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Método das Malhas

Este método permite obter a corrente em cada uma das malhas de um circuito. Uma malha é
um caminho fechado cuja particularidade reside no fato de não conter no seu interior outro
caminho também fechado. Na Figura 1.1 dão-se exemplos de caminhos fechados que
constituem malhas, (a), e de caminhos que não constituem malhas, (b). De acordo com esta
definição, uma malha é um caminho cuja representação gráfica não exige a intersecção de
qualquer dos ramos do circuito.

Figura 1.1 Malhas (a) e caminhos fechados que não constituem malhas (b)

Como se afirmou anteriormente, o método das malhas permite obter as correntes em todas as
malhas de um circuito. As correntes nas malhas não coincidem necessariamente com as
correntes nos componentes do circuito, podendo, no entanto ser obtidas por adição ou
subtracção daquelas. No circuito representado na Figura 1.1a, por exemplo, verifica-se que a
corrente na resistência R4, no sentido indicado, é dada pela diferença entre as correntes nas
malhas-2 -3, designadamente i4=(i2-i3).

A análise de um circuito com M malhas exige a obtenção e a resolução de M equações


linearmente independentes. As equações resultam da aplicação da Lei de Kirchhoff das
tensões às malhas do circuito, que após substituição das características tensão-corrente dos
componentes permite obter um sistema de M equações a M incógnitas.

A aplicação do método das malhas baseia-se em quatro passos principais, a saber:

(i) determinação do número total de malhas do circuito e atribuição de um


sentido às correntes respectivas;

(ii) aplicação da Lei de Kirchhoff das tensões a cada uma das malhas;

(iii) substituição da característica tensão-corrente dos componentes ao longo da


malha;

(iv) resolução do sistema de equações.

À semelhança do método dos nós, nesta sebenta optou-se por apresentar o método das malhas
considerando quatro tipos básicos de circuitos: com fontes de tensão independentes apenas;
com fontes de tensão e de corrente independentes; com fontes independentes e de tensão
dependentes; e, finalmente, com os quatro tipos de fontes possíveis.

1.1 Fontes de Tensão Independentes

Na Figura 1.2 apresenta-se um circuito resistivo com uma fonte de tensão independente.

Figura 1.2 Método dos malhas

De acordo com os preceitos introduzidos anteriormente, a análise deste circuito com base no
método das malhas segue os seguintes quatro passos:

Passo 1: o circuito possui duas malhas, M=2, e a sua resolução exige a obtenção de duas
equações algébricas linearmente independentes. Os sentidos atribuídos às correntes nas
malhas encontram-se indicados na própria figura.

Passo 2: a aplicação da Lei de Kirchhoff das tensões às malhas-1 e -2 permite obter as


seguintes duas equações algébricas:

malha-1 (1.1)
malha-2 (1.2)

Passo 3: a substituição das características tensão-corrente das resistências permite rescrever


as equações (1.1) e (1.2) na seguinte forma:

malha-1 (1.3)
malha-2 (1.4)

Em conjunto (1.3) e (1.4) definem um sistema de duas equações algébricas cuja representação
matricial é

(1.5)

Passo 4: A resolução do sistema de equações (1.5) permite obter as seguintes expressões para
as correntes nas duas malhas:
(1.6)

na primeira malha, e

(1.7)

na segunda. As correntes nos diversos componentes do circuito podem agora ser determinadas
em função das expressões (1.6) e (1.7). Por exemplo, as correntes nas resistência R1, R2 e R3
são

(1.8)
(1.9)

(1.10)

respectivamente.

Considere-se agora o circuito representado na Figura 1.3, com três fontes de tensão
independentes localizadas em outras tantas malhas. Repetindo a sequência de quatro passos
do método das malhas, verifica-se que:

Figura 1.3 Método das malhas

Passo 1: o circuito possui três malhas, M=3, o que indica ser necessária a obtenção de três
equações algébricas linearmente independentes para a sua resolução. O sentido atribuído às
correntes nas malhas encontram-se indicados na figura.

Passos 2 e 3: a aplicação da Lei de Kirchhoff das tensões às malhas-1, -2 e -3, e após


substituição da Lei de Ohm nos termos relativos às resistências, permite obter as seguintes
três equações algébricas:
malha-1 (1.11)
malha-2 (1.12)
malha-3 (1.13)

Em conjunto (1.11), (1.12) e (1.13) definem um sistema de três equações algébricas de


representação matricial

(1.14)

Passo 4: a resolução do sistema (5.73) através da regra de Cramer permite obter as seguintes
expressões para as correntes nas malha

(1.15)

(1.16)

(1.17)

em que ∆ define o determinante da matriz [R], e ∆1, ∆2 e ∆3 definem, respectivamente, os


determinantes da matriz [R] quando a primeira, a segunda e a terceira colunas são
substituídas, respectivamente, pelo vector das fontes de tensão independentes, [vs]. Por
exemplo, a expressão da corrente na malha-1 resulta da expansão do cociente entre
determinantes

(1.18)
relação matricial:

(i) as variáveis do circuito definem um vetor coluna

(1.19)

(ii) as fontes independentes agrupam-se num vetor coluna

(1.20)

cujos termos são dados pela soma das fontes independentes ao longo das
malhas respectivas

(iii) as resistências agrupam-se numa matriz quadrada

(1.21)

designada por matriz de resistências do circuito. Os elementos da diagonal


principal da matriz (Rjj) são dados pelo somatório das resistências ao longo da
malha j, enquanto os restantes elementos (Rij com i≠ j) resultam da adição das
resistências comuns às malhas i e j, afetada de um sinal negativo. A matriz é
simétrica sempre que os circuitos integrem apenas fontes independentes.

1.2 Fontes de Corrente Independentes

A presença de fontes de corrente num circuito tem como principal conseqüência à redução do
número de equações linearmente independentes cuja obtenção exige a aplicação da LKT. A
razão desta redução é simples: uma fonte de corrente define a corrente numa malha ou a
relação entre as correntes em duas malhas. Por conseguinte, é comum distinguir três tipos de
ligação das fontes de corrente: pertencentes a uma só malha (Caso 1); comuns a duas malhas
(Caso 2); e ligadas em paralelo com uma resistência, definindo, juntas, uma fonte com
resistência interna (Caso 3).
Caso 1: Fontes de Corrente Independentes Pertencentes a Uma Só Malha

Considere-se na Figura 1.4 um circuito que integra no seu seio uma fonte de corrente
independente, pertencente a uma só malha.

Figura 1.4 Método das malhas: circuito com fonte de corrente independente (Caso 1)

A resolução do circuito pelo método das malhas passa pela obtenção das correntes nas
malhas-1 e -2, que na secção anterior resultavam da aplicação da LKT. No entanto, neste caso
a corrente na malha-2 é definida diretamente pela própria fonte de corrente independente, is,
não constituindo, portanto, uma variável do método. Com efeito, para cada uma das duas
malhas do circuito podem escrever-se as igualdades

malha-1 (1.22)

malha-2 (1.23)

esta última já resolvida. Assim, e após substituição de (1.22) em (1.23), obtém-se a expressão
da corrente na malha-1

(1.24)

Caso 2: Fontes de Corrente Independentes Comuns a Duas Malhas

Na Figura 1.5 considera-se um circuito com uma fonte de corrente comum a duas malhas
(malhas-2 e -3).
Figura 1.5 Método das malhas: circuito com fonte de corrente independente (Caso 2)

Esta particularidade indica existir uma relação entre as correntes i2 e i3, designadamente

(1.25)

As malhas-2 e 3 definem uma super-malha. O método das malhas resume-se à aplicação da


LKT à malha-1 e à super-malha-2-3 (indicada a tracejado na Figura 1.5), respectivamente

(1.26)

(1.27)

a qual, tendo em conta (1.25), se pode escrever na forma

(1.28)

As equações algébricas (1.27) e (1.28) definem um sistema de equações cuja representação


matricial é

(1.29)

1.3 Fontes de Tensão Dependentes

As fontes dependentes acarretam alterações na matriz de resistências. Este resultado deve-se


ao facto de as fontes dependentes poderem ser expressas em função das correntes nas malhas.

Considere-se o circuito representado na Figura 1.6.a, tendo uma fonte de tensão controlada.
Figura 1.6 Método das malhas: circuito com de fonte de tensão dependente

Uma das sequências possíveis para a aplicação do método das malhas é a seguinte:

Passo 1: anulam-se as fontes dependentes (Figura 1.6b) e analisa-se o circuito de acordo com
os preceitos introduzidos nas secções anteriores. Obtém-se

(1.30)

Passo 2: seguidamente introduzem-se os efeitos devidos às fontes dependentes. Uma vez que
a fonte dependente pertence apenas à malha-3, apenas esta equação deve ser rescrita. Assim,

que, substituída em (1.30), conduz a

(1.31)

Como se pode constatar em (1.31), a inclusão da fonte dependente no circuito acarreta apenas
alterações na matriz [R], mais concretamente na linha correspondente à malha e nas colunas
relativas às variáveis que a controlam.

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