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COMPANHIA ENERGÉTICA DE BRASÍLIA - CEB

RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 2008


RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 2008

RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 2008

1 – MENSAGEM DA ADMINISTRAÇÃO

Em cumprimento às disposições legais, a Administração da Companhia Energética de Brasília –


CEB tem a satisfação de apresentar o Relatório Anual da Administração, juntamente com as
Demonstrações Financeiras, as Notas Explicativas e o Parecer dos Auditores Independentes,
relativos ao exercício social de 2008.

Neste exercício, a Administração da Companhia deu continuidade à implantação de sua estratégia


empresarial mais relevante, traduzida na recuperação do principal negócio da organização: a
atividade de distribuição de energia elétrica.

Não obstante, foram cumpridas as orientações complementares de aprimorar o desempenho das


demais empresas em fase operacional e assegurar os recursos para implantação daquelas em
estágio pré-operacional.

Assim, das empresas integrantes da CEB holding, alcançaram estágio operacional a CEB
Distribuição S.A., CEB Geração S.A., CEB Participações S.A., CEB Lajeado S.A., Companhia
Brasiliense de Gás S.A., Corumbá Concessões S.A. e a BSB Energética S.A. (esta última juntou-
se às demais no exercício findo). Portanto, apenas a Energética Corumbá III S.A. encontra-se em
estágio pré-operacional, com perspectiva para produção de suas primeiras receitas em 2009.

Para sustentação da estratégia empresarial, sobretudo na CEB Distribuição S.A., que exigiu
montante de recursos expressivo para investimentos, amortização da dívida e pagamentos das
parcelas indenizatórias dos Planos de Desligamentos Voluntários de 2005 e 2006, foram utilizadas
a captação de financiamentos de baixo custo e receita de outros resultados gerada por meio da
alienação de imóvel ocioso (inservível, do ponto de vista da concessão de distribuição).

É relevante destacar o desempenho da CEB Distribuição S.A., para atestar a eficácia da estratégia
empresarial adotada e dos instrumentos aplicados para viabilizá-la: o resultado apurado em 2008
(lucro de R$ 33,15 milhões); a amortização de passivos, da ordem de R$ 20,71 milhões, assim
como a melhoria do perfil de endividamento; e a prioritária e inadiável recuperação do sistema de
distribuição, que recebeu investimentos no valor de R$ 134,32 milhões, caracterizando
continuidade de aportes anuais em montantes jamais aplicados na história da empresa
distribuidora.

Constata-se a reversão do Patrimônio Líquido negativo da CEB Distribuição S.A.. Este agregado
contábil, da ordem de R$ 100,10 milhões negativos em 2006, reduzido para R$ 27,60 milhões
negativos em 2007, alcançou, em 2008, o montante de R$ 11,41 milhões positivos.

O desempenho do conjunto das empresas que integram a CEB holding permitiu os lucros
registrados nos exercícios de 2007 e 2008 (R$ 120,30 milhões e R$ 66,94 milhões,
respectivamente), praticamente alcançando o prejuízo acumulado de R$ 197,30 milhões, apurados
em 2006.

Resta a conclusão emanada das demonstrações contábeis e notas explicativas integrantes deste
relatório: no exercício ora encerrado, o movimento em busca da sustentabilidade, iniciado em
2007, continuou com sucesso e de maneira consistente, evidenciando que haveremos de alcançá-
la em breve. Esse é o nosso objetivo e a razão de nossa gestão.

A Administração
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2 – CENÁRIO MACROECONÔMICO

2.1 Atividade Econômica

Até o terceiro trimestre de 2008, as boas perspectivas para a economia mundial permitiram à
economia brasileira manter sua trajetória de crescimento. No encerramento do exercício, o Produto
Interno Bruto sinalizava crescimento superior a 5%, embora os números finais de sua apuração
ainda não estivessem disponíveis quando da conclusão deste Relatório. O desempenho equivale
ao de 2007 quando alcançou 5,67%.

Em que pese à pronunciada inserção do Brasil no mundo globalizado, as ameaças à economia


mundial, representadas pelos desdobramentos da crise do sistema de hipotecas no mercado
imobiliário norte-americano, foram inicialmente encaradas como perfeitamente neutralizáveis. Por
esta razão, os problemas do segmento do mercado americano do sub prime, inicialmente, não
repercutiram de forma imediatamente danosa à economia brasileira.

Contudo, na sequência dos movimentos das engrenagens que materializam a globalização


econômica, verificou-se ser impossível ao país manter-se imune aos efeitos da crise surgida em
um nicho do mercado americano. Isso se deu na medida em que aqueles efeitos irradiaram-se por
outros setores da economia americana, transpuseram fronteiras e adquiriram dimensões próprias
de uma crise mundial. Mesmo assim, considerando o bom desempenho acumulado ao longo dos
primeiros três trimestres do ano, 2008 ainda se manteve no ciclo de crescimento consistente da
economia brasileira. Para tal contribuiu de forma acentuada a demanda interna, algo facilmente
constatável, pela ótica do Setor Elétrico, na expansão do consumo de energia elétrica.

Por ter seu crescimento fortemente lastreado na demanda interna, a maioria dos setores da
economia brasileira demorou a registrar sinais de desaceleração. O setor exportador,
diversamente, principalmente por conta dos subsetores atrelados a commodities, demonstrou-se
mais sensível, repercutindo de forma intensa o clima mundial de incertezas e transformando-se no
ponto de acesso, à economia brasileira, dos efeitos da instabilidade econômica em que mundo se
vê mergulhado. De qualquer forma, os analistas são unânimes, por força do atual estágio de nosso
desenvolvimento econômico, em vaticinar crescimento para 2009 do PIB brasileiro, embora em
números bem mais modestos que os registrados no último biênio.

2.2 Inflação

Economias em desenvolvimento têm uma tarefa aparentemente paradoxal no controle da inflação


gerada nesse processo. Se couber à expansão do mercado interno peso relevante para o bom
desempenho da economia, a preservação das condições favoráveis a esse desempenho implica
medidas potencialmente inflacionárias. Às autoridades econômicas, nessas condições, restam
poucos instrumentos de controle dos preços. É o caso brasileiro. Nele, a política monetária
concentra a maioria dos esforços para manter a inflação em patamares aceitáveis.

A taxa Selic reflete este cenário, mantendo-se em níveis muito superiores às pretensões dos
setores produtivos. Isto tem motivado contínuo questionamento à intensidade adotada pelo Banco
Central no uso desse instrumento de controle inflacionário.

Em 2008, os principais índices de preços tiveram evolução superior à registrada em 2007. O Índice
Geral de Preços – Mercado (IGP-M) registrou incremento anual de 9,81%, contra 7,75% em 2007;
o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), adotado como referência no regime de metas de
inflação, registrou elevação de 5,9%, superando em 1,44% à registrada no ano anterior; e o Índice
Nacional de Preços ao Consumidor – INPC atingiu 6,48% em 2008, superando a marca de 5,16%
alcançada em 2007.
RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 2008

Apesar dos valores acima apontarem uma degradação do quadro inflacionário, observa-se que os
valores acumulados dos últimos 12 meses desses índices, registrados ao longo do quarto trimestre
de 2008, acusaram declínio. Há consenso que o fenômeno pode ser atribuído menos aos méritos
da política monetária e mais às repercussões da crise mundial nas expectativas dos agentes
econômicos.

Para as empresas geradoras de energia vinculadas à CEB em operação, o comportamento dos


principais índices de preço tem uma avaliação peculiar. Sua receita de venda de energia é
indexada pelo IGP-M. Os componentes das despesas têm diferentes parâmetros, alguns atrelados
a índices de preços, outros a fatores diversos. De qualquer forma, a variação do IGP-M, se
superior a dos demais índices de preço, tende a favorecer aos resultados da Companhia. Oferece
resistência a esta assertiva, as empresas com estruturas de financiamento caracterizadas por
encargos calculados com base nos mesmos indicadores, produzindo, nessas condições,
resultados financeiros desfavoráveis. Este é o caso, por exemplo, da Corumbá Concessões S.A..

Quanto a CEB Distribuição S.A., os elevados montantes de determinadas dívidas e os indicadores


aplicados nos seus custos, tais como o passivo originado da inadimplência com Furnas, da ordem
de R$ 217,50 milhões (encargos de 12,65% ao ano mais IGP-M); e a dívida com a FACEB, com
montante superior a R$ 134,10 milhões (custo de 6% ao ano mais INPC), sob a conjuntura que
determinou o comportamento dos índices de preços ocorridos em 2008, causaram repercussões
indesejáveis na apuração das despesas financeiras da empresa distribuidora.

2.3 Política Monetária

Mesmo sendo menos vigoroso que o desejado, o crescimento econômico registrado até o terceiro
semestre de 2008 foi responsável por uma postura restritiva do Banco Central na condução da
política econômica. A rigidez da taxa básica de juros que vinha sendo mantida desde outubro de
2007 foi interrompida em abril de 2008 com a retomada da elevação mensal, ainda sob a
perspectiva de aumento das tensões inflacionárias por conta de excessos de demanda agregada;
nem mesmo a consistência dos primeiros reflexos da instabilidade internacional nos mercado
interno foi suficiente para retomar as quedas mensais da taxa Selic; ao contrário, apenas em
setembro de 2008 a ascensão da taxa Selic foi interrompida e mantida em 13,75% até o
encerramento do exercício.

O comportamento ascendente da Selic no exercício findo repercutiu negativamente na CEB


Distribuição S.A., sobretudo por meio da dívida oriunda de inadimplência com a Eletrobrás (Itaipu),
da ordem de R$ 54,00 milhões no início do ano, uma vez que o indicador em comento foi aplicado
diretamente no cálculo do encargo do passivo, conforme determina o contrato que pactuou a
renegociação.

As despesas financeiras da CEB Distribuição S.A. apuradas em 2008 (cerca de R$ 112,80 milhões
negativos) refletem, em parte, os efeitos decorrentes dos comportamentos da taxa de juros e dos
índices de preços ocorridos no exercício que se encerra. Tais efeitos foram levados à CEB por
intermédio da consolidação de resultados da Companhia.

3 – CEB HOLDING

Estrutura Societária

A Companhia Energética de Brasília – CEB criada mediante autorização da Lei nº 4.545, de


10.12.64, e com a atual denominação dada pela Lei nº 383, de 16.12.92, é uma sociedade de
economia mista, de capital aberto, regida pela Lei das Sociedades Anônimas e pela Comissão de
Valores Mobiliários – CVM, desde seu registro nesta Entidade em 04.07.94.
RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 2008

Importante ressaltar, que em atendimento à orientação da Bolsa de Valores do Estado de São


Paulo – BOVESPA, por intermédio do Of. 041/2007 – SEO, de 15/02/07, a CEB, após decisão
tomada na 45ª Assembléia Geral Ordinária, agrupou suas ações, a partir de 18/06/07, adotando
assim, a cotação unitária, passando o seu capital social a ser representado por 9.183.458 ações
escriturais, sem valor nominal, sendo 4.576.432 ações ordinárias, 1.313.002 ações preferenciais
classe “A” e 3.294.024 ações preferenciais classe “B”.

ORGANIZAÇÃO SOCIETÁRIA

Companhia
Energética de
Brasília – CEB
holding

G
D P
CEB CEB CEB
Geração Distribuição Participações
Outras
S.A. S.A. S.A.
Participações
(100%) (100%) (100%)

COMPANHIA ENERGÉTICA DE BRASÍLIA


Consolidado (Em Números)

CEB
2008/2007
Econômico – Financeiro
2008 2007
Consolidado (R$ Mil)
1.461.781
Receita Operacional Bruta 1.385.612
953.672
Receita Operacional Líquida 873.887
61.576
Resultado Operacional Líquido 203.911
112.106
EBITDA 276.118
66.941
Lucro Líquido (Prejuízo) 120.302
343.924
Patrimônio Líquido 276.983
Fonte: Demonstrações Contábeis da Companhia Energética de Brasília – CEB

3.1 – Empresas Controladas

3.1.1 – CEB Distribuição S.A.

A CEB Distribuição S.A. é uma sociedade por ações, constituída como subsidiária integral,
concessionária do serviço público de energia elétrica, nos termos do Contrato de Concessão nº
66/1999 – ANEEL, com prazo de concessão até 2015. Atua na atividade de distribuição de energia
elétrica do Distrito Federal e atende 794.186 (setecentos e noventa e quatro mil, cento e oitenta e
seis) clientes, dos quais, 700.809 (setecentos mil oitocentos e nove) são residenciais.

Os ativos da CEB Distribuição S.A. são resultantes da versão de parte do patrimônio da


Companhia Energética de Brasília – CEB, em função da reestruturação societária realizada em 12
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de janeiro de 2006, nos termos das Resoluções nº 167/2001, nº 593/2002, nº 22/2003 e da


Resolução Autorizativa nº 318/2005 da ANEEL.

A área de concessão abrange todo o Distrito Federal, correspondente a 5.822,1 km², e está
estruturada com 28 Regiões Administrativas.

3.1.1.1 – Sistema Elétrico

O suprimento de energia ao Distrito Federal é realizado por FURNAS Centrais Elétricas, por meio
das subestações de Brasília Sul (345/138 kV), Brasília Geral (230/34,5 kV) e Samambaia
(500/345/138 kV), com potências instaladas de 900 MVA, 180 MVA e 450 MVA, respectivamente.
As subestações de Brasília Sul e Samambaia alimentam também cargas da CELG das regiões do
entorno do Distrito Federal. Destacam-se ainda, as conexões ao sistema CEB das Usinas de
Corumbá IV (127 MW) e Paranoá (30 MW), que favorecem a confiabilidade do sistema. Em caso
de emergência, o suprimento pode ser reforçado pela entrada em operação de Usina Térmica de
Brasília, com 10 MW de potência instalada.

O sistema de subtransmissão da CEB Distribuição S.A., constitui-se atualmente de 30


subestações, sendo 12 (doze) alimentadas em 138 kV, 3 (três) em 69 kV e 15 (quinze) em 34,5
kV.

Cabe ressaltar que grande parte da malha de rede de distribuição subterrânea tem como tipo de
arranjo, o spot network, que proporciona alta confiabilidade, haja vista a redundância de
alimentadores e de transformadores, que mantêm a continuidade do fornecimento, mesmo com a
indisponibilidade de um dos componentes do sistema.

3.1.1.2 – Compra de Energia Elétrica

A energia comprada pela CEB Distribuição S.A. em 2008 teve a seguinte composição:

Energia Comprada – CEB Distribuição S.A.

2008/2007
2008 2007
Supridor
MWh % R$ (Mil) % MHh % R$ (Mil) %
Repasse Itaipu (*) 1.128.511 20,78 105.030 21,20 947.647 18,60 84.728 19,59
PROINFA 78.734 1,45 10.633 2,15 48.877 0,96 8.650 2,00
CCEAR 2.575.507 47,43 186.408 37,62 2.420.886 47,53 161.034 37,24
Corumbá Concessões S.A. 667.584 12,29 96.713 19,52 665.760 13,07 89.367 20,66
CEB Lajeado S.A. 885.976 16,32 91.847 18,54 885.977 17,39 76.866 17,77
Investco 8.969 0,17 971 0,20 8.669 0,17 752 0,17
Energia de Curto Prazo 84.860 1,56 3.853 0,78 116.085 2,28 11.060 2,56
Total 5.430.141 100 495.455 100 5.093.901 100 432.457 100
Fonte: Boletim de Mercado da CEB Distribuição S.A.

3.1.1.3 – Mercado

Em 31 de dezembro de 2008, a CEB Distribuição S.A. registrou um total de 794.186 unidades


consumidoras, com crescimento de 3,6% (três vírgula seis por cento) em relação a dezembro de
2007.

Número de unidades consumidoras por classe


RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 2008

2008/2007
Classes de Consumidores 2008 2007 Variação (%)

Residencial 700.809 673.322 4,1


Comercial 81.623 78.414 4,1
Rural (*) 5.991 9.021 -33,6
Poder Público 3.999 3.985 0,4
Industrial 1.486 1.464 1,5
Serviço Público 212 202 5,0
Iluminação Pública 19 19 -
Próprio 47 47 -
Total 794.186 766.472 3,6
Fonte: Boletim de Mercado da CEB Distribuição S.A

(*) A redução no número de consumidores da Classe Rural decorreu de um ajuste realizado no mês de
dezembro de 2008 na rota de leitura e entrega de faturas rurais (a rota foi redistribuída em outras
dezoito rotas). Tal ajuste ocasionou redução nas leituras nesse mesmo mês, uma vez que a
regulamentação (Art. 40 da Resolução ANEEL nº 456/2000) não permite mais de uma leitura num
período inferior a 15 dias. Embora tais unidades consumidoras não tenham sido lidas e faturadas no
referido mês, tal divergência foi corrigida no mês subseqüente (janeiro/2009) e o número de
consumidores voltou ao patamar normal (9.060 unidades).

O consumo de energia elétrica, por classe, teve em 2008 um aumento médio de 6,1% (seis vírgula
um por cento), perfazendo o total de 4.553.070 MWh.

Consumo de energia elétrica por classe de consumidores


2008/2007
Classes de 2008 2007 Variação
Consumidores (MWh) (MWh) (%)
1.785.468 1.704.565 4,7
Residencial
Comercial 1.388.907 1.303.064 6,6
Poder Público 533.722 524.677 1,7
Serviço Público 274.695 246.186 11,6
Iluminação Pública 270.670 236.930 14,2
Industrial 186.819 164.437 13,6
Rural 109.650 108.284 1,3
Consumo Próprio (*) 3.139 4.236 -25,9
Total 4.553.070 4.292.377 6,1
Fonte: Boletim de Mercado da CEB Distribuição S.A.

(*) A variação observada na classe Consumo Próprio, deve-se,


principalmente, à desativação das instalações da sede da
Empresa.

O acréscimo no consumo ocorreu principalmente em função do crescimento de 4,7% na Classe


Residencial. Este comportamento pode ser atribuído tanto ao aumento de 4,1% no número de
consumidores residenciais, equivalente a 27,4 mil novas ligações, quanto ao nível do consumo
médio mensal que passou de 213 para 215 kWh/mês.

O consumo industrial apresentou um crescimento de 13,6% em relação ao ano anterior. De acordo


com dados da Fibra – DF, o faturamento do segmento industrial registrou um aumento acumulado
de 9,86% no período, com destaques para os setores metal e mecânica (29%), madeira e
mobiliário (21,5%) e alimentação (12,5%).
A Classe Comercial atingiu um aumento de 6,6%. Segundo a Fecomércio – DF, o segmento
concluiu o ano de 2008 com crescimento nas vendas de 3,69%, sobressaindo-se os setores de
bens semiduráveis e automotivos, que registraram crescimentos de 41,5% e 16,3%,
respectivamente.
RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 2008

Outras classes que se destacaram no ano de 2008 foram as de serviço público e iluminação
pública que cresceram 11,6% e 14,2%, respectivamente, influenciadas pelos programas criados
pelo Governo do Distrito Federal, principalmente, o “Brasília Integrada” e o “Governo nas Cidades”.

Participação das classes de consumidores no faturamento da CEB Distribuição S.A.

Serviço Próprio
Iluminação
Pública Público
Residencial
Poder 0%
Público 6% 6%
39%
12%
Rura
l
2%

Industrial
Comercial

31% 4%

Fonte: Boletim de Mercado da CEB Distribuição S.A.

A comparação com os percentuais de 2007 permite afirmar que as classes de consumidores


participaram do faturamento da CEB Distribuição S.A. em 2008 praticamente com os mesmos
percentuais, uma vez que não houve variações superiores a 1%.

3.1.1.4 – Revisão Tarifária

Em 26 de agosto de 1999, foi firmado o Contrato de Concessão nº 66/99, entre a União, por
intermédio da Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, e a Companhia Energética de
Brasília – CEB, hoje CEB Distribuição S.A.. O Contrato tem por objeto regular a exploração do
serviço público de distribuição de energia elétrica da concessão de que é titular a citada
Concessionária, e prevê, nas Subclaúsulas Sétima e Oitava da Cláusula Sétima, o cronograma
para a realização de Revisão Tarifária Periódica a cada 4 (quatro) anos.

A revisão dos valores das tarifas de comercialização de energia ocorre alterando-as para mais ou
para menos, considerando os investimentos realizados no sistema elétrico de distribuição, o
comportamento da estrutura de custos, o mercado da concessionária, os níveis de tarifas
observados em empresas similares no contexto nacional e internacional, assim como os estímulos
à eficiência e à modicidade das tarifas.

No processo de revisão, a ANEEL estabelece ainda, os valores do Fator X, que deverão ser
subtraídos ou acrescidos na variação do índice do IGP-M aplicada nos reajustes anuais
subsequentes.
RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 2008

Cabe a Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL estabelecer tarifas que assegurem ao
consumidor o pagamento de um valor justo, como também garantir o equilíbrio econômico-
financeiro da concessionária de distribuição, para que ela possa oferecer um serviço de qualidade,
confiabilidade e continuidade necessária.

O processo de Revisão Tarifária Periódica da CEB Distribuição S.A., correspondente ao ciclo de


2008, resultou em um reposicionamento tarifário provisório, fixado pela Superintendência de
Regulação Econômica – SRE, para aplicação nas tarifas de energia elétrica para o consumidor, a
partir de 26 de agosto do exercício findo, de -4,77% (menos quatro vírgula setenta e sete por
cento), conforme Resolução Homologatória da ANEEL nº 695, de 25 de agosto de 2008.

Destaque-se que, em decorrência da retirada do componente financeiro de -4,07% da base


tarifária que havia sido adicionado no reajuste anual de 2007, substituído pelo valor do componente
financeiro de 2008 de -2,21%, no período de agosto de 2008 a julho de 2009, as tarifas de
fornecimento terão uma redução média de -2,91%.

3.1.1.5 – Indicadores de Qualidade

Os principais indicadores de qualidade do fornecimento de energia elétrica constantes do contrato


de concessão e fiscalizados pela ANEEL são o DEC – Duração Equivalente de Interrupção por
Cliente e o FEC – Frequência Equivalente de Interrupção por Cliente. No exercício de 2008, a
qualidade do fornecimento de energia elétrica, medida pelos índices DEC e FEC, teve o
comportamento retratado a seguir:

Indicadores da Qualidade do Fornecimento – DEC e FEC

2008/2007
Exercícios DEC (horas/ano) FEC (frequência/ano)
2007 14,87 15,67
2008 16,27 16,93
Fonte: Boletim de Mercado da CEB Distribuição S.A.

As elevações do DEC e do FEC do sistema da CEB Distribuição S.A. estão relacionadas


principalmente com a ocupação desordenada do solo no Distrito Federal, por meio da criação de
condomínios irregulares e invasões de áreas públicas, que provocam o crescimento do número de
ligações inseguras e tecnicamente nocivas (gambiarras), situação agravada pelas orientações do
Ministério Público e dos órgãos ambientais que não autorizam a intervenção da Companhia nessas
áreas para regularização das ligações. Finalmente, no último trimestre do exercício, formalizou-se
Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), envolvendo o Governo do Distrito Federal, a CEB
Distribuição S.A., órgãos ambientais e o Ministério Público, que entre outros aspectos relacionados
com a regularização das ocupações e a contenção de novas irregularidades de mesma natureza,
contemplará a possibilidade de intervenção da Companhia, melhorando o nível de segurança da
população, a qualidade do fornecimento e possibilitando a redução de perdas. A iniciativa viabilizou
as primeiras regularizações em algumas localidades em 2008, que serão intensificadas em 2009.

Foram adquiridas chaves telecomandadas a serem instaladas na rede de distribuição que


possibilitarão o isolamento das regiões limítrofes às áreas problemáticas, reduzindo o número de
clientes interrompidos. A localização de defeitos também será mais ágil e, por conseguinte,
ocorrerá a diminuição dos tempos de restabelecimentos do fornecimento. Esses equipamentos
contribuirão, portanto, para reverter a tendência de alta dos indicadores referenciados que
persistiram em 2008.
RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 2008

Por outro lado, em 2007 e 2008 a Companhia aumentou significativamente seus investimentos no
sistema de distribuição (será mantido nos próximos exercícios comportamento semelhante), de
modo que, efetivamente, há a expectativa de que o DEC e o FEC alcancem valores compatíveis
com a orientação empresarial adotada pela CEB Distribuição S.A. nos próximos exercícios.

Registre-se que o DEC acumulado móvel apurado em dezembro de 2008 foi de 16,27 horas/ano
(acima do limite fixado de 15,58 horas/ano), enquanto o FEC, no mesmo mês, foi de 16,93
frequência/ano (inferior ao limite determinado de 19,98 frequência/ano).

3.1.1.6 – Desempenho Econômico-financeiro

CEB Distribuição S.A. (Em Números)


2008/2007
20 Unidade 2008 2007
Atendimento

Número de Consumidores U 794.186 766.472

Número de Empregados U 668 671

Relação Clientes/Empregados U 1.189 1.142


Econômico – Financeiro

Receita Operacional Bruta R$ mil 1.378.152 1.328.105

Receita Operacional Líquida R$ mil 887.862 833.433

Resultado Financeiro R$ mil (22.462) (66.452)

EBITDA R$ mil 77.080 220.168

Lucro Líquido (Prejuízo) R$ mil 33.150 72.596

Patrimônio Líquido R$ mil 11.414 (27.550)


Fonte: Boletim de Mercado e Demonstrações Contábeis da CEB Distribuição S.A.

3.1.1.7 – Investimentos

Em 2008, os investimentos no âmbito da CEB Distribuição S.A. foram da ordem de R$ 134,32


milhões, sendo que deste total, R$ 73,00 milhões estão sendo remunerados e atendendo os
consumidores, considerando a entrada em operação das respectivas obras e R$ 61,30 milhões,
refere-se à capitalização de bens patrimoniais móveis destinados à administração. Este montante
de investimentos é significativamente superior à média dos últimos anos praticados pela Empresa.

3.1.1.8 – Capital Social

O Capital social da CEB Distribuição S.A., em função do processo de reestruturação societária, é


de R$ 48.406 (quarenta e oito milhões, quatrocentos e seis mil), divididos em 48.406 (quarenta e
oito milhões, quatrocentos e seis mil) ações ordinárias nominativas, sem valor nominal.

3.1.1.9 – Reconhecimento Público

A CEB Distribuição S.A. conquistou o Prêmio Índice ANEEL de Satisfação do Consumidor (IASC)
2008. A Empresa foi apontada como a melhor distribuidora de energia da Região Centro-Oeste. O
certame, promovido desde 2002, visa estimular a melhoria da qualidade dos serviços prestados
pelas concessionárias por meio da opinião dos clientes. A apuração do índice é realizada mediante
a aplicação de questionários e os temas abordados são Satisfação, Confiança, Fidelidade,
Qualidade Percebida e Valor Percebido.
RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 2008

3.1.2 – CEB Geração S.A.

A CEB Geração S.A., subsidiária integral da Companhia Energética de Brasília – CEB foi criada
pela Lei Distrital nº 2.648, de 26 de dezembro de 2000. Trata-se de uma Sociedade por ações,
com personalidade jurídica de direito privado.

Atualmente, a Empresa aguarda a convocação da ANEEL para celebração de Termo Aditivo ao


Contrato de Concessão nº 065/99, que transferirá a concessão outorgada à CEB para geração de
energia elétrica com características de serviço público, por intermédio da ANEEL, em 26/08/99,
para a CEB Geração S.A..

De acordo com o instrumento contratual, a concessão da Usina Hidrelétrica do Paranoá vigorará


até 29/10/19, enquanto a concessão da Usina Termelétrica de Brasília encerrar-se-á em 07/07/15.
As duas unidades geradoras estão localizadas no Distrito Federal.

A energia produzida pela Usina Hidrelétrica do Paranoá, com potência instalada de 26 MW, foi
comercializada por intermédio de Contratos de Comercialização de Energia Elétrica em Ambiente
Regulado – CCEAR.

A Usina Termelétrica de Brasília, a base de óleo diesel, com potência instalada de 10 MW, tem
sua operação determinada pelo Operador Nacional do Sistema – ONS apenas em situações
emergenciais, em decorrência dos elevados custos operacionais das máquinas geradoras.

CEB Geração S.A. (Em Números)

2008/2007
Econômico – Financeiro (R$ Mil) 2008 2007
Receita Operacional Bruta 9.152 10.326

Receita Operacional Líquida 8.618 9.715

Resultado Operacional Líquido (981) 3.205

EBITDA (596) 3.588

Lucro Líquido (Prejuízo) (1.058) 3.035

Patrimônio Líquido 6.765 7.824

Fonte: Demonstrações Contábeis da CEB Geração S.A.

Em função de problemas no processo de comercialização de energia, a CEB Geração S.A.


registrou prejuízo em 2008. Dessa forma, no próximo exercício, haverá a recuperação do
desempenho econômico-financeiro da Empresa, tendo em vista que pleito corrigindo os problemas
referenciados foi encaminhado para o órgão regulador, com indicativo de atendimento.

3.1.3 – CEB Participações S.A.


RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 2008

A CEB Participações S.A. é uma sociedade por ações, constituída como subsidiária integral e
detém participações acionárias ou cotas de outras empresas energéticas.

A Empresa comercializa a energia elétrica produzida pela Usina Hidrelétrica de Queimado, com
potência instalada de 105 MW e prazo de concessão que será encerrado em 2032. A Usina
localiza-se no Rio Preto, entre os municípios de Unaí, no Estado de Minas Gerais, e Cristalina, no
Estado de Goiás.

A referida atividade de comercialização ocorre na condição de produtor independente e na


proporção de sua cota-parte (17,5%) no Consócio CEMIG-CEBPar, responsável pela construção e
operação da UHE Queimado.

A CEB Participações S.A. também é acionária da Corumbá Concessões S.A. (2,12% do total das
ações), que tem como empreendimento associado à UHE Corumbá IV.

CEB Participações S.A. (Em Números)


2008/2007
Econômico – Financeiro (R$ Mil) 2008 2007
Receita Operacional Bruta 11.205 8.976

Receita Operacional Líquida 10.772 8.545

Resultado Operacional Líquido 6.410 5.197

EBITDA 6.430 5.203

Lucro Líquido (Prejuízo) 6.967 4.564

Patrimônio Líquido 43.492 41.566

Fonte: Demonstrações Contábeis da CEB Participações S.A.

Mantidas as atuais atividades empresariais, verifica-se que a Empresa está próxima de atingir seu
limite de resultados positivos anuais. O lucro no ano de 2008 (R$ 6,97 milhões), significativamente
superior ao registrado em 2007 (R$ 4,57 milhões), causado, principalmente, pelo incremento do
preço médio da energia comercializada da ordem de 50%, ocorrido em janeiro do exercício findo,
assegurou a elevação do patamar de resultados que será mantido por meio dos contratos de
venda de energia de longo prazo formalizados.

3.1.4 – CEB Lajeado S.A.

A CEB Lajeado S.A. é uma sociedade por ações, controlada pela Companhia Energética de
Brasília – CEB, com 59,93% (cinquenta e nove vírgula noventa e três por cento) das ações
ordinárias (os restantes 40,07% pertencem à Centrais Elétricas Brasileiras S.A. – ELETROBRÁS).
A Empresa desenvolve atividades de comercialização de 19,80% da energia elétrica produzida
pela UHE – Luís Eduardo Magalhães, com potência instalada de 902,5 MW e prazo de concessão
a ser encerrado em 2032. A Usina localiza-se no Rio Tocantins, nos municípios de Palmas e
Miracema do Tocantins, Estado de Tocantins.

CEB Lajeado S.A. (Em Números)

2008/2007
Econômico – Financeiro (R$ Mil) 2008 2007
RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 2008

Receita Operacional Bruta 96.427 78.295

Receita Operacional Líquida 87.507 71.048

Resultado Operacional Líquido 16.016 9.498

EBITDA 37.925 24.888

Lucro Líquido (Prejuízo) 26.365 14.564

Patrimônio Líquido 307.246 304.041

Fonte: Demonstrações Contábeis da CEB Lajeado S.A.

No exercício de 2008, aplicando-se a equivalência referente à participação da CEB no negócio, foi


apurado o Lucro Líquido no montante de R$ 15,8 milhões.

3.1.5 – Companhia Brasiliense de Gás S.A. – CEBGAS

A Companhia Brasiliense de Gás – CEBGAS é uma sociedade de economia mista, controlada pela
Companhia Energética de Brasília – CEB, com 51% (cinquenta e um por cento) das ações
ordinárias, que tem por objetivo a exploração, com exclusividade, do serviço de distribuição e
comercialização de gás combustível canalizado, de produção própria ou de terceiros, podendo
inclusive importar, para fins comerciais, industriais, residenciais, automotivos, geração termelétrica
ou quaisquer outras finalidades e usos possibilitados pelos avanços tecnológicos, em toda a área
do Distrito Federal. O prazo de concessão encerra-se em 10 de janeiro de 2030, podendo se
prolongar por período de até 30 anos.

Companhia Brasiliense de Gás S.A. (Em Números)

2008/2007
Econômico – Financeiro (R$ Mil) 2008 2007
Receita Operacional Bruta 2.877 195
Receita Operacional Líquida 2.252 151

Resultado Operacional Líquido (535) (106)

EBITDA (535) (106)

Lucro Líquido (Prejuízo) (535) (105)

Patrimônio Líquido 5.471 2.985

Fonte: Demonstrações Contábeis da Companhia Brasiliense de Gás S.A.

Por necessitar de elevada escala de comercialização para compensar a reduzida margem de lucro
por unidade de combustível vendido, em 2008, embora a Companhia Brasiliense de Gás S.A.
tenha ampliado o número de pontos de comercialização (entrou em operação mais um posto de
venda de gás veicular), ainda não foi possível produzir receita capaz de gerar lucro no exercício
findo.

3.2 – Empresas Coligadas


RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 2008

3.2.1 – Corumbá Concessões S.A.

A Corumbá Concessões S.A. é uma sociedade por ações, concessionária do serviço público de
energia elétrica. Atua na geração de energia, na condição de produtora independente, com prazo
de concessão a encerrar-se em 2035, para a exploração da Usina Hidrelétrica de Corumbá IV,
com potência instalada de 127 MW. A Usina localiza-se no Rio Corumbá, municípios de Luziânia,
Santo Antonio do Descoberto, Alexânia, Abadiânia e Silvânia, Estado de Goiás.

Corumbá Concessões S.A. (Em Números)

2008/2007
Econômico – Financeiro (R$ Mil) 2008 2007
Receita Operacional Bruta 108.611 97.499

Receita Operacional Líquida 104.560 93.951

Resultado Operacional Líquido 7.672 19.156

EBITDA 76.400 72.166

Lucro Líquido (Prejuízo) 5.155 17.718

Patrimônio Líquido 384.711 375.791

Fonte: Demonstrações Contábeis da Corumbá Concessões S.A.

No exercício de 2008, os acionistas se mobilizaram para reestruturar o financiamento do BNDES


utilizado para construção da Usina da ordem de R$ 232,1 milhões. Finalmente, no mês de
setembro, as negociações com a entidade financiadora foram concluídas, contemplando as
seguintes condições: carência parcial por dois anos do serviço da dívida, uma vez que serão pagos
mensalmente apenas os encargos e 10% da amortização do financiamento nesse período; e
alongamento do prazo para quitação do passivo, também por mais dois anos. A referida
reestruturação proporcionará algum conforto na gestão do caixa da Empresa.

Note-se que no exercício de 2008 houve apuração de lucro (R$ 5,1 milhões), porém em menor
dimensão quando comparado com o registrado em 2007 (R$ 17,7 milhões).

3.2.2 – Energética Corumbá III S.A.

A Energética Corumbá III S.A. é uma sociedade por ações, constituída em 25 de julho de 2001. A
Empresa é Concessionária do serviço público de energia elétrica, nos termos do Contrato de
Concessão de Uso de Bem Público nº 126/2001 – ANEEL Corumbá III, na condição de produtora
independente, com prazo de concessão a encerrar-se em 2036, para a exploração do
Aproveitamento Hidrelétrico Corumbá III, com potência instalada de 93,6 MW. O AHE Corumbá III
localiza-se no Rio Corumbá, município de Luziânia, Estado de Goiás.

A Empresa detém 40% do empreendimento e a Neoenergia, sólida investidora do setor elétrico, é


a outra consorciada, participando com a parcela de 60%.

A Energética Corumbá III S.A. têm como acionistas a CEB (37,5%), a CELG-G&T (37,5%), a
Strata (12,5%) e a Energpower (12,5%). O empreendimento encontra-se em adiantada fase de
implantação, com previsão de entrada em operação para o primeiro semestre de 2009.

O orçamento total da obra é de aproximadamente R$ 435 milhões e o projeto será financiado pelo
BNDES. A Empresa captou empréstimo ponte na Caixa Econômica Federal para suprir os aportes
RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 2008

demandados pelo empreendimento, enquanto aguarda-se a liberação dos recursos de longo prazo
por parte daquela entidade financiadora.

Destaque-se que a CEB já aportou a maior parte de sua parcela de capital próprio prevista para o
negócio.

3.3 – Empresa Ligada

3.3.1 – BSB Energética S.A.

A BSB Energética S.A. é uma sociedade por ações, constituída em 24 de março de 2000, para
construir Pequenas Centrais Hidrelétricas – PCHs, com potência global máxima instalada de 200
MW e, estatutariamente, está autorizada a participar de outros empreendimentos ou sociedades,
seja como acionista ou quotista.

Em 2006, ao associar-se com outras empresas que também possuíam concessões, projetos e
licenças ambientais de empreendimentos de mesma natureza, além de outros investidores, a BSB
Energética S.A. passou a deter participação acionária na Brasil PCH S.A.. Esta Empresa, por sua
vez, logrou sucesso quanto à captação de recursos para construção dos empreendimentos, tendo
como principal fonte financiadora o BNDES, resultando uma conjuntura empresarial que
possibilitou a entrada em operação de nove usinas em 2008, restando quatro unidades a serem
concluídas em 2009.

Note-se uma característica evidenciada para o futuro da BSB Energética S.A.. Houve a decisão
empresarial dos acionistas de não dar continuidade à prospecção de novos aproveitamentos
hidrelétricos. Por outro lado, como a Empresa associou-se à Brasil PCH S.A. por meio de três
projetos de usinas a serem construídas por esta última, sem qualquer compromisso quanto a
operação e manutenção dos empreendimentos, restou apenas a participação acionária no negócio.
Assim, a BSB Energética S.A. tornou-se uma empresa essencialmente investidora. Entretanto,
resta o pagamento de despesas remanescentes relacionadas com as prospecções das três PCHs
oferecidas no processo de participação na Brasil PCH S.A., demandando investimentos finais da
CEB na BSB Energética S.A. de pequena expressão.

BSB Energética S.A. (Em Números)

2008/2007
Econômico – Financeiro (R$ Mil) 2008 2007
Resultado Operacional Líquido (1.095) 980

Lucro Líquido (Prejuízo) (1.737) 980

Patrimônio Líquido 18.548 9.436

Fonte: Demonstrações Contábeis da BSB Energética S.A.

4 – AUDITORES INDEPENDENTES

A Companhia informa, nos termos da Instrução CVM nº 381, de 14 de janeiro de 2003, que utiliza
os serviços de Auditoria Independente PELEGRINI & RODRIGUES AUDITORES
INDEPENDENTES S/S; e que em 2008, não utilizou outros serviços desses auditores senão
aqueles ligados diretamente à auditoria das demonstrações contábeis.
RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 2008

5 – AGRADECIMENTOS

A Administração da Companhia Energética de Brasília S.A., na oportunidade em que, cumprindo


determinações legais que regem as sociedades anônimas, presta contas de sua gestão no
exercício de 2008, aproveita o ensejo para agradecer a confiança que mereceu de seus acionistas,
principalmente o Governo do Distrito Federal, bem como o comprometimento e a dedicação de
seus colaboradores, e o apoio de seus parceiros e de toda a sociedade brasiliense, destinatária
final dos benefícios que esta Empresa tem por objetivo produzir.

Brasília, 31 de dezembro de 2008.

A Administração

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