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Essa grande faixa apresenta uma variedade de formações vegetacionais, desde áreas mais abertas, até
vegetações herbáceas e arbustivas, e separa as florestas tropicais pluviais, a Floresta Amazônica ao
noroeste e a Mata Atlântica ao sudeste. A porção tropical/subtropical da América do Sul, situada a leste
dos Andes, compreende extensos biomas cujos limites são determinados principalmente por diferenças
nos níveis pluviométricos e características edáficas. Dessa forma, pode ser reconhecida uma dicotomia
entre florestas tropicais pluviais, situadas em regiões de alta pluviosidade, sem períodos definidos de
deficiência hídrica, e florestas e formações abertas tropicais estacionais secas, as quais apresentam
estação seca bem definida[6].Também estão presentes próximos a essas formações secas a Mata dos
Cocais e o Pantanal, que, apesar de apresentar alagações durante metade do ano, ainda compartilha
muitas características com os outros biomas.
Características Físicas
Vegetação
Extinção da Megafauna de Mamíferos
Referências
Origens Biogeomorfológicas
Muitos eventos geomorfológicos podem ter afetado, de forma diferente, a história das diversas linhagens.
Em geral, a velha ideia de estabilidade biológica e geológica dos trópicos [8] tem sido substituída por
uma visão de maior dinamismo histórico. Há hipóteses ecologicamente orientadas, como a hipótese de
gradientes ecológicos[9], há hipóteses que lidam com a dinâmica dos rios [10] ; há aqueles que
incorporam a história tectônica [11] ; ainda há outros que ligam os ciclos glaciais com alterações do nível
do mar criando incursões marinhas ou lagos de água doce continentais [12]; e finalmente há a ideia de
alterações climáticas que favorecem a formação de refúgios de florestas [13]. Todavia, para entendermos
os padrões gerais de diversidade, precisamos compreender como a ecologia influencia padrões
biogeográficos de larga escala, dentro e entre clados. Entretanto, esses eventos biogeográficos também
são produtos dos processos ecológicos, e uma dicotomia entre explicações históricas e ecológicas é
artificial. Para lidar com importantes questões sobre a distribuição de linhagens e padrões globais de
diversidade, é necessário adotar uma abordagem integradora. A biogeografia histórica pode, por meio do
uso de cladogramas de área, responder questões evolutivas e ecológicas, distinguindo modos de
especiação e reconstruindo padrões de arranjos de comunidades; a biologia filogenética táxon-orientada ,
usando ferramentas como os relógios moleculares, pode traçar associações entre eventos geológicos e
eventos filogenéticos; a abordagem ecológica, por sua vez, considera os dois vieses anteriores para
estudar a evolução de caracteres ecológicos, e a relação entre espécies dentro de uma comunidade. A
análise de diferentes grupos fornece informações distintas acerca das alterações passadas na paisagem,
portanto, o mapeamento das distribuições dos diferentes táxons é fundamental para a definição das áreas
de endemismo e análise das relações históricas, e é de extrema importância, primariamente, para a
delimitação dos biomas.
Exemplo disso foi o mapeamento de registros de espécies lenhosas que ocorrem na Caatinga. A partir da
distribuição do angico-branco (Anadenanthera colubrina) pode-se reconhecer um novo padrão
biogeográfico, inicialmente chamado Arco Pleistocênico, dada sua possível origem associada aos eventos
de mudanças climáticas nesse período. Reconheceram-se, então, três núcleos de ocorrência: a Caatinga,
Missiones (acompanhando os rios Paraguai e Paraná, entre o nordeste da Argentina, sudeste do estado do
Paraná e sudoeste do Mato Grosso do Sul) e Piemonte (florestas subandinas de Catamarca no noroeste da
Argentina ao sudoeste da Bolívia).
Características Físicas
O Cerrado se encontra majoritariamente sobre o Planalto Central Brasileiro, em locais com 500 a 1.200
metros de altitude; os solos são mais intensamente lixiviados, ácidos e mais pobres em nutrientes, em
comparação com a Caatinga e o Chaco. A Caatinga e o Chaco correspondem a terras baixas sendo que a
Caatinga em geral ocorre em depressões interplanálticas de solos rasos e pedregosos, sem ou com lençol
freático de distribuição restrita. O Chaco se encontra em uma planície mais uniforme, correspondendo a
uma bacia sedimentar de solos de sedimentos finos, profundos e compactados, quase sem rochas, o que
dificulta a infiltração de água e deixa o lençol freático inacessível às raízes das plantas.
Vegetação
Quanto a vegetação, dois tipos de fitofisionomias ecologicamente distintas nas regiões tropicais sazonais
podem, a priori, serem distinguidas: as florestas sazonais secas, que apresentam um porte florestal com
esparso sub bosque herbáceo e que podem constituir-se em florestas semideciduais e as savanas, com
componente herbáceo-graminoso representativo e que apresentam alta resiliência perante condições
ambientais desfavoráveis, como pastejo ou incêndios . As vegetações ali presentes possuem porte, área
basal e biomassa aérea menores que as florestas tropicais úmidas. Tais fitofisionomias estão sob
condições de altas temperaturas, precipitação anual inferior a 1500mm que ocorre em distribuição
irregular e solos relativamente férteis. São detentoras de uma beleza incomum dentro de padrões
concebidos como adversos.
Quanto a Caatinga, uma variedade de classificações para vegetação já foi proposta: caatinga alta,
caatinga baixa, sertão e agreste. Sem contar a presença dos brejos de altitude que são áreas de Mata
Atlântica ocorrendo em zonas de maior altitude. O Cerrado compreende um domínio morfoclimático
com vegetações diversas, incluindo florestas densas às beiras de rios (matas ripárias). Na maioria de suas
áreas, encontram-se vegetações savanicas sobre solos profundos e arenosos que não permitem que haja
um grande acúmulo de água na superfície e nos lençóis freáticos, o que caracteriza a presença de um
estrato graminoso-herbácio.
Com relação ao Chaco, Pennington destaca ser a única região do mundo onde a transição entre as zonas
tropicais e temperadas não é um deserto, mas uma região semiárida com florestas. É formado de um
estrato arbustivo descontínuo e o herbáceo esparso. A composição florística é mais relacionada com a do
deserto de Monte (Argentina). É importante ressaltar que esses domínios possuem vegetações
polimórficas, mais abertas do que florestais. Possuindo, além de enclaves de vegetação diversa, matas de
galeria ao longo dos cursos de rios.
Referências
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