão ajudar você a definir o consumo de energia de cada aparelho
ou equipamento ligado às instalações elétricas.

Unidade 1 95
Você por diversas vezes, você já deve ter visto esta inscrição: kilowatt- hora
(kWh) ou Watts (W) nos equipamentos elétricos não é mesmo? Então nesta
aula você entenderá por que isso acontece.

Energia e potência elétrica

Figura 63 - Potência de chuveiro elétrico

Quando você acende uma lâmpada, liga a TV ou o chuveiro para tomar um ba-
nho, está consumindo energia!

O trabalho realizado pelos elétrons ao atravessarem um aparelho consumidor


(chuveiros, lâmpadas microondas e outros), representa um custo que virá na
conta de energia de cada cliente.

Energia, potência e efeito Joule


Energia elétrica - É a capacidade de realização de trabalho. Essa energia é
transportada pela corrente elétrica, proporcionando o funcionamento dos di-
versos equipamentos e aparelhos utilizados pelo homem.

Potência elétrica - É a rapidez com que um trabalho é realizado.

Vejamos alguns:

96
Eletricista Instalador Predial

<inserir ilustra 1.11.2>

Trabalho realizado: cinético Trabalho realizado: calor Trabalho realizado: calor e luz
e ventilação

Figura 64 - Formas de trabalhos realizados por aparelhos elétricos

Tanto energia como o trabalho realizado se utilizam da mesma unidade:

T Onde:
P=
P = Potencia em Watts (W)
t
T= Trabalho em joule ( j)
t = Tempo em segundos (s)

Efeito Joule - É observado em virtude do aquecimento sofrido pelos conduto-


res, quando, por eles, circula uma corrente elétrica.

O efeito Joule é mais evidente nos aparelhos elétricos que funcionam com re-
sistores.

Veja os exemplos:

Figura 65 - Trabalho produzido por estes aparelhos e o calor ou efeito Joule


Fonte: Theodoro Filho (2007, p. 08)

Unidade 1 97
Pergunta
Você já parou para observar sua conta de energia?

Figura 66 - Fatura de energia da prestadora de serviço local


Fonte: Edp/Escelsa (2010)

Como a energia elétrica é também uma grandeza elétrica, também pode ser
medida:

Logo:
Quadro 09 - nome do quadro

Letra da
Grandeza Unidade Aparelho
Unidade
Energia Elétrica kWH T Medidor de Kilowatt-hora

Veja, na figura a seguir, a imagem de um modelo de medidor de Kilowatt hora,


aparelho responsável em contar o consumo de energia elétrica, mês a mês.

98
Eletricista Instalador Predial

Onde:
T= Energia elétrica consumida ou fornecida (kWh)
P = Potência elétrica em (W)
t = Tempo em horas (h)

Figura 67 - Principais componentes de um medidor de energia elétrica.


Fonte: SENAI (1980, p. 08)

O medidor de Energia integra os va-


lores de tensão e corrente e fornece o
registro de consumo em kWh.

Pergunta
Além de poder medi-la, também posso calculá-la?

E×I×t
T= (kWh)
1000
Como: Logo: T =
P×t
P = E × I( W ) (kWh)
1000

Sim. Veja um exemplo:

Unidade 1 99
Qual a quantidade de energia gasta por um chuveiro elétrico de potência elétri-
ca de 4200watts, por 4 horas de funcionamento?

4200 × 4 16800 T = 16 ,8kWh


T= ⇔ ⇒
1000 1000

Portanto, um chuveiro elétrico de 4200W, trabalhando na sua potência máxima


por quatro horas, consumirá T = 16 ,8kWh de energia elétrica.

Dica
Se você quiser saber qual o custo do consumo em Reais, você deverá ter
em mãos o custo unitário do kWh fornecido pela companhia de energia.

Vamos retomar o conceito básico de potência elétrica?

Potência elétrica – É a rapidez com que um trabalho é realizado.

Como a potência elétrica é também uma grandeza elétrica, também pode ser
medida:

Logo:
Quadro 10 - Nome do Quadro

Grandeza Unidade Letra da Unidade Aparelho


Potencia elétrica Watt (W) P Wattímetro

O Watt é a unidade padrão de potência elétrica. Teremos uma potência elétrica


de 1Watt quando circular por um condutor uma corrente elétrica de 1Ampère,
sob uma diferença de potencial de 1Volt, realizando um trabalho em 1 segun-
do.

1Joule

P = E × I( W ) Logo: P = 1W =
ou segundo
P = E × I ⇔ P = 1 × 1 ⇔ P = 1W

100
Eletricista Instalador Predial

Esta é a expressão principal para cálculo de potência elétrica P = E × I

E sua unidade principal é o Watt (W).

Outras expressões são também empregadas, quando são conhecidos os valores


de resistência do circuito.

Veja:
2
P = R. × I 2 ou P = E
R

Também dadas em Watt

Assim, você poderá utilizar tranquilamente essas outras duas expressões, quan-
do for necessário.

Muito bem. Você precisa entender como aplicar essas três equações nos circui-
tos elétricos.

Potência aplicada aos circuitos elétricos


No circuito a seguir você não conhece a potência da lâmpada, mas sabe a ten-
são e a corrente do circuito.

Veja:

Figura 68 - Circuito elétrico lâmpada (calculando a potência)


Fonte: SENAI DN, 1980,p 35.

Temos:

P = E × I ⇔ 25 × 2 ⇒ P = 50 W

Unidade 1 101
Outra situação: não conhecendo a potência elétrica da lâmpada, mas sabendo
a sua resistência elétrica e a corrente do circuito.

Veja:

Figura 69 - Circuito elétrico lâmpada (calculando a potência)


Fonte: SENAI (1980, p. 35)

Observe que não temos o valor da tensão E. Então, podemos usar a equação
para facilitar nossos cálculos.

Temos: Sabemos que


P = E × I E=RxI

Logo, substituindo o E por R x I podemos concluir que:

P = (R × I ) × I ⇔ P = R × I 2
P = 12,5 × 22 = 12,5 × 4
P = 50 W

Agora, acompanhe o exemplo:

No circuito, não sabemos o valor da potência elétrica da lâmpada, mas sabemos


o valor da sua resistência e da tensão do circuito.

102
Eletricista Instalador Predial

Veja:

Figura 70 - Principais componentes de um medidor de energia elétrica.


Fonte: SENAI (1980, p. 08)

P = E×I ⇒

Lembre: Não tem I


Sabemos que I = E

I=
R
Logo, substituindo I por E podemos concluir que:
I=
R
E E2
P= E x ( ) ⇔ P =
R R
2 2
E 25 625
P= = = ⇒ P = 50 W
R 12,5 12,5

Logo, podemos concluir que:

E2
P = (W ) P = E × I(W )
R P = R × I 2 (W )

Outras unidades de potência


O cavalo vapor (cv)

Essa unidade de potência é muito utilizada em equipamentos elétricos, como


motores.

Unidade 1 103
Se você ler uma dessas placas de identificação e características elétricas de um
motor, observará que a sua potência mecânica é expressa em (cv), e também é
convertida em kW.

Um (cv) equivale a 736W de potência elétrica. Em alguns


motores, você poderá encontrar esta potência expressa em
(Horse Power ou hp). Neste caso um hp equivale a 746W de
potência elétrica.

Como a diferença entre os dois valores de cv e hp é pequena, a mesma foi des-


prezada por fabricantes, que, em seus cálculos, adotaram 1cv ou hp = 750W,
ou seja, 0,75kW. Portanto, você também pode adotar esta convenção.

Confira dois exemplos!

Pergunta
Para converter 7,5kW para cv, qual a solução?

Se 1cv ≈ 0,75 kW utilizando uma regra de três 1cv = 0,75kW então

P(cv )= 7,5kW

7,5
Logo: 0,75P(cv ) = 7,5 ⇒ P(cv ) = ⇒ P = 10cv
0,75

Pergunta
Para converter 15cv em kW, qual é a solução?

Neste caso você poderá usar a regrinha de três, vista anteriormente:

104
Eletricista Instalador Predial

Se 1cv ⇔ 0,75kW ⇒
Então: P(Kw) = 15(cv) x 0,75
Logo: P= 11,25kW

Relembrando
Alguns conceitos muito importantes sobre eletricidade, você estudou nes-
ta aula. É sempre bom relembrar alguns tópicos:
‡‡ Energia elétrica – É a capacidade de realização de trabalho. Essa energia é
transportada pela corrente elétrica, proporcionando o funcionamento dos
diversos equipamentos e aparelhos utilizados pelo homem.
‡‡ Potência elétrica – É a rapidez com que um trabalho é realizado.
Joule – É observado em virtude do aquecimento sofrido pelos con-
‡‡ Efeito
dutores, quando por eles circulam uma corrente elétrica.
‡‡ O Watt (W) é a unidade principal de potência elétrica.
‡‡ O kilowatt-hora (kWh) é a unidade de energia elétrica.

Para calcular a potência, são utilizadas as seguintes equações:

E2
P= (W )
R
P = R × I 2 (W )

P = E × I(W )

Para calcular a energia elétrica, são utilizadas as seguintes equações:

P×t
T= (kWh) ou
1000

E×I×t
T= (kWh)
1000

Unidade 1 105
Aprendeu, também, que existem outras unidades para representar a po-
tência elétrica:
‡‡ O cavalo vapor (cv) que equivale a 736watts;
‡‡ O horse power (hp) que equivale a 746watts.

Na próxima aula, você conhecerá as formas mais importantes de produção


e de distribuição de energia elétrica em grande escala.

Então, está gostando do assunto? Prepare-se para conferir, na próxima


aula, assuntos muitos importantes para o seu crescimento profissional.

Colocando em Prática

Chegou o momento de colocar em prática os conhecimentos apreendi-


dos. No final desta unidade realize algumas atividades que preparamos
para você. Faça desse momento uma construção significativa do apren-
dizado.

Aula 12:
Produção e distribuição
de energia
Ao final desta unidade você estará apto a:

‡‡ Compreender a produção, distribuição de energia elétrica;

106
Eletricista Instalador Predial

‡‡ Conceituar corrente contínua e corrente alternada;


‡‡ Conhecer as aplicações da corrente contínua e corrente alternada.

Antes de iniciar seus estudos nesta aula, é importante relembrar o que você
estudou na aula anterior. Reconheceu potência elétrica como uma grandeza
fundamental na eletricidade. Conceituou potência e energia elétrica, e também
conheceu suas formas de conversão e aplicações nas instalações elétricas.

Nesta aula, você conhecerá as duas formas mais importante de geração e


distribuição de energia elétrica: a geração em corrente contínua, utilizada nos
aparelhos eletrônicos; a geração em corrente alternada, que é produzida em
grande escala para indústrias, resistências e outros.

Produção e distribuição de energia elétrica

Pergunta
Você já parou para pensar como é o processo de produção e distribuição
de energia elétrica?

A eletricidade, produzida para suprimento das necessidades do cotidiano do


mundo moderno, apresenta-se de duas formas: corrente contínua e a corrente
alternada.

Vamos analisar cada uma delas!

Corrente contínua é aquela


que seu valor de tensão ou
corrente são constantes e
invariáveis no tempo.

Veja:

Unidade 1 107
Figura 71 - Gráfico da representação de corrente contínua

A corrente contínua, produzida por pilhas e baterias, apresenta um comporta-


mento gráfico de uma reta constante.

A corrente contínua possui uma característica importante: ela pode ser armaze-
nada nas pilhas e baterias, o que permite a sua utilização na maioria dos apare-
lhos eletro-eletrônicos portáteis do mundo moderno.

Veja alguns exemplos de eletricidade contínua produzida, principalmente, a


partir da reação química dos elementos, responsáveis pela energia potencial
existente nos terminais das pilhas e baterias.

Figura 72 - Fontes geradoras de eletricidade (pilhas, bateria automotiva e bateria de PC)

108
Eletricista Instalador Predial

Além de pilhas ou baterias, a geração de eletricidade contínua pode se dar tam-


bém por meio de geradores, conhecidos como dínamos.

Corrente alternada é
aquela que os valores de
tensão ou corrente varia
em valores no tempo.

Figura 73 - Gráfico da representação de corrente alternada

A corrente alternada tem um comportamento sinuoso, chamado de onda se-


noidal. É produzida em grande escala para o suprimento de todas as necessi-
dades do mundo moderno. Do uso doméstico ao industrial, ela é gerada, trans-
mitida e distribuída a partir das mais variadas fontes, renováveis ou não.

Veja, a seguir, um exemplo de produção de energia elétrica produzida na forma


alternada em grande escala:

Unidade 1 109
Figura 74 - Sistema de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica de corrente alternada

Atualmente, mais de 90% de toda a energia elétrica alternada no nosso país é


produzida, transmitida e distribuída com a energia potencial das quedas d’água,
o que permite a construção de grandes usinas de eletricidade. São famosas
“usinas hidrelétricas”, que movimentam os geradores alternadores.

Outras formas de produção de eletricidade são por meio de usinas termoelé-


tricas (através do carvão, petróleo gás e outros), eólicas (através dos ventos), e
termonucleares (através do mineral urânio).

110
Eletricista Instalador Predial

Relembrando

Nesta aula, você viu que a eletricidade pode ser produzida ou gerada de
duas formas:
‡‡ Corrente
contínua: valor de tensão ou corrente são constantes e invariáveis
no tempo;
‡‡ Corrente
alternada: onde o valor da tensão ou corrente variam em valores
no tempo.

Aprendeu que a geração de eletricidade contínua se dá por meio de pi-


lhas e baterias ou dínamos. E que a geração de eletricidade alternada se
dá por meio das usinas hidroelétricas, térmicas, eólicas e outras.
Na última aula desta primeira jornada, você conhecerá outras formas de
potência elétrica. É a potência elétrica em corrente alternada. Siga em
frente e verá como é importante você vencer este último desafio!

Colocando em Prática

Chegou o momento de colocar em prática os conhecimentos apreen-


didos. No final desta unidade realize algumas atividades que prepara-
mos para você. Faça desse momento uma construção significativa do
aprendizado.

Unidade 1 111
Aula 13:
Potência em corrente
alternada
Ao final desta unidade você estará apto a:

‡‡ Diferenciar a potência em CC e a potência em CA;


‡‡ Definir as diferentes formas de potência em CA;
‡‡ Estabelecer as diferentes relações entre as potências de CA;
‡‡ Distinguir e calcular as potências de CA em circuitos monofásicos e circuitos
trifásicos;
Na aula anterior, você teve oportunidade para entender como se dá a produção
e a distribuição de energia elétrica. Também conheceu o conceito de corrente
contínua e corrente alternada, bem como a aplicação dessas correntes.

A partir de agora, você verá o quanto é importante definir e entender o que é


potência elétrica em CA. Pois, todo o consumo elétrico em uma casa, prédio ou
indústria está intimamente ligado à quantidade de consumidores inseridos nas
instalações elétricas.

Pergunta
Você deve estar se perguntando por que duas potências, potência de
corrente continua (CC) e potência de corrente alternada (CA)?

Na verdade, o conceito de potência elétrica é o mesmo, tanto para CC quan-


to para CA. Porém, quando trabalhar com corrente alternada, você observará
que corrente e tensão elétrica têm comportamentos gráficos diferentes quando
estão presentes nos circuitos com resistências, bobinas e capacitores.

Veja o exemplo de uma instalação elétrica residencial. Nela você encontra dife-
rentes tipos de cargas.

112
Eletricista Instalador Predial

pagina 47

1.13.1

No chuveiro temos resistência


(carga resistiva)

Na geladeira temos um motor


Na televisão temos componentes eletroeletrônicos
(carga indutiva)
(carga com predominância indutiva)

Figura 75 - Instalação elétrica residencial


Fonte: SENAI (1980, p. 16)

Pergunta
Vamos explorar melhor o assunto?

O chuveiro elétrico e a geladeira são duas das cargas mais utilizadas em uma
instalação elétrica predial. Veja o comportamento gráfico da tensão e da cor-
rente elétrica usando estes dois aparelhos na rede elétrica.

Chuveiro ligado em corrente contínua:

Figura 76 - Circuito de chuveiro elétrico


Fonte: SENAI (1980, p. 16)

Unidade 1 113
Qual será a parcela da potência convertida em trabalho útil, em relação à po-
tência elétrica absorvida da rede?

P = E × I ⇔ V × A = Watts

E =220V
I =10A
P = E × I ⇔ 220 × 10 = 2200 W ou 2200J/s

O desempenho da tensão e corrente teria este comportamento gráfico:

Figura 77 - Gráfico do comportamento de tensão e corrente em circuito de CC com carga resistiva


Fonte: SENAI (1980, p. 16)

Observe que, no gráfico, a tensão (E) e corrente (I) adquirem os mesmos valo-
res nos mesmo tempo.

100% da potência absorvida da rede elétrica são convertidos em calor para


aquecer a água.

E o mesmo chuveiro se for agora alimentado por corrente alternada?

114
Eletricista Instalador Predial

Figura 78 - Circuito de chuveiro elétrico


Fonte: SENAI (1980, p. 16)

Pergunta
Qual será a parcela da potência convertida em trabalho útil em relação à
potência elétrica absorvida da rede?

P = E × I ⇔ V × A = Watts

Onde:

E =220V

I =10A

P = E × I ⇔ 220 × 10 = 2200 W ou 2200J/s

O desempenho da tensão e corrente teria este comportamento gráfico:

Figura 79 - Gráfico do comportamento de tensão e corrente em circuito de CA com carga resistiva


Fonte: SENAI (1980, p. 17)

Unidade 1 115
Observe que, no gráfico, a tensão (E) e corrente (I) adquirem os mesmos valo-
res nos mesmo tempo.

100% da potência absorvida da rede elétrica são convertidos em calor para


aquecer a água.

Reflita
Então! Depois desta breve análise, a que conclusão você chegou?

Se você concluiu que nos circuitos das instalações elétricas só tenham resistên-
cias instaladas, podemos dizer que toda a energia absorvida da rede elétrica é
convertida em trabalho útil, ou seja, potência elétrica efetiva e sua unidade é
dada em Watts.

Atenção
Mas isso só acontece com as cargas resistivas da instalação como:
chuveiro elétrico, ferro elétrico, torneira elétrica, estufa elétrica, lâmpadas
incandescentes e outras cargas, que só funcionam com resistência.

Agora você fará outra análise: o motor da geladeira.

O motor da geladeira alimentado por CA:

Figura 80 - Circuito de instalação de um motor de corrente alternada


Fonte: SENAI (1980, p. 17)

116
Eletricista Instalador Predial

P = E × I ⇔ V × A = VA
Onde:
E =220V
I =10A
P = E × I ⇔ 220 × 10 = 2200 VA ou 2200 J/s

Reflita
Como a unidade de potência esta sendo demonstrada em VA, será que é
a potência efetiva, ou seja, a que produz trabalho de verdade?

O desempenho da tensão e corrente teria este comportamento gráfico:

Figura 81 - Gráfico do comportamento de tensão e corrente em circuito de CA com carga indutiva


Fonte: SENAI (1980, p. 18)

Observe que os comportamentos da tensão e da corrente ficam diferentes. Ou


seja, os valores de tensão (E) e os valores de corrente (I), são diferentes, em
tempos diferentes.

Veja que a onda da corrente (I) no gráfico começa no zero, enquanto a tensão
(E) já está no seu valor máximo. A este atraso do valor da corrente em relação
ao valor da tensão chamamos de defasamento angular. Assim, toda a energia
elétrica que o motor absorve da rede elétrica não é convertida em potência
elétrica efetiva.

Unidade 1 117
Nem toda a potência absorvida da rede pelo motor é potência efetiva, então
não temos 100% de potência efetiva.

Atenção
Este tipo de característica esta presente em todas as cargas que envolvem
bobinas como: motores, transformadores, reatores eletromagnéticos e
outras.

Definições das potências em corrente alternada


Então, se toda a energia que o motor absorve não é convertida em trabalho útil,
como é possível definir a potência efetiva de um motor elétrico, por exemplo?

Para que você possa entender melhor, primeiramente, veja na figura a seguir
quais as potências que estão presentes num motor de corrente alternada.

Figura 82 - Relação das potências que compõem um circuito elétrico de um motor de CA


Fonte: SENAI (1980, p. 19)

Observe que aparecerão, além da Potência efetiva (Pef ), outras formas de po-
tência nos equipamentos elétricos, que funcionam com corrente alternada.

Veja como podemos defini-las:

118
Eletricista Instalador Predial

‡‡ Potência aparente (Pap) é a potência global do sistema elétrico que fornece


energia para o motor, composta pela potência ativa e a potência reativa,
e outras formas de potência, que surgem como perdas. Contudo, você verá
aqui as principais formas de potência.

Pap = E × I ⇔ V × A = VA

A sua unidade é dada em Volt-Ampère.

‡‡ Potênciareativa (PVar) é aquela que somente a máquina usa, sem ela, o


motor e o transformador, por exemplo, não funcionam. Ela é convertida em
fluxo magnético, que mantêm os motores ou transformadores em funciona-
mento.

Pr = E × I × senϕ ⇔ V × A = VAr

A sua unidade é dada em Volt-Ampère-reativo.

‡‡ Potência efetiva ou ativa é aquela que realmente produz trabalho, como a


energia mecânica no eixo de um motor, ou como a energia calorífica produ-
zida pelo o chuveiro elétrico. Ou seja, é uma parcela da potência aparente.

Pef = E × I × cos ϕ ⇔ V × A = w

A sua unidade é dada em Watts

‡‡ Potência das perdas é aquela que se perde nas máquinas por atrito, por
dissipação de calor e outras perdas magnéticas.
‡‡ Potência final é aquela que é do motor, eliminado todas as perdas.

Unidade 1 119
Atenção
Os valores de seno φ e cosseno φ são os valores do defasamento
angular, que ocorre entre tensão e corrente elétrica nos circuitos de
corrente alternada.

Assim, quando um motor de uma geladeira ou um motor de uma bomba centrí-


fuga está funcionando na rede elétrica, lembre-se: a potência que realmente é
convertida em trabalho efetivo será aquela dada em Watts.

Relação entre as potências em corrente alternada


Veja o exemplo do motor da geladeira:

O motor funciona com apenas uma fase, portanto, dizemos que ele é monofási-
co e está ligado em 220V e absorve da rede elétrica 10A. Portanto:

Figura 83 - Circuito de motor monofásico


Fonte: SENAI (1980, p. 26)

Pap = E × I ⇔ V × A = VA

E =220V
I =10A
Pap = E × I ⇔ 220 × 10 = 2200 VA ou 2200 J/s

120
Eletricista Instalador Predial

Esta é a potência aparente. Ou seja, a global do sistema elétrico, que inclui to-
das as potências.

Para calcular a potência efetiva do motor, você precisará do defasamento an-


gular, chamado de cosseno de fí (cosφ). Também conhecido como fator de
potência ou simplesmente (FP). Mas não se preocupe, pois este valor, quando
não medido por um aparelho de medição chamado de cosfímetro, pode ser
calculado por meio de uma relação matemática:

Figura 84 - Relação matemática do fator de potência efetiva do motor

Veja a relação:

cosseno φ = cateto oposto fator de potência


hipotenusa
Logo, você pode concluir que a relação matemática

Pef
FP= cosφ= FP =
Pap

Na verdade, esse fator está presente em todos os circuitos de corrente alterna-


da.

Será acrescentado no exemplo, mais o dado do cosφ = 075.

Então, calcule a potência efetiva:

Unidade 1 121
Temos: Logo:
I = 10 A Pef = E × I × cos ϕ
COS φ = 0,75 Pef = 220 × 10 × 0,75 = 1650 W
E= 220V

Você observou que a potência aparente foi de 2200VA e a potência efetiva foi
de 1650W. Essa diferença é justamente em função do defasamento angular de
COS φ = 0,75.

Se você achar a razão da potência efetiva pela potência aparente, você achará o
cosφ.

Veja:

Pef 1650
cos ϕ = cos ϕ = = 0,75
Pap 2200

Confira outro exemplo destas duas relações!

Você teve o exemplo de um motor que funciona com uma fase, ou monofásico.

Agora veja outro exemplo com um motor que funciona com três fases, ou trifá-
sico.

O motor é trifásico, ligado a rede trifásica de 220V, absorve da rede elétrica 10


A. O seu fator de potência (FP) é cosφ = 075. Portanto, serão calculadas a po-
tência aparente e a potência efetiva ou ativa.

Figura 85 - circuito de motor monofásico


Fonte: SENAI (1980, p. 27)

122
Eletricista Instalador Predial

Para calcular a potência aparente, você tem:

E=220V
I= 10A
FP = cosφ = 0,75
3 = 1,732

Pap = 3 ×E × I ⇔ 220 × 10 = 3806 VA

Para você calcular a potência efetiva, você tem:

E=220V Pef = 3 ×E × I × cos ϕ ⇔


I= 10ª
P = 3 × 220 × 10 × 0,75 = 2854 ,5W
FP = cosφ = 0,75 ef
3 = 1,732

Atenção
Você observou que apareceu um novo fator constante ( 3 ), mas não se
preocupe, por que ele só aparece em circuitos com cargas alimentadas
por rede trifásica.

Relembrando

Nesta última aula, você estudou as principais características da potência


em corrente alternada. Conheceu as diferenças entre as potências ativa,
reativa e aparente:
‡‡ Potência aparente é a potencia global do sistema, composta pela potên-
cia ativa e a potência reativa;
‡‡ Potência efetiva ou ativa é aquela que realmente produz trabalho, como
a energia mecânica no eixo de um motor, ou como a energia calorífica
produzida pelo chuveiro elétrico;

Unidade 1 123
‡‡ Potênciareativa é aquela que somente a máquina utiliza. Sem ela, o
motor e o transformador, por exemplo, não funcionam. Ela é convertida
em fluxo magnético, que mantêm os motores ou transformadores em
funcionamento.
Você conheceu também outros assuntos como: as diferenças entre circui-
to resistivo, indutivo e capacitivo, que a razão entre a potência efetiva e
aparente é chamada fator de potência.
E, por último, estudou as relações matemáticas para aplicação das potên-
cias em circuitos monofásico e trifásico. P = E × I ⇔ V × A = VA
Para circuito monofásico e para circuito trifásico, basta multiplicar por 3 =
Pr = E × I × senϕ ⇔ V × A = VAr Pef = E × I × cos ϕ ⇔ V × A = w

Finalizando

Parabéns! Você conseguiu vencer todas as etapas da unidade 1. Agora


você está preparado para enfrentar novos desafios, pois a base está
pronta. Construí-la com determinação será a garantia para seu sucesso
no decorrer do curso.

Colocando em Prática

Chegou o momento de colocar em prática os conhecimentos apreendi-


dos. No final desta unidade realize algumas atividades que preparamos
para você. Faça desse momento uma construção significativa do apren-
dizado.

124
Eletricista Instalador Predial

Colocando em Prática

Aula 1

Agora chegou o momento de colocar em prática os conhecimentos


adquiridos, realizando a atividade proposta.

1 Matéria é tudo aquilo que tem massa e ocupa lugar no espaço. Qual a
constituição básica da matéria? Cite exemplos de matéria.

2 A figura a seguir é a representação de um átomo, que é a menor par-


tícula em que um elemento pode ser dividido sem perder suas carac-
terísticas ou propriedades originais. O átomo possui um núcleo e, em
torno deste núcleo, camadas denominadas eletrosfera. No núcleo e nas
camadas existem determinadas partículas. Qual o nome de cada partí-
cula integrante de um átomo?

Unidade 1 125
3 De que é formada uma molécula?

Aula 2

Você é convidado a realizar a atividade proposta. Unir teoria e prática é


fundamental para sua aprendizagem.

1 O princípio básico da eletricidade estática é: as cargas iguais se re-


pelem e as cargas diferentes se atraem. Porque ocorre essa atração e
repulsão?

126
Eletricista Instalador Predial

2 O que é realmente um raio e como ele é produzido?

3 Escreva nos espaços próprios o tipo de eletrização: por contato, por


indução ou por fricção
a) Ao passar um pente no cabelo, percebe-se que fica eletricamente
carregado e, se for aproximado de papéis picados, eles são atraídos
pelo pente.

R:

Unidade 1 127
b) Quando se aproxima um material (corpo) carregado de um corpo
neutro de forma que um encoste-se ao outro, ocorre o fenômeno mos-
trado abaixo:

+++++ --- +++


+++++ --- +++
+++++ --- +++

corpo carregado corpo neutro

R:

Aula 3

Este é o momento para avaliar os conhecimentos adquiridos. Que tal


responder as questões a seguir?

1 Quais são os dois processos de geração de eletricidade mais utilizados?

2 Se você colocar dois metais diferentes (zinco e cobre, por exemplo) em


uma solução eletrolítica (ácido sulfúrico + água, por exemplo), confor-
me figura a seguir, obterá uma pilha elétrica. Trata-se da eletricidade
gerada pela ação química. Explique basicamente esse processo baseado
na figura.

128
Eletricista Instalador Predial

3 Porque a eletricidade gerada pelo processo descrito na questão ante-


rior é chamada de eletricidade contínua ou corrente contínua?

Unidade 1 129
4 Porque a eletricidade gerada por meio do processo descrito na questão
número 2 é chamada de eletricidade alternada ou corrente alternada?

5 Qual é o principal processo de geração de eletricidade em grande esca-


la? Qual tipo de corrente é produzido?

Aula 4

1 Qual a definição básica de circuito elétrico?

130
Eletricista Instalador Predial

2 Identifique no circuito elétrico a seguir seus componentes e a função


de cada um deles.

3 Identifique os componentes a seguir escrevendo nos espaços próprios:


fonte geradora, dispositivo de manobra ou consumidor de energia.

R:

Unidade 1 131
R:

R:

R:

R:

132
Eletricista Instalador Predial

R:

Aula 5

1 A corrente elétrica é o fluxo ordenado de cargas elétricas num condu-


tor. Sua unidade de medida é o Ampère. Diante desse conceito, é corre-
to afirmar que entre os pontos A e B do circuito a seguir existe corrente
elétrica, estando o dispositivo de manobra não acionado (aberto)?

Unidade 1 133
2 Para que haja corrente elétrica, é necessário que exista uma diferença
de potencial (d.d.p.), ou seja, tensão elétrica. Cite onde encontrar d.d.p.
disponível para aplicação em circuitos elétricos e qual é sua unidade de
medida?

3 Qual o nome da grandeza elétrica que representa a dificuldade que as


cargas elétricas encontram ao atravessar um material? Qual sua unida-
de de medida?

4 Faça a conversão de unidades:


a) 20 mA = ______A

b) 1,8 kV= ______V

c) 470 kΩ = ______Ω

d) 220mV = ______V

e) 0,5 kA = ______A

134
Eletricista Instalador Predial

Aula 6

Mais um desafio para você. Responda as questões a seguir e avalie seus


conhecimentos.

1 Calcule a tensão no circuito a seguir:

2 Qual seria o valor do resistor para fazer circular uma corrente de 2A no


circuito a seguir?

Unidade 1 135
3 Qual é o valor da corrente no circuito a seguir? Apresente o resultado
em mA, conforme aprendeu sobre conversão de unidades na aula 5.

4 Qual será o valor de tensão aplicado para que, no circuito, circule uma
corrente de 20 mA?

136
Eletricista Instalador Predial

Aula 7

Mais uma vez, você é convidado a colocar em prática o que aprendeu.


Responda as questões a seguir:

1 Os fios elétricos são revestidos por materiais que dificultam a passagem


da corrente elétrica, chamados isolantes, como por exemplo: termo-
plástico de PVC. Responda por que é importante o isolamento nos fios
elétricos?

2 No que diz respeito à segurança de usuários de equipamentos e ferra-


mentas elétricas, onde são aplicados os materiais isolantes?

Unidade 1 137
3 Materiais isolantes como borracha, madeira, vidro, etc,. que dificultam
a passagem da corrente elétrica, e materiais condutores como prata,
cobre, etc. que facilitam a passagem da corrente elétrica, apresentam
comportamento elétrico diferente em função da “mobilidade” dos
elétrons da última camada de seus átomos. Explique com suas palavras
a diferença entre tais materiais, no que diz respeito à sua estrutura atô-
mica (palavras chave: elétrons livres).

Aula 8

As questões a seguir permitem a você unir teoria e prática. Então,


aproveite esse momento para avaliar seus conhecimentos.

1 Analise o circuito elétrico abaixo e responda:


a) De acordo com o aprendizado referente à representação dos compo-
nentes de um circuito elétrico por símbolos gráficos, informe o nome
de cada componente:

<inserir 1.8.7>

138
Eletricista Instalador Predial

b) Que tipo de circuito elétrico está representado na figura anterior?

c) O que acontecerá no circuito se uma das lâmpadas queimar ou for


retirada?

d) Você utilizaria este tipo de circuito numa instalação elétrica predial?


Por quê?

Unidade 1 139
2 Qual a diferença dos circuitos série e paralelo, no que diz respeito à
circulação da corrente elétrica?

3 Conforme você estudou, por que é importante representar graficamen-


te os componentes dos circuitos elétricos?

4 Você aprendeu que o circuito misto é aquele que apresenta parte de


seus aparelhos consumidores ligados em série e parte ligada em para-
lelo. Analise o circuito misto representado na figura a seguir e desenhe
o mesmo circuito, utilizando a representação gráfica adequada. Em
seguida responda:
a) O que acontecerá no circuito caso a lâmpada h1 ou he queime, ou
se a chave a1 estiver fechada?

140
Eletricista Instalador Predial

b) E se a queima ocorrer na lâmpada h4, estando fechada a chave a1 a


chave a3 estiver aberta?

c) Agora, considere a1 fechada e as chaves a2, a3 e a4 abertas. Quais as


lâmpadas estarão acesas?

Unidade 1 141
Aula 9

Chegou o momento de realizar atividade proposta. Aproveite para con-


cretizar sua aprendizagem.

1 Nesta aula você aprendeu que, no circuito série, a corrente é a mesma


em todo o seu percurso. Com base no conceito apresentado, calcule a
corrente que percorre as cargas do circuito a seguir.
<inserir ilustra 1.9.13>

2 Qual é tensão da fonte geradora do circuito a seguir, sabendo que, no


circuito série, a tensão elétrica se divide havendo uma queda de tensão
em cada resistência, conforme visto nesta aula?

1º passo: calcular a resistência total: RT= R1+ R2+R3

142
Eletricista Instalador Predial

2º passo: Calcular a tensão:

Opcional: Você pode também calcular os valores das quedas de tensão


em R3, R2 e R1 e somar os valores obtidos. O resultado da soma será a
tensão da fonte (tensão total).

3 Analise o circuito a seguir e calcule o valor da resistência R1 e as que-


das de tensão v1, v2 e v3.

1º passo: Calcular a queda de tensão nas resistências R2 e R3:

v 2 = R2 × I e v 3 = R3 × I

Unidade 1 143
2º passo: Calcular a queda de tensão em R1 aplicando a 2ª “Lei de
Kirchhoff”: ET= v1 + v2 +v3

3º passo: Calcular o valor do resistor R1:


R1 × R 2
RT =
R1 + R 2

4 Calcule a corrente total no circuito paralelo a seguir, lembrando que no


circuito paralelo a tensão sempre é a mesma e a corrente será dividida
de forma proporcional entre cada consumidor no circuito.

144
Eletricista Instalador Predial

R1 × R 2
1º passo: calcular a resistência equivalente: RT =
R1 + R 2

E
2º passo: Calcular a corrente total: IT =
RT

5 Para o circuito da questão anterior, calcule as correntes I1 e I2:

Unidade 1 145
6 Calcule a tensão da fonte geradora do circuito a seguir:

Basta aplicar a fórmula de cálculo de corrente com os valores de cada


resistor: I1 = E e I2 = E
R1 R2
1º passo: calcular a resistência total:
R1 × R 2 1 1 1 1
RT = ou = + .....
R1 + R 2 RT R1 R2 R N

2º passo: Calcular a tensão da fonte: ET = R T × I T

146
Eletricista Instalador Predial

7 Analise o circuito abaixo e as informações dadas por ele. Em seguida,


calcule os valores da tensão total (ET), correntes elétricas (I1) e (I2) de
uma das resistências.

1º passo: Lembrar que a tensão é a mesma em todo o circuito.


E
2º passo: Calcular a corrente I1: I1 =
R1

3º passo: Calcular a corrente I2 aplicando a 1ª Lei de Kirchhoff:

I T = I1 + I 2 I 2 = I T − I1

Unidade 1 147
v2
4° passo: Calcular a resistência R2: R2 =
I2

8 Você aprendeu que o circuito misto é aquele que apresenta consumi-


dores ligados em série e em paralelo. Isso significa que ele apresenta
características do circuito série e do circuito paralelo. Analise, no circui-
to a seguir, os dados apresentados e, em seguida, calcule os dados não
fornecidos.

1º passo: Calcular a resistência total:

Para isto basta analisar separadamente as associações em série e as


associações em paralelo, como se você dividisse o circuito em dois.
Lembra?!

No circuito em questão, ache a resistência equivalente entre R2 e R3.


Analise o resultado obtido junto com R1. Esta última análise dará o
resultado da resistência total.

148
Eletricista Instalador Predial

2º passo: Calcular a tensão da fonte: ET = R T × I T

Observe que IT = I = 4 A.

E
3º passo: Calcular a corrente I1 : I1 =
R1

4º passo: Calcular a corrente I2 aplicando a 1ª Lei de Kirchhoff :


I T = I1 + I 2 I 2 = I T − I1

Unidade 1 149
Aula 10

Algumas questões foram disponibilizadas para você por em prática os


conhecimentos apreendidos. Aproveite ao máximo esse momento.

1 Um chuveiro elétrico de 220 V e 20A está instalado a 30 metros da sua


fonte de energia. Qual é a bitola (diâmetro) do condutor de cobre que
deverá ser usada para que uma queda de tensão não ultrapasse 2%? A
resistividade do cobre é 0,017Ω mm².

2 Uma torneira elétrica de 220 V e 20 A foi instalada prevendo uma


queda de tensão máxima de 2%, conforme figura a seguir. Observe as
informações referentes à distância entre a fonte de energia e a torneira
e referente à bitola do fio utilizada. O dimensionamento do fio foi ade-
quado? Justifique apresentando a 2ª Lei de Ohm (Resistividade).

150
Eletricista Instalador Predial

3 Porque será que os fios da instalação, apresentados na figura a seguir,


estão esquentando muito? (cite possíveis motivos com base na aula).

Unidade 1 151
4 A intensidade de corrente elétrica nos circuitos A e B é diferente, em-
bora as cargas sejam as mesmas, a fonte geradora disponibiliza a mes-
ma tensão e os fios têm a mesma bitola. Através do circuito A, circula
menor corrente elétrica do que no circuito BB. Explique porque isso
ocorre, enfatizando a relação entre resistência elétrica e comprimento
dos fios.

5 Agora responda mais esta pergunta: O que aconteceria se no circuito A


ou B a bitola dos fios fosse dobrada?

Aula 11

Chegou o momento de avaliar os seus conhecimentos. Responda as


questões a seguir:

152
Eletricista Instalador Predial

1 Diferencie potência elétrica e energia elétrica.

2 Observe as características elétricas da lâmpada, conforme a figura a


seguir, e calcule o que se pede:

100W - 220V

a) Qual é a resistência da lâmpada?

b) Qual é o gasto mensal de energia, em kWh, supondo que ela fique


ligada 5h por dia? (Considere um mês de 30 dias.)

Unidade 1 153
c) Supondo que o kWh residencial custe R$ 0,15, qual será o gasto
mensal com essa lâmpada?

Atenção
Nesta atividade, você efetuou cálculos para saber o consumo de energia
elétrica da lâmpada, porém existe outra forma de medir: através dos
medidores de energia da concessionária de energia elétrica.

3 Você mudará de casa e deverá fazer as ligações dos aparelhos elétricos


na nova residência: chuveiro, ferro de passar, ar condicionado, etc.

154
Eletricista Instalador Predial

Tenha como exemplo a ligação do chuveiro no endereço anterior (uti-


lize os mesmos dados da questão anterior). Observe a figura a seguir
e responda: qual seria o valor de resistência elétrica para que o mesmo
chuveiro funcione, de forma segura e eficiente, na tensão de energia
elétrica disponível no banheiro da nova casa?

4 A potência do circuito a seguir é de 120 W. A resistência da lâmpada


é de 30 Ω. Qual é a tensão aplicada, ou seja, a diferença de potencial
(d.d.p.) nos terminais do gerador?

Unidade 1 155
5 Em todo condutor ou aparelho elétrico energizado, observa-se certo
aquecimento, chamado efeito Joule. Em qual (is) dos aparelhos elétri-
cos a seguir o efeito Joule é mais evidente? Por quê?

6 A placa do motor elétrico a seguir indica 5cv. Qual é o valor da corrente


quando aplicado 220 V ao motor? (considere 1cv = 750 W e lembre-se
que cv é a unidade de medida de potência usada em motores elétri-
cos).

156
Eletricista Instalador Predial

7 Desafio

Para o circuito acima, determine:

a) A potência elétrica total no circuito;

b) A potência elétrica em cada resistor.

Agora, faça os mesmos cálculos para o circuito a seguir, apresentando


os valores de potência em KW:

Unidade 1 157
a) Qual dos resistores dissipa a maior potência? Por quê?

b) Caso os mesmos resistores dessa associação estivessem associados


em série, o valor de potência total seria maior ou menor do que o valor
calculado para a associação em paralelo? Por quê?

Dica
Para obter sucesso neste desafio, reveja as aulas referentes à Lei de Ohm
e conversão de unidades.

158
Eletricista Instalador Predial

Aula 12

Para você avaliar os conhecimentos adquiridos, é necessário responder


às questões a seguir.

1 Aparelhos elétricos como rádios portáteis, CDs e PCs portáteis são ali-
mentados por qual tipo de corrente elétrica?

2 Como é gerada a corrente contínua?

3 As usinas geradoras de eletricidade produzem, transmitem e distribuem


qual tipo de corrente elétrica?

Unidade 1 159
4 Pesquise e explique cada etapa do exemplo de produção de energia
elétrica produzido na forma alternada, apresentado na figura a seguir:

160
Eletricista Instalador Predial

Aula 13

1 A potência elétrica absorvida da rede em um determinado circuito for-


mado por 4 lâmpadas incandescente e 1 chuveiro elétrico é de 4400W.
Essa potência é, também, aquela que está produzindo trabalho útil.
Caso o circuito fosse alimentado por corrente alternada, qual seria o
valor da potência absorvida da rede e da potência útil? Justifique.

2 Se as cargas do circuito da questão anterior fossem indutivas como,


por exemplo, motores elétricos, o valor de potência útil (efetiva) seria
menor que o valor da potência total pela rede. Por que razão isso acon-
tece?

3 Um motor de geladeira, alimentado por 220V (corrente alternada),


consome 10A de corrente. A potência efetiva, ou seja, aquela que pro-
duz trabalho é de 1.650 W. Como explicar esse valor de potência, se o
produto VxI é igual a 2200? Esse valor (2200) se refere a que tipo de
potência e qual sua unidade de medida?

Unidade 1 161
4 Considere um circuito formado por um motor monofásico de corrente
alternada com fator de potência igual a 0,8 e uma potência efetiva de
1.800 W. Qual o valor da potência aparente?

5 Um motor com fator de potência de 0,8 é ligado à rede trifásica de


220V, absorvendo da rede elétrica uma corrente de 5A. Calcule as po-
tências aparente e efetiva.

6 Qual o nome que recebe a potência elétrica que: representa a diferença


entre as potências aparente e efetiva, não realiza trabalho e é conver-
tida em fluxo magnético, além de manter motores ou transformadores
funcionando? Qual sua unidade de medida?

162
2
Medidas das
Grandezas Elétricas

Aulas
Acompanhe nesta unidade o estudo das aulas
seguintes:

Aula 1: Amperímetro alicate

Aula 2: Multímetro

163
Para iniciar
O primeiro módulo ofereceu a você um bom alicerce para construir seu
aprendizado mais prático na ocupação de eletricista instalador predial.
Foi uma etapa importantíssima na sua iniciação profissional.

A partir de agora, você aprenderá a utilizar os instrumentos de medição


elétrica de uso cotidiano do eletricista predial.

São instrumentos que permitem ao eletricista predial fazer inspeção,


diagnósticos e, se necessário, a manutenção das instalações elétricas e
prediais.

Basicamente, são dois os instrumentos de medição elétrica mais utili-


zados pelo eletricista predial: o amperímetro alicate e o multímetro.
Portanto, neste segundo módulo, prepare-se para mais uma jornada.

Aula 1:
Amperímetro alicate
Ao final desta aula você será estará apto a:

‡‡ Identificar um amperímetro alicate, tipos e suas partes componentes;


‡‡ Saber
como conectá-lo corretamente ao circuito para medição de corrente
com segurança;
‡‡ Utilizar
os procedimentos corretos antes de inserir o instrumento circuito
para cada medição;
‡‡ Utilizar as outras funções do instrumento além da função alicate.

Você conhecerá o amperímetro alicate analógico (escala de ponteiro) e o digital


(escala com dígitos), bem como seu funcionamento e sua partes integrantes.

Este instrumento será muito útil em sua atividade profissional, eletricista pre-
dial.

164
Eletricista Instalador Predial

Amperímetro alicate

Figura 86 - Medição com amperímetro alicate

É um instrumento que permite a medição da corrente alternada, envolvendo,


por meio de suas duas garras, um condutor elétrico que, por ele, esteja passan-
do uma corrente elétrica.

Pergunta
Vamos entender melhor como funciona este instrumento?

Unidade 2 165
Figura 87 - Princípio de funcionamento do amperímetro alicate
Fonte: SENAI (1980, p. 28)

Em princípio, tanto o instrumento analógico quanto o digital funcionam basica-


mente da mesma forma. O que difere um do outro é apenas a forma de leitura
na escala do instrumento: o analógico possui leitura por ponteiro, enquanto o
digital possui leitura, como o próprio nome sugere, por dígitos.

Ao passar um condutor pelo amperímetro alicate, uma corrente alternada se


produz ao redor do condutor, gerando um campo eletromagnético, que será
mensurado pelo amperímetro - variando de intensidade e valor de acordo com
a corrente que por ele circula - e convertido por um valor de corrente.

Por outro lado, um amperímetro alicate que possui duas garras em forma de
núcleos, enroladas por uma série de fios - que chamamos espiras-, funcionam
como um secundário de um transformador. Assim, quando a corrente passa
no condutor, que chamamos de primário, este transfere uma energia capaz de
fazer os elétrons das espiras circularem até um medidor de alta sensibilidade,
chamado galvanômetro. Os elétrons deslocam o ponteiro indicando a um valor
nas escalas, em ampères. Quanto maior for o campo eletromagnético produzi-
do pela corrente que passa no condutor, mais o ponteiro se deslocará.

166
Eletricista Instalador Predial

Atenção
Alguns instrumentos de melhor qualidade, do tipo amperímetro
alicate, também podem medir corrente contínua (CC). O princípio é o
mesmo, porém, o recurso tecnológico empregado possui variações que
aumentam o custo do instrumento. Esse tipo de recurso é muito utilizado
pelo eletricista automotivo.

Tipos de amperímetros alicate

Você deve ficar atento, porque no mercado existe uma infinidade de instrumen-
tos com modelos e fabricantes diferentes. Por isso, você deve escolher um ins-
trumento de medição que atenda as normas de segurança e suas necessidades
no dia a dia. Veja a seguir dois aparelhos com as mesmas funções, porém, um é
digital e o outro, analógico (com ponteiro).

Figura 88 - Amperímetro alicate digital e analógico respectivamente

Unidade 2 167
Partes componentes do amperímetro alicate

Figura 89 - Partes do amperímetro alicate digital

Garras para envolver Display de leitura de


A D
o condutor grandezas
Gatilho par abrir as
B E Tecla de função AC/DC
garras
Seletor de escala de Teclas funções especiais
C F
grandezas (ver manual)

Atenção
Se o profissional ou operador do instrumento não tiver segurança no
uso de determinada função, é recomendado que faça uma leitura do
manual de instruções do instrumento, sob risco de danos ao aparelho de
medição.

Medições elétricas com amperímetro alicate


Conheça alguns procedimentos antes das medições, para que fique mais seguro
o seu aprendizado.

168
Eletricista Instalador Predial

Medindo corrente das fases de um painel elétrico

Figura 90 - Medindo corrente com um amperímetro alicate digital

Procedimentos para medição

1 Calçar luvas de segurança, para que não haja risco de um choque elétrico, e/
ou outro Equipamento de Proteção Individual (EPI) que se fizer necessário
para medição;
2 Selecionar a escala da grandeza elétrica desejada (ampère: A) e o tipo de
corrente que deseja medir: corrente alternada (AC) ou corrente continua
(DC);
3 Aproxime o instrumento do condutor fase, e aperte o gatilho para abrir as
garras, envolvendo o condutor;
4 Faça a leitura indicada no display do instrumento;
5 Repita o procedimento para os demais condutores fases.

Unidade 2 169
Medindo corrente das fases de um motor elétrico trifásico

Figura 91 - Como medir corrente do motor com o amperímetro alicate


Fonte: SENAI (1980, p. 28)

Procedimentos para medição

1 Calçar luvas de segurança para que não haja risco de um choque elétrico e
ou outro EPI que se fizer necessário para medição;
2 Usar um instrumento de categoria de segurança II ou III, mais recomendado
para um eletricista predial;
3 Selecionar a escala da grandeza elétrica desejada (ampère: A) escolhendo
sempre o valor mais alto, principalmente se o valor a ser medido for total-
mente desconhecido. Isso preservará o instrumento de sobrecargas;
4 Selecione o tipo de corrente que deseja medir: corrente alternada (AC) ou
corrente contínua (DC).

170
Eletricista Instalador Predial

Figura 92 - Seletor do amperímetro alicate digital em corrente alternada

5 Aproxime o instrumento do condutor fase, aperte o gatilho para abrir as


garras e abrace o condutor;

Atenção
Você não pode abraçar dois ou três condutores fase de uma vez, pois
dará erro na leitura. Caso você abrace os três condutores fases ao mesmo
tempo, o display indicará a leitura de zero ampères.

Figura 93 - como medir corrente do circuito de valor muito pequeno com o amperímetro alicate
Fonte: SENAI (1980, p. 29)

Unidade 2 171
Faça a leitura indicada no display do instrumento. Caso a corrente indicada no
display seja muito pequena, dê duas ou três voltas com o condutor fase, enla-
çando a garra do alicate, para ampliar a corrente no display.

O resultado da medição no display, você deverá dividir pela mesma quantidade


de voltas que você deu envolvendo a garra. Assim você terá mais precisão na
leitura. Repita o procedimento para os demais condutores fases.

Outras medições elétricas com amperímetro alicate

Você aprendeu a utilizar o amperímetro alicate na sua função principal, que é


medir corrente alternada. Por ser um aparelho multifuncional, veja agora outros
tipos de medição com amperímetro alicate.

Observe o seletor de grandeza do instrumento a seguir:

Figura 94 - Seletor do amperímetro alicate digital em tensão alternada

O amperímetro alicate pode medir:

‡‡ Corrente AC/DC;
‡‡ Tensão AC/DC;
‡‡ Resistência;

‡‡ Frequência;

‡‡ Temperatura;

‡‡ Teste em diodo semicondutor.

172
Eletricista Instalador Predial

Para medições diferentes da função alicate, você deverá utilizar as pontas de


provas apropriadas a cada função. Veja:

Figura 95 - Seletor do amperímetro alicate digital e pontas de prova

Medindo tensão em uma rede elétrica

Figura 96 - Alicate amperímetro medindo tensão


Fonte: SENAI (1980, p. 29)

Unidade 2 173
Procedimentos para medição

1 Calçar luvas de segurança para que não haja risco de um choque elétrico, e/
ou outro EPI que se fizer necessário para medição;
2 Usar um instrumento de categoria de segurança II ou III, mais recomendado
para um eletricista predial;
3 Selecionar a escala da grandeza elétrica desejada (Volts: V) escolhendo sem-
pre o valor mais alto, principalmente se o valor a ser medido for totalmen-
te desconhecido. Isso preservará o instrumento de sobre tensão na escala
menor;
4 Selecionar o tipo de tensão ou corrente que deseja medir: tensão ou corren-
te alternada (VAC) ou corrente ou tensão continua (VDC).

Figura 97 - Seletora em tensão em corrente alternada

5 Coloque as pontas de prova nos bornes (COM - VΩ) do instrumento, o ver-


melho no VΩ e o preto no “COM”.
6 Faça a leitura indicada no display do instrumento após encostar as pontas
de prova sempre entre dois condutores, fase com fase ou fase com neutro;

174
Eletricista Instalador Predial

Medindo a resistência de um componente

Procedimentos para medição

Figura 98 - Alicate amperímetro medindo resistência ou continuidade

1 Selecionar a escala da grandeza elétrica desejada (Resistência: Ω), escolhen-


do sempre um valor mais alto da escala e diminuindo para alcançar uma
leitura mais precisa;
2 Coloque as pontas de prova nos bornes (COM - VΩ) do instrumento, verme-
lho “VΩ” e o preto no “COM”.
3 Faça a leitura indicada no display do instrumento após encostar as pontas
de prova sempre entre dois condutores terminais do componente.

Atenção
Você deverá ter muito cuidado quando utilizar o amperímetro alicate na
função Ohmímetro, pois se houver engano e forem ligadas as pontas de
provas em terminais energizados, poderá danificar o aparelho ou causar
um acidente;

Por medida de segurança, sua e do instrumento utilizado, a resistência


deverá sempre estar com o circuito desligado e o componente
desconectado do circuito.

Unidade 2 175
Testando a continuidade de um componente

Tal procedimento serve, caso você queira saber se o componente está danifica-
do. Por exemplo: um fusível queimado, você pode usar também o amperímetro
alicate na escala de resistência, utilizando a opção de “continuidade sonora”.

Figura 99 - Alicate amperímetro medindo resistência ou continuidade

Figura 100 - Seletor na escala de resistência respectivamente

Nesse caso, se o fusível estiver realmente queimado, o aparelho não emitirá


o som, o contrário, o aparelho emitirá o som indicando o perfeito estado do
fusível.

176
Eletricista Instalador Predial

Relembrando

Você viu nesta aula que o amperímetro alicate é o principal instrumento


para medição de corrente elétrica de CA e CC em grandes valores sem a
necessidade de haver a interrupção dos circuitos elétricos. Também co-
nheceu seus tipos e o seu funcionamento, bem como o uso correto para
os procedimentos de medição de corrente elétrica.
Aprendeu a fazer a medição de corrente em painéis e motores em cor-
rente alternada. O amperímetro alicate além de corrente mede também,
grandezas como: resistência, tensão elétrica e outras. Outra prática impor-
tante foi aprender a fazer o teste de continuidade de aparelhos e compo-
nentes elétricos em uma escala específica para esta finalidade no instru-
mento.
Para você que pretende interagir com as grandezas elétricas nas insta-
lações elétricas prediais, todos os assuntos abordados nessa aula foram
muito importantes.

Colocando em prática

Chegou o momento de colocar em prática os conhecimentos apreendi-


dos. No final desta unidade realize algumas atividades que preparamos
para você. Faça desse momento uma construção significativa do apren-
dizado.

Unidade 2 177
Aula 2:
Multímetro
Ao final desta aula você estará apto a:

‡‡ Identificar um multímetro, tipos e suas partes componentes;


‡‡ Fazer corretamente medição de tensão, corrente e resistência com segurança;
‡‡ Utilizar
os procedimentos corretos ao inserir o instrumento circuito antes de
cada medição;
‡‡ Utilizar corretamente as outras funções do instrumento.

Apresentaremos a você o multímetro, mais um instrumento de medição das


grandezas elétricas de uso do eletricista predial. Por ser de múltiplas medições,
você poderá medir tensão, corrente resistências e outras grandezas tanto em
corrente continua como em corrente alternada.

Multímetro
O multímetro é um instrumento multifuncional que permite a medição de várias
grandezas elétricas, em corrente alternada ou em corrente continua.

Figura 101 - Multímetro digital e multímetro analógico

178
Eletricista Instalador Predial

Atenção
Por ser um instrumento de múltiplas funções e de valores mais precisos
que o amperímetro alicate, os cuidados no seu manuseio e operação
merecem atenção redobrada no momento das medições. É importante
que você se familiarize com todos os pontos de conexão do instrumento.

Veja:

Figura 102 - Multímetros analógico e digital medindo resistência elétrica ou continuidade respectiva-
mente

Observe atentamente a figura anterior: é o teste para verificar se a lâmpada está


boa ou ruim. O teste de continuidade é feito (na escala de resistência) com o
multímetro analógico ou com o digital. Os procedimentos e as conexões são as
mesmas.

Veja o seletor de outro multímetro:

Unidade 2 179
Figura 103 - Multímetro digital com seletor na escala de resistência elétrica

Pergunta
Você quer conhecer algumas escalas mais usadas pelo eletricista predial?

Medir tensão elétrica alternada: V∼


‡‡ A escala vai de 2V a 700V;
‡‡ Você deve sempre selecionar uma escala mais alta no início da medição se o
valor for desconhecido.

Veja! Como medir a tensão elétrica de uma tomada e uma pilha com um multí-
metro:

Figura 104 - Multímetro digital com seletor na escala de tensão alternada

180
Eletricista Instalador Predial

Figura 105 - Multímetros digitais medindo tensão alternada e tensão contínua, respectivamente.

Unidade 2 181
Medir a resistência elétrica

Figura 106 - Escala de resistência do multímetro digital

‡‡ A escala vai de 200Ω a 200MΩ;


‡‡ Você deve selecionar uma escala mais alta no início da medição se o valor
for desconhecido;
‡‡ Neste caso o componente deve estar desconectado do circuito;
‡‡ Lembre-seque o Ohmímetro poderá queimar a escala de resistência, se o
mesmo estiver conectado ao componente energizado.

Veja! Como medir a resistência elétrica com o multímetro:

Figura 107 - Multímetro digital medindo resistência elétrica

182
Eletricista Instalador Predial

Atenção
Tanto no teste de continuidade como no teste de resistência, a força do
circuito deve estar desligada e o componente deve estar fora do circuito,
para evitar acidentes pessoais e danos no aparelho.

Medir a corrente elétrica em CA/CC


Você deve ter percebido que o multímetro utilizado como amperímetro não vai
mais abraçar o condutor, como o amperímetro alicate. Ele terá que ser inserido
em série, tanto nos circuitos de corrente alternada quanto de corrente continua,
com a carga (lâmpada) conforme você verá na figura a seguir.

<inserir ilustra 2.2.9>

Como se pode ver a corrente


passa através do multímetro

Figura 108 - Multímetros digitais medindo corrente contínua, respectivamente

Veja o seletor de escala do multímetro:

As escalas de corrente continua (A−) e de corrente alternada (A∼), tem os mes-


mos valores de 200mA a 20A.

Figura 109 - Bornes de conexão do multímetro digital

Unidade 2 183
Observe os bornes de conexão para inserção do multímetro na função de mi-
liamperímetro (mA) e Amperímetro (A).

‡‡ Como medir corrente em Ampères (A);


‡‡ Como medir corrente com miliampère (mA).

Figura 110 - Multímetro digital na função amperímetro e miliamperímetro respectivamente.

Atenção

Observe que, apesar do multímetro (amperímetro) ser mais preciso, a


sua inserção no circuito para medir corrente é mais difícil. Isso porque,
em manutenção das instalações elétricas, muitas vezes você precisará
efetuar a medição de corrente com o circuito energizado. Neste aspecto
o amperímetro alicate é mais eficiente e seguro.

Relembrando

Nesta aula você aprendeu a utilizar o multímetro, instrumento de medição


de múltiplas grandezas elétricas: resistência, tensão, corrente e outras.
Você agora também sabe que deve ter os devidos cuidados nos momen-
tos das conexões do aparelho na rede elétrica e nos componentes elétri-
cos.
Aprendeu a fazer as medições feitas pelo eletricista: continuidade elétri-
ca, tensão elétrica em CC e CA, corrente elétrica em CC e CA e resistência
elétrica.

184
Eletricista Instalador Predial

Finalizando

Parabéns! Você conseguiu vencer todas as etapas da unidade 2. Agora


você está preparado para enfrentar novos desafios, pois a base está
pronta. Construí-la com determinação será a garantia para seu sucesso
no decorrer do curso.

Colocando em prática
Chegou o momento de colocar em prática os conhecimentos apreendi-
dos. No final desta unidade realize algumas atividades que preparamos
para você. Faça desse momento uma construção significativa do apren-
dizado.

Unidade 2 185
Eletricista Instalador Predial

Colocando em prática

Aula 1

Realizar a atividade proposta é um ótimo momento para avaliar os co-


nhecimentos apreendidos.

1 Amperímetro alicate é um instrumento que permite a medição da cor-


rente alternada, envolvendo, por meio de suas duas garras, um condu-
tor elétrico que por ele esteja passando uma corrente elétrica.
Identifique as partes componentes do amperímetro alicate, preenchen-
do nos espaços próprios do quadro a seguir, as letras A, B, C, D, E e F
de forma a associar cada definição do quadro com as indicações na
figura do instrumento.
Página 57
2.1.4 e 2.1.15

B
E

F
{ A

D C

( )Tecla de função AC/DC

( )Seletor de escala de grandezas

( )Display de leitura de grandezas

( )Garras para envolver o condutor

( )Teclas funções especiais (ver manual)

( )Gatilho par abrir as garras

Unidade 2 187
2 O Amperímetro alicate pode ser digital ou analógico, conforme figuras
a seguir. Eles têm a mesma função? Qual a diferença entre eles?

3 Um eletricista, antes de utilizar o alicate amperímetro na medição de


corrente alternada, verificou a informação DC/AC. Em qual opção (po-
sição) a chave seletora de DC/AC do alicate amperímetro deverá estar
para a realização dessa medida?

188
Eletricista Instalador Predial

4 Para realizar a medição de corrente, basta aproximar o instrumento do


condutor percorrido por corrente elétrica, apertar o gatilho para abrir
as garras e envolver o condutor e fazer a leitura indicada no display do
instrumento. Porque não existe a necessidade de contato físico do ins-
trumento com o fio? Explique o funcionamento do alicate amperímetro.

5 Ao medir a corrente num circuito for trifásico (formado por três fases),
um eletricista utilizou a amperímetro alicate conforme apresenta a figu-
ra a seguir. O procedimento está correto? Por quê?

Unidade 2 189
6 Você aprendeu a utilizar o amperímetro alicate na sua função principal,
que é medir corrente alternada. Também aprendeu que, por ser um
aparelho multifuncional, ele realiza também outros tipos de medição.
Para estes outros tipos de medições, você deverá utilizar as pontas de
provas apropriadas a cada função. Diante do exposto, indique que tipo
de medida está sendo realizada em cada figura a seguir.

a)

b)

c)

190
Eletricista Instalador Predial

7 Ao testar dois fusíveis, você selecionou a opção “continuidade sono-


ra” no amperímetro alicate. O aparelho emitiu som somente durante o
teste de um dos fusíveis. A que conclusão você chegou?

8 Como deverão estar conectadas as pontas de prova para medição de


tensão e resistência elétrica? Em qual dessas medidas o circuito deverá
estar desligado e o componente desconectado do circuito?

9 A realização de medidas elétricas requer uma série de cuidados por


parte do eletricista. Tais cuidados visam sua segurança e a integridade
do equipamento de medição. Cite os procedimentos de segurança ne-
cessários para realização de medidas das fases em uma rede elétrica.

Unidade 2 191
Aula 2

É hora de aplicar os conhecimentos adquiridos, respondendo as ques-


tões a seguir:

1 O multímetro, a exemplo do amperímetro alicate, é também um instru-


mento multifuncional que permite a medição de várias grandezas elé-
tricas em corrente alternada ou em corrente continua. A forma de co-
nexão das pontas de prova para medição de tensão, resistência elétrica
e continuidade sonora (quando disponível) é a mesma. Os multímetros
podem ser analógicos ou digitais. Os cuidados necessários quanto aos
valores das escalas também. Identifique nas figuras a seguir qual gran-
deza elétrica está sendo medida.

R:

R:

192
Eletricista Instalador Predial

R:

2 Qual a diferença no procedimento de medida de corrente elétrica com


o multímetro em relação ao amperímetro alicate?

3 Indique, nos espaços próprios, se a medida de corrente elétrica está


sendo medida em ampères (A) ou em miliampères (mA).

Unidade 2 193
R:

R:

4 Qual a consequência de se medir resistência elétrica de um componen-


te energizado?

5 Escreva, nos espaços próprios, o nome das partes componentes do


multímetro. Procure os nomes no banco de palavras.

194
Eletricista Instalador Predial

Banco de Palavras

‡‡ Mostrador ou display
‡‡ posição desligado
‡‡ borne de entrada de tensão, corrente e resistência
‡‡ Borne de entrada e corrente até 10A
‡‡ borne comum
‡‡ teste de transistor
‡‡ chave de seleção de funções e de escala

Unidade 2 195
3
Riscos
Elétricos

Aulas
Acompanhe nesta unidade o estudo das aulas
seguintes:

Aula 1: Riscos elétricos

Aula 2: Medidas de controle

197
Para iniciar
Você sabia que, estando prevenido e consciente dos riscos decorrentes
do emprego da energia elétrica, você, futuro profissional da área de
eletricidade predial, estará dando um passo importante a sua seguran-
ça e dos seus futuros clientes? É isso mesmo!

Você terá nesta unidade algumas noções dos riscos presentes nas ins-
talações e nos serviços em eletricidade, algumas medidas de controle
com os riscos elétricos e algumas dicas de como se prevenir contra
acidentes elétricos. Além disso, terá informações básicas de socorro à
vítima de parada cardiorrespiratória.

Bons estudos!

Aula 1:
Riscos elétricos
Ao final desta aula você estará apto a:

‡‡ Conhecer os principais riscos elétricos em instalações e serviços em eletrici-


dade.

Nesta aula sobre riscos elétricos, você conhecerá as principais causas e tipos
de acidentes em instalações e serviços em eletricidade. Lembre-se que estudar
com atenção é muito importante para entender como se prevenir contra estes
riscos e trabalhar com mais segurança e tranquilidade.

198
Eletricista Instalador Predial

Principais riscos de acidentes em instalações e serviços nas


instalações elétricas
Para iniciar o estudo, é importante destacar que é preciso estar atento. Sabe
por quê? Pois trabalhando ou interagindo com eletricidade todos nós corremos
risco de sofrer:

‡‡ Choque elétrico;
‡‡ Queimaduras;

‡‡ Incêndio.

Vamos entender o que representa cada um deles? Acompanhe!

Choque elétrico

Por definição, é uma perturbação de natureza e efeitos variados que se mani-


festam no corpo humano quando nele circula uma corrente elétrica.

Veja agora alguns fatores vitais, quanto a sua gravidade.

Unidade 3 199
‡‡ O percurso da corrente no corpo humano;
‡‡ A intensidade da corrente elétrica;
‡‡ O tempo de exposição do corpo humano à corrente elétrica;
‡‡ O tipo da corrente elétrica: CA ou CC.;
‡‡ A resistência elétrica do corpo humano.

As figuras que você verá a seguir mostram os possíveis percursos que a corrente
elétrica pode percorrer em caso de choque elétrico. Os percursos que se dire-
cionam ao coração têm maior risco aos seres humanos. Por isso, tenha muito
cuidado!

<<Inserir ilustra 3.1.2>>

Figura 111 - Circuitos da Corrente Elétrica no Corpo Humano

Nesse sentido, é importante que você, ao executar ou fazer uma manutenção,


em uma instalação elétrica, utilize sempre os equipamentos de proteção in-
dividual, como luvas de proteção, sapatos com solado de borracha, óculos de
proteção, capacete e ferramentas em bom estado de conservação.

Por meio de furos, fissuras ou danos em ferramentas, equipamentos e materiais


elétricos, pode ocorrer o vazamento de corrente e provocar um choque elétrico.

200
Eletricista Instalador Predial

Queimaduras

As queimaduras com eletricidade geralmente são provocadas pela passagem de


corrente elétrica por meio dos tecidos cutâneos superficiais ou mais profundos
da pele. Quando a corrente elétrica atinge os tecidos mais profundos da pele,
poderá atingir as terminações nervosas, diminuindo a sensação de dor.

Mas, note que, nem por isso, as queimaduras provocadas por eletricidade são
menos perigosas, pois, mesmo depois de desfeito o contato, ou a descarga elé-
trica no corpo, elas tendem a progredir em profundidade.

As queimaduras provocadas pela eletricidade podem ser classificadas da se-


guinte maneira. Observe!

‡‡ Queimadura por contatos – pelo contato direto da superfície condutora


energizada
‡‡ Queimadura por arco voltaico – é caracterizada por um fluxo de corrente
elétrica por meio do ar, que pode ser provocado por uma conexão ou des-
conexão de dispositivos elétricos ou por um curto circuito.
‡‡ Queimaduras por vapor metálico – pelo derretimento de materiais e con-
dutores, há vapores em expansão de metais derretidos, que podem atingir
pessoas nas proximidades.

Unidade 3 201
Ficou claro até aqui? Podemos ir adiante? Então, aperte os cintos e siga em
frente!

Incêndios

Os incêndios nas instalações elétricas por problemas elétricos são mais comuns
do que se possa imaginar. As estatísticas demonstram que os maiores índices
de danos em edificações estão relacionados direta ou indiretamente às instala-
ções elétricas, no aspecto de má conservação, instalações antigas, e, até mes-
mo, mal dimensionadas ou sobrecarregadas.

Veja um exemplo a seguir.

Figura 112 - Tomadas submetidas à sobrecarga de corrente promovendo elevadas temperaturas

Ficou mais claro agora? A seguir você verá uma figura que mostra uma imagem
termográfica do painel elétrico à direita, fotografado com uma câmera especial
onde a parte amarela demonstra uma temperatura excessiva sobre o disjuntor,
indicando um possível dano na instalação elétrica podendo acarretar até mes-
mo um incêndio. Observe!

202
Eletricista Instalador Predial

<<Inserir ilustra 3.1.5>>

Figura 113 - Exemplos de sobrecargas nos componentes gerados por excesso de temperatura

Mas, note que essa imagem foi feita por uma manutenção mais fina e de maior
complexidade. Contudo, é valido ressaltar que as instalações elétricas podem
apresentar muitos pontos críticos e,por muitas vezes, passam despercebido
como uma conexão elétrica, o que pode gerar um grande problema.

Você deve lembrar também do outro exemplo das consequências do excesso


de temperatura apresentado na aula de Resistividade. A sobrecarga de corrente
nos componentes também pode causar danos mais sérios para uma instalação
elétrica.

Então, todo cuidado é pouco com o aumento de temperatura nos fios da insta-
lação elétrica!

Relembrando

É sempre bom relembrar alguns pontos já estudados, não é mesmo? Nes-


ta aula você aprendeu:

‡‡ Que os principais riscos elétricos em uma instalação elétrica são: cho-


que elétrico, queimaduras e incêndio;
‡‡ A severidade do choque elétrico acontece em função de vários fatores
como: percurso da corrente no corpo humano, tempo de exposição,
tipo da corrente, intensidade da corrente e a resistência do corpo hu-
mano;

Unidade 3 203
‡‡ Que as queimaduras provocadas pela eletricidade são por contato,
arco voltaico e por vapor metálico. Você também aprendeu que os
incêndios nas instalações elétricas são provocados, na sua maior parte,
por superaquecimento dos fios e componentes provocados por exces-
so de carga;
‡‡ A importância de usar os equipamentos de segurança individual, como
luvas, óculos de segurança, calçados isolantes e capacete, bem como
usar as ferramentas em bom estado de conservação.

Colocando em Prática
Chegou o momento de colocar em prática os conhecimentos apreendi-
dos. No final desta unidade realize algumas atividades que preparamos
para você. Faça desse momento uma construção significativa do apren-
dizado.

Aula 2:
Medidas de controle
Ao final desta aula você estará apto a:

‡‡ Conhecer as principais medidas de controle dos riscos em eletricidade;


‡‡ Compreender os procedimentos de desenergização de um circuito elétrico
segundo a norma de segurança NR-10;
‡‡ Conhecer algumas instruções básicas para primeiros socorros em acidentes
com eletricidade.

204
Eletricista Instalador Predial

Você já conheceu sobre os principais riscos elétricos, choque, queimaduras e


incêndios, não é mesmo? Já conheceu as causas dos incêndios e os principais
equipamentos de proteção individual do eletricista. Agora, o convite é para
aprender a controlar e minimizar esses riscos. Então, inicie com dedicação e
comprometimento, bons estudos!

Medidas de Controle dos Riscos Elétricos


‡‡ Desenergização

São muitas as medidas de controle dos riscos elétricos promovidos pela


norma regulamentadora do ministério do trabalho, conhecida pelo número
de NR-10. E segundo esta lei do ministério do trabalho, desenergizar um
circuito elétrico, para promover qualquer tipo de manutenção elétrica, não é
simplesmente desligar a chave parcial ou geral da instalação elétrica.

A desenergização é um conjunto de
ações coordenadas, sequenciadas e con-
troladas, destinadas a garantir a efetiva
ausência de tensão no circuito, trecho
ou ponto de trabalho, enquanto perdu-
rar a manutenção elétrica.

Resumidamente é possível dizer que a dezenergização é a adoção de um con-


junto de procedimento. Observe a figura seguinte:

Unidade 3 205
1 – Bloqueio e etiquetagem
2 – Equipamento em manutenção
3 – Aterramentos provisórios
4 – Detector de tensão

Figura 114 - processo de desenergização para procedimentos de manutenção

Conheça agora mais algumas definições importantes!

‡‡ Seccionar: significa abrir a chave ou o disjuntor do circuito;


‡‡ Bloquear: fixar uma etiqueta, trava ou cadeado;
‡‡ Testar: verificar a ausência de tensão com um voltímetro ou detector de
tensão;
‡‡ Aterrar: prever o escoamento para terra de possíveis correntes com acessó-
rios de aterramento nos dois extremos da manutenção;
‡‡ Isolar: definir um distanciamento das proximidades do ponto de manuten-
ção;
‡‡ Sinalizar: avisar, por meio de cartões, placas ou etiquetas de sinalização,
sobre o travamento.

Atenção

Vale ressaltar a você, futuro eletricista predial, que outras medidas de


controle são também importantes, com o intuito de minimizar e controlar
os riscos elétricos. Contudo, os procedimentos de desenergização dos
circuitos, nos momentos de manutenção, neste primeiro momento inicial
de seu ofício como eletricista predial, serão muito úteis.

Mas e quanto a sua segurança? Esse é um assunto muito importante, e para


isso, você verá a seguir algumas dicas de segurança em suas práticas profissio-
nais. Vamos lá?

206
Eletricista Instalador Predial

Dicas para sua segurança


1 Evite fazer manutenção em qualquer equipamento elétrico quando este esti-
ver ligado à tomada;
2 Não instale ou troque lâmpadas ou luminárias no teto sem estar amparado e
o disjuntor desligado;
3 Use sempre seus equipamentos de proteção individual (EPI’s), calçados de
segurança luvas, óculos e capacete;
4 Em caso de incêndio nunca use extintor de água. Use os de CO2 ou pó químico;
5 Em caso de acidente com eletricidade, mantenha a tranquilidade e aja rápi-
do. Em caso de uma parada cardíaca por um choque elétrico, os três primei-
ros minutos após o choque são vitais para o acidentado.
6 Antes de qualquer coisa, observe se a rede elétrica está desenergizada. Se
não houver a possibilidade de desligá-la imediatamente, se utilize de qual-
quer material isolante para afastar o acidentado da parte eletrificada.
7 Se o acidentado estiver inconsciente, verifique seu batimento cardíaco e se
suas pupilas estão dilatadas. Caso isso ocorra, você deverá, imediatamente,
iniciar a respiração artificial boca a boca e a massagem cardíaca.

Pergunta
E o que fazer em caso de acidentes?

Essa é uma boa pergunta! Observe a figura seguinte com os procedimentos


básicos.

<<Inserir ilustra 3.2.2>>

Figura 115 - Procedimentos básicos em caso de acidentes.

Unidade 3 207
Procedimentos: respiração boca a boca
1 Deite a vítima de costas e incline sua cabeça para trás;
2 Remova dentaduras, ou qualquer outro corpo estranho da boca da vítima;
3 Feche as narinas da vítima. Coloque sua boca a boca da vitima e sopre até o
peito da vítima se encher;
4 Libere a boca da vítima deixando o ar sair livremente. Repita as operações
13 a 16 vezes por minuto enquanto o socorro de paramédicos não chegar.

Além da respiração boca a boca, você deve estar preparado para realizar uma
massagem cardíaca. Vamos aprender juntos!

Procedimentos: massagem cardíaca


1 Coloque a vítima deitada de costas sobre uma superfície plana e rígida;
2 Coloque as mãos (somente a parte próxima ao punho) uma sobre a outra
com os dedos entrelaçados, na cavidade da parte média do osso externo;
3 Faça pressão com vigor, mantendo os braços esticados e usando o peso
do próprio corpo para pressionar. Isso deve ser feito com um ritmo de 100
vezes por minuto.
4 Se você estiver sozinho ou acompanhado e tiver que fazer a respiração e
compressão ao mesmo tempo, para cada 30 compressões, faça duas res-
pirações. Repita o processo a cada cinco ciclos (ou 2 minutos), para fazer a
checagem de pulso.

Figura 116 - Respiração boca a boca e massagem cardíaca

208
Eletricista Instalador Predial

Relembrando

Nesta aula você aprendeu como adotar as medidas de controle, no senti-


do de minimizar os riscos elétricos na interação com as instalações elé-
tricas. Além disso, aprendeu que a norma de segurança NR10 estabelece
requisitos para considerar um circuito plenamente desenergizado. Para
isso, o eletricista deverá:

‡‡ Seccionar: significa abrir a chave ou o disjuntor do circuito;


‡‡ Bloquear: fixar uma etiqueta trava ou cadeado;
‡‡ Testar: verificar a ausência de tensão com um voltímetro ou detector
de tensão;
‡‡ Aterrar: prever o escoamento para terra de possíveis correntes com
acessórios de aterramento nos dois extremos da manutenção;
‡‡ Isolar: definir um distanciamento das proximidades do ponto de ma-
nutenção;
‡‡ Sinalizar: avisar por meio de cartões, placas ou etiquetas de sinaliza-
ção do travamento.

Você também conheceu algumas dicas de segurança e viu como proceder


quando se deparar com algum tipo de acidente elétrico.

Finalizando

Parabéns! Você conseguiu vencer todas as etapas da unidade 3. Agora


você está preparado para enfrentar novos desafios, pois a base está
pronta. Construí-la com determinação será a garantia para seu sucesso
no decorrer do curso.

Colocando em Prática

Chegou o momento de colocar em prática os conhecimentos apreendi-


dos. No final desta unidade realize algumas atividades que preparamos
para você. Faça desse momento uma construção significativa do apren-
dizado.

Unidade 3 209
Eletricista Instalador Predial

Colocando em prática

1 Quais são os principais riscos encontrados por quem trabalha ou inte-


rage com a eletricidade?

2 É preciso evitar que qualquer parte do corpo entre em contato com a


parte energizada da instalação elétrica, pois, assim será possível se pro-
teger de um choque elétrico. Levando em consideração o fato de que
qualquer vazamento de corrente pode provocar um choque elétrico,
cite os cuidados necessários ao trabalhar com eletricidade.

3 Associe os itens a seguir com o tipo de queimadura possível em eletri-


cidade, escrevendo nos espaços próprios: queimadura por contatos,
por arco voltaico e por vapor metálico.

Unidade 3 211
a) R:

b) Derretimento de materiais condutores.

R:

c) uma conexão ou desconexão de dispositivos elétricos ou por um


curto circuito.

R:

4 Os índices de incêndios em edificações estão relacionados, direta ou


indiretamente, às instalações elétricas, no aspecto de má conservação,
antigas construções e, até mesmo, mal dimensionadas ou sobrecarre-
gadas. As figuras abaixo sugerem riscos de incêndio? O que ocorre com
a temperatura nas conexões, condutores e dispositivos apresentados e
como fazer para evitar tais situações?

212
Eletricista Instalador Predial

Unidade 3 213
Aula 2

1 Qual é a norma que promove as medidas de controle dos riscos elétri-


cos?

2 Conforme a norma NR-10, a desenergização de um circuito é um con-


junto de ações coordenadas, sequenciadas e controladas, destinadas
a garantir a efetiva ausência de tensão no circuito, trecho ou ponto de
trabalho, enquanto perdurar a manutenção elétrica. Explique com suas
palavras o procedimento de desenergização, representado na figura
que você verá a seguir.

214
Eletricista Instalador Predial

3 Cite algumas dicas de segurança sugeridas nesta aula para o trabalho


com eletricidade.

4 Para você, futuro profissional de eletricidade, é importante um treina-


mento de primeiros socorros?

Unidade 3 215
4
Tecnologias
e práticas
profissionais

Aulas
Acompanhe nesta unidade o estudo das aulas
seguintes:

Aula 1: Ferramentas para eletricista predial

Aula 2: Operações básicas - emendas

Aula 3: Operações básicas - conexões

Aula 4: Operações básicas - soldagem de emen-


das elétricas

Aula 5: Operações básicas - isolação de emen-


das e conexões

Aula 6: Operações básicas - corte / rosca / cur-


vamento de eletrodutos

Aula 7: Instalação de circuitos internos: interrup-


tores, tomada e lâmpadas incandescentes

Aula 8: Instalação de circuitos internos: interrup-


tores paralelos (three way) e intermediários (four
way) e lâmpadas incandescentes

Aula 9: Instalação de circuitos internos: inter-


ruptores bipolares, tomadas 2P+T e luminária
fluorescente

Aula 10: Instalação de circuitos internos: relés


fotoelétricos e sensores de presença para acio-
namento de iluminação incandescentes e vapor

Aula 11: Instalação de circuitos internos: venti-


lador de teto residencial e controle eletroeletrô-
nico

217
Aula 12: Conhecendo as instalações elétricas: origem das instalações
elétricas prediais

Aula 13: Conhecimento das instalações elétricas: por dentro das instala-
ções elétricas prediais

Aula 14: Conhecendo as instalações elétricas: aterramento das instala-


ções elétricas prediais

Aula 15: Conhecendo as instalações elétricas: rede de eletrodutos PVC


nas instalações elétricas prediais

Para Iniciar
Agora que você já teve a oportunidade de construir o alicerce de sua
formação profissional, que conheceu os fundamentos de eletricidade
necessários para interagir e manipular as instalações elétricas prediais,
a partir desta unidade, iniciará as ações práticas da profissão. Nessas
atividades, você aprenderá uma série de informações tecnológicas, as
operações básicas feitas pelo eletricista predial, utilizando-se de ferra-
mentas e utensílios apropriados. Também realizará tarefas essenciais às
práticas profissionais de eletricista instalador predial.

O objetivo aqui é que você tenha subsídios para executar, de maneira


correta, as instalações elétricas, sempre dentro dos padrões estabeleci-
dos pelas normas de segurança e pelas normas técnicas de execução.

218
Eletricista Instalador Predial

Aula 1:
Ferramentas para
eletricista predial
Ao final desta aula, você estará apto a:

‡‡ Reconhecer as principais ferramentas utilizadas pelo eletricista predial;


‡‡ Identificar uma ferramenta de boa qualidade;
‡‡ Conhecer os cuidados quanto à conservação das ferramentas;
‡‡ Conhecer os procedimentos segurança no manuseio de ferramentas manu-
ais e elétricas de uso do eletricista predial.

As ferramentas constituem instrumentos de fundamental importância nas ati-


vidades do eletricista predial. Para tanto, saber usá-las adequadamente, utili-
zando a ferramenta correta para cada tipo de serviço, bem como cuidar da sua
conservação e saber dimensionar e identificar uma ferramenta de boa qualida-
de, revela o bom profissional da área elétrica.

A partir de agora você saberá quais são as ferramentas essenciais para o exercí-
cio de sua futura atividade profissional. Vamos começar pelo aspecto de con-
servação de suas ferramentas? Acompanhe com bastante atenção!

Unidade 4 219
Conservação das ferramentas e instrumentos
‡‡ Disponha e acondicione as ferramentas em local apropriado: malas, caixas
ou armários;

Figura 117 - Mala, caixa, armário de ferramentas

‡‡ Procure protegê-las de oxidação, pó, umidade vibrações e quedas;


‡‡ Lubrifique-as corretamente antes de acondicioná-las em local apropriado;
‡‡ Inspecioneas ferramentas, verificando a existência de rachaduras no isola-
mento periodicamente.

Atenção
Observe que esses são os principais aspectos para manter as ferramentas
em boas condições de uso, garantindo sua segurança e durabilidade.

Ferramentas de uso do eletricista predial


‡‡ Alicate universal: Utilizado para dobrar, cortar, pegar e segurar peças. Não
se deve utilizá-lo em movimentos de giros sobre a cabeça sextavada de
parafusos sob pena de danificar. O alicate universal, para uso em instala-
ções elétricas, deverá ter na sua parte isolante a inscrição do valor da tensão
1000V, de acordo com a norma de segurança nas instalações e serviços em
eletricidade atual (NR 10).

Figura 118 - Alicate universal

220
Eletricista Instalador Predial

‡‡ Alicate de corte diagonal ou lateral: Muito utilizado pelo eletricista para


corte de fios e cabos, pois proporciona um corte preciso, seguro e rápido.
Também, em instalações elétricas, deve sempre se utilizar com isolação para
1000V, de acordo com a norma de segurança nas instalações e serviços em
eletricidade atual (NR 10).

Figura 119 - Alicate de corte diagonal

‡‡ Alicate de bico redondo ou cônico: Utilizado pelo eletricista para moldar


fios rígidos em forma de olhal em vários diâmetros. Devido ao formato de
seu bico, proporciona um ótimo acabamento nesta operação.

Figura 120 - Alicate de bico redondo

‡‡ Alicates de bico meia cana: Utilizados para segurar e guiar peças a serem
soldadas, aparafusadas ou conectadas e também para dobrar, torcer ou
destorcer condutores, linguetas, suportes e outros. Para uso em instalações
elétricas, a sua isolação será sempre para 1000V, de acordo com a norma de
segurança nas instalações e serviços em eletricidade atual (NR 10).

Figura 121 - Alicate de bico meia cana reto e meia cana curvo

Unidade 4 221
‡‡ Alicatesdecapadores de fios e cabos: São utilizados pelos eletricistas para
remover a isolação de fios e cabos sem danificar o núcleo, podendo ser em
inúmeras variações de formato e técnicas de decapagem.

Figura 122 - Alicates decapadores

‡‡ Alicate prensa terminal manual: Utilizado para fazer a compressão de


terminais em cabos, existindo outros modelos para prensagens de terminais
pré-isolados, com e sem catraca.

Figura 123 - Alicates de compressão de terminais pré-isolados

‡‡ Chave de fenda: Utilizada para apertar e desapertar parafusos com fenda.


Alguns cuidados são importantes quanto ao uso das chaves de fenda. Conheça
cada um deles:

‡‡ Verificar
as condições da chave que você vai usar. Ela não deverá apre-
sentar deformações ou algum outro tipo de dano na sua ponta;

222
Eletricista Instalador Predial

Figura 124 - Chave de fenda para eletricista com haste isolada

‡‡ Não usá-la como alavanca ou talhadeira;


‡‡ O tamanho da chave é diretamente proporcional ao esforço de torção
que você deverá fazer.

Perceba que a ponta da chave de fenda deverá se encaixar perfeitamente na


fenda do parafuso, sob risco de danificar a ponta da chave ou a fenda do para-
fuso. Confira a seguir algumas ilustrações de uso da chave de fenda.

1 Formato de ponta ideal


2 Formato de ponta danificada
3 Fenda maior que a fenda do parafuso
4 Encaixe ideal
5 Tamanho de ponta adequada à fenda do parafuso
6 Encaixe de maneira incorreta

Unidade 4 223
‡‡ Chave de fenda tipo Philips: Utilizada para apertar e desapertar parafusos
com fenda tipo Philips.

Figura 125 - Chave de fenda Philips para eletricista com haste isolada

‡‡ Arco de serra ou serra para metais: é utilizado para suportar uma ferra-
menta cortante chamada lâmina de serra em corte, feita geralmente de aço
rápido com um dos lados dentados e com trava. O conjunto é utilizado para
corte de peças de metal.

Figura 126 - Arco de serra


Fonte: Cavalin e Cervelin (2008)

Atenção

No procedimento de corte de matérias, você deverá encaixar a lâmina


de serra com os dentes da lâmina sempre voltados para frente. Isso
direcionará corretamente seus dentes, facilitando o corte no movimento
de empurrar o arco de serra. É importante, também, manter sempre bem
tensionada a lâmina de serra, para que não se quebre no momento do
corte.

‡‡ Tarraxas:Ferramenta muito utilizada pelo eletricista para abrir roscas nas


pontas de eletrodutos de PVC (plástico) ou metal.

224
Eletricista Instalador Predial

‡‡ Tarraxa universal para PVC: permite a confecção de roscas em eletrodutos


de PVC (plástico) de vários diâmetros. Faz parte do conjunto: guias, cossine-
tes e porta cossinete.

Figura 127 - Tarraxa para fazer rosca em eletroduto pvc

‡‡ Tarraxa universal com catraca para metal: permite a confecção de roscas


em eletrodutos metálicos em vários diâmetros, também fazendo parte do
conjunto: guias, cossinetes e porta cossinetes.

Figura 128 - Tarraxa para fazer rosca em eletrodutos metálicos

‡‡ Tarraxa simples: de baixo custo, permitindo apenas a confecção de roscas


em eletrodutos de PVC em diâmetros individuais.

Figura 129 - Tarraxa para fazer rosca em eletroduto PVC tipo caximbo

Unidade 4 225
‡‡ Canivete de eletricista: É utilizado para executar a remoção da capa iso-
lante de fios e cabos, raspar suportes, terminais ou condutores e remover
crostas de oxidação que recobre os materiais condutores. Na ausência de
um alicate decapador, poderá ser utilizado nas atividades de manutenção e
instalações elétricas prediais.

Figura 130 - Canivete para eletricista

Atenção

Ao manusear o canivete, fique atento quanto ao uso da lâmina para não


se ferir.

‡‡ Furadeira e parafusadeira elétricas portáteis: furadeiras são máquinas


ferramentas utilizadas para abrir furos cilíndricos com o uso de brocas. E
parafusadeiras, utilizadas para apertar ou afrouxar parafusos.

Figura 131 - Máquina de furar portátil e furadeira e aparafusadeira a bateria

226
Eletricista Instalador Predial

As furadeiras, geralmente, vêm equipadas com dois modos


de trabalho para furação de superfícies: superfície de ferro,
madeira e sólidos sintéticos (modo de furação normal) e
superfície de concreto ou alvenaria (modo de impacto ou
martelete). Isso garantirá mais eficiência e um trabalho
correto.

‡‡ Soprador térmico: É um utensílio para o eletricista predial, utilizado em


aplicações diversas como: moldar eletrodutos de PVC, confeccionar curvas
nas formas não encontradas no comércio, isolação termo contrateis e outras.
‡‡ Ferro de solda: Utilizado pelos eletricistas prediais para confecção de sol-
dagens das emendas e conexões elétricas. O objetivo é garantir um bom
contato elétrico e melhoria da condição mecânica das emendas, o importan-
te é saber usá-lo corretamente para adequadamente para obter um serviço
perfeito.

Você deve estar atento ao porte da emenda ou conexão a ser soldada: para
emendas pequenas com condutores finos, use um ferro de soldar com menor
potência. Para emendas ou conexões grandes com condutores mais grossos,
use um ferro de soldar de maior potência. Quanto maior for a potência elétrica
do ferro de soldar, maior será a sua dissipação de calor.

Veja os dois modelos a seguir.

Figura 132 - Ferro de solda ponteiro e machadinho

Unidade 4 227
‡‡ Brocas: São ferramentas utilizadas para abrir furos circulares em peças maci-
ças, quer seja metal ou materiais sólidos sintéticos.

Figura 133 - Broca helicoidal de aço rápido para metais e alvenaria e concreto, respectivamente

‡‡ Trena e Metro articulado: Instrumento de uso do eletricista para medidas


diversas. Posicionamento de caixas (interruptores, tomadas, quadros e ou-
tros) dos eletrodutos e outras partes da instalação.

Figura 134 - Trena de cinco metros e metro articulado

‡‡ Fios para enfiação de condutores: Muito utilizados pelo eletricista predial


para os procedimentos de enfiação de fios e cabos dentro dos eletrodutos
entre duas caixas. Também conhecidas como passa fios, sondas ou guias. Va-
mos conhecê-los juntos? Então observe com atenção!

Figura 135 - Broca helicoidal de aço rápido para metais e alvenaria e concreto respectivamente

228
Eletricista Instalador Predial

‡‡ Chave de teste neon e testadores de tensão: Comumente conhecida como


chave de teste, é muito utilizada pelo eletricista para identificar a fase ou
fases em um circuito energizado. E testadores de tensão sem contato são
utilizados para verificar a presença de tensão nos circuitos de baixa tensão.

Figura 136 - Broca helicoidal de aço rápido para metais e alvenaria e concreto respectivamente

Relembrando

Nesta aula, você conheceu um pouco sobre as principais ferramentas de


uso individual do eletricista predial. Aprendeu os principais aspectos para
manter as ferramentas em boas condições de uso, garantindo sua segu-
rança e durabilidade. Também verificou os principais tipos de alicates,
suas diferenças e aplicações, além de conferir os procedimentos corretos
no uso de chaves de fendas e ferramentas cortantes.
Viu as ferramentas elétricas portáteis, furadeiras, aparafusadeiras e sopra-
dores térmicos.
Aprendeu ainda sobre os acessórios e utensílios utilizados para auxiliar
nos serviços do eletricista predial, como cossinetes, tarraxas, sondas guias,
trena e metro articulado, e instrumento de detecção de tensão nas insta-
lações elétricas.
Nas aulas seguintes você terá a oportunidade de colocar em prática o uso
das ferramentas. Conhecerá as operações básicas que o eletricista faz no
seu dia a dia. Siga em frente com muita disposição.
Bons estudos!

Unidade 4 229
Colocando em prática
Chegou o momento de colocar em prática os conhecimentos apreendi-
dos. No final desta unidade realize algumas atividades que preparamos
para você. Faça desse momento uma construção significativa do apren-
dizado.

Aula 2:
Operações básicas:
emendas
Ao final desta aula, você estará apto a:

‡‡ Reconhecer os principais tipos de emendas de condutores elétricos de uma


instalação elétrica predial;
‡‡ Desenvolver corretamente emenda de condutores elétricos, dentro dos pa-
drões técnicos de execução e segurança.

Olá! Que tal relembrar o que você aprendeu na primeira aula deste módulo?
Você conheceu várias ferramentas utilizadas pelo eletricista predial, além de ter
visto quais as principais ferramentas utilizadas por este profissional, os cuida-
dos quanto à conservação das ferramentas, os procedimentos de segurança no
manuseio de ferramentas manuais e elétricas, de uso do eletricista predial, bem
como a identificar uma ferramenta de boa qualidade.

Agora, você aprenderá algumas operações básicas, executadas por estes pro-
fissionais em seu dia a dia, na execução e manutenção das instalações elétricas
prediais. Estas operações básicas são: emendar condutores, isolar, e fazer cone-
xões, cortar, dobrar e fazer roscas em eletrodutos de PVC. São operações que,
apesar de simples, fazem grande diferença nas instalações elétricas prediais.
Lembre-se que uma emenda bem feita permite a passagem da corrente elétrica
sem perdas de energia (por efeito Joule), além de garantir uma boa proteção e
suportabilidade mecânica.

Podemos iniciar? Então reúna atenção e força de vontade e siga em frente!

230
Eletricista Instalador Predial

Emenda de condutores em prosseguimento


Consiste em unir condutores para fazer o prolongamento de linhas abertas, ou
dentro de caixas de derivação e passagens.

Para emendar condutores em prosseguimento você deverá seguir os seguintes


passos. Acompanhe!

Primeiro Caso: substituindo a emenda

Em linhas abertas:

1º passo: desencape as pontas dos condutores.

Precaução: cuidado para não se ferir com o canivete!

Observação: as medidas aproximadas acima poderão variar de acordo as bitolas


dos condutores.

Atenção

Remova o isolante do condutor, aproximadamente 50 vezes o seu


diâmetro (d).

A seguir, você verá uma tabela com os diâmetros (d) nominais dos condutores
rígidos e flexíveis. Observe!

Unidade 4 231
Seção Nominal Diâmetro Nominal do Diâmetro Nominal do
Condutor Rígido d Condutor Flexível d
(mm2) (mm) (mm)
0,5 0,78 0,87
0,75 0,95 1,05
1,0 1,11 1,25
1,5 1,36 1,50
2,5 1,74 1,95
4,0 2,20 2,50
6,0 2,70 3,05
10,0 3,50 4,00
16,0 4,41 5,70

Tabela 3 - Seções nominais dos condutores rígidos e flexíveis


Fonte: Cavalin e Cervelin (2008, p. 264)

2º passo: raspe os condutores desencapados.

3º passo: Coloque os condutores já desencapados, paralelamente, e prenda-os


com um alicate universal.

232
Eletricista Instalador Predial

4ºpasso: efetue a emenda.

Passe o alicate para a mão direita, levante e enrole a ponta do outro condutor.

Corte as pontas dos condutores que tiverem em excesso.

De o aperto nas espiras.

De o aperto final nas espiras com dois alicates universais para alinhar a emenda.

Observe a seguir a emenda já finalizada!

Unidade 4 233
Ficou claro até aqui? Vamos conhecer um segundo caso para realizar uma
emenda? Esta será uma emenda de prosseguimento dentro de caixas de deriva-
ção ou passagens. Prossiga para saber mais!

Segundo Caso: emendar condutores em prosseguimento.

Você deverá seguir os passos seguintes:

1º passo: desencape as pontas dos condutores, aproximadamente 30 vezes o


diâmetro (d), e coloque-os já desencapados, paralelamente.

Figura 137 - procedimentos de decapagem de condutores em derivação


Fonte: Cavalin e Cervelin (2008, p. 272)

2º passo: cruze os condutores segurando com um alicate universal, fazendo


com que formem um ângulo de aproximadamente 120º e inicie as primeiras
voltas (espiras) com os dedos da outra mão.

Figura 138 - Procedimento de emenda de condutores em derivação


Fonte: Cavalin e Cervelin (2008, p. 272)

234
Eletricista Instalador Predial

3º passo: complete a torção da emenda com auxílio de outro alicate universal.

Figura 139 - Procedimento de finalização da emenda de condutores em derivação


Fonte: Cavalin e Cervelin (2008, p. 272)

4º passo: termine a emenda, fazendo o seu travamento dobrando a sua ponta,


caso você não vá fazer o processo de soldagem da emenda.

Figura 140 - Procedimento de acabamento da emenda de condutores em derivação


Fonte: Cavalin e Cervelin (2008, p. 272)

Emenda de condutores em derivação


Consiste em unir o extremo de um condutor (ramal), numa região intermediária
(rede), para interligar em uma rede elétrica.

Para emendar condutores em derivação, você deverá seguir os seguintes pas-


sos. Acompanhe!

Unidade 4 235
1º passo: desencape os condutores

Atenção
Cuidado para não se ferir com o canivete.

Nesse caso, remova o isolante do condutor, aproximadamente 50 vezes o seu


diâmetro (d), conforme visto na tabela anterior. Lembre-se de que deve ser pri-
meiro a ponta do condutor a ser derivado.

2º passo: desencape o outro condutor na região onde se efetuará a emenda.

Atenção
Verifique se a rede elétrica esta desligada.

236
Eletricista Instalador Predial

Você também deve remover o isolante do condutor, aproximadamente 12 vezes


o seu diâmetro (d), conforme visto na tabela anterior. Limpe os condutores.

3º passo: enrole o extremo do condutor a ser derivado, sobre o condutor prin-


cipal.

Dobre o condutor.

Cruze o condutor a ser derivado sobre o condutor principal.

Unidade 4 237
Enrole o condutor derivação sobre o condutor principal.

Corte a sobra de condutor.

Dê o aperto final.

238
Eletricista Instalador Predial

Aqui você observa a emenda já pronta.

Condutor principal

Condutor derivado

Relembrando

Nesta aula você teve a oportunidade de conhecer quais a principais


emendas de condutores de baixa tensão para as instalações elétricas
prediais. Assim, você viu como executar as emendas de prosseguimento e
derivação, utilizando o passo a passo de procedimentos e técnicas na exe-
cução destas operações básicas do dia a dia dos eletricistas. Na próxima
aula você verá as operações de conexões elétricas, até lá!

Colocando em prática
Chegou o momento de colocar em prática os conhecimentos apreendi-
dos. No final desta unidade realize algumas atividades que preparamos
para você. Faça desse momento uma construção significativa do apren-
dizado.

Unidade 4 239
Aula 3:
Operações básicas:
conexões
Ao final desta aula você estará apto a:

‡‡ Reconhecer os principais tipos de conexões de condutores elétricos de uma


instalação elétrica predial;
‡‡ Conheceros principais elementos responsáveis pelas conexões elétricas
numa instalação elétrica;
‡‡ Desenvolvercorretamente as conexões de condutores elétricos, dentro dos
padrões técnicos de execução e segurança.

Na aula anterior você aprendeu os principais tipos de emendas de condutores


elétricos de uma instalação elétrica predial. Também viu como executar corre-
tamente uma emenda de condutores elétricos, dentro dos padrões técnicos de
execução e segurança na prática profissional.

A partir de agora, você aprenderá as principais formas de conexões feitas pelos


eletricistas com condutores rígidos e flexíveis nos componente elétricos, como
interruptores, tomadas, plugues, dispositivos de controle, barramentos de qua-
dros, emendas e conexões bem feitas, que garantirão um bom contado elétrico
e, consequentemente, menos perdas de energia.

Olhais
São utilizados quando é necessário conectar condutores rígidos diretamente
nos bornes dos componentes. Para confeccionar olhais em condutores rígidos,
você deverá seguir os seguintes passos. Vamos aprender juntos!

240
Eletricista Instalador Predial

1º passo: faça o olhal no extremo do condutor rígido.

Desencape e limpe o extremo do condutor a conectar, num comprimento apro-


ximado de 5 vezes o diâmetro (d) do parafuso.

Coloque a ponta do condutor entre as manipulas do alicate de bico redondo no


ponto em que estas têm, aproximadamente, o diâmetro do parafuso.

Inicie a curva dando um giro no alicate até que a ponta do condutor complete
a circunferência.

Torça o olhal com a parte mais fina da ponta do alicate, no sentido contrário,
até que o eixo do condutor coincida com o centro do olhal.

Unidade 4 241
2º passo: conectar o olhal no componente.

Ao conectar o olhal ao parafuso, este deve sempre acompanhar o sentido de


aperto do parafuso, para que o mesmo não abra no momento do aperto.

Conexões
São utilizadas para proporcionar a continuidade elétrica dos condutores nas
instalações elétricas.

Como você pode observar na figura anterior, o conjunto de bornes conectores é


formado por uma base plástica, porcelana ou outro material isolante o qual,por
dentro, se alojam os contatos.

Para conectar condutores rígidos ou flexíveis, em barras conectoras você deverá


seguir os seguintes passos.

242
Eletricista Instalador Predial

1º passo: prepare a ponta do condutor.

Marque no isolamento do condutor um comprimento igual ao da metade da


barra conectora.

Desencape o condutor a partir da marcação feita com auxílio de um canivete ou


alicate desencapador.

2º passo: conecte o condutor.

Solte os parafusos da barra conectora.

Unidade 4 243
Enfie os condutores desencapados nos bornes da base.

Aperte os parafusos, dando pressão suficiente para prender os condutores.

Conectores bimetálicos

São utilizados para fazer conexões elétricas entre dois metais diferentes. Como
exemplo, temos o cobre e o alumínio.

Em instalações elétricas abertas ou aéreas, o contato destes dois metais com


o ar, ou quando submetidos a variações de temperatura e umidade, provocam
uma ddp entre eles, dando origem à corrosão galvânica.

244
Eletricista Instalador Predial

Figura 141 - Conector do tipo parafuso fendido bimetálico


Fonte: Cavalin e Cervelin (2008, p. 272)

Pergunta

E como evitar a corrosão galvânica?

Para evitar essa corrosão galvânica, é possível utilizar alguns procedimentos.


Veja!

‡‡ Estanhar a parte do cobre conectado ao alumínio;


‡‡ Usarum inibidor metálico (geralmente, bronze estanhado), para impedir a
formação película de oxidação que é formada pelo alumínio;
‡‡ Isolara conexão com fita de alta fusão e fita isolante, para evitar a penetra-
ção de poeira e umidade.

Conexões elétricas por conectores


Estes podem ser encontrados das mais variadas formas e tamanhos, sendo des-
tinados aos diversos tipos de serviços.

Vejamos alguns exemplos a seguir:

Unidade 4 245
Conectores rápidos de torção isolados

Figura 142 - Conector rápido de torção


Fonte: Cavalin e Cervelin (2008, p. 272)

Figura 143 - Terminais e conectores usados em instalações elétricas

Relembrando

Muito bem! Você conseguiu concluir mais uma aula com sucesso. Vamos
relembrar o que foi estudado? Observe o que você aprendeu:
‡‡ Os principais tipos de conexões de condutores elétricos de uma instalação
elétrica predial;
‡‡ Os principais elementos responsáveis pelas conexões elétricas numa insta-
lação elétrica;
‡‡ A executar corretamente as conexões de condutores elétricos, como olhais,
barras conectoras, conectores bimetálicos e conectores de torção, dentro
dos padrões técnicos de execução e segurança.

Na próxima aula, você aprenderá como soldar emendas de condutores.


Siga em frente!

246
Eletricista Instalador Predial

Colocando em prática
Chegou o momento de colocar em prática os conhecimentos apreendi-
dos. No final desta unidade realize algumas atividades que preparamos
para você. Faça desse momento uma construção significativa do apren-
dizado.

Aula 4:
Operações básicas:
soldagem de emendas
elétricas
Ao final desta aula, você estará apto a:

‡‡ Reconhecer
materiais, ferramentas e utensílios para o processo de soldagem
de emendas de prosseguimento e derivação das instalações elétricas;
‡‡ Seguiro passo a passo e os procedimentos para a execução da operação de
soldagem de condutores de baixa tensão nas emendas de prosseguimento
de derivação.

Pronto para iniciar uma nova etapa de estudos? Nesta aula você aprenderá a
operação soldagem de emendas elétricas, que consiste em soldar as emendas
de prosseguimentos e derivação das instalações elétricas. O objetivo é melhorar
a condutibilidade elétrica, evitar a oxidação e aumentar a resistência a esforços
mecânicos dos condutores.

Pergunta

Você sabe o que é solda?

Unidade 4 247
Solda é uma mistura de dois materiais diferentes (liga), na proporção de 33%
chumbo e 67% estanho, proporção ideal para se fundir a 170ºC.

Figura 144 - Solda para emendas e conexões em eletroeletrônica

Para efetuar o processo de soldagem de emendas elétricas, você deverá tomar


alguns cuidados e seguir alguns passos, a fim de executar com perfeição e se-
gurança essa operação. Conheça os passos para o processo:

1º passo: Prepare o ferro de solda.

Limpe a ponta ferro de solda com uma escova de aço e ligue o soldador elétri-
co;

Deixe-o aquecer bem e espalhe sobre a ponta a liga de estanho, limpando rapi-
damente;

248
Eletricista Instalador Predial

Com uma estopa umedecida em água e pronta, o ferro de solda já está limpo e
estanhado.

Atenção

Esse processo deve ser refeito periodicamente, a fim de preservar as


pontas dos ferros de solda elétricos. Pois, são de cobre e com o calor ela
vai se degradando. E lembre-se: cuidado para não se queimar com ferro
de solda.

2º passo: solde a emenda.

Unidade 4 249
‡‡ Coloque o soldador em contado com a emenda;
‡‡ Verifique o ponto de aquecimento em que a liga de estanho derreta sobre a
emenda.
‡‡ Espalhe por toda a superfície da emenda preenchendo todas as cavidades;
‡‡ Elimineo excesso de liga estanho com o ferro de solda mantendo a solda
uniforme;
‡‡ Retireo ferro de solda e limpe-a após o seu resfriamento, caso use pasta de
solda com uma estopa.

Figura 145 - Pastas para solda para emendas e conexões em eletroeletrônica

Pergunta

E você sabe em que é utilizada a pasta para solda?

A pasta para solda é utilizada no processo de soldagem, para evitar a oxidação


das partes e aumentar a fluidez da solda nos condutores durante o processo.

Relembrando

Puxa, quanto aprendizado, não é mesmo? Nessa aula você aprendeu que
é importante soldar as emendas dos condutores elétricos para garantir
uma boa condutibilidade elétrica, bem como evitar a oxidação e aumentar
a resistência a esforços mecânicos dos condutores. Também aprendeu a
usar os materiais e ferramentas apropriadas para executar esta operação.
Prepare-se para a próxima aula onde você conhecerá a isolação de condu-
tores e os materiais para isolação dos condutores. Até lá!

250
Eletricista Instalador Predial

Colocando em prática
Chegou o momento de colocar em prática os conhecimentos apreendi-
dos. No final desta unidade realize algumas atividades que preparamos
para você. Faça desse momento uma construção significativa do apren-
dizado.

Aula 5:
Operações básicas:
isolação de emendas e
conexões
Ao final desta aula você estará apto a:

‡‡ Reconhecer os tipos materiais para isolamento dos condutores em uma ins-


talação elétrica predial;
‡‡ Executarcorretamente os processos de isolação de fios, cabos e conexões
das instalações elétricas.

Que tal relembrar um pouco o aprendizado da aula anterior? Você aprendeu:

‡‡ Sobre
materiais, ferramentas e utensílios para o processo de soldagem de
emendas de prosseguimento e derivação das instalações elétricas;
‡‡ Aseguir o passo a passo e procedimentos na execução da operação de sol-
dagem de condutores de baixa tensão nas emendas de prosseguimento de
derivação.

Nesta aula você aprenderá o processo de isolamento de emendas e conexões


de baixa tensão. Utilizando-se de materiais isolantes, com o objetivo de re-
compor o isolamento perdido do condutor no momento da execução de uma
emenda ou uma conexão elétrica.

Unidade 4 251
Alguns tipos de isolantes podem ser encontrados no mercado. Você sabe quais
são? São as fitas isolantes: auto-fusão e plásticas, isolante termo contrátil e
isolante líquido.

Figura 146 - Fitas isolantes para isolação de condutores elétricos

Figura 147 - Isolantes líquido para condutores elétricos isolantes termocontrateis

Veja a seguir a aplicação de cada uma das fitas.

‡‡ Fita isolante plástica – fabricada em diversas cores (preta, verde, azul, ama-
rela e branca) para isolamento de fios e cabos de até 750V e identificação
das funções de outros condutores como neutro (azul) e terra (verde).

‡‡ Fitaisolante auto-fusão – fita especial que se funde formando uma massa


ao ser aplicada em camadas sobrepostas. Aplicada em fios e cabos de até
69KV.

‡‡ Isolante termo contrátil – são tubos de materiais flexíveis em plástico


especial que se contraem, quando submetidos a altas temperaturas (125ºC).
Formam uma sobrecapa isolante. Aplicado com auxílio de soprador térmico
ou maçarico, em emendas e terminações de conexão de cabos condutores.

252
Eletricista Instalador Predial

‡‡ Isolante líquido – substância líquida usada para isolar cabos ou barramen-


tos. Aplicado com um pincel, em camada de um mm, podendo isolar até
10KV.

Processo de isolar com fita isolante


1º passo: prenda a fita isolante com o polegar à capa do condutor.

2º passo: enrole a fita isolante, sempre bem esticada e sem rugas, sobre a
superfície nua do condutor, de modo que cada volta cubra a metade da volta
anterior.

3º passo: sem cortar a fita, repita o processo, agora em sentido contrário, no


mínimo três vezes, até que a emenda fique totalmente isolada. Finalize, cortan-
do com canivete ou estilete.

Unidade 4 253
Quer conhecer outros processos de isolação? Então continue atento!

Isolação com tubo termo contrátil

1º passo: introduza o tubo termocontrátil na emenda ou conexão.

Figura 148 - Isolação com tubo termocontrátil


Fonte: Cavalin e Cervelin (2008, p. 272)

2º passo: aproxime o soprador térmico numa temperatura de aproximadamen-


te 125ºC, de maneia que o tubo termo contrátil fique totalmente uniforme.

Figura 149 - Procedimento final de Isolação com tubo termocontrátil


Fonte: Cavalin e Cervelin (2008, p. 272)

Dica

Lembre-se de usar uma luva, de preferência de raspa ou algodão, para


evitar o calor excessivo do soprador.

254
Eletricista Instalador Predial

Isolação com isolante líquido

1º passo: aplique o isolante líquido com auxílio de um pincel, até que a emenda
fique completamente isolada.

Figura 150 - Isolação com borracha líquida


Fonte: Cavalin e Cervelin (2008, p. 272)

2º passo: após a secagem da primeira camada, repita o processo até que a ca-
mada tenha aproximadamente 01mm.

Figura 151 - Procedimento final de Isolação líquida


Fonte: Cavalin e Cervelin (2008, p. 272)

Unidade 4 255
Relembrando

Nesta aula você conheceu os tipos de materiais para isolamento dos


condutores em uma instalação elétrica predial: as fitas isolantes comuns e
especiais e suas aplicações. Aprendeu também a executar corretamente os
processos de isolação de fios, cabos e conexões das instalações elétricas.
Na próxima aula você terá a oportunidade de aprender as operações de
cortar, dobrar e abrir rocas em eletrodutos de PVC. Siga em frente e bons
estudos!

Aula 6:
Operações básicas: corte
/ rosca / curvamento de
eletrodutos
Ao final desta aula, você estará apto a:

‡‡ Reconhecer materiais e procedimentos na execução de operações com ele-


trodutos rígidos e flexíveis;
‡‡ Executarcorretamente as operações de cortar, roscar e curvar eletrodutos
rígidos de PVC e metálicos.

Que tal relembrar um pouco o que foi estudado na aula anterior?

Você aprendeu sobre os tipos de materiais empregados no isolamento dos con-


dutores em uma instalação elétrica predial. Compreendeu como executar cor-
retamente os processos de isolação de fios, cabos e conexões das instalações
elétricas.

256
Eletricista Instalador Predial

O convite agora é para aprender a executar estes tipos de operações, de suma


importância para o bom acabamento das instalações elétricas prediais. Para
isso, você deverá conhecer os tipos de eletrodutos e sua função nas instalações,
bem como o uso correto de ferramentas e acessórios necessários para executar
estas operações.

Assim, que tal iniciar verificando os materiais e procedimentos na execução de


operações com eletrodutos rígidos e flexíveis? Em seguida, você aprenderá a
executar corretamente as operações de cortar, roscar e curvar eletrodutos rígi-
dos de PVC e metálicos. Vamos lá!

Tipos de eletrodutos

Os tipos de eletrodutos podem ser classificados em:

‡‡ Eletrodutos PVC rígidos;


‡‡ Eletrodutos PVC flexíveis (conhecidos como mangueiras);
‡‡ Eletrodutos rígido metálico;
‡‡ Eletrodutos metálicos flexíveis (com ou sem revestimento de PVC).

Observe as figuras seguintes!

Figura 152 - Eletrodutos de PVC regido e flexível

Unidade 4 257
Figura 153 - Eletrodutos metálico flexível com revestimento PVC e metálico regido

Pergunta

E você sabe o que são os eletrodutos?

Os eletrodutos são condutos de metal (magnéticos ou não magnéticos) ou de


PVC, capazes de proteger as instalações elétricas contra corrosão e ações mecâ-
nicas. Além disso, podem proteger de possíveis incêndios por superaquecimen-
to dos condutores ou arco elétrico.

A norma de instalações elétricas de baixa tensão a NBR 5410/2004 não


permite o uso de eletrodutos de materiais que não sejam comercializados
para este fim e que não sejam anti-chama. Como exemplo disso, podem
ser citados os tubos de água ou mangueiras.

258
Eletricista Instalador Predial

Como executar corte, rosca e curva em eletrodutos rígidos


Primeiro, você aprenderá como cortar eletrodutos rígidos. Preparado para ini-
ciar?

1º passo: prepare a serra manual.

‡‡ Selecione a lâmina de serra;


‡‡ Coloque a lâmina de serra de forma que os dentes fiquem voltados para
frente;
‡‡ Estique
a lâmina de serra, girando a borboleta do arco de serra de modo a
proporcionar um bom tensionamento.

2º passo: prenda o eletroduto na morsa para tubos.

Utilizando a morsa para tubos de corrente ou trava, prenda o eletroduto de ma-


neira a deixar, pelo menos, 20cm do ponto marcado para o corte.

Unidade 4 259
Atenção

Não aperte demasiadamente, para evitar danos no eletroduto.

3º passo: serre o eletroduto.

‡‡ Posicioneo pé esquerdo à frente, ligeiramente inclinado em relação ao direi-


to e com tronco levemente inclinado;
‡‡ Inicie o corte, colocando a lâmina sobre a marcação.

Dica

Para os canhotos, é o pé direito que deve ser posicionado à frente e,


logo, seguir os demais passos do mesmo modo.

‡‡ Segure
o arco manual, promovendo o corte com movimentos compassados
somente dos braços para frente e para trás;
‡‡ Usetodo o comprimento da serra fazendo pressão com a serra sobre o ele-
troduto apenas para frente;
‡‡ Finalize
o corte, diminuindo a pressão do arco segurando a ponta do eletro-
duto cortado torcendo-o levemente à frente.

260
Eletricista Instalador Predial

Dica

Um procedimento muito importante ao término do corte de eletrodutos,


principalmente os metálicos, é você retirar as rebarbas de corte, a fim de
evitar acidentes e danos aos isolamentos dos condutores.

Pergunta

Mas o que é preciso fazer para este procedimento?

Essa é uma boa pergunta. Observe os seguintes passos para esse procedimento:

‡‡ Escarear os eletrodutos com uso de um escareador ou lima meia cana mursa;

‡‡ Abrira rosca externa em eletrodutos rígidos. Essa operação deverá ser exe-
cutada com o auxílio de uma tarraxa para eletrodutos metálicos ou de PVC.
As tarraxas geralmente necessitam de cossinetes e guias, de acordo com o
diâmetro do eletroduto metálico ou PVC.

Unidade 4 261
E para efetuar roscas em eletrodutos em PVC? Isso é o que você verá a partir de
agora. Confira!

‡‡ Monte a tarraxa;

Figura 154 - Montagem de tarraxa de PVC e colocação de guia de pvc


Fonte: Cavalin e Cervelin (2008, p. 272)

‡‡ Coloque a guia, de acordo com o diâmetro do eletroduto;

Atenção

Para este tipo de tarraxa, você deverá usar: guias pretas para eletrodutos
elétricos e guias brancas para tubos de água.

‡‡ Coloque o cossinete com o chanfro de entrada do eletroduto contra a guia,


observando a posição dos furos de aperto do cossinete;

Figura 155 - Montagem de tarraxa de PVC e colocação de cossinete


Fonte: Cavalin e Cervelin (2008, p. 272)

262
Eletricista Instalador Predial

‡‡ Inicieo aperto dos parafusos com as pontas dos dedos para centralizar o
cossinete;

Figura 156 - Montagem de tarraxa de PVC e ajuste de colocação de cossinete


Fonte: Cavalin e Cervelin (2008, p. 273)

‡‡ Termine de centralizar e apertar o cossinete;

Figura 157 - Montagem de tarraxa de PVC e ajuste final colocação de cossinete


Fonte: Cavalin e Cervelin (2008, p. 273)

‡‡ Inicie a rosca fazendo pressão da tarraxa contra as paredes de eletrodutos;


‡‡ Dê algumas voltas no sentido horário e no sentido anti-horário para retirada
dos cavacos entre os dentes do cossinte;
‡‡ Aofinal da operação, desmonte a tarraxa e efetue a limpeza do cossinete e
demais peças do conjunto;

Unidade 4 263
Figura 158 - Abertura de rosca com tarraxa de PVC
Fonte: Cavalin e Cervelin (2008, p. 274)

Mas, veja bem! Para fazer a rosca em eletrodutos rígidos metálicos, você deverá
seguir alguns procedimentos não utilizados para os eletrodutos de PVC. Conhe-
ça cada um deles:

a Use uma tarraxa simples com o cossinete ajustável ou tarraxa universal;


b Utilize um fluido de corte apropriado, para refrigerar o cossinete e o eletro-
duto, à medida que for executando e dando melhor acabamento à rosca;
c Escarear as arestas internas do eletroduto para evitar acidentes com as ares-
tas cortantes e melhorar o acabamento.

Curvar eletrodutos plásticos rígidos


Sempre que necessário, você deverá executar esta operação, no sentido de
adaptar os eletrodutos ao traçado e percurso da instalação. Como nem sempre
é possível achar curvas pré fabricadas, em ângulos diferentes que não sejam
(90º, 135º ou 180º), você deverá confeccioná-las conforme a necessidade. Por
exemplo, para contornar pilares, colunas ou paredes e outros.

Veja alguns exemplos nas próximas figuras:

Figura 159 - Modelos de curvas para eletrodutos


Fonte: Cavalin e Cervelin (2008, p. 275)

264
Eletricista Instalador Predial

Prolongamento do Prolongamento
eletroduto com cone- do eletroduto
xão ponta e bolsa com luva

Figura 160 - Prolongamento de eletrodutos com luva e conexão ponta e bolsa


Fonte: Cavalin e Cervelin (2008, p. 275)

Para curvar eletrodutos plásticos rígidos, você deverá seguir os passos seguin-
tes:

1º passo: determine os pontos do eletroduto que deverão ser curvados, mar-


cando com dois traços, usando lápis ou giz.

Figura 161 - Procedimento de confecção de curva em eletroduto PVC


Fonte: Cavalin e Cervelin (2008, p. 275)

Atenção

O trecho a ser curvado deverá ter a medida equivalente a dez vezes o


diâmetro do eletroduto.

2º passo: introduza a mola correspondente ao diâmetro do eletroduto, empur-


rando-a até que o limitador faceie com o topo do eletroduto, e de maneira que
coincida com o trecho a ser curvado.

Unidade 4 265
3º passo: curve o eletroduto.

Para isso, você poderá fazer uso das seguintes fontes de calor. Acompanhe!

Utilizando de um Utilizando de um Utilizando de uma


maçarico a gás soprador térmico lamparina

Figura 162 - Procedimento de utilização do calor para curvamento dos eletrodutos PVC
Fonte: Cavalin e Cervelin (2008, p. 276)

Dica
Use luvas de proteção ao utilizar do maçarico a gás ou soprador térmico,
para evitar queimaduras.

266
Eletricista Instalador Predial

4º passo: aqueça o trecho a ser curvado.

‡‡ Faça movimentos alternados e circulares a fim de não queimar o eletroduto,


retirando o seu brilho;

‡‡ Continue curvando até obter a forma desejada, controlando com o seu ga-
barito feito previamente;

Atenção

Apenas molde a curva - sem forçá-la demasiadamente - para que o


eletroduto não sofra estrangulamento.

O eletroduto pode sofrer estrangulamento? Isso mesmo! Observe a figura!

Unidade 4 267
Figura 163 - Estrangulamento de eletroduto
Fonte: Cavalin e Cervelin (2008, p. 277)

Isto fará com que o eletroduto perca o seu diâmetro interno original, dificultan-
do a enfiação ou manutenção das instalações elétricas.

5º passo: termine a curva.

‡‡ Resfrieo eletroduto aquecido com uma estopa úmida para manter a cur-
vatura desejada e, em seguida, retire a mola. Após, compare a curva com o
gabarito projetado.

Dica

Caso não tenha uma mola disponível, use areia no interior do eletroduto,
e vede as duas aberturas do mesmo.

Agora que você já sabe como curvar eletrodutos plásticos rígidos, vamos apren-
der como curvar os metálicos rígidos? Siga em frente para saber mais!

268
Eletricista Instalador Predial

Curvar eletrodutos metálicos rígidos


1º passo: determine o trecho do eletroduto a ser curvado e marque-o com
auxílio de um lápis de cera ou giz. Em seguida, selecione o “dobra tubos” de
acordo com o diâmetro do mesmo.

Figura 164 - Procedimento de curvamento de eletroduto metálico com dobrador manual


Fonte: Cavalin e Cervelin (2008, p. 278)

2º passo: coloque o eletroduto no chão, pisando sobre ele e segurando firme-


mente o dobra tubos com as mãos, conforme você verá nas figuras seguintes.

Figura 165 - Procedimento de curvamento de eletroduto metálico com dobrador manual


Fonte: Cavalin e Cervelin (2008, p. 278)

Unidade 4 269
Compare a curva pronta com o gabarito e, em seguida, posicione-a no
local de instalação.

Você verá, a partir de agora, algumas dicas importantes sobre curvas e roscas
em eletrodutos. Ficou curioso? Então vá em frente que você saberá mais!

‡‡ Oraio da curva varia de acordo com o diâmetro do eletroduto e deve ser de,
no mínimo, 10 vezes o diâmetro externo do eletroduto;
‡‡ Não deixe, no eletroduto, rebarbas internas que possam danificar a isolação
dos condutores;
‡‡ Não deixe eletrodutos metálicos sem proteção, pois sujeitos à umidade
sofrerão com a corrosão, principalmente as roscas que retiram a camada de
proteção do eletroduto.
‡‡ Asroscas de eletrodutos metálicos devem ser pintadas com tintas anti cor-
rosão.
‡‡ Nunca se deve usar joelhos ou curvas de tubos de água em rede eletrodutos
para instalações elétricas.

Quantas dicas importantes, você concorda? E ainda tem muito mais para você!

Relembrando

Você chegou ao fim de mais uma aula, a qual aprendeu os tipos de mate-
riais, ferramentas, utensílios e procedimentos na execução de operações
com eletrodutos rígidos de PVC e metálicos. Viu como executar corre-
tamente as operações de cortar, roscar e curvar eletrodutos rígidos de
PVC e metálicos, bem como obteve informações e detalhes técnicos para
execução correta e segura das operações básicas, no manuseio de ele-
trodutos. Na próxima aula, você iniciará uma nova etapa: a instalação de
circuitos elétricos prediais. Prepare-se, pois ainda tem muita coisa interes-
sante para você!

270
Eletricista Instalador Predial

Aula 7:
Instalação de circuitos
internos: interruptores,
tomada e lâmpadas
incandescentes
Ao final desta aula, você estará apto a:

‡‡ Compreenderos diferentes tipos de interruptores e o novo padrão de toma-


das, bem como de suas aplicações;

‡‡ Interpretaresquemas elétricos multifilares, unifilares e funcional de várias


ligações elétricas;

‡‡ Distinguir
cores, padrões de condutores usados nas instalações, bem como,
alguns símbolos elétricos usados em desenhos.

Muito bem! Como você aprendeu um pouquinho sobre as ferramentas utiliza-


das e as operações básicas desenvolvidas pelo eletricista predial nas aulas ante-
riores, agora aprenderá como interpretar e aplicar os diversos esquemas, geral-
mente utilizados por eletricistas para montagens dos circuitos elétricos prediais.

Esquemas multifilar, unifilar e funcional


Vamos a uma definição: são as representações de uma instalação, ou parte dela,
por meio de símbolo gráfico e literal. Assim, todas as instalações elétricas de-
verão ser projetadas por meio de símbolos e esquemas unifilares e multifilares,
que você aprenderá a seguir.

Unidade 4 271
Esquema multifilar

É a representação de todo o circuito, em seus detalhes de ligação dos compo-


nentes e funcionamento do circuito. Que tal ver alguns exemplos? Confira!

Instalação de circuito elétrico, com uma lâmpada incandescente, acionada por


um interruptor de uma seção e uma tomada bipolar com terra. Este circuito re-
presenta parte de uma instalação elétrica completa. Observe a figura seguinte:

Figura 166 - Esquema funcional de instalação de interruptor, lâmpada e tomada


Fonte: Cavalin e Cervelin (2008, p. 117)

Símbolos empregados em esquemas multifilares

‡‡ Lâmpada incandescente

‡‡ Interruptor de uma seção

‡‡ Tomada bipolar com terra

‡‡ Rede elétrica de alimentação do circuito elétrico (N = NEUTRO, R = FASE e


PE = condutor terra)

272
Eletricista Instalador Predial

Agora observe como fica a representação em outro esquema do primeiro exem-


plo.

Esquema unifilar

É a representação simplificada do circuito elétrico. Nele, só é representado o


número de condutores e o seu trajeto com único traço, sem a ideia de funcio-
namento.

Figura 167 - Esquema unifilar de instalação de interruptor, lâmpada e tomada


Fonte: Cavalin e Cervelin (2008, p. 118)

Símbolos empregados em esquemas unifilares

‡‡ Condutor neutro e fase do circuito 1 para a lâmpada.

‡‡ Condutor neutro e fase e terra do circuito 2 com condutor 2,5mm2 para a


tomada.

Unidade 4 273
‡‡ Ponto
de luz no teto de 100 W pertencente ao circuito 1 e o ponto de
comando a.

‡‡ Interruptor de uma seção.

‡‡ Tomada monofásica a 0,30cm do piso pertencente ao circuito 2.

‡‡ Fase e Retorno do circuito 1 com ponto de comando a.

Na próxima unidade, você conhecerá as simbologias gráficas para circuitos


unifilar e multifilar, conforme a norma da ABNT NBR 5444/89 (símbolos gráficos
para instalações elétricas prediais).

Mas agora, vamos continuar o estudo. Você já ouviu falar em esquema funcio-
nal? Então siga em frente para aprender!

Esquema funcional

Este esquema representa os esquemas unifilar e multifilar. Demonstra como são


feitas todas as ligações em desenho dos componentes reais.

Pelo fato de não se apresentar símbolos gráficos, este tipo de esquema, torna-
se impraticável na representação de circuitos elétricos maiores.

274
Eletricista Instalador Predial

Figura 168 - Esquema funcional de instalação de interruptor, lâmpada e tomada


Fonte: Cavalin e Cervelin (2008, p. 120)

Interruptores e tomadas
Você sabia que existem vários modelos de interruptores e tomadas nas insta-
lações elétricas prediais? É verdade! E para cada modelo há uma determinada
aplicação.

Sempre que possível você deverá consultar catálogos de


fabricantes para auxiliá-lo no modelo mais adequado.

Veja alguns modelos de interruptores nas seguintes figuras.

Unidade 4 275
Figura 169 - Exemplo de interruptores internos

Os interruptores podem ser de uma seção, duas seções, três seções, combi-
nadas ou não, com tomadas e ainda, em outros formatos mais específicos, de
acordo com a aplicação de paralelos, intermediários, bipolar e pulsador.

Novo padrão brasileiro de tomadas residenciais

De acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas, o novo padrão bra-


sileiro de normas técnicas deverá esta de acordo com a NBR 14136/2002. Tem
como objetivo proporcionar mais segurança, evitando contato com as partes
energizadas dos plugues. Para que você entenda melhor. Veja os exemplos se-
guintes.

Para evitar o contato direto com os pinos energizados, veja como ficou:

276
Eletricista Instalador Predial

Figura 170 - Segurança no novo padrão brasileiro de tomadas

Antes que os pinos fiquem energizados, os dedos das mãos não terão acesso
aos mesmos.

Com o novo padrão, os plugues e tomada ficaram da maneira que você verá a
seguir:

Padronização das configurações

Figura 171 - Substituição do antigo modelos de tomadas pelo novo padrão de tomadas

Padronização dos plugues

Observe que a inserção do pino terra será antes dos demais, devido as suas
características.

Unidade 4 277
Figura 172 - Novo padrão brasileiro de tomadas para plugs e tomadas com mais segurança para a
instalações e usuários

Agora os pinos das tomadas vêm em diâmetros diferentes, de acordo com a


sua capacidade corrente, evitando que o usuário sobrecarregue os fios de sua
instalação.

Ligações de interruptores e tomadas


Para iniciar o estudo, acompanhe alguns exemplos.

Exemplo 1: Instalação de interruptor simples acionando uma lâmpada incan-


descente 60W/127V

Esquema multifilar Esquema unifilar

Figura 173 - Esquema funcional e unifilar respectivamente da instalação de interruptor, lâmpada


Fonte: Cavalin e Cervelin (2008, p. 121)

Em um projeto elétrico você teria esta mesma ligação sendo representada da


maneira que você verá a seguir. Esta é também uma forma unifilar de represen-
tação dos circuitos elétricos prediais em um projeto elétrico.

278
Eletricista Instalador Predial

Figura 174 - Esquema uniflar de instalação de interruptor, lâmpada


Fonte: Cavalin e Cervelin (2008, p. 121)

Esta representação pode ser traduzida da seguinte forma:

‡‡ Vem do QM (quadro de medição, onde fica o relógio medidor de energia),


chegando o fio Neutro, Fase e Terra no QD (quadro de distribuição).

Do quadro de distribuição saem o condutor Neutro e Fase, chegam até ao


ponto de luz de 60W. O condutor Neutro alimenta a lâmpada e a Fase prosse-
gue para se conectar ao interruptor. Ao mesmo tempo, o interruptor enviará
um condutor de volta para a lâmpada, chamado Retorno, ligando na lâmpada e
completando o circuito.

Exemplo 2: Instalação de interruptor simples acionando uma lâmpada. E insta-


lação de uma tomada monofásica com terra.

Unidade 4 279
Esquema multifilar Esquema unifilar

Figura 175 - Esquema multifilar e unifilar de instalação de interruptor, lâmpada e tomada 2P + T


Fonte: Cavalin e Cervelin (2008, p. 126)

Em um projeto elétrico você teria esta mesma ligação sendo representada da


seguinte forma. Acompanhe!

Figura 176 - Outra forma de esquema uniflar de instalação de interruptor, lâmpada mais tomada 2P+T
Fonte: Cavalin e Cervelin (2008, p. 121)

Veja! Esta também e uma representação unifilar em uma parte do projeto elétri-
co da instalação.

Ela pode ser traduzida da seguinte forma:

‡‡ Vem do QM (quadro de medição, onde fica o relógio medidor de energia),


chegando o fio Neutro, Fase e Terra no QD (quadro de distribuição).

280
Eletricista Instalador Predial

Do quadro de distribuição, agora se divide em dois circuitos, um circuito para


iluminação e um para a tomada. O circuito um com condutor neutro e fase,
chega até ao ponto de luz de 60W. O condutor neutro, alimenta a lâmpada e a
fase prossegue para se conectar ao interruptor. Ao mesmo tempo, o interrup-
tor enviará um condutor de volta para a lâmpada chamado retorno, ligando na
lâmpada e completando o circuito. E agora o circuito 2, com condutor Neutro,
Fase e Terra que saem do quadro de distribuição, passam pelo ponto de luz e
descem ate a tomada representada na parede.

Percebeu como é fácil? Em frente para ver mais um exemplo!

Exemplo 3: Instalação de interruptor duas seções acionando duas lâmpadas


incandescentes 60W/127V em um mesmo ambiente.

Em um projeto elétrico você teria esta mesma ligação sendo representada da


seguinte forma.

Esquema multifilar Esquema unifilar

Figura 177 - Esquema multilar e uniflar de instalação de interruptor, de duas seções e lâmpadas
Fonte: Cavalin e Cervelin (2008, p. 129)

Figura 178 - Esquema multilar e uniflar de instalação de interruptor, de duas seções e lâmpadas
Fonte: Cavalin e Cervelin (2008, p. 129)

Unidade 4 281
Veja! Esta também e uma representação unifilar em uma parte do projeto elétri-
co da instalação.

Esta representação pode ser traduzida da seguinte forma:

‡‡ Vem do QM (quadro de medição, onde fica o relógio medidor de energia),


chegando o fio Neutro,
‡‡ Fase e Terra no QD (quadro de distribuição).

Perceba que do quadro de distribuição saem o condutor Neutro e Fase, chegam


até ao ponto de luz de 60W. O condutor Neutro alimenta uma no ponto (a) da
lâmpada de 60W. Neste mesmo ponto, prossegue para o ponto (b) para alimen-
tar a outra lâmpada de 60W. O condutor Fase prossegue para se conectar ao
interruptor. Ao mesmo tempo, o interruptor enviará dois condutores de volta
(retorno) para a lâmpada no ponto (a) e outro retorno ligando na lâmpada do
ponto (b) completando o circuito.

Padronização dos Condutores

É importante que você saiba que a execução dos circuitos das instalações a
NBR 8662 da ABNT determina que as cores dos condutores para as instalações,
devem obedecer às seguintes cores: Neutro (azul claro), Terra (verde ou verde
com listras amarelas) e o condutor fase, de outra cor que não seja as mesmas
de Neutro ou Terra.
Terra

Fase

Neutro

Fase

Figura 179 - Indicação dos condutores da instalação de acordo com a padronização de cores
Fonte: ELEKTRON/PIRELLI (2003)

282
Eletricista Instalador Predial

Hoje, a grande maioria dos profissionais está optando pelo


condutor flexível, em função do menor esforço aplicado no
momento da enfiação dos condutores na rede de eletrodu-
tos da instalação.

Figura 180 - instalação dos condutores de acordo com a padronização de cores


Fonte: ELEKTRON/PIRELLI (2003)

É importante destacar também que a norma de instalações elétricas de baixa


tensão, NBR5410/2004 estabelece que os condutores utilizados nas instalações
elétricas devam ser necessariamente de cobre, fazendo restrições aos conduto-
res de alumínio para uso em instalações residenciais e prediais.

Em instalações elétricas prediais geralmente são usados (fios e cabos) com


isolação termoplástica PVC e BWF (resistente a chama), nas tensões de 750
a 1000V, e suas bitolas estão em série métrica, de acordo com padronização
internacional da IEC (International Electrotéchnical Comission) em milímetros
quadrados mm2.

Unidade 4 283
Observe a seguinte tabela
Tabela 4 - Série métrica de seções nominais para condutores

0,5 16 185
0,75 25 240
1 35 300
1,5 50 400
2,5 70 500
4 95 630
6 120 800
10 150 1000

Fonte: Cavalin e Cervelin (2008, p. 278)

Esta tabela representa a seção nominal Métrica pela IEC dos condutores cóstri-
cos, fios e cabos. De 0,5mm2 a 1000mm2.

Relembrando

Nesta aula você aprendeu as principais formas de apresentação dos circui-


tos elétricos prediais: os circuitos multifilares, unifilares e funcionais. Nas
próximas aulas de instalações elétricas prediais você continuará aprenden-
do como fazer as ligações dos principais elementos das instalações elétri-
cas.
Conheceu os principais interruptores e suas combinações e a nova padro-
nização brasileira de tomadas.
Conheceu a padronização de cores dos condutores e a padronização in-
ternacional da serie métricas de fios de cabos.
Na aula nº8 você continuará a instalação de circuitos elétricos prediais,
siga em frente e bons estudos!

284
Eletricista Instalador Predial

Colocando em Prática
Chegou o momento de colocar em prática os conhecimentos apreendi-
dos. No final desta unidade realize algumas atividades que preparamos
para você. Faça desse momento uma construção significativa do apren-
dizado.

Aula 8:
Instalação de circuitos
internos: interruptores
paralelos (three way)
intermediários (four
way) e lâmpadas
incandescentes
Ao final desta aula você estará apto a:

‡‡ Interpretare instalar interruptores paralelos (three way) e intermediários


(four way), para acionar circuitos de iluminação de dois ou mais pontos dis-
tintos da instalação elétrica.

Antes de explorar o assunto da aula, que tal rever o que estudou anteriormen-
te?

Você aprendeu a distinguir os diferentes tipos de interruptores e o novo padrão


de tomadas, bem como suas aplicações. Foi possível interpretar esquemas elé-
tricos multifilares, unifilares e funcional de várias ligações elétricas e por último
distinguir cores padrões de condutores usados nas instalações, bem como,
alguns símbolos elétricos usados em desenhos.

Unidade 4 285
Agora se prepare para continuar fazendo outros esquemas da instalação de
circuitos e componentes da instalação elétrica. O objetivo é você se familiarizar
com os vários circuitos que integram uma instalação completa.

Ligações de interruptores Paralelos (Three way) e


Intermediários (Four way)

Pergunta
Você quer aprender a fazer esquemas de interruptores paralelos e
intermediários comandando lâmpadas incandescentes de 60W e 127V.?

Estes interruptores são muito utilizados quando precisamos acionar uma mes-
ma iluminação de dois ou mais pontos diferentes do ambiente como: longos
corredores, escadas ou dentro de casa, proporcionando conforto e comodida-
de para o usuário.

Veja como é um interruptor paralelo ou (three way)

Interruptor Paralelo de embutir

Figura 181 - Interruptor paralelo ou three way visto de frente e trás


Fonte: Cavalin e Cervelin (2008, p. 156)

Na frente do interruptor ele se parece com o interruptor simples. Por trás ele
apresenta três parafusos ou terminais, diferentemente do simples que só apre-
senta dois. Por ele apresentar três parafusos o chamamos de “three way”, três
vias ou caminhos. Veja a seta indicativa na figura anterior.

286
Eletricista Instalador Predial

Pergunta
Como instalar o interruptor corretamente?

Veja o esquema funcional

Figura 182 - Instalação de interruptores paralelos ou Three Way


Fonte: PIAL/LEGRAND (2010/2011)

Observe que, para acionar uma lâmpada de dois pontos diferentes, você precisa
de dois interruptores paralelos. Isso deverá ocorrer sempre. Pois, ele não tra-
balha sozinho. Assim o primeiro interruptor paralelo sempre receberá a fase da
rede elétrica no seu parafuso central.

O parafuso central do segundo interruptor paralelo retornará para a lâmpada.


Enquanto, os dois parafusos da extremidade serão responsáveis pelo envio de
dois condutores havendo comunicação entre os dois interruptores. Não poden-
do existir o cruzamento nas ligações destes dois fios ou troca da posição de
ligação da fase.

Um exemplo errado, não recomendado pelo fabricante, sob o risco de causar


um curto circuito na instalação.

Unidade 4 287
Figura 183 - Instalação errada de interruptores paralelos ou Three Way
Fonte: PIAL/LEGRAND (2010/2011)

Veja como instalar este interruptor na instalação:

Exemplo 1

Instalação de interruptor paralelo (three way) acionando uma lâmpada incan-


descente 60W/127V

Esquema multifilar Esquema unifilar

Figura 184 - Esquema multifilar e unifilar de instalação de interruptor paralelos


Fonte: Cavalin e Cervelin (2008, p. 140)

Para a execução da instalação, outra forma de representação seria apresentar o


mesmo circuito em um projeto elétrico:

288
Eletricista Instalador Predial

Figura 185 - Outra forma de representação do esquema unifilar da instalação de interruptores, paralelos
Fonte: Cavalin e Cervelin (2008, p. 143)

Você deve interpretar o esquema unifilar do projeto representado na figura an-


terior, da seguinte maneira: do quadro de distribuição (QD) saem dois circuitos.
O circuito 1 irá alimentar o circuito de iluminação, o circuito 2 prossegue para o
restante da instalação: o circuito 1 sairá do (QD) com um condutor neutro e um
fase, chegando até o ponto (a) de iluminação.

Neste ponto o neutro se interligará na luminária e o condutor fase descerá para


se conectar no parafuso central de um dos interruptores paralelos. Nas duas
extremidades do interruptor que receberá o condutor fase sairão dois outros
condutores que se interligarão no outro interruptor paralelo nas extremidades
correspondentes. O interruptor paralelo que receberá os dois condutores de
interconexão, agora enviará do seu parafuso central um condutor chamado Re-
torno que se interligará na luminária. Fechando assim, o circuito.

Veja agora de outra forma o seu multifilar:

Figura 186 - Esquema funcional de instalação de interruptor, paralelos


Fonte: Cavalin e Cervelin (2008, p. 145)

Unidade 4 289
Veja agora como será a instalação vista de outra forma.

Dica
O condutor PE (Condutor de proteção ou TERRA), interligar-se-á na parte
metálica da luminária, protegendo o usuário contra choque.

Outra situação: se for necessário instalar uma iluminação com dois ou


mais pontos de acionamento.

Pergunta
Como instalar o um terceiro ou até mesmo um quarto ponto de
acionamento corretamente na instalação?

Para isso você deve usar o interruptor intermediário ou (Four way)

Este tipo de interruptor, em conjunto com os interruptores paralelos, poderá


acionar o circuito de iluminação de três ou mais pontos diferentes. Podem ser
utilizados em longos corredores ou escadarias de condomínios com três ou
mais pavimentos.

Na frente do interruptor ele se parece com o interruptor bipolar. Por trás ele
apresenta quatro parafusos ou terminais, diferentemente do bipolar que apre-
senta quatro. Porém, sem o cruzamento de ligações, característico do interme-
diário.

Figura 187 - Interruptor intermediário ou four way visto de frente e trás


Fonte: Cavalin e Cervelin (2008, p. 156)

290
Eletricista Instalador Predial

Por ele apresentar quatro parafusos é chamado de “Four way”,quatro vias ou


caminhos. Veja a seta indicativa na figura anterior

Figura 188 - Ligação de interruptor intermediário (four way) entre os paralelos ou Three Way
Fonte: PIAL/LEGRAND (2010/2011)

Observe no esquema funcional que, para acionar uma lâmpada de três pontos
diferentes, você precisa de dois interruptores paralelos e um intermediário que
ficará entre os dois paralelos. Isso deverá sempre ocorrer. Pois, ele não trabalha
sozinho.

Assim o primeiro interruptor paralelo sempre receberá a fase da rede elétrica no


seu parafuso central.

O parafuso central do terceiro interruptor paralelo retornará para a lâmpada.


Enquanto, os dois parafusos da extremidade serão responsáveis pelo envio de
dois condutores de ligação entre intermediário e outro interruptor paralelo. Não
podendo haver o cruzamento nas ligações destes dois fios ou troca de posição
de ligação da fase.

Atenção

Dependendo dos números de pontos diferentes você pode inserir entre


os dois paralelos ou mais intermediários.

Veja:

Unidade 4 291
Figura 189 - Ligação de interruptores intermediários entre dois interruptores paralelos ou Three Way
Fonte: PIAL/LEGRAND (2010/2011)

Exemplo 2

Instalação de interruptores paralelos (Three way) e intermediário (Four way)


acionando uma lâmpada incandescente 100W/127V

Figura 190 - Esquema multifilar e unifilar de instalação de interruptores,paralelos e intermediário


Fonte: Cavalin e Cervelin (2008, p. 157)

Para a execução da instalação, outra forma de representação seria apresentar o


mesmo circuito em um projeto elétrico:

292
Eletricista Instalador Predial

Figura 191 - Outra forma de esquema unifilar de instalação de interruptor, paralelos


Fonte: Cavalin e Cervelin (2008, p. 157)

Você deve interpretar o esquema unifilar do projeto acima da seguinte maneira:


do quadro de distribuição (QD) sai o circuito 1 com um condutor neutro e um
fase que irão até o ponto (a) de iluminação. Neste ponto o neutro se inter-
ligará na luminária e o condutor. Fase descerá para se conectar no parafuso
central de um dos interruptores paralelos.

Nas duas extremidades do interruptor paralelo, sairão dois condutores de re-


torno, que Irão ao encontro do interruptor intermediário. Após a conexão nas
extremidades correspondentes do interruptor intermediário, este também en-
viará dois condutores de retorno ao outro interruptor paralelo. E para fechar o
circuito, sairá do parafuso central do interruptor paralelo um condutor retorno
que se interligará na luminária.

Unidade 4 293
Relembrando

Nesta aula você teve a oportunidade de aprender como fazer a ligação de


circuitos com interruptores paralelos (three way) e interruptores interme-
diários ou (Four way).
Viu que estes interruptores são usados quando é necessário acionar um
ou mais pontos de luz de dois ou mais pontos distintos.
Estes interruptores são muito utilizados em escadas de condomínios,
corredores longos ou até mesmo dentro de casa em ambientes diferentes
proporcionando mais comodidade e conforto.
Aprendeu também que interruptores paralelos só podem trabalhar em
conjunto com outro interruptor paralelo e que os intermediários só po-
dem trabalhar entre dois paralelos. E entre dois paralelos você pode inse-
rir mais de um intermediário, dependendo da necessidade.
Na próxima aula você aprenderá a fazer as ligações com interruptor bipo-
lar, em circuitos alimentados em rede elétrica de 220V.

Colocando em prática
Chegou o momento de colocar em prática os conhecimentos apreendi-
dos. No final desta unidade realize algumas atividades que preparamos
para você. Faça desse momento uma construção significativa do apren-
dizado.

294
Eletricista Instalador Predial

Aula 9:
Instalação de Circuitos
Internos: interruptores
bipolares, tomadas 2P+T
e luminárias fluorescentes

Ao final desta aula você estará apto:

‡‡ Interpretar e ligar circuitos alimentados em 220V;


‡‡ Reconhecer os principais componentes de uma luminária fluorescente;
‡‡ Entender o funcionamento de reatores lâmpadas fluorescentes;
‡‡ Interpretar
os principais esquemas elétricos dos reatores para lâmpadas
fluorescentes.
Anteriormente você aprendeu Anteriormente você aprendeu como fazer a insta-
lação de interruptores paralelos e intermediários. Tais instalações são úteis para
acionamento da instalação a iluminação dois ou mais pontos distintos

Nesta aula você aprenderá a fazer os esquemas de circuitos em rede de 220V,


esquemas de instalação de reatores para luminárias fluorescentes, bem como,
tomadas de dois pólos mais terra.

Ligações de interruptores bipolares e tomadas 2P+T para e


de luminária fluorescentes.
Alguns circuitos com objetivos de reduzir a corrente e diminuir a seção dos
condutores se faz o acionamento de cargas em 220V, como: ar condicionado,
chuveiros, máquinas de lavar, torneiras elétricas e outros.

Unidade 4 295
Pergunta
Vamos conhecer o interruptor bipolar?

Interruptor bipolar Interruptor bipolar


visto de frente visto por trás

Figura 192 - Interruptor bipolar visto de frente e trás


Fonte: Cavalin e Cervelin (2008, p. 156)

O Interruptor bipolar simples é muito aplicado quando na instalação há cir-


cuitos que necessitam serem interrompidas as duas fases, o que garante mais
segurança aos usuários da instalação.

Pergunta
Como instalar o interruptor corretamente na instalação?

A instalação do interruptor bipolar é simples. Veja o esquema funcional.

O Interruptor recebe duas fases da rede, que são interrompidas e retornam ao


circuito, para se conectar na carga.

296
Eletricista Instalador Predial

Figura 193 - Ligação do interruptor bipolar

Veja a tomada 2P+ T

Nesta tomada o pino PE (Protection Earth ou proteção terra) e os demais pinos


já têm as posições definidas, pois mesmo que você queira inverter os pinos de
ponta cabeça, o plug macho da tomada não encaixará.

Figura 194 - Tomada 2P+T vista de frente e trás


Fonte: Cavalin e Cervelin (2008, p. 125)

Agora confira as luminárias fluorescentes

Você irá aprender agora com instalar luminárias fluorescentes com uma ou duas
lâmpadas. Comandadas, com interruptores simples em 127V ou bipolares em
220V.

As lâmpadas fluorescentes, diferentemente das lâmpadas incandescentes só


funcionam com o auxilio de um reator, aonde já vêm gravadas as informações

Unidade 4 297
necessárias para a instalação como: tensão elétrica, corrente elétrica e o número
de lâmpadas, potência e esquema de ligação.

Luminária fluorescente é um conjunto de: calha metálica ou PVC, lâmpada fluo-


rescente, reator e suporte das lâmpadas ou receptáculo.

Figura 195 - Luminária fluorescente com uma lâmpada montada

Na figura anterior você observa uma luminária já montada. Este trabalho deverá
ser feito antes de ligá-la a rede elétrica da instalação.

Lâmpadas fluorescentes
São lâmpadas consideradas de descarga pelo fato de sua luz ser produzida pela
passagem da corrente elétrica em um gás inerte e vapor de mercúrio. Estes
criam um ambiente interno ionizado, cheio de elétrons livres que se chocam
contra o bulbo produzindo raios ultravioletas. O bulbo por sua vez, revestido de
fósforo, irá emitir luz visível.

Figura 196 - Vista interna da lâmpada fluorescente tubular

298
Eletricista Instalador Predial

Tipos de lâmpadas fluorescentes

Você pode encontrar no mercado vários modelos e formatos de lâmpadas fluo-


rescentes, como: lineares, circulares compactas coloridas e negras. Todas neces-
sitam de um componente que auxiliam o seu funcionamento: os reatores que
verá a seguir.

circular

negra

compacta

colorida

Figura 197 - Modelos de vários fabricantes de lâmpadas fluorescentes compactas

O reator é o componente elétrico responsável por promover a partida da lâm-


pada fluorescente ao mesmo tempo limitar a tensão de funcionamento das
mesmas.

Figura 198 - Reator eletrônico bivolt para lâmpada fluorescente tubular da

Estes podem ser para uma lâmpada fluorescente ou duas podendo ser 127 ou,
220V e até mesmo bivolt (127 e 220V).

Unidade 4 299
Veja alguns esquemas multifilar de ligação:

Figura 199 - Esquemas funcionais de ligação para lâmpadas fluorescentes tubulares com reatores
simples e duplos
Fonte: Cavalin e Cervelin (2008, p. 138)

Este esquema de ligação vem impresso no corpo do reator. Portanto antes de


você montar e ligar a luminária na rede elétrica verifique o esquema de multifi-
lar de ligação do reator.

Atenção

Os reatores apresentam também um condutor verde (PE).

Para a conexão diretamente a massa metálica da luminária. A massa


metálica da luminária deve ser conectada ao condutor de proteção (PE)
geral do circuito elétrico.

Acompanhe como instalar este interruptor bipolar e luminária fluorescente mais


uma tomada 2P+T?

Exemplo: Instalação de interruptor bipolar simples acionando uma luminária


com lâmpada fluorescente 40W/220V e tomada 2P+T/220V.

300
Eletricista Instalador Predial

Esquema multifilar Esquema unifilar

Figura 200 - Esquema multifilar e unifilar de instalação de lâmpada fluorescente com interruptor bipo-
lar e tomada 2P+T
Fonte: Cavalin e Cervelin (2008, p. 140)

Para a execução da instalação, outra forma de representação seria apresentar o


mesmo circuito em um projeto elétrico:

Figura 201 - Outra forma de esquema uniflar de instalação de interruptor, paralelos


Fonte: Cavalin e Cervelin (2008, p. 157)

Devemos interpretar o esquema unifilar do projeto da seguinte maneira: Do


quadro de distribuição (QD) sai o circuito 1 com dois condutores fase e um
terra que irão até o ponto (a) de iluminação. Neste ponto o condutor terra se
interligará na massa metálica da luminária e os dois condutores, fases descerão
para se conectarem as bornes do interruptor bipolar.

Unidade 4 301
Agora os dois condutores sairão dos outros dois bornes com o nome de retor-
no, e irão ao encontro da luminária para se conectar na entrada de alimentação
para 220V do reator fechando o circuito de iluminação.Sai também do (QD) o
circuito 2 com dois condutores fases e um condutor terra, passarão pelo caixa
de passagem no teto igual ao ponto (a) da iluminação e descerá para se conec-
tar a tomada com duas fases mais o condutor de proteção ou terra.

Relembrando

Nesta aula você adquiriu informações tecnológicas de interruptores bipo-


lar, tomadas 2P+T, luminária fluorescente e seus componentes.
Aprendeu a interpretar e ligar circuitos alimentados em 220V. Bem como
reconhecer os principais componentes de uma luminária fluorescente, en-
tendendo o funcionamento de reatores para lâmpadas fluorescentes e por
fim foi possível Interpretar os principais esquemas elétricos dos reatores
para lâmpadas fluorescentes
Na aula nº10 você conhecerá o sensor de presença e o relé foto elétrico,
o funcionamento e aplicações destes componentes nas instalações elétri-
cas. Prepare-se para continuar sua jornada, pois muitas descobertas ainda
virão.

Colocando em prática
Chegou o momento de colocar em prática os conhecimentos apreendi-
dos. No final desta unidade realize algumas atividades que preparamos
para você. Faça desse momento uma construção significativa do apren-
dizado.

302
Eletricista Instalador Predial

Aula 10:
Instalação de
Circuitos Internos:
relés fotoelétricos, e
sensores de presença
para acionamento de
iluminação incandescente
e vapor
Ao final desta aula você estará apto a:

‡‡ Entender
o funcionamento de sensores de presença e rele fotoelétrico para
acionamento automático de sistemas de iluminação;
‡‡ Interpretar e ligar circuitos elétricos dos sensores de presença e reles foto
elétricos;
‡‡ Identificar
sistemas de iluminação a vapor de mercúrio e sódio com seus
componentes e acessórios.

Vamos relembrar o que você estudou na aula anterior?

Reconheceu os principais componentes de uma luminária fluorescente, bem


como, entendeu o funcionamento de reatores lâmpadas fluorescentes e tam-
bém foi possível interpretar e ligar circuitos alimentados em 220V; e os princi-
pais esquemas elétricos dos reatores para lâmpadas fluorescentes.

Nesta aula você continuará conhecendo e fazendo outros esquemas, bem


como, outros componentes eletro-eletrônicos como o interruptor automático
de presença ou simplesmente sensor de presença e interruptores fotoelétricos
ou simplesmente fotocélulas para o acionamento automático da iluminação de
ambientes internos e externos da instalação.

Unidade 4 303
Ligações relés fotoelétricos e sensores de presença para o
acionamento de iluminação
Sensor de presença

É um componente eletrônico que capta através de um sensor infravermelho, a


radiação de calor, em movimentação de pessoas, animais, automóveis etc.

O sensor automático por presença aciona automaticamente a iluminação de


ambientes residenciais, comerciais e industriais, também utilizados na seguran-
ça ativando sistemas de alarmes.

Hoje, existe no mercado uma grande variedade de modelos. Dos mais simples
aos mais sofisticados.

Veja alguns modelos que você poderá encontrar.

Figura 202 - Modelos de sensores de presenças (parede tipo interruptor, teto de sobrepor e parede

O sensor de presença é como um interruptor. Porém, atua automaticamen-


te sem a ação manual do usuário. Simplesmente ao movimentar-se no raio
de ação do dispositivo infravermelho do sensor ele ativa um relé elétrico que
fechará um contato ativando a iluminação. Após um tempo pré-programado o
seu circuito eletrônico interno automaticamente desligará a iluminação. Se não
houver a movimentação de calor de pessoas, animais, automóveis ou outros, o
circuito de iluminação se manterá desativado.

Alguns sensores mais sofisticados também incorporam no sensor de presen-


ça, um sensor de luz muito utilizado nos relés fotoelétricos. Em ambientes que

304
Eletricista Instalador Predial

durante o dia não seja necessário a iluminação ligada, por exemplo, saguão de
prédios e outros, o sensor de luz manterá a ação do dispositivo infravermelho
desativada. Logo, mesmo com a presença de calor em movimento a iluminação
não será ativada. Assim, evitando o desperdício de energia.

Instalação do Sensor de Presença

O interruptor automático de presença ou simplesmente sensor de presença


deve ser instalado seguindo sempre as recomendações do fabricante. Contu-
do, é sempre bom que este seja protegido dos raios solares e instalado a uma
altura de 2,50 m aproximadamente e de preferência numa posição transversal,
permitindo que os raios infravermelhos sejam cortados.

Neste caso, o usuário deverá estar ao alcance dos raios infravermelhos e em


movimento ao atravessar os raios infravermelhos do sensor.

Veja na figura:

Figura 203 - Raio de atuação do sensor infravermelho do sensor de presença

Conheça a seguir os esquemas de ligação de alguns fabricantes de sensor de


presença.

Sensor modelo (de fixação frontal, a parede).

Unidade 4 305
Fabricante 1

Raio de alcance dos


raios infravermelhos
Max 110º e 8 metros
de distância

Figura 204 - Esquemas funcional de ligação de sensores de presenças de parede para lâmpadas incan-
descente de fluorescentes

Veja no esquema anterior que um mesmo fabricante admite sensor do esque-


ma 1 que só funciona com lâmpadas incandescentes e outro do esquema 2 que
funciona com os dois tipos de lâmpadas, incandescente e fluorescentes.

Veja agora outro sensor de presença modelo (fixação no Teto).

Fabricante 2

Esquema de ligação do sensor:

306
Eletricista Instalador Predial

Figura 205 - 04 Esquema funcional de ligação utilizando sensores em pararelo


Fonte: EXATRON (2010)

Este sensor trás também a opção de ser bivolt, ou seja, ele pode ser alimenta-
do em 127 ou 220V. Fique atento para as cores dos fios de ligação do sensor.
Geralmente as cores dos fios sofrem pouca variação:

Neutro (branco ou azul). Fase (preto) e Retorno (vermelho).

Veja como ficam os raios de alcance do sensor.

Sensor instalado no teto:

Figura 206 - Raios de atuação dos sensores de presença de teto


Fonte: EXATRON (2010)

Observe as figuras anteriores.

Na primeira figura

O gráfico nos mostra que: a instalação do sensor deve ser feita a uma altura
máxima do teto em relação ao piso de 4metros e nesta última condição o com-
primento feixe de raios infravermelhos do sensor em relação ao seu centro 0
(zero) pode chegar até a 5,5 metros para direita e 5,5 metros para a esquerda.

Unidade 4 307
Fora destas condições o sensor ficará com sua ação comprometida. Portanto,
para a instalação de um sensor de presença o eletricista deverá interpretar com
clareza as informações no folheto informativo do fabricante.

Na segunda figura

O gráfico nos mostra que a melhor ação dos raios infravermelhos é justamente
a região que o usuário fica na posição tangencial em relação ao ponto central
de instalação do sensor. Isso quer dizer que na região central ou frontal ao
sensor os raios infravermelhos terão menos ação na detecção do movimento de
calor.

Este sensor trás também os recursos da foto célula e regulagem de tempo que
a iluminação ficará acionada.

Veja:

‡‡ Programação e regulagem do sensor;


‡‡ Acesso para regulagens e ajustes.

Figura 207 - Programação de tempo, sensibilidade e rele fotocélula do sensor de presença


Fonte: EXATRON (2010)

308
Eletricista Instalador Predial

Atenção

Alguns fabricantes trazem também algumas características técnicas do


seu produto. Veja.

Características Técnicas:

‡‡ Alcance: ø 7m (2,4m de altura).


‡‡ Afonte de calor a ser detectada (pessoas, carros, etc.) deve estar no míni-
mo a 3ºC de diferença em relação à temperatura do meio ambiente onde o
sensor está instalado.
‡‡ Tensão: 100 - 240 VCA/50-60 Hz, Bi-volt automático.
‡‡ Tempo: pulso, 30 segundos; 1, 4, 8 e 12 minutos (trimpot), com recontagem.
‡‡ Sensibilidade: mínima e máxima.
‡‡ Fotocélula: funções - desativada, aciona abaixo de 5 lux, ou abaixo de 30 lux.
‡‡ Comanda qualquer tipo de lâmpada.
‡‡ Ecolamp
Technology: reduz a corrente de partida aumentando a vida útil das
lâmpadas e do contato de relé.
‡‡ LED indicador de funcionamento.
‡‡ Utilizar em ambiente interno.

Cada fabricante tem as suas características e suas particula-


ridades. Assim, o eletricista deve sempre fazer uma leitura
cuidadosa do manual ou folheto de instruções antes das
montagens e instalação do componente ou aparelho.

Relé fotoelétrico

Hoje este tipo de componente elétrico tem seu uso muito difundido no contro-
le individual de ligar e desligar automaticamente a iluminação com lâmpadas
incandescentes, fluorescentes, vapor de mercúrio, vapor de sódios e outras. As
concessionárias de energia elétrica e prefeituras se utilizam deste interruptor
fotoelétricos na iluminação de ruas e demais locais públicos, por sua grande
versatilidade e simplicidade de instalação. Além, de trazer também grande au-
tonomia e economia para o sistema de iluminação.

Unidade 4 309
Veja alguns modelos:

Figura 208 - Relé fotoelétrico e base tomada para rele fotoelétrico


Fonte: EXATRON (2010)

Este relé fotoelétrico é mais comum encontrar no mercado pois é utilizado em


ambientes abertos com a presença da luz solar, como: ruas, praças áreas exter-
nas de condomínios e outros semelhantes.

Pergunta

Como funciona o relé fotoelétrico?

Diagrama de relé
fotoelétrico com
bimetal

Figura 209 - Esquema funcional de ligação do relé fotoelétrico


Fonte: Cavalin e Cervelin (2008, p. 176)

O diagrama elétrico funciona da seguinte forma: o relé fotoelétrico tem princi-


pio baseado num resistor que varia sua resistência quando há incidência de luz
sobre ele, também conhecido como LDR do inglês Resistor Dependente da Luz.

310
Eletricista Instalador Predial

A corrente que passa pela fotocélula (LDR), controla a corrente que passa pelo
resistor. Ao entardecer terá menos luz incidida na fotocélula (LDR). Logo, me-
nor será a corrente que passará no resistor. Assim, a bimetal fechará o contato
aberto, fazendo o acionamento da iluminação.

Quando ocorre o amanhecer a luz incidida na fotocélula (LDR) é maior. Logo,


passará mais corrente pelo resistor que aquecerá indiretamente o bimetal, fa-
zendo com que o contato se abra desligando a iluminação.

Acompanhe agora como instalar este componente.

Instalação do Relé fotoelétrico

Antes de conhecer os esquemas de instalação do relé confira alguns detalhes


importantes:

Na instalação em postes o relé nunca deverá ser instalado com o seu sensor na
frente a fonte de luz: veja a figura.

Em qualquer outra situação de instalação o relé fotoelétrico sempre estará in-


dicando que o seu sensor (LRD) deverá estar voltado para o sul. Ou seja, o lado
oposto ao da fonte de luz. Caso isso não ocorra o sensor (LDR) irá ligar e desli-
gar automaticamente a lâmpada.

O relé fotoelétrico vem marcado sobre a sua superfície a seta indicativa para
(SUL), que está exatamente direcionada na posição oposta ao sensor (LDR).

Veja alguns esquemas de ligação para instalação do relé fotoelétrico:

Unidade 4 311
Figura 210 - Esquemas funcionais e opcionais de ligação do relé fotoelétrico em várias combinações
Fonte: Cavalin e Cervelin (2008, p. 177)

Na iluminação de ruas, praças, jardins, centros esportivos e outros são utiliza-


dos lâmpadas próprias para este tipo de instalação. São elas: vapor de mercú-
rio, vapor de sódio, vapor metálico e outras e que geralmente são acionadas e
controladas por um relé fotoelétrico.

Veja agora como instalar o relé fotoelétrico para acionar lâmpadas de vapor de
mercúrio em rede de 220V:

Figura 211 - Esquema multifilar e unifilar e ligação do rele fotoelétrico acionando lâmpada vapor de
mercúrio
Fonte: Cavalin e Cervelin (2008, p. 177)

312
Eletricista Instalador Predial

Todas as lâmpadas a vapor com exceção das lâmpadas mistas necessitam dos
acessórios de partida como reatores e ignitores.

Confira alguns exemplos:

Exemplo 1: Sistema de iluminação com lâmpada Vapor de Mercúrio (VM) em


220V.

Entrada da rede,
comando por
interruptor bipolar
ou fotocélula

Figura 212 - Esquema funcional de ligação do rele fotoelétrico acionando lâmpada vapor de mercurio
Fonte: Cavalin e Cervelin (2008, p. 178)

Componentes: (lâmpada vapor de mercúrio-VM, reator


para lâmpada vapor mercúrio, capacitor (C), e fotocélula ou
interruptor bipolar).

Exemplo 2: Sistema de iluminação com lâmpada Vapor de Sódio (VS) em 220V.

Entrada da rede,
comando por
interruptor bipolar
ou fotocélula

Figura 213 - Esquema funcional de ligação do rele fotoelétrico acionando lâmpada vapor de sódio
Fonte: Cavalin e Cervelin (2008, p. 177)

Unidade 4 313
Componentes: (Lâmpada vapor de sódio-VS, Reator para
lâmpada vapor de sódio, Ignitor-I e fotocélula ou interrup-
tor bipolar).

A iluminação do tipo a vapor mista, vapor mercúrio, vapor de sódio, e vapor


metálico, requer alguns componentes e acessórios. Vamos conhecer alguns
desses acessórios?

Figura 214 - Reator para lâmpada, vapor de sódio, lâmpada vapor de sódio e ignitores

Figura 215 - Refletor, lâmpada vapor de sódio, lâmpada e receptáculo E- 40

314
Eletricista Instalador Predial

Relembrando

Nesta aula você teve a oportunidade de conhecer componentes de


acionamentos automáticos dos sistemas de iluminação como sensor de
presença e o relé foto elétrico.Conheceu modelos e tipos diferentes de
sensores de presença, seu funcionamento e aplicações. Bem como, os
seus esquemas de ligação.Verificou como é o funcionamento esquemas e
aplicações do relé fotoelétrico. Estes são muito utilizados em ambientes
abertos com os mais variados sistemas de iluminação e por último co-
nheceu outros tipos de lâmpadas e acessórios utilizados em sistemas de
iluminação a vapor.
Ventilador de teto, como instalar, componentes e funcionamento é o que
você estudará a seguir. Com disciplina e motivação siga adiante.

Colocando em prática
Chegou o momento de colocar em prática os conhecimentos apreendi-
dos. No final desta unidade realize algumas atividades que preparamos
para você. Faça desse momento uma construção significativa do apren-
dizado.

Aula 11:
Instalação de circuitos
internos: ventilador de
teto residencial e controle
eletroeletrônico
Ao final desta aula, você estará apto a:

‡‡ entender o funcionamento dos ventiladores de teto e seus componentes;

Unidade 4 315
‡‡ interpretar e ligar circuitos elétricos dos ventiladores de teto;
‡‡ identificar os componentes e acessórios de um ventilador para sua correta
instalação;
‡‡ montar e instalar um ventilador de teto modelo tradicional.

Na aula anterior, você aprendeu como fazer a instalação de interruptores auto-


máticos por presença e por relé foto sensível, no comando de incandescentes,
fluorescentes e de lâmpadas a vapor de mercúrio e sódio.

Aprendeu também como funcionam estes componentes, como relés, acessórios


e suas aplicações.

Nesta aula você terá informações importantes para instalação de um equipa-


mento muito utilizado no verão tanto em residências como em pontos comer-
ciais, o ventilador de teto.

Existe no mercado uma grande variedade de marcas e modelos de ventiladores


de teto. Dos mais simples aos mais sofisticados. Você estudará dois dos mode-
los muito utilizados nos ambientes residenciais e comerciais. Veja:

Figura 216 - Modelos de ventilador de teto residencial e comercial

Componentes eletroeletrônicos que compõem um ventilador de teto:

316
Eletricista Instalador Predial

1
3

Figura 217 - Modelos de controles,capacitor e motor do ventilador teto

Conheça agora a função de cada componente:

1 Liga e desliga a lâmpada, aumenta e diminui a velocidade efunção ventila-


dor e exaustor;
2 Auxilia o motor no arranque inicial, produzindo um defasamento entre ten-
são e corrente;
3 Transforma energia elétrica em mecânica, oferecendo a ventilação ao am-
biente.
Agora que você já sabe qual a função dos componentes básicos do ventilador
de teto, vamos para a parte prática: como montar e fazer a sua instalação.

Instalação e montagem do ventilador de teto


A instalação e fixação do ventilador deverão ser bem planejadas e executadas
pelo eletricista. Pois, ao encontrar situações adversas com: forro de gesso ou
pvc, caixa de plástico, caixas deterioradas e outras, caberá a você adotar a me-
lhor solução. A seguir, conheça algumas alternativas de fixação do ventilador.

Antes iniciar a instalação, você deverá tomar alguns cuidados:

‡‡ Verificar se o local onde ficará fixado o ventilador suporta uma carga de


25kg;
‡‡ Não fixar o ventilador em caixa de passagem, se for de plástico. Neste caso,
você terá que fazer as adaptações necessárias;
‡‡ Instalar
o ventilador a uma altura mínima de 2,3m e espaçamento mínimo de
0,5m de paredes, pilares e outros.

Unidade 4 317
Suporte para fixação:

Atenção

A bucha não deverá ser apertada pelos parafusos, para anular a função
de amortecimento ruídos das mesmas durante o funcionamento do
ventilador.

Tipos de fixação:

Fixação diretamente em laje: para Fixação em viga de madeira: fixe o


fixar em laje, utilize bucha de nylon S suporte com parafusos de rosca so-
10 e parafusos de rosca soberba ca- berba de cabeça redonda com fenda
beça sextavada de 6mm x 50mm. de 6mm x 5mm.

318
Eletricista Instalador Predial

Fixação em viga de aço: faça dois Fixação em caixa de passagem


furos passantes na viga de aço e fixe embutida na laje: prenda o suporte
o suporte com dois parafusos de de fixação com parafusos de compri-
6,35mm ou ¼” e porcas de 6,35mm mento adequado à caixa e porcas de
ou ¼”. 6,35mm (1/4”) em uma barra de ferro
chato. A barra de ferro chato deve ter
pelo menos 3mm x 25mm de largura.
Fixe a barra, já com suporte no fundo
da caixa e parafuse-a utilizando bucha
S-10, parafusos rosca soberba cabeça
redonda com fenda e comprimento
adequado.

Após o processo de fixação do suporte você deverá iniciar o processo de mon-


tagem do ventilador de teto.

Acompanhe passo a passo:

Coloque as garras sobre o motor Passe os dois fios da lâmpada no furo


com a inclinação voltada para cima interno do eixo do motor até sair na
usando os parafusos fornecidos. parte de baixo.

Insira a canopla inferior na haste, em


Fixe as buchas de amortecimento de seguida fixe a bucha da haste e coin-
ruídos nas laterais da haste e Insira a cida os furos da mesma com os furos
canopla superior na haste. laterais da haste.

Unidade 4 319
Passe os cabos elétricos do motor e da
Encaixe a haste no eixo do motor,insira lâmpada pelo furo lateral inferior da
a cupilha e abra as pontas de forma haste e retire-os pelo furo lateral su-
que ela abrace a haste. perior.

Encaixe a haste no suporte de fixação e


fixe o ventilador utilizando o parafuso
Posicione as pás sobre as garras e fi- juntamente com a porca. Manter a ca-
xe-as utilizando os parafusos, arrue- nopla superior afastada do teto apro-
las e porcas. ximadamente 5mm. A canopla inferior
deverá ter a mesma folga em relação
ao motor.

Agora só falta montar o lustre do ventilador:

320
Eletricista Instalador Predial

Passe os fios da lâmpada no niple em seguida insira o mesmo no furo cen-


tral do rotor do motor. Aperte-o com uma porca sextavada 9,5 x 4 mm ou
3/8”x5/32.” Coloque a arruela lisa 9,525mm (3/8”),em seguida insira o plafonier
no niple. Coloque outra arruela lisa e aperte com a porca 9,525mm x 4mm (3/8”
x 5/32”). Certifique-se de que esteja bem apertada. Ligue os cabos cinzas no
soquete.

Parafuse o soquete tomando o cuidado para não torcer os fios. Coloque a lâm-
pada e fixe o globo utilizando as travas laterais do plafonier.

Esquema de ligação elétrica do ventilador de teto


Após o encaixe da haste com o ventilador no suporte de fixação, você deve
agora fazer as conexões elétricas para o funcionamento do ventilador.

Veja como ligar o ventilador de teto em uma rede de 127V, com controle de
velocidade e reversão:

Outras opções é a instalação do ventilador somente com chave de reversão ou


sem reversão, apenas com um interruptor simples:

Unidade 4 321
Relembrando

Conhecer a função dos principais componentes elétricos do ventilador


de teto e identificar as principais formas de fixação do ventilador de teto,
bem como os principais cuidados para uma boa e segura instalação, fo-
ram os assuntos estudados nesta aula.
Ah! Você não pode esquecer que aprendeu também o passo a passo da
montagem eletromecânica do ventilador e a analisar os esquemas elétri-
cos de instalação.
Na próxima aula você terá a oportunidade de conhecer uma nova etapa
das instalações, padrão de energia, quatro de distribuição, seus compo-
nentes e outros. Siga em frente com determinação, pois mais um desafio é
proposto a você.

Colocando em prática
Chegou o momento de colocar em prática os conhecimentos apreendi-
dos. No final desta unidade realize algumas atividades que preparamos
para você. Faça desse momento uma construção significativa do apren-
dizado.

322
Eletricista Instalador Predial

Aula 12:
Conhecendo as
instalações elétricas:
origem das instalações
elétricas prediais

Ao final desta aula, você estará apto a:

‡‡ Reconhecer com clareza toda a estrutura que envolve as instalações elétricas;


‡‡ Definirque tipo de categoria o consumidor se enquadra de acordo com os
critérios de potência estabelecido pela concessionária de energia elétrica.

Anteriormente, você teve a oportunidade de aprender algumas práticas profis-


sionais do cotidiano do eletricista predial, como a instalação de circuitos com:
interruptores, tomadas, lâmpadas, dispositivos eletrônicos e ventilador de teto.
Todos esses circuitos elétricos fazem parte de um conjunto maior à instalação
elétrica residencial, predial, comercial ou, até mesmo, industrial. A partir de
agora, você verá os detalhes deste conjunto. Para isso, você começará a visua-
lizar alguns destes circuitos dentro de um ambiente para que você possa ter a
visão de uma instalação elétrica completa.

Uma instalação elétrica completa deve ser bem pensada


e planejada, observando as normas de segurança e exe-
cução afins, para que, no futuro, não tenhamos surpresas
desagradáveis com a nossa instalação elétrica.

O nosso planejamento começa pelo projeto elétrico. Veja, então, como é possível
elaborar um pequeno projeto elétrico residencial com todos os critérios estabe-
lecidos nas normas de segurança e instalação.

Unidade 4 323
Origem da instalação elétrica predial
Por trás da instalação elétrica que você está acostumado a usar no dia de sua
casa, existe toda uma estrutura que, às vezes, passa despercebida. Veja como
funciona o sistema elétrico até chegar o fornecimento de eletricidade em nossa
casa.

É a partir de toda essa estrutura que a energia elétrica é transportada e dis-


tribuída a todos os consumidores finais de eletricidade: residências, prédios,
comércios etc.

Veja, por exemplo, como chega a eletricidade em uma residência:

324
Eletricista Instalador Predial

Figura 218 - Sistema de distribuição elétrica de baixa e alta tensão do concessionário de energia
Fonte: EDP/ESCELSA (1997)

Conforme você vê na figura anterior, a eletricidade chega às nossas casas, por


meio das redes públicas de energia. É de responsabilidade da concessionária,
prestadora do fornecimento de energia até o ponto de entrega, toda essa es-
trutura além do fornecimento do relógio de medição de energia (A/B e A/E são
ramais de ligação aéreos em baixa tensão em até 380V e G/H é um ramal de
ligação aéreo fornecido em alta tensão até 15KV).

Compete a ela estabelecer todas as Normas Técnicas e


critérios de dimensionamentos referentes à construção e
montagem do sistema de medição dos seus consumidores.

Cabe ao consumidor construir o seu padrão de energia e seus ramais de en-


trada (B/C e E/F são ramais de entrada com eletrodutos aparentes e A/D é
um ramal de entrada subterrâneo) conforme as normas técnicas e critérios de
dimensionamentos estabelecidos pelo seu concessionário de energia. Caberá
também ao consumidor, após a medição de energia, seguir e normas de Instala-
ções Elétricas em Baixa Tensão a NBR 5410/2004 e a de Segurança em Serviço e
Instalações Elétricas – NR10 vigente em nosso país.

Unidade 4 325
No projeto elétrico, também é necessário definir
qual o tipo de padrão de fornecimento de energia
elétrica que deverá ser requisitado na concessio-
nária para atender a nossa instalação elétrica.

Veja como podem ser os padrões de fornecimento de energia elétrica:

Padrões de entrada

326
Eletricista Instalador Predial

<inserir ilustra 4.12.5>

Após a conclusão do projeto você tem a exata informação necessária para defi-
nição do seu projeto. Essa informação é a potência total prevista para ser insta-
lada em nossa instalação.

De acordo com esta previsão de potência instalada, a nossa concessionária de


energia local define se o seu padrão de energia elétrica será monofásico, bifá-
sico ou trifásico.

Segundo a concessionária local, os consumidores individuais de energia elétrica


serão considerados:

‡‡ Monofásicos:
quando a potência total prevista da instalação estiver entre
3500 W a 9000W;
‡‡ Bifásicos:
quando a potência total prevista da instalação estiver entre
9001W a 15000W
‡‡ Trifásico:
quando a potência total prevista da instalação estiver entre
15001W a 75000W.

Unidade 4 327
Relembrando
Nesta aula, você iniciou os seus estudos aos detalhes técnicos voltados
para estruturação interna de uma instalação elétrica predial.
Inicialmente, você estudou como funciona o sistema elétrico até chegar
o fornecimento de eletricidade em sua casa, como é constituída toda a
estrutura do sistema de energia elétrica, como ela é transportada e distri-
buída a todos os consumidores finais de eletricidade e como são classifi-
cados os consumidores finais, de acordo com a concessionária prestadora
do serviço de fornecimento de energia elétrica.
De acordo a previsão de potência instalada no projeto da somatória das
potências de todas as cargas, a concessionária de energia local define se
seu padrão de energia elétrica será monofásico, bifásico ou trifásico.
Monofásicos: quando a potência total prevista da instalação estiver entre
3500 W a 9000W;
Bifásicos: quando a potência total prevista da instalação estiver entre
9001W a 15000W;
Trifásico: quando a potência total prevista da instalação estiver entre
15001W a 75000W.
Na próxima aula, você aprenderá mais detalhes internos da instalação,
conhecerá o quadro de distribuição e outros componentes da instalação.
Prepare-se para trilhar um novo caminho de aprendizagem!

Colocando em Prática

Chegou o momento de colocar em prática os conhecimentos apreendi-


dos. No final desta unidade realize algumas atividades que preparamos
para você. Faça desse momento uma construção significativa do apren-
dizado.

328
Eletricista Instalador Predial

Aula 13:
Conhecendo as
instalações elétricas: por
dentro das instalações
elétricas prediais
Ao final desta aula, você estará apto a:

‡‡ Reconhecer os detalhes técnicos que envolvem a instalação elétrica predial;


‡‡ Reconhecer o quadro de distribuição e seus componentes;
‡‡ Conhecer a função e a importância do quadro de distribuição nas instala-
ções elétricas.

Na aula anterior você conheceu a origem da instalação elétrica predial e apren-


deu que o critério que define a categoria de consumidor de energia é monofási-
co, bifásico ou trifásico, conforme estabelece a Norma Técnica da concessionária
de energia.
Agora, você irá conhecer e aprender quais os itens e componentes devem conter
uma instalação elétrica, de acordo com a Norma de Instalações Elétricas de Baixa
Tensão a NBR 5410/2004.

Conhecendo por dentro a instalação elétrica


Agora que você já conhece como a energia elétrica é fornecida e que compete
ao consumidor individual executar os serviços para ter a alimentação de sua ins-
talação elétrica. Para isso, temos que conhecer mais alguns detalhes técnicos das
instalações.

Observe a figura a seguir, mostrando um quadro de distribuição e seus compo-


nentes, bem como o sistema de aterramento.

Unidade 4 329
Quadro de
distribuição e seus
componentes
<inserir ilustra 4.13.1>

Ligação da medição
Sistema de Circuito Alimentador do concessionário
aterramento ou de distribuição

Figura 219 - Sistema de distribuição elétrica de baixa e alta tensão da concessionária de energia
Fonte: Leite (2006)

Quadro de distribuição e seus componentes

Figura 220 - Quadro de distribuição


Fonte: ELEKTRO/PIRELLI (2003)

O quadro de distribuição é o elemento da instalação que centraliza e distribui


todos os circuitos com todas as suas cargas, sendo o centro de carga da instala-
ção elétrica.

330
Eletricista Instalador Predial

Ele recebe a tubulação que vem do padrão e distribui toda a tubulação para a
alimentação dos circuitos. Veja:

Figura 221 - Quadro de distribuição


Fonte: ELEKTRO/PIRELLI (2003)

Quadro de distribuição: nele é que estão os dispositivos de proteção, dele é


que partem os circuitos terminais que vão alimentar todas as cargas como lâm-
padas, ar condicionado, chuveiro, e outras.

Os quadros de distribuição devem estar localizados em locais de fácil acesso e


estarem o mais próximo possível do centro geométrico das cargas.

Centro geométrico das cargas é o ponto onde se con-


centra o maior número cargas da instalação. Com isso, os
comprimentos dos circuitos ficam menores, diminuem as
quedas de tensão, e torna a instalação mais econômica.

Unidade 4 331
Tipos e padrões de quadros de distribuição

Figura 222 - Modelos de quadros de distribuição DIN e NEMA

Padrões de quadros de distribuição


Quadro monofásico, bifásico ou trifásico.

Independentemente se mono, bi ou trifásico, os componentes de um quadro de


distribuição para instalação elétrica predial devem ser os mesmos.
Quadro de distribuição monofásico

Circuito de Distribuição vem


do padrão de medição.

Dipositivo de Proteção
contra Surto de tensão
DPS.
Saída dos
Circuitos
Terminais.

Interruptor Diferencial
Residual Bipolar - DR
geral.

Barramento de Fase
por (Jumpers).

Barramento de
Proteção-Terra
(PE). Disjuntor termo Barramento
magnético monopolar. de Neutro.

Figura 223 - Quadro de distribuição elétrica monofásico e suas partes componentes


Fonte: Leite (2006)

332
Eletricista Instalador Predial

Quadro de distribuição bifásico

Circuito de Distribuição
Interruptor Diferencial vem do padrão de Dipositivo de Proteção
Residual Tetrapolar- DR medição. contra Surto de tensão
geral. DPS.

Saída dos Circuitos Saída dos Circuitos


Terminais. Terminais.

Barramento de Proteção -Terra


Barramento de Neutro. (PE).

Disjuntores dos Circuitos Disjuntores dos Circuitos Terminais


Terminais monofásicos. Bifásicos.

Disjuntores reservas. Barramento de


Interligação das Fases.

Figura 224 - Quadro de distribuição elétrico bifásico e suas partes componentes


Fonte: Leite (2006)

Segundo a norma de instalações elétricas de baixa tensão NBR 5410/2004, a


instalação deverá ser dividida em circuitos terminais. Você pode observar que
esta é uma das funções do quadro de distribuição. Resumidamente, teremos a
divisão interna da instalação elétrica da seguinte maneira:

Veja:

Unidade 4 333
Figura 225 - Quadro de distribuição e os circuitos terminais
Fonte: ELEKTRO/PIRELLI (2003)

Uma instalação elétrica estará de acordo com a norma NBR5410/2004 se apre-


sentar os requisitos de execução, montagens e segurança. Por exemplo:

No esquema funcional da figura anterior, você pode observar que o quadro de


distribuição apresenta um disjuntor diferencial residual geral - o qual prote-
gerá as pessoas contra choque elétrico - possui disjuntores termomagnéticos
que protegerão os fios dos circuitos elétricos, além de um barramento de pro-
teção (PE) ou terra para escoar para terra as correntes de falhas da instalação,
não deixando carcaças de aparelhos energizados.

A instalação é dividida em circuitos terminais, para maior autonomia e flexibili-


dade na manutenção da mesma.

Veja como fica a instalação elétrica a partir do quadro de distribuição:

334
Eletricista Instalador Predial

Quadro de distribuição trifásico

Circuito terminal de Circuito terminal


tomadas de uso geral de tomadas de uso
(TUG’s). Barra de proteção – PE. específico (TUE).

Barra de neutro.

Disjuntor Monopolar.
Disjuntor Bipolar.

Figura 226 - Quadro de distribuição elétrica trifásico e suas partes componentes


Fonte: Leite (2006)

Relembrando
Nesta aula, você conheceu mais alguns detalhes técnicos
das instalações. Iniciou com o quadro de distribuição e
aprendeu que nele estão os dispositivos de proteção, que é
dele que partem os circuitos terminais os quais alimentarão
todas as cargas, como lâmpadas, ar condicionado, chuveiro,
e outras.
Os quadros de distribuição devem estar localizados em
local de fácil acesso e o mais próximo possível do centro
geométrico das cargas.
Centro geométrico das cargas é o ponto onde se concen-
tra o maior número de cargas da instalação. Com isso, os
comprimentos dos circuitos ficam menores, diminuem as
quedas de tensão, e torna a instalação mais econômica.
Conheceu também os tipos de quadros de distribuição e
aprendeu que a instalação elétrica deve ser divida em cir-
cuitos parciais, para dar autonomia e flexibilidade à instala-
ção.
Muito bem, na próxima aula você conhecerá um importan-
te componente da instalação: o aterramento elétrico, a sua
constituição e seu funcionamento. Junte motivação e auto-
nomia para fazer mais uma viagem regada à surpresas!

Unidade 4 335
Colocando em Prática

Chegou o momento de colocar em prática os conhecimentos apreendi-


dos. No final desta unidade realize algumas atividades que preparamos
para você. Faça desse momento uma construção significativa do apren-
dizado.

Aula 14:
Conhecendo instalações
elétricas: aterramento das
instalações elétricas
Ao final desta aula, você estará apto a:

‡‡ Reconhecer os detalhes técnicos da montagem do sistema de aterramento


de funcional e de proteção da instalação elétrica;
‡‡ Reconheceros detalhes técnicos da montagem do quadro de distribuição
e seus componentes exigidos pela norma de instalações elétricas de baixa
tensão NBR 5410/2004.

Na aula anterior, você conheceu e aprendeu quais os itens e componentes


devem compor uma instalação elétrica, de acordo com a Norma de Instalações
Elétricas de Baixa Tensão a NBR 5410/2004. Primeiramente, conheceu o quadro
de distribuição, sua função, tipos e instalação.

Nesta aula, você conhecerá componentes muito importantes que integram o


quadro de distribuição - os dispositivos de proteção contra sobre correntes,
contra choque elétrico e surtos de tensão - e a estrutura do aterramento da
concessionária e de proteção das instalações elétricas.

336
Eletricista Instalador Predial

Aterramento das instalações


O aterramento das instalações elétricas, dos equipamentos ou aparelhos elétri-
cos é uma exigência legal da concessionária de energia da norma brasileira de
instalações elétricas NBR 5410/2004 e da norma de segurança nas instalações e
nos serviços em eletricidade a NR10.

Pergunta
Você deve estar se perguntando: por que tanta exigência?

De fato, a ausência de aterramento pode provocar sérios danos materiais e pes-


soais, implicando responsabilidades civis e criminais.

A sua finalidade é manter o perfeito funcionamento das instalações e de evitar


os riscos de choque elétrico de pessoas e animais. Ele é, em síntese, um cami-
nho direcionado à terra, para que as correntes possam fluir com rapidez e segu-
rança em caso de falhas elétricas nas instalações e ou aparelhos elétricos.

Veja alguns detalhes.

Tipos de aterramento
Aterramento Funcional: consiste na ligação de um dos condutores do sistema
à terra, geralmente o neutro, e este está relacionado ao funcionamento correto,
seguro e confiável das instalações.

Aterramento de Proteção: este aterramento consiste na ligação à terra, das


massas metálicas e de elementos condutores estranhos à instalação, com o
objetivo de dar a proteção contra choques elétricos provocados por contatos
indiretos. Confira, na figura a seguir, a distinção.

Unidade 4 337
Figura 227 - Sistema de entrada de energia elétrica residencial até o quadro de distribuição
Fonte: Leite (2006)

O aterramento é constituído pelos eletrodos de aterramento, que são partes


condutoras enterradas propositadamente, ou seja, se encontram no solo e que
garantem um bom contado com a terra. Os elementos utilizados para este fim
são os eletrodos de aterramento. Estes podem ser basicamente:

Haste de terra fabricada


<inserir ilustra 4.14.2>

Figura 228 - Modelos de elétrodos de aterramento (haste cilíndrica de aço cobreado e cantoneira em
aço galvanizado)

338
Eletricista Instalador Predial

Eletrodos naturais

Estrutura metálica – Estrutura metálica – elétro-


dentro do encapsula do natural para escoamen-
mento do concreto to das correntes de falhas

Figura 229 - Estruturas metálicas usadas como elétrodo natural de aterramento

Outro tipo de eletrodo


Neste caso, estes eletrodos são utilizados quando o solo é muito arenoso, ou
rochoso o que aumenta muito a resistência do solo dificultando o escoamento
de corrente.

Sistema de malhas de
cabos ou fitas de cobre

Figura 230 - Malha de aterramento com fita e cabo de cobre

Unidade 4 339
Dica
Sempre que possível, utilize o aterramento das instalações elétricas a
partir da sua origem. Como você já estudou, essa origem está no padrão
de entrada de energia.

Observe a figura a seguir:

Origem de instalação
do aterramento

Aqui devera passar o condutor


de proteção (PE) ou terra

Atenção
A NBR 5410/2004 estabelece no item 6.5.3.1 que todas as tomadas fixas
ou de extensão residenciais e semelhantes devem possuir o terceiro
ponto (PE). Portanto, devem ter o fio terra ligado a ela.

Você conhecerá agora outros dispositivos de proteção que farão parte do qua-
dro de distribuição das instalações elétricas.

340
Eletricista Instalador Predial

Dispositivos de proteção das instalações elétricas


O disjuntor ou interruptor diferencial residual – DR

No caso do disjuntor DR, este tem a função de proteger a instalação contra


incêndios e sobre correntes, e também proteger as pessoas contra choques
elétricos, conhecido como disjuntor diferencial residual – DDR.

O interruptor DR tem a função de proteção dos usuários da instalação contra


choques elétricos.

A NBR 5410 torna obrigatório o uso do dispositivo diferencial residual nas se-
guintes situações:

‡‡ Em circuitos que sirvam pontos de utilização de banheiras e chuveiros;


‡‡ Em circuitos que atendam as tomadas das áreas externas da edificação;
‡‡ Em circuitos de tomadas situadas nas áreas internas, mas que atendam
equipamentos em área exterior à edificação;
‡‡ Em circuitos localizados em banheiros, cozinhas, copas-cozinhas, lavande-
rias, áreas de serviço, garagens e áreas internas molhadas de cotidiano ou
sujeitas a lavagens.
Observe, na figura a seguir, os modelos de interruptores DR mais comuns utili-
zados nos quadros de distribuição:

Figura 231 - I nterruptores diferenciais residuais: bipolar (esquerda) e tetrapolar (direita)

Veja como pode ser feita a sua instalação no quadro de distribuição:

Unidade 4 341
IDR na entrada do quadro de
distribuição. Proteção em toda a
instalação contra choque elétrico

IDR no uso individual por circuito DTM’s Disjuntores termomagnéticos que


da instalação proteção contra protegem a instalação contra sobrecargas
choque somente neste circuito térmicas nos fios e contra curtos circuitos

Figura 232 - Quadro de distribuição e os dispositivos de proteção


Fonte: ELEKTRO/PIRELLI (2003)

O disjuntor
O disjuntor é um dispositivo de proteção e manobra das instalações elétricas,
que tem a finalidade de proteger os condutores das instalações contra curto
circuito e sobrecargas térmicas.

De acordo com a rede de alimentação eles podem ser monofásico (monopo-


lar), bifásico (bipolar) e trifásico (tripolar).

Veja a figura:

342
Eletricista Instalador Predial

Figura 233 - Disjuntores monopolar, bipolar e tripolar


Fonte: ELEKTRO/PIRELLI (2003)

São utilizados, basicamente, dois padrões nas instalações elétricas.

O padrão mais tradicional é o National Electrical Manufacturers


Association – NEMA de origem norte americana e o padrão mais
atual é o Deutsches Institut Für Normung – DIN, de origem européia.

Figura 234 - Disjuntores - Dispositivos de proteção padrão NEMA e DIN

Dispositivo de proteção contra surto – DPS

É um dispositivo que as instalações contra surtos de tensão. Ele minimiza des-


cargas indiretas na rede elétrica, causadas por descargas atmosféricas. Como se
fosse um pára-raios em baixa tensão. Trabalham com tensão contínua/nominal
175 V e corrente nominal de 10 kA (ou de 20kA em áreas críticas).

Unidade 4 343
Esses dispositivos são instalados junto ao quadro de distribuição dos Circuitos,
evitando que as sobre tensões provocadas por descargas atmosféricas possam
se propagar internamente pelas instalações elétricas e causar danos aos equipa-
mentos elétricos e eletrônicos.

Figura 18 - Dispositivos de proteção contra surto de tensão monofásico, bifásico e trifásico

De acordo com a norma NBR 5410/2004, os dispositivos de proteção contra


surto devem ser conectados da forma abaixo explicada.

Veja como você poderá conectar o DPS no quadro de distribuição:

DPS- instalado no quadro


de distribuição

344
Eletricista Instalador Predial

A NBR 5410/2004 estabelece algumas formas de conexão dos DPS s no ponto


de entrada de energia ou no quadro de distribuição. Você vê na figura a seguir
a forma de conexão estabelecida pela norma.

Figura 19 - Esquema de ligação dos DPS


Fonte: ABNT (2004)

Relembrando
Nesta aula, você conheceu todos os detalhes técnicos envolvidos na ori-
gem da instalação, bem como no quadro de distribuição da instalação.
Estudou sobre os tipos de aterramentos utilizados nas instalações elétricas
e a importância para o bom funcionamento das instalações e segurança
de seus usuários. São eles:
‡‡ Aterramento Funcional: consiste na ligação de um dos condutores do
sistema à terra, geralmente o neutro, e esta relacionado ao funcionamento
correto, seguro e confiável das instalações;
‡‡ Aterramento de Proteção: consiste na ligação à terra, das massas metáli-
cas e elementos condutores estranhos à instalação, com o objetivo oferecer
proteção contra choques elétricos provocados por contatos indiretos.

Aprendeu sobre os dispositivos de proteção instalados no quadro de


distribuição como disjuntor, dispositivo de proteção e manobra das ins-
talações elétricas, cuja função é proteger os condutores das instalações
contra curto circuito e sobrecargas térmicas.
O disjuntor DR e o interruptor DR, com as funções de proteger a insta-
lação contra incêndios e sobre correntes, e também pessoas contra cho-
ques elétricos, protegendo também os usuários da instalação contra cho-
ques elétricos, obrigatórios de acordo com a NBR 5410. Finalmente você
aprendeu sobre o dispositivo proteção contra surtos (vDPS’s) de tensão
provocados por descargas atmosféricas. Nas entradas da instalação ou no
quadro de distribuição.
Pronto para continuar? Reúna entusiasmo e atenção para seguir em frente.

Unidade 4 345
Colocando em Prática

Chegou o momento de colocar em prática os conhecimentos apreendi-


dos. No final desta unidade realize algumas atividades que preparamos
para você. Faça desse momento uma construção significativa do apren-
dizado.

Aula 15:
Conhecendo as
Instalações elétricas:
rede de eletroduto PVC
nas instalações elétricas
prediais
Ao final desta aula, você estará apto a:

‡‡ Reconheceros detalhes técnicos de montagem das partes internas e exter-


nas que envolvem a instalação elétrica predial;
‡‡ Reconhecer componentes de montagens da rede de eletroduto interna da
instalação;
‡‡ Reconheceras prescrições estabelecidas pela norma NBR 5410 para monta-
gens de redes de eletrodutos internas e aparentes.

Anteriormente, você conheceu as exigências das normas técnicas na estrutura-


ção do sistema de aterramento na origem do padrão de energia, e também os
componentes necessários para compor o quadro de distribuição da instalação
elétrica. Aprendeu sobre os dispositivos de proteção contra sobre correntes
surtos de tensão e choque elétrico, suas funções e instalação.

346
Eletricista Instalador Predial

A partir de agora, você terá algumas informações técnicas da rede de eletro-


dutos internos para possibilitar a execução da enfiação dos fios dos circuitos
elétricos, conforme você aprendeu nas aulas anteriores.

Uma rede de eletrodutos embutida ou externa consiste em unir eletrodutos às


caixas de passagem ou derivação por meio de componentes ou acessórios, em
um local preestabelecido. Será necessária, antes de iniciar a montagem e cons-
trução da rede, a execução de um traçado, seguindo um projeto elaborado por
um projetista ou profissional qualificado.

Atenção
É importante você saber que a construção da rede de eletrodutos não se
restringirá em atender somente a parte elétrica. Fará parte dessa rede,
também, a tubulação para atendimento telefônico, TV, som, dados, e
comunicação interna.

Caberá ao projetista prever e elaborar o projeto de acordo com todas as suas


especificidades. Uma rede de eletrodutos estruturada para vídeo, dados, segu-
rança e outros e outra especifica para o sistema elétrico. Contudo, aqui você
estudará somente a parte elétrica.

Acessórios e componentes da rede de eletrodutos embutida


Muitos são os acessórios que compõem a rede de eletrodutos, mas você conhe-
cerá somente aqueles que auxiliam os eletrodutos de PVC, na instalação elétrica
predial.

Observe o desenho em perspectiva, que você terá uma visão de toda a tubula-
ção da instalação elétrica.

Unidade 4 347
1
9

10

3 5

Figura 235 - tubulação da instalação elétrica

Lista dos acessórios utilizados na construção da rede de eletrodutos:

1 Caixa de passagem octogonal 4”x4” de PVC ou metálica;


2 Curva de 45º de PVC;
3 Caixa de passagem 4”x 2” PVC ou metálica;
4 Caixa de passagem 4”x 4” de PVC ou metálica;
5 Arruela de alumino para eletroduto;
6 Bucha de alumínio para eletroduto;
7 Luva de PVC;
8 Curva de 90º;
9 Eletroduto de PVC;
10 Quadro de distribuição de PVC ou metálico.

Agora que já você conheceu os acessórios e componentes da tubulação, confira


alguns detalhes de montagens da rede.

348
Eletricista Instalador Predial

Traçado e locação dos pontos de utilização da rede de


eletrodutos
Observe, na figura a seguir, que cada ponto de utilização tem sua altura estabe-
lecida. Veja:

‡‡ Ponto de utilização para antena, chuveiro 2,20m;


‡‡ Ponto de utilização para interruptor 1,30m;
‡‡ Ponto de utilização para tomada 0,30m em locais que tenha necessidade de
lavagens e 1,30m em banheiros, cozinhas, áreas de serviço, e áreas externas;
‡‡ Quadro de distribuição 1,70m na sua aresta superior.

Figura 236 - medidas para locação dos pontos de caixas e eletrodutos


Fonte: ELEKTRO/PIRELLI (2003)

Pontos de utilização próximos à porta prefe-


rencialmente B = 0,15m, ou, no máximo, a
0,30m do marco da porta e A= 1,30m do
piso.

Figura 237 - Medidas de locação do ponto de interruptores


Fonte: Cavalin e Cervelin (2008, p. 302)

Unidade 4 349
- Para um ponto de utilização no teto, deverá ser
feita uma marcação, traçando duas diagonais para
tornar os pontos eqüidistantes, ou seja, com as
mesmas medidas entre os lados das paredes;

Para dois ou mais pontos, o ambiente deverá


ser dividido em tamanhos iguais e, então, tra-
çar as diagonais para achar os pontos equidis-
tantes.

Figura 238 - Locação do pontos de luz


Fonte: Cavalin e Cervelin (2008, p. 303)

Para o traçado dos pontos de utilização no teto, quando


não for possível fazer o traçado e marcação no mesmo,
poderemos fazer todo o traçado no piso e em seguida
transferi-lo para o teto, com o prumo de centro.

Detalhes construtivos de montagem da rede de eletroduto


embutida

350
Eletricista Instalador Predial

Conexão de eletrodutos na laje

É importante, encher as caixas


de passagens com papel de ci-
mento molhado antes de iniciar
o procedimento de concretagem
para evitar o entupimento das
mesmas.

A tubulação poderá ser amarra-


da com arame sobre o aramado Arruela –
da laje para evitar que flutue
durante a concretagem. acabamento
externo da
caixa

Bucha –
acabamento
interno da
caixa

Figura 239 - Conexão de eletrodutos na laje

Conexão de eletrodutos na parede

Figura 240 - montagem e fixação dos eletrodutos na parede


Fonte: Cavalin e Cervelin (2008, p. 306)

Unidade 4 351
No processo de execução, para:

‡‡ A fixação de eletrodutos rígidos e flexíveis, você deverá prendê-los com


pregos, para que no procedimento de reboco das paredes estes não venham
sair dos alojamentos das paredes;
‡‡ Fazer a emendas de eletrodutos ou conexão com curvas nos eletrodutos,
você deverá utilizar as ferramentas adequadas para o procedimento do
aperto final. Nos eletrodutos de PVC, você deverá ter o cuidado com o aper-
to final, para não danificar as pontas dos eletrodutos.

Acessórios e componentes da rede de eletrodutos externa 1


2

Uma rede de eletrodutos externa é muito utilizada em instalações comerciais,


industriais, pois, permitem rápidas modificações - o que garante maior seguran-
ça e flexibilidade. A rede de eletrodutos externa não difere muito da rede em-
butida, em seus procedimentos de montagem. Porém, são acrescentados alguns
acessórios diferentes. A NBR 5410 faz, também, algumas prescrições em relação
à montagem e construção de tubulação aparente.

Acompanhe como exemplo os projetos de rede de eletrodutos.

A distância máxima
O menor diâmetro entre caixas em tre-
admitido para ele- chos retos é de 15m
troduto é de 20mm

Entre caixas só é permitido no máximo 03 cur-


vas de 90º ou o equivalente em curva de até
270º.Não sendo permitido curva
A distância mínima entre
suportes em trechos
verticais:
Eletroduto 20mm= 2m;
Eletroduto 25 e 32
mm=2,5m;
Eletroduto de 40

A distância máxima entre


suportes em trechos não
verticais serão:eletroduto
20=2m; 25mm=3m

Figura 241 - projetos de rede de eletrodutos

352
Eletricista Instalador Predial

A seguir, você verá uma montagem de eletrodudos que poderá ser tanto de
PVC (plástico) como metálica, o que dependerá do usuário e aplicação. Neste
tipo de tubulação, é muito importante ter um bom acabamento e estética, pelo
fato dos eletrodutos ficarem à vista.

No processo de execução, você deverá:

a Localizar e marcar o percurso da rede de eletroduto;


b Preparar todos os trechos da tubulçao e fixá-las com as ferramentas apro-
priadas.

1
2 Atenção
Você deverá sempre manter a verticalidade e horizontalidade da
tubulação.

2 3 4

1 5

10

7
8

Figura 242 - montagem de eletrodudos

Unidade 4 353
Lista dos acessórios utilizados na construção da rede de
eletrodutos
1 eletroduto de PVC rígido;
2 caixa de passagem tipo condulete;
3 tampas de caixas de passagem conforme aplicação;
4 box de PVC curvo com tampa de inspeção;
5 bucha e arruela;
6 caixa de passagem com adaptadores removíveis;
7 luva e conector aparafusado;
8 box reto aparafusado;
9 bucha de redução;
10 abraçadeira de PVC.

Relembrando

Nesta aula, você viu que a rede de eletrodutos é uma estrutura que aten-
de não somente a instalação elétrica, mas também, ao sistema de TV, som,
vídeo, dados e outros.

Conheceu os componentes e seus acessórios, como caixas de passagens,


eletrodutos, buchas e arruelas, curvas, conduletes, abraçadeiras e outros.
Estudou os procedimentos de montagens como a marcação, medidas pa-
drões de altura e distâncias conforme exigência da NBR 5410. Por último,
você conheceu os principais componentes e acessórios de uma rede de
eletrodutos aparentes, bem como, as prescrições e exigências da norma
para tubulação aparente.

Você fechou o estudo da construção e montagem da rede de eletroduto


nas instalações elétricas prediais, concluindo assim o módulo 4. Prepare-
se para explorar a última unidade de estudo, tornando você um profissio-
nal qualificado. Mãos a obra.

354
Eletricista Instalador Predial

Finalizando

Parabéns! Você conseguiu vencer todas as etapas da unidade 4. Agora


você está preparado para enfrentar novos desafios, pois a base está
pronta. Construí-la com determinação será a garantia para seu sucesso
no decorrer do curso.

Colocando em Prática

Chegou o momento de colocar em prática os conhecimentos apreendi-


dos. No final desta unidade realize algumas atividades que preparamos
para você. Faça desse momento uma construção significativa do apren-
dizado.

Unidade 4 355
Colocando em Prática

Aula 1

1 Associe cada atividade com a ferramenta apropriada.


a) Fazer olhal em condutores para a conexão em receptáculos.

b) Conexão de fios em tomadas e interruptores.

c) Prensagem de terminais em fios elétricos.

d) Remoção da isolação de um fio elétrico.

356
Eletricista Instalador Predial

e) segurar peças ou fio elétrico conforme figura.

f) Abertura de roscas em eletrodutos.

2 Associe cada ferramenta com a sua utilização:


(1) Alicate de bico redondo ou cônico;

(2) Alicates de bico meia cana;

(3) Soprador térmico;

(4) Alicate universal;

(5) Alicate de corte diagonal ou lateral;

(6) Alicates decapadores de fios e cabos;

(7) Chave de fenda;

(8) Alicate prensa terminal manual.

Unidade 4 357
( ) É um utensílio para o eletricista predial, usado em aplicações como,
moldar eletrodutos de PVC para confeccionar curvas;

( ) Utilizado para dobrar, cortar, pegar e segurar peças;

( ) Muito utilizado pelo eletricista para corte de fios e cabos, pois, pro-
porciona um corte preciso, seguro e rápido;

( ) Utilizado pelo eletricista para moldar fios rígidos em forma de olhal,


em vários diâmetros;

( ) Utilizados para segurar e guiar peças a serem soldadas, aparafusa-


das ou conectadas e também para dobrar, torcer ou destorcer conduto-
res, linguetas, suportes e outros;

( ) São utilizados pelos eletricistas para remover a isolação de fios e


cabos sem danificar o núcleo do condutor;

( ) Utilizado para fazer a compressão de terminais em cabos;

( ) Utilizada para apertar e desapertar parafusos com fenda.

Aula 2

1 Coloque o nome do tipo de emenda.

a)

b)

358
Eletricista Instalador Predial

c)

2 Qual tipo de emenda consiste em unir condutores para fazer o prolon-


gamento de linhas abertas ou dentro de caixas de derivação e passa-
gens?

3 Onde utilizar a emenda que você verá na figura seguinte?

Unidade 4 359
4 Qual tipo de emenda consiste em unir o extremo de um condutor
(ramal) numa região intermediária (rede) para interligar em uma rede
elétrica?

Aula 3

1 Você deseja realizar a conexão de dois condutores elétricos de metais


diferentes. Qual das conexões abaixo você usaria?

a-( )

b-( )

c-( )

360
Eletricista Instalador Predial

2 Qual ferramenta você utilizaria para fazer um olhal?

3 A figura seguinte representa a emenda de dois condutores fabricados


com metais diferentes. Em instalações elétricas abertas ou aéreas, o
contato de dois metais diferentes com o ar ou submetidos a variações
de temperatura e umidade, provocam uma d.d.p. entre eles, dando ori-
gem à corrosão galvânica. Cite alguns procedimentos para evitar esta
corrosão galvânica.

Unidade 4 361
Aula 4

1 Conforme você estudou, solda é uma mistura de dois materiais dife-


rentes (liga), na proporção de 33% chumbo e 67% estanho, proporção
ideal para solda se fundir a 170Cº. Qual o objetivo de soldar emendas
de prosseguimento e derivação em instalações elétricas?

2 Por que é necessário limpar e estanhar o ferro de solda antes de usá-


lo?

362
Eletricista Instalador Predial

3 A que se refere a figura a seguir? Qual a sua finalidade?

Aula 5

1 Qual o objetivo de realizar o isolamento de emendas e conexões?

Unidade 4 363
2 Conforme visto em aula, alguns tipos de isolantes podem ser encon-
trados no mercado. Associe os tipos de isolantes com sua respectiva
descrição.
(a) Fita isolante plástica;

(b) Fita isolante autofusão;

(c) Isolante termo contrátil;

(d) Isolante líquido.

( ) Usada para isolar cabos ou barramentos. Aplicado com um pincel,


em camada de um 1 mm, pode isolar até 10KV.

( ) Fabricada em diversas cores (preta, verde, azul, amarela e branca)


para isolamento de fios e cabos de até 750V e identificação das fun-
ções de outros condutores como neutro(azul) e terra (verde).

( ) Formam uma sobrecapa isolante. Aplicado com auxílio de soprador


térmico ou maçarico.

( ) Funde-se formando uma massa quando aplicada em camadas so-


brepostas. Aplicada em fios e cabos de até 69KV.

Aula 6

1 Para que servem os eletrodutos?

2 Quais são os tipos de eletrodutos?

364
Eletricista Instalador Predial

3 Qual a função das ferramentas abaixo nas execuções de corte, rosca e


curva em eletrodutos rígidos?

Unidade 4 365
Aula 7

1 Nesta aula você aprendeu que todas as instalações elétricas deverão


ser projetadas por meio de símbolos e esquemas multifilares, unifila-
res e funcionais. Com base nessa afirmação, escreva em cada circuito a
seguir, sua representação: multifilar, unifilar ou funcional.

<<Inserir ilustra 4.7.24>>

2 Os interruptores podem ser de uma seção, duas seções, três seções,


combinadas ou não com tomadas e ainda em outros formatos mais
específicos de acordo com a aplicação paralelos, intermediários, bipolar
e pulsador. Diante dessa afirmação, qual dos interruptores citados você
usaria para:
a) Acionar uma campainha:

b) Acionar duas lâmpadas através de um mesmo ponto de comando na


parede:

c) Acionar uma lâmpada através de um ponto de comando na parede:

366
Eletricista Instalador Predial

3 Cite benefícios do novo padrão brasileiro de tomadas residenciais.Ob-


serve o diagrama funcional abaixo e represente os diagramas multifilar
e unifilar referente à instalação de uma lâmpada incandescente coman-
dada por um interruptor de uma seção.

4 Segue abaixo a representação unifilar em uma parte do projeto elétrico


de uma instalação. Traduza esta representação.

Unidade 4 367
5 Escreva na frente de cada condutor, sua função conforme o código de
cores: fase, neutro ou terra.

6 Você aprendeu que a bitola dos condutores é dada em mm². Agora


responda:
a) Qual seria a bitola mínima normatizada para condutores em circuitos
de iluminação?

b) Qual seria a bitola mínima normatizada para condutores em circuitos


de tomadas?

368
Eletricista Instalador Predial

Aula 8

1 Cite aplicações para os interruptores paralelos.

2 Represente o diagrama unifilar da instalação de uma lâmpada coman-


dada por interruptores paralelos conforme sugere o diagrama funcional
a seguir.

Unidade 4 369
3 Ainda com relação ao circuito da questão anterior, como proceder se
você precisar instalar mais um ponto de comando para a lâmpada? Re-
presente a solução por meio dos diagramas multifilar e unifilar.

4 Interruptores paralelos só podem trabalhar em conjunto com outro


interruptor paralelo e que os intermediários só podem trabalhar entre
dois paralelos. Em uma instalação elétrica, pode ser necessário utilizar
mais de um interruptor intermediário ou (Four way)? Justifique.

5 Complete a ligação de forma que represente corretamente o diagrama


funcional de dois interruptores paralelos e um intermediário coman-
dando uma lâmpada.

370
Eletricista Instalador Predial

Aula 9

1 Você necessita realizar a instalação de uma lâmpada incandescente que


funciona com duas fases (220V). Assinale a seguir qual interruptor você
deverá usar nesta instalação.

a) ( ) interruptor simples de uma seção;

b) ( ) interruptor de duas seções;

c) ( ) interruptor bipolar simples;

d) ( ) interruptor de três seções.

2 Escreva fase, neutro e terra, nos espaços próprios da figura a seguir, de


forma que represente a correta ligação dos fios na tomada 2P+ T.

Unidade 4 371
3 Lembre-se: Reator é o componente elétrico responsável por promover
a partida da lâmpada fluorescente e ao mesmo tempo limitar a tensão
de funcionamento da mesma. Agora uma pergunta: onde você deve
ligar o fio verde existente no reator?

372
Eletricista Instalador Predial

4 Represente em forma de projeto elétrico, o diagrama multifilar a se-


guir referente à instalação de interruptor bipolar simples acionando
uma luminária com lâmpada fluorescente 40W/220V e duas tomadas
2P+T/220V.

Aula 10

1 Você conheceu nesta aula sensor de presença e fotocélula. Analisando


as figuras a seguir indique qual dispositivo está sendo aplicado, se é
fotocélula ou sensor de presença.

a)

Unidade 4 373
b)

2 Para a instalação de um sensor de presença o eletricista deverá inter-


pretar com clareza as informações no folheto informativo do fabricante.
Existem sensores de diversos fabricantes e alguns mais sofisticados. Se
você tiver que instalar sensores em ambientes que durante o dia não
seja necessário a iluminação ligada, por exemplo, saguão de prédios e
outros, Qual sensor a seguir será o ideal? Justifique a escolha.
a) ( ) Sensor de presença convencional;

b) ( ) Sensor de presença com sensor de luz incorporado.

3 Os relés fotoelétricos são utilizados pelas concessionárias de energia


elétrica e prefeituras na iluminação de ruas e demais locais públicos.
Explique o funcionamento do diagrama do relé fotoelétrico representa-
do a seguir.

374
Eletricista Instalador Predial

4 Por qual razão na instalação em postes o relé nunca deverá ser instala-
do com o seu sensor de frente a fonte de luz?

Unidade 4 375
5 Quais são os tipos de lâmpadas utilizadas na iluminação de ruas, pra-
ças, jardins, centros esportivos? Como geralmente é feito o controle e o
acionamento destas lâmpadas?

6 Analise o diagrama multifilar e em seguida complete o diagrama uni-


filar, ambos se referem à instalação do relé fotoelétrico para acionar
lâmpadas de vapor de mercúrio em rede de 220V:

7 Todas as lâmpadas a vapor, com exceção das lâmpadas mistas, necessi-


tam de acessórios de partida. Quais são estes acessórios?

376
Eletricista Instalador Predial

8 Escreva o nome de cada acessório para lâmpadas a vapor. Tipos de


lâmpadas a vapor estão representados nas duas primeiras figuras.

Aula 11

1 Prove que você sabe qual a função dos componentes básicos do ven-
tilador de teto, numerando as figuras conforme a numeração de cada
função descrita a seguir:

Unidade 4 377
( ) Liga e desliga a lâmpada, aumenta e diminui a velocidade e função
ventilador e exaustor;

( ) Auxilia o motor no arranque inicial, produzindo um defasamento


entre tensão e corrente;

( ) Transforma energia elétrica em mecânica, oferecendo a ventilação


ao ambiente.

2 Escreva em cada quadro qual ação está sendo executada durante o


processo de montagem do ventilador de teto.

378
Eletricista Instalador Predial

3 Dentre as opções de instalação do ventilador de teto estão: a instalação


do ventilador somente com chave de reversão ou sem reversão, apenas
com um interruptor simples. O esquema a seguir refere-se à instalação
do ventilador de teto em uma rede de 127V, com controle de velocida-
de e reversão. Porque existem dois condutores ligados ao fio neutro?
Qual a função dos dois condutores identificados por “preto”?

Unidade 4 379
Aula 12

1 Atribua os valores de tensão entre fase +neutro ou entre fase +fase


para os sistemas 220/127V demonstrados a seguir.

pag 140

2 Identifique os pontos indicados pelas setas na figura a seguir do siste-


ma de distribuição de energia da concessionária local.

380
Eletricista Instalador Predial

3 De acordo com o critério da concessionária local, os consumidores


de energia em baixa tensão são divididos por categorias: categoria 1
monofásico, categoria 2 bifásico e categoria 3 trifásico. Identifique cada
consumidor de acordo com o nível de potência apresentado por cada
categoria, quando monofásico, bifásico ou trifásico:
a) De 3500 a 9000W

b) De 9001 a 15000W

c) De 15001 a 75000W

Aula 13

1 Identifique às funções dos componentes integrantes de um quadro de


distribuição.
Relacione a coluna B (componente) de acordo com coluna A (função):

Componente Função
(1) Disjuntor (..) Proteção contra Choque elétrico.
(2) DSP ( ) Condutor de proteção terra
(3) DR (..) Proteção contra sobrecarga e curto circuito.
(4) PE ( ) Proteção contra surto de tensão

2 Complete as frases:
No quadro de distribuição, estão os dispositivos de proteção, dele é
que partem os que vão alimentar
todas as cargas como lâmpadas, chuveiro, e outras.

Os quadros de distribuição devem estar localizados em


e estarem o mais próxi-
mo possível do das
cargas.

é o ponto onde se
concentra o maior número cargas da instalação.

Unidade 4 381
3 Preencha, nos quadros indicados, os nomes dos componentes do qua-
dro distribuição monofásico.

Aula 14

Agora é hora de unir teoria e prática. Responda as questões a seguir:

1 O aterramento das instalações elétricas e dos equipamentos ou apa-


relhos elétricos é uma exigência legal da concessionária de energia da
norma brasileira de instalações elétricas NBR 5410/2004, que segue a
norma de segurança nas instalações e nos serviços em eletricidade, a
NR10. Para estas exigências legais existe o aterramento funcional e o
de proteção. Defina o que é o aterramento funcional e o aterramento
de proteção?

382
Eletricista Instalador Predial

2 Identifique os componentes abaixo:

Unidade 4 383
3 A NBR 5410/2004 estabelece algumas formas de conexão dos DPS’ s no
ponto de entrada de energia, ou no quadro de distribuição. Interligue
os DPS’s na rede elétrica apresentadas a seguir.

Aula 15

Para concretizar o seu aprendizado, chegou o momento de responder


as questões a seguir. Esta é uma ótima oportunidade para rever os con-
ceitos estudados.

1 Descreva a lista de materiais dos componentes mostrados nas imagens


a seguir.

384
Eletricista Instalador Predial

2 Escreva as medidas padrões que podem ficar os componentes da ins-


talação elétrica indicados na figura a seguir pela setas.

3 A NBR 5410 faz algumas prescrições em relação a montagem e cons-


trução de tubulação aparente. Qual a medida da distância máxima em
trechos retos entre caixas de passagem?
a) 5 metros;

b) 10 metros;

c) 15 metros;

d) 20 metros.

Unidade 4 385
5
Interpretação de
projetos elétricos

Aulas
Acompanhe, nesta unidade, o estudo das aulas
seguintes.

Aula 1: Projeto de instalações elétricas

Aula 2: Locação de pontos elétricos

Aula 3: Divisão das instalações elétricas em cir-


cuito

Aula 4: Fornecimento de energia

Aula 5: Dimensionamento de condutores

Aula 6: Dimensionamento dos eletrodutos e


proteções

387
Para iniciar
A partir de agora você receberá orientações de como analisar e inter-
pretar um projeto elétrico. A intenção não é torná-lo um projetista, mas
dar a você subsídios para que o execute de maneira correta. Muitos
“eletricistas” se limitam a execução da instalação elétrica. Por vezes,
os símbolos apresentados em projetos elétricos não são interpretados
com os conhecimentos técnicos necessários. Mas saiba que o significa-
do, como e porque os dados são apresentados em um projeto elétrico,
são conhecimentos importantes e com certeza você já vem adquirindo
ao longo dessa jornada, não é mesmo?

A melhor maneira de você aprender a interpretar e analisar um projeto


é começando uma interpretação de um pequeno projeto elétrico resi-
dencial.

Então, mãos à obra e bons estudos!

Aula 1:
Projeto de instalações
elétricas
Ao final desta aula você estará apto a:

‡‡ Definir e conhecer as parte que compõem um projeto elétrico;


‡‡ Definir uma planta baixa;
‡‡ Conhecer os critérios de previsão de cargas de iluminação e tomadas de uso
geral e específico;
‡‡ Conhecer o quadro de carga da instalação elétrica.

Que tal conhecer um projeto elétrico completo? Esse projeto você poderá ver
no exemplo seguinte. Ele está pronto para ser executado. Mas fique tranquilo!
Para que você possa executá-lo, deverá entender como tudo começou, e, nesta
e nas próximas aulas, você terá informações detalhadas sobre cada etapa.

388
Eletricista Instalador Predial

Figura 243 - Projeto elétrico exemplo


Fonte: Leite (2006)

Pergunta

Você sabe o que é um projeto elétrico?

Em linhas gerais, é a apresentação de soluções possíveis, para resolução de


determinados problemas. Como exemplo, pense de que forma a energia elé-
trica será conduzida da rede de distribuição até os pontos de utilização em um
apartamento.

Portanto, é possível dizer que um projeto elétrico é a me-


diação entre a energia elétrica na rede de distribuição e a
energia elétrica na casa do consumidor.

Um projeto elétrico é composto de:

‡‡ Plantas (baixa e leiaute, quando necessário);

Unidade 5 389
‡‡ Esquemas (unifilares, e outros complementares como: prumadas, antena,
alarme, segurança, iluminação de emergência e outros, quando necessário);
‡‡ Desenhos dos quadros de distribuição;
‡‡ Desenhos de detalhes de montagens quando necessários;
‡‡ Memorial descritivo; (são as soluções encontradas e sugeridas pelo projetista);
‡‡ Memória de cálculos (dimensionamentos de condutores eletrodutos e proteções);
‡‡ ART (anotação de responsabilidade técnica).

Atenção

É de extrema importância que sejam consultadas as normas técnicas


como a NBR 5410/2004 e a norma de fornecimento de energia elétrica da
concessionária local, bem como, outras que se fizerem necessárias.

Planta baixa
O projeto elétrico exemplo, primeiramente, foi concebido a partir do desenho
arquitetônico, chamado de planta baixa. Acompanhe a figura seguinte!

Figura 244 - Exemplo planta baixa


Fonte: Leite (2006)

390
Eletricista Instalador Predial

Pergunta

Mas o que é planta baixa?

A planta baixa é o nome que se dá ao desenho de uma construção feita, em


geral, a partir do corte horizontal a uma altura de 1,5m a partir da base. Nele
são observados os ambientes do apartamento visto de cima. Acompanhe a
figura seguinte.

Em arquitetura, os desenhos de casas e prédios não são desenhados em tama-


nho natural, pois, seria inviável desenhá-los no papel. Eles são desenhados em
tamanhos menores, utilizando-se uma escala de redução do tamanho. Os de-
senhos em planta baixa são feitos geralmente em escalas 1:100 (lê-se um para
cem), 1:50 (um para cinquenta) e outras.

Pergunta

Mas qual o significado de uma escala 1:100 de um desenho, que utilizou


uma régua em centímetro (cm)?

Muitos profissionais da área de construção civil estão acostumados com a esca-


la 1:100, no metro articulado ou na trena. Por exemplo: uma régua comum, em
centímetro (cm) que é utilizada para fazer medições em um papel. Isso significa
que para cada centímetro medido no desenho, tem-se 100 cm ou 1 metro em
tamanho natural. Veja um exemplo.

Unidade 5 391
‡‡ Medindo um ambiente na escala com um metro qualquer (escala 1:100);
‡‡ Uma parede de 3cm e outra com 4cm no desenho;
‡‡ Emtamanho real ou natural, este ambiente tem uma parede de 4m e outra
de 3m.

Depois dessas informações, é possível concluir que, para representar em dese-


nho, uma casa ou prédio, usa-se o artifício da escala de redução. No exemplo
anterior, o ambiente foi reduzido em 100 vezes.

Agora que você conheceu um projeto elétrico e sua origem, a planta baixa, va-
mos prosseguir para a próxima etapa? Em frente!

Previsão de cargas da futura instalação elétrica

Com a planta baixa em mãos contendo todas as dimensões dos ambientes, é


feito o levantamento de todas as cargas de cada ambiente, seguindo os crité-
rios da norma NBR 5410/2004 (Norma de Instalações Elétricas de Baixa Tensão).

Vamos analisar algumas previsões de nosso projeto. Para isso vamos fragmentar
nossa planta baixa em ambientes.

‡‡ Iluminação da sala:

392
Eletricista Instalador Predial

Acompanhe os critérios mínimos de pontos de luz pela Norma NBR 5410/2004.

‡‡ Para
recintos com área superior ou inferior a 6m2: atribuir um mínimo de
100VA;
‡‡ Pararecintos com área igual ou superior a 6m2 100VA para os primeiros 6m2,
acrescido de 60VA para cada aumento de 4m2 inteiros.
Veja o ambiente da sala.

Área = 6 x 4 = 24 m².

Pergunta

Como ficam os pontos de iluminação?

Observe a potência dos pontos de iluminação:

Primeiro 6m2 = 100VA.

Restante 4m2 = 60VA;

4m2 = 60VA;

4m2 = 60VA;

4m2 = 60VA;

2m2= – (desconsideramos a menor fração de 4m2).

Total 24m2= 340VA.

Unidade 5 393
Atenção

Perceba que o mesmo critério será adotado para os demais cômodos.

O próximo passo é o levantamento de tomadas da futura instalação elétrica.

Tomadas de uso geral (TUG’s)

Veja os critérios para estabelecer a quantidade mínima de tomadas de uso ge-


ral:

‡‡ Sãoas tomadas dedicadas a aparelhos portáteis de eletrodomésticos em


geral;
‡‡ Cômodosou dependências com área igual ou superior a 6m2: no mínimo,
uma tomada;
‡‡ Para
recintos maiores que 6m2: uma tomada para cada 5m ou fração de perí-
metro, espaçados tão uniformemente quanto possível;
‡‡ Paracozinhas, copa, copas-cozinhas, áreas de serviço, lavanderias e locais
semelhantes: uma tomada para cada 3,5m ou fração de perímetro, sendo
que acima da bancada da pia devem ser previstas no mínimo duas tomadas
de corrente;
‡‡ Para
banheiro: uma tomada perto do lavatório, com distância mínima de
60cm do box, independente da área;
‡‡ Subsolo,
varandas, garagens ou sótãos: no mínimo uma tomada, indepen-
dente da área;

394
Eletricista Instalador Predial

‡‡ Em banheiros, cozinhas, copas e áreas de serviço, lavanderias e locais seme-


lhantes: as três primeiras tomadas 600VA, as demais 100VA para cada uma
das excedentes, considerando cada ambiente, separadamente;
‡‡ Demais cômodos ou dependências: 100VA por tomada.

Que tal agora ver o exemplo seguinte? Acompanhe!

Calculamos o perímetro (soma dos lados) da sala:

P = 6+4+6+4 = 20 Metros

Utilizando o critério da norma: ambiente >6m2 uma tomada para cada 5m de


perímetro, tão uniformemente quanto possível.

Logo: 20/5 = 4 tomadas

Deve-se distribuir de maneira uniforme as 4 tomadas de 100 VA na sala.

Atenção
A norma NBR 5410/2004 estabelece o mínimo. Não quer dizer que você
não possa colocar sempre mais, mas nunca menos.

Tomadas de uso específico (Tue’s)

Você sabia que além das tomadas de uso geral, existem aquelas destinadas à
ligação de equipamentos fixos estacionários? É verdade! E elas são os chuveiros
elétricos, torneiras elétricas, aparelhos de ar condicionado, secadoras e lavado-
ras de roupa, forno microondas, e outros.

Unidade 5 395
Banheiro

Critérios para estabelecer a quantidade mínima de tomadas de uso específico:

‡‡ A quantidade de tomadas de uso específico é estabelecida de acordo com o


número de aparelhos de utilização. Os pontos dessas tomadas devem estar
localizados a 1,5m do ponto previsto para a localização do equipamento.

Veja um exemplo! Banheiro – potencia do chuveiro = 5400 Watts. Este deverá


ter um circuito específico para sua instalação.

Após todos os levantamentos de necessidade de carga do apartamento, o pró-


ximo passo será você organizar todas as suas previsões em uma tabela chama-
da Quadro de Previsão de Carga. Observe!

Tabela 5 - Exemplo de quadro de cargas

Dimensões Iluminação T.U.G. T.U.E


Pot. Pot. Pot. Pot.
Dependência Área Preim. Nº de Nº de Potência
Unit. Total Unit. Total Aparelho
(m²) (m) pontos pontos (W)
(VA) (VA) (VA) (VA)
Sala 24,00 20,00 2 200 400 4 100 400 - -
Quarto 13,57 15,00 1 200 200 3 100 300 - -
BWC 2,82 7,10 1 100 100 1 600 600 Chuveiro 5400
Hall 0,85 3,70 1 100 100 1 100 100 - -
Microond. 1500
Cozinha 5,89 10,00 1 100 100 3 600 1800 Torneira 3000
TOTAIS 47,13 55,80 6 - 900 12 - 3200 9900

Fonte: Leite (2006)

396
Eletricista Instalador Predial

Ficou mais claro agora? Esse é o quadro de carga da futura instalação elétrica.
Fique tranquilo que na próxima aula você continuará aprendendo os próximos
passos do projeto. Em frente!

Relembrando

Aqui você terminou a primeira experiência com o projeto elétrico, onde


aprendeu:
‡‡ O que é um projeto e suas partes componentes;
‡‡ O
que é uma planta baixa e como representá-la em um desenho, por
meio do uso de escala;
‡‡ Como trabalhar com escala e fazendo uso de um metro e uma régua gra-
duada comum;
‡‡ Fazer
o levantamento de previsão de carga da futura instalação elétrica
em cada compartimento da planta baixa.

Na próxima aula, você começará a ver a locação dos pontos de utilização


de seu projeto elétrico. Bons estudos!

Colocando em Prática
Chegou o momento de colocar em prática os conhecimentos apreendi-
dos. No final desta unidade realize algumas atividades que preparamos
para você. Faça desse momento uma construção significativa do apren-
dizado.

Unidade 5 397
Aula 2:
Locação de pontos
elétricos
Ao final desta aula, você estará apto a:

‡‡ Conhecera simbologia elétrica utilizada em instalação elétrica predial con-


forme a NBR 5444/1989;
‡‡ Locartodos os pontos elétricos por meio de símbolos gráficos na planta
baixa de acordo com o quadro de previsão de cargas;
‡‡ Interligar os pontos elétricos às tubulações por meio dos símbolos gráficos.

Vamos relembrar o aprendizado da aula anterior? Você aprendeu:

‡‡ O que é e quais as partes que compõe um projeto elétrico;


‡‡ O que é uma planta baixa;
‡‡ Oscritérios de previsão de cargas de iluminação e tomadas de uso geral e
específico;
‡‡ O que é um quadro de carga da instalação elétrica.

Nesta aula, você dará continuidade ao estudo do projeto elétrico, iniciando


a representação da instalação por meio de símbolos gráficos no desenho da
planta baixa. Isso lhe dará os conhecimentos necessários para ler e interpretar o
projeto elétrico que será iniciado. Para isso, vamos utilizar a mesma planta baixa
do exemplo da aula de nº 1.

Neste ponto, você já sabe onde ficarão alguns pontos de utilização normalmen-
te conhecidos no apartamento: pia da cozinha, lavatório, chuveiro e outros.

398
Eletricista Instalador Predial

Figura 245 - Pontos no apartamento

Note que, para representar os pontos elétricos da instalação elétrica, será ne-
cessário utilizar uma linguagem simbólica para apresentar cada componente. A
norma da ABNT responsável por esta parte é a NBR 5444/1989 (símbolos gráfi-
cos para instalações elétricas prediais). Conheça alguns símbolos:

Símbolos para eletrodutos e distribuição


Tabela 6 - Símbolos para eletrodutos e distribuição

Símbolo Significado

Eletroduto embutido no teto ou parede

Eletroduto embutido no piso

Telefone no teto

Telefone no piso

Tubulação para campainha, som, anunciador ou ou-


tro sistema

Unidade 5 399
Condutor de fase no interior do eletroduto

Condutor neutro no interior do eletroduto

Condutor terra no interior do eletroduto

Condutor positivo no interior do eletroduto

Condutor negativo no interior do eletroduto

Cordoalha de terra

Quadros de Distribuição
Tabela 7 - Quadros de distribuição

Símbolo Significado

Quadro parcial de luz e força aparente

Quadro parcial de luz e força embutido

Quadro geral de luz e força aparente

Quadro geral de luz e força embutido

Interruptor de uma seção

400
Eletricista Instalador Predial

Símbolo Significado

Interruptor de duas seções

Interruptor de três seções

Interruptor paralelo ou Three-Way

Interruptor intermediário ou Four-Way

Botão de campainha na parede (ou comando à dis-


tância)

Luminárias e lâmpadas
Tabela 8 - Luminárias e lâmpadas

Símbolo Significado

Ponto de luz incandescente no teto. Indicar o nº de


lâmpadas e a potência em watts

Ponto de luz incandescente na parede (arandela)

Ponto de luz incandescente no teto (embutido)

Ponto de luz fluorescente no teto (indicar o nº de


lâmpadas e na legenda o tipo de partida e reator)

Unidade 5 401
Tomadas
Tabela 9 - Tomadas

Símbolo Significado

Tomada de luz na parede, baixo (300 mm do piso


acabado)

Tomada de luz a meio a altura (1.300 mm do piso


acabado)

Tomada de luz alta (2.000 mm do piso acabado)

Representação dos símbolos gráficos na planta baixa de


acordo com o quadro de previsão de carga.
Primeiro, são representadas as tomadas, lâmpadas e pontos de comando sem a
interligação das tubulações. Observe!

Figura 246 - Tomadas, lâmpadas e pontos de comando

402
Eletricista Instalador Predial

Em seguida, deve-se interligar os eletrodutos do quadro de distribuição aos


pontos de luz, tomadas, os pontos de comandos e atribuir as suas cargas.

Atenção

Observe que nos pontos de utilização não foram atribuídos valor de


potência. Isso se dá pelo fato destes pontos serem de potência mínima
exigida. Ou seja, 100VA.

Relembrando

Muito bem, você deu mais um passo na concepção do projeto elétrico,


onde aprendeu:
‡‡ As simbologias gráficas empregadas conforme a NBR 5444;
‡‡ Alocar os símbolos na planta baixa e a fazer a interligação de todos os
pontos de utilização à rede de eletrodutos, atribuindo os valores de po-
tência de cada ponto.

Na aula três você aprenderá a fazer a divisão da instalação elétrica do pro-


jeto em circuitos. Vamos lá!

Unidade 5 403
Colocando em Prática
Chegou o momento de colocar em prática os conhecimentos apreendi-
dos. No final desta unidade realize algumas atividades que preparamos
para você. Faça desse momento uma construção significativa do apren-
dizado.

Aula 3:
Divisão das instalações
elétricas em circuito
Ao final desta, aula você estará apto a:

‡‡ Compreender a divisão das instalações elétricas em circuitos;


‡‡ Fazer
a divisão de cargas por circuitos conforme critérios estabelecidos pela
norma NBR 5410/2004;
‡‡ Fazer a distribuição e representação dos circuitos em planta baixa.

Para iniciar esta aula, vamos rever o que você aprendeu na aula anterior?

‡‡ Aprendeu a identificar a simbologia elétrica utilizada em instalação elétrica


predial conforme a NBR 5444/89;
‡‡ Aalocar todos os pontos elétricos por meio de símbolos gráficos na planta
baixa, de acordo com o quadro de previsão de cargas;
‡‡ Ainterligar os pontos elétricos às tubulações por meio dos símbolos gráfi-
cos.

Nesta aula, você verá a divisão das instalações elétricas em circuito de distri-
buição (alimentador) e terminais. A divisão da instalação elétrica em circuitos
terminais facilitará a operação e a manutenção, além de reduzir a interferência
em outros pontos de utilização e a corrente dos mesmos.

404
Eletricista Instalador Predial

Pergunta
E você sabia que, com corrente nominal em cada circuito menor, é
possível reduzir na bitola dos condutores e corrente nominal das
proteções?

Isso mesmo! E a NBR 5410 faz algumas recomendações com relação à divisão
das instalações elétricas em circuitos. Veja!

‡‡ Oscircuitos devem ser individuais de acordo com os equipamentos a se-


rem utilizados, e, em particular, ter a separação de circuitos de iluminação e
tomadas;
‡‡ Deve ser previsto circuitos individuais para tomadas de cozinhas, áreas de
serviço, e locais semelhantes, tanto quanto necessário.
‡‡ Limitara potência dos circuitos em 1200VA a 1500VA, em 127V e 2200VA a
2500VA, em 220V para circuitos de iluminação, 1800VA a 2000VA para 127V
e 3600VA a 4000VA para tomadas de utilização geral (TUG’s), e em circuito
individuais de usos exclusivos (TUE’s), em 127V ou 220V, de acordo reco-
mendações do fabricantes.
‡‡ Em circuitos de tomadas de cozinhas, área de serviço, lavandeiras e seme-
lhantes, a norma determina o limite de 2100VA, sendo até três tomadas de
600VA e três de 100VA. Se forem previstas sete tomadas, deve se adotar
duas de 600VA e as demais de 100VA.
‡‡ Nas instalações alimentadas com duas ou mais fases, a potência total da
instalação deverá ser distribuída pelas duas ou três fases, a fim de obter um
maior equilíbrio possível entre as fases.

Quadro de divisão de carga da instalação elétrica


Após a distribuição dos pontos de utilização e interligação com suas respecti-
vas tubulações, você deve seguir os critérios estabelecidos pela NBR 5410/2004
para elaborar uma tabela que fará a divisão e distribuição de cargas nos cir-
cuitos terminais. Posteriormente, faça a instalação dos circuitos no quadro de
distribuição. Observe!

Unidade 5 405
406
Tabela 10 - Quadro de divisão de carga

Corrente Prote- Proteção:


Carga Carga Carga Carga Corrente Condutores Condutor Proteção:
Circuito Circuito Tensão Fase F1 Fase F2 Fase F3 de projeto ção: Nº Corrente
ILUM TUG TUE Total Corrigida Vivos de Proteção Tipo
Ip de pólos Nominal

Nº Tipo/Local (V) (W) (W) (W) (W) (W) (W) (W) (A) (A) (mm²) (A)

1 Iluminação 127 840 - - 840 840 - -

2 TUG 127 - 1400 - 1400 - 1400

3 TUG – Coz 127 - 1200 - 1200 1200 -

4 TUG- Coz 127 - 600 - 600 600 -

TUE –
5 220 - - 5400 5400 2700 2700
Chuveiro

TUE –
6 220 - - 3000 3000 1500 1500
Torneira

TUE -
7 127 - - 1500 1500 - 1500
Microondas

Totais: - - 840 3200 9900 13940 6840 7100

Fonte: Leite (2006)


Eletricista Instalador Predial

Muito bem! Agora, os circuitos já estão todos identificados e separados. É hora


de fazer a distribuição de toda a fiação da instalação elétrica na planta baixa
do projeto. Observe o projeto a seguir. Veja o projeto já com toda a fiação já
concluída.

Acompanhe agora a
simbologia adotada.

Figura 247 - Projeto elétrico com a fiação e identificação dos circuitos concluídos
Fonte: Leite (2006)

Unidade 5 407
Observe que a instalação está separada por circuitos identificados com seus
respectivos números. A indicação dos eletrodutos que possuem o diâmetro
maior que 20mm, devem ser indicados.

Relembrando

Nesta aula, você aprendeu a dividir os circuitos terminais de acordo com


os critérios estabelecidos pela NBR5410/2204 e viu também que deve
montar um quadro de divisão de carga e equilíbrio de fase para posterior
execução pelo eletricista predial.
A próxima aula será sobre o circuito alimentador e origem da instalação
elétrica. Bons estudos!

Colocando em Prática
Chegou o momento de colocar em prática os conhecimentos apreendi-
dos. No final desta unidade realize algumas atividades que preparamos
para você. Faça desse momento uma construção significativa do apren-
dizado.

Aula 4:
Fornecimento de energia
Ao final desta aula, você estará apto a:

‡‡ Identificar um circuito de alimentador;


‡‡ Reconhecero critério da potência total instalada para determinação do for-
necimento de energia pelo concessionário de energia.

408
Eletricista Instalador Predial

Pronto para relembrar o conteúdo da aula anterior? Então, veja o que você es-
tudou. Como fazer a divisão das instalações elétricas em circuitos.

‡‡ Como fazer a divisão de cargas por circuitos conforme critérios estabeleci-


dos pela norma NBR 5410/2004;
‡‡ Fazer a distribuição e representação dos circuitos em planta baixa.

A partir desta aula, você aprenderá a definir em que categoria de consumidor


se encaixará o projeto elétrico. Como o dado de potência total prevista será
analisado a tabela de critério de fornecimento de energia elétrica definido pelo
concessionário. Mas antes, conheça conhecer a origem do alimentador.

Circuito alimentador
É o circuito que liga o quadro medidor ao quadro de distribuição.

De acordo com o quadro de carga, a potência total prevista é de 13.100 watts.


Veja o quadro de cargas.

Unidade 5 409
410
Tabela 11 - Quadro de carga da instalação elétrica

DIMENSÕES ILUMINAÇÃO T.U.G. T.U.E.

Dependência Área Pot. Pot. Pot. Pot.


Perím. Nº de Nº de Potência
Unit. Total Unit. Total Aparelho
(m²) (m) pontos pontos (W)
(VA) (VA) (VA) (VA)
Sala 24,00 20,00 2 200 400 4 100 400 - -
Quarto 13,57 15,00 1 200 200 3 100 300 - -
BWC 2,82 7,10 1 100 100 1 600 600 Chuveiro 5400
Hall 0,85 3,70 1 100 100 1 100 100 - -
Microond. 1500
Cozinha 5,89 10,00 1 100 100 3 600 1800
Torneira 3000
TOTAIS 47,13 55,80 6 - 900 12 - 3200 3 9900

Fonte: Leite (2006)


Eletricista Instalador Predial

Se você somar as potências da iluminação + tomadas de uso geral (TUG’s) +


tomadas de uso especial (TUE’s), terá: 900 + 3200 +9000 = 13.100W.

De posse desse dado, você precisará consultar a norma de fornecimento de


energia elétrica local para saber em qual categoria de consumidor se encaixará
o projeto elétrico (monofásico, bifásico ou trifásico).

Critério de Fornecimento de Energia

Veja que, a partir de agora, você poderá definir de agora qual será o padrão de
energia que será construído para alimentar a sua instalação elétrica. Conforme
o concessionário de energia local, o dimensionamento para as categorias I, II e
III 220V/127V, o projeto elétrico do consumidor se enquadrará na categoria II,
de 9001 a 15000 watts. Portanto, será BIFÁSICO, ou seja, F+F+N.

Veja o destaque em azul na tabela fornecida pela norma do concessionário:

Unidade 5 411
Tabela 12 - Categorias de consumidores baixa tensão do concessionário de energia

Número de Proteção

Potência
Carga
Categoria Máxima do
Instalada Chave Blindada
Motor Fases Fios Disjuntor Elo Fusível (NH)
(600V)

- W CV - - A A A

Até 3500 - 1 2 30-32 - -

I 3501 a
2 1 2 63-70 - -
9000

“Até
3 2 3 40 - -
9000
II
9001 a
3 2 3 63-70 - -
15000

“ “Até
10 3 4 40 - -
15000

15001 a
20 3 4 63-70 - -
26000

26001 a
25 3 4 80-90 - -
34000

34001 a
III 30 3 4 100 - -
41000

41001 a
30 3 4 125 100 125
47000

47001 a
30 3 4 150 125 160
57000

57001 a
40 3 4 200 160 200
75000

Fonte: EDP/ESCELSA (1997)

412
Eletricista Instalador Predial

Ramal de
MEDIÇÃO Ramal de Entrada Eletrodutos
Ligação

Eletro-
Subterrâ-
Medidor Aéreo duto Ramal de Entrada
neo Aterramento
aparente

PVC 70º PVC 70º


Ø Nom. ext. (Ref.
Multiplex
Corrente Rosca)
Tipo Elemento 750 V 1000 V
Nominal
Subterrâ-
Alumínio Cobre Cobre nu Aéreo
neo

- - A mm² mm² mm² mm² mm (pol) mm (pol)

kWh 1 15 16 16 16 6 32 (1°) 32 (1°)

kWh 1 15 16 16 16 10 32 (1°) 32 (1°)

kWh 2 15 16 16 16 10 40 (1 ¼°) 50 (1 ½°)

kWh 2 15 16 16 16 10 40 (1 ¼°) 50 (1 ½°)

kWh 2 15 16 16 16 10 40 (1 ¼°) 50 (1 ½°)

kWh 3 15 16 16 16 10 40 (1 ¼°) 50 (1 ½°)

kWh 3 15 25 25 25 10 40 (1 ¼°) 50 (1 ½°)

kWh 3 15 25 35 35 16 60 (2°) 85 (3°)

KWh/
3 30 50 50 50 16 85 (3°) 110 (4°)
kVArh

KWh/
3 30 70 70 70 25 85 (3°) 110 (4°)
kVArh

KWh/
3 30 95 95 95 25 85 (3°) 110 (4°)
kVArh

Unidade 5 413
A tabela do concessionário mostra também qual será a
caixa do medidor, o valor do disjuntor em Ampères, o
diâmetro dos condutores do ramal de entrada F+F+N e o
diâmetro dos eletrodutos. Para entender melhor, observe os
destaques em vermelho na tabela anterior.

Relembrando

Nesta aula, você aprendeu a identificar e definir um circuito alimentador,


circuito este que sai do padrão de medição de energia e chega até o qua-
dro de distribuição, dando a origem às instalações. Além disso, aprendeu
a definir qual o padrão de energia cada consumidor final deverá construir,
de acordo com os critérios estabelecidos pelo concessionário fornecedor
de energia:
‡‡ Categorias I de 3000W a 9000W , consumidor monofásico;
‡‡ Categoria II de 9001 a 15000W , consumidor bifásico;
‡‡ Categoria III de 15001 a 75000 W, consumidor trifásico.

Na próxima aula, você aprenderá a dimensionar os circuitos do alimenta-


dor e dos circuitos terminais. Até lá!

Colocando em Prática
Chegou o momento de colocar em prática os conhecimentos apreendi-
dos. No final desta unidade realize algumas atividades que preparamos
para você. Faça desse momento uma construção significativa do apren-
dizado.

414
Eletricista Instalador Predial

Aula 5:
Dimensionamento de
condutores
Ao final desta aula, você estará apto a:

‡‡ Reconhecer os critérios de dimensionamentos dos condutores da instalação;


‡‡ Fazer
o uso dos critérios de dimensionamento para definir a bitola de con-
dutores para circuitos de distribuição e terminais.

Pronto para iniciar mais uma etapa? Agora, será dado mais um passo para de-
finir as bitolas (seções) dos condutores que alimentarão os circuitos de alimen-
tação geral e os circuitos terminais da instalação, o que permite racionalizar e
garantir o bom funcionamento da instalação elétrica.

Dimensionamentos dos condutores do alimentador e


circuitos terminais

Dimensionamento dos condutores do alimentador

Pergunta

Você sabe como calcular a bitola dos condutores que irão alimentar o
quadro de distribuição do nosso projeto elétrico?

Para isso, deve se adotar dois critérios. Saiba mais!

‡‡ 1º Critério da capacidade de condução de corrente.


‡‡ 2º Critério de queda de tensão pelo método watts x metros.

Unidade 5 415
Baseado no resultado dos dois critérios é que você terá com clareza a confirma-
ção do diâmetro do condutor. Assim, o resultado que apresentar a maior bitola
ou seção, será o adotado. Compreenda melhor!

1º Critério da capacidade de condução de corrente


‡‡ Roteiropara o dimensionamento pela capacidade de condução de corrente:
Este roteiro determina somente as bitolas dos condutores ativos (Fase e
Neutro), o condutor de proteção (PE), e será determinado em função dos
condutores fase.
‡‡ Tipo de isolação – em geral se utilizam condutores com isolação em de PVC
(Policloreto de Vinila), nas instalações elétricas prediais, definidos pela NBR
5410/2004.
‡‡ Maneirade instalar - Na tabela “Tipos de Linhas Elétricas”, definida pela NBR
5410/2004, você verá que a maneira como os condutores devem ser insta-
lados (em eletrodutos embutidos ou aparentes, em canaletas ou bandejas,
diretamente enterrado no solo ou ao ar livre, se condutores unipolares ou
multipolares, etc.).

Esta tabela define vários tipos de linhas elétricas, codificando-as com uma letra
e um número, o que corresponde a um código a ser utilizado na determinação
da capacidade de corrente dos condutores instalado.

A maneira de instalar influencia na capacidade térmica entre condutores e


ambiente trazendo, como consequência direta, a capacidade dos condutores
conduzirem corrente.

416
Eletricista Instalador Predial

Tabela 13 - Tipos de linhas elétricas

Método de
Esquema Método de
instalação de Descrição
ilustrativo referência
número
Condutores isolados ou cabos
unipolares em eletroduto de se-
1 A1
ção circular embutido em pare-
de termicamente isolante
Cabo multipolar em eletroduto
2 de seção circular embutido em A2
parede termicamente isolante
Condutores isolados ou cabos
unipolares em eletroduto apa-
rente de seção circular sobre
3 B1
parede ou espaçado desta
menos de 0,3 vez o diâmetro do
eletroduto
Cabo multipolar em eletrodu-
to aparente de seção circular
4 sobre parede ou espaçado desta B2
menos de 0,3 vez o diâmetro do
eletroduto
Condutores isolados ou ca-
bos unipolares em eletroduto
5 B1
aparente de seção não-circular
sobre parede
Cabo multipolar em eletroduto
6 aparente de seção não-circular B2
sobre parede
Condutores isolados ou cabos
unipolares em eletroduto de
7 B1
seção circular embutido em
alvenaria
Cabo multipolar em eletroduto
8 de seção circular embutido em B2
alvenaria
Cabos unipolares ou cabo multi-
polar sobre parede ou espaçado
11 C
desta menos de 0,3 vez o diâ-
metro do cabo
Cabos unipolares ou cabo multi-
11A C
polar fixado diretamente no teto

Fonte: ABNT (2004)

Unidade 5 417
Podemos seguir em frente? É importante destacar que os condutores do circui-
to alimentador serão conforme o método de instalação número 7 (em des-
taque na tabela da NBR 5410/2004) – isso irá levar ao método de referência,
“condutores isolados ou cabos unipolares em eletrodutos de seção circular
embutido em alvenaria” (B1).

Atenção

Antes de consultar a tabela 36 para definição da bitola dos condutores


do circuito alimentador, você deve calcular a corrente de projeto da
instalação elétrica de nosso projeto.

Corrente de projeto (IP)

Já identificou a maneira de instalar?

Então, agora, você pode calcular a corrente de projeto, para definir a corrente
que circula pelo nosso alimentador.

Saiba que, no projeto, o alimentador é F+F+N.

DADOS:

E= 220V

P = 13100W

IP = PN

IP = 13100 = 59,5 A

220

De posse dessa informação, você deverá recorrer à tabela 36 da NBR


5410/2004, para determinar a bitola dos condutores do circuito alimentador.
No destaque você observa a seção nominal dos condutores.

Veja:

418
Eletricista Instalador Predial

Tabela 14 - Capacidade de condução de corrente, em ampères, para os métodos de referência A1, A2,
B1, C e D para condutores de cobre

Métodos de referência indicados na tabela 33


Seções
A1 A2 B1 B2 C D
nominais
Número de condutores carregados
mm²
2 3 2 3 2 3 2 3 2 3 2 3

(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (10) (11) (12) (13)

Cobre
0,5 7 7 7 7 9 8 9 8 10 9 12 10
0,75 9 9 9 9 11 10 11 10 13 11 15 12
1 11 10 11 10 14 12 13 12 15 14 18 15
1,5 14,5 13,5 14 13 17,5 15,5 16,5 15 19,5 17,5 22 18
2,5 19,5 18 18,5 17,5 24 21 23 20 27 24 29 24
4 26 24 25 23 32 28 30 27 36 32 38 31
6 34 31 32 29 41 36 38 34 46 41 47 39
10 46 42 43 39 57 50 52 46 63 57 63 52
16 61 56 57 52 76 68 69 62 85 76 81 67
25 80 73 75 68 101 89 90 89 112 96 104 86
35 99 89 92 83 125 110 111 99 138 119 125 103
50 119 108 110 99 151 134 133 118 168 144 148 122
70 151 136 139 125 192 171 168 149 213 184 183 151
95 182 164 167 150 232 207 201 179 258 223 216 179
120 210 188 192 172 269 239 232 206 299 259 246 203
150 240 216 219 196 309 275 265 236 344 299 278 230
185 273 245 248 223 353 314 300 268 392 341 312 258
240 321 286 291 261 415 370 351 313 461 403 361 297
300 367 328 334 298 477 426 401 358 530 464 408 336
400 438 390 398 355 571 510 477 425 634 557 478 394
500 502 447 456 406 656 587 545 486 729 642 540 445
630 578 514 526 467 758 678 626 559 843 743 614 506
800 669 593 609 540 881 788 723 645 978 865 700 577
1000 767 679 698 618 1012 906 827 738 1125 996 792 652

Fonte: ABNT (2004)

Unidade 5 419
Assim, você pode concluir que: no critério de máxima capacidade de corrente
os condutor escolhido para o circuito alimentador será de 2x16mm2 (16)mm2
T 16mm2.

Veja:

Assim, é possível dimensionar os condutores do circuito alimentador pelo crité-


rio da máxima capacidade corrente.

Para que você possa calcular em definitivo a seção dos condutores do circuito
alimentador você deve utilizar o segundo critério “limite de queda de tensão”.

Vamos em frente?

Para você definir a bitola do condutor neutro você terá que consultar a tabela
48 da norma NBR 5410/2004. Veja:

420
Eletricista Instalador Predial

Tabela 15 - Seção reduzida dos condutores neutros¹

Seção dos con- Seção reduzida Como os condutores fase


dutores de fase do condutor foi 16mm2, o condutor de
mm² neutro mm² neutro também será de
S≤25 S 16mm2

35 25
50 25
70 35
95 50
120 70
150 70
185 95
240 120
300 150
400 185
¹ As condições de utilização desta
tabela são dadas em 6.2.6.2.6.

Fonte: ABNT (2004)

Para você definir a bitola do condutor de proteção você terá que consultar a
tabela 58 da norma NBR 5410/2004. Veja:
Tabela 16 - Seção reduzida dos condutores neutros

Seção dos Con- Como os con-


Seção Mínima do Condutor de
dutores de Fase dutores fase e
Proteção (mm²)
(mm²) neutro foram
1,5 a 16 A mesma seção do condutor Fase 16mm2, o condu-
25 16 tor de proteção
(PE) também será
35 16
de 16mm2
50 25
70 35
95 50
120 70
150 70
185 95
240 120
300 150

Fonte: ABNT (2004) Unidade 5 421


Critério de queda de tensão pelo método watts x metros
Os efeitos de uma queda de tensão acentuada nos circuitos alimentadores e
terminais podem provocar, nos equipamentos, uma tensão inferior a nominal,
prejudicando os seus desempenhos e funcionamento satisfatório como: redu-
ção da iluminância em circuitos de iluminação e outros.

Para seu melhor entendimento será abordado o método watts x metros de


menor complexidade. Para projetos mais complexos outros fatores deverão se
considerados.

A bitola definitiva do condutor será definida após a consulta as tabelas dadas a


seguir.

Veja:

Soma dos produtos da Potência (watts x metros) e = (110V)


Tabela 17 - Critério da máxima queda de tensão watts x metros em 110V

Condutor % de queda de tensão


Série Métrica 1% 2% 3% 4%
(mm²) S Σ (P Watts X l )
(m)

1,5 5263 10526 15789 21052


2,5 8773 17546 26319 35092
4 14036 28072 42108 56144
6 21054 42108 63162 84216
10 35090 70100 105270 140360
16 56144 112288 168432 224576
25 87725 175450 263175 350900

Fonte: Cavalin e Cervelin (2008, p. 139)

Como os condutores fase e neutro foram 16mm2, o condutor de proteção (PE)


também será de 16mm2.

422
Eletricista Instalador Predial

Soma dos produtos da potência (watts x metros) e = (220V)


Tabela 18 - Seção reduzida dos condutores neutros

Condu- % de queda de tesão


tor Série 1% 2% 3% 4%
Métrica
(mm²) S Σ (P Watts X l (m)
)

1,5 21054 42108 63163 84216


2,5 35090 70180 105270 140360
4 56144 112288 168432 224576
6 84216 168432 253648 336864
10 140360 280720 421080 561440
16 224576 449152 673728 898304
25 350900 701800 1052700 1403600

Fonte: Cavalin e Cervelin (2008, p. 139)

Antes saiba qual será à distância do padrão de medição de energia ao quadro


de distribuição (QD).

Veja:

Padrão de QD
medição
25m

Logo: Consulte a tabela de watts x metros para 220V e uma queda de tensão de
2% máxima admitida pela norma NBR 5410/2004.

Assim: Potência de 13100 watts x 25m = 327500 watts x metros. Em segui-


da você irá verificar na tabela que o valor ficou entre 280.720 e 449.152. Então,
considere o valor imediatamente superior 449.152 que dará uma bitola do
condutor de 16mm2.

Conclusão: A bitola do condutor escolhido será de 16mm2 para os condutores


do alimentador. Veja em destaque na tabela.

Unidade 5 423
Dimensionamento dos Condutores dos Circuitos Terminais

Pergunta

Como você pode calcular a bitola dos condutores que irão alimentar os
circuitos terminais?

Circuitos terminais são todos os circuitos que sairão do quadro de distribuição


para alimentar as cargas e componentes como lâmpadas, tomadas, chuveiros
elétricos e torneiras elétricas. Veja a figura a seguir.

Figura 248 - Circuitos terminais

424
Eletricista Instalador Predial

Agora dimensione um circuito terminal para você entender como faz. Vamos
lá?

Dimensionar os condutores do circuito nº2 de tomadas de uso geral (TUG’s)


em 127V F+N+T com 1400W, instalado em eletroduto embutido em alvenaria
(maneira de instalar B1).

Vamos então ao primeiro critério:

‡‡ 1º Critério da capacidade de condução de corrente:

Você deve esquematizar as distâncias das cargas em relação ao quadro de dis-


tribuição.

Assim, cada carga deverá estar a certa distância da carga. Veja:

Você tem que calcular a corrente de projeto Ip.

Dados:

E= 127V

P = 1400W

IP = PN

IP = 1400 = 11 A

127

Então, com o valor da corrente de projeto e com a maneira de instalar os con-


dutores “em eletrodutos embutidos em alvenaria B1” para dois condutores
carregados F+N, consulte a tabela 36 já vista anteriormente.

Unidade 5 425
Consultando a tabela
você achará o condutor
de 0,75mm2.

‡‡ 2º Critério de queda de tensão pelo método watts x metros


Você deve calcular os watts x metros trecho a trecho do circuito nº2. Veja:

Potências

600 x11 = 6600 w . m

600 x15 = 9000 w . m

100 x18 = 1800 w . m

100 x 20 = 2000 w . m

19400 w . m

Então:

Sabendo o valor da soma das potências em relação às distâncias de cada car-


ga, consulte a tabela watts x metros na tensão de 110 V e considerando e o
limite de queda de tensão para circuitos terminais de 4% pela NBR 5410.

O valor mínimo da tabela é 21052. Valor


imediatamente superior a 19400 calcu-
lado. A bitola do condutor será, F+N+T
de 1,5mm2.

Conclusão: Como a maior bitola dos condutores foi de 1,5mm2,abaixo do de-


terminado pela norma NBR 5410/2004 para circuitos de tomadas de uso geral
(TUG’s), você deve adotar os condutores F+N+T de 2,5mm2.

426
Eletricista Instalador Predial

Atenção

Estes procedimentos de cálculos devem ser feitos para todos os outros


circuitos terminais.

Nota

É válido ressaltar que, para projetos elétricos mais complexos, devem


ser adotados outros fatores que influenciam nos cálculos das bitolas dos
condutores. Como a queda percentual por kilômetro nos condutores, a
temperatura e os agrupamentos de circuitos em condutos.

Relembrando

Nesta aula você aprendeu a dimensionar os condutores do circuito ali-


mentador ou distribuição e dos circuitos terminais pelos critérios de
máxima capacidade de corrente dos condutores, bem como pelo critério
da queda de tensão pela soma das potências versos a distância (watts x
metros) e aprendeu a manipular tabelas para definir as seções (bitolas)
dos condutores, conforme a exigências da Norma para instalações elétri-
cas de baixa tensão a NBR 5410/2004.
Na próxima aula, você finalizará o estudo do projeto elétrico com o di-
mensionamento das proteções e eletrodutos. Siga em frente, para novas
descobertas de aprendizagem vivenciar.

Colocando em Prática
Chegou o momento de colocar em prática os conhecimentos apreendi-
dos. No final desta unidade realize algumas atividades que preparamos
para você. Faça desse momento uma construção significativa do apren-
dizado.

Unidade 5 427
Aula 6:
Dimensionamento dos
eletrodutos e proteções
Ao final desta aula, você estará apto a:

‡‡ Reconhecer os critérios de dimensionamentos eletrodutos e proteções da


instalação;
‡‡ Fazero uso dos critérios de dimensionamento para definir os eletrodutos e
as proteções para circuitos de distribuição e terminais;
‡‡ Interpretar diagramas unifilar e multifilar de uma instalação elétrica predial.

Na aula anterior, você reconheceu os critérios de dimensionamento dos con-


dutores da instalação. Fez uso dos critérios de dimensionamento para definir a
bitola de condutores para circuitos de distribuição e terminais.

A partir de agora, você dará mais um passo adiante para definir os diâmetros
dos eletrodutos que alojarão os circuitos elétricos da instalação e os disjuntores
de proteção e dispositivos DR, que evitarão dano elétrico por sobrecargas nos
condutores, bem como, na proteção contra choque de pessoas e animais.

Esta é uma etapa importante, pois são elementos que garantem a integridade
da instalação e de seus usuários.

Dimensionamento dos eletrodutos

Pergunta

O que é dimensionar um eletroduto?

Dimensionar os eletrodutos é determinar o diâmetro externo nominal em mm


de cada trecho da rede de eletrodutos, usando os critérios exigidos pela norma.

428
Eletricista Instalador Predial

Pergunta

Você sabe o que taxa máxima de ocupação?

É uma recomendação que a norma faz em relação ao espaço interno ocupa-


do pelos condutores. Esta taxa de ocupação segundo a norma não poderá ser
maior que 40%.

Os 60% restante é de espaço interno que deverá sobrar para a ventilação inter-
na da tubulação.

Atenção

Outras recomendações sobre a rede de condutos, você aprendeu na aula


15 da unidade 4 (Tecnologia e praticas profissional).

Como exemplo, você irá dimensionar o trecho de eletroduto para o circuito ali-
mentador, que vai do padrão de medição até o quadro de distribuição. Com 25
metros de comprimento com 4 x de 16mm2.

Veja, no exemplo, o eletroduto para o circuito alimentador. Para isso você terá
que consultar a tabela a seguir:

Tabela de ocupação máxima dos eletrodutos de PVC por condutores de mesma


seção:

Unidade 5 429
Tabela 19 - Dimensionamento de eletrodutos PVC rígidos

Seção Número de Condutores no Eletroduto


Nominal 2 3 4 5 6 7 8 9 10
(mm²) Tamanho Nominal do Eletroduto
1,5 16 16 16 16 16 16 20 20 20
2,5 16 16 16 20 20 20 20 25 25
4 16 16 20 20 20 25 25 25 25
6 16 20 20 25 25 25 25 32 32
10 20 20 25 25 32 32 32 40 40
16 20 25 25 32 32 40 40 40 40
25 25 32 32 40 40 40 50 50 50
35 25 32 40 40 50 50 50 50 60
50 32 40 40 50 50 60 60 60 70
70 40 40 50 50 60 60 75 75 75
95 40 50 60 60 75 75 75 85 85
120 50 50 60 75 75 75 85 85 -
150 50 60 75 75 85 85 - - -
185 50 75 75 85 85 - - - -
240 60 75 85 - - - - - -

Fonte: Leite (2006)

Consultando a tabela você percebe que 4 condutores de 16mm2 o diâmetro do


eletroduto de 25mm (3/4”) é o suficiente. Veja o destaque em azul na tabela.

Para trecho de eletrodutos no projeto com condutores de seções diferentes,


você deverá usar o de maior seção e a quantidade de condutores nele contido,
e verificar na tabela qual será o tamanho nominal do eletroduto.

Segundo a NBR 6150/EB – 744 classe B a equivalência entre milímetro e polega-


da é:

(mm) - 16 - 20 - 25 - 32 - 40 - 50 - 60 - 75 - 85 - 100
(pol.) - 3/8 - 1/2 - 3/4 - 1 - 1.1/4 - 1.1/2 - 2 - 2.1/2 - 3 - 4

430
Eletricista Instalador Predial

Dimensionamento das proteções


As proteções nas instalações elétricas prediais são imprescindíveis para garantir
a integridade das instalações e a segurança de pessoas e animais domésticos.
Assim, a NBR 5410/2004 estabelece suas prescrições e prevê as principais pro-
teções para as instalações elétricas prediais nos quadros de distribuição:

‡‡ Proteção contra choque elétrico: dispositivos de proteção de corrente


diferencial residual, conhecido como DR;
‡‡ Proteção contra sobre correntes: disjuntores termomagnéticos e;
‡‡ Proteção contra sobre tensões: dispositivo de proteção contra surto ou
DPS’s.

Dimensionamento contra sobre correntes (disjuntor


termomagnético)
Com o projeto elétrico em mãos, volte ao circuito alimentador para dimensionar
o disjuntor geral para o quadro de distribuição.

Você deve consultar a planta baixa do projeto e verificar o trajeto da fiação do


circuito que ira dimensionar o disjuntor. Ver onde este circuito se agrupa com
maior quantidade de circuitos diferentes. No caso do circuito alimentador, este
não se agrupa com mais nenhum circuito. Portanto, basta saber a corrente do
circuito que é de 59,5 A .

Unidade 5 431
E consulte a tabela a seguir:

Veja, na coluna em destaque, 1 circuito por eletroduto descendo até 70A,


pois, 59,5A está entre 50 e 70 A. Logo, o disjuntor disjuntor geral para o qua-
dro de distribuição será para duas fases, portanto, o disjuntor termomagnético
bipolar de 70 A.

Tabela 20 - Dimensionamento dos disjuntores termomagnéticos

Seção dos Corrente nominal do disjuntor (A)


condutores 1 circuito por 2 circuitos por 3 circuitos por 4 circuitos por
(mm²) eletroduto eletroduto eletroduto eletroduto
1,5 15 10 10 10
2,5 20 15 15 15
4 30 25 20 20
6 40 30 25 25
10 50 40 40 35
16 70 60 50 40
25 100 70 70 60
35 125 100 70 70
50 150 100 100 90
70 150 150 125 125
95 225 150 150 150
120 250 200 150 150

Fonte: ELEKTRO/PIRELLI (2003)

Para os demais circuitos, você deverá fazer o mesmo procedimento:

1 Acompanhar o seu trajeto, ver se o mesmo está sozinho dentro dos eletro-
dutos ou se está agrupado com outros circuitos;
2 Se estiver sozinho, pegue o valor da corrente do circuito já previamente
calculado e repita o mesmo procedimento do dimensionamento do circuito
alimentador;
3 Se estiver com outros circuitos, agrupados num mesmo eletroduto, verifique
a maior quantidade de circuitos a este agrupado e com a corrente do circui-
to vá a tabela para determinar o disjuntor.

432
Eletricista Instalador Predial

Tabela 21 - Tabela para capacidade de disjuntores termomagnéticos padrão Nema

Corrente Corrente Corrente


Modelo Nominal Modelo Nominal Modelo Nominal
(A) (A) (A)
Unipolar Bipolar 10 Tripolar 10
10 15 15
15 20 20
20 25 25
25 30 30
30 40 40
35 50 50
40 60 60
50 70 70
60 80 80
70 90 90
100 100

Fonte: Cavalin e Cervelin (2008, p. 139)

Dimensionamento do Dispositivo Contra Choque Elétrico


(DR)
Conforme exigência da NBR 5410/2004, as instalações elétricas prediais deverão
vir dotadas desta proteção no quadro de distribuição. Para tanto, você deverá
determinar o valor da corrente nominal do disjuntor diferencial residual (DDR)
ou do interruptor diferencial residual (IDR) e da corrente diferencial residual
nominal, de maneira a proteger as pessoas e/ou animais contra choque elétrico.

A NBR 5410 estabelece que a máxima corrente diferen-


cial residual deva ser de 30mA (trinta miliampère). E, de
um modo geral, os dispositivos DR estão disponíveis no
mercado com as seguintes correntes nominais: 25, 40,
63, 80 e 100 A.

Unidade 5 433
Assim, a escolha dos interruptores diferenciais residuais (IDR), deverá ser basea-
da na corrente nominal do disjuntor. Veja a tabela a seguir :

Tabela 22 - Interruptores diferenciais residuais IDR

Corrente nominal do disjuntor (A) Corrente nominal mínima do IDR (A)

10, 15, 20, 25 25


30, 40 40
50, 60 63
70 80
90, 100 100

Fonte: ELEKTRO/PIRELLI (2003)

No caso dos disjuntores diferenciais residuais (DDR) de 25A,


não é permitido o seu uso para a proteção de condutores
de 1,5 e 2,5mm2. Isso porque, o condutor de 1,5mm2, ins-
talado dentro de eletroduto, está com sua capacidade de
corrente entre 15,5 e 17,5A, e o de 2,5mm2, esta entre 21
e 24A., o que estaria fora da exigência da norma. Assim, a
proteção deverá ser combinada disjuntor termomagnético
+ interruptor diferencial residual (IDR).

434
Eletricista Instalador Predial

Tabela de interruptor diferencial residual- bipolar e tetrapolar

Tabela 24 - Interruptores diferenciais residuais DR

Número Número
IΔN Ref. In IΔN Ref. In
de Pólos de pólos
086 28 25 086 93 25

086 29 40 086 94 40
Bipolar 30 Tetrapolar 30
230V~ mA 400V~ mA
086 30 63 086 95 63

086 31 80 086 96 80
086 46 25 087 11 25

086 47 40 087 12 40
Bipolar 300 Tetrapolar 300
230V~ mA 400V~ mA
086 48 63 087 13 63

086 49 80 087 14 80
Fonte: Cavalin e Cervelin (2008, p. 139)

Muito bem! Terminado os dimensionamentos de condutores, eletrodutos e pro-


teções, o projeto deve conter também os diagramas unifilar e trifilar da instala-
ção e do quadro de distribuição.

Pergunta
Vamos conhecer melhor esses diagramas?

O Diagrama Unifilar
O Diagrama Unifilar, dá ao eletricista a visão geral da instalação elétrica sem
mostrar detalhes de ligação ou funcionamento da mesma. Nele está a represen-
tação de todos os circuitos, com todos os seus disjuntores de proteção, com a
indicação de cada circuito que irá proteger e seção do condutor de cada circui-
to.

Unidade 5 435
Interruptor Tetrapolar Diferencial Residual -IDR

Barra de Neutro

Padrão de Energia

Condutor de
aterramento da
concessionária

Haste
Condutor de de terra
proteção (PE)
vai para o QD
Circuitos
terminais

Dispositivo de proteção
contra surto (DPS)

Barra de terra

Figura 249 - Diagrama unifilar


Fonte: Cavalin e Cervelin (2008, p. 201)
Letra que mostra em que
fase deve ser ligado o
disjuntor para facilitar o
equilíbrio das fases.

436
Eletricista Instalador Predial

Diagrama Multifilar de um quadro de distribuição

Figura 250 - Diagrama multifilar do quadro de distribuição sem DR


Fonte: Cavalin e Cervelin (2008, p. 202)

Este diagrama mostra todos os detalhes de ligação dos disjuntores e DR’s de


proteção para orientar o eletricista na montagem do quadro de distribuição e
na fase de conclusão das instalações elétricas prediais.

No exemplo dado, você tem um disjuntor tripolar de 70A para alimentação e


proteção geral do barramento trifásico, DPS’s nas três fases mais neutro para
proteção contra surto de tensão na entrada da instalação, disjuntores termo-
magnéticos conjugados com interruptores DR em alguns circuitos parciais obri-
gatórios pela NBR 5410.

Unidade 5 437
Figura 251 - Diagrama multifilar do quadro de distribuição sem DR
Fonte: Cavalin e Cervelin (2008, p. 203)

Nesse exemplo, a opção foi pela instalação de um interruptor diferencial resi-


dual tetrapolar na entrada do barramento trifásico, para proteção geral da ins-
talação elétrica contra choque elétrico, instalação de DPS’s nas três fases mais
neutro, e disjuntores termomagnéticos para proteção dos circuitos parciais.

Essas configurações demonstram que os dois quadros de distribuição estão


dentro das normas de segurança e de instalações elétricas de baixa tensão.

Relembrando

Parabéns! Agora você conclui com sucesso todas as etapas do curso.


Nesta última aula, você estudou sobre os dimensionamentos da rede de
eletrodutos e das proteções para a instalação elétrica predial.
Aprendeu a definir cálculos para dimensionamentos dos elementos de
proteção, a manusear tabelas para definir disjuntores e eletrodutos e,
também, definir e interpretar os diagramas unifilar e multifilar da instala-
ção e do quadro de distribuição.
Desejamos à você muito sucesso em sua nova qualificação profissional de
eletricista instalador predial!

438
Eletricista Instalador Predial

Finalizando

Parabéns! Você conseguiu vencer todas as etapas da unidade 5. Agora


você está preparado para enfrentar novos desafios, pois a base está
pronta. Construí-la com determinação será a garantia para seu sucesso
no decorrer do curso.

Colocando em prática
Chegou o momento de colocar em prática os conhecimentos apreendi-
dos. No final desta unidade realize algumas atividades que preparamos
para você. Faça desse momento uma construção significativa do apren-
dizado.

Unidade 5 439
Colocando em prática

Aula 1

1 O projeto elétrico, primeiramente pode ser concebido de um desenho


arquitetônico chamado:
a Planta de situação
b Fachada
c Planta baixa
d Croqui

2 Para que se possa representar casas e prédios em planta baixa, utiliza-


se o recurso do desenho em escala. Os desenhos em planta baixa
geralmente são representados nas escalas:
a 1:25 ou 1:50
b 1:50 ou 1:100
c 1:25 0u 1:100
d 1:50 ou 1:75

3 A área do ambiente representado no desenho a seguir possui uma área


de 24m2. Utilize os conhecimentos que você aprendeu e calcule a pre-
visão de potência mínima pela NBR 5410, para este ambiente.

440
Eletricista Instalador Predial

4 Utilizando o critério da norma NBR5410, ambiente maior que 6m2, deve


ser previsto uma tomada para cada 5 metros de perímetro, distribuídas
de maneira uniforme. Qual o número mínimo de tomadas deverá ter
uma sala com 6m de comprimento por 4m de largura?
a 4 tomadas
b 2 tomadas
c 6 tomadas
d 5 tomadas

Aula 2

1 Identifique os símbolos da coluna 1 relacionando a sua identificação


com a coluna 2.

COLUNA 1 COLUNA 2
Símbolo Nº Nº Identificação

(1) ( ) Condutor terra

Tomada a 30cm do piso


(2) ( )
acabado

(3) ( ) Interruptor Three way

Interruptor de duas
(5) ( )
seções

(6) ( ) Condutor neutro

(7) ( ) Condutor fase

(8) ( ) Condutor retorno

( ) Interruptor simples

Unidade 5 441
2 O desenho seguinte representa o banheiro de uma planta baixa. Repre-
sente por meio de símbolos gráficos o ponto de tomada de corrente
para o chuveiro, o ponto de luz no teto, o ponto de comando da ilumi-
nação e uma tomada de uso geral.

442
Eletricista Instalador Predial

3 Interligue com uma tubulação os componentes gráficos de pontos de


luz de interruptores e tomadas localizados no desenho da planta baixa
a seguir.

Unidade 5 443
Aula 3

1 A NBR 5410 faz algumas recomendações com relação à divisão das ins-
talações elétricas em circuitos. Baseado nisso, complete as lacunas das
afirmações a seguir.
a Deve ser previsto circuitos individuais para__________________ , __________
e locais semelhantes tanto quanto necessário.
b Nas instalações alimentadas com_________________ou___________________,
a potência total da instalação deverá ser distribuída pelas___________
ou_______________, a fim de obter ___________________________________
possível entre as fases.

2 A norma NBR5410/2004 determina que as instalações elétricas devem


ser divididas em circuitos terminais. Por quê?

3 A recomendação da NBR 5410/2004, é para que os circuitos terminais


tenham a sua potência limitada a fim de reduzir a corrente do mesmo.
Assim, responda qual das alternativas seguintes correspondem correta-
mente a esta recomendação.

a Limitar em 1200VA a 1500VA em 127V e 2200VA a 2500VA em 220V


para circuitos de tomadas.
b Limitar em 1200VA a 1500VA em 127V e 2200VA a 2500VA em 220V
para circuitos de iluminação.
c Em circuitos de tomadas de cozinhas, área de serviço, lavandeiras e
semelhantes, a norma determina o limite de 1200VA.
d Os circuito individuais de usos exclusivos (TUE’s), em 127V ou 220V,
devem ser até 4000 VA.

444
Eletricista Instalador Predial

Aula 4

1 A figura a seguir mostra um esquema que delimita as instalações elétri-


cas prediais. Do fornecimento a sua origem. Observe as indicações na
ilustração e escreva em cada uma delas o nome de cada elemento.

2 De acordo com os critérios de fornecimento de energia elétrica do con-


cessionário local, um consumidor que tem uma potência prevista em
sua instalação elétrica de 26000W, em qual categoria se encaixa e qual
tipo de padrão de energia ele deve solicitar do seu concessionário?

a Categoria I, Monofásico
b Categoria II, Bifásico
c Categoria II, Trifásico
d Categoria III Trifásico

Unidade 5 445
Aula 5

1 Para calcular a seção dos condutores para alimentar o quadro de distri-


buição, você pode utilizar dois critérios. Quais são?

2 O projeto da planta baixa a seguir representa uma instalação elétrica


alimentada em 220V, com circuitos monofásicos e bifásicos. Identifique
e indique, o circuito alimentador da instalação.

446
Eletricista Instalador Predial

3 A NBR 5410/2004, define e admite a seção reduzida para os condutores


neutros. De acordo com a tabela a seguir complete as seções dos con-
dutores que faltam para completar a tabela defina pela NBR 5410.

Seção dos condutores de fase Seção reduzida do condutor


(mm2) neutro mm2
S < 25 S
25
50
70 35
95
120 70
70
185 95
240 120
300
400 185

Unidade 5 447
4 Em certa instalação elétrica, o circuito alimentador trifásico possui seus
condutores fases de 150mm2. Se você fosse o projetista, qual seria a se-
ção do condutor neutro e o condutor terra abaixo você dimensionaria?
a Neutro 70mm2 e terra 70mm2 I
b Neutro 150mm2 e terra 70mm2
c Neutro 70mm2 e terra 150mm2
d Neutro 70mm2 e terra 35mm2

5 Pelo critério de queda de tensão no método watts x metros, uma ins-


talação elétrica residencial com potência prevista de 25000W, e se o
circuito alimentador tiver um comprimento de 15m, qual será as seções
dos condutores FASE +NEUTRO +TERRA?
(watts) x Distância (m) e = (220V)
Tabela 25 - Seção reduzida dos condutores neutros

Condu- % de queda de tesão


tor Série 1% 2% 3% 4%
Métrica
(mm²) S Σ (P Watts X l (m)
)

1,5 21054 42108 63163 84216


2,5 35090 70180 105270 140360
4 56144 112288 168432 224576
6 84216 168432 253648 336864
10 140360 280720 421080 561440
16 224576 449152 673728 898304
25 350900 701800 1052700 1403600

Fonte: Cavalin e Cervelin (2008, p. 139)

448
Eletricista Instalador Predial

Aula 6

1 De acordo com as recomendações da NBR 5410/2004, os eletrodutos


devem ter uma taxa de ocupação de:
a 20% com condutores e 80% livre para ventilação;
b 60% com condutores e 40% livre para ventilação;
c 40% com condutores e 60% livre para ventilação;
d 50% com condutores e 50% livre para ventilação.

2 Conforme a tabela de diâmetro para eletrodutos classe B pela NBR


6150/EB, as equivalências para os seguintes eletrodutos em polegadas
são:
½”=

¾”=

1”=

2”=

3 A NBR 5410/2004 estabelece prescrições e prevê as principais prote-


ções para as instalações elétricas prediais nos quadros de distribuição.
Quais são essas proteções?

Unidade 5 449
4 Na tabela a seguir estão as correntes nominais do disjuntores termo-
magnéticos e as correntes nominais correspondentes dos interruptores
diferenciais residuais. Complete os valores nominais correspondentes
que estão faltando na tabela.

Corrente nominal do Corrente nominal mínima


disjuntor (A) do IDR (A)
10, 15, 20, 25
30, 40 40
50, 60
70 80
100

450
Palavras do
Autor

Caro aluno,

Você está de parabéns por conseguir vencer com


dedicação todas as etapas do curso de eletricista
instalador predial na modalidade de ensino a dis-
tância. Você está preparado para vencer novos de-
safios e alcançar novos objetivos e oportunidades.

Desejamos a você muito sucesso em sua nova


qualificação profissional de eletricista instalador
predial pela Instituição senai - es.

Sucesso!

Júlio Cezar Págio

451
Conhecendo o
Autor
JÚLIO CEZAR PÁGIO, é Eletrotécnico, Pedagogo
e Especialista em Educação Profissional Integrada
a Educação Básica na modalidade de educação de
jovens e adultos - EJA pelo IFES Vitória ES. Atuando
como professor de educação profissional no SENAI
ES desde 1987.

453
Referências

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.


Instalações Elétricas de Baixa Tensão, NBR 5410.
Rio de Janeiro: ABNT, 2004. 209 p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.


Símbolos Gráficos para Instalações Elétricas Pre-
diais, NBR 5444. Rio de Janeiro: ABNT, 1989. 09 p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.


Novo padrão Brasileiro de plugues e tomadas,
NBR 14136. Rio de Janeiro: ABNT, 2003.

CAVALIN, Geraldo; CERVELIN, Severino. Instalações


elétricas prediais: conforme norma NBR 5410:2004.
18. ed. São Paulo, SP: Érica, 2008. 422 p.

ELEKTRO/PIRELLI. Instalações Elétricas Residen-


ciais. Vol. 01. São Paulo, junho 2003.

ELEKTRO/PIRELLI. Instalações elétricas prediais.


Vol.02. São Paulo, junho, 2003.

EXATRON. Sensores automáticos de presença.


Disponível em: <http://www.exatron.com.br/port/
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Acesso em: 17 ago. 2010.

EDP/ESCELSA. NOR-TEC 01 – Norma Técnica de


Fornecimento de Energia Elétrica em Tensões
Secundária e Primária de 15KV. Espírito Santo ES.
1997,136p.

FILHO, Theodoro da S. Fundamentos de eletricida-


de. Rio de Janeiro: Ed. LTC, 2007.

455
FRACCHETA, Alexandre. Instalações Elétricas: previna seu patrimônio con-
tra danos. Disponível em: <http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.
php?a=28&Cod=370>. Acesso em: 27 jun. 2010.

FUNDAÇAO COGE. Manual de treinamento; Curso básico de segurança em


instalações e serviços em eletricidade- NR10. Ed. Fundação Coge, Rio de
Janeiro: 2007

LEITE, Domingos Lima. Projetos de Instalações Elétricas Prediais. 6. ed. São


Paulo: Érica, 2006

PIAL/LEGRAND. Catálogo. Produtos e Sistemas Para Instalações Elétricas e de


Voz, Dados e Imagem. São Paulo SP, 2010/2011.

SENAI. SC. Instalações elétricas. Florianópolis: SENAI/SC, 2004.

SENAI. Departamento nacional. Matéria: módulo instrucional; Eletrotécnica. Rio


de Janeiro: 1980. 49p.

______. Grandezas elétricas: módulo instrucional; Eletrotécnica. Rio de Janeiro:


1980. 58 p.

______. Lei de Ohm: módulo instrucional; Eletrotécnica. Rio de Janeiro: 1980.


91p.

______. Resistividade: módulo instrucional; Eletrotécnica. Rio de Janeiro: 1980.


30p.

______. Potencia elétrica de cc: Módulo instrucional; Eletrotécnica. Rio de Janei-


ro: 1980. 79p.

______. Potencia elétrica de CA: Módulo instrucional; Eletrotécnica. Rio de Ja-


neiro: 1980. 69p.

______. Circuito elétrico: módulo instrucional; Eletrotécnica. Rio de Janeiro:


1980. 49p.

SENAI. Departamento nacional. Curva eletrodutos plásticos: módulo instrucio-


nal; eletricista instalador predial. Rio de Janeiro: 1980. 11p.

______. Cortar eletrodutos plásticos: módulo instrucional; eletricista instalador


predial. Rio de Janeiro: 1980. 15p.

______. Enfiar condutores em eletrodutos: módulo instrucional; eletricista ins-


talador predial. Rio de Janeiro: 1980. 13p.

456
Eletricista Instalador Predial

______. Abrir roscas em eletrodutos módulo instrucional; eletricista instalador


predial. Rio de Janeiro: 1980. 15p.

SIEMENS. Novo padrão brasileiro de tomadas de acordo com a norma


NBR14136. Disponível em: <http://www.siemens.com.br/templates/v2/templa-
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TRON. Manual de ventiladores linha tradicional. Disponível em: <http://www.


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VALKENBURGH, Van & NOOGER & NEVILLE, INC. Eletricidade básica. Edição
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WETZEL. Linha Geral de Produtos. Disponível em: <http://www.wetzel.com.br/


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ago. 2010

457
Colocando em
prática
respostas

Unidade 1
Aula 1

1 Resposta: Matéria é tudo que existe no universo,


tem uma massa e ocupa um lugar no espaço. Ela
é formada por moléculas. São exemplos de ma-
téria: madeira, corpo humano, borracha, árvores,
etc. etc. etc.
2 Resposta: Para conhecer a resposta desta ques-
tão entre em contato com seu professor.
3 Resposta: Molécula é combinação de dois ou
mais átomos.

Aula 2

1 Resposta: Devido ao campo elétrico existente


nas cargas.
2 Resposta: Raio é uma descarga elétrica para a
terra. Ele é produzido pelo acúmulo de cargas
estáticas nas nuvens.
3 Resposta: a: fricção.
b: contato.

459
Aula 3

1 Resposta: Químico e eletromagnético.


2 Resposta: Haverá um fluxo de elétrons do eletrodo negativo para o positivo
através do fio. Assim, com espaço deixado na placa negativa, haverá o fluxo
de elétrons do eletrodo positivo para o negativo através da solução ou ele-
trólito, gerando assim um fluxo constante de elétrons em uma única direção.
3 Resposta: Porque ela tem uma mesma intensidade e um único sentido.
4 Resposta: Porque ela varia de intensidade e alterna seu movimento.
5 Resposta: Pela ação do magnetismo. A corrente gerada é alternada.

Aula 4

1 Resposta: É um caminho fechado por onde circulam as cargas elétricas.


2 Resposta: Para conhecer a resposta desta questão entre em contato com seu
professor.
3 Resposta: Para conhecer a resposta desta questão entre em contato com seu
professor.

Aula 5

1 Resposta: Não. Pelo fato do caminho para a passagem da corrente estar


aberto.
2 Resposta: Ela está presente nos terminais de uma bateria, pilha e geradores
elétricos. A unidade de medida de tensão elétrica é o Volt.
3 Resposta: Resistência elétrica. Sua unidade é Ohm.
4 Resposta:
a) 0,02 A;

b) 1800 V;

c) 470.000 Ω;

d) 0,2 V;

e) 500 A.

460
Eletricista Instalador Predial

Aula 6

1 Resposta: 40 V;
2 Resposta: 6 Ω;
3 Resposta: 600 mA;
4 Resposta: 220 V.

Aula 7

1 Resposta: Para isolar os fios elétricos de contatos acidentais que podem


causar choques elétricos ou danos às instalações.
2 Resposta: Nos cabos de ferramentas como, por exemplo, alicates e chaves
de fenda, nos componentes elétricos como plugs e tomadas, etc.
3 Resposta: Nos materiais condutores os elétrons das ultimas camadas estão
fracamente presos aos núcleos dos seus átomos, portanto são facilmente
retirados.
4 Resposta: Já nos materiais isolantes, pelo fato dos elétrons estarem muito
presos aos núcleos dos seus átomos, os elétrons ficam difíceis de serem
retirados.

Aula 8

1 Resposta:
a) Para conhecer a resposta desta questão entre em contato com seu professor.

b) Série.

c) A corrente tem o seu caminho interrompido.

d) Não, pois a corrente será interrompida caso uma Lâmpada queime ou for
retirada. Além disso, as Lâmpadas não poderiam ser manobradas (deligadas ou
ligadas) de forma independente.

2 Resposta: No circuito série a corrente elétrica tem um só caminho para cir-


cular. No circuito paralelo a corrente elétrica circula por vários caminhos.
3 Resposta: Para facilitar a leitura e interpretação.
4 Respostas:
a) Todas as lâmpadas estarão apagadas.

b) Somente as lâmpadas h1, h2 e h5 estarão acesas.

c) Nenhuma.

461
Aula 9

1 Resposta: 2 A.
2 Resposta: 60V.
3 Resposta: R1=20 ohms V1=100V V2=25V V3=75V
4 Resposta: 18 A
5 Resposta: I1=12 A e I2 = 6 A
6 Resposta: 24 V
7 Resposta: ET = 24V I1=4 A I2=2 A R2 = 12 ohms
8 Resposta: ET = 20 V I1=I2 = 2 A

Aula 10

1 Resposta: 6,95 mm². Valor comercial: 10 mm².


2 Resposta: O dimensionamento não foi adequado. A bitola do fio deveria ser
de 7,72 mm². Valor comercial 10 mm².
3 Resposta: Porque não foram dimensionados corretamente, ou seja, estão
muito finos ou longos, ou talvez existam emendas ou conexões elétricas mal
feitas ao longo do circuito.
4 Resposta: O circuito A apresenta maior resistência porque o fio é mais longo.
Quanto maior o comprimento do fio, maior será a resistência elétrica. Quan-
to menor o comprimento, menor será a resistência. Por esse motivo circula
menor corrente em A em relação a B.
5 Resposta: A resistência elétrica de cada circuito iria diminuir. Quanto maior a
bitola (seção) do fio, menor a resistência elétrica. Quanto menor a bitola do
fio maior será a resistência.

Aula 11

1 Resposta: Potência elétrica é a rapidez com que um trabalho elétrico é reali-


zado. Exemplos de trabalho elétrico: movimento do motor de um ventilador,
aquecimento de um ferro de solda, etc.
Energia elétrica é a capacidade de realização de trabalho elétrico. É a ener-
gia transportada pelos elétrons em movimento (corrente elétrica), capaz de
realizar trabalho elétrico.
2 Resposta: Podemos achar a corrente utilizando a fórmula I = P/V, o resultado
é de 0,45 A. Achando a resistência: R = V / I, então R= 488,9Ω.

462
Eletricista Instalador Predial

a) E = P x t / 1000 x 30 dias15 kWh.

b) R$ 2,25

3 Resposta:
R=V/I

R=110/20

R=5,5

O seu chuveiro deverá ter uma resistência de 5,5 Ω para 110 V. Se for usado
em 220 V, ele terá que ter a resistência em dobro. Ele deverá ter: 5,5 x 2 = 11Ω.

4 Resposta: 60 V.
5 Resposta: Ferro elétrico e chuveiro porque possui resistor.
6 Resposta: 17 A.
7 Resposta:
Cicuito 1

PT = 690 W

P em R1=19W

P em R2=595,12W

P em R3=75,62W

Circuito 2

PT=5,8 KW

P1=1KW

P2=0,8 KW

P3=4 KW

A potência em R3 é maior porque por esse resistor circula a maior corrente.


Ele é o resistor de menor resistência no circuito.
A potência seria menor, pois o circuito em série apresentaria maior resistência
limitando a corrente a um valor menor do que na associação em paralelo.

463
Aula 12

1 Resposta: Corrente contínua.


2 Resposta: A geração de eletricidade contínua se dá por meio de pilhas e
baterias ou dínamos.
3 Resposta: Corrente alternada.
4 Resposta: Para conhecer a resposta desta questão entre em contato com seu
professor.

Aula 13

1 Resposta: O valor de potência seria o mesmo, ou seja, 4.400 W, pois as car-


gas são resistivas.
2 Resposta: Por causa do defasamento angular existente nos circuitos de
corrente alternada formados por cargas que envolvem bobinas como, por
exemplo, motores e transformadores.
3 Resposta: Este valor se refere à potência total absorvida pela rede, chamada
potência aparente nos circuitos de CA. Sua unidade de medida é VA (Volt-
Ampère).
4 Resposta:2.250 VA.
5 Resposta: Potência aparente = 1.905,2 VA
Potência ativa = 1.524,16 W

6 Resposta: Potência reativa. Sua unidade de medida é VAR (Volt-Ampère rea-


tivo).

464
Eletricista Instalador Predial

UNIDADE 2
Aula 1

1 Resposta

E Tecla de função AC/DC C Seletor de escala de grandezas


D Display de leitura de grandezas A Garras para envolver o condutor
F Teclas funções especiais (ver manual) B Gatilho par abrir as garras

2 Resposta: Eles têm a mesma função. A diferença está na leitura da medida. O


digital apresenta a leitura em dígitos e o analógico através de ponteiro que
se move em cima de uma escala.
3 Resposta: AC.
4 Resposta: Quando a corrente passa pelo condutor que está envolvido
pelo alicate, produz um campo eletromagnético, este, transfere uma energia
capaz de fazer os elétrons das espiras que se encontram nas “garras” do ali-
cate circularem até a um medidor de alta sensibilidade chamado galvanôme-
tro. Estes deslocam o ponteiro indicando um valor nas escalas em AMPERES.
O ponteiro se deslocará mais, quanto maior for o campo eletromagnético
produzido pela corrente que passa no condutor.
5 Resposta: O procedimento não está correto. Dará erro na leitura. O dis-
play indicará a leitura de zero ampéres.
6 Resposta:
a) tensão.

b)resistência.

c)continuidade.

7 Resposta: Um dos fusíveis está queimado. Ou seja, aquele cuja medida não
produziu som.
8 Resposta: Nos bornes (COM - VW) do instrumento. Fio vermelho em VW
e o preto no “COM”. A diferença está na escala, uma para tensão e outra
para resistência.
No caso de medida de resistência o circuito deverá estar desligado

9 Resposta:
‡‡ Calçar luvas de segurança para que não haja risco de um choque elétrico e
ou outro EPI que se fizer necessário para medição;
‡‡ Selecionar o tipo de corrente que circula no circuito, se corrente alternada
(AC) ou corrente continua (DC);

465
‡‡ Selecionar a escala da grandeza elétrica desejada (Ampère-A ou Volts-V) es-
colhendo o sempre o valor mais alto, principalmente se o valor a ser medido
for totalmente desconhecido;
‡‡ Usar um instrumento de categoria de segurança II ou III, mais recomendados
para um eletricista predial.

Aula 2

1 Resposta: Tensão, corrente e resistência.


2 Resposta: O condutor não será “abraçado”. O amperímetro terá que ser
inserido em série tanto nos circuitos de corrente alternada quanto corrente
continua.
3 Resposta:
miliamperímetro amperímetro

4 Resposta: O Ohmimetro poderá queimar.


5 Resposta:
‡‡ Mostrador ou
display

‡‡ posição
desligado

‡‡ chavede seleção de
funções e de escala

‡‡ Borne de entrada e
‡‡ teste de
corrente até 10A
transistor
‡‡ borne de entrada de tensão,
corrente e resistência
‡‡ borne
comum

Obs.: todo o processo avaliativo será nas aulas presenciais.

466
Eletricista Instalador Predial

UNIDADE 3
Aula 1

1 Resposta: Choque elétrico, queimaduras e incêndio.


2 Resposta: Utilizar sempre os equipamentos de proteção individual. Como:
luvas de proteção, sapatos com solado de borracha, óculos de proteção,
capacete e ferramentas em bom estado de conservação.
3 a) Resposta: contato.
b) Resposta: vapor metálico.
c) Resposta: arco voltaico.
4 Resposta: As figuras representam risco de incêndio. A temperatura sobe
muito nos elementos apresentados. Para evitar tais situações é preciso
dimensionar corretamente condutores e dispositivos e evitar sobrecargas,
como por exemplo, uso de Benjamin (T) para uso de vários equipamentos ao
mesmo tempo. É importante manter a instalação elétrica em boas condições.

Aula 2

1 Resposta: NR-10.
2 Resposta:
‡‡ Abrir a chave ou o disjuntor do circuito;
‡‡ Fixar uma etiqueta trava ou cadeado. Verificar a ausência de tensão com um
voltímetro ou detector de tensão;
‡‡ Prever o escoamento para terra de possíveis correntes com acessórios de
aterramento nos dois extremos da manutenção;
‡‡ Isolar,
ou seja, definir um distanciamento das proximidades do ponto de
manutenção;
‡‡ Sinalizar,
ou seja, avisar por meio de cartões, placas ou etiquetas de sinaliza-
ção do travamento.
3 Resposta:
‡‡ Evite fazer manutenção em qualquer equipamento elétrico quando este esti-
ver ligado à tomada;
‡‡ Não instale ou troque lâmpadas ou luminárias no teto sem estar amparado e
o disjuntor desligado;
‡‡ Use sempre seus equipamentos de proteção individual (EPI’s), calçados de
segurança luvas, óculos e capacete;

467
‡‡ Emcaso de incêndio nunca use extintor de água. Use os de Co2 ou pó quí-
mico;
‡‡ Em caso de acidente com eletricidade, mantenha a tranquilidade e aja rápi-
do.
‡‡ Emcaso de uma parada cardíaca por um choque elétrico, os três primeiros
minutos após o choque são vitais para o acidentado;
‡‡ Antesde qualquer coisa, observe se a rede elétrica está desenergizada, se
não houver a possibilidade de desligá-la imediatamente se utilize de qual-
quer material isolante para afastar o acidentado da parte eletrificada;
‡‡ Se o acidentado estiver inconsciente, verifique seu batimento cardíaco e se
suas pupilas estão dilatadas. Se isso acontecer, você deverá imediatamente
iniciar a respiração artificial boca a boca e a massagem cardíaca.
4 Resposta pessoal. Espera-se que o aluno enfatize a importância de se estar
preparado para prestar primeiros socorros em caso de acidentes com insta-
lações elétricas, com base nas últimas informações prestadas nesta aula.

468
Eletricista Instalador Predial

UNIDADE 4
Aula 1

1 Resposta:
a) Alicate de bico redondo
b) Chave de fenda
c) Alicate prensa terminal
d) Alicate decapador de fio
e) Alicate universal
f) Tarraxa

2 Respostas:
(3) É um utensílio para o eletricista predial para aplicações diversas, como mol-
dar eletrodutos de PVC para confeccionar curvas.
(4) Utilizado para dobrar, cortar, pegar e segurar peças.
(5) Muito utilizado pelo eletricista para corte de fios e cabos, pois, proporciona
um corte preciso, seguro e rápido.
(1) Utilizado pelo eletricista para moldar fios rígidos em forma de olhal em
vários diâmetros.
(2) Utilizados para segurar e guiar peças a serem soldadas, aparafusadas ou
conectadas e também para dobrar, torcer ou destorcer condutores, linguetas,
suportes e outros.
(6) São utilizados pelos eletricistas para remover a isolação de fios e cabos sem
danificar o núcleo do condutor.
(8) Utilizado para fazer a compressão de terminais em cabos.
(7) Utilizada para apertar e desapertar parafusos com fenda.

Aula 2

1 Resposta:

a) Em prosseguimento
b) Em derivação
c) Em prosseguimento

2 Resposta: Em prosseguimento.

3 Resposta: Dentro de caixas de derivação ou passagem

4 Resposta: Em derivação.

469
Aula 3:

1 Resposta: (a)
2 Resposta: Alicate de bico redondo.
3 Resposta: Podemos estanhar a parte do cobre conectado ao alumínio.
4 Resposta: Usar um inibidor metálico (geralmente o bronze estanhado), para
impedir a formação de película oxidada pelo alumínio.Isolamos a conexão
com fita de alta fusão e fita isolante para evitar a penetração de poeira umi-
dade.

Aula 4:

1 Resposta: Melhorar a condutibilidade elétrica, evitar a oxidação e aumentar


a resistência a esforços mecânicos dos condutores.
2 Resposta: Para preservar as pontas dos ferros de solda elétricos. Pois, são de
cobre e com o calor ela vai de degradando.
3 Resposta: Pasta para solda. É utilizada no processo de soldagem, no sentido
de evitar a oxidação das partes e aumentar a fluidez da solda nos conduto-
res durante o processo.

Aula 5:

1 Resposta: Para recompor o isolamento perdido do condutor no momento de


executar uma emenda ou uma conexão.
2 Resposta:
(d) Usada para isolar cabos ou barramentos. Aplicado com um pincel, em ca-
mada de um 1 mm, pode isolar até 10KV.

(a) Fabricada em diversas cores (preta, verde, azul, amarela e branca) para
isolamento de fios e cabos de até 750V e identificação das funções de outros
condutores como neutro(azul) e terra (verde).

(c) Formam uma sobrecapa isolante. Aplicado com auxílio de soprador térmico
ou maçarico.

(b) Funde-se formando uma massa quando aplicada em camadas sobrepostas.


Aplicada em fios e cabos de até 69KV.

470
Eletricista Instalador Predial

Aula 6:

1 Resposta: Os eletrodutos são condutos de metal (magnéticos ou não mag-


néticos) ou PVC capazes de proteger as instalações elétricas contra corrosão
e ações mecânicas e ainda de possíveis incêndios por superaquecimento dos
condutores ou arco elétrico.

2 Resposta:

‡‡ Eletrodutos PVC rígidos


‡‡ Eletrodutos PVC flexíveis (conhecidos como mangueiras)
‡‡ Eletrodutos rígido metálico
‡‡ Eletrodutos metálico flexível (com ou sem revestimento de PVC)

3 Resposta:

‡‡ Prender (segurar) o eletroduto


‡‡ Serrar o eletroduto
‡‡ Escorear eletroduto após o corte
‡‡ Abrir rosca externa em eletroduto
‡‡ Curvar eletrodutos metálicos rígidos
‡‡ Mola para auxiliar no curvamento de eletroduto plástico rígido
‡‡ Soprador térmico para curvamento de eletroduto plástico rígido

Aula 7

1 Respostas: Multifilar Unifilar Funcional


2 Respostas:
a) Pulsador
b) Interruptor de duas seções
c) Interruptor de uma seção

3 Resposta: Proporcionará mais segurança, por evitar contato com as partes


energizadas dos plugues.
4 Resposta: Esquema Unifilar
5 Resposta: Vem do QM (quadro de medição, onde fica o relógio medidor de
energia), chegando o fio Neutro, Fase e Terra no QD (quadro de distribui-
ção).

471
Do quadro de distribuição saem o condutor Neutro e Fase, chegam até ao
ponto de luz de 60W. O condutor Neutro alimenta uma no ponto (a) da lâm-
pada de 60W. Neste mesmo ponto, prossegue para o ponto (b) para alimen-
tar a outra lâmpada de 60W. O condutor fase prossegue para se conectar ao
interruptor e, ao mesmo tempo, o interruptor envia dois condutores de volta
(retorno) para a lâmpada no ponto (a) e outro retorno ligando na lâmpada do
ponto (b), completando o circuito.

6 Resposta:
Terra

Fase

Neutro
Fase

7 Resposta:
a) 1,5 mm²

b) 2,5 mm²

Aula 8

1 Resposta: Em longos corredores, escadas, no quarto junto à porta e cabecei-


ra da cama.
2 Resposta:

Unifilar

472
Eletricista Instalador Predial

3 Resposta: Para isso usaremos o Interruptor Intermediário ou (Four way)

Unifilar

4 Resposta: Sim. Dependendo dos números de pontos diferentes poderemos


inserir entre os dois paralelos dois ou mais intermediários.
5 Resposta:

2
1 3
º

473
Aula 9

1 Resposta: (c)
2 Resposta:

Tomada 2P+T vista de frente

3 Resposta: Diretamente na parte metálica da luminária.


4 Resposta

474
Eletricista Instalador Predial

Aula 10

1 Resposta:
a) Sensor de presença
b)____Fotocélula_____________

2 Resposta:
a) ( ) Sensor de presença convencional
b) (x) Sensor de presença com sensor de luz incorporado
Justificativa: O sensor de luz manterá a ação do dispositivo infravermelho de-
sativada. Logo, mesmo com a presença de calor em movimento a iluminação
não será ativada. Assim, evitando o desperdício de energia.

3 Resposta:
O diagrama elétrico ao lado funciona da seguinte forma: o relé fotoelétrico
tem princípio baseado num resistor que varia sua resistência quando há in-
cidência de luz sobre ele, também conhecido como LDR, do inglês Resistor
Dependente da Luz.

A corrente que passa pela fotocélula (LDR), controla a corrente que passa pelo
resistor. Ao entardecer terá menos luz incidida na fotocélula (LDR). Logo, me-
nor será a corrente que passará no resistor. Assim, a bimetal fechará o contato
aberto, Fazendo o acionamento da iluminação.

Quando ocorre o amanhecer a luz incidida na fotocélula (LDR) é maior. Logo,


passará mais corrente pelo resistor que aquecerá indiretamente o bimetal,
fazendo com que o contato se abra desligando a iluminação.

4 Resposta: Caso isso não ocorra o sensor (LDR) irá ligar e desligar automati-
camente a lâmpada.
5 Resposta: São utilizadas lâmpadas próprias para este tipo de instalação. São
elas vapor de mercúrio, vapor de sódio, vapor metálico e outras e que geral-
mente são acionadas e controladas por um relé fotoelétrico.
6 Resposta:

Esquema unifilar

7 Para conhecer a resposta questão entre em contato com o seu professor.

475
8 Resposta: Reatores e ignitores.

a)

Aula 11

1 Resposta:

476
Eletricista Instalador Predial

2 Resposta:

Passe os dois fios da lâmpada no furo


interno do eixo do motor até sair na
Coloque as garras sobre o motor. parte de baixo.

Fixe as buchas de amortecimento de


ruídos nas laterais da haste e Insira a Insira a canopla inferior na haste, fixe a
canopla superior na haste. bucha da haste.

Passe os cabos elétricos do motor e da


Encaixe a haste no eixo do motor, in- lâmpada pelo furo lateral inferior da
sira a cupilha. haste.

Fixe as pás utilizando os parafusos, Encaixe a haste no suporte de fixação e


arruelas e porcas. fixe o ventilador.

477
3 Resposta:
Um dos condutores ligados ao neutro refere-se ao fio neutro do ventilador e o
outro ao fio neutro da lâmpada.

Cada fio preto serve para fazer o motor gira em diferentes sentidos, ou seja,
para acionar o ventilador o mesmo deverá girar em sentido anti-horário e para
acionar o exaustor o motor deverá girar em sentido horário.

Aula 12

1 Resposta:

2 Resposta: respostas circuladas.

3 Resposta:
De 3500 a 9000 w-monofásicos
De 9001 a 15000 w-bifásicos
De 15001 a 75000 w-trifásicos

478
Eletricista Instalador Predial

Aula 13

COLUNA - A COLUNA - B

Componente Nº Nº Função
Disjuntor (1) (3) Proteção contra Choque elétrico.

DSP (2) (4) Condutor de proteção terra

DR (3) (1) Proteção contra sobrecarga e curto


circuito.
PE (4) (2) Proteção contra surto de tensão

1 Resposta: No quadro de distribuição, estão os dispositivos de proteção, dele


é que parte os circuitos terminais que vão alimentar todas as cargas como
lâmpadas, chuveiro, e outras.
Os quadros de distribuição devem estar localizados em local de fácil acesso e
estarem o mais próximo possível do centro geométrico das cargas.

2 Resposta:

a h

b g

d
e f

a) Dipositivo de Proteção contra Surto de tensão DPS


b) Interruptor Diferencial Residual Bipolar- DR geral
c) Barramento de Fase Por (Jumpers)
d) Barramento de Proteção-Terra (PE)
e) Disjuntor termo magnético monopolar
f) Barramento de Neutro
g) Saída dos Circuitos Terminais
h) Circuito de Distribuição vem do padrão de medição

479
Aula 14

1 Resposta:
‡‡ Aterramento Funcional: é a ligação intencional à terra de um dos conduto-
res do sistema, geralmente o NEUTRO, e este está relacionado ao funciona-
mento correto, seguro e confiável das instalações.
‡‡ Aterramento de Proteção: é a ligação a terra,das massas metálicas e de
elementos condutores estranhos à instalação, para dar a proteção contra
choques elétricos provocados por contatos indiretos
2 Resposta:
a) Haste de terra em cantoneira em aço galvanizado

b) Disjuntor termomagnético Tripolar padrão NEMA

c) Disjuntor Termomagnético monopolar padrão DIN

d) Disjuntor Termomagnético monopolar padrão DIN

e) Disjuntor Termomagnético monopolar padrão DIN

3 Resposta:

Aula 15

1 Resposta:
‡‡ Caixa de passagem 4”x2” PVC ou metálica;
‡‡ Caixa de passagem 4”X4” de PVC ou metálica;
‡‡ Arruela de alumino para eletroduto;
‡‡ Bucha de alumínio para eletroduto;

480
Eletricista Instalador Predial

‡‡ Luva de PVC;
‡‡ Curva de 90º;
‡‡ Eletroduto de PVC;
‡‡ Box de PVC curvo com tampa de inspeção
‡‡ Bucha de redução ;
‡‡ Caixa tipo Condulete

2 Resposta:

3 Resposta: C

481
UNIDADE 5
Aula 1

1 Resposta: c
2 Resposta: b
3 Resposta: 340VA
4 Resposta = 4 tomadas

Aula 2

1 Reposta: em ordem de cima para baixo= 4,8,7,6,1,2,3,5.


2 Resposta = desejada

3 Resposta= opção de resposta do aluno.

482
Eletricista Instalador Predial

Aula 3

1 Resposta:
a) Deve ser previsto circuitos individuais para tomadas de cozinhas, áreas de
serviço, e locais semelhantes tanto quanto necessário;

b) Nas instalações alimentadas com duas ou mais fases, a potência total da


instalação deverá ser distribuída pelas duas ou tres fases, a fim de obter um
maior equilíbrio possível entre as fases.

2 Resposta: desejada
Facilitará a operação e a manutenção, além de reduzir à interferência em ou-
tros pontos de utilização e a corrente dos mesmos.

3 Resposta: b

Aula 4

1 Para conhecer a resposta questão entre em contato com o seu professor.


2 Reposta: d.

Aula 5

1 Reposta:
‡‡ Critério da Capacidade de Condução de Corrente.
‡‡ Critério de Queda de tensão pelo método Watts x Metros.

2 Resposta = desejada

483
3 Resposta

Seção dos condutores de fase Seção reduzida do condutor


(mm2) neutro mm2
S < 25 S
35 25
50 25
70 35
95 50
120 70
150 70
185 95
240 120
300 150
400 185

4 Resposta = a
5 Resposta= 25000 x 15 = 375000 Wxm
‡‡ Irà tabela na coluna 2% procurar o valor exato ou imediatamente superior a
449152 Wxm e escolher a SEÇÃO 16mm2

Condu- % de queda de tesão


tor Série 1% 2% 3% 4%
Métrica
(mm²) S Σ (P Watts X l (m)
)

1,5 21054 42108 63163 84216


2,5 35090 70180 105270 140360
4 56144 112288 168432 224576
6 84216 168432 253648 336864
10 140360 280720 421080 561440
16 224576 449152 673728 898304
25 350900 701800 1052700 1403600

484
Eletricista Instalador Predial

Aula 6

1 Reposta: c
2 Resposta: ½”= 20mm, ¾”= 25mm, 1”= 32mm, 2”= 60mm
3 Resposta:
‡‡ Proteção contra choque elétrico – DR’s.
‡‡ Proteção contra sobre correntes – Disjuntores.
‡‡ Proteção contra sobretensões - DPS’s.
4 Resposta:

Corrente nominal do Corrente nominal mínima


disjuntor (A) do IDR (A)
10, 15, 20, 25 25
30, 40 40
50, 60 63
70 80
90, 100 100

485

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