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Aula 04

Raciocínio Lógico p/ PF - Agente - 2014


Professor: Marcos Piñon
Raciocínio Lógico p/ Polícia Federal (Agente)
Teoria e exercícios comentados
Prof Marcos Piñon – Aula 04
AULA 04: Princípios de Contagem

SUMÁRIO PÁGINA
1. Resolução das questões da Aula 03 1
2. Princípios de Contagem 35
2.1. Princípio Aditivo 35
2.2. Princípio Multiplicativo 35
2.3. Permutação 41
2.4. Arranjo 46
2.5. Combinação 51
2.6. Princípio da Casa dos Pombos 55
3. Exercícios Comentados nesta aula 66
4. Exercícios Propostos 69
5. Gabarito 74

1 - Resolução das questões da Aula 03

149 - (MPE/AM - 2007 / CESPE) Considerando-se como premissas as


proposições “Nenhum pirata é bondoso” e “Existem piratas que são velhos”,
se a conclusão for “Existem velhos que não são bondosos”, então essas
três proposições constituem um raciocínio válido.

Solução:

Construindo os diagramas:

P1: Nenhum pirata é bondoso

Piratas bondosos

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P2: Existem piratas que são velhos
velhos
Piratas

Unindo os diagramas:

Piratas velhos
bondosos

C: Existem velhos que não são bondosos

Vejam que não podemos garantir que o conjunto dos velhos e o conjunto dos
bondosos possuem algum elemento em comum. Mas podemos garantir, com
certeza, que os velhos da área azul com certeza não são bondosos. Portanto, o
raciocínio é válido. Item correto.

150 - (MPE/AM - 2007 / CESPE) Considere como premissas as proposições


“Todos os hobits são baixinhos” e “Todos os habitantes da Colina são
hobits”, e, como conclusão, a proposição “Todos os baixinhos são
habitantes da Colina”. Nesse caso, essas três proposições constituem um
raciocínio válido.

Solução:

P1: Todos os hobits são baixinhos

hobits
baixinhos

P2: Todos os habitantes da Colina são hobits

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hobits
Habitantes
da Colina

Unindo os diagramas:

hobits
baixinhos
Habitantes
da Colina

C: Todos os baixinhos são habitantes da Colina

Podemos ver no diagrama acima que uma conclusão válida seria que “todos os
habitantes da Colina são baixinhos”, mas o contrário não está correto. Portanto, o
raciocínio não é válido. Item errado.

151 - (EMBASA - 2009 / CESPE) Considerando que as proposições “As


pessoas que, no banho, fecham a torneira ao se ensaboar são
ambientalmente educadas” e “Existem crianças ambientalmente educadas”
sejam V, então a proposição “Existem crianças que, no banho, fecham a
torneira ao se ensaboar” também será V.

Solução:

Vamos começar organizando o argumento:

P1: “As pessoas que, no banho, fecham a torneira ao se ensaboar são


ambientalmente educadas”

P2: “Existem crianças ambientalmente educadas”

C: “Existem crianças que, no banho, fecham a torneira ao se ensaboar”

Na primeira premissa nós devemos entender que todas as pessoas que, no


banho, fecham a torneira ao se ensaboar são ambientalmente educadas. Assim,
temos:

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P1: “As pessoas que, no banho, fecham a torneira ao se ensaboar são
ambientalmente educadas”

Pessoas ambientalmente educadas

Pessoas que, no banho, fecham a


torneira ao se ensaboar

P2: “Existem crianças ambientalmente educadas”

Pessoas ambientalmente educadas


Crianças

Unindo os diagramas,
Pessoas ambientalmente educadas
Crianças

Pessoas que, no banho, fecham a


torneira ao se ensaboar

C: “Existem crianças que, no banho, fecham a torneira ao se ensaboar”

Vejam, mais uma vez, que não podemos garantir que o conjunto das crianças e o
conjunto das pessoas que, no banho, fecham a torneira ao se ensaboar possuem
algum elemento em comum. Portanto, o raciocínio não é válido. Item errado.

152 - (SEBRAE - 2008 / CESPE) Considere as proposições a seguir.

A: Todo marciano é péssimo jogador de futebol.


B: Pelé é marciano.

Nessa hipótese, a proposição Pelé é péssimo jogador de futebol é F.

Solução:

Vamos lá:

A: Todo marciano é péssimo jogador de futebol.

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Péssimos jogadores de futebol

Marcianos

B: Pelé é marciano.
Marcianos
Pelé

Unindo os diagramas,

Péssimos jogadores de futebol

Pelé Marcianos

Agora, vamos analisar a conclusão:

Pelé é péssimo jogador de futebol

Podemos perceber pelo diagrama que a conclusão é verdadeira. Item errado.

(Texto para as questões de 153 a 155) Considere as seguintes proposições:

I Todos os cidadãos brasileiros têm garantido o direito de herança.


II Joaquina não tem garantido o direito de herança.
III Todos aqueles que têm direito de herança são cidadãos de muita sorte.

Supondo que todas essas proposições sejam verdadeiras, é correto concluir


logicamente que

153 - (SEBRAE - 2008 / CESPE) Joaquina não é cidadã brasileira.

Solução:

Vamos recorrer aos diagramas:

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I Todos os cidadãos brasileiros têm garantido o direito de herança.

Pessoas com direito de herança

Brasileiros

II Joaquina não tem garantido o direito de herança.

Pessoas com direito de herança

Joaquina

III Todos aqueles que têm direito de herança são cidadãos de muita sorte.

Pessoas com
direito de Cidadãos de
herança muita sorte

Agora, vamos unir os diagramas:

Pessoas com
direito de Cidadãos de
herança muita sorte

Brasileiros
Joaquina

Por fim, vamos à conclusão sugerida:

Joaquina não é cidadã brasileira.

Podemos ver no diagrama que realmente Joaquina não é cidadã brasileira, haja
vista que ela não tem direito de herança e todos os brasileiros têm direito de
herança. Item correto.

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154 - (SEBRAE - 2008 / CESPE) Todos os que têm direito de herança são
cidadãos brasileiros.

Solução:

Vamos utilizar o diagrama que fizemos na questão anterior:

Pessoas com
direito de Cidadãos de
herança muita sorte

Brasileiros
Joaquina

Agora, vamos analisar a conclusão sugerida:

Todos os que têm direito de herança são cidadãos brasileiros.

Podemos ver no diagrama que essa conclusão não é verdadeira, pois todos os
brasileiros têm direito de herança, mas pode existir uma pessoa que tenha direito
de herança e não seja brasileira (área verde do diagrama). Item errado.

155 - (SEBRAE - 2008 / CESPE) Se Joaquina não é cidadã brasileira, então


Joaquina não é de muita sorte.

Solução:

Mais uma vez, vamos utilizar o diagrama que fizemos anteriormente:

Pessoas com
direito de Cidadãos de
herança muita sorte

Brasileiros
Joaquina

Agora, vamos analisar a conclusão sugerida:

Se Joaquina não é cidadã brasileira, então Joaquina não é de muita sorte

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Essa conclusão é uma proposição condicional (p → q), que nós já vimos diversas
vezes que só será falsa se o “p” for verdadeiro e o “q” for falso. Passando para a
linguagem simbólica, temos:

p q
Se Joaquina não é cidadã brasileira, então Joaquina não é de muita sorte

p: Joaquina não é cidadã brasileira


q: Joaquina não é de muita sorte

p → q: Se Joaquina não é cidadã brasileira, então Joaquina não é de muita sorte

Podemos perceber que o “p” com certeza é verdadeiro, conforme vimos na


questão 118. Assim, para que a conclusão seja verdadeira, é necessário que o “q”
também seja verdadeiro.

Percebam que no diagrama eu posicionei Joaquina no limite entre ter ou não ter
muita sorte, pois as premissas não foram suficientes para que nós concluíssemos
que ela tinha ou não tinha muita sorte. Assim, o “q” pode assumir os dois valores
lógicos (V ou F), fazendo com que a conclusão não seja necessariamente
verdadeira. Item errado.

(Texto para as questões de 156 a 159) Uma dedução é uma sequência de


proposições em que algumas são premissas e as demais são conclusões.
Uma dedução é denominada válida quando tanto as premissas quanto as
conclusões são verdadeiras. Suponha que as seguintes premissas sejam
verdadeiras.

I Se os processos estavam sobre a bandeja, então o juiz os analisou.


II O juiz estava lendo os processos em seu escritório ou ele estava lendo os
processos na sala de audiências.
III Se o juiz estava lendo os processos em seu escritório, então os processos
estavam sobre a mesa.
IV O juiz não analisou os processos.
V Se o juiz estava lendo os processos na sala de audiências, então os
processos estavam sobre a bandeja.

A partir do texto e das informações e premissas acima, é correto afirmar que


a proposição

156 - (TRT- 2009 / CESPE) “Se o juiz não estava lendo os processos em seu
escritório, então ele estava lendo os processos na sala de audiências” é uma
conclusão verdadeira.

Solução:

Nessa questão, vamos começar passando as premissas e a conclusão para a


linguagem simbólica:

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I: Se os processos estavam sobre a bandeja, então o juiz os analisou.


II: O juiz estava lendo os processos em seu escritório ou ele estava lendo os
processos na sala de audiências.
III: Se o juiz estava lendo os processos em seu escritório, então os processos
estavam sobre a mesa.
IV: O juiz não analisou os processos.
V: Se o juiz estava lendo os processos na sala de audiências, então os processos
estavam sobre a bandeja.

Conclusão: Se o juiz não estava lendo os processos em seu escritório, então ele
estava lendo os processos na sala de audiências

Batizando as proposições:

A: Os processos estavam sobre a bandeja


B: O juiz analisou os processos
C: O juiz estava lendo os processos em seu escritório
D: O juiz estava lendo os processos na sala de audiências
E: Os processos estavam sobre a mesa.

Assim,

I: A → B
II: C v D
III: C → E
IV: ~B
V: D → A
Conclusão: ~C → D

Portanto, podemos escrever o argumento da seguinte forma:

[(A → B) ∧ (C v D) ∧ (C → E) ∧ (~B) ∧ (D → A)] → (~C → D)

Como temos diversas proposições simples formando esse argumento, o método


da tabela-verdade não é indicado nesse caso. Podemos observar que uma das
premissas (IV) é formada por uma proposição simples. Assim, sabendo que todas
as premissas devem ser verdadeiras, essa premissa também deve ser verdadeira:

~B deve ser verdadeira, logo B deve ser falsa.

Reescrevendo o conjunto de premissas:

(A → B) ∧ (C v D) ∧ (C → E) ∧ (~B) ∧ (D → A)
(A → F) ∧ (C v D) ∧ (C → E) ∧ (~F) ∧ (D → A)
(A → F) ∧ (C v D) ∧ (C → E) ∧ (V) ∧ (D → A)

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Agora, podemos observar que a premissa I é uma condicional a qual possui a
segunda proposição com valor lógico falso. Assim, para essa premissa ser
verdadeira, a primeira proposição também deve ser falsa:

(A → F) deve ser verdadeira, logo A deve ser falsa.

Reescrevendo o conjunto de premissas:

(A → F) ∧ (C v D) ∧ (C → E) ∧ (D → A)
(F → F) ∧ (C v D) ∧ (C → E) ∧ (D → F)
(V) ∧ (C v D) ∧ (C → E) ∧ (D → F)

Agora, da mesma forma que fizemos para a premissa I, podemos observar que a
premissa V também é uma condicional a qual possui a segunda proposição com
valor lógico falso. Assim, para essa premissa ser verdadeira, a primeira proposição
também deve ser falsa:

(D → F) deve ser verdadeira, logo D deve ser falsa.

Reescrevendo o conjunto de premissas:

(C v D) ∧ (C → E) ∧ (D → F)
(C v F) ∧ (C → E) ∧ (F → F)
(C v F) ∧ (C → E) ∧ (V)

Agora, podemos observar que a premissa II é uma disjunção a qual possui uma de
suas proposições com valor lógico falso. Assim, para essa premissa ser
verdadeira, a outra proposição deve ser verdadeira:

(C v F) deve ser verdadeira, logo C deve ser verdadeira.

Reescrevendo o conjunto de premissas:

(C v F) ∧ (C → E)
(V v F) ∧ (V → E)
(V) ∧ (V → E)

Por fim, podemos ver que a premissa III é uma condicional a qual possui a
primeira proposição com valor lógico verdadeiro. Assim, para essa premissa ser
verdadeira, a segunda proposição também deve ser verdadeira:

(V → E) deve ser verdadeira, logo E deve ser verdadeira.

Com isso, concluímos que para o conjunto de premissas ser verdadeiro,

A deve ser falsa.


B deve ser falsa.
C deve ser verdadeira.
D deve ser falsa.

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E deve ser verdadeira.

Resta, então, verificar se para esses valores lógicos das proposições, a conclusão
também é verdadeira:

Conclusão: (~C → D) = (~V → F) = (F → F) = V

Portanto, a conclusão também é verdadeira, o que nos leva a concluir que essa é
uma conclusão verdadeira para o argumento. Item correto.

157 - (TRT- 2009 / CESPE) “Se os processos não estavam sobre a mesa,
então o juiz estava lendo os processos na sala de audiências” não é uma
conclusão verdadeira.

Solução:

Utilizando as informações da questão anterior:

A deve ser falsa.


B deve ser falsa.
C deve ser verdadeira.
D deve ser falsa.
E deve ser verdadeira.

Agora, passando a conclusão sugerida por essa questão para a linguagem


simbólica, temos:

Conclusão: “Se os processos não estavam sobre a mesa, então o juiz estava
lendo os processos na sala de audiências”

Conclusão: ~E → D

Sabendo que E é verdadeira e D é falsa, temos:

Conclusão: ~E → D = ~V → F = F → F = V

Portanto, a conclusão também é verdadeira, o que nos leva a concluir que essa é
uma conclusão verdadeira para o argumento. Item errado.

158 - (TRT- 2009 / CESPE) “Os processos não estavam sobre bandeja” é uma
conclusão verdadeira.

Solução:

Mais uma vez, vamos utilizar as informações obtidas anteriormente:

A deve ser falsa.

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B deve ser falsa.
C deve ser verdadeira.
D deve ser falsa.
E deve ser verdadeira.

Agora, passando a conclusão sugerida por essa questão para a linguagem


simbólica, temos:

“Os processos não estavam sobre bandeja”

Conclusão: ~A

Sabendo que A é falsa, temos:

Conclusão: ~A = ~F = V

Portanto, a conclusão também é verdadeira, o que nos leva a concluir que essa é
uma conclusão verdadeira para o argumento. Item correto.

159 - (TRT- 2009 / CESPE) “Se o juiz analisou os processos, então ele não
esteve no escritório” é uma conclusão verdadeira.

Solução:

Mais uma questão na mesma linha. Sabendo que:

A deve ser falsa.


B deve ser falsa.
C deve ser verdadeira.
D deve ser falsa.
E deve ser verdadeira.

Agora, passando a conclusão sugerida por essa questão para a linguagem


simbólica, temos:

“Se o juiz analisou os processos, então ele não esteve no escritório”

K: o juiz esteve no escritório

Conclusão: B → ~K

Não sabemos o valor lógico de K, mas sabemos que B é falsa. Assim:

Conclusão: B → ~K = F → ~K = V (para qualquer que seja o valor lógico de K)

Portanto, a conclusão também é verdadeira, o que nos leva a concluir que essa é
uma conclusão verdadeira para o argumento. Item correto.

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160 - (Escrivão-PF - 2009 / CESPE) Considere as proposições A, B e C a


seguir.

A: Se Jane é policial federal ou procuradora de justiça, então Jane foi


aprovada em concurso público.
B: Jane foi aprovada em concurso público.
C: Jane é policial federal ou procuradora de justiça.

Nesse caso, se A e B forem V, então C também será V.

Solução:

Essa questão está sugerindo que A e B são premissas que levam à conclusão C.
Vamos verificar:

A: Se Jane é policial federal ou procuradora de justiça, então Jane foi


aprovada em concurso público.

B: Jane foi aprovada em concurso público.

C: Jane é policial federal ou procuradora de justiça.

p: Jane é policial federal.


q: Jane é procuradora de justiça.
r: Jane foi aprovada em concurso público.

A: (p v q) → r
B: r
C: p v q

Assim, o argumento fica:

{[(p v q) → r] ∧ r} → (p v q)

Vimos na aula passada que temos algumas opções para resolver a questão.
Nessa, eu vou optar pela tabela-verdade reduzida:

B C A
p q r pvq (p v q) → r
V V V V V
V V F V F
V F V V V
V F F V F
F V V V V
F V F V F
F F V F V
F F F F V

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Vamos, agora, arrumar a ordem das colunas e excluir as linhas onde as premissas
são falsas:

A B C
p q (p v q) → r r pvq
V V V V V
V F V V V
F V V V V
F F V V F

Percebam que na última linha da tabela acima, as duas premissas são verdadeiras
e a conclusão é falsa. Portanto, item errado.

161 - (Escrivão-PF - 2009 / CESPE) A sequência de proposições a seguir


constitui uma dedução correta.

Se Carlos não estudou, então ele fracassou na prova de Física.


Se Carlos jogou futebol, então ele não estudou.
Carlos não fracassou na prova de Física.
Carlos não jogou futebol.

Solução:

Vamos organizar:

P1: Se Carlos não estudou, então ele fracassou na prova de Física.


P2: Se Carlos jogou futebol, então ele não estudou.
P3: Carlos não fracassou na prova de Física.
C: Carlos não jogou futebol.

p: Carlos estudou
q: Carlos fracassou na prova de Física
r: Carlos jogou futebol

Agora, vamos montar o argumento:

[(~p → q) ∧ (r → ~p) ∧ (~q)] → (~r)

Bom, agora que já montamos o argumento, temos algumas opções para resolver a
questão. Vamos à análise das premissas:

(~p → q) ∧ (r → ~p) ∧ (~q)

Percebam que uma das premissas (a terceira) é composta por uma única
proposição simples. Assim, lembrando que todas as premissas devem ser
verdadeiras:

~q deve ser verdadeira, ou seja, q deve ser falsa. Portanto:

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(~p → q) ∧ (r → ~p) ∧ (~q)


(~p → F) ∧ (r → ~p) ∧ (~F)
(~p → F) ∧ (r → ~p) ∧ (V)

Agora, podemos perceber que a primeira premissa é uma condicional cujo


segundo termo é falso. Com isso:

~p deve ser falso, ou seja, p deve ser verdadeiro. Assim:

(~p → F) ∧ (r → ~p)
(~V → F) ∧ (r → ~V)
(F → F) ∧ (r → F)
(V) ∧ (r → F)

Por fim, podemos perceber que a segunda premissa é uma condicional cujo
segundo termo é falso. Portanto:

r deve ser falsa.

Resumindo:

p é verdadeiro, ou seja, Carlos estudou.


q é falsa, ou seja, Carlos não fracassou na prova de Física.
r é falsa, ou seja, Carlos não jogou futebol.

Assim, podemos concluir que a dedução está correta, pois, baseando-se nas
premissas, Carlos não jogou futebol. Item correto.

162 - (Escrivão-PF - 2009 / CESPE) Considere que as proposições da


sequência a seguir sejam verdadeiras.

Se Fred é policial, então ele tem porte de arma.


Fred mora em São Paulo ou ele é engenheiro.
Se Fred é engenheiro, então ele faz cálculos estruturais.
Fred não tem porte de arma.
Se Fred mora em São Paulo, então ele é policial.

Nesse caso, é correto inferir que a proposição “Fred não mora em São
Paulo” é uma conclusão verdadeira com base nessa sequência.

Solução:

Vamos começar passando tudo para a linguagem simbólica:

P1: Se Fred é policial, então ele tem porte de arma.


P2: Fred mora em São Paulo ou ele é engenheiro.
P3: Se Fred é engenheiro, então ele faz cálculos estruturais.

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P4: Fred não tem porte de arma.
P5: Se Fred mora em São Paulo, então ele é policial.
C: Fred não mora em São Paulo

p: Fred é policial
q: Fred tem porte de arma
r: Fred mora em São Paulo
s: Fred é engenheiro
t: Fred faz cálculos estruturais

P1: p → q
P2: r v s
P3: s → t
P4: ~q
P5: r → p
C: ~r

Argumento: [(p → q) ∧ (r v s) ∧ (s → t) ∧ (~q) ∧ (r → p)] → (~r)

Podemos ver que o argumento possui 5 proposições simples diferentes (p, q, r, s e


t), o que nos leva a tentar resolver a questão sem o uso das tabelas-verdade.
Podemos perceber que a quarta premissa é formada por apenas uma proposição
simples. Vamos começar a análise por ela:

P4: ~q

Assim, podemos concluir que ~q deve ser verdadeiro, ou seja , q deve ser falso.
Com isso:

(p → q) ∧ (r v s) ∧ (s → t) ∧ (~q) ∧ (r → p)
(p → F) ∧ (r v s) ∧ (s → t) ∧ (~F) ∧ (r → p)
(p → F) ∧ (r v s) ∧ (s → t) ∧ (V) ∧ (r → p)

Agora, podemos perceber que a premissa 1 é uma condicional que possui a


segunda proposição falsa:

(p → F)

Assim, podemos concluir que o p deve ser falso. Com isso:

(p → F) ∧ (r v s) ∧ (s → t) ∧ (V) ∧ (r → p)
(F → F) ∧ (r v s) ∧ (s → t) ∧ (V) ∧ (r → F)
(V) ∧ (r v s) ∧ (s → t) ∧ (V) ∧ (r → F)

Agora, podemos perceber que a premissa 5 também é uma condicional que


possui a segunda proposição falsa:

(r → F)

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Assim, podemos concluir que o r deve ser falso. Com isso:

(V) ∧ (r v s) ∧ (s → t) ∧ (V) ∧ (r → F)
(V) ∧ (F v s) ∧ (s → t) ∧ (V) ∧ (F → F)
(V) ∧ (F v s) ∧ (s → t) ∧ (V) ∧ (V)

Agora, podemos perceber que a premissa 2 é uma disjunção que possui uma das
proposições falsa:

(F v s)

Assim, podemos concluir que o s deve ser verdadeiro. Com isso:

(V) ∧ (F v s) ∧ (s → t) ∧ (V) ∧ (V)


(V) ∧ (F v V) ∧ (V→ t) ∧ (V) ∧ (V)
(V) ∧ (V) ∧ (V→ t) ∧ (V) ∧ (V)

Por fim, podemos perceber que a premissa 3 é uma condicional que possui a
primeira proposição verdadeira:

(V → t)

Assim, podemos concluir que o t deve ser verdadeiro. Com isso:

(V) ∧ (V) ∧ (V→ t) ∧ (V) ∧ (V)


(V) ∧ (V) ∧ (V→ V) ∧ (V) ∧ (V)
(V) ∧ (V) ∧ (V) ∧ (V) ∧ (V) = V

Resumindo:

p deve ser falso, ou seja, Fred não é policial


q deve ser falso, ou seja, Fred não tem porte de arma
r deve ser falso, ou seja, Fred não mora em São Paulo
s deve ser verdadeiro, ou seja, Fred é engenheiro
t deve ser verdadeiro, ou seja, Fred faz cálculos estruturais

Vamos, agora, verificar se a conclusão é válida:

C: Fred não mora em São Paulo

Podemos ver que, nos baseando nas premissas, a conclusão proposta é


verdadeira. Item correto.

163 - (BB - 2007 / CESPE) É correto o raciocínio lógico dado pela sequência
de proposições seguintes:

Se Antônio for bonito ou Maria for alta, então José será aprovado no
concurso.

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Maria é alta.
Portanto José será aprovado no concurso.

Solução:

Passando tudo para a linguagem simbólica, temos:

P1: Se Antônio for bonito ou Maria for alta, então José será aprovado no concurso.
P2: Maria é alta.
C: José será aprovado no concurso.

p: Antônio é bonito
q: Maria é alta
r: José será aprovado no concurso

P1: (p v q) → r
P2: q
C: r

Argumento: [((p v q) → r) ∧ (q)] → (r)

Podemos ver que a segunda premissa é uma proposição simples, o que nos leva
a concluir que ela deve ser verdadeira:

q deve ser verdadeira

Com isso:

((p v q) → r) ∧ (q)
((p v V) → r) ∧ (V)

Percebam agora, que qualquer que seja o valor lógico do “p”, a disjunção “p v V”
será verdadeira. Assim:

p pode possuir qualquer valor lógico

((p v V) → r) ∧ (V)
(V → r) ∧ (V)

Agora, devemos perceber que o “r” deve ser verdadeiro para que a condicional
”V → r” seja verdadeira. Com isso:

r deve ser verdadeira

(V → r) ∧ (V)
(V → V) ∧ (V)
(V) ∧ (V) = V

Portanto,

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p: Antônio pode ou não ser bonito


q: Maria é alta
r: José será aprovado no concurso

Vamos, agora, verificar se a conclusão é válida:

C: José será aprovado no concurso

Podemos ver que, nos baseando nas premissas, a conclusão proposta é


verdadeira e o raciocínio é correto. Item correto.

164 - (BB - 2007 / CESPE) É correto o raciocínio lógico dado pela seqüência
de proposições seguintes:

Se Célia tiver um bom currículo, então ela conseguirá um emprego.


Ela conseguiu um emprego.
Portanto, Célia tem um bom currículo.

Solução:

Mais uma vez, passando tudo para a linguagem simbólica, temos:

P1: Se Célia tiver um bom currículo, então ela conseguirá um emprego.


P2: Ela conseguiu um emprego.
C: Célia tem um bom currículo.

p: Célia ter um bom currículo


q: Célia conseguir um bom emprego

P1: p → q
P2: q
C: p

Argumento: [(p → q) ∧ (q)] → (p)

Como temos apenas duas proposições simples distintas nesse argumento, vamos
partir para a tabela-verdade:

C P2 P1 Premissas Argumento
p q p→q (p → q) ∧ (q) [(p → q) ∧ (q)] → (p)
V V V V V
V F F F V
F V V V F
F F V F V

Portanto, olhando para a tabela-verdade, podemos perceber que o argumento não


é válido. Item errado.

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165 - (BB - 2007 / CESPE) Considere as seguintes proposições:

P: “Mara trabalha” e Q: “Mara ganha dinheiro”

Nessa situação, é válido o argumento em que as premissas são “Mara não


trabalha ou Mara ganha dinheiro” e “Mara não trabalha”, e a conclusão é
“Mara não ganha dinheiro”.

Solução:

Organizando:

P1: Mara não trabalha ou Mara ganha dinheiro


P2: Mara não trabalha
C: Mara não ganha dinheiro

Passando para a linguagem simbólica:

P1: ~P v Q
P2: ~P
C: ~Q

Argumento: [(~P v Q) ∧ (~P)] → (~Q)

Novamente, como temos apenas duas proposições simples distintas nesse


argumento, vamos partir para a tabela-verdade:

P2 C P1 Premissas Argumento
P Q ~P ~Q ~P v Q (~P v Q) ∧ (~P) [(~P v Q) ∧ (~P)] → (~Q)
V V F F V F V
V F F V F F V
F V V F V V F
F F V V V V V

Portanto, olhando para a tabela-verdade, podemos perceber que o argumento não


é válido. Item errado.

166 - (BB - 2007 / CESPE) Considere que as afirmativas “Se Mara acertou na
loteria então ela ficou rica” e “Mara não acertou na loteria” sejam ambas
proposições verdadeiras. Simbolizando adequadamente essas proposições
pode-se garantir que a proposição “Ela não ficou rica” é também verdadeira.

Solução:

Vamos organizar o raciocínio:

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P1: Se Mara acertou na loteria então ela ficou rica
P2: Mara não acertou na loteria
C: Ela não ficou rica

p: Mara acertou na loteria


q: Mara ficou rica

P1: p → q
P2: ~p
C: ~q

Argumento: [(p → q) ∧ (~p)] → (~q)

Mais uma vez, como temos apenas duas proposições simples distintas nesse
argumento, vamos partir para a tabela-verdade:

P2 C P1 Premissas Argumento
p q ~p ~q p→q (p → q) ∧ (~p) [(p → q) ∧ (~p)] → (~q)
V V F F V F V
V F F V F F V
F V V F V V F
F F V V V V V

Portanto, olhando para a tabela-verdade, podemos perceber que o argumento não


é válido. Item errado.

(Texto para as questões de 167 e 168) O exercício da atividade policial exige


preparo técnico adequado ao enfrentamento de situações de conflito e,
ainda, conhecimento das leis vigentes, incluindo interpretação e forma de
aplicação dessas leis nos casos concretos. Sabendo disso, considere como
verdadeiras as proposições seguintes.

P1: Se se deixa dominar pela emoção ao tomar decisões, então o policial


toma decisões ruins.

P2: Se não tem informações precisas ao tomar decisões, então o policial


toma decisões ruins.

P3: Se está em situação de estresse e não teve treinamento adequado, o


policial se deixa dominar pela emoção ao tomar decisões.

P4: Se teve treinamento adequado e se dedicou nos estudos, então o policial


tem informações precisas ao tomar decisões.

Com base nessas proposições, julgue os itens a seguir.

167 - (Polícia Civil/CE - 2012 / CESPE) A partir das proposições P2 e P4, é


correto inferir que “O policial que tenha tido treinamento adequado e tenha

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se dedicado nos estudos não toma decisões ruins” é uma proposição
verdadeira.

Solução:

Nessa questão, podemos entender que P2 e P4 são as premissas e que “O


policial que tenha tido treinamento adequado e tenha se dedicado nos estudos
não toma decisões ruins” é a conclusão do argumento. Vamos verificar se esta
conclusão é verdadeira, nos baseando nas premissas P2 e P4:

P2: Se não tem informações precisas ao tomar decisões, então o policial toma
decisões ruins.

P4: Se teve treinamento adequado e se dedicou nos estudos, então o policial tem
informações precisas ao tomar decisões.

C: O policial que tenha tido treinamento adequado e tenha se dedicado nos


estudos não toma decisões ruins.

Batizando as proposições, temos:

p: O policial tem informações precisas ao tomar decisões.


q: O policial toma decisões ruins.
r: O policial teve treinamento adequado e se dedicou nos estudos. (nessa
proposição, apesar de termos uma conjunção, preferi chamar tudo de “r”, pois as
duas proposições andam juntas durante todo o argumento. Meu intuito com isso
foi apenas simplificar o argumento, deixando-o com uma proposição a menos)

P2: ~p → q
P4: r → p
C: r → ~q

Assim, o argumento fica:

[(~p → q) ∧ (r → p)] ⇒ (r → ~q)

Vamos verificar se a conclusão é necessariamente verdadeira, nos baseando nas


premissas, a partir da construção da tabela-verdade:

P2 P4 C
p q r ~p ~q ~p → q r→p r → ~q
V V V F F V V F
V V F F F V V V
V F V F V V V V
V F F F V V V V
F V V V F V F F
F V F V F V V V
F F V V V F F V
F F F V V F V V

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Eliminando as linhas onde alguma premissa é falsa, temos:

P2 P4 C
p q r ~p ~q ~p → q r→p r → ~q
V V V F F V V F
V V F F F V V V
V F V F V V V V
V F F F V V V V
F V F V F V V V

Agora, percebam que considerando as premissas verdadeiras não podemos


garantir que a proposição “O policial que tenha tido treinamento adequado e tenha
se dedicado nos estudos não toma decisões ruins” seja verdadeira, pois existe
uma possibilidade (a primeira linha da tabela acima) na qual as premissas são
verdadeiras e a conclusão é falsa. Item errado.

168 - (Polícia Civil/CE - 2012 / CESPE) Considerando que P1, P2, P3 e P4


sejam as premissas de um argumento cuja conclusão seja “Se o policial está
em situação de estresse e não toma decisões ruins, então teve treinamento
adequado”, é correto afirmar que esse argumento é válido.

Solução:

Agora, devemos analisar o seguinte argumento:

P1: Se se deixa dominar pela emoção ao tomar decisões, então o policial toma
decisões ruins.

P2: Se não tem informações precisas ao tomar decisões, então o policial toma
decisões ruins.

P3: Se está em situação de estresse e não teve treinamento adequado, o policial


se deixa dominar pela emoção ao tomar decisões.

P4: Se teve treinamento adequado e se dedicou nos estudos, então o policial tem
informações precisas ao tomar decisões.

C: Se o policial está em situação de estresse e não toma decisões ruins, então


teve treinamento adequado.

Passando as premissas e a conclusão para a linguagem simbólica, temos:

p: O policial se deixa dominar pela emoção ao tomar decisões.


q: O policial toma decisões ruins.
r: O policial tem informações precisas ao tomar decisões.
s: O policial está em situação de estresse.
t: O policial teve treinamento adequado.

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u: O policial se dedicou nos estudos.

P1: p → q
P2: ~r → q
P3: (s ∧ ~t) → p
P4: (t ∧ u) → r
C: (s ∧ ~q) → t

Argumento:

{(p → q) ∧ (~r → q) ∧ [(s ∧ ~t) → p] ∧ [(t ∧ u) → r]} ⇒ [(s ∧ ~q) → t]

Agora, vou ensinar um macete para verificar se esse argumento é válido. O


macete consiste em testar se o conjunto de premissas é verdadeiro quando a
conclusão é falsa. Se o conjunto de premissas tiver alguma possibilidade de ser
verdadeira quando a conclusão é falsa, concluímos que o argumento é inválido.

Para que a conclusão (s ∧ ~q) → t seja falsa, é necessário que s seja verdadeiro,
“~q” seja verdadeira (ou seja, “q” tem que ser falso) e “t” seja falso.

Agora, vamos testar como se comporta o conjunto de premissas para esses


valores de s, q e t:

(p → q) ∧ (~r → q) ∧ [(s ∧ ~t) → p] ∧ [(t ∧ u) → r]


(p → F) ∧ (~r → F) ∧ [(V ∧ ~F) → p] ∧ [(F ∧ u) → r]
(p → F) ∧ (~r → F) ∧ [(V ∧ V) → p] ∧ [(F ∧ u) → r]
(p → F) ∧ (~r → F) ∧ [(V) → p] ∧ [(F ∧ u) → r]

Agora, podemos perceber que as premissas 1 e 3 apresentam uma contradição no


“p”, pois ele tem que ser falso para que P1 seja verdadeira e tem que ser
verdadeiro para que P3 seja verdadeira. Portanto, não há nenhuma possibilidade
em que o conjunto de premissas é verdadeiro e a conclusão é falsa, ou seja,
sempre que o conjunto de premissas for verdadeiro a conclusão também será
verdadeira, o que torna o argumento válido. Item correto.

(Texto para a questão 169) Estudo divulgado pelo Instituto de Pesquisas


Econômicas Aplicadas (IPEA) revela que, no Brasil, a desigualdade social
está entre as maiores causas da violência entre jovens.

Um dos fatores que evidenciam a desigualdade social e expõem a população


jovem à violência é a condição de extrema pobreza, que atinge 12,2% dos 34
milhões de jovens brasileiros, membros de famílias com renda per capita de
até um quarto do salário mínimo, afirma a pesquisa.

Como a violência afeta mais os pobres, é usual fazer um raciocínio simplista


de que a pobreza é a principal causadora da violência entre os jovens, mas
isso não é verdade. O fato de ser pobre não significa que a pessoa será

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violenta. Existem inúmeros exemplos de atos violentos praticados por
jovens de classe média.
Internet: <http://amaivos.uol.com.br> (com adaptações).

Tendo como referência o texto acima, julgue os itens seguintes.

169 - (Polícia Civil/CE - 2012 / CESPE) Das proposições “Se há corrupção,


aumenta-se a concentração de renda”, “Se aumenta a concentração de
renda, acentuam-se as desigualdades sociais” e “Se se acentuam as
desigualdades sociais, os níveis de violência crescem” é correto inferir que
“Se há corrupção, os níveis de violência crescem”.

Solução:

Vamos organizar o argumento:

P1: “Se há corrupção, aumenta-se a concentração de renda”.

P2: “Se aumenta a concentração de renda, acentuam-se as desigualdades


sociais”.

P3: “Se se acentuam as desigualdades sociais, os níveis de violência crescem”.

C: “Se há corrupção, os níveis de violência crescem”.

Batizando as proposições, temos:

p: Há corrupção.
q: Aumenta-se a concentração de renda.
r: Acentuam-se as desigualdades sociais.
s: Os níveis de violência crescem.

P1: p → q
P2: q → r
P3: r → s
C: p → s

Argumento: [(p → q) ∧ (q → r) ∧ (r → s)] ⇒ (p → s)

Lembrando que (A → B) ∧ (B → C) ⇒ (A → C), temos:

[(p → q) ∧ (q → r) ∧ (r → s)] ⇒ (p → s)
[(p → r) ∧ (r → s)] ⇒ (p → s)
[(p → s)] ⇒ (p → s)

Item correto.

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(Texto para as questões de 170 e 173) Verificando a regularidade da
aquisição de dispositivos sensores de presença e movimento para
instalação em uma repartição pública, os fiscais constataram que os
proprietários das empresas participantes da licitação eram parentes. Diante
dessa constatação, o gestor argumentou da seguinte maneira:

P: As empresas participantes do certame foram convidadas formalmente ou


tomaram conhecimento da licitação pela imprensa oficial.

Q: Os proprietários das empresas convidadas formalmente não eram


parentes.

R: Se os proprietários das empresas convidadas formalmente não eram


parentes e os proprietários das empresas participantes da licitação eram
parentes, então as empresas participantes não foram convidadas
formalmente.

Conclusão: As empresas participantes tomaram conhecimento da licitação


pela imprensa oficial.

A partir das informações acima apresentadas, julgue os itens a seguir.

170 - (TCDF - 2012 / CESPE) Incluindo entre as premissas a constatação da


equipe de fiscalização, o argumento do gestor será um argumento válido.

Solução:

Vamos começar organizando o argumento, incluindo entre as premissas a


constatação da equipe de fiscalização:

P1: Os proprietários das empresas participantes da licitação eram parentes

P2: As empresas participantes do certame foram convidadas formalmente ou


tomaram conhecimento da licitação pela imprensa oficial.

P3: Os proprietários das empresas convidadas formalmente não eram parentes.

P4: Se os proprietários das empresas convidadas formalmente não eram parentes


e os proprietários das empresas participantes da licitação eram parentes, então as
empresas participantes não foram convidadas formalmente.

C: As empresas participantes tomaram conhecimento da licitação pela imprensa


oficial.

Passando tudo para a linguagem simbólica, temos:

p: Os proprietários das empresas participantes da licitação eram parentes.


q: As empresas participantes do certame foram convidadas formalmente.

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r: As empresas participantes tomaram conhecimento da licitação pela imprensa
oficial.
s: Os proprietários das empresas convidadas formalmente eram parentes

P1: p
P2: (q v r)
P3: ~s
P4: (~s ∧ p) → ~q
C: r

Argumento: [(p) ∧ (q v r) ∧ (~s) ∧ ((~s ∧ p) → ~q)] ⇒ (r)

Podemos perceber de início que as premissas P1 e P3 são proposições simples, o


que nos leva a concluir que “p” deve ser verdadeiro e “~s” deve ser verdadeiro, ou
seja, “s” deve ser falso. Assim:

(p) ∧ (q v r) ∧ (~s) ∧ ((~s ∧ p) → ~q)

(V) ∧ (q v r) ∧ (~F) ∧ ((~F ∧ V) → ~q)

(V) ∧ (q v r) ∧ (V) ∧ ((V ∧ V) → ~q)

(V) ∧ (q v r) ∧ (V) ∧ (V → ~q)

Agora, devemos concluir que “~q” deve ser verdadeiro, ou seja, “q” deve ser falso
para que P4 seja verdadeira:

(V) ∧ (q v r) ∧ (V) ∧ (V → ~q)

(V) ∧ (F v r) ∧ (V) ∧ (V → ~F)

(V) ∧ (F v r) ∧ (V) ∧ (V)

Por fim, devemos concluir que “r” deve ser necessariamente verdadeiro para que
P2 seja verdadeira.

(V) ∧ (F v r) ∧ (V) ∧ (V)

(V) ∧ (F v V) ∧ (V) ∧ (V)

(V) ∧ (V) ∧ (V) ∧ (V)

Agora, olhando para a conclusão (r), podemos perceber que o argumento é válido,
pois considerando o conjunto de premissas verdadeiro, a conclusão só pode ser
verdadeira. Item correto.

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171 - (TCDF - 2012 / CESPE) A partir da argumentação do gestor é correto
inferir que todas as empresas que tomaram conhecimento do certame pela
imprensa oficial participaram da licitação.

Solução:

Agora, a argumentação não considera a constatação da equipe de fiscalização:

P1: As empresas participantes do certame foram convidadas formalmente ou


tomaram conhecimento da licitação pela imprensa oficial.

P2: Os proprietários das empresas convidadas formalmente não eram parentes.

P3: Se os proprietários das empresas convidadas formalmente não eram parentes


e os proprietários das empresas participantes da licitação eram parentes, então as
empresas participantes não foram convidadas formalmente.

C: As empresas participantes tomaram conhecimento da licitação pela imprensa


oficial.

Passando tudo para a linguagem simbólica, temos:

p: Os proprietários das empresas participantes da licitação eram parentes.


q: As empresas participantes do certame foram convidadas formalmente.
r: As empresas participantes tomaram conhecimento da licitação pela imprensa
oficial.
s: Os proprietários das empresas convidadas formalmente eram parentes

P1: (q v r)
P2: ~s
P3: (~s ∧ p) → ~q
C: r

Argumento: [(q v r) ∧ (~s) ∧ ((~s ∧ p) → ~q)] ⇒ (r)

Nesse argumento, vamos usar aquele macete de testar se para a conclusão


sendo falsa existe alguma possibilidade de o conjunto de premissas ser
verdadeiro:

Considerando “r” falso, temos:

(q v r) ∧ (~s) ∧ ((~s ∧ p) → ~q)

(q v F) ∧ (~s) ∧ ((~s ∧ p) → ~q)

Podemos concluir que o “q” deve ser verdadeiro para que P1 seja verdadeira:

(q v F) ∧ (~s) ∧ ((~s ∧ p) → ~q)

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(V v F) ∧ (~s) ∧ ((~s ∧ p) → ~ V)

(V) ∧ (~s) ∧ ((~s ∧ p) → F)

Agora, devemos concluir que “~s” deve ser verdadeiro para que P2 seja
verdadeira, ou seja, “s” deve ser falso:

(V) ∧ (~s) ∧ ((~s ∧ p) → F)

(V) ∧ (~F) ∧ ((~F ∧ p) → F)

(V) ∧ (V) ∧ ((V ∧ p) → F)

Por fim, o “p” deve ser falso para que P3 seja verdadeira.

(V) ∧ (V) ∧ ((V ∧ p) → F)

(V) ∧ (V) ∧ ((V ∧ F) → F)

(V) ∧ (V) ∧ (F → F)

(V) ∧ (V) ∧ (V)

Assim, podemos concluir que existe a possibilidade de o conjunto de premissas


ser verdadeiro e a conclusão ser falsa, o que nos leva a concluir que o argumento
não é válido. Item errado.

172 - (TCDF - 2012 / CESPE) Se alguma das premissas, P, Q ou R, for uma


proposição falsa, então o argumento apresentado será inválido.

Solução:

Essa é uma questão teórica que exige o conhecimento dos conceitos de


argumentação falado na aula passada. Lembram-se quando eu disse que para
analisar um argumento não devemos nos preocupar com o conteúdo das
proposições, mas devemos observar se, ao considerarmos o conjunto de
premissas verdadeiras, a conclusão é uma consequência obrigatória dessas
premissas. Item errado.

173 - (TCDF - 2012 / CESPE) O fato de determinado argumento ser válido


implica, certamente, que todas as suas premissas são proposições
verdadeiras.

Solução:

Novamente o mesmo conceito. Não é necessário saber o conteúdo das premissas,


mas sim, a sua construção. Item errado.

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(Texto para a questão 174) Um jovem, ao ser flagrado no aeroporto portando


certa quantidade de entorpecentes, argumentou com os policiais conforme o
esquema a seguir:

Premissa 1: Eu não sou traficante, eu sou usuário;

Premissa 2: Se eu fosse traficante, estaria levando uma grande quantidade


de droga e a teria escondido;

Premissa 3: Como sou usuário e não levo uma grande quantidade, não
escondi a droga.

Conclusão: Se eu estivesse levando uma grande quantidade, não seria


usuário.

Considerando a situação hipotética apresentada acima, julgue os itens a


seguir.

174 - (Polícia Federal - 2012 / CESPE) Sob o ponto de vista lógico, a


argumentação do jovem constitui argumentação válida.

Solução:

Vamos começar passando a argumentação para a linguagem simbólica:

Premissa 1: Eu não sou traficante, eu sou usuário;

Premissa 2: Se eu fosse traficante, estaria levando uma grande quantidade de


droga e a teria escondido;

Premissa 3: Como sou usuário e não levo uma grande quantidade, não escondi a
droga.

Conclusão: Se eu estivesse levando uma grande quantidade, não seria usuário.

p: Eu sou traficante
q: Eu sou usuário
r: Estaria levando uma grande quantidade de droga
s: Teria escondido a droga

P1: ~p ∧ q
P2: p → (r ∧ s)
P3: (q ∧ ~r) → ~s
C: r → ~q

Argumentação: [(~p ∧ q) ∧ (p → (r ∧ s)) ∧ ((q ∧ ~r) → ~s)] ⇒ (r → ~q)

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Nessa questão, vou usar mais uma vez o macete de verificar existe alguma
possibilidade do conjunto de premissas ser verdadeiro para a situação em que a
conclusão é falsa.

Analisando a conclusão (r → ~q) ela só será falsa quando “r” for verdadeira e “~q”
for falsa, ou seja, quando tanto “r” quanto “q” forem verdadeiras. Assim, resta
testarmos se para esses valores de “r” e “q” o conjunto de premissas pode ser
verdadeiro:

(~p ∧ q) ∧ (p → (r ∧ s)) ∧ ((q ∧ ~r) → ~s)

(~p ∧ V) ∧ (p → (V ∧ s)) ∧ ((V ∧ ~V) → ~s)

(~p ∧ V) ∧ (p → (V ∧ s)) ∧ ((V ∧ F) → ~s)

(~p ∧ V) ∧ (p → (V ∧ s)) ∧ (F → ~s)

Podemos verificar que das três premissas, as únicas que podem ser falsas são a
primeira e a segunda, quando o “p” for verdadeiro e o “s” for falso. Para qualquer
outra combinação de valores lógicos de “p” e “s” o conjunto de premissas será
verdadeiro. Portanto, existe a possibilidade de o conjunto de premissas ser
verdadeiro e a conclusão ser falsa, o que nos leva a concluir que a argumentação
não é válida. Item errado.

(Texto para a questão 175) Ao comentar a respeito da qualidade dos serviços


prestados por uma empresa, um cliente fez as seguintes afirmações:

P1: Se for bom e rápido, não será barato.


P2: Se for bom e barato, não será rápido.
P3: Se for rápido e barato, não será bom.

Com base nessas informações, julgue os itens seguintes.

175 - (MI - 2013 / CESPE) Um argumento que tenha P1 e P2 como premissas e


P3 como conclusão será um argumento válido.

Solução:

Nessa questão, vamos começar passando as afirmações para a linguagem


simbólica:

p: Ser bom
q: Ser rápido
r: Ser barato

P1: (p ∧ q) → ~r
P2: (p ∧ r) → ~q

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P3: (q ∧ r) → ~p

Assim, o argumento fica:

Argumento: [(p ∧ q) → ~r] ∧ [(p ∧ r) → ~q] ⇒ [(q ∧ r) → ~p]

Uma forma mais simples de resolver essa questão é utilizando o macete. Assim,
para que a conclusão seja falsa, temos:

(q ∧ r) → ~p

q ∧ r deve ser verdadeiro, ou seja, q deve ser verdadeiro e r deve ser verdadeiro, e
~p deve ser falso, ou seja, p deve ser verdadeiro. Assim, resta testarmos se para
esses valores de p, q e r as premissas podem ser verdadeiras:

[(p ∧ q) → ~r] ∧ [(p ∧ r) → ~q]

[(V ∧ V) → ~ V] ∧ [(V ∧ V) → ~V]

[(V) → F] ∧ [(V) → F]

[F] ∧ [F] = F

Portanto, não há a possibilidade de o conjunto de premissas ser verdadeiro e a


conclusão ser falsa, o que nos leva a concluir que o argumento é válido. Item
correto.

(Texto para a questão 176) Ser síndico não é fácil. Além das cobranças de
uns e da inadimplência de outros, ele está sujeito a passar por desonesto. A
esse respeito, um ex-síndico formulou as seguintes proposições:

— Se o síndico troca de carro ou reforma seu apartamento, dizem que ele


usou dinheiro do condomínio em benefício próprio. (P1)

— Se dizem que o síndico usou dinheiro do condomínio em benefício


próprio, ele fica com fama de desonesto. (P2)

— Logo, se você quiser manter sua fama de honesto, não queira ser síndico.
(P3)

Com referência às proposições P1, P2 e P3 acima, julgue os itens a seguir.

176 - (SERPRO - 2013 / CESPE) Considerando que P1 e P2 sejam as


premissas de um argumento de que P3 seja a conclusão, é correto afirmar
que, do ponto de vista lógico, o texto acima constitui um argumento válido.

Solução:

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Vamos começar passando o argumento para a linguagem simbólica:

p: O síndico troca de carro


q: O síndico reforma o apartamento
r: Dizem que o sindico usou dinheiro do condomínio em benefício próprio
s: O síndico fica com fama de desonesto
t: Não querer ser síndico

P1: (p v q) → r
P2: r → s
P3: ~s → t

Argumento: [(p v q) → r] ∧ [r → s] ⇒ (~s → t)

Agora, resta testar se o argumento é válido. Mais uma vez vou utilizar o macete.
Assim, vamos começar checando as possibilidades para a conclusão ser falsa:

~s → t

Para esta condicional ser falsa, o "~s" deve ser verdadeiro e o "t" deve ser falso,
ou seja, s e t devem ser falsos. Com isso, vamos testar se para esses valores de s
e t o conjunto de premissas pode ser verdadeiro. Vejamos:

[(p v q) → r] ∧ [r → s]

[(p v q) → r] ∧ [r → F]

Aqui, para a segunda premissa ser verdadeira, o r deve ser falso. Assim:

[(p v q) → r] ∧ [r → F]

[(p v q) → F] ∧ [F → F]

[(p v q) → F] ∧ [V]

Por fim, para que a primeira premissa seja verdadeira, tanto p quanto q devem ser
falsos. Assim:

[(p v q) → F] ∧ [V]

[(F v F) → F] ∧ [V]

[(F) → F] ∧ [V]

[V] ∧ [V] = V

Assim, concluímos que pé possível o conjunto de premissas ser verdadeiro e a


conclusão ser falsa, bastando que p, q, r, s e t sejam falsos, o que nos leva a
concluir que o argumento NÃO é válido. Item errado.

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(Texto para a questão 177) Considere que um argumento seja formado pelas
seguintes proposições:

• P1 A sociedade é um coletivo de pessoas cujo discernimento entre o bem e


o mal depende de suas crenças, convicções e tradições.

• P2 As pessoas têm o direito ao livre pensar e à liberdade de expressão.

• P3 A sociedade tem paz quando a tolerância é a regra precípua do convívio


entre os diversos grupos que a compõem.

• P4 Novas leis, com penas mais rígidas, devem ser incluídas no Código
Penal, e deve ser estimulada uma atuação repressora e preventiva dos
sistemas judicial e policial contra todo ato de intolerância.

Com base nessas proposições, julgue o item subsecutivo.

177 - (TCE/RO - 2013 / CESPE) O argumento em que as proposições de P1 a


P3 são as premissas e P4 é a conclusão é um argumento lógico válido

Solução:

Bom, essa questão parece complicada, pois as proposições não estão no formato
que estamos acostumados a encontrar nas questões. Porém, observando com
cuidado a conclusão, podemos ver que temos a seguinte afirmação:

Novas leis, com penas mais rígidas, devem ser incluídas no Código Penal

Ora, em momento nenhum as premissas falam sobre novas leis, ou seja, temos
uma conclusão que não é uma consequência obrigatória do conjunto de
premissas, o que torna este argumento inválido.

Item errado.

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2 – Princípios de Contagem

2.1 - Princípio Aditivo

Este Primeiro princípio é tão básico que até relutei em colocar nesta aula. Vamos
ver um exemplo e em seguida eu coloco a definição:

Ex1: Marcos foi assistir a um jogo do Bahia na nova Fonte Nova, em


Salvador. Suponha que nesse estádio de futebol existam duas saídas de
emergência no setor Leste e três saídas de emergência no setor Oeste.
Imagine que ocorre um incêndio durante o jogo. Quantas opções de saída
terá Marcos para deixar o Estádio?

Bom, sabendo que Marcos pode sair pelo setor Leste ou pelo setor Oeste e que
existem 2 saídas no setor Leste e 3 saídas no setor Oeste, concluímos que
Marcos terá 2 + 3 = 5 opções de saída para deixar a nova Fonte Nova.

Viram como é bem simples? Agora vou colocar a definição deste princípio:

Se um determinado evento M ocorre de K maneiras diferentes, chamadas de M1,


M2, M3, ..., Mk e se um outro evento distinto N pode ocorrer de J maneiras
diferentes, chamadas de N1, N2, N3, ..., Nj, então o número total de maneiras que o
evento M ou N pode ocorrer é dado por K + J.

2.2 - Princípio Multiplicativo

O princípio multiplicativo, estabelece de quantas maneiras dois ou mais eventos


correlacionados podem ocorrer simultaneamente.

Este princípio consiste em dividir o acontecimento, ou agrupamento, em etapas e


descobrir, para cada etapa, qual a sua possibilidade de ocorrer. Vejamos alguns
exemplos:

Ex1: Deseja-se marcar, em Brasília, um amistoso de futebol envolvendo uma


seleção da América do Sul e uma Seleção da Europa. Qual o total de
possibilidades para esse confronto, supondo que existem 10 seleções sul-
americanas e 20 seleções européias?

América do Sul: 10 seleções (Brasil, Argentina, Uruguai, Chile, ...)


Europa: 20 seleções (Espanha, França, Itália, Alemanha, ...)

Vamos tentar relacionar todos os possíveis jogos:

Brasil x Espanha
Brasil x França

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Brasil x Itália
Brasil x Alemanha
Brasil x ...

Veja que escolhendo o Brasil entre as seleções sul-americanas, teremos 20


possíveis jogos, pois existem 20 seleções européias. Agora, vamos escolher a
Argentina, e relacionar os possíveis jogos com sua participação:

Argentina x Espanha
Argentina x França
Argentina x Itália
Argentina x Alemanha
Argentina x ...

Veja que escolhendo a Argentina entre as seleções da América do Sul, também


teremos 20 possíveis jogos, pois existem 20 seleções na Europa. Isso ocorrerá
para cada uma das 10 seleções sul-americanas. Assim, podemos calcular o total
de jogos possíveis:

Jogos com o Brasil: 20 jogos


Jogos com a Argentina: 20 jogos
Jogos com o Uruguai: 20 jogos
Jogos com o Chile: 20 jogos
...

Total = 20 + 20 + 20 + 20 + 20 + ... 20 = 10 x 20 = 200 possibilidades


10 vezes

De forma prática, podemos perceber que o total de possibilidades é dados por:

Total de seleções sul-americanas x Total de seleções européias = 10 x 20 = 200

Ex2: Um restaurante oferece em seu cardápio 2 opções para a entrada (E1 e


E2), 3 opções de prato principal (P1, P2 e P3) e 2 opções para a sobremesa (S1
e S2). De quantas maneiras diferentes um cliente pode almoçar nesse
restaurante, sabendo que ele escolheu uma entrada, um prato principal e
uma sobremesa?

Vamos tentar ilustrar todas as possibilidades por meio do diagrama de árvore:

S1 = E1, P1, S1
P1 S2 = E1, P1, S2
S1 = E1, P2, S1
E1 P2
S2 = E1, P2, S2
P3 S1 = E1, P3, S1
S2 = E1, P3, S2

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S1 = E2, P1, S1
P1 S2 = E2, P1, S2
S1 = E2, P2, S1
E2 P2
S2 = E2, P2, S2
P3 S1 = E2, P3, S1
S2 = E2, P3, S2

Temos, então, 12 opções de escolha para o cliente. De forma direta, podemos


perceber que o cliente terá:

2 opções de entrada, 3 opções de prato principal e 2 opções de sobremesa

Total = 2 x 3 x 2 = 12 opções

Ex3: A senha de um cadeado é composta de três dígitos. Marcos esqueceu


qual era a senha e só lembrava que terminava com um número ímpar. Qual o
total de possibilidades para a senha de Marcos?

Vamos tentar escrever todas as senhas?

001
003
005
007
009
011
013
015
017
...

Bom, é inviável relacionar todas as possibilidades. Vamos, então, calcular esta


quantidade:

1° dígito: 10 possibilidades: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 ou 9
2° dígito: 10 possibilidades: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 ou 9
3° dígito: 5 possibilidades (trata-se de um número ímpar): 1, 3, 5, 7 ou 9

Assim, o total de possibilidades é dado por:

10 x 10 x 5 = 500 possibilidades

A partir desses três exemplos, podemos chegar à definição do princípio


multiplicativo da contagem:

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Se um determinado evento M ocorre de K maneiras diferentes, chamadas de M1,


M2, M3, ..., Mk e se um outro evento distinto N pode ocorrer de J maneiras
diferentes, chamadas de N1, N2, N3, ..., Nj, então o número total de maneiras que o
evento M e N pode ocorrer é dado por K x J.

Vamos ver uma questão sobre esse assunto.

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------

178 - (ANAC 2009 - CESPE) O número de rotas aéreas possíveis partindo de


Porto Alegre, Florianópolis ou Curitiba com destino a Fortaleza, Salvador,
Natal, João Pessoa, Maceió, Recife ou Aracaju, fazendo uma escala em Belo
Horizonte, Brasília, Rio de Janeiro ou São Paulo é múltiplo de 12.

Solução:

Nessa questão temos o seguinte:

Ponto de partida: Porto Alegre, Florianópolis ou Curitiba (3 opções)

Escala: Belo Horizonte, Brasília, Rio de Janeiro ou São Paulo (4 opções)

Ponto de chegada: Fortaleza, Salvador, Natal, João Pessoa, Maceió, Recife ou


Aracaju (7 opções)

Com isso, o número de rotas possíveis é: (vale observar que elas não se repetem)

3 x 4 x 7 = 12 x 7 (portanto, múltiplo de 12) = 84 opções de rota.

Item correto.

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Análise Combinatória

Antes de qualquer coisa, gostaria de esclarecer que esse assunto é muito


importante para a resolução das questões da prova. Apesar de o edital falar
apenas em “Princípios de Contagem”, devemos entender que a permutação, o
arranjo e a combinação estão incluídos no edital, haja vista o que o CESPE já
cobrou em outros concursos com o mesmo edital.

Assim, feitos os esclarecimentos, vamos começar esse assunto falando um


pouquinho sobre a Análise Combinatória. Trata-se de um dos tópicos em que a
matemática é dividida, responsável pelo estudo de critérios para a representação
da quantidade de possibilidades de acontecer um agrupamento sem que seja
preciso desenvolvê-los.

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Em outras palavras, com o uso das técnicas da Análise Combinatória é possível
saber o número de maneiras possíveis de se realizar determinado acontecimento
sem que seja necessário listar todas essas maneiras.

Permutações, Arranjos e Combinações, são os três tipos principais de


agrupamentos. Descreveremos abaixo como cada um desses agrupamentos
funciona.

Antes disso, vamos exercitar nossa mente um pouquinho. Suponha que eu tenha
uma moeda e a jogue no chão. O número de possibilidades para o resultado
dessa jogada é dois (Cara ou Coroa). Agora, suponha que eu jogue duas moedas.
Teremos então quatro possibilidades para o resultado dessa jogada:

cara-cara
cara-coroa
coroa-cara
coroa-coroa

Teremos essas quatro possibilidades se a ordem dos resultados tiver importância.


Caso a ordem dos resultados não importe, teremos apenas 3 resultados possíveis:

cara-cara
cara-coroa ou coroa-cara (dá no mesmo)
coroa-coroa

Agora, suponha que jogaremos 3 moedas. E então? Será que você sabe me dizer
quantas possibilidades nós temos para o resultado dessa jogada? Caso a ordem
tenha importância, teremos um total de 8 possibilidades (2 x 2 x 2 = 23 = 8). Caso a
ordem não tenha importância, teremos apenas 4 possibilidades:

cara-cara-cara
cara-cara-coroa ou cara-coroa-cara ou coroa-cara-cara (dá no mesmo)
cara-coroa-coroa ou coroa-cara-coroa ou coroa-coroa-cara (dá no mesmo)
coroa-coroa-coroa

Portanto, na análise das possibilidades de um evento acontecer, a primeira


pergunta que devemos fazer é se a ordem dos elementos tem alguma importância.

Agora, vamos esquecer um pouquinho as moedas e trabalhar com dados. Ao


jogar um dado ao acaso, teremos 6 possibilidades para o resultado (1, 2, 3, 4, 5 ou
6). Agora, ao jogarmos 2 dados, teremos:

6 x 6 = 62 = 36 possibilidades

Agora, imaginem que temos dois dados diferentes, um branco e um preto.


Quantas possibilidades nós temos para que o resultado dos dois dados seja
diferente? Vimos que o total de possibilidades é 36, incluídos os resultados em
que os dois dados apresentam o mesmo número. Os casos em que o resultado
dos dois dados apresentam o mesmo número são 6 (11, 22, 33, 44, 55 e 66).

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Assim, para saber a quantidade de possibilidades em que os dois dados
apresentam números diferentes, podemos fazer o seguinte:

36 – 6 = 30 possibilidades

Outra forma de chegarmos a esse mesmo resultado é considerarmos que primeiro


nós iremos considerar o valor obtido no dado preto e em seguida o resultado
obtido no dado branco (ou vice-versa). Assim:

Nº de possibilidades para o dado preto: 6 (1, 2, 3, 4, 5, ou 6)

Nº de possibilidades para o dado branco: 6 – 1 = 5 (pois o resultado do dado


branco tem que ser diferente do dado preto)

Assim, o total de possibilidades é dado por:

6 x 5 = 30 possibilidades

Bom, agora que vocês já pensaram um pouco sobre a análise combinatória,


vamos aprender o que significa a permutação, o arranjo e a combinação.

Antes disso, devemos relembrar este importante operador matemático, o fatorial


de um número natural, simbolizado pela exclamação “ ! ”.

Agora, seja “n” um número natural, definimos o fatorial de n (indicado pelo


símbolo n!) como sendo:

n! = n × (n – 1) × (n – 2) × ... × 4 × 3 × 2 × 1, para n > 1.

Para n = 0, teremos: 0! = 1

Para n = 1, teremos: 1! = 1

Exemplos:

10! = 10 × 9 × 8 × 7 × 6 × 5 × 4 × 3 × 2 ×1 = 3.628.800

8! = 8 × 7 × 6 × 5 × 4 × 3 × 2 × 1 = 40.320

5! = 5 × 4 × 3 × 2 × 1 = 120

2! = 2 × 1 = 2

Podemos escrever um fatorial em função de outro fatorial.

Exemplos:

10! = 10 × 9! = 10 × 9 × 8! = 10 × 9 × 40.320 = 3.628.800

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8! = 8 × 7! = 8 × 7 × 6! = 8 × 7 × 6 × 5! = 8 × 7 × 6 × 120 = 40.320

Podemos, também, ter equações com fatorial. Vejamos:

6! 6 .5 . 4 .3 .2 .1
= = 6 × 5 = 30
4! 4 .3 .2 .1

ou

6! 6.5.4!
= = 6 × 5 = 30
4! 4!

2.3 - Permutação

Definimos permutação como sendo agrupamentos formados por “n” elementos, de


forma que todos os “n” elementos participem dos agrupamentos e sejam distintos
entre si pela ordem. As permutações podem ser simples, com repetição ou
circulares.

Permutação Simples

Definimos permutação simples como sendo o número de maneiras de arrumar n


elementos em n posições em que cada maneira se diferencia apenas pela ordem
em que os elementos aparecem. São agrupamentos com todos os “n” elementos
distintos, não há repetição de elementos.

Exemplo 1:

Deseja-se saber quantos anagramas podem ser formados com as letras da


palavra “PAI” (um anagrama é uma palavra construída com as mesmas letras
da palavra original trocadas de posição, tendo significado ou não):

Anagramas são os casos mais comuns de questões sobre permutação. Antes de


apresentar a “fórmula” para a permutação simples, vamos tentar resolver a
questão sem o uso de equações:

PAI
PIA
IAP
IPA
API
AIP

Temos, então, 6 possibilidades. Vejam que esse exemplo nós conseguimos


resolver sem o uso de equações, pois tínhamos apenas três letras. Vejamos outro
exemplo:

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Exemplo 2:

Deseja-se saber quantos anagramas podem ser formados com as letras da


palavra “CHARLES”:

Vamos tentar, novamente, sem o uso de equações:

CHARLES
CHARLSE
CHARELS
CHARESL
CHARSEL
CHARSLE
CHASLER
...

Como podemos ver, levará bastante tempo para conseguirmos escrever todos os
anagramas e ainda corremos o risco de errar. Assim, aplicando o princípio
multiplicativo obtemos a seguinte equação para permutações simples:

Ps = n!

Essa equação é obtida da seguinte forma:

Para o 1º elemento, temos n possibilidades


Para o 2º elemento, temos n − 1 possibilidades
Para o 3º elemento, temos n − 1 − 1 = n − 2 possibilidades
...
Para o nº elemento, temos apenas 1 possibilidade

Assim, o total de possibilidades é dado por:

Total = n × (n – 1) × (n – 2) × ... × 1 = n!

Vamos voltar e resolver os dois exemplos usando esta equação:

Exemplo 1:

PAI (três letras distintas, ou seja, n = 3)

N° de anagramas = n! = 3! = 3.2.1 = 6

Exemplo 2:

CHARLES (sete letras distintas, ou seja, n = 7)

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N° de anagramas = n! = 7! = 7.6.5.4.3.2.1 = 5040

Agora vamos ver como isso já foi cobrado em concurso:

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------

179 - (SEPLAG/DF 2009 - CESPE) Com os algarismos 1, 2, 3, 4 e 5 é possível


formar 120 números diferentes de 5 algarismos, sem repetição.

Solução:

Quantidade de algarismos distintos: 5, ou seja, n = 5

Assim, a quantidade de números distintos é dada por:

n! = 5! = 5.4.3.2.1 = 120

Portanto, o item está correto.

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Permutação com repetição

Definimos permutação com repetição como sendo o número de maneiras de


arrumar n elementos em n posições em que cada maneira se diferencia pela
ordem em que os elementos aparecem, e que pelo menos um desses n elementos
se repete.

Exemplo 1:

Deseja-se saber quantos anagramas podem ser formados com as letras da


palavra “ASA”:

Mais uma vez, vamos tentar resolver a questão sem o uso de equações:

ASA
AAS
SAA

Temos, então, 3 possibilidades. Novamente, nós conseguimos resolver a questão


sem o uso de equações. Vejamos outro exemplo:

Exemplo 2:

Deseja-se saber quantos anagramas podem ser formados com as letras da


palavra “ARARAQUARA”:

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Vamos tentar sem equações novamente? Acho melhor não. Vamos aprender logo
a equação:

Se entre os n elementos de um conjunto existem a elementos repetidos, b


elementos repetidos, c elementos repetidos e assim sucessivamente, o número
total de permutações que podemos formar é dado por:

n!
Pr =
a!.b!.c!....

Vamos voltar aos exemplos:

Exemplo 1:

ASA (3 letras, sendo que uma delas aparece 2 vezes, ou seja, n = 3 e a = 2).

n! 3! 3 . 2 .1
N° de anagramas = = = =3
a!.b!.c!.... 2! 2 .1

Exemplo 2:

ARARAQUARA (10 letras, sendo que o “A” aparece 5 vezes e o “R” aparece 3
vezes, ou seja, n = 10, a = 5 e b = 3).

n! 10! 10.9.8.7.6.5!
N° de anagramas = = = = 10.9.8.7 = 5040
a!.b!.c!.... 5!. 3! 5!. 3.2.1

Vamos ver como isso já foi cobrado em concurso:

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------

180 - (SEPLAG/DF 2009 - CESPE) Com 3 letras A e 7 letras B formam-se 120


sequências distintas de 10 letras cada.

Solução:

Nessa questão nós temos:

n = 10
a=3
b=7

Assim:

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n! 10! 10.9.8.7! 10.9.8
Número de sequências = = = = = 120
a!.b! 3!. 7! 3!. 7! 3 .2 .1

Portanto, o item está correto.

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Permutação Circular

A permutação circular não é mais um tipo de permutação, e sim, um caso


particular do que já vimos. Trata-se de uma situação em que os elementos do
agrupamento formarão uma linha fechada, ou seja, um círculo. Não temos como
identificar onde começa ou onde termina o grupo. Vamos ver dois exemplos para
clarear as idéias:

Exemplo 1: Do grupo de amigos, Paulo, José e Marcelo, deseja-se saber de


quantas formas diferentes eles podem formar uma fila indiana.

Aqui, usamos o que já aprendemos, que é a permutação simples. Assim, temos:

Quantidade de maneiras = n! = 3! = 3 × 2 × 1 = 6

Vamos listar os grupos:

1° Paulo, 2° José e 3° Marcelo


1° Paulo, 2° Marcelo e 3° José
1° José, 2° Paulo e 3° Marcelo
1° José, 2° Marcelo e 3° Paulo
1° Marcelo, 2° José e 3° Paulo
1° Marcelo, 2° Paulo e 3° José

Exemplo 2: Do mesmo grupo de amigos, Paulo, José e Marcelo, deseja-se


saber de quantas formas diferentes eles podem formar um círculo dando as
mãos.

Aqui, temos um caso típico da permutação circular. Não sabemos onde começa
nem onde termina o grupo.

Nesse caso, vamos desenhar as possíveis formações:

José Marcelo
Paulo Paulo

Marcelo José

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É importante notar que na figura 1, Paulo está à direita de José e à esquerda de
Marcelo, enquanto que na figura 2, Paulo está à esquerda de José e à direita de
Marcelo. Não existe outra forma de dispor os três amigos sem que uma dessas
duas formações se repita.

Podemos, agora, escrever a equação da permutação circular, para uma


quantidade n de elementos:

Pc = (n – 1)!

Voltando ao exemplo 2, temos:

Pc = (n – 1)! = (3 – 1)! = 2! = 2 × 1 = 2

Vamos ver uma questão do Cespe sobre isso:

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------

181 - (BB 2007 - CESPE) Uma mesa circular tem seus 6 lugares que serão
ocupados pelos 6 participantes de uma reunião. Nessa situação, o número
de formas diferentes para se ocupar esses lugares com os participantes da
reunião é superior a 102.

Solução:

Nessa questão, temos 6 pessoas para ocuparem 6 lugares. Assim:

n=6

Como a mesa é circular, temos:

Pc = (n – 1)!

Pc = (6 – 1)!

Pc = (5)!

Pc = 5 × 4 × 3 × 2 × 1 = 120

Portanto, o item está correto!

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------

2.4 - Arranjo

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Os Arranjos são agrupamentos formados por uma quantidade “p” de elementos
de um grupo que possui um total de “m” elementos, de forma que os “p” elementos
sejam distintos entre si pela ordem ou pela espécie.

Arranjos Simples

No arranjo simples não ocorre a repetição dos elementos agrupados e a ordem


ou a espécie dos componentes dos agrupamentos tem importância. Vamos a um
exemplo:

Exemplo 1: Pedro possui 3 latas de tinta, das cores azul, amarela e verde,
para pintar a sala de sua casa. Ele deseja pintar as paredes de uma cor e as
janelas de uma cor diferente da cor usada nas paredes. De quantas formas
diferentes ele poderá pintar sua sala?

Vamos tentar resolver esta questão sem o uso de fórmulas. Vejamos:

- Podemos ter as paredes azuis com as janelas amarelas ou verdes, ou seja,


2 possibilidades.

- Podemos ter as paredes amarelas com as janelas azuis ou verdes, ou seja,


2 possibilidades.

- Podemos ter as paredes verdes com as janelas azuis ou amarelas, ou seja,


2 possibilidades.

Pedro terá, então, um total de 2 + 2 + 2 = 6 possibilidades diferentes para pintar a


sala de sua casa.

Exemplo 2: Agora, digamos que Pedro tivesse 10 cores diferentes (azul,


amarelo, verde, vermelho, laranja, roxo, preto, cinza, branco e marrom), e
que ele quisesse pintar cada uma das quatro paredes e cada uma das duas
janelas de sua sala de uma cor diferente, como faríamos? Vamos tentar mais
uma vez sem o uso de fórmulas:

- Podemos ter a parede 1 azul, a parede 2 amarela, a parede 3 verde, a


parede 4 vermelha, a janela 1 laranja e a janela 2 roxa, preta, cinza, branca ou
marrom , ou seja, 5 possibilidades.

- Podemos ter a parede 1 azul, a parede 2 amarela, a parede 3 verde, a


parede 4 vermelha, a janela 1 roxa e a janela 2 laranja, preta, cinza, branca ou
marrom , ou seja, 5 possibilidades.

- Podemos ter a parede 1 azul, a parede 2 amarela, a parede 3 verde, a


parede 4 vermelha, a janela 1 preta e a janela 2 laranja, roxa, cinza, branca ou
marrom , ou seja, 5 possibilidades.

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- Podemos ter a parede 1 azul, a parede 2 amarela, a parede 3 verde, a
parede 4 vermelha, a janela 1 cinza e a janela 2 laranja, roxa, preta, branca ou
marrom , ou seja, 5 possibilidades.

- ...

Podemos ver que é uma conta que levaremos várias páginas desta aula para
encontrar o seu resultado. Assim, aprenderemos agora uma equação que resume
o que estávamos fazendo. Vamos lá:

m!
As(m, p) =
(m − p)!

Onde “m” é total de elementos disponíveis para serem agrupados e “p” é o total de
elementos do grupo.

Vamos resolver os dois exemplos acima utilizando esta equação:

Exemplo 1:

m!
As(m, p) =
(m − p)!

3! 3.2.1!
As(3, 2) = = = 3.2 = 6
(3 − 2)! 1!

Exemplo 2:

m!
As(m, p) =
(m − p)!

10! 10.9.8.7.6.5.4!
As(10, 6) = = = 10.9.8.7.6.5 = 151200
(10 − 6)! 4!

Assim, com a utilização das equações, conseguimos encontrar as respostas dos


dois exemplos de maneira muito mais rápida. É importante lembrar que a ordem e
a espécie são levadas em consideração na utilização dos arranjos.

Existe também uma forma de resolver as questões de arranjo sem o uso de


equações. Vejamos novamente os nossos exemplos:

Exemplo 1:

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Temos três cores diferentes para pintarmos janelas e paredes, não podendo usar
a mesma cor nos dois elementos. Assim, começando com as paredes, temos 3
opções de cores. Em seguida, para as janelas, temos apenas duas opções de
cores, pois já utilizamos uma nas paredes:

Paredes: 3 opções de cores


Janelas: 3 − 1 = 2 opções de cores

Total = 3 × 2 = 6 opções

Exemplo 2:

Da mesma forma que fizemos no exemplo 1, temos:

Parede 1: 10 opções de cores


Parede 2: 10 − 1 = 9 opções de cores
Parede 3: 10 − 2 = 8 opções de cores
Parede 4: 10 − 3 = 7 opções de cores
Janela 1: 10 − 4 = 6 opções de cores
Janela 2: 10 − 5 = 5 opções de cores

Total = 10 × 9 × 8 × 7 × 6 × 5 = 151200

Agora vamos ver como isso já foi cobrado em concurso.

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------

182 - (Anatel - 2012 / CESPE) Considerando-se que, em um aparelho de


telefonia móvel do tipo smartphone, o acesso a diversas funcionalidades
seja autorizado por senhas compostas de 4 dígitos escolhidos entre os
algarismos de 0 a 9, é correto afirmar que a quantidade de possibilidades de
senhas de acesso distintas cujos algarismos são todos distintos é inferior a
5.000.

Solução:

Aqui temos um caso clássico de arranjo simples. Temos 10 números disponíveis e


utilizaremos apenas 4 deles, sendo que todos os escolhidos dever ser diferentes
entre si:

m!
As(m, p) =
(m − p)!

10! 10.9.8.7.6!
As(10, 4) = = = 10.9.8.7 = 5040 possibilidades
(10 − 4)! 6!

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Portanto, o item está errado.

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Arranjo com repetição

No arranjo com repetição pode ocorrer a repetição dos elementos agrupados


e a ordem e a espécie dos componentes dos agrupamentos tem importância.

Vejamos um exemplo:

Exemplo 1: Pedro possui 3 latas de tinta, das cores azul, amarela e verde,
para pintar a sala de sua casa. Ele deseja pintar as paredes e as janelas,
podendo suas cores ser iguais ou não. De quantas formas diferentes ele
poderá pintar sua sala?

Vamos tentar resolver esta questão sem o uso de fórmulas. Vejamos:

- Podemos ter as paredes azuis com as janelas azuis, amarelas ou verdes,


ou seja, 3 possibilidades.

- Podemos ter as paredes amarelas com as janelas azuis, amarelas ou


verdes, ou seja, 3 possibilidades.

- Podemos ter as paredes verdes com as janelas azuis, amarelas ou verdes,


ou seja, 3 possibilidades.

Pedro terá, então, um total de 3 + 3 + 3 = 9 possibilidades diferentes para pintar a


sala de sua casa.

Já podemos ver que, da mesma forma que no arranjo simples, quando tivermos
uma quantidade maior de elementos para serem agrupados, o cálculo usando esta
metodologia se tornará inviável. Assim, vamos apresentar a equação que
simplifica este cálculo:

Ar(m, p) = mp

Neste exemplo 1, usando a equação acima, teríamos:

Ar(m, p) = mp

Ar(3, 2) = 32 = 9

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------

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183 - (Anatel - 2012 / CESPE) Considerando-se que, em um aparelho de
telefonia móvel do tipo smartphone, o acesso a diversas funcionalidades
seja autorizado por senhas compostas de 4 dígitos escolhidos entre os
algarismos de 0 a 9, é correto afirmar que há mais de 12.000 possibilidades
de senhas distintas para acessar as funcionalidades desse smartphone.

Solução:

O que difere esta questão da questão anterior é que agora nós podemos repetir os
números da senha. Assim, utilizaremos o arranjo com repetição:

Ar(m, p) = mp

Ar(10, 4) = 104 = 10.000 possibilidades

Portanto, o item está errado.

No arranjo com repetição também é possível chegar ao resultado sem a utilização


de fórmulas. Vejamos:

1º dígito da senha: 10 possibilidades (0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 ou 9)


2º dígito da senha: 10 possibilidades (0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 ou 9)
3º dígito da senha: 10 possibilidades (0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 ou 9)
4º dígito da senha: 10 possibilidades (0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 ou 9)

Total = 10 × 10 × 10 × 10 = 104 = 10.000 possibilidades

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2.5 - Combinação

As Combinações são agrupamentos formados por uma quantidade “p” de


elementos de um grupo que possui um total de “m” elementos, de forma que os “p”
elementos sejam distintos entre si apenas pela espécie.

Existem dois tipos de combinações: combinação simples, em que não ocorre a


repetição de nenhum de seus “p” elementos e combinação com repetição, em
que qualquer um dos “p” elementos pode aparecer repetido.

Combinação Simples

Na combinação simples não ocorre a repetição dos elementos agrupados e


apenas a espécie dos componentes dos agrupamentos tem importância. Vamos
a um exemplo:

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Exemplo 1: Num grupo de 4 jogadoras de vôlei de praia, Clara, Taís, Paula e
Juliana, de quantas maneiras diferentes podemos formar uma única dupla
para participar de um torneio?

Podemos perceber que uma dupla formada por Paula e Taís é o mesmo que uma
dupla formada por Taís e Paula. Portanto, a ordem dos elementos não tem
importância nenhuma.

Vamos tentar formar essas duplas sem o uso das equações:

Clara e Taís
Clara e Paula
Clara e Juliana
Taís e Paula
Taís e Juliana
Paula e Juliana

Conseguimos, rapidamente, descobrir que são 6 as possíveis duplas.

Vamos ver um exemplo mais complicado:

Exemplo 2: Num grupo de 12 jogadoras de vôlei, Ana, Beatriz, Clara, Diana,


Érica, Flávia, Gabriela, Hilda, Ivete, Juliana, Leila e Márcia, de quantas
maneiras diferentes podemos formar um time de seis jogadoras para
começar uma partida?

Aqui já podemos ver a dificuldade que seria tentar listar todos os possíveis grupos
de seis jogadoras que poderiam ser formados pelas 12 mulheres. Vamos, então,
aprender mais uma equação:

m!
C(m, p) =
p!.(m − p)!

Onde m é o total de elementos a serem agrupados e p é o total de elementos do


grupo.

Vamos voltar aos dois exemplos:

Exemplo 1:

m = 4 (Clara, Taís, Paula e Juliana)


p = 2 (uma dupla)

4! 4.3.2! 4 .3
C(m, p) = C(4,2) = = = =6
2!.( 4 − 2)! 2.1.(2)! 2

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Exemplo 2:

m = 12 (Ana, Beatriz, Clara, Diana, Érica, Flávia, Gabriela, Hilda, Ivete, Juliana,
Leila e Márcia)
p = 6 (Equipe com seis jogadoras)

12! 12.11.10.9.8.7.6! 12.11.10.9.8.7


C(m, p) = C(12, 6) = = = = 924
6!.(12 − 6)! 6.5.4.3.2.1.(6)! 6 . 5 .4 .3 . 2

Agora, vamos ver como isso já foi cobrado:

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184 - (Agente-PF - 2009 / CESPE) Considerando que, em um torneio de


basquete, as 11 equipes inscritas serão divididas nos grupos A e B, e que,
para formar o grupo A, serão sorteadas 5 equipes. A quantidade de maneiras
distintas de se escolher as 5 equipes que formarão o grupo A será inferior a
400.

Solução:

Essa é uma questão clássica onde utilizamos a combinação (a ordem dos


elementos do grupo não importa):

m!
C(m, p) =
p!.(m − p)!
3 2
11! 11.10.9.8.7.6 ! 11.10.9.8.7
C(11, 5) = = = = 11.3.2.7 = 462
5!.(11 − 5)! 5.4.3.2.1.(6)! 5 .4 .3 .2

Portanto, item errado.

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Combinação com repetição

Na combinação com repetição, como o próprio nome já diz, pode ocorrer a


repetição dos elementos agrupados e apenas a espécie dos componentes dos
agrupamentos tem importância. Vamos a um exemplo:

Exemplo 1: Deseja-se sortear 2 convites para uma festa entre os cinco


melhores alunos de uma classe, João, Ana, Carlos, Maria e Paula. De
quantas maneiras diferentes esses convites podem ser sorteados, sabendo
que cada um dos cinco alunos participam de todos os sorteios?

Como de costume, vamos listar as possibilidades:

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João, João
Ana, Ana
Carlos, Carlos
Maria, Maria
Paula, Paula
João, Ana
João, Carlos
João, Maria
João, Paula
Ana, Carlos
Ana, Maria
Ana, Paula
Carlos, Maria
Carlos, Paula
Maria, Paula

Temos, então, 15 possibilidades para alocar esses dois convites entre os cinco
alunos da classe. Vamos a um exemplo mais complicado:

Exemplo 2: Deseja-se sortear 5 convites para uma festa entre os dez


melhores alunos de uma classe, João, Ana, Carlos, Maria, Paula, Pedro,
José, Clara, Joana e Lúcia. De quantas maneiras diferentes esses convites
podem ser sorteados, sabendo que cada um dos dez alunos participam de
todos os sorteios?

E agora? Será que conseguimos listar todos os grupos? Acho melhor não! Vamos
aprender mais uma fórmula:

(m + p − 1)!
Cr(m, p) = C(m + p – 1, p) =
p!.(m − 1)!

onde m representa os elementos disponíveis para formar o grupo e p representa o


total de elementos de cada grupo.

Voltando aos exemplos 1 e 2, temos:

Exemplo 1:
6! 6.5.4! 6 .5
Cr(m, p) = Cr(5, 2) = C(5 + 2 – 1 , 2) = C(6, 2) = = = = 15
2!.( 6 − 2)! 2!.( 4)! 2

Exemplo 2:
14! 14.13.12.11.10.9!
Cr(10, 5) = C(10 + 5 – 1, 5) = C(14, 5) = = = 2002
5!.(14 − 5)! 5!.( 9)!

Vamos ver uma questão sobre esse assunto:

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185 - (BB - 2009 / CESPE) Com 3 marcas diferentes de cadernos, a


quantidade de maneiras distintas de se formar um pacote contendo 5
cadernos será inferior a 25.

Solução:

Temos aqui um caso de combinação com repetição, pois poderemos repetir os


elementos e sua ordem não importa:

(m + p − 1)!
Cr(m, p) = C(m + p – 1, p) =
p!.(m − 1)!

Aqui devemos ficar atentos, pois o m representará as 3 marcas distintas e o p


representará os 5 elementos de cada pacote:

(3 + 5 − 1)!
Cr(3, 5) = C(3 + 5 – 1, 5) =
5!.( 3 − 1)!

7!
Cr(3, 5) = C(7, 5) =
5!. 2!

7.6.5!
Cr(3, 5) = C(7, 5) =
5!. 2.1

7. 6
Cr(3, 5) = C(7, 5) = = 21 maneiras distintas
2

Portanto, item correto.

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------

2.6 - Princípio da Casa dos Pombos

Muitos de vocês já deve ter ouvido falar nesse princípio, outros talvez não. Mas
com certeza, vocês verão que ele é bastante intuitivo.

Vou explicar esse teorema com uma situação prática. Se eu te perguntasse


quantas pessoas precisa haver num estádio de futebol para se ter certeza de que
pelo menos duas delas fazem aniversário no mesmo dia? Eu disse certeza (não
quer dizer que tenham nascido no mesmo ano, apenas façam aniversário no
mesmo dia). Para facilitar, ignorem a existência do ano bissexto. Pensem um
pouco mais...

Antes de responder, vamos pensar numa situação. Digamos que houvesse duas
pessoas no estádio. E então, podemos ter certeza que as duas pessoas fazem

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aniversário no mesmo dia? Bom, até que é possível, mas bem pouco provável. E
se houvesse três pessoas? Ainda é possível, mas continua muito pouco provável.
Mas além de possível ou provável, queremos ter certeza de que duas pessoas
fazem aniversário no mesmo dia, e havendo duas, três, dez, ou até mesmo
cinquenta, ainda não teríamos certeza de que duas pessoas fazem aniversário no
mesmo dia. Ou até mesmo trezentas pessoas. E por que isso? Bom, porque
embora com trezentas pessoas já seja provável que duas pessoas façam
aniversário no mesmo dia, ainda não temos certeza, pois podemos ter o “azar” de
todos terem nascido em dias diferentes do ano.

Estamos chegando onde eu queria, e tenho certeza que você já chegou lá. Mesmo
que tivéssemos 365 pessoas, não teríamos certeza de que pelo menos duas delas
fazem aniversário no mesmo dia. Isso porque as 365 pessoas podem ter nascido
cada uma em um dia diferente do ano. No entanto, se houver 366 pessoas no
estádio, não há como fugir, pelo menos duas delas tem de soprar velinhas no
mesmo dia.

Resumindo, para se ter certeza de que pelo menos duas pessoas fazem
aniversário no mesmo dia, devemos ter pelo menos 365 + 1 = 366 pessoas, pois o
ano possui 365 dias. Esse é o princípio da casa dos pombos:

“se tivermos um número de ninhos (digamos “n”) e um número de pombos


(digamos “p”), e o número “p” for maior do que “n”, então tem de haver pelo
menos dois pombos em algum ninho”.

Vamos ver uma questão a respeito deste assunto:

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------

186 - (TRT-10 - 2013 / CESPE) Considerando que, dos 10 postos de


combustíveis de determinada cidade, exatamente dois deles cometam a
infração de vender gasolina adulterada, e que sejam escolhidos ao acaso
alguns desses postos para serem fiscalizados, cinco é a menor quantidade
de postos que devem ser escolhidos para serem fiscalizados de modo que,
com certeza, um deles seja infrator.

Solução:

Bom, nessa questão temos 10 postos e sabemos que 2 deles são infratores.
Assim, temos 10 − 2 = 8 postos que não são infratores. Escolhendo
aleatoriamente os postos a serem fiscalizados, para que eu possa garantir que
com certeza um dos postos fiscalizados será infrator, devemos selecionar
8 + 1 = 9 postos, pelo princípio da casa dos pombos:

Selecionando 1 posto: Pode ser um posto regular


Selecionando 2 postos: Podem ser dois postos regulares
Selecionando 3 postos: Podem ser três postos regulares

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Selecionando 4 postos: Podem ser quatro postos regulares
Selecionando 5 postos: Podem ser cinco postos regulares
Selecionando 6 postos: Podem ser seis postos regulares
Selecionando 7 postos: Podem ser sete postos regulares
Selecionando 8 postos: Podem ser oito postos regulares
Selecionando 9 postos: Agora não tem jeito, pois não temos nove postos
regulares, com certeza um será infrator.

Portanto, a menor quantidade de postos que devem ser escolhidos para serem
fiscalizados de modo que, com certeza, um deles seja infrator é nove.

Item errado.

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Agora, vamos ver mais algumas questões para praticar!

(Texto para as questões 187 e 188) Entre os 6 analistas de uma empresa, 3


serão escolhidos para formar uma equipe que elaborará um projeto de
melhoria da qualidade de vida para os empregados da empresa. Desses 6
analistas, 2 desenvolvem atividades na área de ciências sociais e os demais,
na área de assistência social.

Julgue os itens que se seguem, relativos à composição da equipe acima


mencionada.

187 - (EBC - 2011 / CESPE) Se os 2 analistas que desenvolvem atividades na


área de ciências sociais fizerem parte da equipe, então a quantidade de
maneiras distintas de se compor essa equipe será superior a 6.

Solução:

Nessa questão, temos 2 analistas da área de ciências sociais e 4 analistas da


área de assistência social. Será formado um grupo de 3 pessoas, com 2 analistas
da área de ciências sociais e 1 analista da área de assistência social. Assim,
podemos perceber que os dois analistas da área de ciências sociais estarão
presentes em todos os grupos. O que irá variar é o representante dos analistas da
área de assistência social. Portanto, teremos 4 possíveis grupos para essas
condições:

Grupo 1:Analista 1 de c. soc. ; Analista 2 de c. soc.; Analista 1 de assist. soc.;

Grupo 2:Analista 1 de c. soc. ; Analista 2 de c. soc.; Analista 2 de assist. soc.;

Grupo 3:Analista 1 de c. soc. ; Analista 2 de c. soc.; Analista 3 de assist. soc.;

Grupo 4:Analista 1 de c. soc. ; Analista 2 de c. soc.; Analista 4 de assist. soc.;

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Portanto, item errado.

188 - (EBC - 2011 / CESPE) Se a equipe for formada por 2 analistas da área de
assistência social e 1 analista da área de ciências sociais, então ela poderá
ser composta de 12 maneiras distintas.

Solução:

Agora, será formado um grupo de 3 pessoas, com 2 analistas da área de


assistência social e 1 analista da área de ciências sociais. Assim:

Para as duas vagas de analista de assistência social: Combinação dos 4 analistas,


dois a dois.

Para a vaga de analista de ciências sociais: 2 opções.

Assim, o total de opções para os grupos é dado por:

Total = C(4, 2) x 2

4!
Total = x2
( 4 − 2)!. 2!

4.3.2!
Total = x2
2!. 2!

4 .3
Total = x2
2 .1

12
Total = x 2 = 12
2

Item correto.

(Texto para as questões 189 a 191) Considerando que, em uma empresa, haja
5 candidatos, de nomes distintos, a 3 vagas de um mesmo cargo, julgue os
próximos itens.

189 - (EBC - 2011 / CESPE) Considere todas as listas possíveis formadas por
3 nomes distintos dos candidatos. Nesse caso, se Alberto, Bento e Carlos
forem candidatos, dois desses nomes aparecerão em mais de 5 dessas
listas.

Solução:

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Nessa questão, primeiramente devemos entender que as listas deverão conter 2
dos três nomes. Se a lista contiver 1 nome, não serve, assim como, se a lista
contiver os três nomes, também não serve. Nós vamos começar calculando a
quantidade total de listas possíveis. Como a ordem das pessoas na lista não
importa, usaremos a combinação de cinco elementos, três a três:

5!
C(5, 3) =
(5 − 3)!. 3!

5.4.3!
C(5, 3) =
2!. 3!

5. 4
C(5, 3) =
2 .1

20
C(5, 3) = = 10
2

Pronto, sabemos agora que o total de listas possíveis é igual a 10. Agora,
devemos eliminar desse total as listas que contêm apenas um dos três nomes e a
lista que contém os três nomes. Com isso, vamos, escrever essas listas que não
atendem nossa necessidade:

Candidato 4 Candidato 5 Alberto

Candidato 4 Candidato 5 Bento

Candidato 4 Candidato 5 Carlos

Alberto Bento Carlos

Portanto, a quantidade total de listas que contém 2 dos três nomes citados na
questão é igual a 10 – 4 = 6. Item correto.

190 - (EBC - 2011 / CESPE) Considere todas as listas possíveis formadas por
3 nomes distintos dos candidatos. Nessa situação, se Alberto, Bento e
Carlos forem candidatos, 3 dessas listas conterão apenas um desses nomes.

Solução:

Vimos na questão anterior que apenas 3 dessas listas conterão apenas um dos
nomes citado no enunciado:

Candidato 4 Candidato 5 Alberto

Candidato 4 Candidato 5 Bento

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Candidato 4 Candidato 5 Carlos

Portanto, item correto.

191 - (EBC - 2011 / CESPE) A quantidade de maneiras distintas de se


escolher 3 pessoas entre os 5 candidatos é igual a 20.

Solução:

Vimos anteriormente que essa quantidade é dada pela combinação dos 5


candidatos, três a três:

5!
C(5, 3) = = 10
(5 − 3)!. 3!

Portanto, item errado.

192 - (FUB - 2009 / CESPE) A quantidade de números naturais de 3


algarismos em que todos os algarismos são distintos é superior a 700

Solução:

Nessa questão, temos:

A quantidade de algarismos: 3
Todos os algarismos são distintos.

10! 10.9.8.7!
Arranjo (10,3) = = = 10.9.8 = 720
(10 − 3)! 7!

Ocorre que calculando dessa maneira, estamos considerando como números de


três algarismos os números começados com zero (045, 066, ...) e não é isso que o
Cespe quer que consideremos. Assim, temos:

1º dígito: 9 possibilidades, pois o zero não pode ocupar essa posição


2º dígito: 9 possibilidades, pois já utilizamos um número no primeiro dígito
3º dígito: 8 possibilidades, pois já utilizamos dois números, nos dígitos 1 e 2.

Total = 9 x 9 x 8 = 648

Portanto, item errado.

(Texto para as questões 193 a 197) O estafe de uma nova instituição pública
será composto por 15 servidores: o diretor-geral, seu secretário executivo e
seus 2 subsecretários — 1 de assuntos administrativos e 1 de fomento —, 4
diretores — de administração e finanças, de infraestrutura, executivo e de

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pessoal — e, ainda, sete assessores ligados a esses cargos. Para a
composição desse estafe, dispõe-se de 20 pessoas, todas igualmente
qualificadas para assumir qualquer um dos cargos vagos. Entretanto, por
motivos internos, apenas 5 delas podem assumir cargos de direção. As
pessoas escolhidas para os cargos de assessoria desempenham funções
similares.

Considerando a situação acima, julgue os itens que se seguem.

193 - (EBC - 2011 / CESPE) Supondo que já tenham sido preenchidos todos
os cargos de direção, de secretário executivo e de subsecretários, a
quantidade de maneiras distintas de se escolherem as pessoas para
preencher os sete cargos de assessores é superior a 700.

Solução:

Nessa questão, devemos perceber que das 20 pessoas inicialmente disponíveis,


restaram apenas 12, pois 8 delas já foram escolhidas para os cargos de direção,
secretário executivo e subsecretários. Assim, temos 12 pessoas para
preencherem 7 cargos iguais. Percebam que os sete cargos são iguais, o que faz
com que a ordem da escolha não tenha importância. Por isso, iremos fazer uma
combinação das doze pessoas, sete a sete:

12!
C(12, 7) =
(12 − 7)!. 7!

12.11.10.9.8.7!
C(12, 7) =
5!. 7!

12.11.10.9.8
C(12, 7) =
5 .4 .3 .2 .1

C(12, 7) = 11 x 9 x 8 = 792

Item correto.

194 - (EBC - 2011 / CESPE) A quantidade de maneiras distintas de se


escolherem as pessoas para preencher os 15 cargos de modo que as
restrições internas sejam respeitadas é igual a 15!/7!.

Solução:

Agora, devemos entender que 5 dos 20 candidatos concorrem às vagas de


diretores e os 15 restantes concorrem às vagas de secretário executivo,
subsecretários e assessores. Assim, temos:

Para os diretores:

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5 pessoas concorrendo a 5 cargos diferentes. Como utilizaremos todos os
elementos disponíveis e a ordem importa, utilizaremos a permutação:

P5 = 5!

Para os cargos de secretário executivo e subsecretários:

15 pessoas concorrendo a 3 cargos diferentes. Como não utilizaremos todos os


elementos disponíveis e a ordem importa, utilizaremos o arranjo:

15!
A(15, 3) =
(15 − 3)!

15!
A(15, 3) =
12!

Para os demais cargos de assessores:

Como 3 pessoas já preencheram os cargos de secretário executivo e


subsecretários, restaram 12 para preencherem os cargos de assessores. Esse
cálculo nós já fizemos na questão anterior:

12!
C(12, 7) =
5!. 7!

Assim, o total de possibilidades é:

15! 12! 15!


Total = 5! x x =
12! 5!. 7! 7!

Vejam que nem precisamos fazer as contas. Item correto.

195 - (EBC - 2011 / CESPE) Se os “motivos internos” não existissem, a


quantidade de maneiras distintas de se escolherem as pessoas para
preencher os 15 cargos seria igual a 20!/7!.

Solução:

Agora, as 20 pessoas concorrem aos 15 cargos disponíveis. Assim, primeiro


vamos preencher os cargos diferenciados:

Para os 8 cargos diferenciados (diretores, secretário e subsecretários):

20 pessoas concorrendo a 8 cargos distintos. Como não utilizaremos todos os


elementos disponíveis e a ordem importa, utilizaremos o arranjo:

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20!
A(20, 8) =
(20 − 8)!

20!
A(20, 8) =
12!

Para os demais cargos de assessores:

Como 8 pessoas já preencheram os cargos diferenciados, restaram 12 pessoas


para preencherem os cargos de assessores. Esse cálculo nós já fizemos
anteriormente:

12!
C(12, 7) =
5!. 7!

Assim, o total de possibilidades é:

20! 12! 20!


Total = x =
12! 5!. 7! 5!. 7!

Vejam que sobrou a divisão por 5!. Item errado.

196 - (EBC - 2011 / CESPE) A quantidade de maneiras diferentes de serem


preenchidos os cinco cargos de direção é superior a 100.

Solução:

Como para preencher os 5 cargos de direção só podemos utilizar 5 candidatos


(por “motivos internos”), teremos 5 candidatos para cinco vagas distintas. Assim,
como todos os elementos participam e a ordem importa, utilizaremos a
permutação:

P5 = 5!

P5 = 5 x 4 x 3 x 2 x 1 = 120

Item correto.

197 - (EBC - 2011 / CESPE) Supondo que já tenham sido preenchidos os


cargos de direção, a quantidade de maneiras distintas de se escolherem as
pessoas para preencher os cargos de secretário e de subsecretário é
superior a 3.000.

Solução:

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Já vimos que para essa escolha nós temos 15 pessoas concorrendo a 3 cargos
diferentes. Como não utilizaremos todos os elementos disponíveis e a ordem
importa, utilizaremos o arranjo:

15!
A(15, 3) =
(15 − 3)!

15.14.13.12!
A(15, 3) =
12!

A(15, 3) = 15.14.13 = 2730

Item errado.

198 - (MPE-RR - 2008 / CESPE) O arquivo de um tribunal contém 100


processos, distribuídos entre as seguintes áreas: direito penal, 30; direito
civil, 30; direito trabalhista, 30; direito tributário e direito agrário, 10. Nessa
situação, ao se retirar, um a um, os processos desse arquivo, sem se
verificar a que área se referem, para se ter a certeza de que, entre os
processos retirados do arquivo, 10 se refiram a uma mesma área, será
necessário que se retirem pelo menos 45 processos.

Solução:

Nessa questão, devemos retirar os processos, sem se verificar a que área se


referem, e garantir que pelo menos 10 se referem à mesma área. Assim, é
possível que eu retire apenas 10 processos e esses 10 processos sejam da
mesma área. Porém isso é bem pouco provável. Mas eu não quero saber a
probabilidade, eu quero ter certeza! Vimos na teoria do “Principio da Casa dos
Pombos” que para que eu garanta que algum dos n ninhos tenha mais do que um
pombo são necessários n + 1 pombos.

Assim, nessa questão, suponha que eu queira retirar 2 processos da mesma área
(penal, civil, trabalhista, tributário ou agrário):

Retirando-se 2 processos – Não garanto nada, pode ser um de cada área


Retirando-se 3 processos – Não garanto nada, pode ser um de cada área
Retirando-se 4 processos – Não garanto nada, pode ser um de cada área
Retirando-se 5 processos – Não garanto nada, pode ser um de cada área
Retirando-se 6 processos – Agora eu garanto que pelo menos dois processos são
da mesma área.

5x1+1=5+1=6

Caso todos os processos tivessem mais do que 10 unidades, para garantir que
iríamos tirar pelo menos 10 processos da mesma área, precisaríamos de:

5 x 9 + 1 = 45 + 1 = 46 processos

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Como as áreas tributária e agrária não possuem 10 processos cada uma,


devemos contar que todos os processos dessas duas áreas foram retirados e
verificar como iremos garantir 10 processos de alguma das outras três áreas.

3 x 9 + 10 + 1 = 27 + 10 + 1 = 38 processos

Item errado.

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3 - Questões comentadas nesta aula

178 - (ANAC 2009 - CESPE) O número de rotas aéreas possíveis partindo de


Porto Alegre, Florianópolis ou Curitiba com destino a Fortaleza, Salvador, Natal,
João Pessoa, Maceió, Recife ou Aracaju, fazendo uma escala em Belo Horizonte,
Brasília, Rio de Janeiro ou São Paulo é múltiplo de 12.

179 - (SEPLAG/DF 2009 - CESPE) Com os algarismos 1, 2, 3, 4 e 5 é possível


formar 120 números diferentes de 5 algarismos, sem repetição.

180 - (SEPLAG/DF 2009 - CESPE) Com 3 letras A e 7 letras B formam-se 120


sequências distintas de 10 letras cada.

181 - (BB 2007 - CESPE) Uma mesa circular tem seus 6 lugares que serão
ocupados pelos 6 participantes de uma reunião. Nessa situação, o número de
formas diferentes para se ocupar esses lugares com os participantes da reunião é
superior a 102.

182 - (Anatel - 2012 / CESPE) Considerando-se que, em um aparelho de telefonia


móvel do tipo smartphone, o acesso a diversas funcionalidades seja autorizado
por senhas compostas de 4 dígitos escolhidos entre os algarismos de 0 a 9, é
correto afirmar que a quantidade de possibilidades de senhas de acesso distintas
cujos algarismos são todos distintos é inferior a 5.000.

183 - (Anatel - 2012 / CESPE) Considerando-se que, em um aparelho de telefonia


móvel do tipo smartphone, o acesso a diversas funcionalidades seja autorizado
por senhas compostas de 4 dígitos escolhidos entre os algarismos de 0 a 9, é
correto afirmar que há mais de 12.000 possibilidades de senhas distintas para
acessar as funcionalidades desse smartphone.

184 - (Agente-PF - 2009 / CESPE) Considerando que, em um torneio de basquete,


as 11 equipes inscritas serão divididas nos grupos A e B, e que, para formar o
grupo A, serão sorteadas 5 equipes. A quantidade de maneiras distintas de se
escolher as 5 equipes que formarão o grupo A será inferior a 400.

185 - (BB - 2009 / CESPE) Com 3 marcas diferentes de cadernos, a quantidade de


maneiras distintas de se formar um pacote contendo 5 cadernos será inferior a 25.

186 - (TRT-10 - 2013 / CESPE) Considerando que, dos 10 postos de combustíveis


de determinada cidade, exatamente dois deles cometam a infração de vender

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gasolina adulterada, e que sejam escolhidos ao acaso alguns desses postos para
serem fiscalizados, cinco é a menor quantidade de postos que devem ser
escolhidos para serem fiscalizados de modo que, com certeza, um deles seja
infrator.

(Texto para as questões 187 e 188) Entre os 6 analistas de uma empresa, 3 serão
escolhidos para formar uma equipe que elaborará um projeto de melhoria da
qualidade de vida para os empregados da empresa. Desses 6 analistas, 2
desenvolvem atividades na área de ciências sociais e os demais, na área de
assistência social.

Julgue os itens que se seguem, relativos à composição da equipe acima


mencionada.

187 - (EBC - 2011 / CESPE) Se os 2 analistas que desenvolvem atividades na


área de ciências sociais fizerem parte da equipe, então a quantidade de maneiras
distintas de se compor essa equipe será superior a 6.

188 - (EBC - 2011 / CESPE) Se a equipe for formada por 2 analistas da área de
assistência social e 1 analista da área de ciências sociais, então ela poderá ser
composta de 12 maneiras distintas.

(Texto para as questões 189 a 191) Considerando que, em uma empresa, haja 5
candidatos, de nomes distintos, a 3 vagas de um mesmo cargo, julgue os
próximos itens.

189 - (EBC - 2011 / CESPE) Considere todas as listas possíveis formadas por 3
nomes distintos dos candidatos. Nesse caso, se Alberto, Bento e Carlos forem
candidatos, dois desses nomes aparecerão em mais de 5 dessas listas.

190 - (EBC - 2011 / CESPE) Considere todas as listas possíveis formadas por 3
nomes distintos dos candidatos. Nessa situação, se Alberto, Bento e Carlos forem
candidatos, 3 dessas listas conterão apenas um desses nomes.

191 - (EBC - 2011 / CESPE) A quantidade de maneiras distintas de se escolher 3


pessoas entre os 5 candidatos é igual a 20.

192 - (FUB - 2009 / CESPE) A quantidade de números naturais de 3 algarismos


em que todos os algarismos são distintos é superior a 700

(Texto para as questões 193 a 197) O estafe de uma nova instituição pública será
composto por 15 servidores: o diretor-geral, seu secretário executivo e seus 2

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subsecretários — 1 de assuntos administrativos e 1 de fomento —, 4 diretores —
de administração e finanças, de infraestrutura, executivo e de pessoal — e, ainda,
sete assessores ligados a esses cargos. Para a composição desse estafe, dispõe-
se de 20 pessoas, todas igualmente qualificadas para assumir qualquer um dos
cargos vagos. Entretanto, por motivos internos, apenas 5 delas podem assumir
cargos de direção. As pessoas escolhidas para os cargos de assessoria
desempenham funções similares.

Considerando a situação acima, julgue os itens que se seguem.

193 - (EBC - 2011 / CESPE) Supondo que já tenham sido preenchidos todos os
cargos de direção, de secretário executivo e de subsecretários, a quantidade de
maneiras distintas de se escolherem as pessoas para preencher os sete cargos de
assessores é superior a 700.

194 - (EBC - 2011 / CESPE) A quantidade de maneiras distintas de se escolhem


as pessoas para preencher os 15 cargos de modo que as restrições internas
sejam respeitadas é igual a 15!/7!.

195 - (EBC - 2011 / CESPE) Se os “motivos internos” não existissem, a


quantidade de maneiras distintas de se escolherem as pessoas para preencher os
15 cargos seria igual a 20!/7!.

196 - (EBC - 2011 / CESPE) A quantidade de maneiras diferentes de serem


preenchidos os cinco cargos de direção é superior a 100.

197 - (EBC - 2011 / CESPE) Supondo que já tenham sido preenchidos os cargos
de direção, a quantidade de maneiras distintas de se escolherem as pessoas para
preencher os cargos de secretário e de subsecretário é superior a 3.000.

198 - (MPE-RR - 2008 / CESPE) O arquivo de um tribunal contém 100 processos,


distribuídos entre as seguintes áreas: direito penal, 30; direito civil, 30; direito
trabalhista, 30; direito tributário e direito agrário, 10. Nessa situação, ao se retirar,
um a um, os processos desse arquivo, sem se verificar a que área se referem,
para se ter a certeza de que, entre os processos retirados do arquivo, 10 se
refiram a uma mesma área, será necessário que se retirem pelo menos 45
processos.

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4 - Questões para praticar! A solução será apresentada na próxima aula

(Texto para as questões 199 a 201) De acordo com o primeiro lema de Kaplansky,
a quantidade de subconjuntos de {1, 2, 3,..., n} com p elementos, em que não há
números consecutivos, é dada pela fórmula abaixo.

(n − p + 1)!
p! (n − 2p + 1)!

Uma das aplicações desse lema é a contagem do número de maneiras de se


sentar 4 meninas e 6 meninos em uma fila de 10 cadeiras, de modo que 2
meninas não fiquem em posições adjacentes. A estratégia para se realizar essa
contagem compreende quatro passos. Em primeiro lugar, deve-se contar o
número de maneiras de se escolher 4 cadeiras sem que haja cadeiras
consecutivas; esse procedimento deve ser feito utilizando-se o lema de Kaplansky.
Em seguida, deve-se contar o número de maneiras de organizar as meninas
nessas cadeiras. O próximo passo consiste em contar o número de maneiras de
se distribuir os meninos nas cadeiras restantes. Por fim, deve-se usar o princípio
multiplicativo.

Com base nessas informações, julgue os itens subsecutivos.

199 - (TRE/ES - 2010 / CESPE) Diante dos dados acima, é correto afirmar que o
número de maneiras de se sentar 4 meninas e 6 meninos em uma fila de 10
cadeiras, de modo que não fiquem 2 meninas em posições adjacentes, é superior
a 600.000.

200 - (TRE/ES - 2010 / CESPE) Em face dos dados apresentados, é correto


afirmar que o número de maneiras de se escolher as 4 cadeiras entre as 10
disponíveis sem que haja cadeiras consecutivas é superior a 40.

201 - (TRE/ES - 2010 / CESPE) A partir dos dados acima, é correto concluir que o
número de maneiras de se organizar as 4 meninas nas 4 cadeiras escolhidas é
igual a 16.

(Texto para as questões 202 a 204) Alberto, Bruno, Sérgio, Janete e Regina
assistirão a uma peça de teatro sentados em uma mesma fila, lado a lado. Nessa
situação, julgue os itens subsequentes.

202 - (TJ/ES - 2010 / CESPE) Caso Janete e Regina sentem-se nas extremidades
da fila, então a quantidade de maneiras distintas de como essas 5 pessoas
poderão ocupar os assentos é igual a 24.

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203 - (TJ/ES - 2010 / CESPE) A quantidade de maneiras distintas de como essas
5 pessoas poderão ocupar os assentos é igual a 120.

204 - (TJ/ES - 2010 / CESPE) Considere que Sérgio e Janete sentem um ao lado
do outro. Nesse caso, a quantidade de maneiras distintas de como as 5 pessoas
poderão ocupar os assentos é igual a 48.

(Texto para as questões 205 e 206) Julgue os itens seguintes, considerando que
planos previdenciários possam ser contratados de forma individual ou coletiva e
possam oferecer, juntos ou separadamente, os cinco seguintes tipos básicos de
benefícios: renda por aposentadoria, renda por invalidez, pensão por morte,
pecúlio por morte e pecúlio por invalidez.

205 - (PREVIC - 2010 / CESPE) Para se contratar um plano previdenciário que


contemple três dos cinco benefícios básicos especificados acima, há menos de 12
escolhas possíveis.

206 - (PREVIC - 2010 / CESPE) Suponha que os funcionários de uma empresa se


organizem em 10 grupos para contratar um plano previdenciário com apenas um
benefício em cada contrato, de modo que a renda por invalidez seja contratada
por 3 grupos, a pensão por morte, o pecúlio por morte e o pecúlio por invalidez
sejam contratados por 2 grupos cada, e a renda por aposentadoria seja contratada
por 1 grupo. Nessas condições, a quantidade de maneiras em que esses 10
grupos poderão ser divididos para a contratação dos 5 benefícios básicos será
inferior a 7 × 104.

(Texto para as questões 207 e 208) Entre 3 mulheres e 4 homens, 4 serão


escolhidos para ocupar, em uma empresa, 4 cargos de igual importância. Julgue
os itens a seguir, a respeito das possibilidades de escolha dessas 4 pessoas.

207 - (TJ/ES - 2010 / CESPE) A proposição “Se 2 mulheres e 2 homens forem os


escolhidos, então a quantidade de maneiras distintas de se ocupar os cargos é
igual a 12” é uma proposição falsa.

208 - (TJ/ES - 2010 / CESPE) A proposição “Se todas as mulheres forem


escolhidas, então a quantidade de escolhas distintas para a ocupação das vagas é
igual a 3” é uma proposição verdadeira.

(Texto para as questões 209 e 210) Dez policiais federais — dois delegados, dois
peritos, dois escrivães e quatro agentes — foram designados para cumprir
mandado de busca e apreensão em duas localidades próximas à superintendência
regional. O grupo será dividido em duas equipes. Para tanto, exige-se que cada

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uma seja composta, necessariamente, por um delegado, um perito, um escrivão e
dois agentes.

Considerando essa situação hipotética, julgue os itens que se seguem.

209 - (Polícia Federal - 2012 / CESPE) Se todos os policiais em questão estiverem


habilitados a dirigir, então, formadas as equipes, a quantidade de maneiras
distintas de se organizar uma equipe dentro de um veículo com cinco lugares —
motorista e mais quatro passageiros — será superior a 100.

210 - (Polícia Federal - 2012 / CESPE) Há mais de 50 maneiras diferentes de


compor as referidas equipes.

(Texto para a questão 211) Estudos revelam que 95% dos erros de digitação de
uma sequência numérica — como, por exemplo, um código de barras ou uma
senha — são a substituição de um algarismo por outro ou a troca entre dois
algarismos da mesma sequência; esse último tipo de erro corresponde a 80% dos
casos. Considerando esses fatos e que a senha de acesso de um usuário a seu
provedor de email seja formada por 8 algarismos, escolhidos entre os algarismos
de 0 a 9, julgue o item seguinte.

211 - (SERPRO - 2013 / CESPE) A quantidade de maneiras distintas de o usuário,


ao digitar a sua senha, cometer um erro do tipo troca entre dois algarismos da
própria sequência é superior a 30.

(Texto para as questões 212 a 215) A figura acima representa, de forma


esquemática, a divisão territorial de uma cidade. As linhas representam as pistas e
os quadrados, os terrenos. No ponto O há um pronto socorro com uma ambulância
para o transporte de pacientes. O pronto socorro conta com 2 motoristas para a
ambulância, 3 médicos e 10 enfermeiros e, sempre que for necessário o transporte
de paciente, são escolhidos um motorista, um médico e três enfermeiros para o
acompanhamento. O pronto socorro tem convênio com dez postos de combustível,

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de modo que a ambulância é abastecida utilizando-se vales-combustível, podendo
ser abastecida mais de uma vez em um mesmo posto.

Com base nessa situação, julgue os próximos itens.

212 - (CETURB/ES - 2010 / CESPE) Considere que tenha ocorrido um acidente no


ponto P e que a ambulância deva se deslocar de O para P percorrendo as pistas
apenas nos sentidos norte e leste. Neste caso, há 1.001 maneiras distintas de a
ambulância chegar ao local do acidente.

213 - (CETURB/ES - 2010 / CESPE) Se a cada transporte de paciente toda a


equipe de acompanhamento é substituída, então, nesse caso, há mais de 250
maneiras distintas de substituição da equipe que estava trabalhando.

214 - (CETURB/ES - 2010 / CESPE) Há mais de 3.000 maneiras distintas de se


escolher uma equipe de profissionais para o transporte de paciente.

215 - (CETURB/ES - 2010 / CESPE) Se o motorista abastece a ambulância


utilizando quatro vales-combustível por mês e um vale a cada abastecimento,
então, desconsiderando-se a ordem dos abastecimentos, há mais de 700
maneiras distintas de utilização dos vales.

(Texto para as questões 216 e 217) Os alunos de uma turma cursam 4 disciplinas
que são ministradas por 4 professores diferentes. As avaliações finais dessas
disciplinas serão realizadas em uma mesma semana, de segunda a sexta-feira,
podendo ou não ocorrerem em um mesmo dia.

A respeito dessas avaliações, julgue os itens seguintes.

216 - (TRT 17 - 2013 / Cespe) Se cada professor escolher o dia em que aplicará a
avaliação final de sua disciplina de modo independente dos demais, haverá mais
de 500 maneiras de se organizar o calendário dessas avaliações.

217 - (TRT 17 - 2013 / Cespe) Se em cada dia da semana ocorrer a avaliação de


no máximo uma disciplina, então, nesse caso, a quantidade de maneiras distintas
de se organizar o calendário de avaliações será inferior a 100.

(Texto para as questões 218 a 221) Considerando que, na fruteira da casa de


Pedro, haja 10 uvas, 2 maçãs, 3 laranjas, 4 bananas e 1 abacaxi, julgue os
próximos itens.

218 - (TRT 17 - 2013 / Cespe) Se Pedro desejar comer apenas um tipo de fruta, a
quantidade de maneiras de escolher frutas para comer será superior a 100.

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219 - (TRT 17 - 2013 / Cespe) Há mais de 1.330 maneiras distintas de Pedro


escolher pelo menos uma fruta entre aquelas que estão em sua fruteira.

220 - (TRT 17 - 2013 / Cespe) Se, para fazer uma salada de frutas, Pedro deve
escolher pelo menos dois tipos de frutas, em qualquer quantidade, então há
menos de 1.000 maneiras distintas de Pedro escolher frutas para compor sua
salada.

221 - (TRT 17 - 2013 / Cespe) Se Pedro desejar comer apenas bananas, haverá
quatro maneiras de escolher algumas frutas para comer.

(Texto para as questões 222 a 224) A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados,
responsável pela direção dos trabalhos legislativos e pelos serviços
administrativos da Casa, compõe-se de Presidência — presidente, 1.º e 2.º vice-
presidentes — e de Secretaria — 1.º, 2.º, 3.º e 4.º secretários e 1.º, 2.º, 3.º e 4.º
suplentes —, devendo cada um desses cargos ser ocupado por um deputado
diferente, ou seja, um mesmo deputado não pode ocupar mais de um desses
cargos. Supondo que, por ocasião da composição da Mesa Diretora, qualquer um
dos 513 deputados possa assumir qualquer um dos cargos na Mesa, julgue os
itens a seguir.

222 - (Câmara - 2012 / Cespe) O número correspondente à quantidade de


maneiras diferentes de se compor a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados
pode ser expresso por 513!/502!.

223 - (Câmara - 2012 / Cespe) Sabendo-se que, entre os 513 deputados, 45 são
do sexo feminino, então o número correspondente à quantidade de maneiras
distintas de se compor a Mesa Diretora de forma que pelo menos um dos 11
cargos seja ocupado por deputada pode ser expresso por 45!/34!.

224 - (Câmara - 2012 / Cespe) Existem menos de 125.000.000 de maneiras


diferentes de se escolher a Presidência da Mesa Diretora da Câmara dos
Deputados.

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5 - Gabarito

178 - C 202 - E
179 - C 203 - C
180 - C 204 - C
181 - C 205 - C
182 - E 206 - E
183 - E 207 - C
184 - E 208 - E
185 - C 209 - C
186 - E 210 - E
187 - E 211 - E
188 - C 212 - C
189 - C 213 - E
190 - C 214 - E
191 - E 215 - C
192 - C 216 - C
193 - C 217 - E
194 - C 218 - E
195 - E 219 - E
196 - C 220 - E
197 - E 221 - C
198 - E 222 - C
199 - C 223 - E
200 - E 224 - E
201 - E

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