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EXÉRCITO BRASILEIRO
ESCOLA DE SARGENTOS DAS ARMAS
ESCOLA SARGENTO MAX WOLF FILHO
PERÍODO BÁSICO
COLETÂNEA DE MANUAIS
TÉCNICAS MILITARES I
VOLUME I
2019
(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol I..................................................... 1/156)
ÍNDICE DE ASSUNTOS
1.1.2 GENERALIDADES
(O Exército Brasileiro – EB20-MF-10.101)
1.1.3 DEFINIÇÃO
A CF/88, no seu Artigo (Art) 142 define que: “As Forças Armadas, constituídas pela
Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e
regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema
do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes
constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem”. Dessa definição,
depreende-se que:
Por ser integrado por cidadãos brasileiros de todas as regiões do território pátrio, por estar
comprometido com os valores da cultura brasileira e com os superiores interesses e
aspirações da sociedade nacional, e ainda, pelo âmbito nacional de sua atuação, o
Exército pertence à Nação Brasileira.
Por força de preceito constitucional, que consagra sua presença ao longo de todo o
processo histórico brasileiro, que reafirma essa atitude no presente e a projeta
O Exército Brasileiro, por meio dos elementos da Força Terrestre, é preparado, adestrado
e empregado de acordo com as seguintes condicionantes gerais:
a) a missão do Exército;
b) os objetivos, orientações e diretrizes estratégicas estabelecidas pela Política Nacional
de Defesa;
c) os objetivos e diretrizes militares de defesa estabelecidas na Política Militar de Defesa;
d) as orientações contidas nas Estratégias Nacional de Defesa e Militar de Defesa;
(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol I..................................................... 4/156)
e) a orientação estabelecida pela Política Militar Terrestre para o preparo e o emprego do
Exército;
f) as diretrizes estabelecidas pelo Comandante do Exército;
g) a necessidade de geração de capacidades operativas compatíveis com as atribuições
de garantia da soberania e da integridade territorial, do patrimônio e dos interesses
nacionais, e que respaldem a projeção do Brasil no concerto das nações;
h) a conjuntura internacional e os compromissos assumidos, sempre de acordo com os
interesses nacionais;
i) a situação nacional, particularmente quanto aos aspectos referentes às ações de
garantia da lei e da ordem;
j) a constatação de que o País não está inteiramente livre de riscos e de ameaças e que,
apesar de conviver pacificamente com a comunidade internacional, pode ser compelido a
envolver-se em conflitos gerados externamente.
k) as distintas características fisiográficas do território nacional, que impõem
condicionantes, nos níveis estratégico, operacional e tático, à geração de capacidades que
visam ao emprego dos elementos da F Ter;
l) a necessária integração com o Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA) e
com as demais Forças Singulares.
m) o nível de capacitação científico-tecnológica das Forças Armadas;
n) em ações subsidiárias, no apoio aos órgãos governamentais; e
o) os recursos orçamentários.
A Política Militar de Defesa (PMiD), decorrente da PND e da END, apresenta uma síntese
da conjuntura nos ambientes internacional e nacional, projeta cenários prospectivos para
servirem de referência aos estudos políticos e estratégicos, destinados ao preparo das FA,
e estabelece os objetivos e orientações para a formulação da Estratégia Militar de Defesa
(EMiD) e dos planejamentos estratégicos do preparo e emprego das FA.
1.2.2.1 ENUNCIADO
- Contribuir para a garantia da soberania nacional, dos poderes constitucionais, da
lei e da ordem, salvaguardando os interesses nacionais, e cooperando com o
desenvolvimento nacional e o bem-estar social.
- Para isso, preparar a F Ter, mantendo-a em permanente estado de prontidão.
Defender a pátria
Significa a preservação da independência, da soberania, da unidade, das
instituições e da integridade do patrimônio nacional, o qual abrange o território, os
recursos humanos, os recursos materiais e os valores histórico-culturais.
Tradições de culto e respeito à Pátria, aos seus símbolos, aos chefes militares do passado,
aos heróis nacionais e aos momentos históricos da formação, emancipação e afirmação da
Pátria brasileira.
Vocação democrática, decorrente de sólida formação com base nos ideais de liberdade e
de dignidade da pessoa humana e repulsa aos extremismos, às ideologias e aos regimes
autocráticos de quaisquer origens ou matizes. A vocação democrática do Exército é
reforçada por representarem seus membros um todo homogêneo, sem se constituir em
casta militar, composto por brasileiros oriundos de diferentes etnias, classes sociais e
credos religiosos, pela igualdade de oportunidades de acesso à carreira militar e por sua
fidelidade ao compromisso permanente com a liberdade e com a democracia.
Tendo a missão como um farol, o conceito do Exército reflete o perfil da Instituição para
conhecimento da Nação e da comunidade de nações e do público interno, bem como
orienta a concepção da visão de futuro, dos valores e objetivos da Política Militar Terrestre.
O conceito de prioridade não é entendido como exclusividade. Assim, a Força tem a devida
atenção com as outras áreas estratégicas do território; valoriza a pesquisa, a inovação e o
desenvolvimento científico-tecnológico e contribui para a recuperação da indústria nacional
de material de defesa, como vetores de projeção internacional do Exército e do País, com
vistas a reduzir o hiato de poder com relação às grandes potências; e, ainda, apoia as
ações de governo na defesa civil e no desenvolvimento nacional, principalmente as
iniciativas voltadas para a infraestrutura de interesse da defesa.
A Força prepara-se para a dissuasão de ameaças, buscando atingir o mais alto nível
compatível com os recursos disponibilizados. Implica em manter a Força Terrestre em
permanente estado de prontidão, mantendo forças prontas para uma resposta imediata,
secundadas por outras já preparadas e capazes para receberem completamento pela
mobilização de recursos materiais e humanos.
O militar não pode exercer qualquer outra atividade profissional, o que o torna dependente
de seus vencimentos e dificulta o seu ingresso no mercado de trabalho, quando na
inatividade.
O militar se mantém disponível para o serviço ao longo das 24 horas do dia, sem direito a
reivindicar qualquer remuneração complementar, compensação de qualquer ordem ou
cômputo de serviço especial.
O militar pode ser movimentado em qualquer época do ano, para qualquer região do
país, residindo, em alguns casos, em locais inóspitos e de restrita infraestrutura de apoio à
família.
O militar é submetido, durante toda a sua carreira, a periódicos exames médicos e testes
de aptidão física, que condicionam a sua permanência no serviço ativo.
O militar não usufrui de alguns direitos trabalhistas, de caráter universal, que são
assegurados aos trabalhadores de outros segmentos da sociedade, dentre os quais se
incluem:
- remuneração do trabalho noturno superior à do trabalho diurno;
(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol I..................................................... 16/156)
- jornada de trabalho diário limitada a oito horas;
- obrigatoriedade de repouso semanal remunerado; e
- remuneração de serviço extraordinário, devido a trabalho diário superior a oito horas
diárias.
1.4.1 GENERALIDADES
O patriotismo pode ser entendido como o amor incondicional à Pátria. Esse amor impele o
militar a estar pronto a defender sua soberania, integridade territorial, unidade nacional e
paz social.
Caracteriza-se pela vontade inabalável do cumprimento do dever militar, mesmo que isto
prescinda o sacrifício da sua própria vida.
"Servir à Pátria"
1.5.1.3 CIVISMO
Civismo é o culto aos símbolos nacionais, aos valores e tradições históricas, à História-
Pátria, em especial a militar, aos heróis nacionais e chefes militares do passado.
Sintetiza-se em:
É o orgulho inato aos homens de farda por integrar o Exército Brasileiro, atuando em uma
de suas Organizações Militares, exercendo suas atividades profissionais, por meio de suas
Um exército moderno, operativo e eficiente exige de seus integrantes, cada vez mais, uma
elevada capacitação profissional.
1.5.1.8 CORAGEM
A coragem é o senso moral intenso diante dos riscos ou do perigo, onde o militar
demonstra bravura e intrepidez. É a capacidade de decidir e a iniciativa de implementar a
decisão, mesmo com o risco de vida ou o sacrifício de interesses pessoais, no intuito de
cumprir o dever, assumindo a responsabilidade por sua atitude.
“Há coisas na vida que foram feitas mais para serem sentidas do que explicadas.
Por exemplo: ser soldado.
Pode-se perguntar:
‘Que tipo de estímulo o leva a entregar-se aos sacrifícios sem a contrapartida e maior
recompensa senão sentir-se realizado com a missão cumprida?’
Ou então:
‘Que o leva a saltar de paraquedas, escalar montanhas, embrenhar-se na selva e na
caatinga, cruzar pantanais, vadear os rios e atravessar os pampas, indo a toda parte que
a Pátria lhe ordenar, sem reclamar de nada?’
‘...Vale a pena ser soldado!
Vale a pena ser do Exército Brasileiro!’
E ninguém tende entender! Melhor apenas sentir...”
Dever moral é o que se caracteriza por ser voluntariamente assumido, havendo ou não
imposição legal para o seu cumprimento.
Dever legal é o imposto por leis, regulamentos, normas, manuais, diretrizes, ordens, etc.
O respeito ao Hino Nacional é traduzido: pelas honras que lhe são prestadas nas
solenidades militares; pelo seu canto, com entusiasmo e também pela postura que o militar
toma quando ouve os seus acordes.
O rigor não deve ser confundido com mau trato, nem bondade com fraqueza.
1.6.1 GENERALIDADES
Para cumprir sua missão, o Exército Brasileiro se faz integrar por diversas especializações
que abrangem os mais diversos campos de atividade relacionados ao combate, ao apoio
ao combate, ao apoio logístico e à administração. Dado o nível de capacitação exigida,
dentro das várias competências requeridas pela instituição, na maioria dos casos, a
especialização do militar orienta toda a sua carreira no Exército.
Pela variedade de missões e tarefas que cabem ao combatente de Infantaria, a Arma tem
suas especializações: blindada, mecanizada, paraquedista, leve, aeromóvel, de selva, de
caatinga, de montanha, de pantanal, de guardas e Polícia do Exército.
É a arma de apoio ao combate cuja missão é apoiar a manobra pelo fogo, destruir alvos
estratégicos com precisão e letalidade e prover a Defesa Antiaérea de Estruturas
Estratégicas e meios da Força Terrestre. Suas unidades podem ser de Campanha ou
Antiaérea.
O QAO é formado por militares que atingiram o oficialato após uma carreira como
sargentos e subtenentes. É uma distinção que reconhece os méritos e as qualidades
pessoais desses militares, após anos de bons serviços prestados como graduados do
Exército.
1.6.5 OS SERVIÇOS
1.7.1 GENERALIDADES
Ao ACE compete:
a) analisar e deliberar, principalmente, sobre:
(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol I..................................................... 31/156)
1) os assuntos relativos à PMT e às estratégias para sua consecução; e
2) as matérias de relevância dependentes de decisão do Cmt Ex, em particular as
referentes ao preparo e ao emprego da F Ter e ao Plano Diretor do Exército (PDE); e
b) selecionar os candidatos ao ingresso e à promoção nos quadros de oficiais-generais.
O ACE é integrado pelo Comandante do Exército, Chefe do EME, Chefe do DGP, Chefe do
DECEx, Chefe do DEC, Comandante do CoLog, Secretário de Economia e Finanças,
Chefe do DCT, Comandante de Operações Terrestres e Comandantes Militares de Área (C
Mil A), exceto o(s) C Mil A cujo(s) cargo(s) seja(m) privativo(s) do posto de General-de-
Divisão.
O DGP está organizado em: Chefia, Vice-chefia, Diretoria de Serviço Militar (DSM),
Diretoria de Controle de Efetivos e Movimentações (DCEM), Diretoria de Avaliação e
Promoções (DAProm), Diretoria de Civis, Inativos, Pensionistas e Assistência Social
(DCIPAS), Diretoria de Saúde (DSau) e Assessoria de Planejamento e Gestão (AGP).
O DECEx está organizado em: Chefia, Vice-chefia, Diretoria de Educação Superior Militar
(DESMil), Diretoria de Educação Técnica Militar (DETMil), Diretoria de Educação
Preparatória e Assistencial (DEPA), Diretoria do Patrimônio Histórico e Cultural do Exército
(DPHCEx) e Centro de Capacitação Física do Exército/Fortaleza de São João
(CCFEX/FSJ).
O DEC está organizado em: Chefia, Vice-chefia, Diretoria de Obras de Cooperação (DOC),
Diretoria de Obras Militares (DOM), Diretoria de Patrimônio Imobiliário e Meio Ambiente
(DPIMA) e Diretoria de Projetos de Engenharia (DGE).
Ao DCT, compete:
a) planejar, organizar, dirigir e controlar as atividades científicas e tecnológicas no âmbito
do Exército;
b) orientar, normatizar e supervisionar a pesquisa, o desenvolvimento e a implementação
das bases física e lógica do Sistema de Comando e Controle (SCC) e de Guerra Eletrônica
do Exército;
c) desenvolver, aperfeiçoar e avaliar os sistemas e os programas corporativos de interesse
do Exército;
d) promover o fomento à indústria nacional, visando ao desenvolvimento e à produção de
sistemas e Materiais de Emprego Militar (MEM);
e) prever e prover, nos campos dos grupos funcionais de Suprimento e Manutenção do
material de Comunicações e Guerra Eletrônica, os recursos e serviços necessários ao
Exército e às exigências de mobilização dessas funções;
f) coordenar e integrar as atividades afetas ao Setor Cibernético;
g) coordenar as atividades, visando à governança de TI no EB; e
h) assessorar o EME na coordenação do CONTIEx.
Parágrafo único. As atividades científicas e tecnológicas de que trata este artigo
compreendem:
i) a pesquisa, o desenvolvimento, a avaliação e a prospecção tecnológica relacionados a
sistemas e materiais de interesse do Exército e sua influência nas áreas de pessoal,
logística e doutrina;
j) o ensino e a pesquisa dos órgãos da Linha de Ensino Militar Científico-Tecnológica;
k) a normalização técnica, a metrologia e a certificação de qualidade;
l) a fabricação, a revitalização, a adaptação, a transformação, a modernização e a
nacionalização de sistemas e MEM; e
m) a avaliação técnico-experimental de materiais sujeitos à fiscalização do Comando do
Exército.
Ao COTER, compete:
a) orientar e coordenar o preparo e o emprego da F Ter;
b) avaliar a instrução militar e a capacidade operacional da F Ter;
c) homologar o preparo de tropa destinada ao cumprimento de missão de paz;
d) gerenciar o Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos do
Exército; e
e) coordenar as atividades da competência e do interesse do Exército em relação às
Polícias Militares (PM) e aos Corpos de Bombeiros Militares (CBM).
A FHE é uma entidade vinculada ao Exército, que tem como missão promover melhor
qualidade de vida aos seus clientes, facilitando o acesso à casa própria e a seus produtos
e serviços.
A IMBEL tem sua origem em 1808, por ocasião da criação por D. João VI da Fábrica de
Pólvora da Lagoa Rodrigo de Freitas, no bairro Jardim Botânico, no Rio de Janeiro/RJ.
Atualmente a empresa tem sua sede instalada em Brasília/DF, e suas unidades de
produção localizadas nas cidades de Piquete/SP, Rio de Janeiro/RJ, Magé/RJ, Juiz de
Fora/MG e Itajubá/MG.
Ser uma Instituição compromissada, de forma exclusiva e perene, com o Brasil, o Estado,
a Constituição e a sociedade nacional, do modo a continuar merecendo confiança e
apreço.
Ser constituído por pessoal altamente qualificado, motivado e coeso, que professa valores
morais e éticos, que identificam, historicamente, o soldado brasileiro, e tem orgulho de
servir com dignidade à Instituição e ao Brasil.
CAPÍTULO III
Da Hierarquia Militar e da Disciplina
Art. 14. A hierarquia e a disciplina são a base institucional das Forças Armadas. A
autoridade e a responsabilidade crescem com o grau hierárquico.
§ 1º A hierarquia militar é a ordenação da autoridade, em níveis diferentes, dentro
da estrutura das Forças Armadas. A ordenação se faz por postos ou graduações; dentro de
um mesmo posto ou graduação se faz pela antiguidade no posto ou na graduação. O
respeito à hierarquia é consubstanciado no espírito de acatamento à sequência de
autoridade.
(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol I..................................................... 38/156)
§ 2º Disciplina é a rigorosa observância e o acatamento integral das leis,
regulamentos, normas e disposições que fundamentam o organismo militar e coordenam
seu funcionamento regular e harmônico, traduzindo-se pelo perfeito cumprimento do dever
por parte de todos e de cada um dos componentes desse organismo.
§ 3º A disciplina e o respeito à hierarquia devem ser mantidos em todas as
circunstâncias da vida entre militares da ativa, da reserva remunerada e reformados.
Art. 15. Círculos hierárquicos são âmbitos de convivência entre os militares da
mesma categoria e têm a finalidade de desenvolver o espírito de camaradagem, em
ambiente de estima e confiança, sem prejuízo do respeito mútuo.
Art . 16. Os círculos hierárquicos e a escala hierárquica nas Forças Armadas, bem
como a correspondência entre os postos e as graduações da Marinha, do Exército e da
Aeronáutica, são fixados nos parágrafos seguintes e no Quadro em anexo.
§ 1° Posto é o grau hierárquico do oficial, conferido por ato do Presidente da
República ou do Ministro de Força Singular e confirmado em Carta Patente.
§ 2º Os postos de Almirante, Marechal e Marechal-do-Ar somente serão providos
em tempo de guerra.
§ 3º Graduação é o grau hierárquico da praça, conferido pela autoridade militar
competente.
§ 4º Os Guardas-Marinha, os Aspirantes-a-Oficial e os alunos de órgãos específicos
de formação de militares são denominados praças especiais.
§ 5º Os graus hierárquicos inicial e final dos diversos Corpos, Quadros, Armas,
Serviços, Especialidades ou Subespecialidades são fixados, separadamente, para cada
caso, na Marinha, no Exército e na Aeronáutica.
§ 6º Os militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, cujos graus hierárquicos
tenham denominação comum, acrescentarão aos mesmos, quando julgado necessário, a
indicação do respectivo Corpo, Quadro, Arma ou Serviço e, se ainda necessário, a Força
Armada a que pertencerem, conforme os regulamentos ou normas em vigor.
§ 7º Sempre que o militar da reserva remunerada ou reformado fizer uso do posto
ou graduação, deverá fazê-lo com as abreviaturas respectivas de sua situação.
Art. 17. A precedência entre militares da ativa do mesmo grau hierárquico, ou
correspondente, é assegurada pela antiguidade no posto ou graduação, salvo nos casos
de precedência funcional estabelecida em lei.
§ 1º A antiguidade em cada posto ou graduação é contada a partir da data da
assinatura do ato da respectiva promoção, nomeação, declaração ou incorporação, salvo
quando estiver taxativamente fixada outra data.
§ 2º No caso do parágrafo anterior, havendo empate, a antiguidade será
estabelecida:
a) entre militares do mesmo Corpo, Quadro, Arma ou Serviço, pela posição nas
respectivas escalas numéricas ou registros existentes em cada Força;
b) nos demais casos, pela antiguidade no posto ou graduação anterior; se, ainda
assim, subsistir a igualdade, recorrer-se-á, sucessivamente, aos graus hierárquicos
anteriores, à data de praça e à data de nascimento para definir a procedência, e, neste
último caso, o de mais idade será considerado o mais antigo;
c) na existência de mais de uma data de praça, inclusive de outra Força Singular,
prevalece a antiguidade do militar que tiver maior tempo de efetivo serviço na praça
anterior ou nas praças anteriores; e
d) entre os alunos de um mesmo órgão de formação de militares, de acordo com o
regulamento do respectivo órgão, se não estiverem especificamente enquadrados nas
letras a , b e c.
§ 3º Em igualdade de posto ou de graduação, os militares da ativa têm precedência
sobre os da inatividade.
2.2.1 GENERALIDADES
(Fonte: RDE)
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Seção II
Dos Princípios Gerais do Regulamento
Seção IV
Da Competência para a Aplicação
Art. 10. A competência para aplicar as punições disciplinares é definida pelo cargo e
não pelo grau hierárquico, sendo competente para aplicá-las:
I - o Comandante do Exército, a todos aqueles que estiverem sujeitos a este
Regulamento; e
II - aos que estiverem subordinados às seguintes autoridades ou servirem sob seus
comandos, chefia ou direção:
a) Chefe do Estado-Maior do Exército, dos órgãos de direção setorial e de
assessoramento, comandantes militares de área e demais ocupantes de cargos privativos
de oficial-general;
b) chefes de estado-maior, chefes de gabinete, comandantes de unidade, demais
comandantes cujos cargos sejam privativos de oficiais superiores e comandantes das
demais Organizações Militares - OM com autonomia administrativa;
c) subchefes de estado-maior, comandantes de unidade incorporada, chefes de
divisão, seção, escalão regional, serviço e assessoria; ajudantes-gerais, subcomandantes
e subdiretores; e
d) comandantes das demais subunidades ou de elementos destacados com efetivo
menor que subunidade.
Art. 14. Transgressão disciplinar é toda ação praticada pelo militar contrária aos
preceitos estatuídos no ordenamento jurídico pátrio ofensiva à ética, aos deveres e às
obrigações militares, mesmo na sua manifestação elementar e simples, ou, ainda, que
afete a honra pessoal, o pundonor militar e o decoro da classe.
§ 1o Quando a conduta praticada estiver tipificada em lei como crime ou
contravenção penal, não se caracterizará transgressão disciplinar.
§ 7º É vedada a aplicação de mais de uma penalidade por uma única transgressão
disciplinar.
§ 8º Quando a falta tiver sido cometida contra a pessoa do comandante da OM, será
ela apreciada, para efeito de punição, pela autoridade a que estiver subordinado o
ofendido.
Art. 15. São transgressões disciplinares todas as ações especificadas no Anexo I
deste Regulamento.
Seção II
Do Julgamento
Art. 16. O julgamento da transgressão deve ser precedido de análise que considere:
I - a pessoa do transgressor;
II - as causas que a determinaram;
III - a natureza dos fatos ou atos que a envolveram; e
(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol I..................................................... 41/156)
IV - as conseqüências que dela possam advir.
Art. 17. No julgamento da transgressão, podem ser levantadas causas que
justifiquem a falta ou circunstâncias que a atenuem ou a agravem.
Art. 18. Haverá causa de justificação quando a transgressão for cometida:
I - na prática de ação meritória ou no interesse do serviço, da ordem ou do sossego
público;
II - em legítima defesa, própria ou de outrem;
III - em obediência a ordem superior;
IV - para compelir o subordinado a cumprir rigorosamente o seu dever, em caso de
perigo, necessidade urgente, calamidade pública, manutenção da ordem e da disciplina;
V - por motivo de força maior, plenamente comprovado; e
VI - por ignorância, plenamente comprovada, desde que não atente contra os
sentimentos normais de patriotismo, humanidade e probidade.
Parágrafo único. Não haverá punição quando for reconhecida qualquer causa de
justificação.
Art. 19. São circunstâncias atenuantes:
I - o bom comportamento;
II - a relevância de serviços prestados;
III - ter sido a transgressão cometida para evitar mal maior;
IV - ter sido a transgressão cometida em defesa própria, de seus direitos ou de
outrem, não se configurando causa de justificação; e
V - a falta de prática do serviço.
Art. 20. São circunstâncias agravantes:
I - o mau comportamento;
II - a prática simultânea ou conexão de duas ou mais transgressões;
III - a reincidência de transgressão, mesmo que a punição anterior tenha sido uma
advertência;
IV - o conluio de duas ou mais pessoas;
V - ter o transgressor abusado de sua autoridade hierárquica ou funcional; e
VI - ter praticado a transgressão:
a) durante a execução de serviço;
b) em presença de subordinado;
c) com premeditação;
d) em presença de tropa; e
e) em presença de público.
Seção III
Da Classificação
Art. 21. A transgressão da disciplina deve ser classificada, desde que não haja
causa de justificação, em LEVE, MÉDIA e GRAVE, segundo os critérios dos Arts. 16, 17,
19 e 20.
Parágrafo único. A competência para classificar a transgressão é da autoridade a
qual couber sua aplicação.
Art. 22. Será sempre classificada como "grave" a transgressão da disciplina que
constituir ato que afete a honra pessoal, o pundonor militar ou o decoro da classe.
PUNIÇÕES DISCIPLINARES
Seção I
Seção II
Da Aplicação
Art. 35. O julgamento e a aplicação da punição disciplinar devem ser feitos com
justiça, serenidade e imparcialidade, para que o punido fique consciente e convicto de que
ela se inspira no cumprimento exclusivo do dever, na preservação da disciplina e que tem
em vista o benefício educativo do punido e da coletividade.
§ 1º Nenhuma punição disciplinar será imposta sem que ao transgressor sejam
assegurados o contraditório e a ampla defesa, inclusive o direito de ser ouvido pela
autoridade competente para aplicá-la, e sem estarem os fatos devidamente apurados.
§ 2º Para fins de ampla defesa e contraditório, são direitos do militar:
I - ter conhecimento e acompanhar todos os atos de apuração, julgamento,
aplicação e cumprimento da punição disciplinar, de acordo com os procedimentos
adequados para cada situação;
II - ser ouvido;
III - produzir provas;
IV - obter cópias de documentos necessários à defesa;
V - ter oportunidade, no momento adequado, de contrapor-se às acusações que lhe
são imputadas;
VI - utilizar-se dos recursos cabíveis, segundo a legislação;
VII - adotar outras medidas necessárias ao esclarecimento dos fatos; e
VIII - ser informado de decisão que fundamente, de forma objetiva e direta, o
eventual não-acolhimento de alegações formuladas ou de provas apresentadas.
§ 3º O militar poderá ser preso disciplinarmente, por prazo que não ultrapasse
setenta e duas horas, se necessário para a preservação do decoro da classe ou houver
necessidade de pronta intervenção.
Art. 37. A aplicação da punição disciplinar deve obedecer às seguintes normas:
I - a punição disciplinar deve ser proporcional à gravidade da transgressão, dentro
dos seguintes limites:
a) para a transgressão leve, de advertência até dez dias de impedimento disciplinar,
inclusive;
b) para a transgressão média, de repreensão até a detenção disciplinar; e
c) para a transgressão grave, de prisão disciplinar até o licenciamento ou exclusão a
bem da disciplina;
II - a punição disciplinar não pode atingir o limite máximo previsto nas alíneas do
inciso I deste artigo, quando ocorrerem apenas circunstâncias atenuantes;
III - quando ocorrerem circunstâncias atenuantes e agravantes, a punição disciplinar
será aplicada conforme preponderem essas ou aquelas;
IV - por uma única transgressão não deve ser aplicada mais de uma punição
disciplinar;
V - a punição disciplinar não exime o punido da responsabilidade civil;
VI - na ocorrência de mais de uma transgressão, sem conexão entre si, a cada uma
deve ser imposta a punição disciplinar correspondente; e
VII - havendo conexão, a transgressão de menor gravidade será considerada como
circunstância agravante da transgressão principal.
DO COMPORTAMENTO MILITAR
Seção III
Das Recompensas
ANEXO III
QUADRO DE PUNIÇÕES MÁXIMAS
Quadro de Punições Máximas, referidas no art. 40, que podem aplicar as autoridades definidas
nos itens I, II e § 1o do art. 10 e a que estão sujeitos os transgressores
Chefe do EME, Comandante, Demais Comandante, Chefe de Subchefe de Comandante
chefes dos chefe ou diretor, ocupantes de chefe ou estado-maior, estado-maior, das demais
órgãos de cujo cargo seja cargos diretor de OM, chefe de Gab, comandante subunidades
POSTOS direção setorial e privativo de privativos de cujo cargo não privativos de unidade ou de
de oficial-general oficial-general seja privativo de oficial- incorporada, elemento
assessoramento de oficial general chefe de destacado outras punições a
E e comandante superior e Cmt divisão, com efetivo que estão sujeitos
militar de área das demais seção, menor que
OM com escalão subunidade
GRADUAÇÕES autonomia regional,
administrativa serviço e
assessoria,
ajudante-
Oficiais de carreira
da ativa
20 dias de 30 dias de 15 dias de 25 dias de 20 dias de
30 dias de prisão
prisão detenção prisão detenção detenção repreensão o oficial da reserva
Oficiais da reserva, disciplinar
disciplinar disciplinar disciplinar disciplinar disciplinar não-remunerada,
convocados ou
quando convocado,
mobilizados
pode ser licenciado
a bem da disciplina
20 dias de 15 dias de
Oficiais da Res Rem 30 dias de prisão
prisão - prisão - - -
ou reformados disciplinar (3)
disciplinar (3) disciplinar (3)
30 dias de
prisão
Sargentos, taifeiros, 30 dias de prisão disciplinar ou 30 dias de 25 dias de 20 dias de 20 dias de
disciplinar ou exclusão a bem da
cabos e soldados da licenciamento a bem da disciplina detenção detenção detenção detenção
licenciamento disciplina (2)
ativa (1) disciplinar disciplinar disciplinar disciplinar
a bem da
disciplina (1)
Aspirantes-a-oficial
30 dias de
e subtenentes da
30 dias de prisão disciplinar (3) - prisão - - -
Res Rem ou
disciplinar (3)
reformados
Sargentos, taifeiros,
30 dias de
cabos e soldados da
30 dias de prisão disciplinar (3) - prisão - - -
Res Rem ou
disciplinar (3)
reformados
3.1.1. GENERALIDADES
(Norma Técnica 02/2014 – Conceitos básicos de segurança contra incêndio)
3.1.1.2 DEFINIÇÕES
O fogo pode ser definido como um fenômeno físicoquímico em que ocorre uma reação de
oxidação, emitindo luz e calor.
Devem coexistir quatro componentes para que ocorra o fenômeno do fogo:
1) Combustível;
2) Comburente (oxigênio);
3) Calor;
4) Reação em cadeia.
A evolução do incêndio em um local pode ser representada por um ciclo com três
fases características:
1) Fase inicial de elevação progressiva da temperatura (ignição);
(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol I..................................................... 59/156)
2) Fase de aquecimento;
3) Fase de resfriamento e extinção;
Figura 6 – Propagação por convecção, em que gases quentes fazem com que ocorram focos de
incêndio em andares distintos
Durante um incêndio, o calor emana gases dos materiais combustíveis, que podem
ser mais ou menos densos que o ar, em decorrência da variação de temperatura interna e
externa da edificação.
Essa diferença de temperatura provoca um movimento ascensional dos gases que
são paulatinamente substituídos pelo ar que adentra a edificação por meio das janelas e
portas. A partir disso ocorre uma constante troca entre o ambiente interno e externo, com a
saída dos gases quentes e fumaça e a entrada de ar.
Em um incêndio ocorrem dois casos típicos, que estão relacionados com a
ventilação e com a quantidade de combustível em chama. No primeiro caso, no qual a
vazão de ar que adentra ao interior da edificação incendiada for superior à necessidade da
combustão dos materiais, temos um fogo aberto, aproximando-se a uma queima de
combustível ao ar livre, cuja característica será de uma combustão rápida.
No segundo caso, no qual a entrada de ar é controlada, ou deficiente em
decorrência de pequenas aberturas externas, temos um incêndio com duração mais
demorada, cuja queima é controlada pela quantidade de combustível, ou seja, pela carga
incêndio, na qual a estrutura da edificação estará sujeita a temperaturas elevadas por um
tempo maior de exposição, até que ocorra a queima total do conteúdo do edifício.
Em resumo, a taxa de combustão de um incêndio pode ser determinada pela
velocidade do suprimento de ar, estando implicitamente relacionada com a quantidade de
combustível e sua disposição da área do ambiente em chamas e das dimensões das
aberturas. Deste conceito decorre a importância da forma e quantidade de aberturas em
uma fachada.
Quando se tem um foco de fogo num ambiente fechado, como exemplo em uma
sala, o calor destila gases combustíveis do material e ainda há a formação de outros gases
devido à combustão dos gases destilados.
Esses gases podem ser mais ou menos densos de acordo com a sua temperatura,
à qual é sempre maior do que a do ambiente e, portanto, possuem uma força de flutuação
com movimento ascensional bem maior que o movimento horizontal.
(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol I..................................................... 63/156)
Os gases quentes vão-se acumulando junto ao forro e se espalhando por toda a
camada superior do ambiente, penetrando nas aberturas existentes no local.
Os gases quentes, assim como a fumaça, gerados por uma fonte de calor (material
em combustão), fluem no sentido ascendente com formato de cone invertido. Esta figura é
denominada "plume".
3.1.1.3.1 Sinalização
A sinalização de emergência utilizada para informar e guiar os ocupantes do
edifício, relativamente a questões associadas aos incêndios, assume dois objetivos:
1) Reduzir a probabilidade de ocorrência de incêndio;
2) Indicar as ações apropriadas em caso de incêndio.
A sinalização de emergência deve ser dividida de acordo com suas funções em seis
categorias:
1) Sinalização de alerta, cuja função é alertar para áreas e materiais com potencial
de risco;
2) Sinalização de comando, cuja função é requerer ações que proporcionem
condições adequadas para a utilização das rotas de fuga;
3) Sinalização de proibição, cuja função é proibir ações capazes de conduzir ao
início do incêndio;
4) Sinalização de condições de orientação e salvamento, cuja função é indicar as
rotas de saída e ações necessárias para o seu acesso;
5) Sinalização dos equipamentos de combate, cuja função é indicar a localização e
os tipos dos equipamentos de combate.
b) Sistema de hidrantes
c) Sistema de mangotinhos
Um outro sistema que pode ser adotado no lugar dos tradicionais hidrantes internos
são os mangotinhos.
Os mangotinhos apresentam a grande vantagem de poder serem operados de
maneira rápida por uma única pessoa. Devido a vazões baixas de consumo, seu operador
pode contar com grande autonomia do sistema.
Por estes motivos, os mangotinhos são recomendados pelos bombeiros,
principalmente nos locais em que o manuseio do sistema é executado por pessoas não-
habilitadas (Ex.: uma dona de casa em um edifício residencial).
O dimensionamento do sistema de mangotinhos é idêntico ao sistema de hidrantes.
f) A espuma
h) Brigada de incêndio
O dimensionamento da Brigada de Incêndio deve atender às especificações
contidas nas instruções adotadas pelo Corpo de Bombeiros, por meio de Norma Técnica.
A população do edifício deve estar preparada para enfrentar uma situação de
incêndio, quer seja adotando as primeiras providências no sentido de controlar o incêndio,
quer seja abandonando o edifício de maneira rápida e ordenada.
Para isso ser possível, é necessário como primeiro passo a elaboração de planos
para enfrentar a situação de emergência que estabeleçam em função dos fatores
determinantes de risco de incêndio, as ações a serem adotadas e os recursos materiais e
humanos necessários. A formação de uma equipe com este fim específico é um aspecto
importante deste plano, pois permitirá a execução adequada do plano de emergência.
Essas equipes podem ser divididas em duas categorias, decorrente da função a
exercer:
1) Equipes destinadas a propiciar o abandono seguro do edifício em caso de
incêndio.
2) Equipe destinada a propiciar o combate aos princípios de incêndio na edificação.
Em um edifício podemos encontrar uma equipe distinta para cada função, ou que as
exerça simultaneamente.
Tais planos devem incluir a provisão de quadros sinóticos em distintos setores do
edifício (aqueles que apresentem parcela significativa da população flutuante, como em
(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol I..................................................... 70/156)
hotéis) que indiquem a localização das saídas, do quadro sinótico com o texto "você está
aqui" e a dos equipamentos de combate manual no setor.
Por último deve-se promover o treinamento periódico dos brigadistas e de toda a
população do edifício.
i) Planta de Risco
Seção XXVII
Do Sargento Auxiliar de Munições, Explosivos e Manutenção de Armamento
Art. 88. O Sgt Aux Mun Expl Mnt Armt, pertencente à 4ª seção do EM da unidade, é o
principal auxiliar do O Mun Expl Mnt Armt, cabendo-lhe as seguintes tarefas:
I - manter-se atualizado com relação aos manuais técnicos em vigor e às
orientações da RM;
II - colaborar, como monitor, nas instruções de manutenção de armamento,
instrumentos óticos e manuseio de munição e explosivo;
III - controlar, diariamente, a temperatura e a umidade dos paióis ou depósitos,
elaborando os mapas termo-higrométricos;
IV - orientar a manutenção de 2º escalão do armamento da unidade e o emprego do
ferramental, suprimento e pessoal especializado;
V - realizar, quando determinado, a remoção e a destruição dos engenhos falhados
nos campos de instrução;
(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol I..................................................... 71/156)
VI - manter organizados e atualizados os arquivos de documentos referentes a
armamento, munição e explosivo;
VII - realizar a armazenagem do suprimento Classe V, de forma a permitir a
utilização prioritária dos lotes mais antigos;
VIII - adotar as medidas de segurança que se fizerem necessárias, quanto a
reservas, paióis ou depósitos e ao manuseio por parte do pessoal autorizado;
IX - organizar mostruários e meios auxiliares de suprimento Classe V para serem
utilizados na instrução da unidade;
X - destruir, quando determinado, os elementos da munição e do explosivo
condenados em prova de exame;
XI - auxiliar o O Mun Expl Mnt Armt nos exames e averiguações, nas sindicâncias e
nos pareceres, bem como nas inspeções mensais do estado da munição e do explosivo;
XII - manter o controle físico e do estado de conservação da munição e do explosivo
da unidade, organizando e mantendo em dia um fichário do movimento desse suprimento
por lotes de fabricação e elemento de munição ou explosivo;
XIII - fiscalizar a área do paiol, no tocante à limpeza e conservação;
XIV - entregar, mediante recibo, a munição e/ou o explosivo, necessários à
instrução, ao adestramento, ao emprego da unidade ou subunidade ou por motivos
administrativos, por determinação e sob a supervisão do O Mun Expl Mnt Armt;
XV - receber e conferir a munição e/ou explosivo que tenha que dar entrada no
paiol, inclusive nos dias e horários sem expediente;
XVI - preparar o paiol para receber visitas ou inspeções, conforme orientação do O
Mun Expl Mnt Armt;
XVII - rubricar/assinar todos os documentos que lhe forem confiados elaborar, salvo
ordem em contrário;
XVIII - controlar o pessoal auxiliar, necessário aos trabalhos no paiol; e
XIX - confeccionar, em modelo próprio, o mapa diário de munição e explosivo,
assinando-o e entregando-o ao O Mun Expl Mnt Armt, para que seja enviado ao SCmt U e
permitir a liberação da tropa ao final do expediente.
Art. 89. A critério do Cmt U, o Sgt Aux Mun Expl Mnt Armt não concorre aos serviços
externos à OM, para melhor cumprir suas tarefas.
3.3 FURRIEL DA SU
(FONTE: Regulamento Interno e dos Serviços Gerais)
a. Introdução
Os tópicos a seguir foram elaborados com base em lições aprendidas. Deverão
servir de referência para a adoção de medidas preventivas por todos os peritos
responsáveis, sem o descuido de outras prescrições relativas à segurança contidas em
manuais específi cos, ou fundamentadas em outras experiências bem sucedidas.
1) Recomendações Gerais
a) O armamento destinado à execução do tiro real, durante o transporte, deve estar
descarregado.
b) Antes ou após a instrução, ou o serviço que empregue quaisquer tipos de
cartuchos, deve ocorrer uma inspeção de armas, munições e equipamentos relacionados
com a atividade. A inspeção deve ser executada no local da atividade pelo instrutor. Nas
duas oportunidades indicadas, deve ser verificada a existência de cartuchos ou corpos
estranhos na câmara ou no cano das armas inspecionadas. A inspeção após a atividade
deve incluir o recolhimento de todos os cartuchos e estojos existentes. O processo para a
execução dessas inspeções, quando não previsto nos manuais técnicos correspondentes,
deve ser estabelecido pelos comandos responsáveis.
c) Os comandantes de guarda, por ocasião dos serviços, em reunião com seu
pessoal, devem relembrar, demonstrar e praticar as regras de segurança relativas ao
manejo do armamento a ser empregado.
d) As inspeções de armamento do pessoal de serviço devem ser realizadas em
locais previamente designados, de forma a proporcionar as melhores condições de
segurança, seja pelo isolamento e pela proteção ao pessoal não participante, seja pelo
dispositivo de proteção aos participantes da atividade.
e) O pessoal participante de atividades que incluam a execução de tiro real, mesmo
na condição de assistente, deve usar capacete balístico.
f) Os incidentes de tiro devem ser sanados com a aplicação das regras próprias de
cada arma, e da cautela necessária.
g) O emprego do armamento com munição de festim exige o reforçador apropriado;
mesmo com ele, a arma nunca deve ser apontada e disparada na direção de pessoas a
distâncias inferiores a 10 (dez) metros.
h) O armeiro de cada reserva de armamento deve executar uma rigorosa inspeção
na câmara e nos carregadores de cada arma proveniente de instrução de tiro ou de
serviço, independente de qualquer outra medida anterior de segurança.
i) Após a instrução ou a conclusão de serviço, o armamento deve ser conduzido
pelo pessoal, em forma, diretamente para a respectiva sala d’armas ou reserva, onde, após
manutenido, será guardado.
g. Deslocamentos motorizados
d) Observações complementares
- Quando os reboques não dispuserem de freio acionado pela viatura tratora, dos
valores da velocidade acima devem ser abatidos em 10 (dez)
Km/h.
- Observar a sinalização de trânsito.
- A velocidade máxima a ser desenvolvida por viaturas não operacionais, em
deslocamento isolado, é determinada pela regulamentação de tráfego civil.
- É obrigatória, quando em deslocamentos, a existência de sinalização nos
reboques (lanterna e luz do freio “PARE”).
2) Dos procedimentos
a) As velocidades constantes dos quadros indicam o máximo permitido em cada
situação. Caberá a quem autorizar a saída da viatura, ou o deslocamento do comboio, fi
xar a velocidade máxima a ser desenvolvida, levando em consideração os seguintes
fatores:
(1) experiência do(s) motorista(s);
(2) condições da(s) viatura(s);
3) Manutenção de blindados
a) Para as atividades rotineiras de manutenção devem ser utilizadas escadas para
subir e descer dos blindados, evitando saltos que podem trazer danos às articulações.
b) Observações quanto ao manejo de solventes, dentre outras:
- uso obrigatório de óculos de proteção e luvas;
- empregá-los em locais ventilados;
- evitar respirar ou permitir o contato com a pele, olhos e roupas;
- não usá-los próximo ao fogo ou a calor excessivo;
- no caso de tonteiras ao manejar solventes, afastar-se imediatamente para local
ventilado e procurar auxílio médico; e
- se o solvente atingir os olhos, lavá-los imediatamente com água limpa e procurar o
médico.
(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol I..................................................... 83/156)
c) Tudo deve ser mantido limpo. Sujeira, graxa, óleo e lixo acumulado podem
provocar acidentes e causar sérios problemas.
d) As partes metálicas do veículo devem ser inspecionadas, atentando-se para a
ferrugem e corrosão.
e) Todos os conjuntos devem ser inspecionados quanto a faltas, afrouxamentos,
quebras ou empenamentos, inclusive de rebites, porcas e parafusos.
f) O BId deve ser inspecionado quanto a pinturas rachadas, ferrugem, folgas ou
faltas de peças soldadas.
g) Devem ser verificados o desgaste e sinais de vazamento em mangueiras
hidráulicas e de ar comprimido, certificando-se de que todos os conectores estão
apertados.
h) A guarnição da viatura deve conhecer o plano de manutenção de sua OM. A
experiência mostra que muitos acidentes decorrem da falta de observação a regras
simples de segurança.
i) As Vtr Bld não devem ter suas superfícies enceradas ou lubrificadas, pois as
possibilidades de acidentes por quedas aumentam.
5) Escola da guarnição
a) A guarnição somente embarca na viatura pela frente da mesma e mediante
ordem do mais graduado. Exceção para a realização do tiro real, quando o embarque
deverá ser feito pela lateral e após ordem do mais graduado da viatura.
b) É proibida a passagem de pessoal, a uma distância menos que 5 (cinco) m, entre
viaturas paradas ou em movimento, tanto pelas laterais quanto pela frente ou retaguarda.
6) Comunicações
a) Em locais onde há, em baixa altura, grande quantidades de cabos energizados,
as antenas dos equipamentos de comunicações (Eqp Com) devem ser mantidas
abaixadas.
b) A transmissão rádio em dias de tempestade deve ser restrita, em virtude de a
possibilidade de descargas elétricas atingirem os radioperadores.
c) A guarnição não deve tocar as antenas durante a operação dos equipamentos de
alta potência.
d) A correta instalação do Eqp Com deve ser verifi cada, para que sejam evitados
danos ao material e ao pessoal no transcurso das atividades.
e) Não desconectar ou conectar qualquer equipamento elétrico com a força ligada.
10) Munições
a) Só utilize munições específicas para o armamento de sua viatura.
b) Munições explosivas ou partes contendo explosivos devem ser manuseadas
cuidadosamente.
c) Elementos como explosivos, estopilhas e espoletas são particularmente sensíveis
ao choque e à alta temperatura.
d) A munição ou suas partes não devem ser derrubadas, jogadas, tombadas ou
arrastadas.
e) As munições APDS-T, TPDS-T e HEAT-T não podem ser atiradas por sobre
tropas amigas, a menos que estas estejam protegidas por cobertura adequada. As tropas
poderão ser atingidas pelas partes desconectadas. A área de perigo se estende até 1 000
(mil) m à frente do canhão e 70 (setenta) m para cada lado da trajetória. O tiro de
APFSDS-T não pode ser disparado por sobre a tropa amiga, em caso algum.
f) Ao carregar a munição no canhão, evite atingir a estopilha no estojo. Mantenha a
munição fora do alcance do recuo da culatra. Se alguma munição for atingida pelo recuo
da culatra, não deverá ser utilizada em hipótese alguma.
2) Procedimentos básicos
a) Os militares que forem embarcar em helicóptero deverão estar dês cobertos ou
de capacete e jugular; posicionados a uma distância mínima de 15 (quinze) m do ponto de
toque da aeronave; e com os equipamentos individuais perfeitamente ajustados.
b) Deverá ser evitada a circulação de pessoas ou veículos nas áreas de pouso e
decolagem. Estas deverão ser mantidas livres de objetos soltos, como latas vazias,
caixotes ou placas diversas.
c) Os militares armados deverão manter suas armas travadas, mesmo em exercício
ou empregando munição de festim.
d) As ferramentas, as antenas, o armamento e outros objetos compridos deverão
ser conduzidos na posição horizontal e abaixo da linha da cintura.
e) Caso o embarque seja efetuado com os rotores em funcionamento, a
aproximação para a aeronave deverá ser efetuada pelo campo de visão dos pilotos. Além
disso, se em terreno inclinado, pelo lado mais baixo do terreno, mantendo-se, sempre,
afastado do rotor de cauda.
3) Outros procedimentos
a) Em qualquer situação de emergência, manter-se calmo, com o cinto de
segurança afivelado e atento às orientações da tripulação.
b) No caso de pouso forçado, permanecer a bordo até a parada completa dos
rotores.
c) No caso de pouso forçado na água, a fi m de facilitar a orientação por ocasião do
abandono do helicóptero, voltar-se para o local de saída; segurar com uma das mãos a
fivela do cinto e, com a outra, qualquer parte do aparelho; aguardar a imersão da aeronave
e a parada total dos rotores, caracterizada pela ausência de ruídos; soltar o cinto de
segurança e abandonar o aparelho.
d) A tropa deverá ser instruída sobre aspectos de segurança nas operações com
helicópteros, antes de executá-las. Caso isso não tenha sido possível, o comandante da
fração de helicópteros deverá ser informado.
j. Defesa química
k. Marchas e estacionamentos
l. Pontagem e embarcações
1) Recomendações iniciais
a) Os acidentes na execução de técnicas especiais de combate acarretam,
normalmente, conseqüências graves para seus agentes. Essa constatação impõe, assim,
uma cuidadosa preparação das atividades que envolvam a execução dessas técnicas,
incluindo um acompanhamento cerrado das mesmas pelo pessoal da segurança.
b) A execução de técnicas para a transposição de obstáculos exige medidas de
segurança adequadas, em face da possibilidade de quedas.
c) As atividades na água, onde houver a possibilidade de afogamento do pessoal
participante, exigem o emprego de coletes salva-vidas. A inexistência deste equipamento
obriga os responsáveis a adotar medidas preventivas envolvendo botes, bóias e pessoal
de salvamento, em condições de prestar o socorro necessário. Os instruendos não
nadadores deverão ser identificados e os cuidados com a sua segurança deverão ser
redobrados.
d) Em atividades como montanhismo e pára-quedismo, devem ser empregados os
equipamentos necessários e indicados à execução das técnicas. Além disso, devem ser
adotadas medidas especiais e adequadas de segurança e de primeiros socorros aos
acidentados.
2) Patrulhas
a) Preferentemente deverão ser realizadas em campos de instrução. A autorização
para utilizar áreas particulares será encargo do Cmdo da Gu, que regulará o assunto.
b) Caso seja autorizado o uso de áreas particulares, deve-se contactar com o
proprietário, ou responsável pela área, com bastante antecedência, e informar ao mesmo o
tipo do exercício, data, horários e as providências relativas à segurança. Na oportunidade,
informar aos moradores próximos aos locais onde possam ocorrer ações, principalmente
se forem à noite, bem como informar aos vigias, capatazes, empregados, guardas ou
rondantes, a fim de evitar mal entendidos.
c) Os itinerários devem ser minuciosamente reconhecidos pelos instrutores, antes
dos lançamentos de patrulhas noturnas, quanto aos seguintes aspectos, dentre outros:
- cursos d´água, lagos, pântanos ou outros obstáculos interpostos à tropa e que
possam redundar em riscos para as patrulhas;
- cisternas, poços ou suspiros de minas subterrâneas;
- passagens em rodovias movimentadas, povoados, passagens sob ferrovia; e
- locais onde possam existir engenhos falhados (polígonos de tiro). Esses locais
perigosos devem ser balizados ou mesmo interditados, conforme o grau de risco.
d) Restringir ao máximo o contato físico entre tropas e figuração, de modo a impedir
incidentes que resultem em quaisquer prejuízos à integridade física ou moral dos
participantes.
3) Pistas de cordas
a) Na execução do cabo aéreo ou tirolesa (Cap 9 do C 21-78) deverão ser
observados os seguintes aspectos, dentre outros:
- os instrutores e monitores deverão testar o dispositivo antes dos instruendos;
- prever segurança alternativa para o caso da roldana travar durante o percurso;
- verificar se estão em boas condições o “cabo trilho”, a roldana e o mosquetão; e
- prever segurança embaixo, caso o instruendo tenha que saltar na água.
4) Navegação em botes
a) Todas as embarcações empregadas em qualquer deslocamento fluvial, inclusive
as voadeiras, deverão:
- ter um chefe, responsável pela disciplina, emprego e segurança da mesma;
- estar com pelo menos 03 (três) militares da tropa embarcados;
- manter sua guarnição sempre vigilante e atenta à aproximação de embarcações;
- observar a segurança individual - como o uso de coletes salva-vidas por todos os
embarcados, inclusive o piloto, e todos com os coturnos amarrados com soltura rápida;
- empregar cordões longos para fixar o Armt às embarcações, de modo a não
prejudicar a sua pronta utilização e evitar o seu extravio;
- manter amarrados, ao centro da mesma, as mochilas e demais Eqp; e
- manter, também amarrados, o motor, inclusive o reserva se houver, o tanque de
combustível, etc.
b) Não empregar um motor mais potente que o recomendado pelo fabricante.
c) Não ficar em pé em embarcação pequena, em movimento, e não permitir que os
passageiros também o façam.
3) Acidentes de trânsito
Cuidados especiais devem ser dirigidos à prevenção de acidentes de trânsito, maior
causador de danos pessoais à instituição. Nesse sentido, recomenda-se os seguintes
procedimentos, dentre outros:
a) emprego ostensivo de patrulhas (PE, ou não) pelos Cmt de Gu, nos itinerários e
nos horários de início e término de expediente dos quartéis, a fi m de coibir, principalmente,
o desrespeito quanto às regras de trânsito;
b) intensificação da fiscalização no Corpo da Guarda das OM quanto ao uso dos
equipamentos obrigatórios pelos condutores de veículos e seus ocupantes e da
documentação prevista no Código Brasileiro de Trânsito; e
c) empenho de oficiais e graduados no auxílio à fiscalização das regras de trânsito
quando dos deslocamentos externos.
DA FINALIDADE
DOS PROCEDIMENTOS
DOS ACIDENTES COM VÍTIMA(S)
Art. 9º Em caso de acidente com vítima(s), o militar mais antigo na viatura, que
esteja em condições de coordenar as ações, deverá providenciar:
I - a sinalização do local e a adoção de outras medidas necessárias a evitar outro
acidente como consequência;
II - a prestação dos primeiros socorros possíveis à(s) vítima(s);
III - o contato com sua OM, ou com a mais próxima, para: informar sobre o fato e o
local onde ele ocorreu; e solicitar apoio médico.
IV - a preservação do local do acidente com a finalidade de permitir a posterior
realização da perícia, a menos que isso venha atentar contra a segurança;
(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol I..................................................... 97/156)
V - se houver outro(s) veículo(s) envolvido(s) no acidente, anotar seus dados
(marca, cor e placa), bem como os dados de identificação de seu(s) condutor(es);
VI - o arrolamento de testemunhas, preferencialmente não envolvidas diretamente
no acidente, anotando nome, identidade, endereço e/ou local de trabalho e telefones de
contato; e
VII - em nenhum momento, a viatura militar deverá ser abandonada ou
desguarnecida.
§1º Por vítima, é entendido o espectro que vai da lesão corporal levíssima até a
morte.
§2º As vítimas, quando inconscientes ou presas nas ferragens do acidente ou em
outros locais, devem merecer cuidados especiais, principalmente no caso de socorro e
remoção por parte de pessoas não qualificadas.
§ 3º Caso venha a ocorrer, em qualquer situação, a remoção de vítimas por leigos,
o fato deve ser relatado à autoridade que vier atender ao acidente e oficializado por escrito
na primeira oportunidade, para que conste da sindicância.
Art. 10. Assim que tomar conhecimento do acidente, o comandante, chefe ou diretor
(Cmt/ Ch/Dir) da OM à qual pertença a viatura ou, quando for o caso, o comandante da
guarnição onde tenha ocorrido o sinistro deverá providenciar:
I - o apoio médico para o local do acidente;
II - a segurança para o local do acidente;
III - a comunicação do fato à OM de Polícia do Exército (PE) da área, caso haja
condições de realização da perícia militar pela mesma;
IV - a comunicação do fato à Polícia Civil, Militar e/ou Rodoviária, solicitando a
perícia do acidente, o registro da ocorrência e outras providências cabíveis; e
V - o acompanhamento de todo o desenvolvimento das operações até a solução dos
problemas imediatos.
§ 1º Caso o acidente tenha ocorrido fora de sua guarnição, o Cmt/Ch/Dir da OM, ao
tomar conhecimento do mesmo, comunicará de imediato ao comandante da guarnição
mais próxima ao local do sinistro, a fim de que sejam tomadas as medidas previstas no
presente artigo.
§ 2º Na ausência do respectivo Cmt/Ch/Dir, o militar mais antigo presente ou de
serviço na OM tomará as medidas previstas no presente artigo, comunicando àquela
autoridade na primeira oportunidade.
Art. 11. Os procedimentos para os acidentes sem vítima são idênticos, no que
couber, aos dos acidentes com vítima(s).
DA SINDICÂNCIA
DO PARECER TÉCNICO
Art. 14. A continência é a saudação prestada pelo militar e pode ser individual ou
da tropa.
§ 1º A continência é impessoal; visa a autoridade e não a pessoa.
Da Apresentação
SEÇÃO II
Da Continência da Tropa a Pé Firme
Art. 52. A tropa em forma e parada, à passagem de outra tropa, volta-se para ela e
tona a posição de sentido.
Parágrafo único. Se a tropa que passa conduz Bandeira, ou se seu Comandante for
de posto superior ao do Comandante da tropa em forma e parada, esta lhe presta a
continência indicada no Art. 53; quando, do mesmo posto e a tropa que passa não conduz
Bandeira, apenas os Comandantes fazem a continência.
Art. 53. Uma tropa a pé firme presta continência aos símbolos, às autoridades e a
outra tropa formada, nas condições mencionadas no Art. 15, executando os seguintes
comandos:
I - na continência a oficial subalterno e Intermediário: - Sentido!”
II - na continência a oficial-superior: - “Sentido! Ombro Arma!”
III - na continência aos símbolos e autoridades mencionadas nos incisos I a VIII do
Art. 15, a Oficiais-Generais ou autoridades equivalentes: “Sentido! Ombro Arma!
Apresentar Arma! Olhar a Direita (Esquerda)!”.
§ 1º Para Oficial-General estrangeiro, só é prestada a continência em caso de visita
oficial.
§ 2º No caso de tropa desarmada, ao comando de “Apresentar Arma!” todos os
seus integrantes fazem continência individual e a desfazem ao Comando de “Descansar
Arma!”.
§ 3º Os Comandos são dados a toque de corneta ou clarim até, o escalão Unidade,
e à viva voz, no escalão Subunidades; os Comandantes de pelotão (seção) ou de
elementos inferiores só comandam a continência quando sua tropa não estiver enquadrada
em subunidades; nas formações emassadas, não são dados comandos nos escalões
inferiores a Unidade.
§ 4º Em formação não emassada, os comandos a toque de corneta ou clarim são
dados sem a nota de execução, sendo desde logo executados pelo Comandante e pelo
porta-símbolo da Unidade; a banda é comandada à viva voz pelo respectivo mestre; o
estado-maior, pelo oficial mais antigo; a Guarda-Bandeira, pelo oficial Porta-Bandeira.
§ 5º Os comandos são dados de forma a serem executados quando a autoridade ou
a Bandeira atingir a distância de dez passos da tropa que presta a continência.
§ 6º A continência é desfeita aos comandos de “Olhar em Frente!”, “Ombro Arma!” e
“Descansar!”, conforme o caso, dados pelos mesmos elementos que comandaram sua
execução e logo que a autoridade ou a Bandeira tenha ultrapassado de cinco passos a
tropa que presta a continência.
§ 7º As Bandas de Música ou de Corneteiros ou clarins e Tambores permanecem
em silêncio, a menos que se tratem de honras militares.prestadas pela tropa, ou de
cerimônia militar de que a tropa participe.
Art. 54. A tropa mecanizada, motorizada ou blindada presta continência da seguinte
forma:
I - estando o pessoal embarcado, o Comandante e os oficiais que exercem
comando até o escalão pelotão, inclusive, levantam-se e fazem a continência; se não for
possível tomarem a posição em pé no veículo, fazem a continência na posição em que se
SEÇÃO III
Da Continência da Tropa em deslocamento
SEÇÃO IV
Da Continência da Tropa em Desfile
SEÇÃO V
Do Procedimento da Tropa em Situações Diversas
Art. 64. Nenhuma tropa deve iniciar marcha, embarcar, desembarcar, montar, apear,
tomar a posição à vontade ou sair de forma sem licença do mais antigo presente.
Art. 65. Se uma tropa em marcha cruzar com outra, a que for comandada pelo mais
antigo passa em primeiro lugar.
Art. 66. Se uma tropa em marcha alcançar outra deslocando-se no mesmo sentido,
pode passar-lhe à frente, em princípio pela esquerda, mediante licença ou aviso do mais
antigo que a comanda.
Art. 67. Quando uma tropa não estiver em formatura e se encontrar em instrução,
serviço de faxina ou faina, as continências de tropa são dispensáveis, cabendo, entretanto,
ao seu Comandante, Instrutor ou Encarregado, prestar a continência a todo o superior que
se dirija ao local onde se encontra essa tropa, dando-lhe as informações que se fizerem
necessárias.
Parágrafo único. No caso do superior dirigir-se pessoalmente a um dos integrantes
dessa tropa, este lhe presta a continência regulamentar.
Art. 68. Quando uma tropa estiver reunida para instrução, conferência, preleção ou
atividade semelhante, e chegar o seu Comandante ou outra autoridade de posto superior
ao mais antigo presente, este comanda “Companhia (Escola, Turma, etc.) - Sentido!”
Comandante da Companhia (ou função de quem chega)!’’. A esse Comando, levantam-se
todos energicamente e tomam a posição ordenada; correspondido o sinal de respeito pelo
superior, volta a tropa à posição anterior, ao comando de “Companhia (Escola, Turma, etc.)
- À vontade!”. O procedimento é idêntico quando se retirar o comandante ou a autoridade
em causa.
§ 1º Nas reuniões de oficiais, o procedimento é o mesmo usando-se os comandos:
“Atenção! Comandante de Batalhão (ou Exmo. Sr. Almirante, General, Brigadeiro
Comandante de ...)! À vontade!, dados pelos instrutor ou oficial mais antigo presente.
(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol I..................................................... 113/156)
§ 2º Nas Organizações Militares de ensino, os alunos de quaisquer postos ou
graduações aguardam nas salas de aula, anfiteatros ou laboratórios a chegada dos
respectivos professores ou instrutores. Instruções internas estabelecem, em minúcias, o
procedimento a ser seguido.
Art. 69. Quando um oficial entra em um alojamento ou vestiário ocupado por tropa, o
militar de serviço ou o que primeiro avistar aquela autoridade comanda “Alojamento
(Vestiário) - Atenção! Comandante da Companhia (ou função de quem chega) !”. As
praças, sem interromperem suas atividades, no mesmo local em que se encontram,
suspendem toda a conversação e assim se conservam até ser comandado “À vontade!”.
5.1.1 GENERALIDADES
a) FINALIDADE DO MANUAL
A finalidade deste Manual é estabelecer normas que padronizem a execução dos
exercícios de Ordem Unida (OU), tendo em vista os objetivos deste ramo da instrução
militar.
b) HISTÓRICO
a. Desde o início dos tempos, quando o homem se preparava para combater, ainda
com armas rústicas e formações incipientes, já estava presente a Ordem Unida,
padronizando procedimentos, movimentos e formas de combate, disciplinando homens,
seja nas falanges, seja nas legiões.
b. FREDERICO II, Rei da PRÚSSIA, governante do século XVIII, dava grande
importância à Ordem Unida, e determinava que diariamente seus súditos executas sem
movimentos a pé firme e em marcha com a finalidade de desenvolver, principalmente, a
disciplina e o espírito de corpo. Dizia FREDERICO II: “A prosperidade de um Estado tem
por base a disciplina dos seus Exércitos".
c. O Exército Brasileiro, historicamente, teve seus primeiros movimentos de Ordem
Unida herdados do Exército Português. Além disso, sofreu também duas grandes
influências, no início do século passado: a germânica, antes da 1ª Guerra Mundial, com a
Missão Militar de Instrução de brasileiros na ALEMANHA; e a francesa, no início dos anos
20, com a participação de militares daquele País em missão no Brasil. Como exemplo,
dessa influência, pode-se citar o apresentar armas com espada, que se identifica com o
juramento feito pelos militares gauleses. O 1º tempo, com a espada na vertical e com o
copo na altura da boca, significava o juramento pela própria HONRA, no 2º tempo, o
juramento por DEUS, apontando para o céu, e no 3º tempo, o juramento pela PÁTRIA,
apontando a espada para o solo.
5.1.2 DEFINIÇÕES
a) TERMOS MILITARES
Os termos militares têm um sentido preciso, em que são exclusivamente
empregados, quer na linguagem corrente, quer nas ordens e partes escritas. Daí a
necessidade das definições que se seguem:
5.2.1 POSIÇÕES
a. Sentido - nesta posição, o homem ficará imóvel e com a frente voltada para o
ponto indicado. Os calcanhares unidos, pontas dos pés voltadas para fora, de modo que
formem um ângulo de aproximadamente 60 graus. O corpo levemente inclinado para a
frente com o peso distribuído igualmente sobre os calcanhares e as plantas dos pés, e os
joelhos naturalmente distendidos. O busto aprumado, com o peito saliente, ombros na
mesma altura e um pouco para trás, sem esforço. Os braços caídos e ligeiramente curvos,
com os cotovelos um pouco projetados para a frente e na mesma altura. As mãos
espalmadas, coladas na parte exterior das coxas, dedos unidos e distendidos, sendo que,
o médio deverá coincidir com a costura lateral da calça . Cabeça erguida e o olhar fixo à
frente. (Fig 2-1 e 2-2)
Fig 2-1. Posição de Sentido (frente) Fig 2-2. Posição de Sentido (perfil)
A cobertura estará correta quando o homem, olhando para a frente, ver somente a
cabeça do companheiro que o precede (a distância deverá ser de um braço).
O alinhamento estará correto quando o homem, conservando a cabeça imóvel, olha
para a direita e verificar se ele encontra-se no mesmo alinhamento que os demais
companheiros de sua fileira. O intervalo será de um braço (braço dobrado, no caso de
“Sem intervalo”).
Verificada a cobertura e o alinhamento, o comandante da tropa comandará
“FIRME!”. A este comando, os homens descerão energicamente o braço esquerdo,
colando a mão à coxa com uma batida e, ao mesmo tempo, quando for o caso, abaixarão a
arma, em dois tempos (idênticos aos 4º e 5º tempos do “Descansar Arma” partindo de
“Ombro-Arma”), permanecendo na posição de “Sentido”.
f. Perfilar -
a. Estando a tropa em linha, para retificar o seu alinhamento, será dado o comando
de “BASE TAL HOMEM (FRAÇÃO), PELA DIREITA (ESQUERDA OU CENTRO)!
PERFILAR!”. Após enunciar “BASE TAL HOMEM!”, o comandante aguardará que o
homem-base se identifique e prosseguirá comandando: “PELA DIREITA (ESQUERDA! ou
PELO CENTRO!)”. Fará nova pausa, esperando que os homens tomem a posição de
Fig 13. Pela Direita - Perfilar Fig 14. Sem Intervalo - Pelo Centro Perfilar
Fig 2-5. Apresentar arma sem cobertura Fig 2-6. Apresentar arma com cobertura
Nas situações em que o militar tiver que retirar a cobertura, segurando-a com a mão
deverá proceder da seguinte forma:
a. Sentido - O militar deverá tomar a posição de sentido, de forma semelhante ao
descrito na letra “a.” do parágrafo 2-2, porém, deverá segurar a boina (gorro ou quepe)
com a mão esquerda empunhando-os pela lateral esquerda, braços conforme descrito na
letra "a." do parágrafo 2-2, mantendo a parte interna da cobertura voltada para o corpo e a
pala voltada para frente (Fig 2- 8 e 2-9). No caso do capacete, a parte interna ficará voltada
para o solo, tendo a preocupação de fixar a jugular no dedo anular.
Fig 2-8. Posição sentido (boina na mão) Fig 2-9. Posição sentido (gorro na mão)
Fig 2-10. Posição descansar (boina na mão) Fig 2-11. Posição descansar (gorro na mão)
5.3.1 PASSOS
a. Generalidades
(1) Cadência - é o número de passos executados por minuto, nas marchas em
passo ordinário e acelerado.
(2) Os deslocamentos poderão ser feitos nos passos: ordinário, sem cadência, de
estrada e acelerado.
b. Passo Ordinário - é o passo com aproximadamente 75 centímetros de extensão,
calculado de um calcanhar a outro e numa cadência de 116 passos por minuto. Neste
passo, o homem conservará a atitude marcial (ver parágrafo 2-5, letra "b.").
c. Passo sem Cadência - é o passo executado na amplitude que convém ao
homem, de acordo com a sua conformação física e com o terreno. No passo sem
cadência, o homem é obrigado a conservar a atitude correta, a distância e o alinhamento.
d. Passo de estrada - é o passo sem cadência em que não há a obrigação de
conservar a mesma atitude do passo sem cadência, propriamente dito, embora o homem
tenha que manter seu lugar em forma e a regularidade da marcha (ver C 21-18 -
MARCHAS A PÉ).
e. Passo Acelerado - é o passo executado com a extensão de 75 a 80 centímetros,
conforme o terreno e numa cadência de 180 passos por minuto.
5.3.2 MARCHAS
a. Generalidades
(1) O rompimento das marchas é feito sempre com o pé esquerdo partindo da
posição de “Sentido” e ao comando de, ”ORDINÁRIO (SEM CADÊNCIA, PASSO DE
ESTRADA ou ACELERADO) MARCHE!”. Estando a tropa na posição de “Descansar”, ao
comando de “ORDINÁRIO (SEM CADÊNCIA, PASSO DE ESTRADA ou ACELERADO)!”,
os homens tomarão a posição de “Sentido” e romperão a marcha, à voz de “MARCHE!”.
(2) Para fim de instrução, o instrutor poderá marcar a cadência. Para isso, contará
“UM!”, “DOIS!”, conforme o pé que tocar no solo: “UM!”, o pé esquerdo; “DOIS!”, o pé
direito.
(3) As marchas serão executadas em passo ordinário, passo sem cadência, passo
de estrada e passo acelerado.
b. Marcha em “Passo Ordinário”
(1) Rompimento - ao comando de “ORDINÁRIO, MARCHE!”, o homem levará o pé
esquerdo à frente, com a perna naturalmente distendida, batendo no solo com o calcanhar
esquerdo, de modo natural e sem exageros ou excessos; Levará também à frente o braço
direito, flexionando-o para cima, até a altura da fivela do cinto, com a mão espalmada
(dedos unidos) e no prolongamento do antebraço. Simultaneamente, elevará o calcanhar
direito, fazendo o peso do corpo recair sobre o pé esquerdo e projetará para trás o braço
esquerdo, distendido, com a mão espalmada e no prolongamento do antebraço, até 30
centímetros do corpo. Levará, em seguida, o pé direito à frente, com a perna distendida
naturalmente, batendo com o calcanhar no solo, ao mesmo tempo em que inverterá a
posição dos braços.
(2) Deslocamento - o homem prossegue, avançando em linha reta,
perpendicularmente à linha dos ombros. A cabeça permanece levantada e imóvel; os
braços oscilam, conforme descrito anteriormente, transversalmente ao sentido do
deslocamento. A amplitude dos passos é aproximadamente 40 centímetros para o primeiro
e de 75 centímetros para os demais. A cadência é de 116 passos por minuto, marcada
pela batida do calcanhar no solo.
(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol I..................................................... 133/156)
(3) Alto - o comando de “ALTO!” deve ser dado quando o homem assentar o pé
esquerdo no solo; ele dará, então, mais dois passos, um com o pé direito e outro com o pé
esquerdo, unindo, com energia, o pé direito ao esquerdo, batendo fortemente os
calcanhares, ao mesmo tempo em que, cessando o movimento dos braços, irá colar as
mãos às coxas, com uma batida, conforme prescrito para a tomada da posição de
“Sentido”.
(4) Marcar Passo - o comando de “MARCAR PASSO!” deverá ser dado nas
mesmas condições que o comando de “ALTO!”. O homem executará o alto e, em seguida,
continuará marchando no mesmo lugar, elevando os joelhos até que os pés fiquem à altura
de 20 centímetros do solo, mantendo a cadência do passo ordinário. Os braços não
deverão oscilar. As mãos ficam espalmadas (dedos unidos), como durante o
deslocamento. O movimento de “Marcar Passo” deve ser de curta duração. Será
empregado com finalidades variadas, tais como: manter a distância regulamentar entre
duas unidades (frações) consecutivas de uma coluna; retificar o alinhamento e a cobertura
de uma fração, antes de se lhe dar o comando de “ALTO!”, entre outras.
(5) Em Frente - o comando de “EM FRENTE!” deverá ser dado quando o pé
esquerdo assentar no solo; o homem dará, ainda, um passo com o pé direito, rompendo,
em seguida, com o pé esquerdo, a marcha no passo ordinário.
(6) Trocar Passo - ao comando de “TROCAR PASSO!”, o homem levará o pé, que
está atrás, para a retaguarda do que acabar de tocar o solo e, dando logo em seguida um
pequeno passo com o que estava à frente, prosseguirá naturalmente a marcha. Este
movimento deverá ser feito com vivacidade e executado independentemente de ordem e
sempre que for necessário acertar o passo com os demais homens. Este comando será
dado somente a título de aprendizagem.
c. Marcha em “Passo sem Cadência”
(1) Rompimento da marcha - ao comando de “SEM CADÊNCIA, MARCHE!”, o
homem romperá a marcha em passo sem cadência, devendo conservar-se em silêncio
durante o deslocamento.
(2) Passagem do “Passo Ordinário” para o “Passo sem Cadência” - estando o
homem em marcha no passo ordinário, ao comando de “SEM CADÊNCIA, MARCHE!”,
iniciará a marcha em passo sem cadência. A voz de execução deverá ser dada quando o
pé esquerdo tocar o solo, de tal forma que a batida seguinte do calcanhar esquerdo no solo
seja mais acentuada, quando então, o homem iniciará o passo sem cadência. Para voltar
ao passo ordinário, bastará comandar “ORDINÁRIO, MARCHE!”. Ao comando de
“ORDINÁRIO!”, o homem-base iniciará a marcha no passo ordinário e os demais homens
irão acertando o passo por este. Após um pequeno intervalo de tempo, será dada a voz de
“MARCHE!”, quando o pé esquerdo tocar o solo.
(3) Alto - estando em passo sem cadência, ao comando de “ALTO!” (com a voz
alongada), o homem dará mais dois passos e unirá o pé que está atrás ao da frente,
voltando à posição de “Sentido”.
d. Marcha em “Passo de estrada”
(1) Nos deslocamentos em estradas e fora das localidades, para proporcionar maior
comodidade à tropa, ser-lhe-á permitido marchar em passo de estrada. Ao comando de
“PASSO DE ESTRADA, MARCHE!”, o homem marchará no passo sem cadência podendo,
no deslocamento, falar, cantar, fumar, beber e comer. Para fazer com que a tropa retome o
passo ordinário, ser-lhe-á dado, primeiro, o comando de “SEM CADÊNCIA, MARCHE!” e,
somente então, se comandará “ORDINÁRIO, MARCHE!”.
(2) Os passos sem cadência ou de estrada não têm amplitude e cadência regulares,
devendo-se, porém, evitar o passo muito rápido e curto, que é por demais fatigante. O
aumento da velocidade deverá ser conseguido com o aumento da amplitude do passo e
não com a aceleração da cadência. Uma tropa, no passo sem cadência, ou no passo de
5.3.3 VOLTAS
a) Generalidades
Desde que se tenha obtido certo desembaraço na instrução de ordem unida sem
arma, será iniciada a instrução com arma (estas instruções poderão ser alternadas).
O presente capítulo tratará apenas da ordem unida para homens armados de fuzil
automático leve (FAL), PÁRA-FAL, Mosquetão 7,62 M 968, pistola, metralhadora de mão e
espada. Nos treinamentos de ordem unida, nas revistas, nos desfiles e outras atividades,
as armas coletivas (metralhadoras, morteiros, lança-rojões etc.), normalmente, não serão
conduzidas a braço e sim nos meios de transportes orgânicos. Da mesma forma, tendo em
vista o peso do Fz Mtz 7.62 M 964 (FAP) e a consequente dificuldade de executar
movimentos com esta arma, ela, normalmente, não deverá ser conduzida a braço na
Ordem Unida.
Os homens armados de FAL, PÁRA-FAL, Mosquetão, pistola, metralhadora de mão
e espada, entrarão em forma, inicialmente, na posição de “Descansar”.
As armas de fogo acima deverão ser conduzidas descarregadas e desengatilhadas.
Mediante ordem especial, as armas poderão ser conduzidas carregadas, porém, neste
caso, deverão estar travadas.
Nas sessões de ordem unida, nas formaturas e desfiles em que se utilize o FAL, a
bandoleira deve permanecer complemente esticada, passando por trás do pomo da
alavanca de manejo, com suas partes metálicas voltadas para a frente e o grampo inferior
tangenciando o respectivo zarelho. No PÁRA-FAL a bandoleira deve ser ajustada de forma
a permitir os movimentos com o armamento. (Fig 15)
Fig 16. Posição de sentido (frente) Fig 17. Posição de Sentido (perfil)
Fig 28. Descansar - Arma partindo da Fig 29. Descansar - Arma partindo da posição
posição de “Ombro-Arma” 1º Tempo de “Ombro-Arma” 2º Tempo
Fig 30. Descansar - Arma partindo da Fig 31. Descansar - Arma partindo da
posição de “Ombro-Arma” 3º Tempo posição de “Ombro-Arma” 4º Tempo (frente)
Fig 38. “Ombro – Arma”, partindo Fig 39. “Ombro – Arma”, partindo da
da posição de “Apresentar - Arma” posição de “Apresentar - Arma” 4º
3º Tempo Tempo
Fig 49. Arma Fig 50. Arma Fig 51. Descansar- Fig 52 Descansar-
Suspensa (frente) Suspensa (perfil) Arma, partindo da Arma, partindo da
posição de Arma posição de Arma
Suspensa 1º Tempo Suspensa 2º Tempo
m. Arma na Mão
Partindo da posição de “Sentido”, ao comando de “ARMA NA MÃO, SEM
CADÊNCIA!”, o homem fará o movimento de “Arma na Mão” em três tempos:
1º Tempo - idêntico ao 1º Tempo do “Ombro-Arma”, partindo da posição de
“Sentido”; (Fig 53)
2º Tempo - a mão esquerda permanecerá segurando a arma e a direita levantará a
alça de transporte, segurando-a, em seguida, com firmeza; (Fig 54 e 55)
3º Tempo - a mão esquerda abandonará a arma e, descendo rente ao corpo, irá
colar-se à coxa com uma batida; ao mesmo tempo, a mão direita girará a arma para a
frente e o braço direito se distenderá, ficando a arma na posição horizontal, ao lado do
corpo, com o cano voltado para a frente. (Fig 56 e 57)
À voz de “MARCHE!”, o homem romperá a marcha no passo sem cadência. Ao
comando de “ALTO!”, o homem fará alto e, em seguida, voltará a posição de “Sentido”,
realizando os movimentos em quatro tempos:
1º Tempo - a mão direita levantará a arma, de modo que esta fique na vertical, ao
lado do corpo. Simultaneamente, a mão esquerda segurará o guarda-mão, de modo que o
dedo polegar fique sobre a segunda janela de refrigeração; (Fig 58 e 59)
2º Tempo - a mão esquerda permanecerá segurando a arma; a mão direita abaixará
a alça de transporte e virá empunhar a arma pelo guarda-mão, acima da mão esquerda;
(Fig 60)
Fig 53. Arma na Mão 1º Tempo Fig 54. Arma na Mão 2º Fig 55. Arma na Mão 2º Tempo
Tempo (frente) (perfil)
Fig 56. Arma na Mão 3º Tempo (frente) Fig 57. Arma na Mão 3º Tempo (perfil)
n. Em Bandoleira-Arma
O comando de “EM BANDOLEIRA-ARMA!”, será dado estando a tropa na posição
de “Descansar”. À voz de “ARMA!”, o homem suspenderá a arma com a mão direita e, ao
mesmo tempo, segurará a bandoleira com a mão esquerda. Em seguida, colocará o braço
direito entre a bandoleira e a arma. A bandoleira ficará apoiada no ombro direito e segura
pela mão direita à altura do peito, de modo que a arma se mantenha ligeiramente inclinada
(coronha para a frente). O polegar da mão direita ficará distendido, por baixo da bandoleira
e os demais dedos, unidos, a envolverão. O antebraço direito permanecerá na posição
horizontal. (Fig 63, 64 e 65)
Caso a bandoleira não tenha sido previamente alongada, ao comando de “EM
BANDOLEIRA!”, o homem se abaixará ligeiramente e, com ambas as mãos, dará à
bandoleira a extensão necessária mexendo no zarelho superior (Fig 66). Isto feito, voltará à
posição de “Descansar” e aguardará o comando de “ARMA!”, quando, então, procederá
conforme descrito no item (1) acima.
o. Tiracolo-Arma
O comando de “A TIRACOLO-ARMA!”, será dado com a tropa na posição de
“Descansar”. À voz de “ARMA!”, o homem suspenderá a arma com a mão direita e, ao
mesmo tempo, segurará a bandoleira com a mão esquerda. Em seguida, colocará o braço
direito entre a bandoleira e a arma. A mão direita irá empunhar a arma pela coronha e a
forçará para trás e para cima, enquanto a esquerda fará com que a bandoleira passe sobre
a cabeça, indo apoiar-se no ombro esquerdo. O fuzil ficará de encontro às costas, com o
cano para cima e esquerda, a coronha para a direita e a alavanca de manejo para o lado
de fora. (Fig 67, 68 e 69)
Mediante ordem e somente em exercícios de campo ou em situações excepcionais,
poderá a arma ser conduzida com o cano voltado para a direita e/ou para baixo.
Caso a bandoleira não tenha sido previamente alongada, ao comando de “A
TIRACOLO” o homem procederá conforme descrito na letra "o." item (2).
Descansar-Arma, partindo de “A Tiracolo-Arma” - ao comando de “DESCANSAR-
ARMA!”, o homem procederá de maneira inversa ao descrito no item (1) acima.
p. Ao Solo-Arma
Quando se deseja que uma tropa saia de forma deixando as armas no local em que
se encontrava formada, o comando de “FORA DE FORMA, MARCHE!”, será precedido
(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol I..................................................... 150/156)
pelo comando de “AO SOLO-ARMA!”. Este comando será dado com a tropa na posição de
“Sentido” e o homem o executará em dois tempos, descritos a seguir:
(a) 1º Tempo - o homem dará um passo à frente com o pé esquerdo e se abaixará,
colocando a arma sobre o solo, ao lado direito do corpo, com o cano voltado para a frente,
alavanca de manejo para baixo e chapa da soleira na altura da ponta do pé direito. A mão
esquerda, espalmada, deverá dar uma batida com energia sobre a coxa, imediatamente
acima do joelho esquerdo. O homem, durante todo este tempo, permanecerá olhando para
a arma. O joelho direito não toca o solo. (Fig 70 e 71)
(b) 2º Tempo - o homem larga a arma e volta à posição de “Sentido”. (Fig 72)
De preferência, depois do comando de “AO SOLO-ARMA!”, a tropa deverá realizar
um pequeno deslocamento, no passo sem cadência, a fim de que o comando de “FORA
DE FORMA, MARCHE!” possa ser dado fora do local em que foram deixadas as armas.
Para apanhar as armas, será dado o comando de “APANHAR-ARMA! na posição de
“Sentido”. A este comando, o homem executará o movimento em dois tempos, na ordem
inversa do descrito para colocar a arma no solo.
De preferência, a tropa entrará em forma à retaguarda do local daquele em que as
armas foram deixadas. Executará, a seguir, um deslocamento no passo sem cadência,
cada homem fazendo alto quando atingir o local em que se encontre sua arma. E, na
posição de “Sentido”, aguardará o comando de “APANHAR-ARMA!”.
q .Em Funeral-Arma
Esta posição, utilizada quando o homem se encontra na função de sentinela em
câmara ardente, é tomada em três tempos:
1º Tempo - idêntico ao 1º tempo de “Apresentar-Arma”, partindo da posição de
“Sentido”; (Fig 73)
2º Tempo - a mão direita abandonará o guarda-mão e empunhará o delgado; (Fig
74)
3º Tempo - enquanto a mão direita faz a arma girar de 180 graus plano vertical, a
mão esquerda soltará a arma e virá juntar-se à coxa como na posição de “Sentido”. Nesta
posição, a boca da arma deverá ficar junto ao pé direito apoiada no solo. (Fig 75 e 76)
s. Desarmar-Baioneta.
1º Tempo - ao comando de “DESARMAR-BAIONETA -TEMPO UM!”, o homem
levará a mão direita ao guarda-mão, imediatamente abaixo da mão esquerda, enquanto
esta, com as costas da mão voltada para a esquerda, pressionará com o polegar e o
indicador o retém da baioneta, soltando-a com uma pequena torção. O homem olhará para
a baioneta. (Fig 81 e 82)
2º Tempo - ao comando de “TEMPO DOIS!”, o homem com um movimento natural,
retirará a baioneta do quebra-chamas, indo introduzir a sua ponta na bainha,
acompanhando este movimento com o olhar, com a inclinação da cabeça. O homem
permanecerá olhando a baioneta. (Fig 83)