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Direção de Arte,

Produção Gráfica
e Arte-final
Textos e compilações
Alfredo Galamba
15a edição
Alfredo Galamba trabalha há 24 anos nos mercados de Publicidade,
O professor
Design e Gráfica. Professor, mentor e fundador da Expolab - Escola de
Educação Criativa.
No currículo, passou por agências de Publicidade como a Italo Bianchi e
OEM Comunicação; em gráfica digital (Épura Impressão Digital); bem como
no segmento de off-set (Agência Gráfica Nacional, Gráfica Santa Marta e
Gráfica Dom Bosco).
Coordenou tecnicamente a Escola Dom Bosco de Artes e Ofícios - EDBAO, onde promoveu
articulações com entidades públicas, privadas e do terceiro setor, com o objetivo de inserir adolescentes
e jovens em situação de vulnerabilidade social e financeira no mercado do trabalho, na perspectiva de
mudança para a melhoria da qualidade de vida desse público; como também gerenciou e lecionou no
CTG Salesiano (cursos para os mercados de Publicidade, Design, Gráfica, Cinema e Web). Setor da
EDBAO.
Contratado como consultor e coordenador pelo Instituto de Apoio à Universidade de Pernambuco
- IAUPE em 2010 para o concurso público da Companhia Editora de Pernambuco - CEPE, realizado
em 2011, colaborou na construção do edital e coordenou a elaboração e aplicação de provas teóricas e
práticas para 12 cargos técnicos.
Fundou, direciona e leciona a ExpoLAB - Escola de Educação Criativa (www.expolab.com.br),
instituição com cursos e consultorias em Economia Criativa (Design e suas divisões em Comunicação,
Cultura e Tecnologia), mentora em Planejamento e Comunicação, como também escreve em publicações
especializadas.
Linkedin: https://www.linkedin.com/in/alfredo-galamba-690a2355/

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Filosofia pra tudo

“Não basta conquistar a sabedoria, é preciso usá-la.”


Cícero

“Se você tem uma maçã e eu tenho uma maçã,


e nós trocamos as maçãs,
então você e eu ainda teremos uma maçã.
Mas se você tem uma ideia e eu tenho uma ideia,
e nós trocamos essas ideias,
então cada um de nós terá duas ideias.”
George Bernard Shaw

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Sumário

Sempre em construção.

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Que danado é ser criativx?
Dom ou técnicas nos fazem ser criativo? Primeiramente, temos que querer sê-lo. Concordas?
É muito importante no ser humano a motivação, pois ela nos dá subsídios para que possamos
ultrapassar obstáculos; e, irmos mais além, até onde não imaginaríamos chegar.

Há um ditado popular - que uso muito -, onde diz o seguinte: “O tempero da comida é a fome”. E
são nas dificuldades que aumentamos nosso potencial. Nelas, a gente consegue realmente “espremer leite
de pedra”. Sabes o por quê? Saímos de nossa famosa zona de conforto. A mente se torna mais criativa para
conseguir atender as necessidades. Nem tudo que está na prateleira faz bem ao coração. E para A Economia
Criativa, Design, com todas suas vertentes, Marketing e Publicidade não é diferente. Mas não é mesmo!

Devemos ser ousados ao que faremos. Não basta trabalhar num Apple Mac high end e/ou ter os
melhores programas instalados, se não soubermos em qual momento criar uma peça mais clean, outra mais
over e voltada para o público-alvo correto, seja ele qual for.

Pequeno gafanhoto, observe a tudo que nos cerca; a leitura - até de bula de remédio -; como também
assistir programas que não são do nosso agrado, mas pode ser de nossa clientela. O somatório disso tudo é
válido para gerar conhecimento e ter referências.

O criativo não precisa saber de tudo e muito aprofundado, mas tem por obrigação conhecer um mar
de informações, mesmo que tenha 5 cm de profundidade. Quem detém a informação hoje e sabe trabalhá-la,
terá destaque; como também o mercado de trabalho é um espelho: ele somente reflete o que vê.

Vamos então nos mostrar da melhor forma?

Respeitosamente,

Alfredo Galamba

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Palavras em nossa língua

Por que os publicitários brasileiros ainda não inventaram termos em português para as fases
de seu precioso ofício?
Observem este diálogo que deve estar acontecendo agora mesmo em alguma agência do país:
- Pois é Max (publicitário nunca é Antônio, ou Creuza) acabamos de sair do brainstorm.
- É, eu sei, falei com o marketing.
- Gostei de trabalhar com ele. Tem feeling. Apesar de parecer não ter lido o brieffing na íntegra.
- Você vai querer contratar um designer pra fazer o display?
- Não sei brother. Acho over. A gente faz qualquer coisa com um splash 50% off... Sei lá!
- Tive pensando sobre a trai-in, aquela menina não tem start.
- Já o web master novo.
- Yes, tive um insight!
- Pro jingle ou pro outdoor?
- Na verdade é um spot, pensei nun outbus também.
- É melhor fazer um rough antes que você esqueça.
- O que você acha de alguma coisa assim (põe-se a escrever) refrijerantes doçura.
- No way brother, refrigerante é com “g”.
- Tá ligado, mô véi?!

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Networking e mais informações

1) Qual o seu nome?

2) O que você faz, seja como profissional e/ou estudante?

3) Qual a sua finalidade nesse curso?

4) Como soube da Expolab?

5) Você sabia que posso mentorá-lo no portfólio?

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Algumas vezes é um erro julgar o valor de uma atividade simplesmente pelo tempo utilizado para
O parafuso
realizá-la e um exemplo é o caso do técnico em informática que foi chamado a consertar um computador
gigantesco e complexo: um computador que custava 10 milhões de Reais.
Sentado frente ao monitor, apertou umas teclas, balançou a cabeça, murmurou algo a si mesmo,
desligou o aparelho, tirou de seu bolso uma pequena chave de fenda e girou uma volta e meia a um
minúsculo parafuso.
A seguir, religou o computador e verificou o seu perfeito funcionamento.
O presidente da companhia mostrou-se encantado e se dispos a pagar a conta imediatamente.
“Quanto é que lhe devo? “- peguntou. “São mil Reais pelo serviço efetuado.”
-Mil Reais? Mil Reais por uns momentos de trabalho? Mil Reais por apertar um simples parafusinho?
Eu sei que meu computador custa 10 milhões de Reais, mas mil Reais é uma quantidade brutal!
“Efetuarei seu pagamento desde que me envie uma fatura detalhada que justifique a sua cobrança”.
O técnico confirmou com a cabeça o pedido e se foi.
Na manhã seguinte, o presidente recebeu a fatura, a leu com cuidado, balançou a cabeça resolveu
pagá-la no ato, sem pestanejar. A fatura dizia:
“Detalhe dos serviços prestados:
- Apertar um parafuso .................................. 1 Real
- Saber qual parafuso apertar ................ 999 Reais”
Muitos profissionais dia a dia se defrontam com a falta de consideração com que as pessoas por
ignorância não alcançam entendê-los e dê-lhes ao menos um momento de humor.
E lembre-se: “Ganha-se pelo que se sabe, não somente pelo que se faz.”

Autor desconhecido

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Entrevista a Louise Wilson, diretora do mais famoso curso de moda do mundo, o do Center Saint Martins de Londres,
Moda e esse livro: qual a analogia?
por onde passaram estilistas geniais como John Galliano, da Dior, e Alexander McQueen. A inglesa Louise Wilson é
famosa pelo conhecimento do assunto e pelo temperamento mais explosivo que sua cabeleira flamejante.

É possível formar um estilista de talento ou eles já nascem prontos? Só precisam ser descobertos?
Acho possível abrir a porta e mostrar o caminho, mas não é possível fazer a pessoa segui-lo.
O que eu vejo é que, quanto mais talentosos, mais eles se acham deuses; e, cheios de insegurança
também. Por isso, ensinar é tão importante. Você mostra a pessoa que ela pode confiar em si mesma.

A senhora bate o olho num aluno e sabe dizer se ele tem o que precisa para se destacar?
A gente tenta e eu tenho sorte, porque já dei aula a pessoas realmente incríveis, mas na sala
de aula não estamos preocupados se a pessoa é boa ou não. O meu trabalho é educar os alunos nos
mais altos padrões e ajudá-los a seguir na vida. Alguns são muito capazes, outros menos, mas certa
habilidade todos têm.

McQueen e Galliano eram bons alunos?


Hoje, claro que digo que foram bons alunos. Mas, se você me perguntasse na época, eu não teria
tempo de avaliar. Trabalho com todo mundo e quero o melhor que cada um pode oferecer. E se fossem
bons não faria diferença, porque não temos um critério fixo. Não gostamos nem de dar notas na Saint
Martins. Alias, sou contra o sistema de notas. Prefiro o aluno que tirou zero porque se arriscou a
aquele que tirou 80 porque fez o que já sabia. A primeira coisa que eles os alunos perguntam quando
entram no meu curso é o que eles têm de fazer. Não sei. Eles têm de se jogar e descobrir o que
querem. As pessoas se esquecem de pensar por si mesmas.

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Arte Contemporânea
Os balanços e estudos disponíveis sobre arte contemporânea tendem a fixar-se na década de 1960,
sobretudo com o advento da arte pop e do minimalismo, um rompimento em relação à pauta moderna,
o que é lido por alguns como o início do pós-modernismo. Impossível pensar a arte a partir de então
em categorias como “pintura” ou “escultura”. Mais difícil ainda pensá-la com base no valor visual,
como quer o crítico norte-americano Clement Greenberg. A cena contemporânea - que se esboça num
mercado internacionalizado das novas mídias e tecnologias e de variados atores sociais que aliam política
e subjetividade (negros, mulheres, homossexuais etc.) - explode os enquadramentos sociais e artísticos
do modernismo, abrindo-se a experiências culturais díspares. As novas orientações artísticas, apesar de
distintas, partilham um espírito comum: são, cada qual a seu modo, tentativas de dirigir a arte às coisas do
mundo, à natureza, à realidade urbana e ao mundo da tecnologia. As obras articulam diferentes linguagens
- dança, música, pintura, teatro, escultura, literatura etc. -, desafiando as classificações habituais, colocando
em questão o caráter das representações artísticas e a própria definição de arte. Interpelam criticamente
também o mercado e o sistema de validação da arte.
Tanto a arte pop quanto o minimalismo estabelecem um diálogo crítico com o expressionismo
abstrato que as antecede por vias diversas. A arte pop - Andy Warhol, Roy Lichtenstein, Claes Oldenburg
e outros - traduz uma atitude contrária ao hermetismo da arte moderna. A comunicação direta com
o público por meio de signos e símbolos retirados da cultura de massa e do cotidiano - histórias em
quadrinhos, publicidade, imagens televisivas e cinematográficas - constitui o objetivo primeiro de um
movimento que recusa a separação arte e vida, na esteira da estética anti-arte dos dadaístas e surrealistas.
Trata-se também da adoção de outro tipo de figuração, que se beneficia de imagens, comuns e descartáveis,
veiculadas pelas mídias e novas tecnologias, bem como de figuras emblemáticas do mundo contemporâneo,
a Marilyn Monroe de Andy Warhol, por exemplo. A figuração é retomada, com sentido inteiramente
diverso, nos anos 1980 pela transvanguarda, no interior do chamado neo-expressionismo internacional. O
minimalismo de Donald Judd, Tony Smith, Carl Andre e Robert Morris, por sua vez, localiza os trabalhos
de arte no terreno ambíguo entre pintura e escultura. Um vocabulário construído com base em idéias de

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despojamento, simplicidade e neutralidade, manejado com o auxílio de materiais
industriais, define o programa da minimal art. Uma expansão crítica dessa vertente
encontra-se nas experiências do pós-minimalismo, em obras como as de Richard
Serra e Eva Hesse. Parte da pesquisa de Serra, sobretudo suas obras públicas,
toca diretamente às relações entre arte e ambiente, em consonância com uma
tendência da arte contemporânea que se volta mais decididamente para o espaço
- incorporando-o à obra e/ou transformando-o -, seja ele o espaço da galeria,
o ambiente natural ou as áreas urbanas. Preocupações semelhantes, traduzidas
em intervenções sobre a paisagem natural, podem ser observadas na land art de
Walter De Maria e Robert Smithson. Outras orientações da arte ambiente se
verificam nas obras de Richard Long e Christo.
Se os trabalhos de Eva Hesse não descartam a importância do espaço,
colocam ênfase em materiais, de modo geral, não rígidos, alusivos à corporeidade
e à sensualidade. O corpo sugerido em diversas obras de E. Hesse - Hang Up,
1966 - toma o primeiro plano no interior da chamada body art. É o próprio
corpo do artista o meio de expressão em trabalhos associados freqüentemente
a happenings e performances. Nestes, a tônica recai, uma vez mais, sobre o
rompimento das barreiras entre arte e não-arte, fundamental para a arte pop,
e sobre a importância decisiva do espectador, central já para o minimalismo.
A percepção do observador, pensada como experiência ou atividade que ajuda
a produzir a realidade descoberta, é largamente explorada pelas instalações.
Outro desdobramento direto do minimalismo é a arte conceitual, que, como
indica o rótulo, coloca o foco sobre a concepção - ou conceito - do trabalho.
Sol LeWitt em seus Parágrafos sobre Arte Conceitual (1967), esclarece: nessas

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obras, “a idéia torna-se uma máquina de fazer arte”. É importante lembrar que
o uso de novas tecnologias - vídeo, televisão, computador etc. - atravessa parte
substantiva da produção contemporânea, trazendo novos elementos para o
debate sobre o fazer artístico.
Os desafios enfrentados pela arte contemporânea podem ser aferidos na
produção artística internacional. Em relação ao cenário brasileiro, as Bienais
Internacionais de São Paulo ajudam a mapear as diversas soluções e propostas
disponíveis nos últimos anos. Na década de 1980, a exposição Como Vai Você,
Geração 80?, no Parque Lage, Rio de Janeiro, e a participação dos artistas
do Ateliê da Lapa e Casa 7 na Bienal Internacional de São Paulo, em 1985,
evidenciam as pesquisas visuais.

Basquiat
O jovem pintor afro-americano era filho de Gerard Jean-Baptiste
Basquiat, ex-ministro do interior do Haiti que se tornou proprietário de
grande escritório de contabilidade ao imigrar para os Estados Unidos e de
Mathilde Andrada, de origem portorriquenha. Era o primeiro, dos três filhos
do casal, de classe média alta.
O menino Jean-Michel, como toda criança, aos três anos já desenhava
caricaturas e reproduzia personagens dos desenhos animados da televisão. Mas
seu gosto pela arte se tornou coisa séria e um dos seus programas favoritas era,
já aos seis anos, freqüentar o MOMA, Museu de Arte Moderna, de onde tinha
carteira de sócio-mirim.
Uma tragédia o colocou ainda mais próximo da arte, quando aos sete anos
foi atropelado e no acidente teve o baço dilacerado. Foi submetido a uma cirurgia

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e ficou uma temporada no hospital. Sua mãe, então lhe deu de presente um livro
de anatomia, Grey’s Anatomy, que teria grande influência em seu futuro de artista,
revelado pelas pinturas de corpos humanos e detalhes de anatomia e até no nome
da banda musical de curta duração que fundou em 1979: Gray’s, que assumia as
influências dos ventos latinos, vindos do Caribe e Porto Rico, que sopravam sobre a
cena artística de Nova York, como o hip hop, o break e o rap.
Com o divórcio dos pais, muda com o pai e as irmãs para Porto Rico e lá vivem
de 1974 a 1976. Basquiat toma contato com suas origens latinas. Aos 17 anos está
de volta a Nova York e não consegue se adaptar às escolas convencionais. Passa
a freqüentar a Edward R. Murrow High School mas a abandona praticamente no
final do curso, sai de casa, vai morar com amigos, e passa a pintar camisetas que
ele mesmo vende nas ruas.
Com o artista gráfico
Al Diaz cria a SAMO (same old shit - mesma velha merda),
marca e assinatura que usava para espalhar as suas obras pelas
paredes da cidade. Passa a viver nas ruas e a grafitar paredes,
portas de casas e metrôs de Nova York.
Aos poucos torna-se uma celebridade, começa a aparecer
num programa da TV a cabo e é convidado a participar do filme
Downtown 81, investindo o dinheiro que ganhou em materiais
de pintura. O filme relata um dia na vida do jovem artista à
procura da sobrevivência e mistura hip hop, new wave e graffiti,
manifestações artísticas típicas do início da década de 80.

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Mudança de rumo
Com a fama adquirida passa a ter dinheiro, torna-se artista
internacional de vanguarda e amigo de pessoas influentes, conhecendo
e convivendo com Andy Warhol, com quem compartilhou forte amizade.
Warhol proporcionou a ele lugar para morar, materiais para trabalhar, além
de ajudar a divulgar o seu trabalho e patrocinar algumas excentricidades,
típicas de endinheirados. Nessa época Basquiat abandonou a arte de rua e
o graffiti e decreta nas paredes: “SAMO morreu”.
Começa a pintar telas que passam a ser adquiridas e comercializadas
por marchands de Zurique, Nova York, Tóquio e Los Angeles, ávidos
por novidades. De artista que vivia precariamente passa a ser um artista
consumido e recebido nos salões mais chiques e exclusivos de Nova York.
A arte de Basquiat, chamada de “primitivismo intelectualizado”,
uma tendência neo-expressionista, retrata personagens esqueléticos,
rostos apavorados, rostos mascarados, carros, edifícios, policiais, ícones
negros da música e do boxe, cenas da vida urbana, além de colagens, junto
a pinceladas nervosas, rabiscos, escritas indecifráveis, sempre em cores
fortes e em telas grandes. Quase sempre o elemento negro está retratado,
em meio ao caos. Há também uma dessacralização de ícones da história da
arte, como a sua Mona Lisa (acrílico e óleo sobre tela) que é uma figura
monstruosa riscada no suporte.
O período mais criativo da curta vida e da carreira meteórica de
Basquiat situa-se entre 1982-1985, e coincide com a amizade com Warhol,
época em que faz colagens e quadros com mensagens escritas, que lembram
o graffiti do início e que remetem às suas raízes africanas. É também o
período em que começa a participar de grandes exposições.

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Em 1982, com a mostra Anatomy, foi o mais jovem artista da famosa exposição Dokumenta, de Kessel. E, em
1983, o mais jovem artista da Bienal do Whitney Museum, de Nova York. Daí em diante, participa de centenas de
exposições e passa a ter trabalhos espalhados por vários dos museus mais importantes do mundo, como: Osaka City
Museum of Modern Art, Japão; Chicago Art Institute, Illinois, Estados Unidos; Everson Museum of Art, Syracuse, Nova
York, Estados Unidos; Solomon R. Guggenheim
Museum, Nova York, Estados Unidos; Kestner-
Gesellschaft, Hannover, Alemanha; Museum
Boymans-van Beuningen, Roterdã, Holanda;
Museum of Contemporary Art, Chicago, Estados
Unidos; Museum of Contemporary Art, Los
Angeles, Estados Unidos; Museum of Modern Art,
Nova York, Estados Unidos; Museum of Fine Arts,
Montreal, Canadá; Whitney Museum of American
Art, Nova York, Estados Unidos.
A morte do amigo e protetor Andy Warhol,
em 1987, deixa Basquiat abalado e debilitado e isso
se reflete na sua criação. Os críticos, sempre muito
exigentes, já não o tratam com unanimidade e
Basquiat responde a essas cobranças, associando-a
ao racismo arraigado da sociedade americana.
Solitário, exagera no consumo de drogas e
em agosto de 1988 acontece a trágica morte por
overdose de heroína, que põe fim à carreira brilhante
do primeiro afro-americano a ter acesso à fechada cena das artes plásticas novaiorquinas e, a partir daí, presença nas
mais importantes mostras do mundo, entre elas, uma sala especial, em 1996, na 23ª Bienal de São Paulo, e em 1998, uma
retrospectiva na Pinacoteca do Estado de São Paulo.

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Os primeiros anúncios impressos, segundo BERTOMEU (2002, p. 14), apud RAMOS (1985), datam
História da Publicidade no Brasil
de 1808, no Jornal Gazeta do Rio de Janeiro, ano de sua fundação. Os classificados, rapidamente ganham
importância e aparecem no jornal com mais freqüência.
Em 1875, os primeiros anúncios ilustrados são publicados em Mequetrefe e O Mosquito, jornais do
Rio de Janeiro que continham anúncios ilustrados pelo próprio caricaturista da publicação. (Ramos, 1985).
Importante observar que a criação na publicidade brasileira começa com textos de jornalistas e
poetas. Os artistas plásticos, pintores, desenhistas e outros integram-se ao rol de criadores para desenvolver
os aspectos visuais, estéticos dos anúncios, os textos não verbais.
Os anúncios acompanham a evolução gráfica da época e, a partir de 1900, com o surgimento das
revistas, esses anúncios foram incrementados ganhando grande expansão.
Em 1913, encontramos a produção de cartazes e propagandas ao ar livre. Com a chegada das
multinacionais ao Brasil, tais como Bayer, General Motors, Mercedes-Benz, Ford, entre outras, às agências
instalam-se e começam a tomar corpo para atenderem a essas empresas.
O trabalho publicitário, naquele momento, é fortemente influenciado por profissionais de outros
países, especialmente dos Estados Unidos e Inglaterra.
Depois da Segunda Guerra Mundial, com o aquecimento da economia pela retomada do crescimento
dos países da América do Norte e da Europa, a propaganda cresceu aceleradamente, inclusive no Brasil.
Nos anos 50 a indústria brasileira, concentrada no eixo Rio - São Paulo, cresce e consolida-se,
aumentado a utilização da publicidade.
Nos anos 60 e 80 as agências utilizam as duplas de criação formadas por um redator e um diretor de
arte. Entre tantas outras formas de tratar o assunto, atualmente algumas empresas do setor acreditam e
discutem o trabalho criativo desenvolvido por equipes chamadas Team Works que procuram abrigar o mais
amplo leque de profissionais de diversos setores da propaganda, entre eles: planejadores, artistas gráficos,
profissionais de mídia e atendimento, pesquisadores, redatores, etc. (Bertomeu, 2002: 14).

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A criação ocupa papel fundamental na comunicação publicitária, valendo-se dos textos verbais e não
verbais. Não existe uma forma fixa para que se determine o processo de criação.
Os empresários da publicidade estão sempre em busca de um modelo ideal para sistematizar suas
produções, sejam elas televisivas, radiofônicas, impressas, digitais, ao ar livre etc., com a intenção de diminuir
a dependência dos profissionais de criação, os chamados “criativos”. Esses profissionais são normalmente
estigmatizados como “bicho grilo”, pessoas de difícil relacionamento.
À criação, porém, não se tem permitido a adoção de modelos. Está particularizada na inspiração do
criador, do seu imaginário. “É coisa de artista”. Isso tem gerado muita insegurança, perda de tempo à espera
dos insights criativos, perda de material, e muitos fracassos para inúmeras agências de publicidade.
Na escolha de um bom profissional, o ideal seria levar-se em conta não apenas o grande ‘Poder de
Criação’ do artista – o que poderia ser manifestado nem sempre simultaneamente às demandas das agências de
publicidade -, mas a soma desse grande ‘Poder’ ao conhecimento e prática de teorias, com suas metodologias,
ferramentas e estratégias. As teorias não devem ser confundidas com modelos rígidos que poderiam gerar
padronizações. É nesse instante que deverão ser acionadas as estratégias - totalmente subjetivadas – no uso de
um instrumental teórico-metodológico. Este fornecerá, certamente, possibilidades concretas e diferenciadas
com perspectivas inovadoras para a criação, insumo, aberturas, expansão de horizontes, por propiciar a
absorção de um acúmulo de experiências tímicopragmático– cognitivas já testadas e selecionadas e que se
nos oferecem como probabilidades de acertos cientificamente comprovados, viabilizando em larga escala, e
tornando mais amplo e profícuo o “Poder de Criação”.

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Agência
Briefing (Consultar) Mídia
Brainstorm
vindo do cliente e Produção Gráfica

Briefing Rough
Referências
para a Criação (Esboço)

Produção Direção de Arte


Arte-final
Fotográfica + Redação
Departamento da Criação
A Criação trabalha a partir do planejamento estabelecido pelo Atendimento/Planejamento e do
briefing, que é o pedido de criação, sendo um documento contendo a essência da necessidade e fazendo
as necessárias solicitações.
Na propaganda, a criação baseia-se basicamente na criatividade verbal e visual.
Muita coisa tem mudado, mas não há publicidade moderna ou antiga. Existe uma peça ou campanha
que funciona ou não. O que vende e o que não vende.
O Diretor de Arte normalmente vai buscar soluções criativas através de imagens, já que
“teoricamente” ele possui mais afinidade com as artes gráficas.
Com a globalização, a necessidade de diferenciação ficou ainda maior. Os produtos e serviços se
tornaram praticamente iguais na qualidade e no preço; e, em muitos casos, a imagem é o único diferencial.
E quando a publicidade é criativa? É quando:
- Foge do comum;
- causa impacto;
- se destaca;
- se diferencia das demais;
- traz algum elemento inovador/original.
E quais as vantagens de uma publicidade criativa?
- Agrega valor à marca e ao produto/serviço;
- Diferencia;
- Atrai a atenção do consumidor;
- Se destaca das demais propagandas;
- Faz com que a propaganda seja mais lembrada;
- Gera recall;
- Desperta o desejo de compra;
- Gera mais vendas e lucros para o anunciante.

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É importante lembra que a publicidade criativa, assim como qualquer outra, só é válida
se ela gerar retorno positivo ao cliente, sem no entanto, usar artifícios enganosos que possam
ludibriar o consumidor, nem fugir do objetivo.
Durante o processo de criação, não podemos deixar de seguir o briefing. É nele que estão
contidas as informações sobre o produto e o cliente, bem como os objetivos da campanha ou peça
publicitária.
A publicidade tem que ter sentido, compreendida pelo público-alvo. As peças não devem exigir
muitas explicações e argumentações. Não podem deixar margem a duplas interpretações, devendo
ser auto-explicativas e falarem por si mesmas.
Mas a publicidade criativa “não faz milagres”. Se um produto/serviço tiver um custo muito
elevado, fora da realidade e esse produto não tiver nenhum diferencial em relação aos concorrentes,
por mais criativa e eficiente que seja a publicidade, ela não irá tirar esse produto da prateleira.
O mesmo acontece se produto/serviço for de baixa qualidade. A campanha ou peça poderá até
levar o consumidor a experimentá-lo pela primeira vez, mas ao perceber que a qualidade é menor que
a desejada, não há como fazer que o consumidor retorne a adquirir aquele produto/serviço.
A Criação é apenas uma das etapas de um processo maior. Ela precisa ser planejada, produzida
e veiculada.

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Briefing do Cliente

É um conjunto de informações, uma coleta de dados passadas pelo cliente e/ou colhidas pelo
atendimento e que serão analisadas no brainstorming.
Aí vem a grande pergunta: Qual o público-alvo que iremos trabalhar?

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Brainstorming (Ou “tempestade cerebral”), mais que uma técnica de dinâmica de grupo, é uma actividade
desenvolvida para explorar a potencialidade criativa de um indivíduo ou de um grupo - criatividade em
equipe - colocando-a a serviço de objetivos pré-determinados.
Dentre diversos outros métodos, a técnica de brainstorming propõe que um grupo de pessoas -
de duas até dez pessoas - se reunam e se utilizem das diferenças em seus pensamentos e idéias para que
possam chegar a um denominador comum eficaz e com qualidade, gerando assim idéias inovadoras que
levem o projeto adiante.
Para que haja sucesso nessa etapa, há alguns princípios:
1 - nenhuma crítica deve ser feita as idéias colocadas durante a reunião;
2 - os participantes devem dar livre curso à imaginação;
3 - a princípio, deve-se gerar um grande número de ideias;
4 - posteriormente, aperfeiçoam-se as ideias consideradas aproveitáveis.
Associação de ideias é parte integrante e natural do processo criativo. Se compõe basicamente de
imaginação + memória. Podendo ser através da contiguidade (proximidade que existe); da semelhança
(lembrança); da sucessão (um ideia segue a outra) e do contraste (ex: preto lembra branco / ódio vezes amor).
É preferível que as pessoas que se envolvam nesse método sejam de setores e competências diferentes,
pois suas experiências diversas podem colaborar com a “tempestade de idéias” que se forma ao longo do
processo de sugestões e discussões. Nenhuma idéia é descartada ou julgada como errada ou absurda. Todas
as idéias são ouvidas e trazidas até o processo de brainwrite, que constitui-se na compilação ou anotação
de todas as idéias ocorridas no processo de brainstorming, em uma reunião com alguns participantes da
sessão de brainstorming, e assim evoluindo as idéias até a chegada da solução efetiva.
Quando se necessita de respostas rápidas a questões relativamente simples, o brainstorming é uma
das técnicas mais populares e eficazes. Esta técnica vem sendo difundida e inserida ainda em diversas
outras áreas, tais como educação, negócios, informática, Internet e outras situações mais técnicas.
E a grande sacada é descobrir relacionamentos onde a maioria de outros criativos não percebeu.

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Briefing do brainstorming

A partir do briefing que o conceito de comunicação é definido. A função da Criação é criar


ideias que serão transformadas em slogans, temas publicitários, anúncios para jornais, revistas,
comerciais de rádio, TV e cinema, cartazes e outras mensagens publicitárias.
Ainda mais especificamente podem ser acrescentados os seguintes pontos:
• Cenário Atual
• Análise do macroambiente
• Raio-x geral do mercado
• Síntese econômica
• Cultura de consumo
• Empresas competitivas
• Análise Swot
- Ameaças
- Oportunidades
- Pontos fracos
- Pontos fortes
• Diagnóstico

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Direção de Arte
Para pensar diferente, é preciso estar atento: ao seu inconsciente, aos arredores e até às opiniões de
Estratégias Criativas
fora. As ideias só aparecem para quem procura.
CRIE COM MODERAÇÃO
Nem todo problema precisa de uma solução inédita. Escolha aquele em que a diferença vai... bem, fazer
diferença e foque nele.
CHEQUE A PANELA
Não há gênio solitário: a criação coletiva é que move o mundo. Cultive uma panelinha sincera e talentosa,
para consultar e dar palpites.
NOTE E ANOTE
Ideia não tem hora marcada, então esteja alerta. Anote suas sacadas e elimine do seu vocabulário “pensei um
negócio, mas esqueci...”
DEIXE ESTAR
Não fique com a primeira solução que aparecer: as melhores ideias surgem após um período de incubação. Faça
sua parte armazenando informações e seu inconsciente fará a dele. Às vezes, a solução pode vir até durante o sono.
DEIXE ERRAR
Ambientes que se pretendem criativos preveem o fracasso recorrente e o desperdício de tempo e recursos.
“Para criar algo realmente bom, você precisa ter os meios para fazer um monte de porcaria”, diz o guru digital
Kevin Kelly.
CHAME O SÍNDICO
Tim Maia testava seus discos chamando quem estivesse passando para escutar e dar opinião. Não precisa
chegar a tanto, mas muitas vezes a contribuição de quem não tem nada a ver com o assunto pode ser fundamental.
LIGUE OS PONTOS
Se a vida lhe der um limão, não faça uma limonada: junte com cachaça e faça uma caipirinha. Acostume-se
a combinar ideias aparentemente divergentes. Peças que não se encaixavam podem ser a chave do quebra-cabeça.

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Livre associação
Para mim, essa é a estratégia mais importante, visto que nela estaremos traçando os caminhos para
a criação do produto desejado.
O método da associação livre usou-se também em contextos extrapsicoanalíticos e em áreas que
não têm relação com o terapêutico. Por exemplo a conhecida técnica de chuva de ideias (Brainstorming),
é uma mostra disso. Também existem aplicações e derivados da técnica em testes de selecção de pessoal,
em estudos de mercado ou em técnicas de publicidade. Por outra parte, a associação livre constitui o
fundamento de muitos testes proyectivos de diagnóstico psicológico cuja resposta não é estructurada,
como por exemplo o teste de Rorschach.
Os surrealistas franceses, adoptaram também o método criando a técnica da escritura automática,
uma espécie de associação livre por escrito, que já dantes de Freud tinha desenvolvido Jean Pierre
Janet. Mais tarde, a associação livre foi utilizada (também como técnica de criação literária) por Jack
Kerouac, um dos principais representantes da Geração Beat.
OBS: análise SWOT deverá ser feita.

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Sem palavras
Podemos contar histórias de modo eficaz sem utilizar palavras, mostrando imagens de tal maneira
que as façam dizer mais sobre o produto do que se vê na realidade. Muitas dessas mensagens visuais
funcionam porque convidam o espectador, por omissão ou sugestão, a completar a história por si mesmo,
utilizando seu próprio repertório de experiências, elaborando o significado da peça. A publicidade não
verbal nem sempre tem de usar uma linguagem metafórica.
Exemplos:
Bic – infinito
Mercedes-Benz – riscos no asfalto
Arisco – Cartchup picante
Pepsi – gelos com mãos

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Omissão e Sugestão
As pausas dão vida à música, cobrir pode ser mais erótico que mostrar... Menos pode ser mais. Se
quisermos subtrair ou descartar algo, uma maneira de faze-lo é por omissão.
A falta de informação atinge os espectadores, pois os obriga a jogar num papel ativo para descobrir
o que está oculto. O que se omite deve desafiar o observador o suficiente para incitá-lo a completar e
compreender a imagem.
Exemplos:
Estacionamento, Falta de asfalto na vaga da Landcruiser;
Aquário sem peixinho – Jappa Sushi, restaurante japonês;
Smirnoff – ciclone no copo ausente.

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Mistura e combinação
A combinação ou associação de elementos diferentes para desenvolver mensagens visuais é um dos
métodos mais utilizados hoje em dia e oferece infinitas possibilidades.
Exemplos:
Gourmet ração felina – peixe em posta.
Fund. Port. De Cardiologia – Tabaco mata mais que a heroína e a cocaína juntas.
Coca Light – revista-mulher.
Gatorade – Misturamos as frutas (banana-laranja)
Hummer – caramujo; tartaruga. Onde você for, vai se sentir em casa.
UNICEF – é melhor brincar de pega-pega, cabra-cega ou bóia-fria?

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Repetição e Acumulação
A repetição atrai mais atenção quando está realçada por uma intrigante variação. Essa variação se
consegue rompendo uma pauta que se repete regularmente.
Exemplos:
Nescafé – toda hora
Free Tibet – Cruzes
Havaianas – arma de sedução em massa; havaianas. Muito usada em Ibiza e lá não usam quase nada.

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Justaposição Comparativa
O anúncio de “antes e depois” é um clássico da publicidade. Mas sempre há lugar para idéias
brilhantes. A comparação nem sempre precisa ser obvia, pode também se referir a algo bastante remoto e
gerar com ele uma certa tensão.
Exemplos:
Anticaspas – couro cabeludo
5àSec – outdoors em branco
SESI - Bonecos;
Sunsations – óculos (você não vai querer ver o antes)

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Paradoxos e Ilusões Ópticas
Exemplos:
Tudo começa quando tudo acaba.
O riso é um assunto sério.
Hitler – Folha (salvo engano)
Não há erratas neste livro, exceto esta.
A moderação não deve se tornar um excesso.
Posso resistir a tudo, menos à tentação.
Não me interessa pertencer a um clube que me aceite como sócio.
Dia perfeito – mau dia – surf
Incomode os vizinhos, desligue. Rádio 102

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Exagero
O exagero na descrição das características do produto, das situações problemáticas ou de suas
soluções, pode captar a atenção do observador e reforçar as vantagens.
Assegure-se de que a mensagem seja clara e simples, para evitar mal entendidos que conduzam o
público-alvo da publicidade a fazer associações negativas. Não tenha nenhum escrúpulo ao empregar o
exagero, mas faça-o com cuidado, para que a credibilidade de sua mensagem não se perca.
Exemplos:
Tv wide-scream: sofá bem grande
Epson impressoras. Gatos e cães esperando as fotos de passarinhos e carnes
Radar de velocidade no deserto. Toyota Landccruiser com V8 power
Cama furando o teto – Onergy vigor e vitalidade
Citroen. Charuto com as cinzas ainda
Bagdá – Mercedes blindado
Novo aparelho de barbear Bozzano. Para todos os tipos de barba – espinhos, pregos.
Tv plasma gradiente: Tão fina que cabe um monte na loja. Tão boa que não vai sobrar nenhuma.
Tem qualidade de imagem para bater em qualquer outra. Mas ela é fina demais para isso.

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Dar a volta
Fazer o contrário do que as pessoas esperam não só abre a porta para novas e interessantes idéias,
como também pode revelar surpresas. Ponha as coisas de cabeça pra baixo e faça o contrário do normal:
que o primeiro seja o último, ponha pra fora o que costuma ficar dentro, faça pequeno o grande, ou vice
versa, faça que a beleza pareça feia e a feiúra, bela. Pegue as características do produto, suas vantagens,
embalagem ou função e converta em seus contrários.
Exemplos:
Zebra correndo atrás do leão – Energivit
Cães em cima da árvore – Whiskas
Machado derrubado – SOS Mata Atlântica
Casal se vestindo – Levi’s
Menino que paga para lavar o carro – Lexus

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Portfólio: crie o seu
Quem trabalha nas áreas de design, comunicação, fotografia e artes em geral sabe a importância
Dicas e mais dicas
de ter um portfólio atualizado na hora de tentar uma vaga de emprego ou estágio, conquistar um cliente
ou apenas divulgar seu trabalho. Mas nem todo mundo sabe por onde começar e quais ferramentas usar.
Sugiro a leitura de tudo – até porque quanto mais você lê, mais conhecimento você tem.

Porque ter um portfólio?


Todo profissional precisa de reconhecimento, mostrar os seus trabalhos, comprovar a sua capacidade
de desenvolver o trabalho na qual está se candidatando.
O mercado de trabalho está se tornando muito competitivo e com muita gente realmente boa no
que faz querendo seu espaço, inclusive você!
Então, abra as portas e janelas da sua capacidade profissional e mostre ao mundo que você é a
pessoa certa para aquele emprego em vista, acredite em você antes de tudo.
É por esse motivo que o artigo de hoje vem dar para você as 10 melhores dicas de como criar um
portfólio incrível.

Facilite para o usuário


Quanto mais fácil de usar é, mais atraente é. É importante lembrar que “design também é usabilidade”,
e uma coisa que sempre digo é: se as pessoas vão usar, não tem que ser bonito. Exemplo? Remédios. Tem
quase sempre o mesmo formato, eventualmente mudam de cor, mas, em sua maioria, são sempre a mesma
coisa. Um comprimido em formato de uma ferrari ou de uma rosa seria bem mais bonito que algo que
lembra um MM’s, certo? Sim, concordo. Mas imagine-se engolindo uma rosa, com aquele formato todo
pontiagudo. Doloroso, não é mesmo? É por isso que o design dos comprimidos seguem um padrão: Eles
precisam ser facilmente engolidos. Nem todos são, é verdade, mas ainda é melhor que ficar entalado com
uma miniatura da Ferrari na garganta, certo?

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Crie uma identidade visual
Se você é designer, vai precisar mostrar que é fera nisso já com o seu próprio material. Criar uma
marca, uma forma de se apresentar, um padrão de cores, fontes e estilos. Tudo isso é necessário para
demonstrar que você dá conta do recado. Se sua própria apresentação parecer antiquada ou desleixada,
você corre o risco de ser eliminado logo de cara.

Tenha opções de contato rápido


Quantas vezes você entrou em um site só pra ver o número de telefone ou o email para contato? Pois
é. Isso acontece muito. Posicione um contato rápido (seu e-mail por escrito, telefone etc) de forma discreta
(porém visível) em uma posição padrão em sua estrutura (no rodapé, na lateral, lá no topo, que seja).
Como eu disse, seja discreto. Não passe a impressão de que você está gritando e/ou implorando por
um contato – use seu trabalho para convencer o visitante de que ele deve te contatar.

Use mídias sociais


O mundo está nas mídias sociais, e seus clientes em potencial fazem parte deste mundo. Mas não
crie um perfil só por criar – interaja, faça parte. Não “faça a social”, seja social.

Organização
É a palavra-chave para tudo. Mesmo que você não tenha muitas peças para mostrar, é preciso ter
muita atenção e ser cuidadoso, por isso a tarefa vai tomar um bom tempo. Então, o melhor é que você
tenha uma rotina e separe determinados momentos do dia para cuidar de seu portfólio.

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Crie um deadline marcando a data final em que tudo deve estar pronto. Ter uma meta ajuda você a
concluir o projeto. Caso contrário, você pode acabar deixando sempre para depois e, quando precisar, não
terá a seleção de trabalhos pronta.
A organização não se limita ao processo de construção do portfólio: a sua pasta de trabalhos também
deve refletir isso. Ele deve ser bem estruturado, limpo e claro, apenas com as suas melhores peças. Nesse
caso, o melhor é não “forçar a barra” para tentar mostrar experiência. A qualidade dos trabalhos fala mais
alto do que a quantidade.

Selecione os melhores trabalhos


Menos é mais, isso é fato. É como eu disse no tópico acima sobre transformar 3 parágrafos em 3
linhas: Se você faz uma lista com todos os trabalhos que você fez, de certa forma, mostra que você não
tem muito critério.
Imagina que você tem tudo isso de trabalho e resolve mostrar tudo. Por onde eu começo a olhar?
Se você fez 20 trabalhos em uma área, pegue os 7 melhores trabalhos, por exemplo. Afinal, dentro desses
20 vai ter pelo menos UM trabalho ruim, e além de uma lista extensa de trabalhos ser cansativa, “uma
fruta podre pode estragar as outras”. Até porque, cá entre nós, quem trabalha em áreas criativas sofre com
refações dos clientes e dos superiores – muito do que você fez não foi feito por você. Podemos separar este
fato em duas partes: A parte em que foi você quem fez o trabalho, mas a ideia não foi sua (ou seja, cliente
ou chefe bateu o pé e disse “eu quero assim”); e a parte em que você não fez o bastante para dizer que foi
você quem fez. Complexo? Explico abaixo.

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Um trabalho só é seu se foi você quem o fez
Você direcionou o designer falando “faz isso que vai dar certo”, “usa essas cores” ou “usa esses três
trabalhos como referência, mas troca a ordem das fotos”? Então, sejamos francos, o trabalho não foi seu.
E não, você não fez a “direção de arte” por dar sua opinião – um diretor de arte vai muito além disso.
Seja honestx. Quer uma verdade? Em alguns casos, já vi alguns trabalhos bem legais, e então
contratamos os donos de tais portfolios. Na hora da prática, não vimos 10% do que estava no portfolio, o
que nos levou a crer que aqueles trabalhos 1) foram feitos com outras pessoas, e a tarefa do candidato à
vaga aparentemente foi buscar por imagens no google ou 2) tais trabalhos foram copiados de outra pessoa.
Se você não se orgulha do seu trabalho agora, acredite, isso é bom: mostra que você sabe que pode
fazer melhor. Então suba um degrau por vez, corra atrás de melhorar e nunca deixe de ser honesto. Afinal,
o que adianta usar trabalhos que não são, de fato, seus, se você vai ser mandado embora quando a verdade
vier na prática?

Mantenha o portfolio atualizado


Atualize sempre que possível, mesmo que você não tenha feito novos trabalhos. Como? Faça alguns
por conta própria!
Como eu citei no tópico acima, infelizmente muitos trabalhos acabam tendo mais a mão dos clientes
ou dos chefes, o que acaba mascarando a ideia que a gente realmente quis passar. E se você teve uma ideia
jogada fora, por que não reciclar, refazendo-a por conta própria? Mostre suas ideias.

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Nem todo mundo sabe o que é um portfolio
Acredite, este é um fato relevante. “Portfolio” é uma palavra conhecida entre estudantes, por exemplo,
mas seu futuro cliente pode não saber o que ela é. E daí? Bom, vamos supor que você coloque o link com
a palavra “portfolio” no menu. Para um leigo, é muito mais intuitivo quando a palavra é substituída por
“trabalhos”, por exemplo.
Evite ao máximo palavras estrangeiras. Primeiro que é desnecessário, poucas expressões não tem
tradução (a não ser que você esteja fazendo um portfolio de Stand Up). Muitas vezes o uso de uma palavra
estrangeira dá um “plus” no texto, ok, concordo. Mas não precisa exagerar.
Bônus: Não existe “se alguém quer me contratar, ele vai correr atrás”.
Se seu portfólio não tem uma navegação boa, se você é inacessível, demora para dar retornos e coisas
do tipo, as chances de perder prospectos são grandes. Sim, os clientes dependem de nós, profissionais,
para uma prestação de serviço, porém, há outros milhares de profissionais que podem ser extremamente
inferiores a você em vários sentidos, mas por fazerem um atendimento melhor conquistam mais clientes.
Seja receptivo, faça um bom atendimento e dê atenção. Não seja um prestador de serviços, seja um
parceiro. Afinal, muitas profissões estão defasadas justamente porque o que mais se tem por aí é “prestador
de serviço”, daqueles que fazem o que o cliente pede, não opinam, não orientam, simplesmente fazem “o
necessário para ganhar dinheiro“.
Bom, não vou julgar, cada um trabalha da forma que achar melhor. O cliente não é burro, só precisa
de orientação – é por isso que ele está contratando alguém. O resto… bom, o resto depende.

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Portfolio online: um passo para o profissionalismo
Não basta ter trabalhos legais, a apresentação também precisa ser boa. E também não adianta ter
uma apresentação espetacular e poucos trabalhos bons, por isso eu reforço: Faça trabalhos por conta
própria e mostre suas ideias. Meu portfolio de publicidade, tal qual meu portfolio de design gráfico, só
tem trabalhos estudantis e alguns que fiz por conta própria. Além de preencher seu portfolio, trabalhos
por conta própria são uma ótima forma de evoluir seu trabalho.
Ter um portfolio online é importante, nem que seja um portfolio padrão feito em algum site do
ramo ou rede social. Mas nunca, NUNCA faça algo só por fazer. Seja profissional.

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Produção Gráfica
Produção gráfica de Impressos

Por produção gráfica entende-se todas as fases envolvidas na materialização de qualquer


projeto gráfico que pode ser um simples cartão de visita ou um complicado expositor que combina
vários tipos de materiais e de técnicas; onde abrange criação (planejamento), pré-impressão,
impressão e acabamento de qualquer material gráfico.
A “criação” deve ter algumas noções básicas de produção gráfica para poder criar peças que
sejam possíveis de produzir e o produtor gráfico é o profissional que pode ajudar a criação nesta
tarefa. Cabe ao produtor analisar a idéia da “criação” e perceber a melhor forma de produzir essa
mesma idéia, como:

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- Análise dos tipos de impressão para melhor atender os clientes;
- Inovar com formatos econômicos de aproveitamento de papel;
- Compreender prazo médio de produção dos diferentes tipos de itens do orçamento (etapas de produção).
- Qual o material aconselhado?
- Qual o processo ou processos de impressão a utilizar?
- Qual a gráfica indicada para fazer o trabalho?
Após uma análise critica do proposto é necessário orçar e perceber o tempo necessário para a sua produção.
Após a aprovação dos orçamentos e dos prazos, tem início a produção com várias fases que devem ser
controladas de perto para que se possa passar à fase seguinte sem “surpresas”.
As artes gráficas estão presentes em nosso dia-a-dia e temos contato a todo o momento com alguma peça
gráfica. Veja um simples exemplo: ao acordar você dirigisse ao banheiro e vai tomar seu banho, abre a embalagem
do sabonete, você acaba de pegar uma peça gráfica, o mesmo acontece com a escova de dente, o tubo da pasta de
dente é um impresso (mais uma peça gráfica). Vamos para seu café da manhã: o pote de margarina, o saco do pão,
a caixa de leite, a embalagem do achocolatado, o rótulo da geléia... Tudo teve impressão.
A produção de um impresso envolve, de forma geral, quatro grandes etapas, independentemente do processo
gráfico utilizado. É o Planejamento Gráfico, a Pré-lmpressão, a Impressão e o Acabamento Gráfico.
Hoje em dia, se exige cada vez mais das gráficas perfeição e rapidez, o que nem sempre é compatível com
os prazos e orçamentos possíveis.

Elementos da Pré-produção.
• Produções fotográficas: objeto da foto; locação; modelo; mídia; prazo; praça de utilização.
• Banco de imagens: direitos controlados ou royalty free
• Ilustrações

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Orçamento e Processo Gráfico
Quando escolhemos um formato para imprimir alguma peça de nossa criação, geralmente optamos por
formatos usualmente utilizados, mas se nosso objetivo é chamar a atenção, é interessante usar um formato de papel
que seja diferente do padrão. Mas que formato usar?
Os papéis têm formatos padrão e limites para as áreas impressas e para evitar desperdício o aproveitamento
interessante e precisa ser bem observado.

Peças Gráficas
Neste item, verificamos as possibilidades de peças gráficas e serviços que poderemos ofertar aos clientes, em:
- Mídia eletrônica: Web (newsletter, banners, sites, hotsite e blogs), TV (anúncio e merchandising), rádio
(spot e jingle);
- Mídia impressa: panfleto, cartaz, folder, anúncios para revista e jornal, banner, outdoor, outbus, front/
backlight, móbile, canta-cliente/totem/stopper, testeira/faixa de gôndola, woobler, take-one/filipeta, displays,
adesivos, blimp, imã, embalagem, broadside;
- Ação promocional: adesivação de chão, panfletagem, boneco inflável (de posto).

O Planejamento Gráfico é a etapa que ocorre em uma agência de publicidade (empresa ou escritório de designer),
ela tem o objetivo de planejar as características gráfico-visuais de uma peça gráfica, seja uma publicação, um folder ou
um cartaz, envolvendo o detalhamento de especificações para a produção gráfica, como formato de papel, processos de
composição, impressão e acabamento.
O projeto gráfico é a preparação e o estudo prévio das condições necessárias para confeccionar qualquer impresso. O
impresso nasce por exigências de caráter econômico, social, cultural e sua linguagem e o poder de ordenar a comunicação
visual e a expressão do pensamento do cliente. Para isso, a tipologia, as imagens (vetor ou bitmap), o suporte e a tinta,
nos dão margem para criar qualquer tipo de impresso, com sua linguagem correspondente.

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Sistemas de Impressão
Tipografia é o sistema tipográfico consiste em uma matriz em alto relevo, onde a tinta é
distribuída por meio de rolos. A transferência da imagem para o papel é por meio de contato direto,
uma vez que a matriz está com a imagem invertida.
O resultado é uma impressão com forte cobertura tonal. Contudo, apresenta alguns
inconvenientes: lentidão na impressão e na secagem, além de uma qualidade final baixa do impresso.
A formação da imagem na Rotogravura é constituída de baixos relevos gravados em um cilindro
revestido de cromo. Esses baixos relevos são chamados de alvéolos ou células, na verdade pequenos
sulcos onde a tinta é depositada. Este cilindro é imerso num tanque com tinta que apresenta um alto
grau de fluidez.
Antes de ocorrer a impressão uma lâmina retira o excesso da tinta, fazendo com que somente
a tinta depositada nos alvéolos sejam transferidas para o suporte.. Visto que o tipo de tinta utilizado
apresenta um alto grau de fluidez, este sistema permite a impressão sobre suportes plásticos,
resultando numa grande aplicação na indústria de embalagem.
Flexografia: baseado no mesmo sistema da tipografia, este sistema possui a matriz em alto
relevo, porém esta é flexível, sob forma de clichês de fotopolímeros gravados num processo foto-
químico. Este clichê é fixado num cilindro que, quando em impressão, entra em contato com outro
cilindro carregado de tinta. Uma vez entintado o clichê transfere a tinta para o suporte.
Este sistema está se desenvolvendo no mundo, podendo-se encontrar até mesmo jornais
impressos em flexografia em alguns lugares. No Brasil, a flexografia possui um forte campo na área
de embalagens, fazendo frente à Rotogravura.
Também conhecido como Silk Screen, a Serigrafia consiste numa tela de tecido muito fino de
um material bastante resistente, o suficiente para ser esticada e presa em um quadro com sua tensão
máxima. sobre esta tela esta imagem será gravada de uma maneira muito semelhante a da gravação
das chapas offset.

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A imagem é constituída de contragrafismos, que se constituem em branco que formam a imagem. As áreas de
grafismo são vazadas e as áreas de contragrafismo são impermeáveis.
A impressão ocorre da seguinte maneira:
• A tinta (pastosa) é depositada num canto da tela;
• A tinta é espalhada sobre a imagem, por meio de uma lâmina de borracha, semelhante a um rodo;
• O quadro onde a tela está presa, é apoiado sobre o suporte. A serigrafia imprime sobre uma ampla
gama de suportes;
• A tinta é arrastada com lâmina de borracha sobre a imagem de maneira uniforme;
• O impresso é retirado do plano de impressão e posto para secagem.
Embora pareça rudimentar, a serigrafia desenvolveu-se muito nos últimos anos, sendo automatizada e melhorando-
se a qualidade das tintas empregadas.
Comparando-se os sistemas de impressão, temos:

Offset
Como já dito, o sistema de impressão offset é baseado na repulsão natural entre água e corpos gordurosos, neste
caso, a tinta. As áreas de grafismo (imagem) da matriz de impressão é preparada para possuir afinidade com a tinta, ao
passo que as áreas de contragrafismo é preparada para receber água e repelir a tinta.
A matriz ou chapa é presa num cilindro porta-chapas que transfere a imagem para o papel por meio de um cilindro
revestido de borracha, chamado de caucho ou blanqueta; este por sua vez transfere a imagem para o papel que se encontra
apoiado num cilindro de aço denominado contra-pressão. Por esta razão o sistema offset é denominado de impressão indireta.
O sistema de gravação da chapa de impressão offset, também chamado de cópia de chapa é baseado em princípios
fotomecânicos. Antes de receber a gravação da imagem, a chapa consiste numa lâmina de alumínio com uma superfície de camada
de material fotossensível. Sobre a chapa será colocado o fotolito, uma lâmina de filme transparente em que a área de grafismo foi
gravado pelo processo fotográfico. Sobre esta chapa será dada uma exposição com luz forte, rica em raios ultra violeta.

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Depois de ser exposta à luz, a chapa será submetida a um banho de um líquido denominado revelador, cuja função
é dissolver a área que foi exposta à luz, permanecendo na chapa somente a área de grafismo.
Após revelada, a chapa é lavada e seca sendo depositada uma fina camada de goma arábica a fim de se evitar a
oxidação até ser colocada na máquina de impressão.
Uma outra possibilidade para se obter as chapas de impressão, como já mencionado, é utilizar-se do moderno
sistema computer to plate (do computador para a chapa).

Tipos de Máquinas Impressoras offset


As impressoras offset são divididas em dois grandes grupos:
Máquinas rotativas:
• Trabalham com alimentação a bobina, empregadas em editoria de livros, revistas e jornais em virtude de sua
facilidade de ser obter cadernos em sua saída.
Máquinas Planas:
• Também chamadas de máquinas à folha, pois trabalham sobre papel em folhas empacotados de forma plana.
As máquinas planas possuem uma utilização muito mais ampla que as rotativas, ao passo que as impressoras planas
tem seu emprego em todo e qualquer tipo de aplicação, desde que o papel seja cortado em pedaços. As variações que pode-
se encontrar entre os modelos à folha se restringem ao formato e número de cores que se pode imprimir numa única
entrada de papel.
Impressora Offset plana - 2 cores
O número de cores de uma impressora é definido pelo número de grupo impressores que a máquina possui. Já
o formato é definido em função das dimensões com que os papéis são produzidos. Existem modelos cujo formato é em
função do formato de papel 66x96cm , são conhecidos como máquinas de folha-inteira, já as que trabalham com metade
deste formato são chamadas meia folha (48 x 66), há ainda as que trabalham com a quarta parte desse formato (1/4 ou
duplo ofício), ou as que trabalham com 1/8 do formato 66x96 que são as formato ofício (pequeno porte).
Existem também as impressoras offset digitais que utilizam a tecnologia Computer-to-Press.

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Acabamento gráfico
Trata-se da finalização da produção indústrial gráfica, onde o impresso receberá sua forma
definitiva. O acabamento é o agrupamento das folhas em forma de cadernos, livros, revistas,
catálogos, etc. A escolha de um acabamento em particular é baseada em uma variedade de fatores:
praticabilidade, durabilidade e, talvez o mais importante, custo. A esta lista o planejador pode
querer adicionar a estética.
Aplicação de verniz e plastificação é o tratamento da superfície dos impressos com a
finalidade de aumentar seu brilho e/ou protegê-lo na sua manipulação.
Corte: realizado em guilhotinas lineares. Alguns modelos dispõe programações eletrônicas
que permite a automatização de cortes repetitivos. Possuem também dispositivos de segurança
que evitam acidentes.
O processo de refile consiste em aparar o papel, colocando-o no formato para a dobradeira
ou então simplesmente refilando para a entrega ao cliente.
Na dobra a folha, depois de impressa, é dobrada. Esta operação é feita normalmente em
uma máquina dobradeira, capaz de fazer dobras simples ou múltiplas. Algumas máquinas, além de
dobrar, podem executar outros serviços, tais como: colagem, picote, vinco e refile.
Como existem diversos modelos de dobra e as dobradeiras podem ser ajustadas, é importante
consultar o catálogo de dobras a fim de se verificar a dobra ideal para determinado trabalho, isto
determinará a maneira como o produto será montado e impresso.
A montagem é o arranjo das páginas em uma folha impressa de tal forma que elas
fiquem na seqüência correta quando as folhas forem dobradas e refiladas. Uma folha completa é
impressa normalmente em unidades de 4,8,16 e 32 páginas. Depois de dobradas, essas unidades
são chamadas cadernos.
Alceamento é a disposição dos cadernos impressos a fim formarem o volume final.
Costura / grampo: destina-se a unir os caderno com um grampo ou linha.

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Gramatura
Indica a espessura do papel, quanto maior a gramatura mais grossa é a folha, maior peso terá o impresso, maior a
opacidade, maior a largura da lombada de livros e revistas e maior será o custo. Já um papel de gramatura excessivamente
baixa é bem mais barato, mas poderá fazer com que a publicação seja por demais maleável, comprometendo a apresentação
e a futura conservação.
A gramatura é expressa em g/m2 (gramas por metro quadrado), baseada no peso que, teoricamente, a foIha teria
se tivesse um metro quadrado. Na realidade é considerado aceitável que haja variações nos pesos reais (2,5% nos papéis
entre 56 e 125g/m² e de 4% naqueles de 125 e 224g/m²).
A disponibilidade de gramaturas varia de acordo com o fabricante e o tipo de papel. O papel offset é oferecido
em geral nas gramaturas de 50, 60, 75, 90, 120, 150,180 e 240gr. O papel couchê, em 85,120, 150, 180, 240g. Tomando
sempre o papel offset como referência, as gramaturas são divididas em três grupos:
1. Baixa Gramatura (até 60gr./m²): indicadas principalmente para impressos de um só lado (embora haja exceções,
como as bulas de remédio por exemplo);
2. Média gramatura (entre 60g e 80gr.): utilizados para folders, folhetos, miolos de livros etc. As gramaturas
mais utilizadas para miolos são as de 75g e de 90gr.
3. Alta gramatura (acima de 8Ogr.): Utilizados para capas, cartões, embalagens etc. Acima de 180gr. eles podem
ser chamados de cartolina e acima de 225gr de cartão. A maioria das gráficas trabalha com papéis até 250gr ou 300gr,
acima disso é preciso procurar gráficas especializadas, chamadas de cartonagem.
Nem sempre papéis com a mesma gramatura, mas de tipos diferentes tem a mesma espessura. Por exemplo: um
papel Couchê de 120gr tem uma espessura mais próxima do papel offset de 90gr do que o offset 120gr, pois o couchê é
por natureza mais pesado.
Com a prática, o profissional tende a reconhecer as gramaturas simplesmente manuseando amostras de papéis. A
melhor forma de adquirir esta experiência e adquirindo catálogo junto aos fabricantes e distribuidores de papéis.
É o que possibilita a impressão de ambos ou lados da folha sem maior prejuízo para a leitura. Quanto mais opaco,
menos transparente o papel dessa forma papéis de baixa gramatura impressos em ambos os lados podem prejudicar a leitura.

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A gramatura é um dos fatores que determinam a opacidade, outros são; o revestimento ou não do papel, sua cor, o grau de
absorção da tinta e o grau de colagem utilizado também determinam uma maior ou menor transparência da folha.
Grau de Colagem: quase todos os tipos de papel para impressão recebem uma quantidade de cola, seja na mesa
ou na superfície (não é o caso, por exemplo, do papel jornal). O objetivo e evitar que a tinta de impressão borre e que
haja muita absorção de umidade (por isso, os papéis para offset tem sempre uma boa quantidade de cola). Os papéis que
recebem cola na superfície tendem a ser mais brilhoso, favorecendo a vivacidade das cores.
Os revestimentos objetivam tornar a superfície do papel mais lisa e uniforme, aumentar a opacidade, o brilho e a
alvura e melhorar a qualidade de impressão (quando bem calandrado ou seja, bem liso, o papel revestido tende a tornar
as cores mais vivas e brilhantes). Em compensação, exigem que a secagem do impresso leve um pouco mais de tempo. Os
papéis revestidos mais comuns são o couchê e o acetinado.
Lisura e Textura: tomando o processo offset como referência, quanto mais liso o papel, mais nítida e viva será a
impressão. A forma mais simples de diminuir a aspereza do papel e através da calandragem. A superfície do papel se torna
mais lustrosa, lisa, menos porosa, a partir de sua pressão contra um cilindro aquecido, chamado de calandra.
Os papéis com textura, por sua vez, tendem a singularizar o produto final, mas não são indicados para policromias
com grande exigência de nitidez nos detalhes. Da mesma forma, devem ser evitados quando do uso de corpos muito
pequenos (abaixo de 8pts). Estes papéis texturizados são contra-indicados na serigrafia, nas xerografias e na impressão
digital, devido a legibilidade e definição de detalhes.
Alvura e Cor: para grande massa de texto, o papel escolhido em geral é branco, e quanto maior a alvura do papel, mais
ele tende a valorizar o produto final. E o grau de alvura do papel, que se diferencia de brancura. A alvura é uma característica
ética e de grau puramente estético, não sendo perceptível isoladamente a olho nú. O papel mais alvo geralmente apresenta
um contraste intenso e uma melhor legibilidade de texto. A alvura pode ser medida através de instrumentos fotoelétricos.
Da-se a qualidade de papel colorido através da pigmentação da massa, no processo de fabricação, ou após a formação da
folha onde o papel é pintado na superfície por máquinas especiais. A primeira forma geralmente da uma melhor qualidade
visual ao papel, impedindo que apareçam rebarbas brancas ao cortá-lo, dando alta durabilidade da cor fazendo com que seja
homogênea em roda sua superfície e que, quando dobrados, não tenham alterações na cor.

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Brancura e a sensasão visual da cor branca, e como ela e percebida aos olhos. Há tons de branco que são percebidos
mais amarelados e definidos como branco-quentes assim como os que são percebidos mais azulados os branco-frios.
As gráficas em geral utilizam um formato indústrial cuja as medidas são de 66x96cm, a exemplo das impressoras
caseiras que usam uma margem de impressão (devido a uma segurança na saída) as gráficas necessitam utilizar essa
margem por causa do limite da pinça, que chega a 2cm, ficando assim o Formato final de 64x94cm.
O padrão internacional ISO 216, de 1975, define os tamanhos de papel utilizados em quase todos os paises, com
exceção de EUA e Canadá. Em particular, são definidas as series A, B e C, das quais fazem parte o formato A4, de uso comum.
Houve muitos padrões de tamanho de papel em diferentes locais e épocas, mas hoje há basicamente dois
sistemas em vigor: o sistema internacional (A0-A10, B0-B10 e C0-C10 e derivados) adotado na maioria dos países,
e os formatos industriais.

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Arte-final
A Pré-Impressão é o setor da gráfica destinado a finalização do projeto gráfico, gerenciando
arquivos fechados, desde a revisão e montagem até a saída. Sua principal tarefa e a produção das
matrizes (chapas) da maioria dos processos gráficos (offset, tipografia, flexografia, rotografia ou
serigrafia). Os Fotolitos (originais desse setor) tendem a evoluir na medida em que estes processos
estão sendo cada vez mais otimizados, com a utilização do CTP (computer to plane - computador para
chapa) e do DTP (direct to print - direto para impressão), fazendo com que o fotolito fique instinto. De
qualquer forma este setor inclui também a digitalização e a edição das imagens de alta resolução,
dependendo da complexidade do projeto.

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A Teoria das Cores afirma que a cor é um
Teoria das Cores
fenômeno físico relacionado a existência da luz,
ou seja, se a luz não existisse, não existiriam
cores. O preto é percebido quando algo absorve
praticamente toda a luz que o atinge. Já o branco é
percebido em algo que reflete praticamente todas
as faixas de luz. Pode-se dizer que o branco e o
preto não são cores propriamente, e sim a presença
ou ausência da luz.
Isaac Newton foi o primeiro a associar que
a luz do Sol tinha forte relação com a existência
das cores, quando dissociou a luz solar nas cores
do arco-íris através de um prisma.Surgia ali o
primeiro esboço do que posteriormente viria a ser
chamada de Teoria das Cores. Vários estudiosos as cores puras e suas misturas situam-se no equador
do passado se dedicaram a entender o fenômeno da esfera, e enquanto se aproximam do centro,
das cores. Os primeiros sistemas de cores foram os pendem para a cor cinzento médio. Assim, as cores
de Newton e de Goethe. tornam-se escuras em direcção ao pólo inferior
Estes sistemas se concentravam mais em até atingir o preto, e tornam-se claras, até ao pólo
saber como se formavam as cores. O Sistema de superior, atingindo o branco. Estes são sistemas de
Chevreul, mais recente, também utiliza de um eixo cores que visam organizar e racionalizar o estudo
vertical que indica o brilho e a saturação da cor. das cores no intuito de se constituir uma teoria das
O sistema esférico de Otto Runge pretende cores, no entanto a harmonia entre as cores não é
descrever e encontrar harmonias cromáticas. Aqui, assim tão objetiva. Hoje sabe-se bem que a cor é

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um fenômeno subjetivo, pois ela é constituída de ondas eletromagnéticas de uma faixa de frequência tal
que as colocam dentro do que denomina-se espectro visível, ou seja, a faixa de frequência daquelas ondas
que são captadas pela sensibilidade dos olhos humanos. Animais veem tudo de forma diferente.
Um grande problema com relação à reprodução de cores é o fato de a exibição da mesma poder
variar de um dispositivo para outro, como é o caso dos monitores, que por mais calibrados que possam
estar,sempre dependem de muitos fatores de interferência.
Por melhor que sejam os monitores atuais, eles jamais reproduzirão corretamente as cores que
serão visualizadas no impresso em uma gráfica. Sendo assim, é possível afirmar que não há como ter
um controle visual do material com relação ao monitor do produto final.
A reprodução das cores tem sua limitação em relação ao meio físico, tanto as cores aditivas
quantos as subtrativas,ou seja,as cores que o olho humano capta têm uma gama muito maior do que as
reproduzidas pelos impressos e fotografias; por exemplo, essas limitações podem ser expressas por seus
“gamuts”específicos.

Diagrama de cromaticidade ou Gamuts


São faixas de cores que podem ser realmente exibidas, visualizadas ou impressas por um sistema
de cor. O olho humano tem a capacidade de visualização muito mais ampla que os outros meios. A
reprodução fotográfica, pos sua vez, possui um gamut muito maior que o de um monitor RGB ou
uma câmera digital.Já o sistema de reprodução CMYK baseado em tintas compostas tem um menor
número de cores possíveis de serem reproduzidas que as demais.
Quando se faz um planejamento gráfico profissional, esses parâmetros devem ser levados em
consideração para que o resultado final não venha a surpreender nas diversas mídias,ou seja, a escolha
da cor deve estar dentro de todos os gamuts para que não haja variações finais.

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Padrão RGB O modelo RGB (Red,Green,Blue) é um modelo de cor aditivo,no qual são combinadas
três cores claras principais (RGB), em várias intensidades, para produzir as demais cores.
Duas cores principais, quando misturadas, produzem cores secundárias. É considerado
um modelo aditivo, porque, ao adicionar as três cores primárias, cria o branco. Os modelos
aditivos são utilizados em televisão, monitores de vídeo, digitalizadores, filmadoras e outros
sistemas que geram cores por mistura de luz com comprimentos de onda diferentes.A tela
do monitor é revestida de pontos de fósforo vermelho, verde e azul. Cada ponto pode ter
um brilho diferente. Como os pontos estão muito próximos, o efeito visual é de um único
ponto com a mistura da luz desses três pontos.

O modelo de cor CMYK é um modelo


subtrativo. Esse sistema produz cor quando
a luz é refletida de um objeto ou de sua
superfície.A cor vista é o resultado dessa
luz refletida.A visão da luz branca ocorre
quando o objeto está refletindo todos os
comprimentos de onda de luz. Quando uma
cor vermelha é visualizada, significa que o
objeto ou superfície reflete o comprimento de
onda correspondente ao vermelho e absorve todas as outras. As três cores
principais do modelo subtrativo são cian, magenta e amarelo. Duas cores
principais misturadas produzem cores secundárias verde, vermelho e azul
(o oposto do RGB). A combinação dessas três cores principais produz o
preto. O Modelo CMYK é utilizado em imagens para impressão profissional.

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Sistemas de correspondência de cores
A utilização de um sistema de correspondência de cores de marca assegura o uso de padrões. Os sistemas de
correspondência podem ser divididos em dois tipos:
• cores exatas;
• cores compostas.
• As cores exatas são criadas por fabricantes de tintas. Um exemplo é o sistema de cores exatas Pantone.
• As cores compostas são bastante transparentes. Essa transparência torna previsível o efeito da mistura de
tintas como ciano,amarelo,magenta e preto -CMYK.

Separação de cores
Quando existe a necessidade de imprimir um material, o arquivo precisa sofrer uma separação de acordo com as
respectivas cores existentes nele, pois cada cor será impressa por uma tinta diferente. Sendo assim, cada cor irá gerar
uma chapa independente contendo todas as informações necessárias para a sua reprodução. Ao imprimirmos o material,
estaremos colocando cada chapa uma sobre a outra, dando o efeito colorido que desejamos em nosso material. Toda essa
separação é feita pelo RIP, não tendo interferência direta dos operadores.
A grande importância de compreender a separação de cores é poder evitar alguns problemas relacionados com os
modos de cores existentes e a forma com que eles serão separados, Por exemplo, uma imagem em RGB terá que sofrer
uma transformação para que possa ser separada em chapas CMYK, sendo assim o resultado poderá não ser o desejado. É
importante que todos os elementos estejam no modo de cor que ele será reproduzido para evitar possíveis transtornos,
sendo o modo de cor RGB excluído de nosso trabalho.

O uso de cores pantones


Muitas vezes utilizamos em nossos materiais cores exatas, sendo que a separação será em cores compostas (CMYK).
Isso poderá causar transtornos, pois uma cor exata não terá a mesma representação visual quando impressa em CMYK.
Para evitar aborrecimentos com relação à conversão das cores exatas:

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• Use cores especiais somente se elas forem
realmente necessárias em seu documento;
• Procure saber previamente como será o resultado
da cor convertida em CMYK, evitando assim surpresas ao
receber o impresso final;
• Evite usar facas em cores especiais sobrepostas no
arquivo, pois isso poderá causar inconvenientes, tal como, por
algum descuido, a faca ser convertida em CMYK e impressa
junto com material;
• Quando utilizar somente cores especiais, procure
verificar se algum objeto ainda esteja na cor CMYK para evitar
que esse mesmo não seja ignorado na saída da chapa.

Vantagens da utilização do Guia Pantone:


• Ampla gama de cores disponíveis;
• Precisão e facilidade na obtenção das tonalidades;
• Uso internacional;
• Evita desperdícios em misturas de tintas, pois as proporções já estão indicadas no guia;
• Rapidez na obtenção de misturas ou encomendas de tintas;
• Custo reduzido na adquisição de tintas, pois por serem todas de linha dispensam fabricação
de tonalidades especiais.

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Carga de tinta
• A soma do percentual de todas as cores sobrepostas (%C + %M + %Y + %K), não deve ultrapassar os 280%, a
fim de não comprometer a secagem do impresso – o papel não suporta tanta tinta sobreposta, mesmo no processo digital.
• O ideal é que se trabalhe com perfis de cores específicos para cada tipo de impressão. Em nosso site (www.ctg.org.
br/manual/totalink), disponibilizamos o passo a passo de como verificar o total ink de suas imagens e como configurar
um perfil de cores icc.

Preto perfeito

• Ao lado, tipo de papel total ink


disponibilizamos
uma tabela geral couchê brilho 320
de valores mais couchê fosco 300
apropriados para
cada mídia, para
apergaminhado 285
serem controlados jornal 245
no preto de sua
digital 300
imagem:

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Condições de iluminação para impressos e provas
Para resolver problemas relacionados a cores é fundamental ter uma iluminação adequada. Foi a
partir de 1975, com o estabelecimento da norma ISO 3664, que especifica as condições de visualização
para imagens em meios reflexivos (como impressos e transparências), que a indústria gráfica passou a dar
mais importância aos iluminates. O objetivo deste artigo é descrever algumas características essenciais
para uma iluminação adequada.
Inicialmente deve-se conhecer a fonte luminosa utilizada no ambiente de trabalho para analisar
visualmente os originais. Toda fonte luminosa possui cor e, portanto, devemos conhecê-la por meio do
uso de um espectroradiômetro, que mede a curva de emissão espectral dos iluminantes. Esta curva é
extremamente importante, pois caracteriza qual é a principal cor emitida pelo iluminante, bem como sua
riqueza espectral. Por exemplo: o iluminante incandescente apresenta riqueza espectral na região de 630
a 700 nanômetros, o que equivale a uma emissão de comprimentos de onda amarelos e vermelhos. Por
este motivo, a luz incadescente é amarelada e avermelhada. Para a luz do dia, às 12 horas, a característica
é de riqueza espectral na região de 400 a 480 nanômetros, o que caracteriza uma iluminação mais azulada.
Para o iluminante F2, também conhecido como fluorescente branca fria ou CWF, a riqueza espectral se
dá na região do verde, entre 520 e 580 nanômetros. A curva do iluminante padronizado pela ISO é o
iluminante D50. Ele possui uma proporcionalidade entre azul violeta, verde e vermelho, de tal maneira
que todo e qualquer impresso ou prova analisados sob este iluminante, será observado sem nenhuma
tendência de cor.
Para avaliar estes iluminantes no mercado, criou-se o Índide de Reprodução de Cor, também
conhecido como CRI ou IRC dos iluminantes. Basicamente, o que este índice faz é quantificar qual é

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o grau de proporcionalidade de emissão espectral entre os principais componentes da luz branca (azul
violeta, verde e vermelho).
A preocupação com a fonte luminosa é somente o início do processo de padronização do ambiente
de trabalho. O segundo ítem a ser considerado deve ser as cores dos objetos presentes no ambiente.
Sabendo-se que todo objeto reflete luz, e que esta luz tem cor, podemos fazer uma associação com a
iluminação. Para que a luz refletida pelos objetos permaneça neutra, a cor dos objetos também deverá ser
neutra. Por isso, a norma isso 3664 especifica que a cor das paredes do ambiente de trabalho deve ser cinza
neutro. A preocupação com a cor dos objetos não deve se restringir apenas às paredes do ambiente; a cor
das roupas e bancadas também é muito importante. Como o brilho faz parte integrante do fenômeno da
cor, todas as superfícies do ambiente de trabalho deverão ser foscas para não haver nenhuma interferência
neste sentido.
O posicionamento dos iluminantes deve ser outra preocupação para os profissionais especializados
em cor. Dependendo da direção da luz, pode ser causado um efeito conhecido como glare: forma-se um
brilho excessivo na superfície do material analisado, impedindo que o observador veja as cores do objeto
corretamente. Para evitar problemas com o glare, especialistas em iluminação criaram duas formas de
iluminar um ambiente. Uma delas, com luminárias conhecidas como simétricas, e outra, com luminárias
assimétricas. As primeiras iluminam diretamente os objetos e fazem uma difusão dos raios luminosos
com superfícies defletoras e filtros difusores. O segundo tipo de iluminação se dá pelo posicionamento dos
iluminantes em ângulo maior que 30º em relação ao objeto, para que o observador não sofra interferência
do glare. Para a análise de cor em monitores é recomendado o uso de iluminação indireta, para não haver
interferência da iluminação ambiente com a iluminação emitida pelo monitor.

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Check list CHECK LIST
Recebimento de material fornecido pelo cliente

Uma das melhores ferramentas para Cliente: O.S.:


Serviço: PN:
filtrar possíveis erros e discrepâncias entre o que Agência: Contato da agência:
Consultor de Vendas: Apoio de Vendas:

foi acertado com o cliente (orçamento) e o que 1. RELAÇÃO DO MATERIAL RECEBIDO


1.1. Quantidade de disquetes de 3,5 “: unid. 1.5. Quantidade de Fotolitos: unid.
1.2. Quantidade de CDs: unid. 1.6. Quantidade de Layouts: unid.
está tramitando na arte-finalização (ordem de 1.3. Quantidade de DVDs:
1.4. Quantidade de Impressos:
unid.
unid.
1.7.
1.8.
Quantidade de Bonecos:
Outros:
unid.
unid.

serviço). 2. CONFORMIDADE COM A ORDEM DE PRODUÇÃO – Detectável pelo Depto. Comercial


A quantidade de páginas fornecidas está conforme Ordem de Serviço? Sim ( ) / Não ( ).
O serviço utiliza a mesma quantidade de cores solicitadas, conforme Ordem de Serviço? Sim ( ) / Não ( ).

Desta forma, além de prever possíveis


Foi feita análise do material para determinação de divergências entre o orçamento e o material recebido? Sim ( ) / Não ( ).
Material completo (contendo todos os arquivos)? Sim ( ) / Não ( ).
As especificações de acabamento (detalhes) estão devidamente discriminadas na O.S.? Sim ( ) / Não ( ).
Rótulos com alterações informadas detalhadamente, quando da entrada de novo pedido? Sim ( ) / Não ( ).

problemas com antecipação, se poderá entrar em 3. ANÁLISE DO MATERIAL RECEBIDO – ARQUIVOS DIGITAIS
Todos os arquivos foram copiados por nossas máquinas, sem problemas? Sim ( ) / Não ( ).

contato com o cliente em tempo hábil e discorrer Todos os arquivos foram abertos e não apresentaram problemas? Sim ( ) / Não ( ).
Todos os arquivos estão em versões de softwares existentes na Gráfica Dom Bosco? Sim ( ) / Não ( ).
Todos os arquivos necessários à execução do serviço foram enviados? Sim ( ) / Não ( ).
Formato ou quantidade de cores de acordo com o orçamento? Sim ( ) / Não ( ).
sobre tal fato. Todas as imagens já digitalizadas pelo cliente estão em alta resolução e sem problemas? Sim ( ) / Não ( ).
Todos os originais de imagens para serem digitalizados, necessários à execução do serviço, foram enviados pelo cliente? Sim ( ) / Não ( ).
Há aproveitamento de imagem geradas em software de engenharia, como AutoCad? Sim ( ) / Não ( ).
Todas as fontes foram enviadas pelo cliente? Sim ( ) / Não ( ).
Todos os logotipos estão aplicados ou foram enviados pelo cliente? Sim ( ) / Não ( ).
O layout fornecido está atualizado? Sim ( ) / Não ( ).
O layout enviado pelo cliente é claro e não deixa dúvidas? Sim ( ) / Não ( ).
É fornecido arquivo com desenho da faca de corte/vinco? Sim ( ) / Não ( ).
O desenho da faca de corte/vinco está correto, conforme layout e com todas as indicações de corte e de vinco? Sim ( ) / Não ( ).
Todas as fontes utilizadas foram conferidas e estão de acordo com o layout do cliente? Sim ( ) / Não ( ).
Arquivo por si só é claro e não apresenta erros como: textos excedentes caindo fora da área da página ou as páginas dentro do arquivo
estão fora de lugar (posições trocadas)? Sim ( ) / Não ( ).
Cliente envia vários serviços gravados na mesma mídia sendo que somente um deles será utilizado? Sim ( ) / Não ( ).
Imagens em RGB ou baixa resolução. (informar o tempo gasto para correção do problema)? Sim ( ) / Não ( ).
Cliente forneceu novos arquivos ou rediagramou o serviço após a emissão das provas? Sim ( ) / Não ( ).

4. PROVA CONTRATUAL
1ª. Prova ___/___/___ às _____ h. Retorno ___/___/___ às ____ h. Aprovado Correção: Texto Cores
2ª. Prova ___/___/___ às _____ h. Retorno ___/___/___ às ____ h. Aprovado Correção: Texto Cores
3ª. Prova ___/___/___ às _____ h. Retorno ___/___/___ às ____ h. Aprovado Correção: Texto Cores
4ª. Prova ___/___/___ às _____ h. Retorno ___/___/___ às ____ h. Aprovado Correção: Texto Cores

5. OBSERVAÇÕES

Coordenador da pré impressão: Visto do pré impressor: Data: ___/___/___

ATENDIMENTO AO CLIENTE
Estamos cientes dos problemas apontados e tomaremos as devidas providências.
O material enviado pelo cliente está: ( ) Aprovado ( ) Reprovado – com problemas

Responsável: Visto: Data: ___/___/___

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Imagens

Imagem Bitmap versus Imagem Vetorial

Usando Bitmap: chamada de foto, imagem,...


Os gráficos bitmaps são amplamente utilizados na Web, impressões, cinema,TV, CD-ROMS, Games,
etc. Usa-se imagens baseadas em pixels quando se deseja uma maior profundidade, algo que transmita
mais “vida” para o usuário/observador. Usamos o bitmap em muitos casos, mas nem por isso o vetor deve
ser banalizado, pois muitos ilustradores, com certeza, utilizam ferramentas vetoriais para criar suas obras,
seja o croqui ou a arte final. Enfim, tanto os programas Vetoriais quanto os Bitmaps são importantíssimos
e, certamente, foram revolucionários e responsáveis pela explosão da arte digital nos dias de hoje.

Usando Vetor: chamada de linha, outline


Os gráficos vetoriais são utilizados em impressões, arte para revistas, folders, web. Uma área
em que se utiliza muito as ferramentas vetoriais é a da ilustração, tanto para quadrinhos quanto para
publicidade. Com a ferramenta de ilustração vetorial, cria-se o croqui que mais tarde é trabalhado em
programas de edição bitmaps para aplicação de detalhes, ou seja, para dar vida. Para utilizar seus vetores
com maior qualidade em programas de paginação, exporte-os em EPS, pois esse formato permite que
todas as características de sua ilustração ou gráfico sejam mantidas inalteradas.

Direção de Arte, Produção Gráfica e Arte-final | Textos e compilações: Alfredo Galamba 68


Formatos de Imagens
Quando imagens são capturadas eletronicamente por câmaras digitais, scanners, etc, ou geradas
por programas, elas são sempre transferidas para um computador, onde ficam armazenadas em arquivos.
Diferentes fabricantes de equipamentos digitais e programas de computador desenvolveram uma grande
quantidade de formatos de arquivos.Os formatos de arquivos descrevem como as imagens são organizadas
dentro do disco ou da memória do computador.
PNG: (Portable Network Graphics, também conhecido como PNG’s Not GIF) é formato o mais
usado nas redes sociais, principalmente o modelo 24, que surgiu em 1996 como substituto para o formato
GIF, devido ao facto de este último incluir algoritmos patenteados.
PSD: Fantáscico no uso de camadas (layers) ou fundo transparente. O uso desse formato nem
sempre é o mais satisfatório em determinados softwares, principalmente quando tem que rotacioná-los.
Com as tecnologias existentes hoje na área gráfica, existem inúmeros formatos de imagem para
escolher. Certamente, cada um se encaixará perfeitamente em um determinado trabalho, porém a melhor
escolha dará ao seu material resultados mais satisfatórios.
JPEG: Tem melhorado, usado para mídas impressas e digitais também, o JPEG especifica apenas
um método de compactação de imagens. O método de compressão usado pelo JPEG acarreta em perda
da qualidade da imagem, ou seja, uma imagem comprimida em JPEG, quando descomprimida, nunca será
igual à original. Por outro lado, o método de compressão do JPEG permite taxas de compressão mais
altas do que o LZW, usado pelo GIF e pelo TIFF usando um mecanismo que permite ao usuário alterar
um nível de qualidade.

Direção de Arte, Produção Gráfica e Arte-final | Textos e compilações: Alfredo Galamba 69


GIF (Graphics Interchange Format): Atualmente, usado nos famosos memes ou quando se
quer chamar atenção para uma mensagem de texto nas redes sociais. Foi criado pela Compuserve para a
transmissão de imagens do tipo bitmap pela Internet.
TIFF (Tagged Image File Format): É um formato de arquivos que praticamente todos os
programas de imagem aceitam. Foi desenvolvido em 1986 pela Aldus e pela Microsoft numa tentativa de
criar um padrão para imagens geradas por equipamentos digital. O TIFF é capaz de armazenar imagens
true color (24 ou 32 bits) e é um formato muito popular para transporte de imagens do desktop para
bureaus,para saídas de scanners e separação de cores. O TIFF permite que imagens sejam comprimidas
usando o método LZW e permite salvar campos informativos (caption) dentro do arquivo.
EPS (Encapsulated Postscript): Desenvolvido pela Adobe, o Postscript é uma linguagem de
descrição de páginas. Ao invés de definir pixeis, o Postscript é composto por um conjunto de comandos
que são interpretados por um dispositivo de saída (impressoras,por exemplo).Ele pode ser usado para
armazenar gráficos (vetores),imagens raster (bitmap) ou ambos.

Direção de Arte, Produção Gráfica e Arte-final | Textos e compilações: Alfredo Galamba 70


Resolução
Pode significar:
A capacidade que um sistema de captura/reprodução de imagens tem para reproduzir detalhes.
Quanto maior a resolução mais pormenores podem ser reproduzidos por um determinado sistema de
captura da imagem: ccd, lentes, software, etc.
A segunda definição é a que nos interessa.
A resolução de uma imagem é o número de
pixels impressos ou exibidos por unidade de
medida, sendo a polegada utilizada com mais
freqüência.A fórmula da resolução é:
Resolução = pixels/largura de impressão.
Ainda temos mais informação: as imagens
digitais do tipo bitmap são composta por pixels
e o pixel não é uma unidade de medidas, mas sim uma unidade de quantificação. Ele não diz respeito à
medida de uma imagem, mas sim à quantidade de informação que ela possui. Não é possível determinar a
medida de uma imagem deste tipo exclusivamente a partir da quantidade de pixels que ela possui. Medida
e quantidade são duas ordens de grandeza diferentes.
Porém, é necessário saber a medida das imagens. Essa é uma informação útil. Quanto de espaço essa
imagem irá ocupar em uma tela? E caso ela seja impressa, que área do papel ela irá cobrir?
Esse é um problema que precisa ser resolvido, ou seja, que precisa de uma RESOLUÇÃO... Não é
trocadilho... É isso mesmo!

Direção de Arte, Produção Gráfica e Arte-final | Textos e compilações: Alfredo Galamba 71


Resolução é uma relação que se estabelece entre essas duas ordens de grandeza: quantidade
de informação e medida da imagem. Atente para isso: a resolução de uma imagem digital é sempre
expressa na forma de uma relação. Uma divisão entre a quantidade de pixels que uma imagem possui e
o espaço que se deseja que esses pixels ocupem. Por convenção, é comum que essa relação seja expressa
na forma de “quantidade de pixels por polegada”, ou seja, quantos pixels devem ser colocados em uma
polegada de espaço.
Pense no exemplo citado acima: uma imagem com 1.920 x 1.280 pixels de informação. Quanto de
espaço ela irá ocupar?
Depende! Você pode escolher a resolução que quiser para essa imagem, pois resolução não é uma
coisa que ela tenha, mas uma decisão que você toma.
Imaginemos que você decisa distribuir os pixels dessa imagem em uma relação de 100 pixels por
polegada. Agora sim é possível calcular o espaço (medidas) que ela irá ocupar.
Nesse caso ela ocuparia uma área de 19,2 x 10,8 polegadas, o que equivale a 48,77 x 27,43 centímetros
Quantos pixels você quer colocar em cada polegada ou centímetro? Você decide.

Direção de Arte, Produção Gráfica e Arte-final | Textos e compilações: Alfredo Galamba 72


Qual a diferença entre Definição, Resolução, Dimensão e Densidade de imagem?
Primeiramente precisamos entender que cada um dos termos acima são distintos e se relacionam
de acordo com o produto e ambiente que estão inseridos.
Por exemplo: uma TV de 42” polegadas FullHD possui uma Resolução X, uma Dimensão Z,
Densidade W e uma Definição Y.
O que é Definição de imagem?
A definição de uma imagem é a qualidade e nitidez que a mesma consegue transmitir e está
diretamente ligada à resolução e densidade da imagem que explicaremos adiante.
Os termos Alta definição e Ultra Alta Definição indicam que as imagens transmitidas possuirão
uma alta qualidade e nitidez.
Então para começar, o que é Resolução de imagem?
Resumidamente, todas as telas digitais utilizam três pontos (chamados de dots) que emitem as
luzes verde, vermelha e azul, para que juntas consigam formar as milhares de cores desejadas. A união
destes três pontos é responsável pela formação do famoso pixel, e a união dos pixels forma a imagem
que iremos ver.
E o que a resolução tem a ver com isso? Tudo, pois resolução é a indicação da quantidade de pixels
inseridos em uma determinada imagem.
Por exemplo: uma tela FULL HD possui uma resolução de 2.073.600 pixels, 2 Megapixels ou 1920
pixels de largura x 1080 pixels de altura.
Para as resoluções mais utilizadas foram criadas nomenclaturas específicas para a divulgação
dos produtos.

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Abaixo, cito algumas das principais variações e suas resoluções:
SD: 640 x 480 pixels
HD: 1280 x 720 pixels
FullHD: 1920 x 1080 pixels
Ultra HD: 4K / 3840 x 2160 pixels
8K: 7680 x 4320 pixels

É importante ressaltar a diferença entre Resolução de imagem e Densidade de imagem, que


explicarei mais adiante.
E o que é a Dimensão?
A dimensão indica o tamanho (normalmente em polegadas) de um dispositivo específico onde à imagem
será projetada. Nada mais é que as 42 polegadas de uma TV, ou as 5,5 polegadas de um smartphone e etc.
Utilizando a dimensão e a resolução, podemos encontrar a Densidade de pixels, que está diretamente
ligada à definição da imagem no dispositivo em questão.
Densidade de pixels (ppi)
Também conhecido como Ppi no mundo digital (pixels per inch – pixels por polegada), a densidade
de pixels é o valor da quantidade de pixels inserida em uma única polegada de tela. Quanto maior o valor
desta densidade maior será o aglomerado de pixels, diminuindo o espaçamento entre eles e aumentando
a definição da imagem.

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Uma boa associação para entender melhor o Ppi é comparar a tela da TV com um tecido:
Um dos tecidos possui 1m² e é feito de seda, que precisa de milhares de fios minúsculos para ser
confeccionado e sua aparência final é limpa e lisa, sendo quase impossível enxergar a olho nu as tramas
entre os fios.
O outro tecido possui 1m² e é feito de lã, que possui fios mais grossos e necessita de menos matéria
prima para preencher todo o metro quadrado, porém ao olhar para este tecido é possível ver exatamente
onde os fios se cruzam, podendo até encontrar buracos entre eles.
O mesmo funciona com telas que possuem maior ou menor densidade de pixels por polegada. Ao
olhar para a TV, celular ou monitor com uma densidade alta será mais difícil enxergar os espaços entre os
pixels que não são iluminados, tornando a imagem mais prazerosa e detalhada.

Já os dispositivos com densidade baixa, se vistos de perto, passarão a sensação de terem uma imagem
mais ‘grosseira’, pois será possível enxergar os ‘buracos’ entre os pixels que não possuem iluminação.
Ressalva
É importante deixar claro que valores baixos para cada um destes itens não resultam necessariamente
em uma qualidade boa ou ruim. Tudo dependerá da forma que o dispositivo será utilizado e para qual
finalidade ele foi criado.
Uma placa de trânsito digital por exemplo possui uma dimensão muito grande e densidade,
resolução e definição muito baixas, porém o seu objetivo é passar a mensagem de texto aos motoristas e
não rodar um filme.

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Interpolação
Quando possuímos uma imagem com uma resolução abaixo do ideal, podemos usar um recurso para
aumentar sua resolução, o que ameniza o serrilhado decorrente da pouca quantidade de pixel existente na
imagem. A isso damos o nome de interpolação.
O modo mais elegante de interpolação chama-se Bicúbica,que é feita de forma suave, em que o
redimensionamento da imagem faz com que o software faça uma média dos pixels adjacentes, criando,
assim, pixels intermediários, dando uma amenizada nos degraus criados pela mudança no tamanho da
imagem. Esse método de interpolação é o mais usado por sua qualidade, porém é o mais custoso devido
aos cálculos realizados.
Já o método Bilinear realiza a média apenas dos pixels vizinhos da vertical e horizontal, dando uma
visível diferença do método anterior (para pior).
A interpolação Nearest Neighbor é o modo mais grosso e rápido de reduzir ou ampliar uma
imagem. Esse método não realiza qualquer cálculo ou média, mas simplesmente repete a cor de pixel
na borda do original. Ele pode
ser de alguma utilidade apenas
quando você está aumentando
o tamanho de uma imagem por
uma proporção exata,como
quatro vezes ou 16 vezes o
tamanho original.

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Métodos de codificação de imagem
Também conhecidos como modos da imagem, descrevem como os pixeis são organizados e
representados dentro da memória do computador.
• RGB (24 bits): sistema que usa três cores por pixel. Cada cor é representada em 8 bits (1
byte), permitindo 256 níveis ou valores por cor.
• CMYK (32 bits):sistema que usa quatro cores por pixel.Cada cor é representada em 8 bits,
permitindo 256 níveis de cor. O sistema CMYK baseia-se na qualidade da luz absorvida por uma tinta
impressa sobre papel. Como o modo CMYK usa 4 bytes por pixel, ele ocupa 33% mais espaço em memória
e em disco do que o modo RGB. É o modelo indicado para a indústria gráfica.
• Escala de Cinza (8 bits): sistema que usa 256 níveis de cinza por pixel, ou um byte por pixel.
Este modo é o recomendado para armazenar imagens em preto e branco, guardando tons contínuos.
• Preto e Branco (1 bit): também conhecido como Bitmap, pois cada pixel é representado por
um único bit. Programas de manipulação costumam oferecer 4 modos de conversão para preto e branco:
linha artística (50% Threshold), ordenado, difusão de erro e meio-tom.Dentre todos os modos, o Bitmap
é o que resulta em imagem com menor tamanho. Este modo é usado para dar saída em duas cores.
• Cor Indexada (de 1 a 8 bits): também conhecido como 256 cores.Neste modo,cada pixel
assume um valor presente numa paleta de 256 cores.Existem vários tipos de paletas.Programas de
manipulação permitem customizar uma paleta e criar uma nova, fazendo uma amostragem da imagem a
ser convertida. Este modo é útil para aplicações multimídia e para publicar na Web.

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Métodos de compressão de dados
São algoritmos matemáticos (concretizados na forma de programas) que visam reduzir o tamanho
original de uma imagem,usando alguma forma de codificação/decodificação.
LZW (Lempel-Ziv-Welch):
• foi desenvolvido em 1984 para compactar dados em discos magnéticos.Hoje em dia,métodos
como este tornaram-se populares pelo seu uso em programas de microcomputadores (Doublespace, Zip,
etc). O LZW funciona muito bem com imagens gráficas, em que a quantidade de cores é discreta e em que
existem muitas áreas com tons constantes. Esse método de compactação visa exclusivamente a qualidade.
JPEG (Joint Photographic Experts Group):
• foi criado em 1990 pelo comitê que deu o nome a este método de compressão. O JPEG foi
projetado para comprimir imagens de sujeitos reais (tais como fotos) tanto coloridas quanto em escala de
cinza. O JPEG tem como característica intrínseca a perda de qualidade da imagem, ou seja, uma imagem
descomprimida não é exatamente igual à original. Por outro lado, permite taxas de compressão muito
mais elevadas do que métodos sem perda.
No JPEG, o grau de compressão pode ser controlado e quanto mais compressão menor o tamanho
do arquivo.Porém,quanto maior a compressão maior será a perda de informação.O JPEG é muito eficiente
em imagem de tons contínuos, tais como, fotografias, e menos eficiente em gráficos ou line art, em que a
quantidade de tons diferentes é menor.

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Gerando imagem com cor especial do Photoshop
Após a imagem ser criada, precisamos escolher o melhor formato e sua configuração para podermos
salvar essa imagem. O formato PSD é o que melhor se adapta a essa característica de trabalho, visto que
ele é importável por todos os softwares,além de aceitar,obviamente,esse recurso,além de permitir salvar a
imagem com fundo transparente.
Duotone: certos materiais fazem necessário o uso de cores especiais em suas imagens. Por exemplo,
se temos uma imagem que será impressa em duas cores especiais juntamente em um arquivo que contenha
cores escalas (CMYK),isso lhe forçará a convertê¬las (imagens) em cores especiais. Porém, a conversão
para esse modo cor não pode ser encarada de uma forma qualquer. É muito importante seguir alguns
prosseguimentos para que seu trabalho tenha o resultado desejado. Siga os seguintes passos:
• Converta a imagem em Grayscale (Image>>mode>>grayscale);
• Em Image>>mode escolha duotone;
• Na janela duotone options,escolha duotone;
• Defina os pantones clicando sobre as indicações de cores;
• Clique sobre a opção curvas para ajustá-la;
• Vá ao menu image>>mode e escolha multichannel .
CMYK com cor especial: determinadas imagens necessitamos criar juntamente com os canais CMYK
um quinto canal PANTONE. Para executar essa tarefa no Photoshop veja os procedimentos a seguir:
• Abra a janela Channels;
• Abra o sub-menu e escolha a opção New Spot Channel;
• Escolha a cor especial que será usada na imagem.

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Tabela de Resoluções

A unidade padrão de medição da nitidez de sua fotografia é em


pontos por polegada, ou dpi. Você deve ter certeza de que o arquivo
eletrônico de sua foto possui pelo menos 240 dpi para fotos pequenas
(10 x 15 cm e menores), e 300 dpi para fotos maiores (13 x 18 cm e
LPI = é a quantidade de linha por Inch (pole-
maiores). Na realidade o DPI respeita a fórmula: LPI x 2 = DPI. gada) e mede a frequência da retícula.

Lineatura = é o número de pontos por linha de


mídia/veículo resolução e escala/padrão impressão, na teoria, quanto mais linhas tiver-
estamparia digital 300 dpi rgb mos, menores os pontos e maior a definição.

offset rotativa (jornal) 200 dpi cmyk


offset plana 300 dpi cmyk
banner “padrão” de 75 a 150 dpi rgb/cmyk

Pequenas tiragens (abaixo de 500) a partir de 150 dpi rgb/cmyk


placas grandes 75 dpi rgb
(9x3m) 16300 dpi (formato final) cmyk
outdoor
e dpi (no arquivo)

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Arquivos e Textos
Caros, sabem o que é tirar leite de pedra na indústria gráfica? Vos digo. É fazer com que um
arquivo que chegou sem sangria, sem marcação de corte/vinco, com imagens em RGB e abaixo da
resolução adequada, faltando fontes e, mesmo assim, dê certo.
Esta aflição vem do fato que muitos profissionais ainda não “fecham” seus arquivos corretamente
e isso atrapalha o workflow, gerando ruído e outras infinidades de males. Para tanto, separei alguns
parâmetros que podem minimizar esses problemas. Vamos lá:

Arquivos abertos
O arquivo aberto é aquele em seu programa de criação nativo, como por exemplo, CorelDRAW,
PageMaker, Illustrator, etc. Esse arquivo é dependente de todo o conteúdo usado na elaboração do projeto
gráfico, tal como, fontes, imagens (vínculos), ilustrações, etc. Esse tipo de arquivo é definido como aberto
por estes motivos, ou seja, é um arquivo dependente de todas as partes que o compõem, possibilitando,
assim, que o bureau possa editá-lo sem nenhum problema.
Em geral, esses arquivos são mais complexos para os mesmos (bureau), pois como eles são
transferidos para outro sistema, mesmo sendo para o mesmo sistema como Windows/ Windows, por
exemplo, correm um sério risco de sofrer algum tipo de alteração involuntária, sendo o mais comum deles
o problema com fontes. A explicação para isso se dá pelo fato de existirem inúmeros fabricantes de fontes,
sendo que desses fabricantes poucos são confiáveis, o que será visto com mais detalhes logo adiante.
Um outro problema é no que diz respeito aos vínculos do arquivo (tif ’s, eps, jpg, etc). O que
ocorre freqüentemente é o esquecimento do envio dos mesmos, causando um transtorno, pois haverá
um atraso na execução do material, sendo assim, o arquivo ficará parado até a chegada dos vínculos
faltantes. Em outras palavras, um arquivo aberto é todo aquele que pode ser manipulado, alterado e/
ou modificado por estar no formato em que o mesmo foi criado.

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Arquivos fechados
Entende-se por arquivo fechado os arquivos com extensões do tipo PRN, PS e EPS, que são
arquivos gerados em uma linguagem de impressora muito avançada chamada Postscript (serão explicadas
mais adiante), e possui em um único arquivo digital todos os elementos e informações necessárias para
impressão remota, ou seja, informações suficientes para gerar um fotolito ou uma impressão direto na
chapa, por exemplo.
Esses tipos de arquivos são chamados PostScript pelo fato de estarem totalmente fechados e
protegidos de qualquer modificação não intencional por parte do Bureau, pois esses arquivos são escritos
em uma linguagem de códigos que somente os softwares específicos podem lê-los, como é o caso do
RIP (Rasterizador e Processador de Imagem), tornando-os mais seguros, pois uma vez fechados fica
impossibilitado qualquer problema de fontes ou vínculos, por exemplo. Porém, vale ressaltar que tudo gira
em torno do modo em que foi fechado esse arquivo. Sendo assim, para quem se preocupa com segurança
em seu arquivo digital e tem um conhecimento mais amplo sobre este assunto, pode-se afirmar que esse é
o melhor formato indicado.
As únicas desvantagens em enviar um arquivo fechado para o Bureau é pelo fato de não ser possível
a realização de correções em textos e imagens, e o profissional que fechou o arquivo assume toda a
responsabilidade sobre o material, já que o Bureau não esteve a par de todos os procedimentos usados
para seu fechamento.

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Segundo levantamento feito, hoje no Brasil, apenas cerca de 20% dos arquivos digitais enviados aos
Bureaus estão em regime fechado. As causas disso são:
1) Falta de conhecimento para gerar arquivo fechado;
2) Expectativa de que o Bureau corrija os problemas existentes;
3) Dificuldade em visualizar o arquivo após seu fechamento;
4) Medo da responsabilidade de gerar tal arquivo;
5) Medo de que o Bureau não verifique o arquivo no *RIP da Imagesetter ou Platesetter;
6) Tamanho do arquivo fechado, já que este ocupa grande espaço, entre outros.

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Arquivos PDF
O formato PDF (Portable Document Format), criado pelo Adobe Acrobat, vem se tornando o
sucessor do arquivo fechado. No Brasil, ele está tomando seu espaço rapidamente. Assim como o arquivo
fechado, o PDF reúne em um só arquivo digital todas as informações e elementos (fontes, imagens, etc.)
necessários para impressão remota do mesmo. O PDF reúne todas as vantagens dos arquivos fechados
além de acrescentar mais algumas:
O PDF mantém toda diagramação, cores e fontes que estavam presentes no software de sua
criação, sendo também um formato multiplataforma, ou seja, pode ser gerado na plataforma Macintosh
e lido plenamente na plataforma Windows e vice-versa. Além de multiplataforma, ele também pode ser
importado pelos principais aplicativos, tais como:
InDesign, QuarkXPress, FreeHand e Illustrator, diferente do arquivo fechado, que não permite tal
recurso.
Em geral, um arquivo PDF possui cerca de 10% do tamanho de um arquivo fechado, graças a
algorítimos de compactação muito eficazes e confiáveis acima de tudo, sendo viável não só para quem o
gera como também para o Bureau que diminui o fluxo interno em sua rede e servidores.
O PDF, além de tudo, pode ser editado para serem feitas pequenas alterações e, para isso, usa-se
o Adobe Acrobat. Este arquivo também precisa de cuidados no momento da impressão, pois ele só pode
ser lido em software que já possuem Linguagem PostScript nível 3. Assim, é preciso certificar-se de que
o Bureau possui um RIP que interprete PostScript nível 3, podendo garantir o melhor resultado final do
material.

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Textos em curvas
Quase todos os aplicativos gráficos possuem o recurso de converter fontes em informações
vetorizadas, popularmente chamado de “curvas”. Convertendo suas fontes em curvas, obviamente não é
necessário encaminhar os arquivos de fontes junto com o arquivo de impressão. Porém, uma vez convertido,
o texto não poderá mais ser editado. Por isso, deve-se sempre deixar um backup sem a conversão.

Texto vazado com fundo escuro


Evite usar letras com estilo light sobre fundos chapados escuros. A absorção de tinta do papel, a
sobreposição de tintas, a “abertura” (dilatação e retração) do papel e outros fatores podem “diminuir” a espessura
das letras. Utilize fontes médias ou negritadas para reduzir riscos próprios ao processo de impressão.

Edição de cores
1. Porcentagens abaixo de 5% em degradês possuem deficiência e podem não garantir um bom
resultado. Para jornais, o ideal é 15%;
2. Jamais adote o padrão de cor RGB, seja na edição de cores ou na geração de imagens em função
da impressão;
3. Sempre edite os degradês com 256 steps, evitando assim as “passagens duras” na saída do filme ou CTP;
4. A cor que você visualiza no monitor não é fiel. Portanto, utilize sempre uma escala de cores
Pantone, para defini-las, e procure trabalhar sempre com perfis de cores;
8. A imagem mais versátil para uso, geralmente em editoração eletrônica, é o formato Tiff para
fotos, e PDF para as peças de diagramações;
9. Imagens em grayscale devem ter faixas de tonalidade entre 5% e 90%. Deve-se abrir ligeiramente
os meios tons.

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Envio de Arquivos
1. Sempre que possível, envie uma impressão do arquivo em tamanho natural, para que seja feita
uma conferência de dados. E caso seja livro, enviar também o boneco dos cadernos;
2. Os arquivos devem ser enviados em PDF;
3. Para assegurar a qualidade, imagens digitalizadas devem ser geradas à parte, em alta resolução
e devidamente tratadas a partir de um original;
4. Inclua sempre uma pasta com todas as fontes usadas no arquivo. A maioria dos programas
gráficos tem em suas funções uma opção para preparar pastas de envio de arquivos, juntando todas as
fontes utilizadas e todos os links necessários.
No InDesign esse recurso é conhecido como Package [menu>file>package];
5. Caso seu arquivo tenha sido produzido no Photoshop, não importe para programas de editoração
ou vetorial Antes de enviar, deixe em Photoshop mesmo;
6. Evite colocar elementos nas dobras, principalmente cores chapadas, pois podem “rachar” e se for
texto podem ficar ilegíveis;
7. Textos próximos às bordas devem estar a 3mm da linha de corte, para evitar serem degolados.
Isso é válido também para imagens, e textos próximos também a serrilhas ou dobras;
8. Dobras, serrilhas, vincos e cortes especiais devem ser indicados, caso haja necessidade de faca
especial, o desenho deverá acompanhar o trabalho;
9. Quando um impresso com acabamento de dois grampos ter muitas páginas, é natural que as
lâminas centrais saiam além das linhas de cortes. Não deixe imagens, tarjas, números de páginas ou textos
muito próximos das laterais, para que elas não sejam cortadas no refile (corte) do material.
Essas medidas todas sendo adotadas, certamente seu arquivo não terá problema algum. A culpa
deixará de ser sua e a birra será do operador.

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Redes Sociais: Facebook
Qual tamanho de capa do Facebook
para minha marca? E qual formato ideal para
postar no Instagram? Muitas são as perguntas
na hora de publicar imagens nas redes sociais.
Isso porque, o tamanho de imagens nas redes
sociais é um assunto que envolve diversas
especificações, pois cada uma destas mídias
sociais têm políticas e diretrizes particulares.
O Facebook é uma das redes sociais
mais populares do planeta, não é a toa
que as empresas hoje utilizam este meio
para promover suas marcas e conquistar
consumidores dispostos a adquirir seus
produtos e serviços. E um dos aspectos
fundamentais para se ter sucesso neste tipo
de mídia está relacionado às imagens.
Aqui temos algumas questões
importantes a serem destacadas. O Facebook
estabeleceu como tamanho de imagem o
limite de 2048 x 2048 pixels, o que nos dá uma
resolução considerável. Porém, temos que
levar em conta um ponto muito importante.
As telas, por exemplo, exibem o tamanho

Direção de Arte, Produção Gráfica e Arte-final | Textos e compilações: Alfredo Galamba 87


máximo de 960 x 720 pixels. Ou seja, não há a necessidade de ter imagens maiores do que isso.
Além do mais, é muito essencial destacar que a utilização de imagens no Facebook é feita de
maneira integrada, de acordo com os objetivos que foram traçados para a rede social. Ou seja, devem
vir acompanhadas de outros conteúdos, sempre priorizando por imagens e artes bem trabalhadas.
Outro ponto a ser destacado aqui é a diferença entre imagens que são exibidas em aplicativos
mobile e em desktops. As imagens exibidas na linha do tempo das fanpages possuem 504 X 504
pixels, enquanto a mesma imagem será exibida em 618×618 pixels em dispositivos móveis.
Quando o conteúdo que você pretende compartilhar for baseado em um link, este carregará de
maneira automática as imagens contidas na página de destino. Em links que contenham mais de uma
imagem, é possível inclusive escolher qual delas será carregada.

TAMANHO DE IMAGENS DO FACEBOOK PARA PERFIL E PÁGINAS: EXISTE


DIFERENÇA?
Quando buscamos a pré-visualização das imagens, independentemente do formato, nunca será
exibido mais do que 398 pixels. Além disso, é muito importante entender que as imagens dentro
do Facebook são diferentes para usuários e páginas. Pensando em termos de empresa, sempre é
importante lembrar que a usar uma página em vez de um perfil de usuário é sempre o mais indicado,
pois nos traz uma série de possibilidades de mensuração e de anúncios. Outro ponto é que as imagens
que são usadas para anúncios pagos não podem conter mais do que 20% de texto.

Direção de Arte, Produção Gráfica e Arte-final | Textos e compilações: Alfredo Galamba 88


RESUMINDO - TAMANHOS DE IMAGENS FACEBOOK:
Foto do perfil da sua Página:
Tem dimensões de 170 x 170 pixels em computadores, 128 x 128 pixels em smartphones e 36 x 36
pixels na maioria dos celulares comuns
Será cortada para caber em um quadrado
A foto de capa da sua Página:
Tem dimensões de 820 pixels de largura por 312 pixels de altura em computadores e 640 pixels de
largura por 360 pixels de altura em smartphones
Não é exibida em celulares comuns
Deve ter no mínimo 399 pixels de largura e 150 pixels de altura
Carrega mais rapidamente como um arquivo sRGB JPG que tenha 851 pixels de largura e 315 pixels
de altura, e menos de 100 KB
Para fotos de perfil e de capa que contenham seu logotipo ou texto, use um arquivo PNG para obter
melhor resultado.

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O Twitter é muito popular entre as empresas
Redes Sociais: Twitter
que utilizam o conteúdo como forma de conquistar
clientes. Os caracteres de texto são usados de
diferentes maneiras, como para promover ofertas e
interagir com os usuários de forma direta e inovadora.
Diferentemente do que acontece com o
Facebook, que tem tamanho de imagem variados, de
acordo com o contexto, o Twitter é bem mais simples.
As imagens de perfil precisam ter 400 x 400 pixels.
Esta imagem será carregada no canto direito, com
uma prévia de 200 x 200 pixels.
A imagem de capa, que fica localizada acima da
foto do perfil, será exibida em 520 x 260 pixels. Já as
imagens que são compartilhadas, são mostradas com
375 x 375 pixels. Além disso, é muito importante
destacar que a imagem de fundo não estará totalmente
visível para os usuários. O que ficará visível é apenas
o que estiver nos cantos.

ESTATÍSTICAS SOBRE O TWITTER:


90% dos visitantes visualizam apenas os 78 px que
aparecem no plano de fundo;
67% visualizam 204 px, enquanto 43% enxergam 247 px.

RESUMINDO - IMAGENS DO TWITTER:


Foto de Perfil do Twitter: 400 x 400 pixels
Imagem de Capa do Twitter: 520 x 260 pixels
Imagens De Tweets: 375 x 375 pixels.

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Redes Sociais: Instagram
O Instagram é uma rede social
onde as imagens são a base de interação.
Porém, esta é a rede social com maiores
restrições em termos de imagens. A
imagem de perfil precisa ter 152 x 152
pixels. As miniaturas precisam ter 292
x 292 e os posts da timeline 600 x 600
pixels. Se o seu problema é conseguir
seguidores no Instagram, este artigo
pode te ajudar bastante.

RESUMINDO - TAMANHOS DE
IMAGENS DO INSTAGRAM EM:

Foto de Perfil do Instagram: 152 x 152


pixels

Fotos do Instagram: 600 x 600 pixels

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Redes Sociais: WhatsApp
Esta ferramenta tão popular que permite a troca de mensagens entre os
usuários, se tornou fundamental para os negócios que fazem venda diretas para os
clientes. Com isso, as imagens são parte fundamental neste processo. O tamanho
mínimo de imagem no aplicativo é 140 X 140 px, já para os dispositivos móveis
maiores o tamanho indicado é de pelo menos 192 X 192 px.

RESUMINDO - TAMANHOS DE IMAGENS DO WHATSAPP:

Tamanho da Foto de Perfil Do WhatsApp:


minimo é 140 X 140 px / 192 X 192 px (Para dispositivos móveis maiores)

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Redes Sociais: Youtube
O YouTube tem se tornado um mecanismo
cada vez mais presente no dia a dia das empresas.
A rede social de compartilhamento de vídeos
se tornou ainda mais famosa, pois as maiores
corporações têm feito suas propagandas e
disponibilizado neste rede.

Para a imagem de capa é aconselhado o


tamanho de 2560 x 1440 pixels. Já a imagem de
perfil deve conter 100 x 100 pixels. Enquanto a
imagem de vídeo terá na sua prévia 368 x 207
pixels, com uma miniatura de 196 x 110 pixels. É
importante destacar que a imagem de miniatura
pode ser personalizada.

RESUMINDO - TAMANHOS DE IMAGENS DO YOUTUBE:

Tamanho da Imagem de Capa do Youtube: 2560 x 1440 pixels

Tamanho da Imagem de Perfil do Youtube: 100 x 100 pixels

Tamanho da Imagem de Vídeo do Youtube: 368 x 207 pixels, com uma miniatura de 196 x 110 pixels.

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Redes Sociais: Linkedin
Por ser uma rede social de contatos
profissionais, o LinkedIn é uma ferramenta
essencial para uma empresa que quer se destacar no
mercado, conquistar novos negócios e até mesmo
buscar profissionais altamente qualificados para
o time.
Esta rede social tem várias especificações
quanto às imagens. Sendo elas: para logo 110 x
110 pixels; para a foto de capa 1400 x 220 pixels;
para o logotipo da empresa em miniatura 50 x
50 pixels; para o logotipo para comentários de
empresa 30 x 30 pixels. Para as imagens relativas
a representação de carreiras o tamanho ideal é
de 974 x 238 pixels, já as imagens para banner
de produtos e serviços deve conter o tamanho
mínimo de 646 x 220 pixels.

RESUMINDO - TAMANHOS DE IMAGENS DO LINKEDIN:

Tamanho Foto de Capa do Linkedin: 1400 x 220 pixels

Tamanho da Logo no Linkedin: 110 x 110 pixels

Tamanho Foto de perfil de Empresa no Linkedin: (em Miniatura): 50 x 50 pixels

Tamanho Foto de Perfil da Empresa no Linkedin (em Comentários): 30 x 30 pixel

Tamanho de Banner de Produtos no Linkedin: 646 x 220 pixels.

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Redes Sociais: Pinterest
O Pinterest é uma rede social que vem ganhando muito espaço, principalmente pelas
possibilidades de propagar artes e fotos em geral de uma maneira diferente das demais redes sociais.
Os negócios que tem como base design, criatividade ou fotos, tem excelentes resultados no Pinterest.

Veja Qual É Melhor Para Sua Estratégia: Instagram ou Pinterest?

Nesta rede social, as postagens das imagens levam o nome de Pin. Veja agora o tamanho de
imagens no Pinterest:

as miniaturas das imagens no quadrado devem ter 50 x 50 pixels;


os Pins devem ter 600 px x infinito, sendo que não há limitação neste sentido, podendo carregar
imagens em diferentes tamanhos;
as fotos de perfil devem ter de 165 x 165 px, sendo que a miniatura terá 60 x 60 px.
Outro ponto a ser destacado aqui é que em muitos casos, o tamanho das imagens é adaptado
pela própria rede social. Dentre estas aqui apresentadas, apenas o Instagram tem limitações mais
rigorosas.

Utilizar de maneira adequada o tamanho


das imagens nas redes sociais é fundamental
para que sua estratégia seja eficiente! Neste
artigo, te ajudamos a montar uma estratégia
eficiente para as redes sociais.

Direção de Arte, Produção Gráfica e Arte-final | Textos e compilações: Alfredo Galamba 95


Ajuste de página
Logicamente, seu material possui um formato. Digamos que seu trabalho seja um papel A4 (210
Ajustes em layouts
x297mm), a página deverá ser ajustada para esse tamanho.
A margem de segurança consiste em um espaço entre a marca de corte e o início ou final da
arte propriamente dita.Isso ajuda no acabamento do material, uma vez que o corte varia, podendo,
assim, cortar elementos muito próximos ao corte final. Para evitar tais problemas,recomenda-se
deixar uma área de 3 a 5mm.
Sangrias, ao contrário das margens de segurança, são objetos (imagens, fios, molduras, etc) que, por
medida de segurança, devem ultrapassar os limites da página para evitar possíveis filetes brancos ao redor
desses objetos. Para evitar tais problemas,recomenda-se deixar uma área de 3 a 5mm.
As marcas de corte representam ao cortador o ponto real onde deverá ser executado o corte, além de
permitir ao operador de pré-impressão uma melhor precisão na imposição no caso de arquivos fechados (ps,pdf).

Ajuste de dobras
Para arquivos com dobra, deve-se ter um cuidado extra, além de todos os cuidados já citados:
• Deverá ser feito uma compensação das dobras para evitar que, no momento da dobra,
não ocorra o que conhecemos como “encavalamento da última página”.
• Sempre colocar no arquivo indicação de dobra (linhas tracejadas), visando facilitar o
acabamento;
• A ilustração ao lado mostra o 100 mm 100 mm 98 mm

seguinte: tem-se um folder com 2 dobras; a


página da capa (1) deverá ser igual à segunda TEXTO
TEXTO TEXTO

(2), sendo que a terceira (3) deverá ter, pelo


menos, 2mm menor que as demais (exemplo
1=100,2=100 e 3=98); DOBRA DOBRA

Direção de Arte, Produção Gráfica e Arte-final | Textos e compilações: Alfredo Galamba 96


• O verso deverá ser o oposto,visto
que,na impressão do verso, há um espelhamento TEXTO
VERSO CAPA
das dobras, ou seja, iniciará pela terceira, com
relação à parte da frente.

DOBRA DOBRA

Facas
Ao contrário do que muitos profissionais imaginam, o processo de confecção de facas especiais é de
certa forma artesanal.
A confecção das facas tradicionais, utilizadas para cortar a madeira da base, é a serra “Tico-Tico”,
o que dá uma certa limitação em determinadas formas que a faca poderá ter.
As facas a laser utilizam uma tecnologia moderna com relação ao corte da base, possibilitando o
corte de formas mais complexas.
Apesar de poder optar por uma tecnologia ou outra, a confecção de facas especiais é limitada no
que diz respeito à montagem das lâminas de corte, vincos e serrilhas, pois este processo só permite uma
maneira de fazê-lo: artesanalmente. Então, surgem complicações e limitações na criação e construção das
mesmas.
Ao criar suas facas, tome alguns cuidados para não ter decepção ao receber seu trabalho pronto:
• Detalhes muito pequenos poderão não ser reproduzidos na faca;
• Cortes muito próximos uns aos outros poderão comprometer a qualidade da faca.

Direção de Arte, Produção Gráfica e Arte-final | Textos e compilações: Alfredo Galamba 97


Faca Simples
• Como padrão adotado, a marcação de dobra do material PÁGINA
deverá ser assinalada com um fio tracejados, essa marcação é entendida
por todas as empresas que confeccionam facas especiais;
• A marcação de corte será representada por uma linha
contínua;
corte especial
• faca deverá estar centralizada na arte e por sua vez, arte
deverá estar centralizada na página;
• Marcações de micro-serrilhas ou picote deverão ser
indicadas para não se confundir com os vincos (dobras). O padrão
para essa indicação são linhas pontilhadas. Marcação micro-serrilha
Marcação de Dobra

Facas Complexas
Muitas facas exigem um esforço extra,e os detalhes são
cruciais ao criar um layout e sua faca. Muitos detalhes, as vezes,
passam despercebidos, mas o resultado dessa distração não são
muito agradáveis,e esses não passarão despercebidos.
Um caso especial e que deve ser levado em conta são as facas
com lombada, por exemplo, algumas pastas. Sempre quando usamos
uma gramatura de papel maior do que a normal que serão encartadas
dentro de uma pasta ou outro tipo de material, temos que levar em
consideração a espessura dessas lâminas juntas. Isso será refletido
na maneira pela qual criaremos a faca. Quando fazemos uso dessa
técnica, temos que tomar cuidado com alguns detalhes:

Direção de Arte, Produção Gráfica e Arte-final | Textos e compilações: Alfredo Galamba 98


• Deverá ser criada lombada s0empre que existir uma quantidade relevante de folhas encartadas no layout, e
a lombada, por sua vez, deverá ter uma medida que não fuja muito da espessura da quantidade de lâminas;
• Quando houver uma lombada dentro de outra, como é o caso de algumas pastas, a lombada interna deverá
ser menor que a externa. Isso deve ser feito para evitar que haja o que conhecemos como “encavalamento entre as dobras”;
• Caso haja abas de cola, estas deverão ter de 1 a 1,5cm, dependendo do material.

Verniz

Verniz Localizado
• A página deverá ser mantida como a do documento original, sem haver deslocamento algum, evitando,
assim, que o verniz saia descentralizado;
• O arquivo do verniz deverá ser
feito a partir do arquivo finalizado;
• As cores que representarão o VERNIZ LOCALIZADO

verniz deverão ser chapadas, ou seja,tinta 100%; VERNIZ AROMA

• As imagens que tiverem verniz


localizado deverão estar em grayscale 0.
Qualquer valor acima ocasionará reticulagem
do verniz, ou pode-se usar outro canal de cor
CMYK 100% para representá-lo.
• Caso o material venha a ter mais de
um tipo de verniz(textura, aroma), esses deverão
ser feitos em máscaras separadas, ou seja,cada
verniz necessita de uma máscara distinta.

Direção de Arte, Produção Gráfica e Arte-final | Textos e compilações: Alfredo Galamba 99


Verniz Total
• Para verniz UV Total,deve-se criar sangria como se Sangria
fosse uma arte normal, pois, após a aplicação do verniz, o material
será refilado,valendo a mesma regra do ajuste do layout;
• Quando se aplica verniz em um material que terá dobras,
deve-se reservar um espaço de aproximadamente 3mm (1,5mm para
cada lado da dobra). Esse espaço é conhecido como reserva e sua
função é evitar que o verniz quebre-se ao dobrar.

Verniz Texturizado
• Para verniz texturizado, deve-se eliminar a sangria e Reserva de dobra
adicionar um degradê nas bordas e nas dobras para que não haja risco
de quebrar ao cortar ou dobrar;
• Esse degradê deverá ter aproximadamente 5mm começando em 100% até 0%.

Direção de Arte, Produção Gráfica e Arte-final | Textos e compilações: Alfredo Galamba 100
margem de sangria

0,3 cm

Ono non
0,5 cm
0,3 cm

Nononono on
Ono Nonono
Onon onononon nonono ono nononon no onon

1,5 cm
Onon onononon nonono ono nononon no onononon nonono ono nononon no onon onononon nonono
onon onononon nonono ono nononon no onon ono nononon no onon onononon nonono ono nononon no
onononon nonono ono nononon no onon onon onononon nonono ono nononon no onon onononon
onononon nonono ono nononon no onon nonono ono nononon no onon onononon nonono ono nononon
onononon nonono ono nononon no onon no onon onononon nonono ono nononon no onon onononon

1,5 cm
onononon nonono ono nononon no onon nonono ono nononon no onon onononon nonono ono nononon
onononon nonono ono nononon no onon no onon onononon nonono ono nononon no onon onononon
onononon nonono ono nononon no onon nonono ono nononon no onon onononon nonono ono nononon
onononon nonono ono nononon no onon

0,6 cm
no onon onononon nonono ono nononon no onon onononon
onononon nonono ono nononon no onon nonono ono nononon no onon onononon nonono ono nononon
onononon nonono ono. no onon onononon nonono ono nononon no onon onononon

1,0 cm
Onon onononon nonono ono nononon no nonono ono nononon no onon onononon nonono ono nononon
onon onononon nonono ono nononon no onon no onon onononon nonono ono nononon no onon onononon
onononon nonono ono nononon no onon nonono ono nononon no.
onononon nonono ono nononon no onon Onon onononon nonono ono nononon no onon
onononon nonono ono nononon no onon onononon nonono ono nononon no onon onononon nonono
onononon nonono ono nononon no onon ono nononon no onon onononon nonono ono nononon no
onononon nonono ono nononon no onon onon onononon nonono ono nononon no onon onononon
onononon nonono ono nononon no onon nonono ono nononon no onon onononon nonono ono nononon
onononon nonono ono nononon no onon no onon onononon nonono ono nononon no onon onononon
onononon onononon nonono ono. nonono ono nononon no onon onononon nonono ono nononon
área de encadernação
(lombada) no onon onononon. 0,5 cm

Direção de Arte, Produção Gráfica e Arte-final | Textos e compilações: Alfredo Galamba 101
Outdoor
O fechamento de arquivo é singular para outdoor em folhas:
Serão 32 ao todo; e, reunidas ficarão no formato final de 9x3m.
Todavia, quando estivermos criando a peça no computador, o arquivo deverá ter 48x16cm, com
imagem bitmap a 300 dpi (caso utilizem) e na escala CMYK.
No exemplo que segue, coloquei uma “grade” por cima do layout, com 32 box fazendo o papel das
folhas, para que possamos analisar como será o recorte e aplicação no formato final.
Desta forma, poderemos prever antes da impressão das folhas, possíveis encaixes falhos em textos,
imagens bitmaps ou vetoriais, que poderiam prejudicar a qualidade final, como também o conteúdo a ser
informado.

Direção de Arte, Produção Gráfica e Arte-final | Textos e compilações: Alfredo Galamba 102
Tipos de papéis e cartões
OFF-SET: Papel com bastante cola, superfície uniforme livre de felpas e penugem e preparado
Papéis e jornais
para resistir o melhor possível a ação da umidade, o que é de extrema importância em todos os papéis
para a impressão pelo sistema offset e litográfico em geral. Sua aplicação é na impressão para miolo,
livros infantis, infanto-juvenis, médicos, revistas em geral, folhetos e todo serviço de policromia.
OFFSET TELADO: Suas características são textura e gofrado (papel texturado ou gravado
em relevo). Sua aplicação é em calendários, displays, convites, cartões de festas e peças publicitárias.
POLEN RÚSTIC: Papel com um toque rústico e artesanal. OFF­SET/Policromia. É usado
em papel para miolo, guarda livros e livros de arte.
POLEN BOLD: Papel com opacidade e espessura elevada. OFF­SET/Policromia. É usado em
livros quando necessário papeis mais espessos, sem aumento do peso do livro. Sua tonalidade reflete
menos a luz, permitindo uma leitura mais agradável.
POLEN SOFT: Papel com tonalidade natural, ideal para uma leitura mais prolongada e
agradável. Suas aplicações são em livros instrumentais, ensaios e obras gerais.
ALTA PRINT: Papel offset “top” de categoria, com alta lisura, brancura e opacidade. Produzindo
através do processo “soft calender on-machine”, oferece a melhor qualidade de impressão e definições
de imagens.
COUCHÊ: Papel com uma ou ambas as faces recobertas por uma fina camada de substâncias
minerais, que lhe dá aspecto encorpado e brilhante, e muito próprio para a impressão de imagens a
meio-tom, e em especial de retículas finas. Para a impressão de textos o papel gessado é muito lúdico
e por isto incômodo à vista. Defeito que se tem procurado contornar com a criação das tonalidades
mate. O termo francês “Couchê” (camada) é usadíssimo entre nós, onde chegou a assimilar-se em
couchê. É necessário distinguir couchê de duas faces de alguns papéis simplesmente bem acetinados,
que com eles se confundem; molhando-se e friccionando-se uma extremidade do papel, se for couchê,
a camada de branco desfaz-se.

Direção de Arte, Produção Gráfica e Arte-final | Textos e compilações: Alfredo Galamba 103
COUCHÊ L1: Papel com revestimento Couchê brilhante em um lado. Policromia. Suas aplicações são sobre
capas, folhetos e encartes.
COUCHÊ L2: Papel com revestimento Couchê Brilhante nos dois lados. Policromia. Suas aplicações são em
livros, revistas, catálogos e encartes.
COUCHÊ MONOLÚCIDO: Papel com revestimento couchê brilhante em um lado. Mas liso no verso para
evitar impermeabilidade no contato com a água ou umidade. Suas aplicações são em embalagens, papel fantasia,
rótulos, out-doors, base para laminação e impressos em geral.
COUCHÊ MATTE: Papel com revestimento couchê fosco nos dois lados. Suas aplicações são em impressão
de livros em geral, catálogos e livros de arte.
COUCHÊ TEXTURA: Papel com revestimento couchê brilhante nos dois lados, gofrado (texturado ou
gravado em relevo), panamá e skin (casca de ovo). Suas aplicações são em livros, revistas, catálogos, encartes,
sobrecapas e folhetos.
COUCHÊ TEXTURA SKIN: Papel com revestimento couchê texturado nas duas faces imitando casca de ovo.
COUCHÊ TEXTURA PANAMÁ: Papel com revestimento couchê texturado nas duas faces imitando trama
de uma tela de linho.

Couchês especiais
COUCHÊ COTE: Papel branco revestido com camada couchê de alto brilho “Cast Coated”, sendo o verso
branco fosco.
DUPLEX COTE: Cartolina branca revestida com camada couchê de alto brilho “Cast Coated”, sendo verso
branco fosco.
COLOR COTE: Papel revestido com camada couchê de alto brilho “Cast Coated” em cores pastéis e intensas:
azul, verde, rosa, amarelo, vermelho, preto, prata e ouro, verso branco fosco.
PEARL COTE: Cartolina perolada.

Direção de Arte, Produção Gráfica e Arte-final | Textos e compilações: Alfredo Galamba 104
DOBLECOTE: Papel branco, revestido com camada couchê de alto brilho “Cast Coated” em ambas as faces.
GOFRACOTE: Papel branco revestido com camada couchê de alto brilho “Cast Coat” gofrado (texturado
ou gravado em relevo) nos moldes: linho fino e casca de ovo, sendo o verso branco fosco.
LAMICOTE: Cartão laminado com poliester metalizado nas cores: prata, ouro e outras, sendo o verso
branco fosco.
METALCOTE: Papel “Cast Cote” metalizado a vácuo nas cores: prata e ouro, sendo o verso branco fosco.
APLICAÇÕES DA LINHA COTE; Aplicações técnicas de acabamento em móveis, artigo de festas, auto
adesivos, brinquedos, calendários, capas (de balanços, discos, livros, relatórios, revistas e talões de cheque),
cardápios, cartazes, cartões em geral, catálogos, convites em geral, displays em geral, divisórias de agendas e
relatórios, embalagens em geral, etiqueta (tanques), folhetos, folhinhas, literaturas médicas, papel de presente,
pastas, posters, provas de impressos, reproduções de telas de pintura e revestimento para forração de embalagens
de micro ondulados.
FILM COATING: Papel revestido e calandrado na máquina de papel, com excelente reprodução de cores e brilho,
alta definição de imagens e superior qualidade de impressão. Esse papel é intermediário entre o papel offset e o couchê.
TOP PRINT: Suas características são alvura, sedosidade, lisura, opacidade superior, fidelidade na reprodução
de cromos, fotos e ilustrações, maior produtividade na impressão, menor carga de tinta utilizada para obter-se a
mesma densidade de cor. Sua aplicação é em tablóides, malas diretas, jornais de imprensas, house organs, impressos
promocionais, livros didáticos, revistas técnicas, folhetos e manuais.
OPALINE: Apresenta excelente rigidez (carteado), alvura, lisura, espessura uniforme. Sua aplicação é em
cartões de visita, convites e diplomas.
VERGÊ: Suas características são marca d’água, aparência artesanal, formação de folhas homogêneas,
resistência das cores à luz, controle colorimétrico e é adequado para impressão: offset, tipografia, relevo e etc.
Suas aplicações são para papel de carta, envelopes, catálogos, capas, trabalhos publicitários, cartões de visita,
formulários contínuos, mala-direta, para miolo e guarda de livros.

Direção de Arte, Produção Gráfica e Arte-final | Textos e compilações: Alfredo Galamba 105
COLOR PLUS: Apresenta colorido na massa, bom lisura para impressão, sem dupla face, resistência das
cores à luz, estabilidade dimensional, controle colorimétrico e continuidade das cores. Suas aplicações são em
trabalhos publicitários, papel para carta, envelopes, convites, catálogos, blocos, capas, folhetos, cartões de visita,
mala­direta, formulários contínuos.
SUPER BOND: Originalmente, era um papel feito todo com pasta, usado pelos norteamericanos na
impressão de títulos da dívida pública (bonds); a denominação se estendeu depois aos papéis de carta com bastante
cola, relativamente leves e constituídos de pasta de trapos, pasta química de melhor qualidade, ou mistura de
ambos. Suas aplicações são em formulários contínuos, cadernos, blocos, envelopes, talonários e serviços gerais de
escritório.
FLOR POST: Tem um de seus lados brilhante, que dá uma opção a mais para obter-se uma melhor qualidade
de impressão. Suas aplicações são em vias de notas fiscais, pedidos, cópias de carta e documentos.
CARTOLINA: É intermediária entre papel e o papelão. É fabricado diretamente na máquina, ou obtida pela
colagem e prensagem de várias outras folhas. Conforme a grossura, diz-se cartolina ou papelão. Na prática diz-
se cartão, se a folha pesar 180 gramas ou mais por metro quadrado; menos que isso, é papel. A distinção entre
cartolina e papelão costuma-se fazer pela grossura; é papelão quando supera o meio milímetro.
CARTÃO GRAFIX: Cartão de massa único, ideal para policromia. É indicado para capas e permite
plastificação.
CAPA TEXTO: Papel com aparência artesanal. É indicado para miolo e guarda de livros.
CARTÃO DUPLEX: Cartão que apresenta diferentes cores, acabamentos ou composições nos dois lados; de
um pasta mecânica e do outro cobertura couchê. Suas aplicações são em capa de livros em geral, embalagens para
produtos alimentícios, cosméticos, impressos publicitários, produtos que exijam envasamentos automáticos e pastas.
CARTÃO TRIPLEX: Cartão com três camadas, duas com celulose pré­branqueada e a terceira de celulose
branca com cobertura couchê. Suas aplicações são em capa de livros em geral, cartuchos em geral (para produtos
farmacêuticos, alimentícios, higiênicos), embalagens de disco, embalagens para eletroeletrônicos, embalagens para
brinquedos, vestuários, displays e laminações em micro ondulado.

Direção de Arte, Produção Gráfica e Arte-final | Textos e compilações: Alfredo Galamba 106
PAPEL JORNAL: Produto á base de pasta mecânica de alto rendimento, com opacidade e alvura adequadas.
É fabricado em rolos para prensas rotativas, ou em folhas lisas para a impressão comum em prensas planas. A
superfície pode, ainda, variar de ásperas, alisada e acetinada. Suas aplicações são em tiragens de jornais, folhetos,
livros, revistas, material promocional, blocos e talões em geral.
PAPEL KRAFT: Papel muito resistente, em feral de cor pardo-escuro, e feito com pastas de madeira tratada
pelo sulfato de sódio (Kraft = força). É usado para embrulho, sacos e sacolas.
MICRO ONDULADO: Cartão especial que, em lugar de constituir folha plana, forma pequenos canais
salientes e reentrantes. É usado na embalagem de mercadorias quebradiças, ou trabalhos diferenciados.
PAPÉIS RECICLADOS/IMPORTADOS: Esses papéis são reciclados, constituindo de 50% papéis aparas
(sobra de papel), sem impressão. O restante variam de 20-50% de papéis impressos reciclados pós­consumido,
variando de acordo com o efeito que se deseja obter. Além de alguns mais específicos que são reciclados em 100%,
outros se utilizam de anilinas em processo exclusivo de fabricação. Todos os papéis oferecem uma variedade
muito grande de cores e textura, proporcionando ao usuário um resultado diferenciado dos papéis freqüentemente
utilizado. É ideal para impressões finas em livros de arte, hot stamping, relevo seco, obras de arte, efeitos de
porcelana, impressão em jato de tinta e impressão à laser.
PAPEL CANSON: Papel colorido utilizado em colagens, recorte e decorações.
PAPELÃO: Os papelões são compostos de diversos tipos de pastas, segundo a sua finalidade e utilização. São
de pasta mecânica, pasta de palha, pasta mecânica com química, para obter mais resistência; para o papelão gris a
pasta é usada com papéis e restos de trapos, manilha e outros. Suas aplicações são em pastas, fichas, cartões e é de
uso escolar.

Direção de Arte, Produção Gráfica e Arte-final | Textos e compilações: Alfredo Galamba 107
Formatos de papéis

O formato mais utilizado é o 66x96cm, porém existem outros formatos, como o 76x112cm e o 64x88cm.

Formato do papel para impressão Offset


Formato econômico para layouts As medidas estão em milímetros

Formatos para melhor aproveitamento de Formatos proporcionais


folheto
papel = menor custo (cm)
cartão
• Cartão – 9,5 x 5,5 ou 9x 5
• Folheto – 10 x 15 / 10x 21 / 21 x 15

cartaz
• Folder – 21 x 30 / 30 x 42
• Cartaz – 30 x 42 / 62 x 38 / A4 (21 x 30) folder
• Pasta – 44 x 31,5 (aberto) com acabamento orelha
cartaz

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ALL TYPE – peça publicitária composta apenas de texto.
ARQUIVO ABERTO - arquivo salvo no próprio programa criado, como, por exemplo,
Dicionário
arquivos de InDesign (.indd), Freehand (.fh), Corel Draw (.cdr). Onde é possível mexer no arquivo
para eventuais alterações.
ARQUIVO FECHADO - arquivo salvo com todas as configurações de saída de filme, lineatura,
marca de registro, angulação da retícula, etc. Hoje os mais usados são os arquivos em PS(não editável)
e PDF(parcialmente editável).
ANVERSO - branco ou frente da folha que se imprime com a primeira chapa.
APARA - sobra de papel cortado pela guilhotina por exceder a linha de corte de um trabalho impresso.
BADANA - extensão das capas ou sobrecapas de um livro que se dobram para o interior.
BITMAP (MAPA DE BITS) - imagem subdividida em pontos coloridos (pixels). Permite a
visualização de fotos usadas em programas de edição de imagens, como Photoshop.
BONECA OU BONECO (MOCK UP) - simulação de tamanho exato da peça, maquete de um
produto, utilizado exclusivamente para produção fotográfica. Pode ser em escala ampliada ou reduzida.
CLICHÊ - placa de impressão de metal (zinco, ferro galvanizado), nylon ou plástico, com uma
imagem ou texto gravada em relevo. É destinada à impressão em máquina tipográfica. Ou seja, um
carimbo gigante.
CHAPA DE IMPRESSÃO - folha de metal gravada - a matriz da peça a ser impressa.
CMYK - padrão de cor cujas cores primárias são: C (Cyan, ciano), M (Magenta) e Y (Yellow,
amarelo), mais o canal adicional K (preto). É o mais usado em impressos de papel.
COMPUTER TO PLATE (CTP) - método de gravação de chapas que dispensa fotolito. A
imagem a ser reproduzida é aplicada diretamente sobre a chapa de impressão, o que agiliza todo o
processo de impressão.
QUADRICROMIA - sistema gráfico que separa as cores em retículas do amarelo, cyan (azul), magenta
e preto, permitindo que praticamente todas as cores sejam reproduzidas com a impressão dessas quatro.

Direção de Arte, Produção Gráfica e Arte-final | Textos e compilações: Alfredo Galamba 109
COR ESPECIAL -tinta de cor diferente das cores de impressão básicas. Pode ser obtida com as misturas das tintas
de impressão. Ex.: Pantone 485C, Ouro, Prata.
CONTA-FIO - uma lente de aumento, serve para examinar a qualidade dos pontos meio-tom.
DENSITÔMETRO - equipamento que permite medir a densidade da camada de tinta impressa, a camada
enegrecida do filme-fotolito e os percentuais de retícula do impresso ou chapa.
DESENHOS VETORIAIS (CURVAS) - é a descrição geométrica de uma figura por meio de funções matemáticas
e de coordenadas de pontos e curvas (vetores). Freehand, Illustrator e Corel Draw são programas vetoriais.
DPI (DOTS PER INCHS) - pontos por polegada. Unidade mais comum na editoração eletrônica. É a resolução
bruta da imagem de um equipamento (por exemplo, scanner ou impressora). Escala de cores: é um guia de cores combinadas
em CMYK. A escala progressiva de 0 a 100% de cobertura de cor, habitualmente usada como referência na produção de
impressos, simulando o resultado final do trabalho.
ESCALA EUROPA - variações tonais das cores utilizadas em off-set: cyan, magenta, yellow e black.
ENCARTE - peça publicitária gráfica encartada em jornal e revista,no formato do veículo ou não. Serve para dar
visibilidade à mensagem, ser destacada pelo consumidor ou para atingir segmentos geográficos e de mercado.
LINKS - são chamados de links todos os arquivos criados a partir de programas vetoriais, imagens Tiff, JPEG, PSD
e EPS e fontes utilizadas no arquivo editorado e aplicados em softwares de paginação (Pagemaker, Quark ou InDesign).
LPI (LINES PER INCH) - linhas por polegada. É a unidade de medida da retícula de impressão. Indica o tamanho
de ponto e da retícula obtidas na saída para impressão.
KNOCKOUT - quando um elemento vaza outros que estão por baixo. Isso serve para evitar a combinação
indesejável de cores. É o oposto de overprint (sobreposição).
MEGAPIXEL - o termo megapixel denomina câmeras, cuja resolução é
superior a 1.000 x 1.000 pixels. Em termos leigos, um pixel representa um dos milhões
de pontinhos que formam a foto. Quanto maior, melhor? Neste caso, sim. Quanto
maior a resolução melhor a qualidade da foto (e o tamanho do arquivo), claro que
considerando o limite visual.

Direção de Arte, Produção Gráfica e Arte-final | Textos e compilações: Alfredo Galamba 110
OVERPRINT - é quando um elemento ou uma cor é impressa sobre as outras. A cor preta deve sempre ser
impressa em overprint. Geralmente o preto trabalha com overprint automático.
PLOTTER - equipamento de impressão conhecido anos atrás como traçador, pois sua função principal era desenhar
plantas de engenharia e arquitetura. Atualmente os plotters utilizam a tecnologia jato de tinta. Sua principal característica
é a de permitir impressões coloridas com alta qualidade em formatos grandes de papel, vinil, etc.
RELEVO - técnica de impressão que permite imprimir textos e ilustrações em relevo (alto ou baixo),
mesmo sem tinta (relevo seco, apenas fazendo contornos no papel) e de lâminas metálicas (hot stamping em ouro,
prata, bronze etc.).
RELEVO BRANCO - Impressão em relevo (gravura) sem aplicação de tinta.
RESOLUÇÃO - é a quantidade de pixels em uma unidade de medida. Quanto maior a resolução maior é a nitidez
e o tamanho do arquivo.
SELEÇÃO DE COR - separação das quatro cores do processo de quadricromia (“CMYK”). 2. Processo de pré-
impressão onde todo o espectro de cores é reduzido para apenas quatro cores básicas (cyan, magenta, amarelo e preto).
SPOT COLOR - cores especiais usadas em editoração eletrônica na escala Pantone. Cores puras, usadas
principalmente em logotipos e impressos personalizados. Tem a garantia da fidelidade das cores na impressão, já que não
são cores combinadas.
TABLÓIDE - jornal com uma dimensão menor que o tradicional contendo aproximadamente 6 colunas e um total
de + 1000 linhas por página (tipo 5) – Negociado.
TIRA-RETIRA - termos usado em artes gráficas para designar o processo de cópia frente e verso numa única
chapa. Assim é possível imprimir frente e verso numa única passagem. Depois vira-se o papel e, utilizando a mesma chapa,
casa-se a frente + verso e verso + frente.
TRAÇO - em artes gráficas, definição de ilustração ou símbolo sem nenhum meio-tom, em PB ou cor chapada.
VINCO - sulco pressionado na capa de um livro durante a encadernação. 2. Linha pressionada ao longo do eixo de
dobra de uma folha de papel ou cartão, a fim de facilitar o fechamento da peça.

Direção de Arte, Produção Gráfica e Arte-final | Textos e compilações: Alfredo Galamba 111
Sites
ALLPOSTERS (www.allposters.com) - site bem completo e muito interessante sobre
cartazes. Na verdade uma verdadeira coleção de cartazes. Cinema, música, publicidade, foto e
muito mais. Mas reserve boas horas para conhecer todo o acerto.
ALMANAQUE DA COMUNICAÇÃO (www.almanaquedacomunicacao.com.br) - vale uma
visita, principalmente o banco de slogans.
ADG (www.adg.org.br) - noções de tipografia, cores, formas, projetos, etc.
ADLATINA (www.adlatina.com) - portal de Publicidade Latina. Tudo o que ocorre de
interessante na publicidade de nossos “hermanos”.
BRAINSTORM 9 (www.brainstorm9.com.br) - ótimo termômetro para o que está acontecendo
na publicidade brasileira.
CIBERARTE (www.ciberarte.com.br) - tem de tudo: artes plásticas, design, pintura, desenho
(dos mais variados tipos).
CLUBE DE CRIAÇÃO DE SÃO PAULO (www.ccsp.com.br) - Sem comentários. O que rola
na meca brasileira em Publicidade.
ÉTICA NA TV (www.eticanatv.org.br) - você está satisfeito com o conteúdo de nossas
emissoras de tv? Aqui este assunto e problema é comentado e tratado com maestria e a fundo.
Excelente site.
GLOSSÁRIO DE PRODUÇÃO GRÁFICA (www.rickardo.com.br/prodgraf/vocabs.htm)
HENRI CARTIER-BRESSON (www.henricartierbresson.org) - site muito bem trabalhado.
LIBERTINO E LIBERTÁRIO (www.adlatina.com) - um blog indicado para quem gosta de
ler e escrever. Com certeza um blog contestador e excelente, principalmente, para o redator.
MEMÓRIA DA PROPAGANDA (www.memoriadapropaganda.org.br) - museu da memória
da propaganda. Excelente site com o melhor da publicidade brasileira. Comerciais e anúncios
antigos. E você pode ser um parceiro e auxiliar a preservar a propaganda brasileira.

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MÍDIA INDEPENDENTE (www.midiaindependente.org) - um site que além de nos fazer refletir sobre
as notícias mastigadas (e as vezes, deturpadas) da imprensa , nos mostra a verdade nua e crua sem maquiagens.
Além de nos apresentar verdadeiros “heróis” da mídia independente, que levam informações através de diversos
meios para inúmeras comunidades. Heróicamente sobrevivendo de escassas ajudas e patrocínios.
PRINT (www.printmag.com) - versão On-line da revista Print. Ótima fonte de referência e idéias.
PROPAGANDA SEM BEBIDA (www.memoriadapropaganda.org.br) - o Movimento Propaganda Sem
Bebida é uma iniciativa da “Aliança Cidadã pelo Controle do Álcool, sem fins lucrativos. Uma das metas da
“Aliança Cidadã” é a aprovação de legislação que limite a publicidade de álcool nos meios de comunicação e em
eventos esportivos, culturais e sociais, semelhante à legislação atual que restringe as propagandas de cigarro.
REVISTA ARCHIVE (www.luerzersarchive.com) - a revista mais idolatrada dos diretores de arte, de
criação e redatores. Nela você fica antenado no que os melhores criativos do mundo estão pensando e criando.

REFERÊNCIAS EM DESIGN REFERÊNCIAS EM FOTOGRAFIA


http://www.designontherocks.com.br/ http://sxc.hu/
http://www.graphic-exchange.com/home.html http://boston.com/bigpicture.com/
http://lovelypackage.com/ http://lookslikegooddesign.com/
http://designguide.cz/index.php?
http://ffffound.com/ OUTRAS REFERÊNCIAS
http://designboom.com/weblog/index.php http://tipografos.net/cadernos/
http://omelete.com.br/
http://woostercollective.com/
http://hypeness.com.br/
http://swiss-miss.com/

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ARCHER, Michael. Art Since 1960. Londres: Thames and Hudson, 1997. 224 p., il. color., p&b. (World of art).
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SANDLER, Irving. Art of the postmodern era: from the late 1960’s to the early 1990’s. New York: Icon, 1996. 636 p., il. p&b.
VETTESE, Angela. Capire l’Arte contemporanea, dal 1945 ad oggi. Torino: Umberto Allemandi & C., 1996, 327 p.il.
p&b. color.
HORIE, Ricardo Minoru, Preparação e Fechamento de Arquivos Para Biro. São Paulo: Livros Érica Ed. Ltda, 2003
KEESE, Alexandre,Teoria das Cores, Desktop Publishing Guia Prático: Como Produzir Arquivos PDF/X 1a - ABTG
Apostila de Produção Gráfica - SENAI-BH Revista Desktop Publishing Revista PhotoShop PRÓ Manuais de Aplicativos:
CorelDraw 12, InDesign CS2,
CARVALHO, Fernando. Material sobre produção gráfica. 1999
CRAIG, James. Produção Gráfica. São Paulo: Editora Nobel 1987
HORIE, Ricardo Minoru. Preparação e fechamento de arquivos para birôs: Editora Érica 1999
LIMA, Manolita Correia. Engenharia da Produção Acadêmica. São Paulo: Editora Unidas Ltda. 1997. 162 pp.
____________________ Apostilas do Curso de Impressão Offset. Escola SENAI Theobaldo De Nigris.
____________________Seminário Takano de Produção Gráfica e Novas Tecnologias. 1998
____________________ 3º Anuário Brasileiro da Indústria Gráfica. ABIGRAF. 98/99
Entrevista colhida do site http://www.bacana.mus.br/edicao_mat.asp?e=31&mat=363 , em 3 de abril de 2006, às
15h36min., 4
http://www.coralis.com.br/artigos.php

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expolab.com.br

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