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Três dificuldades:
1. Simplificação excessiva da comunicação.
2. Modelo linear de comunicação
3. Caráter mecanicista do modelo.
Simplificação e “complementação”: as propostas
de B. Malmberg e R. Jakobson
Referencial
(centrada no contexto ou referente)
Poética
Emotiva (centrada na mensagem) Conativa
(centrada no (centrada no
remetente) Fática destinatário)
(centrada no contato)
Metalinguística
(centrada no código)
Funções da Linguagem – Função Referencial
Função Fática
Procedimentos prosódicos de pontuação da fala para
manter o contato físico e/ou psicológico entre os
interlocutores, para verificar se há contato ou não.
“Sustentar” o diálogo
Jakobson – 1ª função da linguagem que os homens usam
(conversas de bebê)
Funções da Linguagem – Função Metalinguística
Função Metalinguística
Verbos de existência (ser, parecer)
Verbos de existência da significação (significar, ter o
sentido de)
Presente do indicativo
Linguagem que fala de linguagem – efeito de
circularidade – linguagem que define outra linguagem.
Funções da Linguagem – Função Poética
Função Poética
Plano de expressão – reiteração de sons – traços dos fonemas,
sílabas, ritmos, entoações, etc.)
Duas rupturas:
a) Relação ao plano da expressão – em vez de expressar
“transparentemente”o conteúdo, chama a atenção enquanto
expressão “opaca” – sonoridade, ritmo, entoação.
b) Dois eixos de organização da linguagem – paradigmático
(similaridades) e sintagmático (contiguidades)
Os efeitos de sentido de ruptura da “normalidade” – novidade e
estesia.
Funções da Linguagem
“Em síntese, as principais contribuições de Jakobson para o estudo da
comunicação foram: a introdução das questões de variação linguística
no modelo de comunicação, por meio de códigos e subcódigos e de
suas intersecções na relação entre remetente e destinatário; o
reconhecimento de que os homens se comunicam com diferentes fins,
tendo em vista a variedade de funções da linguagem que ocorrem no
processo de comunicação, e de que essas funções predominantes ou
não; o exame das funções metalinguísticas e, principalmente, poética,
que contribui fortemente para o estudo dos textos poéticos na
perspectiva dos estudos da linguagem.” (p.41)
“(...) não examina adequadamente as relações sócio-históricas e
ideológicas da comunicação, e praticamente não trata da reciprocidade
característica da comunicação humana.
Modelo linear e modelo circular da comunicação:
interação verbal
Reciprocidade e circularidade – característica da comunicação humana.
B. Bateson, E. Hall e E. Goffman – modelo circular.
Teoria da Nova Comunicação – feedback, retroação e realimentação –
sistema interacional.
Bakhtin (1981)- estudo da interação ou do diálogo entre interlocutores
– interação verbal é a realidade fundamental da linguagem.
Percursores do dialogismo
Sociologia da Comunicação – Goffman (1967 e 1973) – procedimentos
de preservação da “face” na comunicação.
Modelo linear e modelo circular da comunicação:
interação verbal
Cinco aspectos merecem destaque no exame da comunicação como
interação:
1. No processo de comunicação, os falantes se constroem e constroem
juntos o texto;
2. A questão das imagens e simulacros que os interlocutores constroem
na interação;
3. O caráter contratual ou polêmico da comunicação;
4. Ao considerar a relação entre comunicação e interação não é mais
possível colocar a mensagem apenas no plano dos significantes ou da
expressão.
5. A questão do alargamento da circulação do dizer na sociedade.
Caráter mecanicista e caráter “humanizante das
concepções de comunicação
Caráter demasiadamente mecanicista dos modelos de comunicação – não
levam em consideração a inserção sócio-histórica e ideológica dos sujeitos
envolvidos na comunicação.
Dois aspectos de observação:
1. Competência modal dos sujeitos
2. Formações ideológicas – competência semântica
Greimas (1979 e 1990 – comunicação – atividades humanas desenvollvem-
se em dois eixos :
1. Eixo da produção ou da ação do homem sobre as coisas
2. Eixo da comunicação ou da ação do homem sobre outros homens
A comunicação entre os sujeitos ocorre mediante objetos de valor
Caráter mecanicista e caráter “humanizante das
concepções de comunicação
A comunicação entre os sujeitos ocorre mediante objetos de valor (os
discursos ou textos-mensagens) – “sujeitos competentes”;
Emissor (Destinador)
Receptor (Destinatário)
Qualidades que permitam a comunicação:
1. Modal – o querer, dever, saber, poder
2. Semântica - valores, projetos
Fazer-saber – fazer-crer – fazer-fazer – fazer emissivo – fazer persuasivo
(destinador)
Adquirir-saber – interpretar – fazer-receptivo – fazer-interpretativo
(destinatário)
Caráter mecanicista e caráter “humanizante das
concepções de comunicação
Nenhuma comunicação é neutra ou ingênua – valores ideológicos.
Duas questões de destaque:
1. Relação entre língua (enquanto sistema linguístico) e ideologia
2. Níveis de determinação ideológica do discurso
Bakhtin (1981) “ o discurso reflete as mais imperceptíveis alterações da
existência social” – na língua as modificações se processam lentamente.
Fiorin (1988) – a língua é determinada pelas condições sociais / goza de
certa autonomia em relação às formações sociais – separa “discurso” de
“fala”.
Caráter mecanicista e caráter “humanizante das
concepções de comunicação
“Os discursos são as combinações de elementos linguísticos usados
pelos falantes com o propósito de exprimir seus pensamentos, de falar
ao mundo exterior ou de seu mundo interior, de agir sobre o mundo. A
fala é a exteriorização psicofísico-fisiológica do discurso.”
Nível da Sintaxe do Discurso – processos de estruturação
Nível da Semântica Discursiva – preenchimento da organização
sintática com conteúdos, organizando-os em dois tipos:
a) Discursos temáticos – tratam os conteúdos de forma mais abstrata.
b) Discursos figurativos – concretizam sensorialmente os conteúdos
(formas, cores, sons, gestos, cheiros)