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MANUTENÇÃO DE EMPILHADEIRA
2006
© 2006. SENAI-SP
Manutenção em Empilhadeira
Publicação organizada e editorada pela Escola SENAI “Conde José Vicente de Azevedo”
E-mail senaiautomobilistica@sp.senai.br
SUMÁRIO
A EMPILHADEIRA 5
• Classificação quanto ao abastecimento 5
• O equilíbrio da empilhadeira 6
• Simbologia 14
METROLOGIA 16
• Unidades de medidas lineares 16
• Paquímetro 18
• Micrômetro 23
• Relógio comparador 25
• Lâminas calibradoras e calibradores de raio 29
• Torque 30
• Novas unidades de medida segundo “SI” 34
SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO 55
• Carburador 55
• Kit GLP para empilhadeiras 62
• Sistema de injeção eletrônica 85
ELETRICIDADE 108
• Conceitos básicos de eletricidade 108
• Instrumentos de medições elétricas 115
• Noções básicas de esquemas elétricas 115
• Bateria 132
• Sistema de carga 142
• Alternador 142
• Sistema de partida 145
HIDRÁULICA 147
TRANSMISSÃO 236
• Transmissão mecânica 236
• Transmissão automática 254
A EMPILHADEIRA
É um veículo de grande utilidade, que substitui, com vantagens, talhas, pontes rolantes,
monovias e também o próprio homem, pois realiza tarefas que ocupariam várias pessoas.
O EQUILÍBRIO DA EMPILHADEIRA
A empilhadeira é construída de maneira tal que o seu princípio de operação é o mesmo de
uma gangorra.
Assim sendo, a carga colocada nos garfos deverá ser equilibrada por um contrapeso igual
ao peso da carga colocada no outro extremo, desde que o ponto de equilíbrio ou centro de
apoio esteja bem no meio da gangorra.
Entretanto, podemos, com um mesmo contrapeso, empilhar uma carga mais pesada,
bastando para isso deslocar o ponto de equilíbrio ou centro de apoio para mais próximo da
carga.
Assim sendo, é muito importante saber qual a distância do centro das rodas até onde a
carga é colocada.
O centro de carga (D) é a medida tomada a partir da face anterior dos garfos até o centro
da carga. Tem-se como norma especificar as empilhadeiras até 999kg a 40cm do centro de
carga, de 1.000 até 4.999, 50cm, e, de 5.000 até 7.000kg, 60cm.
Os fatores que influem no equilíbrio de uma gangorra são os pesos utilizados em seus
extremos e as distâncias desses pesos em relação ao centro de apoio ou ponto de equilíbrio.
Como não se pode variar o peso próprio de uma empilhadeira, nem a posição do seu
centro de gravidade em relação ao centro das rodas dianteiras, ficamos limitados a procurar
o equilíbrio somente escolhendo adequadamente as dimensões e peso da carga e sua
posição sobre os garfos.
Se o operador tentar pegar a mercadoria, com centro de carga maior que o especificado,
sem obedecer à diminuição de peso relativa, pode comprometer a estabilidade frontal da
empilhadeira.
Para se manter as cargas bem firmes em cima dos garfos, o comprimento dos mesmos
deve atingir pelo menos 3/4 da profundidade da carga, ou seja, 75%.
• ESTABILIDADE LATERAL
Todo operador deve conhecer o que é estabilidade lateral, ou seja, como operar a máquina
sem ocorrer o risco de que ela tombe para os lados.
Para que haja estabilidade, qualquer equipamento precisa ter uma base de apoio. Por
exemplo:
Na empilhadeira, a base é feita em três pontos: dois deles estão na parte frontal da máquina,
são as rodas de tração. O terceiro ponto é o de união entre o chassi e o eixo de direção,
que é formado por um pino montado no meio do eixo de direção e fixado ao chassi.
• CENTRO DE GRAVIDADE
Além da base, há um outro dado importante para a estabilidade lateral, que é o centro de
gravidade.
Vamos tomar como exemplo a famosa Torre de Pisa. Imaginemos que possamos amarrar
um fio de prumo de pedreiro no centro de gravidade da torre. Enquanto a ponta do prumo
estiver dentro da base da torre ela não tombará, porém se a inclinação for suficiente para
que a ponta do prumo se desloque para fora da base, a torre tombará.
METROLOGIA
,
centena dezena unidade vírgula décimo centésimo milésimo
EXEMPLOS
26,3 mm Lê-se, vinte e seis milímetros e três décimos de milímetro
4,82 mm Lê-se, quatro milímetros e oitenta e dois centésimos de milímetro
6,325 mm Lê-se, seis milímetros e trezentos e vinte e cinco milésimos de milímetro
0,3 mm Lê-se, três décimos de milímetro
0,05 mm Lê-se, cinco centésimos de milímetro
0,025 mm Lê-se, vinte e cinco milésimos de milímetro
0,008 mm Lê-se, oito milésimos de milímetro
35,283 mm Lê-se, trinta e cinco milímetros e duzentos e oitenta e três milésimos de
milímetro
da deca 101 10
2
h hecto 10 100
PAQUÍMETRO
O paquímetro, é um instrumento de precisão usado para medição de dimensões externas,
internas, profundidades e ressaltos.
1 2 3 4 5 6
1. Orelha fixa
2. Orelha móvel
3. Nônio ou vernier (polegada)
4. Parafuso de trava
5. Cursor
6. Escala fixa de polegadas
7. Bico fixo
7 8 9 10 11 12 13 14
8. Encosto fixo
9. Encosto móvel
10. Bico móvel
11. Nônio ou vernier (milímetro)
12. Impulsor
13. Escala fixa de milímetros
14. Haste de profundidade
interna externa profundidade ressaltos
A
A = escala fixa
B
B = nônio
• 0,1mm, quando o nônio (B) possuir 10 divisões, ou seja, 1mm da escala fixa (A) divido
por 10 = 0,1mm de precisão
• A medição indicada na escala (A) é de 17mm, e mais uma fração de milímetros, que
podemos ler se observarmos com qual o valor que a escala do nônio (B) coincidiu com a
escala fixa (A), no nosso temos a medida de 17,7mm, pois o 7º traço coincidiu com a
escala fixa (A)
A
A = escala fixa
B
B = nônio
• 0,05mm, quando o nônio (B) possuir 20 divisões, ou seja, 1mm da escala fixa (A) divido
por 20 = 0,05mm de precisão
• A medição indicada na escala (A) é de 17mm, e mais uma fração de milímetros, que
podemos ler se observarmos com qual o valor que a escala do nônio (B) coincidiu com a
escala fixa (A), no nosso temos a medida de 17,75mm, pois o 15º traço coincidiu com a
escala fixa (A) .
A = escala fixa
B
B = nônio
• 0,02mm, quando o nônio (B) possuir 50 divisões, ou seja, 1mm da escala fixa (A) divido
por 50 = 0,02mm de precisão
• A medição indicada na escala (A) é de 17mm, e mais uma fração de milímetros, que
podemos ler se observarmos com qual o valor que a escala do nônio (B) coincidiu com a
escala fixa (A), no nosso temos a medida de 17,78mm, pois o 34º traço coincidiu com a
escala fixa (A).
escala
escala
desproporção
escala
nônio nônio
nônio nônio
nônio nônio
nônio nônio
Incorreto
• Não forçar o paquímetro, ao colocá-lo ou retirá-lo da peça que está sendo medida. Usar
sempre uma pressão de medição apropriada e constante.
• Evitar derrubar o instrumento no chão, assim como utilizar os bicos de medição como
compasso ou chave de inglesa.
MICRÔMETRO
O nome do instrumento deriva de sua capacidade de medir dimensões de natureza
micrométrica, sendo portanto um instrumento mais preciso que o paquímetro.
bucha
batente fuso bainha interna porca de ajuste
faces de medição
arco catraca
tambor
linha de referência
trava
isolante térmico
capacidade de medição
arco
placa protetora
precisão
VOLTA
1 volta = 0,50mm
2 voltas = 1,00mm
escala fixa
escala móvel
0,01mm
50 divisões x 0,01mm = 0,50mm
• APROXIMAÇÃO
A aproximação do micrômetro convencional é calculada dividindo-se a menor divisão da
escala fixa pelo numero de divisão da escala móvel.
M.D.E
A=
T.D.T
0,5mm
A=
50
A = 0,01mm
RELÓGIO COMPARADOR
É um instrumento utilizado para medir, por meio de comparação. É empregado para controle
de desvios com relação a um ponto determinado e para medição de tolerância para peças
em série.
ponteiro principal
capa da haste
parafuso de fixação do
aro
aro
mostrador
limitador de
tolerância
contador de
voltas
canhão
haste
ponta de contato
Com o deslocamento da haste móvel para cima (veja a figura) o sentido dos ponteiros
obedece a ordem indicada e, logicamente, quando a haste se desloca para baixo, o
movimento dos ponteiros será contrario ao que aparece na figura.
A leitura em um relógio comparador é feita através da diferença entre a posição inicial dos
ponteiros (com pré - carga na haste móvel) e sua posição final. Veja os exemplos abaixo.
mostrador
Na figura (1) o relógio comparador indica uma pré-carga de três milímetros; esta haste
móvel se deslocou 3mm para cima. Na figura (2) o ponteiro da escala maior se deslocou
de 0,28mm (vinte e oito centésimos de milímetro) e o ponteiro da escala menor encontre-se
entre 3 e 4; portanto, a leitura a ser efetuada será 0,28mm (vinte e oito centésimos de
milímetro) pois não ocorreu mais uma volta do ponteiro maior.
A figura (1) indica uma pré-carga de 4,88mm ( quatro milímetros e oitenta e oito centésimos
de milímetro). Na figura (2) o ponteiro da escala menor se deslocou para 2mm, como o
ponteiro maior deu duas voltas e parou na marca 0,77mm (setenta e sete centésimos de
milímetro); teremos como leitura 2,77mm (dois milímetros e setenta e sete centésimos).
Mas é necessário se obter a diferença, portanto, faz-se a operação: 4,88mm - 2,77mm =
2,11mm (lê-se: dois milímetros e onze centésimos).
relógio comparador
haste tubular
cabeça de medição
hastes apalpadoras
• RECOMENDAÇÕES ESPECIAIS
1. Limpar o relógio comparador e a peça antes de processar a medição.
2. Usar o relógio comparador distante de poeira e de líquidos corrosivos.
3. Antes de tomar qualquer medida, verificar se o relógio comparador está devidamente
calibrado e se está firmemente fixado no suporte.
4. Conferir rigorosamente o alinhamento do instrumento em relação à peça.
5. A ponta de contato do relógio comparador deverá estar perpendicular à peça que está
sendo medida.
6. Nunca se deve forçar a haste de medição lateralmente.
7. Após o uso, colocar o comparador em seu respectivo estojo.
8. Evitar a queda do relógio ou choques violentos.
• LÂMINAS CALIBRADORAS
As lâminas calibradoras (calibre de lâminas) constituem um prático instrumento para o controle
de folgas nos mais diversos tipos de mecanismos. O mais usado é do tipo “Canivete” constituído
de um jogo de lâminas, articuladas em um “cabo estojo”.
• CALIBRADORES DE RAIOS
Duas setas que entre si formam um ângulo diferente de 180º são chamadas discordantes
e podem ser unidas por um arco (parte de uma circunferência). A medida do centro da
circunferência até a sua extremidade recebe o nome de raio e, neste caso particular, raio
de concordância.
TORQUE
Torque é o produto de uma força por uma distância.
força
d istânc
ia T
F d
N = 100 newton
Nm mkgf
newton metro 1 metro kilograma-força
1Nm = 0,101972 mkgf 1 mkgf = 9,80665 Nm
1Nm ≅ 0,1mkgf 1mkgf ≅ 10Nm
Para fazer a conversão de mkgf em Nm é necessário multiplicar mkgf pela constante 9,80665
(na área automotiva pode-se multiplicar por 10).
Exemplo
1mkgf x 10 = 10Nm
10mkgf x 10 = 100Nm
75mkgf x 10 = 750Nm
• TORQUE CONJUGADO
Exemplo
60 Nm + 90º
Com o grande avanço tecnológico nos veículos automotores, houve necessidade de maior
precisão na construção e fixação dos seus componentes. Para garantir “melhor” fixação de
alguns deles, tem-se utilizado parafusos “elásticos”, onde são aplicados torques conjugados
(torque + aperto angular); após o aperto inicial com o torquímetro aplica-se o aperto em ângulo.
Esse tipo de torque uniformiza os valores de aperto preestabelecidos pelo fabricante. Para
obter o torque conjugado utilizamos o dispositivo de aperto angular conforme desenho abaixo.
de relógio
de ponteiro
de estalo
Para uma medição de aperto com boa precisão, é preciso que as roscas dos parafusos
estejam limpas e bem lubrificadas. Portanto, limpe e lubrifique os parafusos e porcas antes
de apertá-los.
• PARAFUSOS E PORCAS
Todos os parafusos e porcas recebem valores de aperto (torque) em função de sua classe
de resistência e em função do componente a ser fixado.
Exemplo
Classe de resistência
Limite de Elasticidade
1
10 = do limite de elasticidade → 10 x 100 = 1000N/mm2
100
1
O número anterior ao ponto (10) indica do limite de elasticidade
100
Resistência à Torção
9 x 10 = 1 resistência à torção → 10 x 9 x 10 = 900 N/mm2
10
O número posterior ao ponto (9) multiplicado pelo anterior (10) indica 1 da resistência à
10
torção.
1,25
A 14ª Conferência Geral de Pesos e Medidas, fixou em Paris um novo sistema comum de
medida. É o “Sistema Internacional de Unidades” que recebeu a abreviatura “SI“ ( do francês
Système International d’Unités), válida mundialmente.
Força newton N – –
Longitude metro m – –
Intensidade de corrente ampère A – –
Tensão volt V – –
Decimais de Decimais de
Polegadas Milímetros Polegadas Milímetros
polegadas polegadas
Por esse processo, o motor de combustão interna tem um rendimento térmico maior que o
possibilitado pela combustão externa. É que o combustível é queimado em quantidades
controladas, resultando um melhor aproveitamento da energia produzida na queima.
Nos veículos terrestres (a gasolina ou a álcool), predomina o motor de quatro tempos que
obedece ao ciclo de Otto.
Esse ciclo completo se repete mais de 1000 vezes por minuto quando um automóvel comum
desenvolve a velocidade de 80km/h.
Normalmente, os motores podem ser construídos com um ou com vários cilindros. Motores
monocilíndricos são empregados em implementos agrícolas, motonetas e pequenas lanchas.
Os policilíndricos, com 4,6,8,12 ou mais cilindros, destinam-se a automóveis, locomotivas,
navios, aviões.
BLOCO DE MOTOR
Em diferentes rotações, o motor de combustão interna funciona melhor quando possui
diversos cilindros pequenos do que quando é dotado de um só cilindro. Os cilindros são
agrupados de diversas maneiras, constituindo o bloco do motor.
Os cilindros podem ser usinados diretamente no bloco de ferro fundido melhorado com a
adição de outros metais. Quando, entretanto, os cilindros são feitos separadamente, em
forma de camisas, o bloco funciona apenas como um suporte para essas camisas e pode
ser confeccionado de ferro fundido comum.
É comum o alumínio e suas ligas serem utilizadas para a fabricação do bloco de cilindros,
ficando o ferro fundido restrito à fabricação das camisas. Isto ocorre porque o alumínio
apresenta fácil usinagem, pouco peso, boa condução de calor, enquanto o ferro fundido
tem excelentes qualidades de auto-lubrificação, devido ao grafite existente em sua
composição.
Camisa seca
Camisa úmida
água
água água
água
CABEÇOTE DO MOTOR
O cabeçote constitui a parte superior do motor e desempenha diversas funções:
• controla, através de válvulas, a entrada da mistura e a saída dos gases produzidos na
combustão;
• permite a passagem do líquido de arrefecimento e do óleo lubrificante pelos dutos;
• forma as câmaras de combustão mantendo-as vedadas para garantir a compressão do
motor e o máximo aproveitamento da energia produzida na queima do combustível.
corpo
DISTRIBUIÇÃO MECÂNICA
As válvulas de admissão e de escapamento de cada cilindro devem abrir e fechar de forma
sincronizada com os tempos do motor: admissão, compressão, combustão e escapamento.
Esses movimentos das válvulas são feitos por meio da árvore de comando de válvulas
que é acionada pela árvore de manivelas. Essas árvores têm, cada uma, uma engrenagem.
A posição da engrenagem da árvore de comando de válvulas, em relação à engrenagem
da árvore de manivelas, recebe o nome de ponto de referência da distribuição mecânica.
A relação de rotação dessas árvores é 2:1, ou seja, para cada volta da árvore de comando
de válvulas ocorrem duas voltas da árvore de manivelas.
Esses tipos estão ilustrados nas figuras a seguir, com os pontos de sincronização.
engrenagens engrenagens de
de distribuição sincronização
correia dentada
pontos de
sincronização tensor
engrenagens
de distribuição
pontos de
sincronização
engrenagens engrenagens de
de distribuição sincronização
engrenagens
de distribuição
pontos de
sincronização
pontos de
corrente sincronização
• INDICAÇÕES DO TESTE
O resultado do teste pode indicar os seguintes fatores:
• Problema nos anéis - baixa compressão no 1º tempo, com tendência a aumentar nos
três tempos subsequentes, mas não alcança o normal. Melhora bastante quando se
adiciona óleo.
• Problema nas válvulas - baixa compressão no 1º tempo mas não aumenta durante os
tempos subsequentes. Não melhora com a adição de óleo.
É considerado normal que uma pequena porção de ar escape para o cárter do motor através
dos anéis de segmento. Não obstante, qualquer vazamento de compressão pelas válvulas
de admissão ou escapamento, junta de cabeçote, bloco ou vazamento excessivo através
dos anéis deve ser corrigido antes de se exigir do motor o seu rendimento satisfatório.
• CALIBRAGEM DO ANALISADOR
1. Gire o regulador de controle (regulador) no sentido anti-horário, até que o mesmo gire
livremente.
2. Ligue o ar do compressor à entrada de ar do analisador (pressão mínima 70lbs/pol2 e
máxima 200lbs/pol2).
3. Gire o regulador de controle (regulador) no sentido horário até que o medidor indique
“ZERO”. Ligue e desligue momentâneamente o adaptador do analisador (o ponteiro do
medidor deverá sempre retornar a “ZERO”, caso contrário, reajuste o regulador e verifique
novamente a calibragem).
• PROCEDIMENTO DE ANÁLISE
1. Selecione o adaptador apropriado e instale-o no orifício da vela do cilindro nº 1. Coloque
o apito na outra extremidade do adaptador.
2. Gire o motor até que o apito silve. Continue a girar o motor lentamente até que a marca
do ponto do motor se alinhe com a seta de referência. Remova o apito do adaptador.
3. Remova a tampa do distribuidor e ligue à massa o cabo de alta tensão da bobina.
4. Instale o disco indicador do ponto morto no eixo do distribuidor ou sobre o rotor, se for o
caso, e assinale com um giz um ponto de referência em qualquer superfície próxima do
motor, de tal forma que a mesma se alinhe com o número do disco correspondente ao
número de cilindros do motor.
5. Ligue a lâmpada indicadora, um terminal ao primário do distribuidor e outro à massa.
Ligue a chave de contato do veículo.
6. Ligue a mangueira de teste ao adaptador e observe a porcentagem da vazamento indicada
no medidor. Escute se há ruído de ar escapando pelo carburador, pelo cano de saída do
escapamento e pelo tubo de abastecimento de óleo. Verifique se aparecem bolhas de ar
no radiador.
7. Desligue a mangueira de teste do adaptador e gire o motor até que o número seguinte
do disco se alinhe com a marca de giz de referência do motor.
Nota:
A lâmpada indicadora se acenderá quando o pistão atingir o ponto morto superior.
Nota:
A análise dos anéis e cilindros deverá ser realizada, tomando-se em consideração, o histórico
e a quilometragem do motor.
Ocasionalmente, nos casos em que a alta porcentagem de vazamento for notada em motores
com quilometragem relativamente baixa, o defeito deverá ser atribuído a anéis de segmento
presos, que deverão ser tratados com a aplicação de um óleo lubrificante de boa viscosidade
e posteriormente, o teste deverá ser novamente realizado, antes de se recomendar a
desmontagem do motor.
3. Na caixa de transmissão (câmbio), engate 3ª marcha suspensa uma das rodas tracionárias
do veículo, girando-a com a mão. Posicione o pistão do cilindro a ser analisado.
Nota:
Ao atingir o curso máximo do regulador de percentual, o ponteiro não atingiu 0% de
vazão (escala azul), regule-o na escala verde 0 a 100% (escala azul maior precisão).
6. Pontos a serem analisados que não podem apresentar fugas de ar, caso apresentem,
deve-se efetuar o reparo:
- Fuga de ar no bocal do filtro de ar indica vazamento na válvula de admissão.
- Fuga de ar no cano de escapamento indica vazamento na válvula de escapamento.
- Bolhas de ar no bocal do radiador (sistema convencional) ou bolhas de ar no bocal do
reservatório de expansão (sistema selado), indica junta de cabeçote ou bloco trincado.
- Fuga de ar nos cilindros vizinhos indica junta ou bloco trincado.
Os itens mencionados acima foram analisados e não apresentam fuga de ar, a fuga
existe pelo bocal do óleo do cárter.
Acelerar rapidamente a rotação sem passar dos 2500rpm, a leitura de vácuo vai
aproximadamente para 0 pol Hg, e durante a desaceleração o vácuo aumenta
momentaneamente até 24 pol Hg e quando for desacelerado, volta para 18 a 22 pol Hg
com o motor em marcha lenta estabilizada. Anéis gastos mostrarão leitura mais baixa.
Correlação entre fugas de válvulas e molas de válvulas fracas:
LEITURA SINTOMA
Em marcha lenta, o leitor indica 2 a 3 pol Hg abaixo Anéis com defeito ou óleo
do normal. Acelerando o motor, o marcador cai até zero lubrificante de má qualidade
e retorna para 23 pol Hg ou menos. ou contaminado
(continua)
(continuação)
LEITURA SINTOMA
Com o motor acelerado, o ponteiro fica variando entre Junta do cabeçote queimada ou
12 e 14 pol Hg. À medida que a rotação aumenta, mola de válvulas fracas ou
aumenta a oscilação do ponteiro. quebradas
SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO
O sistema de lubrificação mantém o óleo lubrificante em circulação forçada entre as peças
móveis do motor. É desta forma que ele produz, ao mesmo tempo, dois efeitos:
• diminui o atrito entre as peças móveis do motor;
• auxilia o sistema de arrefecimento a manter a temperatura ideal do motor.
galerias superiores
canais de lubrificação
filtro de óleo
galerias inferiores
cárter
tampa do cárter
SISTEMA DE ARREFECIMENTO
O sistema de arrefecimento é de circuito pressurizado, com circulação forçada por bomba
centrífuga e controlada por válvula termostática, instalada na bomba d’água. A pressão é
regulada pela válvula de sobrepressão, localizada na tampa de expansão.
Motor aquecido
Um interruptor térmico, instalado na parte inferior do radiador, faz conexão com a massa
(negativo) ligando o motor do eletroventilador.
Acione a haste do instrumento até que a válvula da tampa apresente uma descarga de
pressão; observe no instrumento a indicação da pressão de descarga da tampa e compare
o resultado com as especificações do veículo.
OBSERVAÇÃO
Para esta análise apresentar resultados satisfatórios, o sistema deverá estar completamente
abastecido de água e de preferência, quente.
Nota importante:
O superaquecimento do motor nem sempre é motivado por falhas do sistema de
arrefecimento. O avanço inicial incorreto, a curva de avanço do distribuidor fora das
especificações ou a mistura pobre são causas prováveis de superaqueciemnto. O uso de
aditivo no sistema é fundamental.
SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO
CARBURADOR
O sistema de alimentação mistura o combustível proveniente do tanque de combustível
com ar e envia esta mistura para o motor, sob a forma de gotículas de combustível suspensas
no ar.
Para o correto funcionamento dos motores de ciclo Otto, é fundamental que a dosagem de
ar e combustível seja adequada. Ao se acionar a borboleta de aceleração, o ar estará
sendo admitido, sendo necessária a dosagem do combustível através de um carburador ou
de um sistema de injeção.
• Limite pobre: a chama excessivamente lenta durará quase todo o tempo de expansão
provocando superaquecimento da câmara de combustão, tornando o funcionamento
do motor bastante instável.
• Mistura econômica: mistura levemente pobre, fazendo com que a queima do combustível
seja completa, produzindo mínimo consumo específico.
• Mistura de máxima potência: mistura levemente rica, fazendo com que o ar admitido
seja totalmente aproveitado, produzindo máxima potência.
• SISTEMAS DO CARBURADOR
Nível sob Pressão de 0,2kgf/cm2
Nível sob pressão de 0,2kgf/cm2 é o nível de combustível na cuba do carburador, medido
da face superior do corpo até a superfície do líquido, sem a junta principal e com a bóia no
lugar.
Essa medição, sempre efetuada com o carburador fora do veículo (na bancada), se faz
abastecendo a cuba e observando durante esse processo, a pressão de alimentação que
não deverá exceder os 147mm Hg ou 0,2kgf/cm2 especificados pela fábrica.
Partida a Frio
Basicamente constituído de uma borboleta na entrada principal de ar, que deve estar fechada
quando o motor está frio. Com isso, a borboleta inferior do acelerador se abre ligeiramente
pois, entre ambas existe uma ligação mecânica.
Durante a partida, a depressão gerada pelo motor, atua arrastando combustível dos diversos
circuitos existentes. Forma-se assim, uma mistura rica que assegura perfeita partida, mesmo
sob severas condições de temperatura. Após partir, o motor precisa de mais ar, do que a
borboleta do afogador fechada permite passar. Esta então, se abre ligeiramente acionada
pela depressão, o que provoca um empobrecimento da mistura e a continuidade de
funcionamento do motor.
Marcha Lenta
Constituído basicamente de três elementos: gicleur de marcha lenta, gicleur de ar de marcha
lenta e parafuso de regulagem da mistura de marcha lenta.
calibrador de ar
de marcha lenta borboleta do afogador
AR
gicleur da
marcha lenta
AR
parafuso da mistura
borboleta do acelerador
O combustível para esse sistema flui da cuba de nível constante para o sistema de marcha
lenta, passando antes pelo gicleur principal ou diretamente da cuba de nível constante.
No gicleur de marcha lenta é dosado e imediatamente misturado com ar, que entra pelo
gicleur de ar de marcha lenta. Então, no canal descendente do sistema, forma-se o que
chamamos de mistura primária ou pré-mistura, que percorre o canal em direção ao parafuso
dosador. Nesse trajeto, a mistura é empobrecida pelas entradas adicionais de ar, que
acontecem ao longo do canal.
A mistura atinge finalmente o coletor de admissão, passando antes pelo seu parafuso de
regulagem. No coletor ocorre a formação da mistura final, com o ar que a fresta da borboleta
aceleradora deixa passar.
Progressão
O sistema de marcha lenta abastece também o circuito de progressão, constituído pelos
furos de progressão ou fenda. Estes estão situados no canal descendente do sistema,
ligeiramente acima da borboleta aceleradora, quando esta estiver fechada.
Abrindo-a ocorre a depressão do coletor e por ele passa a fluir um volume de mistura,
compensando a entrada adicional de ar, provocada pelo aumento da abertura da borboleta.
É isto que vai alimentar o motor, até que o sistema principal comece a atuar.
borboleta do afogador
calibrador de
marcha lenta borboleta do gicleur da
AR
afogador marcha lenta
gicleur da
marcha lenta
parafuso
parafuso da mistura AR da mistura
Principal
O sistema principal é constituído de um calibrador de combustível, situado na extremidade
inferior do poço, dentro da cuba de nível constante, de um calibrador de ar, situado na
extremidade superior. Entre eles está o tubo de emulsão ou misturador. Esses elementos
se ligam à câmara de mistura do carburador através do difusor. Na parte média da câmara
de mistura está o venturi.
Esta então, através do difusor se transmite ao poço do sistema principal, de onde arrasta
combustível fazendo baixar seu nível no poço. Com isso, os furos existentes no tubo
misturador, começam ficar a descoberto, permitindo a entrada de ar pelo gicleur de correção
de ar, o que garante a composição correta da mistura ar/combustível, para cada regime de
operação do motor.
venturi
• SISTEMAS AUXILIARES
Bomba de Aceleração
Constituída basicamente, de uma membrana que se movimenta dentro de uma câmara,
quando pressionada por uma alavanca ligada ao eixo da borboleta aceleradora. Uma válvula
situada na entrada da câmara, permite a entrada de combustível e impede seu retorno para
a cuba. Outra válvula, existente na saída, não permite a entrada de ar para a câmara,
quando esta estiver se abastecendo através da válvula de entrada.
Uma mola interna à câmara, mantém a membrana em sua posição inicial. Então, ao acelerar
de forma brusca o motor, o combustível existente na câmara da bomba é lançado no fluxo
de ar e aspirado através do carburador, evitando assim, o súbito empobrecimento da mistura,
decorrente de maior volume de ar admitido.
tubo injetor
válvula de retenção
membrana
válvula de
borboleta do acelerador retenção
alavanca
retorno da bomba
aeração do econostat
calibrador da válvula
válvula de máxima
tubo pescador
do econostat membrana
calibrador do econostat
tampa da válvula
Econostat
O econostat ou sistema suplementar de mistura constitui-se basicamente de um tubo de
saída, voltado para o interior da câmara de mistura do carburador, ligado à um outro captador
ou pescador de combustível, que fica mergulhado no interior da cuba de nível constante.
calibrador de ar
tubo de saída do econostat
do econostat
calibrador do econostat
carburador
alavanca de comando
amortecedor pneumático
porta-trava
Válvula Delay
Esta válvula pode estar instalada na linha de avanço à vácuo do distribuidor, sua função é
proporcionar um avanço lento com retorno normal, e com isso reduzir a emissão de NOX
(óxido de nitrogênio), pelo escapamento.
calibrador
válvula guarda-chuva
sentido do retardo
passagem livre
filtro
• DESCRIÇÃO DO FUNCIONAMENTO
O G.L.P. é armazenado em reservatórios específicos para esta finalidade denominados
P20, devendo somente ser utilizados em empilhadeiras, a uma pressão de
aproximadamente 6 Kgf/cm2.
Com a liberação do G.L.P. pela ação da eietrováivula, o gás é conduzido através de tubos
de cobre, devidamente dimensionados para esta finalidade.
O gás passa pelo filtro onde são retidos os elementos pesados e ferrosos que podem fazer
parte da composição do G.L.P. ou do próprio reservatório,
Ao passar pela eletroválvula de G.L.P., que também possui um filtro combinado para garantir
a pureza do gás no sistema, chega ao redutor onde a pressão inicial é reduzida para 1,3
Kgf/cm2 em dois estágios de redução e admitida pelo motor através de equipamentos
especificados para cada modelo de máquina, chamados místuradores ou injetores e a
partir deste ponto a queima do combustível segue os padrões do ciclo OTTO de
funcionamento para motores a combustão interna,
O combustível líquido tem seu fluxo interrompido pela eletroválvuia de gasolina instalada
na linha que a conduz para o carburador, evitando a mistura entre os combustíveis líquido
e gasoso.
Esta seleçâo entre combustíveis é efetuada através de uma chave comutadora que comanda
o acíonamento das eletrováivulas.
Nota:
Nos casos em que a alimentação de combustível líquido é efetuada por bomba elétrica,
não se utiliza a eletroválvuia de gasolina (7).
- Dados Técnicos:
Vazão Máxima - 30 kg/hora
Pressão de Teste - 45 kgf/cm2
Pressão de Trabalho - 4 a 6 kgf/cm2
Pressão de Saída - 1 kgf/cm2
Aquecimento do Gás - Água
Capacidade de Trabalho (alimentação do motor) - 300 Hp
Posição de Montagem - Vertical
Dimensões - 190 x 180 x 130 mm
Afogador (alimentação) - 12 Vcc
Peso - 1,8 kg
- Instalação
Deve ser instalado em local que ofereça a melhor proteção possível contra colisão, não
interfira ou fique a menos de 200mm de partes móveis ou do coletor de escape do motor.
O redutor deve ser fixado a carroceria, nunca fixado ao motor, de tal forma que possua um
bom contato a “massa” e instalado na posição vertical e no sentido longitudinal ao veículo.
Quando não for possível atender as especificações, procure manter a distância mínima
exigida. Devem ser instaladas proteções caso o redutor fique próximo às partes metálicas
ou de calor excessivo, porém, garanta o acesso seguro aos parafusos de regulagem e
drenagem existentes no redutor, mantenha uma distância segura da bateria. Instale-o abaixo
do nível de água do radiador, a fim de garantir a circulação da mesma no sistema.
Filtro
- Função:
Reter impurezas pesadas e/ou metálicas contidas na composição do G.L.P.
- Sistema de Filtragem:
Magnético com eiemento de tecido e tela de aço inox
- Dados Técnicos:
Pressão de Teste - 30 Kgf/cm2
Teste Pressão Dinâmica - 12 Kgf/cm2
Pressão de Trabalho - 10 Kgf/cm2
- Instalação
Deve ser bem fixado à carroceria em posição vertical, em local que ofereça melhor proteção
possível contra colisão que não interfira ou fique a menos de 200 mm de partes móveis ou
do coletor de escape do motor. Quando não for possível posicioná-lo na distância mínima
exigida, deverão ser instaladas proteções metálicas (partes móveis) e/ou contra aquecimento
(coletorde escape), permitindo, porém, acesso seguro ao bujão de drenagem “C”. Sempre
que possível instale o filtro, o mais próximo possível do reservatório de GLP e distante da
bateria.
Eletroválvula de G.L.P.
- Função:
Liberar a passagem do gás para alimentar o sistema. Possuí filtro combinado, para garantir
a pureza do G.L.P. admitido pelo motor.
- Dados técnicos:
Pressão de Teste - 30 Kgf/cm*
Pressão Dinâmica - 12 Kgf/cm2
Pressão de Trabalho - 10 Kgf/cm2
Alimentação da Bobina - 12Vcc
- Instalação
Deve ser bem fixado à carroceria em posição vertical, em local que ofereça melhor proteção
possível contra colisão e que não interfira ou fique a menos de 200 mm de partes móveis
ou do coletor de escape do motor. Quando não for possível posicioná-lo na distância mínima
exigida, deverão ser instaladas proteções metálicas (partes móveis) e/ou contra aquecimento
(coletor de escape), permitindo, porém, acesso seguro ao bujão de drenagem “C”.
Eletroválvula de Gasolina
- Função
Interromper o fluxo do combustível líquido quando a máquina estiver operando a G.LP.
- Dados Técnicos:
Pressão Dinâmica - 12 Kgf/crn2
Pressão de Trabalho - 4 kgf/cm2
Alimentação da Bobina - 12 Vcc
Normalmente fechada, unidirecional
- Instalação
Deverá ser instalada em local que ofereça proteção contra colisão e/ou partes móveis e o
coletor de escape do motor.
Sempre fixada à carroceria da máquina de tal forma que ofereça bom contato a “massa” e
o mais próximo do carburador possível.
Utilize sempre materiais fornecidos pela Rodagás compatíveis com o uso do G.L.P..
A tubulação deve ser fixada em pontos cuja distância entre si nâo exceda 800mm. Nos
pontos onde a tubulação passa através de furos, devem ser instalados protetores não
metálicos, que impeçam o contato entre as partes.
A tubulação deve seguir o menor percurso possível passando por locais acessíveis,
protegidos em caso de colisão, quebra de peças móveis e que permitam fácil fixação. O
tubo deve ser protegido contra aquecimento, caso passe a menos de 200mm da tubulação
de escape de gases e combustão,
Nunca passe pelo interior do veículo e/ou sob o pára-lama. Nos trechos entre os componentes
recomenda-se a execução de helicóídes com diâmetro mínimo conforme tabela:
Existe um modelo de chave, 5300 R, que indica quando a pressão do gás atingir reserva,
neste caso a chave possui um fio a mais na cor Branca, e este è ligado a um manômetro.
Ainda temos um modelo que junto ao fio Amarelo é acoplado um relê, para sistemas de
alimentação que possuem bomba de combustível elétrica.
Injetores
Sua função é injetar o gás no carburador e garantindo a quantidade correta para que a
mistura se torne mais homogênea possível evitando assim, altas concentrações de poluentes
ao ambiente.
- Instalação
Após a verificação e escolha correta, o carburador deve ser retirado da máquina para
execução do (s) furo (s) para a montagem do (s) injetor (es).
O furo deve ser executado da forma que o (s) ínjetor (es) fique posicionado na garganta do
venturi (fíg. abaixo) e não interfira com os orifícios da passagem de ar e de combustível do
carburador e também com os elementos móveis externos (alavancas, hastes, cabos de
acionamento, etc.)
Para execução dos furos, utilize sempre brocas com o diâmetro menor que o indicado para
permitir eventual correção da posição. Em gera! a pouca espessura da parede do carburador
exige muito cuidado nesta operação sob pena de inutilizar o mesmo.
Para tomada de depressão, efetuar o furo no coletor de admissão e instalar o niple com
cola anaeróbica para melhor fixação.
Antes de efetuar a montagem do injetor, chanfrar à 45°, aplicar trava anaeróbica na rosca
e montar no carburador.
Posicione o injetor corretameníe e aperte, certifique-se que não avance muito para dentro
a fim de obter uma mistura correta, aperte a contra porca.
M 10 x 1,0 8,8
M 11 x 1,0 9,8
M 12 x 1,25 10,8
M 6 x 1,0 4,8
Bicorpo
Nos carburadores de corpo duplo, a instalação deverá ser feita da mesma forma que a
descrita anteriormente, mas com maiores cuidados, pois serão instalados dois injetores,
um para cada estágio.
Para este tipo de carburador utiliza-se uma saída dupla de gás com uma única regulagem.
Bicorpo Diferenciado
Em carburadores com corpo duplo diferenciado, a instalação segue os mesmos passos
das anteriores, porém utiliza-se uma saída dupla com regulagens independentes, uma
para cada estágio do carburador.
Misturadores
Tem como função efetuar a mistura ar-gás garantindo que esta seja o mais homogênea
possível.
- Instalação
Poderá ser feita diretamente na entrada do TBI ou acoplado dentro da mangueira de
admissão de ar, isso irá depender da montagem e das características do sistema de
alimentação e admissão de ar do motor.
A figura a seguir ilustra o circuito de ligação para água e obviamente, situações diferentes
podem ocorrer, dependendo da configuração original do motor.
Nota:
Utilize aditivo recomendado pelo fabricante da máquina. O acúmulo de impurezas no sistema
é prejudicial tanto ao motor quanto ao redutor.
Nota:
1. Evite comprimentos excessivos na mangueira que interliga a eletroválvula ao carburador,
pois acarreta tempo maior de consumo do combustível nas reversões para gás.
2. Utilize sempre mangueiras e abraçadeiras fornecidas pela Rodagás.
3. Evite que o tubo condutor de gasolina passe acima do distribuidor ou geradores de faísca.
2. O GLP chega até a eletroválvula e a mesma não solta o GLP: procure verificar se ela
está sendo alimentada eletricamente. O fio de alimentação não pode passar por resistência,
fio capilar, bobina, etc. Este sim deve sair da chave de ignição direto para a chave
comutadora. Se a eletroválvula não der o estalo de partida verificar se existe um bom
aterramento, tanto da bobina no corpo da eletroválvula como desta no chassi.
Caso isto esteja certo e ela não funcione, desmontar a parte superior e fazer a limpeza da
massa vedante que poderá estar presa pela sujeira que entrou. Também verifique se a
pastilha vedante não está dilatada, pois isto pode ter acontecido ao receber G.L.P. de má
qualidade, contaminado ou corrosivo.
Caso haja congelamento é necessário inspecionar os filtros internos, pois estes podem
estar impregnados de sujeira e só deixam passar G.L.P. na fase gasosa, sendo necessário,
neste caso, fazer a troca dos filtros.
3. Se tudo isto está certo e o redutor congela: pode faltar água no motor e o nível estar
mais baixo que o redutor, assim como poderá ter dentro do redutor bolhas de ar que impedem
a circulação da água, como também é possível que a ferrugem do bloco do motor entupa o
furo de saída da água para o redutor. Para se evitar bolhas de ar tanto no motor quanto no
redutor, colocar água no sistema e funcionar o motor, efetuando em seguida a sangria do
sistema e completando o nível.
4. Filtro de decantação: se não for dada a manutenção correta este poderá impedir a
passagem de gás. Portanto, mantenha o filtro sempre limpo e eficiente.
• REGULAGEM DO REDUTOR
Ponha o motor em alta rotação e gire o registro da marcha alta fechando-o até que o motor
comece a falhar por falta de G.L.P., e em seguida abra-o lentamente até que o motor trabalhe
em cheio. Se este registro for aberto mais que o necessário provocará maior consumo,
perda de potência e produzirá mais poluentes.
Girar o registro de marcha lenta até obter o regime de rotação especificado, escolhendo o
ponto intermediário onde se encontra o melhor funcionamento da marcha lenta. Girando o
registro sentido horário o motor morre por falta de gás, e girando-o no sentido anti-horário
o motor morre por excesso de gás.
Após o processamento, a unidade emite para os atuadores, os sinais de saída que visam
adequar o motor aos seus diversos regimes de trabalho.
• SINTOMAS DO VEÍCULO
Este capítulo é o primeiro contato para diagnósticos do veículo, dando uma seqüência de
passos necessários no sentido de obter um diagnóstico confiável e eficiente. Apesar da
habilidade e experiência do técnico ser um fator importante, que deve ser considerado,
apresentamos uma forma racional para fazer o diagnóstico.
Diagnóstico do Veículo
Após analisar as informações fornecidas pelo proprietário, identificar o sintoma mais
adequado na tabela a seguir. Para cada sintoma estão relacionados nas próximas páginas,
os sistemas envolvidos no defeito em ordem de importância. Verificar cada causa provável,
antes de iniciar o diagnóstico do próximo sistema.
SINTOMAS
B8 Explosões
B9 Falta de potência
B15 Detonação
Pressão normal
- Obstruções parciais
- Injetores (os quatro)
- Qualidade do combustível
Verificar
Corpo de borboleta - Abertura mínima da borboleta
- Obstruções
Verificar obstruções
- Catalisador
Escapamento
- Silencioso
- Canos de escape
Verificar
- Compressão de cada cilindro
Motor
- Correia do eixo do comando de válvulas
- Eixo do comando de válvulas
- Falta de gasolina
Partida a frio
- Bomba e válvula de gasolina
(veículos a álcool)
- Relé da bomba e válvula
Verificar
Corpo de borboleta - Abertura mínima da borboleta
- Obstruções
Controle eletrônico
Executar o autodiagnóstico
do motor
Verificar obstruções
- Catalisador
Escapamento
- Silencioso
- Canos de escape
Verificar
Motor - Compressão de cada cilindro
- Eixo do comando de válvulas
Verificar
- Válvula termopneumática
Ar aquecido
- Regulador de ar aquecido
- Aquecedor (veículos CFI)
Verificar
Corpo de borboleta - Entradas falsas de ar
- Obstruções
Verificar visualmente
Entrada do ar e - Entradas falsas de ar
distribuição de vácuo - Estado do filtro de ar
- Obstruções
Verificar obstruções
- Catalisador
Escapamento
- Silencioso
- Canos de escape
Controle eletrônico
Executar o autodiagnóstico
do motor
Verificar
PCV - Válvula
- Mangueira
Verificar
Partida a frio - Válvula termopneumática
(veículos a álcool) - Regulador de ar aquecido
- Aquecedor (veículos CFI)
Controle eletrônico
Executar o autodiagnóstico
do motor
Pressão variando
- Vazamentos
- Regulador de pressão
- Bomba de combustível
Combustível
Pressão normal
- Obstruções parciais
- Injetores
Verificar
Corpo de borboleta - Entradas falsas de ar
- Partes mecânicas soltas
- Limpeza do corpo de borboleta
Verificar visualmente
Entrada do ar e - Entradas falsas de ar
distribuição de vácuo - Estado do filtro de ar
- Obstruções
Verificar
PCV - Válvula
- Mangueira
Verificar
- Compressão dos cilindros
Motor
- Comando de válvulas
Verificar
Ar aquecido - Válvula termopneumática
- Regulador de ar aquecido
- Aquecedor (veículos CFI)
Pressão variando
- Vazamentos
- Regulador de pressão
- Bomba de combustível
Combustível
Pressão normal
- Obstruções parciais
- Injetores
Verificar
Corpo de borboleta
- Entradas falsas de ar
Verificar visualmente
Entrada do ar e - Entradas falsas de ar
distribuição de vácuo - Estado do filtro de ar
- Obstruções
Controle eletrônico
Executar o autodiagnóstico
do motor
Verificar visualmente
- Entradas falsas de ar
Distribuição de vácuo
- Estado do filtro de ar
- Obstruções
Controle eletrônico
Executar o autodiagnóstico
do motor
Verificar
Corpo de borboleta - Componentes mecânicos
- Obstruções
Controle eletrônico
Executar o autodiagnóstico
do motor
B8 - Explosões
Barulhos de explosões no sistema de escapamento ou admissão.
- Furos
Escapamento
- Obstruções
- Qualidade do combustível
Combustível - Regulador de pressão
- Bomba de combustível
Verificar
Distribuição de vácuo - Entradas falsas de ar
Controle eletrônico
Executar o autodiagnóstico
do motor
B9 - Falta de potência
O veículo apresenta um desempenho com potência abaixo das suas características normais
em qualquer situação.
Verificar
Corpo de borboleta - Componentes mecânicos
- Entradas falsas de ar
Verificar visualmente
Entrada do ar e - Estado do filtro
distribuição de vácuo - Obstruções
- Mangueiras
Controle eletrônico
Executar o autodiagnóstico
do motor
Verificar
- Freios
Transmissão e freios
- Embreagem
- Transmissão auomática (se o veículo possuir)
Verificar obstruções
- Catalisador
Escapamento
- Silencioso
- Canos de escape
Verificar
PCV - Válvula
- Mangueira
Verificar
- Compressão de cada cilindro
Motor
- Comando de válvulas
- Desgaste do motor
Verificar
Corpo de borboleta - Abertura mínima da borboleta
- Obstruções
Verificar o estado de
Filtro de carvão - Mangueiras
ativado - Filtro de carvão ativado
- Válvula solenóide do filtro de carvão ativado
Controle eletrônico
Executar o autodiagnóstico
do motor
Verificar
PCV - Válvula
- Mangueira
Verificar
- Compressão de cada cilindro
Motor
- Comando de válvulas
- Desgaste do motor
Verificar
- Sensor da posição da borboleta
Corpo de borboleta - Corretor da marcha lenta
- Conectores e cabos
- Entradas falsas de ar
Controle eletrônico
Executar o autodiagnóstico
do motor
- Nível de óleo
- Comando de válvulas
Cliques - Correias soltas ou frouxas
- Componentes (correias, polias, etc.)
- Solenóides do próprio motor
Verificar
Ronco - Componentes (correias, polias, etc.)
Verificar
- Vazamentos no sistema de distribuição de vácuo
- Vazamentos no sistema de admissão
Chiado
- Velas soltas
- Sistema de refrigeração
- Filtro de carvão ativado
Verificar no motor
- Detonação
- Mancais das bielas
Batidas - Mancais do virabrequim
- Pinos dos pistões soltos
- Folgas entre cilindros e pistões
Verificar
- Entradas falsas de ar
Corpo de borboleta
- Cabos e conexões elétricas
- Componentes mecânicos
Refrigeração
Verificar o funcionamento da válvula termostática
do motor
Controle eletrônico
Executar o autodiagnóstico
do motor
Verificar
- Compressão de cada cilindro
Motor
- Eixo do comando de válvulas
- Desgastes mecânicos
Verificar visualmente
- Junta da tampa do comando de válvulas
Vazamentos
- Bloco do motor
externos
- Juntas do motor
- Filtro de óleo
Verificar
PCV
- Válvula e mangueira
Verificar
Entrada de ar
- Filtro de ar
B15 - Detonação
Ocorre detonação quando um torque maior é requisitado.
Verificar visualmente
- Nível do óleo
Motor
- Compressão
- Carbonetação interna
Controle eletrônico
Executar o autodiagnóstico
do motor
Verificar
PCV
- Válvula e mangueira
Verificar
- Conexões elétricas do secundário
Ignição - Estado das velas e cabos
- Rotor do distribuidor
Verificar
- Correias e polias
Motor - Coxins
- Desgaste do motor
- Comando de válvulas
Outros
- Balanceamento de pneus e alinhamento da direções
(vibrações com o
- Pneus
veículo rodando)
Marcador de Verificar
temperatura - Marcador de temperatura do painel e seu sensor
Verificar
Refrigeração - Válvula termostática
- Ventilador
Verificar
- Niível do líquido arrefecedor
Refrigeração - Correias
- Radiador
- Ventilador
- Nível do óleo
- Vazamentos internos
Motor - Bomba d’água
- Válvula termostática
- Compressor do ar condicionado
Controle eletrônico
Executar o autodiagnóstico
do motor
Verificar vazamentos
- Filtro de combuistível
- Tubulações de combustível
Combustível
- Bomba de combustível
- Tanque de combustível
- Tampa do tanque
- Regulador de pressão
Verificar
Filtro de carvão - Filtro de carvão ativado
ativado - Válvula solenóide do filtro de carvão ativado
- Mangueiras
SISTEMAS DE IGNIÇÃO
IGNIÇÃO CONVENCIONAL
O princípio de construção de um equipamento de ignição por bateria é muito simples:
bateria, cujo pólo negativo comumente está ligado à massa, à bobina de ignição como
armazenador de energia e ao platinado como elemento de comando para o ponto de ignição.
Motores de mais de um cilindro têm ainda um dispositivo que permite, com um único
armazenador de energia, alimentar, com energia de ignição numa seqüência preestabelecida,
várias velas de ignição. Trata-se do distribuidor, que é comandado no mesmo ritmo do
platinado.
O comando de ignição sem contato mecânico apresenta vantagens que tornam o sistema
atrativo e de aplicação quase que universal:
• Não há desgaste, não necessitando portanto de manutenção.
• O ponto de ignição é mais fácil de ser ajustado, qualquer que seja a condição de
funcionamento do motor. Ele permanece constante durante quase toda a vida útil do
distribuidor de ignição.
• Maior segurança de ignição em regime de rotação elevada e absorção ideal de potência
em rotação reduzida, através do comando do ângulo de permanência e em virtude da
Eletrônico (transistorizado)
pré-resistência
unidade
de
comando
velas de
chave de ignição
ignição
distribuidor
de ignição
bateria
bobina de ignição
Se o motor, por exemplo, funcionar não com carga total, mas com carga parcial haverá na
câmara uma mistura menos carburente; ela queima mais devagar, sendo necessário inflamá-
la mais cedo ainda. O momento de ignição é determinado com precisão pelo ângulo de
avanço antes do ponto morto superior. A rotação e a carga do motor são as grandezas de
comando necessárias para o avanço automático.
Na prática, isso é realizado de tal modo que o avanço centrífugo atua em plena carga e o
avanço a vácuo apenas provoca a alteração adicional em função da carga parcial. Por isso,
esses dois tipos de avanços são usados simultaneamente no equipamento de ignição. Em
casos especiais, usa-se apenas um avanço que atua na carga total e no regime de carga
parcial.
Rica Carbonização
Mistura ar/combustível
Pobre Superaquecimento
Superaquecimento, detonação ou
Vela quente (vela do motor
batidas de pino, pré-ignição,
a gasolina no motor a álcool)
Aplicação incorreta de vela furo no pistão
Problema
O motor falha em altas velocidades ou em razão de sobrecargas elevadas.
Aspecto da vela
Resíduos de coloração vermelha, marrom, amarela, verde e branca
incrustados no bico do isolador e nos eletrodos.
Causas
Impurezas ou aditivos (chumbo tetra-etílico e outros) na gasolina ou no
óleo, que não são queimados totalmente, depositam-se na ponta ignífera
das velas. Em altas temperaturas, esses depósitos tornam-se condutores
Resíduos de elétricos e provocam falhas no centelhamento.
impurezas Solução
As incrustações nesse caso, podem ser facilmente removidas. Se a vela
estiver em boas condições, pode ser usada novamente, após a devida
limpeza. Em caso de resíduo de chumbo substituir a vela por uma nova.
Problema
Dificuldade na partida. O motor falha na marcha lenta.
Aspecto da vela
Ponta da vela totalmente coberta com resíduos de carvão.
Causas
1. Mistura ar/gasolina demasiadamente rica. 2. Ignição atrasada. 3. Filtro de
ar obstruído. 4. Deficiência de energia para a ignição. 5. Uso excessivo do
afogador. 6. Funcionamento do motor em marcha lenta ou baixa velocidade
durante longo tempo. 7. Vela de ignição muito fria.
Soluções
Carbonização seca
1 a 6. Fazer as regulagens necessárias. 7. Substituir as velas por tipo
correto (indicado no manual do seu veículo ou na tabela de aplicação
atualizada).
Problema
Dificuldade na partida. O motor falha na marcha lenta.
Aspecto da vela
A ponta da vela apresenta brilho oleoso, úmido e preto.
Causas
1. Anéis do pistão ou cilindros desgastados. 2. Falta de assentamento do
pistão/anéis/cilindro, principalmente em motores retificados. 3. Se o motor
for 2 tempos, a proporção óleo/combustível está muito alta.
Soluções
Carbonização úmida
1. Substituir os anéis ou retificar os cilindros. 2. Revisar o estado dos
pistões, anéis e cilindros. 3. Corrigir a proporção óleo/combustível.
Problema
Dificuldade na partida, marcha lenta irregular ou falha no motor.
Aspecto da vela
Ponta da vela encharcada de combustível.
Causas
Motor afogado, problemas na carburação, umidade ou água no sistema de
alimentação ou no combustível, folga entre os eletrodos fora do pistão,
problemas no sitema de ignição.
Solução
Encharcamento
Verificar e corrigir a anormalidade, se as velas estiverem em boas
condições, efetuar uma boa secagem e utilizar novamente.
ELETRICIDADE
• ÁTOMO
O átomo é formado de numerosas partículas. Estudaremos somente aquelas que mais
interessam à teoria eletrônica.
Átomo é a menor partícula física em que se pode dividir um elemento. É configurado por
duas regiões principais: nuclear e orbital.
• ELÉTRONS
Os átomos podem ter uma ou várias órbitas, dependendo do seu número de elétrons,
sendo que cada órbita contém um número específico de elétrons.
• CORRENTE ELÉTRICA
Todos os elétrons podem ser removidos de seus átomos, através da aplicação de uma
força externa. A remoção dos elétrons de suas órbitas provoca o desequilíbrio elétrico do
átomo. Como os elétrons possuem cargas negativas, o átomo se tornará eletricamente
positivo.
A facilidade com que o elétron pode ser removido está relacionada com a órbita na qual ele
se localiza. Os elétrons dos níveis mais externos podem “escapar” dos átomos originais e
passar a se deslocar entre os níveis dos átomos vizinhos. Esses elétrons são chamados
“elétrons livres” e seu movimento é ao acaso em todas as direções. Quando as cargas
elétricas se movimentam ordenadamente formam a corrente elétrica.
Os materiais que não conduzem (ou conduzem muito pouco) a corrente elétrica, são
chamados isolantes ou dielétricos. Nestes materiais, os elétrons estão firmemente ligados
eletricamente aos seus átomos e não têm facilidade de se movimentar entre um átomo e
outro, como no caso dos condutores. Ex: óleo, água pura, borracha, etc..
• GRANDEZAS ELÉTRICAS
Corrente Elétrica
É o movimento ordenado de elétrons livres em um condutor devidamente alimentado
Tensão Elétrica
É a diferença de força entre dois pontos de um condutor causada pelo excesso ou falta de
elétrons, que por sua vez, dá origem à corrente elétrica.
Resistência
É a dificuldade que certos materiais oferecem à passagem da corrente elétrica.
Potência
É o trabalho produzido, ou seja, a tensão elétrica aplicada x corrente elétrica.
As unidades de medida das grandezas são homenagens prestadas aos seus respectivos descobridores:
Ampère - Andrea Maria Ampère (francês)
Volt - Alexandre Volta (italiano)
Ohm - George S. Ohm (inglês)
Watt - James Watt (inglês)
A CA apresenta certas características muito úteis. Pode ser facilmente transformada para
valores mais altos ou mais baixos. Essa característica torna possível transmitir economicamente
a CA a longas distâncias. Em conseqüência pode-se construir usinas geradoras de CA em
fontes remotas de potência hidráulica e fornecer essa eletricidade a consumidores distantes.
É possível ainda transformarmos a CA em CC pelo processo de retificação.
Ciclo
É a variação da corrente alternada, isto é, primeiro aumenta de zero até o pico máximo positivo,
depois diminui até zero e em seqüência aumenta até o máximo negativo e volta a zero.
O número de ciclo que ocorre por segundo é chamado de freqüência. A unidade de medida
de freqüência é o Hertz (Hz). A freqüência usual da rede elétrica residencial (60Hz) significa
que 60 ciclos se repetem em 1 segundo.
Circuito Elétrico
Interruptores
São os dispositivos que abrem e fecham os circuitos.
Interruptores Mecânicos
Chave de luz, chave de ignição, botão de buzina, etc.
Interruptores Magnéticos
São acionados magneticamente. Ex.: disjuntor, solenóide, relé de buzina, relé de farol, etc.
Circuito Aberto
Refere-se quando não existe uma trajetória completa de corrente elétrica.
Circuito Fechado
É quando existe uma trajetória completa para fluxo de corrente.
Curto Circuito
Quando completa um circuito antes da corrente elétrica chegar ao destino. Por ser curto
circuito, a resistência é baixa. A corrente é tão alta que pode causar superaquecimento nos
condutores, desfazer isolamento e até provocar incêndio.
• RESISTÊNCIA EQUIVALENTE
Resistência equivalente é o valor de resistência de um único resistor que poderia substituir
a associação de resistores.
Matematicamente, Re = R1 + R2 + R3 + ... + Rn
onde Re é a resistência equivalente e R1, R2, ..., Rn são as resistências que compõem a
associação.
- Aplicação
Determinar a resistência equivalente da associação abaixo:
OBSERVAÇÃO
A resistência total no circuito em série é sempre maior que os valores dos resistores que
compõem a associação.
- Aplicação
60 x 40 2400
Considerando R1 = 60Ω e R2 = 40Ω, temos: R = = = 24Ω
e 60 + 40 100
No caso de associação em paralelo com mais de dois resistores, usamos outra fórmula
para calcular a resistência equivalente, que é a seguinte:
OBSERVAÇÃO
O resistor equivalente no circuito paralelo é sempre menor que o resistor de menor valor.
• LEI DE OHM
A relação entre corrente, tensão e resistência é chamada “lei de Ohm”.
Estas relações foram descobertas por George S. Ohm em 1827. Esta lei tem sido de
primordial importância nos cálculos elétricos.
• SIMBOLOGIA
ABNT
• ELETROMAGNETISMO
A denominação “eletromagnetismo” se aplica a todo o fenômeno magnético que tenha
origem em uma corrente elétrica. Quando um condutor é percorrido por uma corrente elétrica,
ocorre uma orientação no movimento das partículas no seu interior. Esta orientação do
movimento das partículas tem um efeito semelhante à orientação dos imãs moleculares.
Como conseqüência desta orientação, se verifica o surgimento de um campo magnético ao
redor do condutor
As linhas de forca deste campo magnético, criado pela corrente elétrica que passa por um
condutor, são circunferências concêntricas num plano perpendicular ao condutor.
• MULTÍMETRO
Denominado também como Multiteste ou Meter. Em eletrônica é muito comum a medição
de grandezas elétricas diferentes em diversos pontos dentro de um circuito. Assim, há a
necessidade de um instrumento versátil capaz de realizar tais medições.
Os multímetros podem ser classificados quanto à complexidade do seu circuito interno em:
• Multímetro VOM (simples)
• Multímetro eletrônico
Multímetro VOM
O multímetro VOM é constituído de pouca complexidade, basicamente um galvanômetro e
divisores de tensão e corrente.
Multímetro Eletrônico
O multímetro eletrônico é constituído de circuito mais complexo, proporcionando maior
precisão de medida, com indicação analógica ou digital.
Medição de Tensão
= ∼
1. Ajustar o multímetro para medir tensão em CC ou CA ( V V ).
2. Selecionar a faixa de tensão adequada, através do seletor de alcances, de forma que a
tensão a ser medida nunca seja maior que a tensão de fundo de escala ou final de
escala. Se o valor da tensão a ser medida for totalmente desconhecido, ajustar o seletor
de alcance para medição de máxima tensão.
3. Conectar as pontas de prova com o circuito ou componente, no qual será medida a
tensão, respeitando as polaridades (+ e -) no caso de CC.
Medição de Corrente
= ∼
1. Ajustar o multímetro para medir CC ou CA ( A A ).
2. Selecionar a faixa de corrente adequada, através do seletor de alcances, de forma que
a corrente a ser medida nunca seja maior que a corrente de fundo de escala. Se a
intensidade da corrente a ser medida for totalmente desconhecida, ajustar o seletor de
alcance para medição de máxima corrente, utilizando uma ligação SCHUNT.
3. Conectar as pontas de prova em série com o circuito ou componente, no qual será
medida a corrente, respeitando as polaridades (+ e -) no caso de CC.
Medição de Resistência
1. Desenergizar o circuito ou componente em teste.
2. Ajustar o multímetro para medição de resistência.
3. Selecionar a faixa de resistência adequada, através do seletor de alcances.
4. Curto-circuitar as pontas de prova e verificar no mostrador se a leitura é de 00.
Caso contrário, fazer o ajuste de OQ se houver um controle para este fim.
5. Conectar as pontas de prova em paralelo com o circuito ou componente.
Para a interpretação dos circuitos elétricos, três aspectos básicos são importantes:
• os caminhos da corrente ou os circuitos que se estabelecem desde o início até o fim do
processo de funcionamento;
• a função de cada elemento no conjunto, sua dependência e independência em relação
a outro elemento;
• a localização física dos elementos.
Apresentamos a seguir a simbologia usada em nossos esquemas, para facilitar seu trabalho,
quando da consulta do Manual de Reparações.
• ESQUEMAS ELÉTRICOS
Quase todos os componentes elétricos são identificados ao lado do borne de ligação, com
números/letras. Nos esquemas elétricos eles aparecem no meio do cabo elétrico, próximo
ao componente.
No quadro os bornes 53, 53a, 53b, 53e e 31 do motor do limpador do pára-brisa servem
para identificar o local onde será montado o cabo elétrico, além disso, cada número/ letra
tem um significado:
• FUSÍVEIS
É importante observar que os fusíveis são elementos de fusão encapsulados em material
isolante, portanto, mais fracos (de seção reduzida), que são propositadamente intercalados
no circuito, para interrompê-lo sob condições anormais.
Considerando-se que todo circuito elétrico, com sua fiação, elementos de proteção e de
manobras foi dimensionado para uma determinada corrente nominal, dada pela carga que
se pretende ligar, é imediata a conclusão de que os fusíveis dimensionados para o circuito
não devem ser nunca substituídos por outros de maior corrente nominal.
- Corrente de Curto-Circuito
É a corrente máxima que pode circular no circuito e que deve ser interrompida
instantaneamente.
Substituição
Quando danificados, os fusíveis devem ser substituídos, em virtude de não haver
recondicionamento adequado do elo de fusão.
BATERIA
A bateria é um dispositivo de armazenamento de energia química que tem a capacidade de
se transformar em energia elétrica quando solicitada.
Logo, ao contrário do que comumente se acredita, as baterias não são depósitos de energia
elétrica mas sim de energia química, até que um circuito seja conectado em seus pólos,
dando origem a uma reação química que ocorre em seu interior, convertendo esta energia
química em elétrica que é então fornecida ao circuito.
• TESTES NA BATERIA
Cuidados especiais devem ser observados ao se efetuar um teste em um sistema elétrico
que apresenta funcionamento deficiente.
Alguns defeitos atribuídos à bateria podem ser ocasionados por outros componentes do
sistema. Assim, possíveis falhas da bateria devem ser pesquisadas cuidadosamente, não
só para evitar a indevida substituição de baterias em condições normais de funcionamento,
como para evitar trabalhos desnecessários para a eliminação de falhas cuja origem se
localiza em outras áreas e que poderia vir a inutilizar a bateria.
ponta positiva
(vermelha)
ponta negativa
(preta)
amperímetro
+ -
cabo positivo
(vermelho)
bateria
OBSERVAÇÃO
As informações referentes aos itens 5 a 8 aplicam-se às temperaturas superiores a 18ºC,
com uso do equipamento da SUN modelo VAT 38”.
Deve-se, nesse caso, aplicar uma carga rápida durante 30 minutos e fazer nova verificação
na densidade. Se apenas um pequeno aumento do peso específico do eletrólito for observado
ou se não houver aumento, deve-se aplicar uma carga lenta durante 24 a 36 horas e efetuar
nova verificação de densidade.
Se não for obtido um peso específico do eletrólito de pelo menos 1250g/l ou se houver
entre os elementos uma variação de 40 g/l ou mais, a bateria está danificada.
Teste de baterias
• CARGA LENTA
A maioria das baterias pode ser carregada totalmente de 12 a 14 horas. Uma bateria está
completamente carregada quando os vasos formam gases (borbulham) e a densidade
deixa de subir em 3 leituras sucessivas, tomadas a intervalos de uma hora.
Em uma bateria de 15 placas em cada vaso, 7 são positivas e 8 são negativas. o regime
recomendado de carga lenta é de 1/10 da capacidade da bateria. Exemplo: bateria de 36
Ah - corrente para recarga = 3,6 ampères.
• CARGA RÁPIDA
A carga rápida não recupera totalmente uma bateria porém deve ser suficiente para que
forneça energia ao veículo em um caso de emergência.
Nunca deve-se aplicar a carga rápida numa bateria com densidade acima de 1250 g/l. O
regime da carga rápida é de no máximo 1/3 da capacidade nominal da bateria. Exemplo:
bateria de 36 Ah - corrente para recarga = 12 ampères.
A temperatura sobe durante a carga rápida. Se for superior a 49ºC é conveniente diminuir
a intensidade da corrente de carga para evitar danos na bateria.
• RECARGA
Antes de submeter a bateria à recarga, deve-se:
1. Verificar o nível do eletrólito, completando-o, se necessário, até aproximadamente 1,5cm
acima das placas.
2. Ligar os terminais do carregador aos da bateria. As ligações dos equipamentos de teste
do sistema elétrico e baterias devem ser feitas de acordo com as instruções do fabricante
do aparelho.
3. Selecionar o tipo de carga no carregador. Neste instante, a voltagem sobre os terminais
da bateria não poderá ultrapassar 14,5V. Valores superiores a 14,5V indicam defeito
interno na bateria.
cabo negativo
-
+
cabo positivo
(vermelho)
OBSERVAÇÃO
Mantenha as tampas dos elementos removidas durante o processo de carga pois há liberação
de oxigênio e de hidrogênio da solução. Mesmo depois de finda a carga, a célula pode
acumular hidrogênio, que fica retido no elemento. O hidrogênio, dentro de certa concentração
na atmosfera, torna-se altamente explosivo. Por isso, evite realizar esse processo de carga
perto de locais que possam ter fogo ou faíscas.
cabo negativo
cabo positivo
(vermelho)
A corrente total do circuito será a soma da corrente que cada bateria estará recebendo do
carregador. Caso uma bateria esteja danificada, a corrente desta irá distribuir-se entre as
outras, podendo provocar um excesso de carga; por este motivo, é preferível que a recarga
seja aplicada através de um circuito em série.
As ligações devem ser executadas de forma a unir o pólo negativo da primeira bateria, ao
positivo da segunda e assim sucessivamente. A garra positiva do carregador deve ser
ligada ao borne positivo da primeira bateria; a garra negativa do carregador deve ser ligada
ao borne negativo da última bateria.
A tensão fornecida por este tipo de carregador deve ser ligeiramente maior que a soma
das tensões das baterias sob carga. Por exemplo: para recarga de 3 baterias em série
Vs = ±42V.
cabo negativo
cabo positivo
(vermelho)
• INSPEÇÃO PRELIMINAR
Deve-se efetuar, periodicamente, uma inspeção visual da bateria verificando:
- a fixação ao suporte: a bateria não deve estar frouxa, para evitar danos às placas, por
vibração, nem excessivamente apertada;
- os cabos: quanto a corrosão e desgaste do isolamento;
- as conexões: quanto a fixação, corrosão e limpeza; as partes corroídas - bornes,
terminais, cabos, etc. - devem ser limpas com uma mistura de água + bicarbonato de
sódio ou água + amoníaco e uma escova de cerdas duras;
- jamais deve-se raspar a camada de chumbo dos terminais ou dos cabos;
- o nível do eletrólito: deve ser mantido 1,5cm acima das placas. Atentar para vestígios
de corrosão no suporte; esta característica pode indicar que o eletrólito foi derramado
e, caso não reposto prontamente, pode ter provocado a sulfatação das placas,
aumentando a taxa de descarga da bateria;
- a caixa: quanto a trincas, quebras e deformações; sujeira, em excesso na tampa, pode
provocar a descarga da bateria;
- as tampas dos elementos: quanto a quebra, trincas e obstrução dos tubos de respiro;
- a limpeza: a taxa de descarga pode ser superior à normal, se uma quantidade
considerável de eletrólito for derramada ou se a parte superior da bateria não estiver
completamente limpa. É importante que a bateria seja mantida limpa.
• MANUTENÇÃO
O tempo máximo de vida útil de uma bateria somente é atingido quando forem tomados os
necessários cuidados para a sua manutenção e realizadas as inspeções periódicas
recomendadas.
Sua capacidade de carga não deve ser excedida por sobrecarga excessiva e constante,
devendo serem observados os requisitos de carga.
2. Ao reabastecer os elementos da bateria, usar somente água destilada; não usar água
de chuva ou de nascente.
3. Conservar a bateria com pelo menos 3/4 de sua carga, evitando, assim, que as placas
se sulfatizem e percam a eficiência.
5. A carga rápida causa um aquecimento repentino na bateria: assim sendo, não deve-se
permitir que temperaturas superiores a 50ºC sejam atingidas, o que poderia danificá-la.
Para os desarranjos que eventualmente possam ocorrer, seguem abaixo as possíveis causas
e os respectivos meios de corrigi-los.
A lâmpada piloto acende com a chave de ignição • Existe um ou mais diodos retificadores positivos
desligada (motor parado). queimados (em curto-circuito).
SISTEMA DE CARGA
ALTERNADORES
O alternador é acionado pelo motor por meio de correias e polias. Sua finalidade é alimentar
de energia elétrica todos os consumidores e carregar a bateria. Para isso, o alternador
transforma energia mecânica do motor do veículo em energia elétrica.
Os veículos mais antigos utilizavam para transformar energia mecânica em elétrica o dínamo,
porém esse dispositivo não possui eficiência em marcha lenta, o que não ocorre no alternador
que gera em rotações mais baixas (marcha lenta).
K 1 ( ) 14V 35A 20
Diâmetro externo
G = 100 ... 109mm
K = 120 ... 139mm
T = 170 ... 199mm
U = mais de 200mm
* A tensão de carga (7 volts, 14 volts, 28 volts etc) não deve ser confundida com a tensão nominal. É a tensão
mediante a qual o alternador funciona e consta da sua chapinha de indicação. É um valor aproximado da tensão
de carga necessária para os diversos tipos de bateria e condição de funcionamento. A tensão nominal, por sua
vez, é a tensão de bateria padronizada, isto é, a tensão da rede com o alternador parado (6, 12, 24 volts etc ... ).
Essa tensão nominal também é gravada nos motores de partida e motores elétricos em geral.
** No alternador com mancais próprios, visto do seu lado de acionamento. Rotação à direita = no sentido do
movimento dos ponteiros do relógio
CHECAGEM DE AVARIAS
Em primeiro lugar conecte os instrumentos (voltímetro e amperómetro) como está detalhado
na figura abaixo e ponha o motor em 2000 rpm. O amperímetro deve indicar 10 ampères ou
menos, e tal valor não deve aumentar com a rotação. O voltímetro deve marcar entre 13,5
e 14,5 volts. Qualquer anomalia nessas leituras indica defeito no alternador.
Tipo
φ da Sistema Nº de pólos Anéis Retificador Regulador Fixação Aplicação
carcaça de rotor coletores
carros,
pólos incorporado anexo em braço
G1 100 ... 109 12 com caminhões,
tipo garra separado
tratores
carros,
pólos incorporado anexo em braço
K1 130 12 com caminhões,
tipo garra separado
tratores
Alternador G1 (de rotor com Alternador K1 (de rotor com Alternador T1 (de rotor com
pólos tipo garra e anéis coletores), pólos tipo garra e anéis coletores), pólos tipo garra e anéis coletores),
fixação mediante braço móvel, fixação mediante braço móvel, fixação mediante braço móvel,
ventilação externa. ventilação externa. ventilação externa com tubuladura
de aspiração de ar.
SISTEMA DE PARTIDA
MOTOR DE PARTIDA
Motores de combustão não dispõem de força própria para sua partida, como por exemplo,
uma máquina a vapor, necessitando de um dispositivo impulsor para a partida, ou seja, um
motor de partida.
Não é suficiente girar o motor, a função de um motor de partida é fazer com que o motor
atinja um número mínimo de rotações (40 a 80 RPM no motor a gasolina, 100 a 200 no
motor diesel) para que seja conseguida a mistura ar-combustível ideal e, no motor diesel,
que seja conseguida também a temperatura necessária na câmara de combustão.
• ELIMINAÇÃO DE DEFEITOS
Muitas falhas atribuídas ao motor de partida, bateria, relés, fiação, contatos ou ligação à
massa podem estar na ignição ou na alimentação de combustível, etc.
A orientação para eliminação de defeitos que damos a seguir abrange apenas a instalação
de partida.
Inconvenientes Causas
HIDRÁULICA
PRINCÍPIO DE PASCAL
A palavra hidráulica provém do grego (“hydra”, que significa água, e “aulos”, que significa
cano). A hidráulica consiste no estudo das características e usos dos fluidos confinados.
Desde o início de sua existência, o homem serviu-se dos fluidos para facilitar seu trabalho
e, enfim, sua vida. A história antiga registra que dispositivos engenhosos, como bombas e
rodas d’água, já eram conhecidos desde épocas remotas.
Entretanto, só no século XVII, o ramo da hidráulica que nos interessa foi utilizado. Baseava-
se no princípio descoberto pelo cientista francês Pascal e consistia no uso de fluido confinado
para transmitir e multiplica movimentos.
Talvez pela simplicidade da Lei de Pascal, o homem não percebeu seu enorme potencial
por dois séculos. Somente no princípio da Revolução Industrial, um mecânico, Joseph
Bramah, veio a utilizar a descoberta de Pascal para desenvolver uma prensa hidráulica.
A figura abaixo demonstra como Bramah aplicou o princípio de Pascal à prensa hidráulica.
DEFINIÇÃO DE PRESSÃO
Pressão é a força exercida por unidade de superfície. Em hidráulica a pressão é expressa
em kg/cm². Atmosfera abrevia-se atm (ou bar). Conhecendo a pressão e a área em que
ela se aplica, podemos determinar a força total.
CONSERVAÇÃO DE ENERGIA
Uma lei fundamental da física afirma que a energia não pode ser criada e nem destruída.
A multiplicação de forças não significa obter alguma coisa do nada. O pistão maior, movido
pelo fluido deslocado pelo pistão menor, faz com que a distância de cada pistão seja
inversamente proporcional às suas áreas, como se vê na figura abaixo. O que se ganha
com relação à força tem que ser sacrificado em distância ou velocidade.
O óleo é mais empregado, também, porque serve de lubrificante às peças móveis dos
componentes.
ACIONAMENTO HIDRÁULICO
• VELOCIDADE VARIÁVEL
O atuador (linear ou rotativo) de um sistema hidráulico, pode ser acionado a velocidades
variáveis e infinitas, desde que se varie o deslocamento da bomba ou se utilize uma válvula
controladora de fluxo.
• REVERSIBILIDADE
O atuador hidráulico pode ser invertido, instantaneamente, sem quaisquer danos, mesmo
em pleno movimento. Uma válvula direcional de 4 vias, como mostra a figura seguinte, ou
uma bomba reversível atuam esse controle enquanto a válvula de segurança protege os
componentes do sistema de pressões excessivas.
• PARADA INSTANTÂNEA
Um atuador hidráulico pode ser parado instantaneamente sem danos quando
sobrecarregado e recomeçar a funcionar, imediatamente, assim que a carga for reduzida.
Durante a parada, a válvula de segurança desvia, simplesmente, o deslocamento do fluxo
da bomba ao tanque.
• DIMENSÕES REDUZIDAS
Mesmo em condições de altas velocidades e pressão, os componentes hidráulicos
possibilitam transmitir um máximo de força em mínimos peso e espaço.
Por exemplo, um peso de 1000 kg oferece resistência ao fluxo sob o pistão e cria pressão
no óleo. Se o peso aumenta, o mesmo acontece com a pressão.
Uma bomba com deslocamento de 10 l/min tem uma válvula de segurança regulada para
70 kgf/cm², e na saída uma simples torneira. Se esta torneira estiver totalmente aberta, o
deslocamento do fluxo da bomba se processa sem restrição e não se registra pressão no
manômetro.
Mas, se o registro for gradativamente fechado, isto oferecerá resistência ao fluxo, causando
aumento de pressão. Quanto maior for a restrição, maior será a pressão para empurrar os
10 l/min através da torneira. Quando a pressão atingir um valor de 70 kgf/cm² a válvula de
segurança se abre permitindo que o fluxo retorne para o tanque mantendo assim a pressão
em 70 kgf/cm².
• CAVITAÇÃO
É a situação em que o líquido não preenche inteiramente o espaço existente. Geralmente,
a cavitação está associada à entrada da bomba. A maioria dos fabricantes de bombas
recomenda um vácuo máximo de 0,85 kg/cm² absoluto na entrada da bomba. Assim, com
uma pressão de 1 kg/cm², resta uma diferença de 0,15 kg/cm² a empurrar o óleo para
dentro da bomba. Evitando-se uma altura excessiva, as linhas de entrada permitem a
suavidade do fluxo com o mínimo de atrito.
• AERAÇÃO
É o ar existente no fluido hidráulico. A aeração excessiva faz com que o fluido tenha aparência
leitosa e com que os componentes operem irregularmente devido à compressibilidade do
ar retido no fluido.
• FLUXO EM SÉRIE
Em um fluxo em série as pressões são somadas.
• DIAGRAMAS HIDRÁULICOS
Diagrama Representativo - é usado principalmente para mostrara a disposição do
encanamento de um circuito. Estes têm pouco valor para instrução ou para solução de
problemas.
• Diagrama Gráfico
VÁLVULAS
O símbolo básico de uma válvula é um quadrado ou invólucro. Para indicar passagens e
direções de fluxo são adicionadas setas a esse símbolo.
Tais como as válvulas de segurança, têm um único quadrado. Presume-se que estas têm
várias posições entre totalmente aberta e totalmente fechada, dependendo do volume de
líquido que as atravessa.
Entretanto, seu emprego como meio hidráulico é restrito, devido às desvantagens que
apresenta, isto é, tais como: provocar a corrosão, possuir propriedades lubrificantes
insignificantes e só poder ser empregada em uma faixa de temperatura relativamente
pequena.
• ÓLEO MINERAL
É o fluido hidráulico mais usado e, afora a água, o mais barato, sendo compatível com a
maioria dos materiais encontrados nos sistemas. Suas propriedades lubrificantes são
bastante conhecidas e a faixa de temperatura para sua utilização é ampla. Apresenta,
também, compressibilidade superior à da água.
• FLUIDOS SINTÉTICOS
São compostos químicos que podem trabalhar acima dos limites dos óleos minerais. São
eles: ésteres complexos, silicatos, silicones e aromáticos de alto peso molecular (Polifenilas
e ésteres de fenila).
São fluidos de custo elevado, devido aos problemas de fabricação, e, dentro de certos
limites, satisfazem plenamente a todas necessidades dos sistemas hidráulicos. Ao contrário
dos óleos minerais, os fluidos sintéticos podem não ser compatíveis com alguns
componentes dos sistemas. Por essa razão, é preciso cuidado na escolha do fluido sintético
a ser usado.
Contemplando essas funções, podem ser exigidas outras qualidades de um fluido hidráulico,
tais como:
• Prevenir a formação de ferrugem;
• Prevenir a formação de lodo, goma e verniz;
• Diminuir a formação de espuma;
• Manter a sua estabilidade e reduzir o custo de substituição;
• Manter um índice de viscosidade relativamente estável, numa faixa larga de variações
de temperatura;
• Prevenir contra a corrosão e erosão;
• Separar-se da água;
• Ser compatível com vedadores e gaxetas.
USO DE ADITIVOS
Os aditivos comerciais adicionados aos fluidos hidráulicos dão a esses fluidos propriedades
desejáveis como: índice de viscosidade, fluidez, resistência à oxidação, etc. Entretanto, os
fabricantes chamam a atenção alertando que os aditivos a serem incorporados ao óleo,
para torna-lo adequado a um sistema hidráulico, devem ser compatíveis entre si bem com
o óleo utilizado.
A compatibilidade deve ser determinada pelo fabricante do fluido, que indicará os aditivos
adequados a serem utilizados, salvo se houver condições de se determinar essa
compatibilidade através de análises de laboratório.
VISCOSIDADE
Viscosidade é a medida da resistência do fluido ao se escoar, ou seja, é uma medida
inversa à de fluidez. Se um fluido escoa facilmente, sua viscosidade é baixa e pode-se
dizer que o fluido [é fino ou lhe falta corpo. Um fluido que escoa com dificuldade tem alta
viscosidade. Neste caso, diz-se que é grosso ou tem bastante corpo.
sistema, etc. Não há limites definidos para controle, porém bastam somente 0,02% em
peso para contribuir e acelerar o desgaste. Por essa razão, o sistema deve possuir uma
filtragem perfeita.
TUBULAÇÕES
• CONDUTORES
Condutor é o termo geral que engloba os vários tipos de tubos e conexões que transportam
o fluido hidráulico entre os componentes. Nos sistemas hidráulicos existentes três tipos de
condutores:
- Tubos de aço roscados (canos);
- Tubos de aço flangeados ou com anel;
- Mangueiras.
A seleção dos tubos para as redes condutoras, assim como a sua instalação, é de
importância primordial em circuitos hidráulicos. Por isso deve-se levar em conta o seguinte:
- Tubulação estreita provocará cavitação da bomba, perda de eficiência e
superaquecimento do circuito inteiro;
- Paredes demasiadamente finas estão sujeitas a quebras constantes. Paredes grossas
demais provocarão um acréscimo inútil no peso e no preço da instalação;
- Tubos rígidos em instalações com, máquinas que vibram estão sujeitos a trincas;
- As mangueiras absorvem vibrações e oferecem facilidade de acompanhar movimentos,
mas devem ser devidamente protegidas.
• TUBOS E CONEXÕES
Ao se instalarem os diversos tipos de tubos e conexões em um sistema hidráulico, é
absolutamente necessário que estes estejam limpos, livres de escamas e outros materiais
estranhos. Para alcançar este objetivo, algumas regras básicas devem ser obedecidas,
pois um sistema contaminado é fonte certa de inúmeros problemas.
- Para instalações que requeiram conexões flangeadas, os tubos não devem ser soldados
após a montagem pois torna-se impossível fazer-se uma limpeza adequada no sistema.
Os tubos devem ser dobrados e ajustados com precisão para evitar forçá-los na
montagem;
- Quando se usam conexões flangeadas, deve-se ter o cuidado de montar os flanges em
esquadro com as faces de montagem e prende-los com parafusos de comprimentos
adequados. Os parafusos e pinos devem ser apertados de modo uniforme, evitando-se
distorções;
- Deve-se sempre estar seguro de que todas as aberturas do sistema hidráulico estejam
protegidas, afim de impedir a entrada de sujeira, cavacos de metal, etc., quando houver
trabalhos de usinagem, solda e rosqueamento perto da unidade;
- Usando conexões roscadas, o sistema deve ser inspecionado para evitar-se que as
rebarbas das roscas contaminem o sistema;
- Antes de introduzir o óleo no reservatório, certifique-se de que seja o óleo especificado
e esteja limpo. Não use filtros de tecidos e óleos estocados em recipientes
contaminados.
- Use uma peneira de malha 120 ao colocar o óleo no reservatório. Opere por um certo
período de tempo o sistema. Acrescente mais fluido se for necessário.
MANGUEIRAS
As linhas de comunicação por mangueira são usadas quando a instalação da tubulação
apresenta dificuldades quanto ao espaço de montagem. Linhas de mangueiras são usadas
também como meio auxiliar no amortecimento de oscilações de pressão e ruídos num
sistema.
A mangueira deve ser instalada de modo que não se torça durante a operação da máquina.
Deve-se permitir uma folga para o movimento livre e para a absorção dos picos de pressão.
Mangueiras muitos longas e com possibilidades de sofrer torções devem ser evitadas.
Pode tornar-se necessário usar braçadeiras para evitar que a mangueira se enrosque ou
se embarace com peças móveis. Mangueira sujeita a atritos com qualquer outra peça
deve ser protegida.
VAZAMENTOS
• VAZAMENTO INTERNO
A maioria dos componentes é construída com uma tolerância que permite certa quantidade
de vazamento interno. As peças móveis naturalmente têm que ser lubrificadas e as
passagens são construídas para esse fim. Outrossim, certos controles têm passagens de
vazamento interno para evitar o desequilíbrio de carretéis de válvulas e pistões.
O vazamento interno não significa perda do fluido. Este volta ao reservatório através de
um dreno externo ou pela passagem interna do componente. O aumento de vazamento
ocorre quando há desgaste do componente e a folga entre as peças aumenta. Este aumento
de vazamento reduz a eficiência do sistema, diminuindo a velocidade de trabalho e gerando
calor.
• VAZAMENTO EXTERNO
O vazamento externo é desagradável e pode tornar-se perigoso. É antieconômico porque
raramente se reaproveita esse óleo. A causa principal do vazamento pelas juntas deve-se
à má instalação ou a vibrações e choques que ocasionam a soltura das linhas. Linhas de
dreno impróprias, pressão de operação excessiva e contaminação do fluido são fatores
que danificam os retentores.
• INSTALAÇÃO APROPRIADA
Uma instalação cuidadosa, não “mordendo” ou torcendo um retentor, assegura uma conexão
à prova de vazamento. Os fabricantes freqüentemente recomendam uma ferramenta
especial para a colocação correta de retentores de eixo do tipo labial. A vibração e a tensão
nas juntas também são fatores comuns que causam vazamentos externos e devem ser
evitados em uma instalação adequada.
• CONDIÇÕES DE OPERAÇÃO
O controle sobre as condições de operação pode tornar-se muito importante para a vida do
retentor. Os seguintes fatores de operação podem ajudar a evitar vazamentos:
- Evitar contaminação: Um ambiente contaminado com umidade, sujeira ou qualquer
material abrasivo tende a encurtar a vida dos retentores de eixo. Deve-se usar dispositivos
• MATERIAIS DE VEDAÇÃO
O silicone é um material elástico (elastômero). É, portanto, um material popular para
vedar eixos rotativos e para ser usado como retentor elástico em sistemas onde há altas
variações de frio a calor. Mantém sua forma e a capacidade de vedar de –50°C a 260°C. A
altas temperaturas, o silicone tende a absorver o óleo e se incha. Isto, entretanto, não é
desvantagem em aplicações estáticas. Não é usado para retentores recíprocos, porque se
rasga com muita facilidade. Retentores de silicone são compatíveis com a maioria dos
fluidos, sendo mais usados aqueles compatíveis com fluidos resistentes ao fogo do que
com fluidos à base de petróleo.
RETENTORES
• RETENTORES TIPO “O” (ANÉIS DE BORRACHA)
Provavelmente, o retentor mais comum, usado em equipamento hidráulico moderno, é o
anel de borracha tipo “O”. Este é de borracha sintética moldada e tem seção transversal
circular.
O anel de borracha é instalado num encaixe circular usinado numa das peças acasaladoras.
Na instalação, este anel é comprimido em ambos os diâmetros, tanto interno quanto externo.
Entretanto, é um retentor atuado tanto por pressão quanto por compressão.
A pressão força o anel contra um lado do encaixe e para fora em ambos os diâmetros.
Assim, a vedação é positiva conta duas superfícies circulares e uma superfície plana. O
acréscimo de pressão significa maior força contra as superfícies de vedação, permitindo
reter pressões extremamente altas. Os anéis tipo “O” são usados principalmente em
aplicações estáticas.
Numa aplicação estática, isto não seria tão grave. Porém, a extrusão pode causar danos
acelerados numa aplicação dinâmica. Insto pode ser superado instalando-se um anel de
encosto rígido no encaixe do anel de borracha tipo “O”, no lado oposto da pressão.
Utilizam-se anéis de encosto em ambos os lados do anel tipo “O” quando a pressão atua,
alternadamente, nos dois lados do retentor.
• GAXETAS DE COMPRESSÃO
As gaxetas de compressão foram um dos primeiros dispositivos de vedação utilizados em
sistemas hidráulicos e são usadas em aplicações tanto estáticas quanto dinâmicas. Em
aplicações estáticas, as gaxetas estão sendo substituídas pelos anéis de borracha tipo “O”
ou então retentores torneados. A maioria das gaxetas em uso, presentemente, são moldadas
em forma de “U” ou “V”, e gaxetas múltiplas são usadas para tornar a vedação mais efetiva.
As gaxetas são comprimidas apertando-se um anel flangeado. Um ajuste muito preciso é
crítico, porque o aperto excessivo acelerará o desgaste. Em certas aplicações a gaxeta é
suportada por uma mola para manter a força correta e diminuir o desgaste.
• ANÉIS DE SEGMENTO
Os anéis de segmento são fabricados de ferro fundido ou aço, são altamente polidos e às
vezes cromados. Oferecem menor atrito ao movimento que o couro ou os retentores
sintéticos. São freqüentemente utilizados nos pistões de cilindros.
Um anel único não forma necessariamente uma vedação positiva. A vedação torna-se
mais positiva quando vários anéis são colocados lado a lado. São capazes de suportar
altas pressões.
• RETENTOR LABIAL
Este retentor é dinâmico de baixa pressão, usado principalmente para vedar eixos rotativos.
Um retentor típico de lábio consta de um receptáculo metálico estampado para suporte e
alinhamento de borracha sintética ou couro, formando um lábio que é encaixado no eixo.
Os retentores labiais são do tipo positivo. A vedação, até um certo ponto, é ajudada pela
pressão. A pressão, agindo no lábio (ou vácuo atrás dele), produz maior aderência deste
contra o eixo, produzindo a vedação adequada. A alta pressão não pode ser retida porque
o lábio não tem apoio. Em certas aplicações, a câmara que está sendo vedada altera sua
condição de pressão com a de vácuo. Retentores com dois lábios opostos são disponíveis
para essas aplicações, para impedir a entrada de ar ou sujeira, bem como para reter o
óleo.
BOMBAS HIDRÁULICAS
As bombas são utilizadas, nos circuitos hidráulicos, para converter energia mecânica em
energia hidráulica.
A ação mecânica cria um vácuo parcial na entrada da bomba, o que permite que a pressão
atmosférica force o fluido do tanque, através da linha de sucção, a penetrar na bomba. A
bomba passará o fluido para a abertura de descarga, forçando-o através do sistema
hidráulico.
• BOMBAS HIDRODINÂMICAS
São bombas de deslocamento não-positivo, usadas para transferir fluidos cuja única
resistência é a criada pelo peso do fluido e pelo atrito.
Essas bombas raramente são usadas em sistemas hidráulicos, porque seu poder de
deslocamento de fluido se reduz quando aumenta a resistência e também porque é possível
bloquear-se completamente seu pórtico de saída em pleno regime de funcionamento da
bomba.
• BOMBAS HIDROSTÁTICAS
São bombas de deslocamento positivo, que fornecem determinada quantidade de fluido a
cada rotação ou ciclo.
Como nas bombas hidrostáticas a saída do fluido independe da pressão, com exceção de
perdas e vazamentos. Praticamente todas as bombas necessárias para transmitir força
hidráulica em equipamento industrial, em máquina de construção e em aviação são do tipo
hidrostática. As bombas hidrostáticas produzem fluxos de forma pulsativa, porém sem
variação de pressão no sistema.
• ESPECIFICAÇÕES DE BOMBAS
As bombas são, geralmente, especificadas pela capacidade de pressão máxima de operação
e pelo seu deslocamento, em litros por minuto, em uma determinada rotação por minuto.
- Capacidade de fluxo - pode ser expressa pelo deslocamento ou pela saída, em litros
por minuto.
Se, por exemplo, uma bomba a 70 kg/cm² de pressão deve deslocar, teoricamente, 40
litros de fluido por minuto e desloca apenas 36 litros por minuto, sua eficiência volumétrica,
nessa pressão, é de 90%, como se observa aplicando os valores na fórmula:
• BOMBAS DE ENGRENAGENS
As bombas de engrenagens contêm rodas dentadas, sendo uma motriz, acionada pelo
eixo, a qual impulsiona a outra, existindo um jogo axial e radial tão reduzido que,
praticamente, é alcançada uma vedação à prova de óleo. No decorrer do movimento rotativo,
os vãos entre os dentes são liberados à medida que os dentes se desenganem. O fluido
provindo do reservatório chega a esses vãos e é conduzido do lado da sucção para o lado
da pressão. No lado da pressão, os dentes tornam a se engrenar e o fluido é expulso dos
vãos dos dentes. A engrenagem impede o refluxo do óleo para a câmara de sucção.
A bomba tipo rotor opera da mesma maneira que a bomba de engrenagem do tipo interno.
O rotor é girado por uma fonte externa (motor elétrico, motor diesel, etc.) e movimente um
rotor externo. Forma-se, então, câmaras de bombeamento entre os lóbulos do rotor. A
vedação em forma de mei-lua crescente não é usada neste caso, pois as pontas do rotor
interno fazem contato com o rotor externo para vedar as câmaras.
• BOMBAS DE PALHETAS
Nas bombas de palhetas, um rotor cilíndrico, com palhetas que se deslocam em rasgos
radiais, gira dentro de um corpo circular. Pela ação da força centrífuga, as palhetas tendem
a sair do rotor, fazendo então contato permanente com a face interna do corpo. A pressão
sob as palhetas as mantém contra o corpo. Esse sistema tem a vantagem de proporcionar
longa vida à bomba, pois as palhetas sempre mantêm contato com o corpo, mesmo se
houver desgastes nas extremidades das palhetas.
As palhetas dividem o espaço existente entre o corpo e o rotor em uma série de câmaras
que variam de tamanho de acordo com sua posição ao redor do corpo. A entrada da
bomba fica localizada em um ponto onde ocorre a expansão do tamanho da câmara em
função do sentido de rotação do rotor. O fluido penetra na bomba pelo vácuo gerado por
essa expansão e é, em seguida, transportado para a saída da bomba, onde as câmaras
reduzem seu tamanho, forçando o fluido para fora da bomba.
CILINDROS
A finalidade de um cilindro atuador é transformar a energia hidráulica em energia mecânica.
Um fluido separado sob pressão é transformado pelo atuador em força mecânica que, ao
deslocar-se, produz trabalho. Os cilindros são atuadores lineares. Por linear queremos
dizer que o trabalho de um cilindro é realizado em linha reta, usado em operações de
prender e prensar ou para movimentos de avanço rápido e lento.
• TIPOS DE CILINDRO
Os cilindros são classificados em simples ação e dupla ação. Os cilindros de simples ação
podem ser de haste sólida ou haste telescópica. Os cilindros de dupla ação podem ser
diferenciais ou de haste dupla não diferencial ou de haste dupla não-diferencial. Os cilindros
de haste telescópica também são encontrados em unidades de dupla ação.
É utilizado um cilindro telescópico quando o comprimento da camisa tem que ser menor
do que se pode conseguir com um cilindro-padrão. Pode-se usar de 4 a 5 estágios,
sendo a maioria de simples efeito, porém são também disponíveis unidades de dupla ação.
Os cilindros de haste dupla são usados onde é vantajoso se acoplar uma carga em cada
extremidade, ou então onde são necessárias velocidades iguais em ambos os sentidos.
São também considerados cilindros de dupla ação, porém são classificados como não-
diferenciais. Com as áreas iguais em cada lado do pistão, esses cilindros fornecem
velocidades e forças iguais em ambas as direções. Qualquer cilindro de dupla ação pode
se tornar em um de simples efeito, drenando-se o lado inativo para o tanque.
• COMPONENTES DE UM CILINDRO
As peças essenciais de um cilindro são: um tubo, um pistão, uma haste, tampas e retentores
adequados. Os tubos, geralmente, são de aço sem costura, retificado na parte interna. O
pistão, de ferro fundido ou de aço, incorpora retentores para reduzir vazamentos entre o
pistão e a parede do tubo.
A = π . d² = d² . 0,7854
4
Onde:
A = área
d = diâmetro
π = 3,1416
No movimento de retorno, a área da haste tem que ser levada em conta. Para se determinar
o volume em litros, multiplica-se a área em dm² pelo curso da haste em dm. A tabela abaixo
demonstra a variação dos efeitos de um cilindro quando se mudam o deslocamento, o
diâmetro ou a pressão. Os efeitos são válidos para uma carga constante.
Onde: P = F
A
VÁLVULAS DIRECIONAIS
• VÁLVULAS DE QUATRO VIAS TIPO CARRETEL
Na válvula direcional tipo carretel, um carretel cilíndrico desliza num furo no corpo da
válvula. Os pórticos, através de passagens fundidas ou usinadas no corpo da válvula, são
interligados através de canais (rebaixos) no carretel ou bloqueados pela parte “cheia”
cilíndrica do mesmo.
• RESERVATÓRIO
O reservatório ou tanque tem por finalidade básica armazenar e facilitar a manutenção do
fluido utilizado nos sistemas hidráulicos.
O reservatório pode ser projetado para cumprir várias funções, desde que não haja
problemas quanto à sua localização ou ao seu tamanho. Porém, é fundamental que o
reservatório apresente, no mínimo, as seguintes características:
• Ter espaço para separar o ar do fluido;
• Permitir que os contaminadores se assentem;
• Ajudar a dissipar o calor gerado pelo sistema;
• Facilitar a manutenção.
Na abertura para abastecimento do fluido, deve ser colocado uma tela filtrante para evitar
a contaminação do fluido.
O tampão para respiro deve ter um filtro de ar para manter a pressão atmosférica no
interior do reservatório, esteja ele cheio ou vazio. Em geral, quanto maior for a vazão, tanto
maior deve ser o respiro.
FILTROS E PENEIRAS
Estudos recentes mostraram que partículas micrônicas, cujas dimensões variam de 1 a 5
microns (um mícron é a milésima parte de um milímetro), tem efeitos degradantes que
provocam falhas no sistema hidráulico concorrendo, em muitos casos, para a aceleração
do processo de deterioração do óleo. Por essa razão, para se manter o fluido limpo em um
sistema, utilizam-se dispositivos como filtros, peneiras, plugues, etc.
Filtro é um dispositivo que tem a função de reter, por meio de material poroso (elemento
filtrante), os contaminadores insolúveis de um fluido.
Peneira é um dispositivo feito de arame (malha) que tem funções semelhantes às do filtro
Os plugues magnéticos são placas imantadas utilizadas para reter partículas de ferro e aço.
• SOLUÇÕES
a) Alguma ou todas as soluções seguintes:
- Substituir filtros sujos;
- Eliminar restrição do encanamento na entrada da bomba;
- Limpar o filtro do respiro do reservatório;
- Trocar o óleo;
- Verificar a rotação do motor;
- Revisar ou trocar a bomba de alimentação.
e) Revisar ou substituir.
• SOLUÇÕES
a) Alguma ou todas as soluções seguintes:
- Substituir filtros sujos;
- Eliminar restrição do encanamento na entrada da bomba;
- Limpar o filtro do respiro do reservatório;
- Trocar o óleo;
- Verificar a rotação do motor;
- Revisar ou trocar a bomba de alimentação.
e) Revisar ou substituir.
f) Substituir os filtros e o óleo se a sua viscosidade não for adequada; encher o reservatório
ao nível correto.
• SOLUÇÕES
a) Alguma ou todas as soluções seguintes:
- Substituir filtros sujos;
- Eliminar restrição do encanamento na entrada da bomba;
- Limpar o filtro do respiro do reservatório;
- Trocar o óleo;
- Verificar a rotação do motor;
- Revisar ou trocar a bomba de alimentação.
d) Ajustar.
e) Revisar.
• SOLUÇÕES
a) Substituir filtros sujos e o fluido.
d) Ajustar.
e) Revisar ou substituir.
• SOLUÇÕES
a) O fluido pode estar muito frio ou, então, deve ser substituído por óleo com viscosidade
correta.
c) Revisar ou substituir.
d) Lubrificar.
SISTEMA HIDRÁULICO
O sistema hidráulico das empilhadeiras em geral têm os seguintes componentes:
reservatório, bomba hidráulica, unidade de controle direcional, válvula de controle principal,
cilindros de levantamento, cilindros de inclinação, ciclindro direcional, filtro e respiro.
Seção de Levantamento
Seção de Levantamento
Seção de Inclinação
Quando movimentamos o carretel para inclinar para trás, o0 carretel bloqueia a passagem
central e começa a alimentar através da válvula de retenção o lado da haste dos cilindros.
A válvula de retenção evita a movimentação da carga até que a bomba reúna os requisitos
de fluxo e pressão suficientes para levantar a carga. Quando movimentamos o carretel
para inclinar para frente, o carretel bloqueia a passagem central e começa a alimentar
através da válvula de retenção o lado da cabeça dos cilindros. Caso o peso da carga force
a torre para frente, a bomba não seria suficiente para reunir instantaneamente o fluxo para
o deslocamento dos cilindros de inclinação. Isto produziria o efeito de cavitação no siste-
ma. Para que isto não ocorra, existe uma válvula de controle de inclinação interna ao
carretel de inclinação. Esta válvula assegura que o óleo do lado da haste só retorne quan-
do houver uma pressão de 80 psi no circuito de alimentação (bomba).
• VÁLVULA DE ALÍVIO
Existem duas válvulas de alívio (levantamento e inclinação) no sistema hidráulico. A válvu-
la de alívio de inclinação também controla a pressão máxima do circuito auxiliar de
implementos.
1 – tomada de pressão
2 – válvula de alívio primária
3 – válvula de alívio secundária
• CILINDROS DE INCLINAÇÃO
Remoção
Cuidado! Antes de remover os cilindros de inclinação, incline a torre para frente. Use uma
corrente para manter a torre fixada ao chassi.
Após a instalação, verifique o curso dos cilindros inclinando a torre várias vezes para frente
e para trás. Ambos os cilindros devem parar ao mesmo tempo. Ajuste as extremidades das
hastes conforme a dimensão “A” da figura seguinte. Certifique-se de que a torre não está
torcendo quando acionada.
• VERIFICAÇÃO DE VAZAMENTOS
Cilindros de Levantamento
1. Opere o sistema hidráulico várias vezes para fazer com que o óleo aqueça. Verifique a
presença de vazamentos. Durante este procedimento não se coloque sob os e não tente
detectar vazamentos colocando as mãos nos componentes sob pressão.
2. Levante o carro transportador (com carga) a um metro acima do solo. Caso ocorra uma
queda quando a válvula de controle estiver em neutro, existem vazamentos nos sistema
hidráulico. Se o óleo estiver a uma temperatura de 30°C, a queda máxima é de 50 mm
em 10 minutos. Se o óleo estiver a uma temperatura de 70°C, a queda máxima é de 150mm
em 10 minutos.
3. O vazamento pode ser nos cilindros ou na válvula de controle. Para podermos detectar o
local, instalamos um registro na linha de suprimento entre a válvula de controle e a torre.
Com uma carga nos garfos, levante-a um metro do solo. Feche o registro. Se houver
queda fica provado que há um vazamento no reparo dos cilindros. Se não houver queda
(com o registro fechado), o vazamento é pela válvula de controle.
Cilindros de Inclinação
1. Coloque uma carga nos garfos. Lentamente incline a torre para frente. Se a torre continuar
a inclinar lentamente avante, mesmo quando a válvula estiver em neutro, existe um
vazamento nos cilindros ou na válvula de controle.
2. A queda máxima permitida com o óleo a 30°C é de 13 mm em 10 minutos (medido na
haste do cilindro de inclinação). Se o óleo estiver em 70°C, a queda máxima é de 39 mm
em 10 minutos.
3. Para detectar o local do vazamento instale um registro entre a entrada na dianteira do
cilindro e a linha hidráulica. Com uma carga nos garfos, feche o registro.
4. Se a torre continuar caindo avante, fica provado que há um vazamento no reparo dos
cilindros. Se não houver queda avante (com o registro fechado), o vazamento é pela
válvula de controle.
• OPERAÇÃO DO SISTEMA
As ilustrações e a descrição de operação das unisades HGA e HGB demonstram o
funcionamento do sistema para utilização da potência hidráulica gerada pela bomba acionada
pelo motor do veículo.
O funcionamento satisfatório deste sistema requer projetos específicos para os vários tipos
de veículos e seus diferentes trabalhos.
A TRW Gemmer Thompson está perfeitamente apta a fornecer todo a assistência técnica
necessária para a análise, determinação e instalação da unidade hidrostática ideal – para
quaisquer casos – bem como informar a capacidade requerida pela bomba, as dimensões
do cilindro e o circuito mais adequado.
A função da secção de controle é dirigir o fluido para o lado adequado do cilindro de direção
através da secção dosadora, bem como a de regular a pressão fornecida ao cilindro. A
válvula é provida de câmaras exclusivas de pressão que asseguram a efetiva vedação do
circuito.
Secção Dosadora
A função da secção dosadora é medir o volume de óleo enviado para o cilindro mantendo
a relação entre o giro do volante e o esterçamento das rodas. A secção dosadora ainda
apresenta uma função adicional, atuando como bomba manual no caso de a bomba do
sistema acionada pelo motor tornar-se inoperante, possibilitando o esterçamento manual
das rodas do veículo.
Centro Fechado
Nas unidades hidrostáticas de centro fechado o óleo proveniente da bomba, que flui para a
unidade, é bloqueado no bocal de entrada quando a unidade não está operando. As unidades
de centro fechado mantém, desta forma, uma alta pressão no bocal de entrada que poderpá
ser utilizada para manobras rápidas ou acionamento de um implemento.
A unidade de cilindro fechado possibilirta ao operador fixar uma trajetória e soltar o volante
de direção para manipuilar outros controles.
Saída de Potência
Característica opcional para as unidades hidrostáticas de direção que economiza potência
e reduz o custo do sistema. O quinto bocal permite o suprimento de óleo da unidade
hidrostática de centro aberto para outros sistemas (implementos) com prioridade para a
direção.
A rotação inicial do volante gira a árvore de entrada, a qual tende a girar a árvore de ligação
e o elemento dosador através da barra de torção. A rotação do elemento dosador e do
carretel – acoplados por meio da árvore de ligação – é resistida pela pressão do cilindro
requerida para sobrepujar os esforços de direção, evitando-se, assim, a rotação da
extremidade inferior da barra de troção. A árvore de entrada gira a extremidade superior da
barra de torção e desloca axialmente o carretel através de uma esfera presa ao mesmo e
que corre sobre uma ranhura helicoidal da árvore de entrada.
O elemento dosador atua como uma bomba manual. O fluxo de retorno do outro lado do
cilindro é canalizado através de uma válvula de recirculação para o lado de admissão do
elemento dosador, via comutador, ao invés de retornar ao reservatório.
1 - Porca do volante
2 - Vedador anti-pó
3 - Anel elástico
4 - Espaçador de vedação
5 - Anel vedador
6 - Vedador
7 - Parafusos
8 - Tampa superior
9 – Anel vedador
10 - Calços
11 - Anel elástico
12 - Arruela de encosto
13 - Rolamento de encosto
14 - Arruela de encosto
15 - Arruela ondulada
16 - Espaçador
17 - Árvore de entrada
18 - Pino
19 - Anel piloto
20 - Espaçador
21 - Barra de torção
22 - Pino
23 - Carretel
24 - Esfera
25 - Mola
26 - Carcaça
27 - Esfera
28 - Anel “O”
29 - Bujão tampão
30 - Espaçador
31 - Árvore de ligação
32 - Conjunto rotor
32A - Estator
32B - Rotor
32C - Mola
32D - Palheta
33 - Coletor
34 - Anel comutador
35 - Luva protetora
37 - Vedador do rotor
38 - Arruela plana
39 - Tampa inferior
40 - Parafusos
2. Para evitar danos à unidade, não fixa-la na morsa diretamente pelo corpo. Utilize uma
conexão rosqueada em um dos orifícios e prenda-a na morsa de maneira que a unidade
fique com a tampa inferior (39) voltada para cima.
4. Remova a tampa inferior (39) batendo lateralmente à mesma com um martelo macio
(fibra) para soltá-la do vedador do rotor (37) e da luva protetora (36).
OBSERVAÇÃO
O pino na face interna da tampa é fixado à pressão e não deve ser removido.
5. Remova o vedador do rotor (37) e a luva protetora (36) batendo lateralmente à luva com
um martelo macio (fibra) para solta-la do corpo da unidade.
9. Remova em conjunto o conjunto rotor (32), espaçador (30) e a árvore de ligação (31).
10. Separe a árvore de ligação (31) do conjunto da operação “9”, deslizando o conjunto
rotor (32) sobre o espaçador (30) para permitir que os dentes da árvore de ligação
passem pelo furo central do espaçador. Em seguida separe o conjunto rotor do espaçador.
OBSERVAÇÃO
O conjunto rotor deverá ser manuseado pressionando o rotor (32B) contra o estator (32A)
para evitar que os mesmos se desacoplem.
No caso de unidades que possuem palhetas no conjunto rotor, o mesmo deverá ser
manuseado com cuidado, evitando que as molas (32C) e as palhetas (32D) se soltem.
4A. Remova a tampa inferior com auxílio de uma chave de fenda, inserindo-a entre a
tampa e a luva protetora.
6A. Remova o anel comutador e coletor utilizando dois dos parafusos de fixação da tampa
inferior como pinça.
8A. Remova a luva protetora com auxílio de uma chave de fenda, inserindo-a entre a luva
e a carcaça da unidade.
11. Inverta a posição da unidade hidrostática fixando-a na morsa com a árvore de entrada
voltada para cima. Em seguida marque com um punção a posição da tampa superior
(8) em relação à carcaça (26) para facilitar a remontagem.
13. Puxe levemente a árvore de entrada (17) para fora removendo-a juntamente com a
tampa superior (8) e o carretel (23).
15. Remova a tampa superior (8) com o pacote de vedação – itens *3) até (6) – do conjunto
da operação 13.
16. Remova os calços (10) da cavidade inferior da tampa superior ou da face da arruela de
encosto (12). Conte e marque o número de calços.
17. Remova o anel elástico (3) , o espaçador de vedação (4), o vedador (6) e o anel do
vedador (5) da tampa superior.
18. Remova o anel elástico (11), a arruela de encosto (12), o rolamento de encosto (13), a
arruela de encosto (14) e a arruela ondulada (15) da árvore de entrada (17).
19. Remova o pino (18) utilizando um punção saca-pinos com diâmetro máximo de 0,120"
e comprimento mínimo de 0,625". A árvore de entrada deverá ser apoiada em um
bloco de madeira e o pino removido com leves batidas de martelo.
20. Remova a barra de torção (21) e o espaçador (20) invertendo o conjunto carretel para
que as peças caiam livremente.
OBSERVAÇÃO
O pino da barra de torção não deverá ser removido.
21. Remova o anel piloto (19) apoiando a extremidade livre do carretel na bancada e
girando a árvore de entrada entre os extremos de trabalho até que o anel piloto caia
livremente.
22. Com o conjunto carretel na mesma posição da operação anterior, girar a árvore de
entrada no sentido horário até o desalojamento da esfera (24) do canal helicoidal. Em
seguida remova a árvore de entrada.
Nota: Não remover a mola retentora da esfera (25), a não ser que a troca da mesma seja
necessária.
1. Carcaça (26)
- Inspecione o furo interno e as faces.
2. Carretel (26)
- Inspecione o diâmetro externo. Algum brunimento devido ao uso pode ser observado.
- Inspecione as bordas dos canais de controle.
- Inspecione o estriado.
7. Os componentes a seguir podem apresentar uma área de contato polida devido a ação
do rotor e do movimento circular do comutador.
As faces destes componentes são retificadas e lapidadas e devem estar livres de riscos,
batidas e rebarbas.
- Espaçador (30)
- Coletor (33)
- Rotor (32B)
- Comutador (35)
Notas: A diferença de espessura entre o comutador (35) e o anel comutador (34) não deve
exceder a 0,0015". O conjunto rotor requer especial atenção no manuseio para evitar batidas
e riscos e é recomendado que o rotor (32B), estator (32A), palhetas (32D) e molas (32C)
sejam verificados com o conjunto rotor (32) montado. Para inspecionar o conjunto rotor
coloque-o apoiado na face interna da tampa inferior (39). Verifique a liberdade de rotação
do rotor dentro do estator. A ação das palhetas precionadas pelas molas pode ser observada
durante a rotação, devendo as mesmas mover-se livremente em seus alojamentos. Usando
um calibrador de folgas, verificar a folga entre o rotor e o estator.
Se a folga encontrada for maior que 0,006" o conjunto rotor (32) deve ser substituído.
Remova cuidadosamente o conjunto rotor da tampa inferior (39) e meça a diferença de
espessura entre o rotor e o estator. A diferença de espessura deve seguir a tabela abaixo:
Montagem
Importante: Antes de iniciar a montagem, limpar todos os componentes em solvente, limpo,
à base de petróleo, e secá-los com jato de ar seco (nunca secá-los com pano ou estopa).
Os componentes limpos e secos deverão ser colocados sobre uma bancada bem limpa e
de preferência forrada com papel de embrulho limpo.
1. Fixe, da mesma maneira feita na desmontagem, a carcaça (26) na morsa com a face
de montagem da tampa superior voltada para cima.
2. Monte a árvore de entrada (17), a arruela de encosto (14), o rolamento de encosto (13),
a arruela de encosto (12) e o anel elástico (11).
4. Monte a arruela ondulada (15) sobre a arruela de encosto (14) e introduza a árvore de
entrada (17) dentro do carretel, engrenando a hélice do mesmo com a esfera em um
movimento no sentido anti-horário. Esta operação é mais facilmente executada mantendo
o carretel em posição horizontal.
5. Use a secção média da barra de torção (21) como um caloibrador entre a extremidade
do carretel e a arruela de encosto (14), e coloque o conjunto árvore de entrada e carretel
em posição vertical com a extremidade da árvore de entrada apoiada na bancada.
6. Monte o anel piloto (19) pela extremidade livre do carretel (23), alinhando visualmente
os dentes internos do anel piloto com os dentes da árvore de entrada. Se não ocorrer o
engrenamento, girar levemente a árvore de entrada. Em seguida remova a barra de
torção usada como calibrador.
7. Instale o espaçador (20) na barra de torção (21) e monte o conjunto assim formado pela
extremidade do carretel (23).
8. Alinhe o furo transversal da barra de torção (21) com o furo transversal da árvore de
entrada (17) e introduza no furo o punção saca-pinos de diâmetro 0,120" para manter o
alinhamento.
9. Introduza, por meio de leves batidas, o pino (18) à medida em que o punção saca-pinos
é retirado.
10. Apóie a árvore de entrada em um soquete-guia e complete, com a ajuda de uma prensa,
a introdução do pino (18) até que o mesmo fique 1/32" abaixo do diâmetro externo da
árvore.
11. Coloque o espaçador (16) pela extremidade livre do carretel e introduza o conjunto na
carcaça (26).
12. Instale os calços (10) sobre a arruela de encosto (12) já montada na árvore de entrada.
13. Instale o anel de vedação (9) na tampa superior (8). Em seguida monte a tampa superior
posicionando-a de acordo com as marcas de punção feitas por ocasião da desmontagem.
14. Centralize a tampa superior com a carcaça, utilizando uma abraçadeira apoiada
envolvendo as duas peças. Em seguida recoloque os parafusos (7) e aperte-os com
um torque de 18 – 22 lb.ft..
15. Reposicione a unidade hidrostática na morsa para que ela fique com a face de montagem
da tampa inferior voltada para cima. Puxe, sem girar, a árvore de entrada e engrene a
árvore de ligação (31) com o estriado interno do carretel.
16. Gire a árvore de ligação (31) até que a extremidade do carretl fique nivelada com a face
da carcaça (26). Em seguida remova a árvore de ligação e recoloque-a orientando o
rasgo de engate da mesma com o pino da barra de torção.
16A. Na unidade HGB instale um novo anel vedador e a esfera com diâmetro 13/16".
17. Rosqueie dois pinos guia em dois furos diametralmente opostos da face da carcaça.
OBSERVAÇÃO
Os pinos guia poderão ser obtidos cortando a cabeça de dois parafusos (39), porém, estes
serão posteriormente inutilizados.
18. Instale o espaçador (30) com a face plana voltada para cima.
19. Instale o conjunto rotor (32) sobre o espaçador (30) observando que as molas das
palhetas estejam perfeitamente embutidas nos rasgos do rotor.
20. Instale o coletor (33) sobre o conjunto rotor, observando que a face contendo rasgos
circulares fique voltada para cima.
21. Instale o anel comutador (34) sobre o coletor, observando que a face contendo um
rasgo fique voltada para baixo.
22A. Na unidade HGB aplique um pouco de graxa nas extremidades da luva protetora e
instale-a junto à carcaça da unidade.
OBSERVAÇÃO
O outro anel de vedação deverá ser instalado na tampa inferior (diâmetro menor).
23. Instale o comutador (35) encaixando o furo oblongo na extremidade da árvore de ligação
(31), observando que a face contendo a parte central rebaixada fique voltada para
cima.
24. Aplique um pouco de graxa na arruela plana (38) e instale-a no pino central da tampa
inferior (39). Em seguida, cuidadosamente, instale a tampa inferior sobre o vedador do
rotor (37).
25. Instale os 5 parafusos (40) dando um leve aperto com os dedos. Remova os dois pinos
guia e instale os outros dois parafusos (40) apertando-os levemente com os dedos. Em
seguida, alternada e progressivamente, aperte os parafusos (40) até um torque de 15
– 19 lb.ft..
26. Reposicione a unidade hidrostática na morsa com a árvore de entrada voltada para
cima e instale um novo vedador (6) e anel vedador (5).
27. Instale um novo espaçador de vedação (4) com a extremidade de diâmetro externo
menor voltada para dentro. Em seguyida, com a ajuda de um tubo de diâmetro externo
13/16" e diâmetro interno 15/16", force o conjunto de peças instaladas nas operação
26 e 27 para a sua posição.
TESTES HIDRÁULICOS
É de dever do reparador verificar se o produto por ele reparado segue os padões de trabalho
estabelecidos pelo fabricante realizando alguns testes de performance com auxílio de uma
bancada hidráulica.
Obs.: Direções hidrostáticas com válvula de alívio incorporada devem ser testadas com pressão de 1500 psi.
- Óleo: Glide (Esso) com - Fechar válvula 12.2 e regular Obs.: Antes do início dos testes,
viscosidade de 50 SSU a válvula de alívio geral (13) toda unidade deverá sofrer limpeza
para 2000 psi (obs.), através externa, bem como, esvaziamento
- Unidade hidrostática do manônmetro (14) do fluido interno da mesma, visan-
desconectada do circuito do evitar possíveis contaminações
hidráulico - Abrir a válvula 12.2, regular do fluido presente na bancada de
a vazão da válvula (10) para teste
Regulagem da
- Válvula 12.1 fechada 8 gpm (17)
bancada
- Conectar todos os engates rápi-
- Fechar a válvula 12.2 e conectar dos nos pórticos da unidade
os engates de cilindro (C) e (D)
alternadamente com o engate de
pressão (A) ajustando, dessa
forma, os alívios de cilindro (P1)
e (P2) para 1000 psi (13/14)
- Pressão = 2000 psi (14) - Conectar os engates (A) e (B) - Obstrução hidráulica (sujeira) no
pressão e retorno com os circuito da bancada ou unidade
- Válvula 12.1 = fechada respectivos pórticos da unidade hidrostática
(in) e (out)
- Montagem incorreta de peças da
- Fechar a válvula 12.2 unidade
Obs.: Direções hidrostáticas com válvula de alívio incorporada, a pressão de regulagem da bancada deve ser de 1500 psi.
- Vazão = 8 gpm (17) - Limpar os “pontos críticos” da - Pontos críticos: vedador do eixo
unidade de entrada, tampa inferior, luva
- Pressão = 2000 psi (14) protetora, tampa superior, carcaça,
- Engates (A) e (B) conectados parafusos da tampa inferior,
- Válvula 12.1 = fechada com os pórticos (in) e (out) da carcaça (fundido), conexões e
unidade pórticos
Vazamentos
externos - Fechar a válvula 12.2 e acionar
a árvore para ambos os lados
alternadamente, durante dez
segundos, observando que a
pressão suba até alívio (2000 psi)
verificando sinais de vazamentos
externos
- Vazão = 4 gpm - HGA (17) - Engates (A) e (B) conectados - Desalinhamento entre tampa/
8 gpm - HGB com os pórticos (in) e (out) da carcaça. Danos entre serrilhado
unidade do carretel e árvore de ligação
- Pressão = 2000 psi (14)
- Fechar a válvula 12.2 e acionar - Irregularidades no canal da
- Válvula 12.1 = fechada eixo de entrada com torque de árvore de entrada
72 lbs x in (torquímetro). Ao
Agarramento - Manômetro auxiliar na soltar a árvore de entrada, a - Torque excessivo nos parafusos
da válvula linha de pressão (A) mesma deverá voltar rapidamente das tampas
para a posição neutra e a
pressão deve cair de 2000 psi - Carcaça e carretel com ajuste
para 200 psi no máximo em três excessivo (acasalados)
segundos. Esta leitura é feita no
manômetro auxiliar - Vedador com torque excessivo
sobre a árvore de entrada
- Repetir o teste no sentido inverso
- Vazão = 8 gpm (17) - Engates (A) e (B) conectados - Tolerâncias excessivas: conunto
com os pórticos (in) e (out) da rotor, conjunto comutador,
- Pressão = 2000 psi (14) unidade espessura das palhetas ou molas
- Válvula 12.1 = fechada - Fechar a válvula 12.2 e aplicar - Mau funcionamento da válvula
um torque de 72 lbs x in na árvore (esferas) de retenção manual;
de entrada. A mesma não deve torque de parafusos insuficientes
Vazamento por
girar 1/4 em menos de 15 seg
escorregamento
(HGA) e 30 seg (HGB) - Luva protetora fora do
especificado
- Falta de planicidade ou
paralelismo no conjunto rotor,
conjunto comutador e coletor
espaçador
- Vazão = 8 gpm (17) - Conectar os engates (A) com o - Folga excessiva entre carcaça e
pórtico (in) e pórtico (out) com carretel
- Pressão = 2000 psi (14) válvula 12.3
- Válvula de retenção (feijão) com
- Pressão = pressão de - Válvulas 12.2 e 12.3 abertas vedação deficiente, suja ou com
alívio molas defeituosas, se:
- Acionando a árvore de entrada • vazamento horário - válvula do
com torque de 72 lbs x in, feche lado do rotor
a válvula 12.2 observando a • vazamento anti-horário - válvula
Vazamento
subida de pressão (14). Feche oposta
interno
paulatinamente a válvula 12.3 • vazamento em ambos os sentidos
fazendo a leitura do vazamento - má vedação na válvula de
interno (16) retenção manual (esfera)
Máximo HGA = 1,2 gpm
Máximo HGB = 1,5 gpm - Carretel defeituoso (correções
amassadas ou deformadas)
- Repetir o teste em ambos os
sentidos - Porosidade ou defeitos de fundição
da carcaça
- Vazão = 8 gpm (17) - Conectar engates (A), (B), (C) e - Torque dos parafusos irregular
(D) com pórticos (in), (out), (esq)
- Pressão = 2000 psi (14) e (dir) da unidade - Carretel danificado (correções
amassadas)
- Válvula 12.1 = fechada - Fechar a válvula 12.2 girando a
árvore de entrada para ambos os - Desalinhamento entre tampa/
lados com auxílio do torquímetro carcaça
Torque de entrada
com aproximadamente 10 rpm e
e pressão
observar: o movimento de rotação - Descentralização do carretel por
deve ser regular, sem picos de colocação errada de calços
torque ou trancos; a pressão
deve se manter (14) - Interferência entre anel de arrasto
aproximadamente 1000 psi e carretel, guias de eixo
durante os ciclos, torque máximo
para ambos os lados = 40 lbs x - Pino da barra de torção
in e diferença máxima (esq/dir) = danificado, irregular
4 lbs x in
- Conjunto rotor ou comutador fora
das tolerâncias
- Vazão = 3,6 gpm (17) - Engates (A) e (B) conectados - Assento da haste da válvula
aos pórticos (in) e (out) da danificado
- Pressão = 0 psi (14) unidade
- Mola com carga irregular
- Válvula 12.1 = fechada - Aplicar um torque no eixo de
entrada restringindo - Quantidade de caiços incorreta
Regulagem da - Manômetro auxiliar na (aumentando) simultaneamente,
válvula de alívio linha (A) de pressão a pressão geral (14) da bancada - Obstrução da passagem hidráulica
e observe o valor obtido no para válvula de alívio
manômetro auxiliar, se a pressão
estiver abaixo dos valores
especificados para pressão de
alívio, acrescente calços, e se
estiver acima retire os calços
EIXO TRASEIRO
É composto basicamente por um quadro, uma bandeja, duas barras de direção, duas mangas
de eixo e dois cubos de roda. Lembramos que existem outros modelos de eixo traseiro,
porém usaremos um como exemplo.
Quando o operador gira o volante para um dos lados, a coluna de direção, que está ligada
à caixa de direção, acompanha este movimento. Internamente a caixa de direção (no caso
hidrostática) permite o fluxo de óleo para um cilindro. Este cilindro, através de sua haste, irá
fazer com que a bandeja gire para um dos lados, deslocando assim as barras de direção e
por sua vez as mangas de eixo e os seus respectivos cubos. As rodas estando presas aos
cubos irão direcionar a empilhadeira.
DESMONTAGEM
Antes da desmontagem é importante parar a empilhadeira em um lugar plano, acionar o
freio de estacionamento, calçar as rodas dianteiras e engatar uma marcha.
Remover o terminal de direção que está ligado à haste do cilindro da bandeja e marcar os
mancais de fixação para evitar erros na montagem.
Sacar os terminais das mangas, os pinos travas dos pinos das mangas, os próprios pinos
e as respectivas mangas.
Com uma ferramenta adequada retirar os rolamentos dos pinos das mangas.
INSPEÇÃO
Limpe e inspecione todos os componentes, substituindo os defeituosos.
Manga de eixo: desgaste nos alojamentos das pistas dos rolamentos, irregularidades na
rosca e trincas. Deformidade no alojamento cônico do terminal.
Pino mestre e pino da bandeja: desgaste nas extremidades que estão em contato com os
rolamentos.
Cubos: desgaste nos alojamentos das pistas dos rolamentos e nos furos de fixação dos
parafusos.
MONTAGEM
Limpar bem as peças a serem montadas e aplicar lubrificante quando necessário.
Instalar os rolamentos dos pinos mestres, as mangas de eixo com seus respectivos
rolamentos de apoio fazendo o ajuste adequado.
Instalar o eixo traseiro na empilhadeira fazendo o controle da folga axial. Apertar as rodas
e por a empilhadeira no chão.
FREIO HIDRÁULICO
A FUNÇÃO DO FREIO
O freio pára a roda e o piso pára o carro. Quando um veículo se movimenta, suas rodas
giram. Por incrível que pareça, a função do freio não é fazer o carro parar, e sim diminuir a
rotação da roda até fazê-la parar de girar. Suponha que um carro tenha os freios funcionando
perfeitamente mas esteja com os pneus carecas e trafegando numa pista molhada.
Acionando os freios podemos garantir que a roda vai diminuir a sua rotação até parar de
girar. Mas não podemos garantir que o carro vai parar conforme o desejado.
RECOMENDAÇÕES
Ao examinar os freios de um veículo, deve-se:
• Verificar todos os itens de segurança.
• Trocar todas as peças que não estiverem em perfeitas condições. Não usar peças
duvidosas.
• Não fazer quebra-galhos.
• Alertar aquele que vai usar o veículo dos problemas que podem diminuir a eficiência da
frenagem, como por exemplo os pneus carecas.
FREIO A TAMBOR
Já sabemos que a função do freio é parar a roda. Para isso há necessidade de uma força
oposta a rotação da roda.
rotação
movimento
Essa força oposta é conseguida pelo atrito entre duas peças. Vejamos como isso é possível:
Imagine um tambor vazio rolando. Ele poderia ser freado por um dispositivo que aplicasse
uma força na parede interna do tambor. É claro que o dispositivo teria que estar fixo, se não
acabaria rolando junto com o tambor. Daí se conclui que o freio é constituído de duas
partes: uma que gira junto com a roda (que no caso do freio a tambor é o próprio tambor) e
uma fixa ao veículo (que no caso do freio a tambor são as sapatas).
O freio a tambor é basicamente composto das seguintes peças: tambor de freio, sapatas e
espelho.
O pneu, a roda e o tambor são peças que giram juntas, enquanto que as sapatas e o
espelho são peças fixas ao chassis.
O tambor está preso à roda e gira junto com ela. No interior do tambor estão as sapatas, as
quais estão fixas ao espelho e portanto ao veículo. Essas sapatas são recobertas de um
material adequado para aumentar o atrito (lonas). Quando o freio é acionado as sapatas
são comprimidas contra o tambor. O atrito entre as peças causa diminuição da rotação das
rodas.
sapata sapata
secundária primária
cilindro de roda
com 2 pistões
pino de ajuste
Também no freio duo-servo, o tambor tenta arrastar as sapatas junto com ele, quando
acionado.
Neste tipo de freio a força devida ao arrasto é transmitida à sapata secundária pela ligação
mecânica entre as sapatas. Isto causa uma atuação maior da sapata secundária.
ACIONAMENTO DE SAPATAS
Sabemos que as sapatas devem ser comprimidas contra o tambor. Isso exige uma força
agindo sobre elas. Podemos conseguir essa força através de um dos seguintes dispositivos:
cilindro de roda, câmara pneumática e câmara de freio-mola. Como estamos tratando
somente dos freios hidráulicos, estudaremos a seguir somente o cilindro de roda.
• CILINDRO DE RODA
Os cilindros de roda são basicamente constituídos de:
- êmbolo (dependendo do tipo de cilindro de roda pode haver um ou dois êmbolos);
- mola interna;
- capas protetoras;
- gaxetas.
sapatas
superfície de
atrito do tambor
Quando o freio deixa de atuar, a mola de retorno das sapatas traz os êmbolos para a
posição inicial, forçando o excesso de fluido a retornar. As capas protetoras impedem a
entrada de pó. As gaxetas impedem o vazamento.
16
17
1. Carcaça
2. Bujão de apoio para reservatório
3. Capa de proteção
18 4. Anel de retenção
5. Arruela de encosto
1 6. Gaxeta secundária
12 2 7. Pistão
13
8. Arruela de apoio
11 9. Gaxeta primária
10 9 10. Arruela de escora
11. Mola de pressão
8 12. Válvula de pressão residual
13. Jogo completo
6 14. Reservatório
7 5
15. Tampa
4 16. Arruela de vedação
17. Filtro
3 18. Indicador de luz de freio
Quando o pedal do freio não está acionado, dizemos que o sistema está em repouso. Todo
o sistema está cheio de líquido numa pressão aproximadamente igual à pressão atmosférica.
Tudo se passa como se fosse um recipiente totalmente cheio de um líquido. Observe que
o líquido passa do reservatório para o sistema através do furo de compensação. Observe
também que o respiro impede a formação de vácuo no caso do nível de líquido baixar.
respiro
furo de
compensação
gaxeta
Quando o pedal do freio é acionado, o êmbolo é empurrado. A gaxeta primária veda o furo
de compensação. O líquido contido na região entre o cilindro mestre e as rodas é
pressurizado. O líquido pressurizado aciona os cilindros das rodas.
OBSERVE QUE:
• na câmara em frente da gaxeta primária o fluido está pressurizado;
• na câmara atrás da gaxeta primária o fluido está na pressão atmosférica, pois este está
em contato com o reservatório, através do furo de alimentação. Por isso a gaxeta primária
é forçada para trás. A função da arruela protetora é proteger a gaxeta primária para que
esta não seja danificada.
furo de
alimentação líquido
pressurizado
gaxeta
pressão
atmosférica
Quando o pedal do freio é desaplicado, a força não age mais sobre o êmbolo. Logo, o
êmbolo é empurrado para trás pela pressão hidráulica do circuito e pela mola de retorno. À
medida que o êmbolo do cilindro mestre se movimenta para trás, a pressão no circuito
diminui. Isso permite que as molas de retorno das sapatas empurrem de volta os êmbolos
dos cilindros de roda. A volta dos êmbolos dos cilindros de roda causa o retorno do fluido
para o cilindro mestre.
Para entender melhor o que foi explicado, imagine que se pretenda retirar o líquido de um
recipiente utilizando uma seringa. O furo da agulha sendo pequeno oferece uma dificuldade
para o líquido entrar dentro da seringa. Em conseqüência, se o êmbolo é puxado
rapidamente, a pressão no interior da seringa diminui. É por isso que o êmbolo fica duro. A
pressão externa (atmosférica) fica maior que a interna, dificultando o movimento do êmbolo.
Voltando ao cilindro mestre, sabemos então que, em seu retorno, a pressão na câmara
anterior se torna maior que na posterior. Essa diferença de pressão faz com que o Iíquido
atravesse por um orifício no êmbolo, flexione a gaxeta primária, e passe para a câmara à
frente do êmbolo.
gaxeta
reservatório
vedador externo
gaxeta
mola principal
vedador interno
Imediatamente após o freio ser desaplicado, a pressão do circuito hidráulico é maior que a
pressão no interior da válvula.
O processo continua até que a diferença de pressões não seja suficiente para vencer a
mola principal.
• CILINDRO DE RODA
Recebe pressão hidráulica para acionar as sapatas do freio a tambor, freando assim as
rodas do veículo.
PROBLEMA
Vazamento de fluido de freio
COMO CORRIGIR • Substituir cilindro ou reparo interno quando não houver corrosão.
PROBLEMA
Travamento dos êmbolos internos
COMO CORRIGIR • Substituir cilindro ou reparo interno quando não houver corrosão.
Cuidados
• Substituir o fluido de freio a cada 10.000Km ou anualmente.
• Na substituição do reparo, não usar lixas, use apenas esponja de aço fina.
• Nunca utilizar gasolina, diesel, querosene ou qualquer outro derivado de petróleo para a
limpeza dos componentes.
• Este equipamento não deve ser eliminado do sistema ou sofrer qualquer outra operação
que altere as características originais do veículo.
• CILINDRO MESTRE
Gera a pressão hidráulica necessária para que os freios atuem nas rodas.
PROBLEMA
Vazamento interno ou externo de fluido de freio
COMO CORRIGIR • Substituir o cilindro mestre ou seu reparo quando não houver corrosão.
PROBLEMA
Travamento dos êmbolos internos
COMO CORRIGIR • Substituir o cilindro mestre ou seu reparo quando não houver corrosão.
PROBLEMA
Furo interno de compensação obstruído
Cuidados
• Substituir o fluido de freio a cada 10.000Km ou anualmente.
• Na substituição do reparo, não usar lixas, use apenas esponja de aço fina.
• Nunca utilizar gasolina, diesel, querosene ou qualquer outro derivado de petróleo para a
limpeza dos componentes.
• Este equipamento não deve ser embuchado, brunido ou sofrer qualquer outra operação
que altere suas características originais.
• FLUIDO DE FREIO
Transmite integralmente a pressão hidráulica gerada pelo cilindro mestre ao sistema de
freio.
PROBLEMA
Presença de água
PROBLEMA
Baixo ponto de ebulição
• Fluido de má qualidade.
CAUSAS
• Fluido contaminado com água.
PROBLEMA
Viscosidade irregular
PROBLEMA
Bolhas de ar no sistema de freio
PROBLEMA
Incompatibilidade com outros materiais do sistema
Cuidados
• Utilizar fluido que atenda rigorosamente as normas nacionais e internacionais.
• Substituir o fluido de freio a cada 10.000Km ou anualmente.
• Evitar contaminação com água nas operações de lavagem, troca de fluido, etc.
• Manter a embalagem sempre fechada e em ambiente seco.
• Não reutilizar fluido que já tenha circulado pelo sistema de freio.
COMPATIBILIDADE
Sedimentação a 80°C (vol. % máx.) 0,05 0,05 0,05 0,05
RESISTÊNCIA À OXIDAÇÃO
mg/cm2, máx.
Alumínio 0,05 0,05 0,05 0,05
Ferro fundido 0,03 0,03 0,03 0,03
PONTO DE EBULIÇÃO
Como recebido (°C min.) 205 205 205
Úmido (°C min.) 140 140 140
VISCOSIDADE CINEMÁTICA
A -40°C, cSt máx. – 1800 1500 1800
A 100°C, cSt min. 1,5 1,5 1,5 1,5
pH 7 a 11,5 7 a 11,5 7 a 11,5 7 a 11,5
ESTABILIDADE DO FLUIDO
Estabilidade a alta temperatura
Variação em °C máx. +/-3 +/-5 +/-3 +/-3
Estabilidade química
Variação em °C máx. +/-5 +/-3 +/-3
CORROSÃO
Variação de peso (mg/cm3, máx.)
Ferro estanhado 0,2 0,2 0,2 0,2
Aço/Aço estanho 0,2 0,2 0,2 0,2
Alumínio 0,2 0,1 0,1 0,1
Ferro fundido 0,2 0,2 0,2 0,2
Latão 0,2 0,2 0,2 0,4
Cobre 0,4 0,4 0,4 0,4
(continua)
(continuação)
EVAPORAÇÃO A 100°C
Perda de peso (% máx.) 80 80 80
Ponto de fluidez do resíduo (°C máx.) -50 -50 -50
TESTE SIMULADO (STROKING TESTE) Passa Passa Passa Passa
• FREIO A TAMBOR
Recebe pressão hidráulica fazendo as lonas atuarem contra o tambor de freio, parando as
rodas.
PROBLEMA
Desregulagem ou regulagem desigual
• Frenagem deficiente.
CONSEQÜÊNCIAS • Curso longo do pedal de freio.
• Puxa para um lado durante a frenagem.
PROBLEMA
Molas de retorno das sapatas fracas ou quebradas
• Ruídos.
CONSEQÜÊNCIAS • Veículo com rodas presas.
• Puxa para um lado durante a frenagem.
PROBLEMA
Sobre-regulagem dos freios
Cuidados
• Evitar danificar as sapatas durante as trocas de lonas.
• Verificar a ação do regulador a cada 10.000Km.
• Não utilizar tambores com diâmetro maior que o especificado.
• Na troca de lonas coladas, substituir as lonas já coladas em novas sapatas.
• O processo de colagem exige equipamentos sofisticados para garantir a perfeita fixação,
portanto só o fabricante está apto a executá-lo.
TRANSMISSÃO
TRANSMISSÃO MECÂNICA
• CAIXA DE MUDANÇAS
A caixa de mudanças possui engrenagens montadas em árvores que podem ser
selecionadas para trabalhar em conjunto.
garfo de engate
luva de engate
anel
sincronizador
árvore primária
constantes
árvore secundária
engrenagem reversora
árvore intermediária
1. Árvore primária
2. Árvore secundária
1. Árvore primária
2. Árvore intermediária
3. Engrenagens livres da árvore secundária
4. Árvore secundária
motora
movida
movida 20
i= = = 2
motora 10
Esse resultado quer dizer que o torque da engrenagem movida é 2 vezes o torque da
engrenagem motora. A engrenagem movida, por ser maior que a motora, move-se mais
lentamente (redução de rotação) mas, em compensação, apresenta um aumento no torque.
É que seus dentes funcionam como alavancas maiores que as alavancas correspondentes
aos dentes da engrenagem motora.
movida
motora
movida 10
i= = =0,5
motora 20
Ou seja, o torque cai para a metade, ao mesmo tempo que a rotação duplica (multiplicação
por 2).
motora
movida
A seguir detalharemos cada marcha, através de figuras. A linha cheia será utilizada para
mostrar a transmissão da rotação de uma árvore a outra.
Ponto Morto
Há situações em que necessitamos manter o veículo parado, com o motor em funcionamento.
É o que ocorre, por exemplo, quando aguardamos o verde de um semáforo. Nesse caso,
a alavanca de mudanças deve ser colocada em ponto morto, isto é, nenhuma marcha
estará engrenada.
A alavanca de mudanças, quando está “em ponto morto”, desliga a árvore secundária das
demais. Neste caso, o movimento de rotação chega somente até a árvore intermediária,
não se transmitindo à árvore secundária.
árvore secundária
engrenagens desacopladas
Primeira Velocidade
É uma marcha de baixa velocidade e muita força, isto porque resulta da combinação da
menor engrenagem da árvore intermediária com a maior engrenagem da árvore
secundária. Com isso há uma redução de velocidade e um aumento do torque motriz.
Segunda Velocidade
É uma marcha de velocidade maior que a primeira, mas com menor torque motor. Isto
ocorre porque ela resulta de uma menor redução entre a engrenagem da árvore intermediária
com a engrenagem da árvore secundária.
Terceira Velocidade
Trata-se de uma marcha que supera, em velocidade, a segunda. Perde, entretanto quanto
ao torque motor. Resulta de uma menor redução da engrenagem da árvore intermediária
para a engrenagem da árvore secundária.
Quarta Velocidade
Não utiliza a árvore intermediária. As árvores primária e secundária ligam-se diretamente.
Resulta, então, uma velocidade maior que a da terceira marcha, mas com menor torque
motriz. Esta ligação direta entre a árvore primária e a secundária chama-se prise direta.
Marcha a Ré
É obtida através de uma engrenagem intermediária, que inverte o sentido de rotação da
árvore secundária.
1. Árvore intermediária
2 2. Engrenagem intermediária
3. Rotação invertida
• EMBREAGEM
Componentes e Funcionamento da Embreagem
Basicamente ela é formada pelo volante e platô, que são fixos ao virabrequim do motor e o
disco da embreagem, que é ligado ao eixo primário da caixa de mudanças.
Quando o pedal de embreagem não está sendo pressionado, os três componentes (volante,
platô e disco) giram com a árvore de manivelas.
A ligação é feita comprimindo o disco da embreagem entre o platô e o volante motor. Esse
disco deve aderir firmemente para não patinar ao receber a rotação e o torque do motor.
Observe na figura abaixo: com forte atrito o disco 1 arrasta o disco 2, e ambos giram à
mesma velocidade de rotação.
1 2
1. Peça em rotação
(lado do motor)
2. Peça parada
(lado da caixa de mudanças)
Discos unidos
Discos afastados (acoplados)
(desacoplados)
disco
volante
Manutenção
A embreagem está sujeita a falhas e desgastes como se apresenta no quadro seguinte.
Defeitos Causas
• Platô desregulado
• Disco com óleo
Embreagem deslizando
• Molas do platô sem tensão
(patinando)
• Guarnição gasta
• Embreagem sem folga no curso
• Disco empenado
Embreagem trepidando • Guarnições quebradas
• Platô desregulado
• Platô quebrado
• Pedal com folga excessiva
Dificuldade de engrenar
• Alavancas de acionamento do pedal com desgaste
• Membrana com desgaste
tampa
alavancas de
engrenamento
mola
mola
pino
haste
alavancas de acionamento dos garfos
disco de travamento
hastes deslizantes travadas
5
1
Além do sistema de travamento das hastes deslizantes, existe ainda o sistema de retém
que tem como finalidade fazer com que as hastes deslizantes só se movam quando o
motorista acionar a alavanca de mudanças para engrenar uma marcha.
Para isto, a haste deslizante possui cavidades que correspondem a uma das marchas e ao
ponto morto. É nessas cavidades que será alojada uma esfera sob tensão de uma mola.
Esse conjunto serve para posicionar corretamente a luva do conjunto sincronizador e evitar
desengrenamento da marcha quando o veículo estiver em movimento.
cavidade da haste
mola esfera
Manutenção
O dispositivo de comando pode apresentar defeitos, como indica o quadro a seguir:
Defeitos Causas
• Garfo empenado
• Tampa trincada
• Molas dos dispositivos com excesso de tensão
Dificuldades para engrenar marchas
• Esferas emperradas
• Hastes de acionamento desgastadas
• Falta de lubrificação
• Molas fracas
Marchas desengrenando • Esferas desgastadas
• Hastes deslizantes desgastadas
• Garfo empenado
Defeitos Causas
• Falta lubrificação
• Liames empenados
Alavanca muito dura para o
• Acoplamentos com as alavancas do garfo estão danificados
engrenamento das marchas
• Alojamento das hastes dos garfos podem estar gastos
• Embreagem desregulada
• Falta de lubrificação
Ruídos na alavanca de mudanças
• Folga excessiva
• SINCRONIZADORES
O engrenamento das marchas no veículo deve ser feito sem trancos ou atritos que danifiquem
os dentes das engrenagens.
Para que isso ocorra, há um conjunto sincronizador formado pelos componentes abaixo
ilustrados.
luva de engate
engrenagem secundária
corpo de engate
árvore secundária
No momento em que é engrenada uma marcha, sua luva atua sobre o anel sincronizador.
O anel é pressionado de encontro ao cone da engrenagem da marcha e, por atrito, iguala
sua velocidade, de forma a ocorrer um engrenamento suave.
luva
anel sincronizador
engrenagem
luva de acoplamento
árvore secundária
árvore primária
árvore intermediária
Manutenção
O quadro abaixo indica os principais defeitos apresentados pela caixa de mudanças.
Defeitos Causas
• Rolamento danificado
• Nível de óleo abaixo do normal
Ruído na caixa de mudanças • Engrenagens desgastadas
• Roletes quebrados
• Dentes de engrenagens quebrados
• Engrenagens desgastadas
• Luva do anel sincronizador desgastada
Marchas escapando • Garfos de acoplamento das marchas danificados
• Engrenagem com folga axial acima da especificada
• Conjunto retém desgastado
É o diferencial que vai permitir que essa diferença entre as rodas motrizes ocorra sem que
a roda que gira mais lentamente seja arrastada.
O diferencial tem como função permitir que as rodas motrizes possam girar cada uma com
rotação diferente da outra. Isso ocorre quando o veículo percorre uma curva - a roda do
lado de dentro da curva move-se mais lentamente do que a roda que está do lado de fora
da curva.
Para que a roda que se move mais lentamente não seja arrastada pela outra, o eixo motriz
é dividido em duas semi-árvores ligadas entre si pelo diferencial.
planetárias
caixa de satélites
coroa
engrenagens satélites
pinhão
O eixo motriz possui em sua carcaça a caixa de diferencial. Nela estão alojadas as
engrenagens planetárias, que são paralelas à coroa, e as satélites, que estão a 90º, isto é,
perpendiculares às planetárias indicados na figura a seguir.
planetárias
luva de engate
coroa
caixa de satélites
A caixa do diferencial gira junto com a coroa. Quando as duas rodas motrizes giram à
mesma velocidade (veículo em linha reta), as engrenagens satélites funcionam como trava
entre as engrenagens planetárias. Nessas condições, as engrenagens planetárias giram
com a mesma velocidade.
Quando, entretanto, uma das rodas diminui de velocidade (por exemplo, em uma curva), a
engrenagem planetária ligada a ela também gira mais lentamente. Nesse caso, as
engrenagens satélites passam a girar sobre. seu eixo, permitindo a variação de rotação
entre as planetárias. O mesmo acontece com as rodas motrizes, pois estão presas às
engrenagens planetárias através das semi-árvores.
roda mais
rápida
roda mais
lenta
Quando ocorre essa segunda situação, o número de rotações que diminui em uma roda
aumenta na outra.
Manutenção
Periodicamente, deve-se verificar o nível de óleo do diferencial, conforme instruções do
fabricante do veículo. As peças danificadas devem ser substituídas isoladamente ou em
pares (quando trabalharem acasaladas entre si).
Defeitos Causas
• Vazamento de óleo
Rolamentos defeituosos • Lubrificante inadequado
• Pré-carga incorreta
• Sobrecarga
• Ajuste incorreto
• Vazamento de óleo
• Lubrificante inadequado
Coroa e pinhão muito gastos ou danificados • Excentricidade excessiva da coroa
• Falha das engrenagens
• Parafusos de carcaça do eixo traseiro e da coroa
apertados com torque incorreto
• Coroa e pinhão acasalados incorretamente
• Excesso de carga
Semi-árvore partida
• Quebra por falha no material
(continua)
(continuação)
Defeitos Causas
Esse atrito deve-se às irregularidades que as superfícies dos objetos possuem, por melhor
que seja seu acabamento.
atrito
Esses óleos devem ser quimicamente estáveis para evitar a formação de produtos resultantes
da sua deterioração que os tornam mais espessos. A alteração química do óleo pode,
também, produzir a corrosão nas superfícies, finamente acabadas, dos dentes das
engrenagens e dos rolamentos.
Esses óleos são fabricados nas mesmas viscosidades mencionadas acima. Contém,
entretanto, aditivos que garantem um mínimo de desgaste e perdas por atrito, nas condições
de funcionamento em que as películas lubrificantes estão sujeitas a serem expulsas das
superfícies. Esses aditivos conferem, assim, condições para o óleo suportar as extremas
pressões encontradas nos diferenciais com engrenagens hipoidais.
TRANSMISSÃO AUTOMÁTICA
• SERVOTRANSMISSÃO
• CONVERSOR DE TORQUE
• EMBREAGEM UNIDIRECIONAL
O estator fica entre a turbina e o impulsor. O estator está montado sobre uma embreagem
unidirecional que permite o mesmo girar livremente na direção da rotação do motor, mas
trava no alojamento quando ocorre a reação do óleo no fluxo turbilhão (conversão de torque).
Conjuntos de Embreagem
1. eixo de entrada
2. embreagem de avante
3. embreagem de ré
4. eixo de saída
O óleo flui através da tela filtrante, bomba da transmissão, válvula de alívio, e através do
filtro. A pressão controlada pela válvula de alívio é de 140 a 170 psi. Caso ocorram obstruções
no filtro de óleo, uma válvula de derivação se abre quando o diferencial atingir 20 psi. Do
filtro o óleo flui através de passagens no alojamento da transmissão para o grupo de controle.
Existem dois solenóides instalados no topo do grupo de controle. Estes solenóides são
atuados pelo pedal monotrol e controlam a posição do carretel de sentido.
Carretel de Aproximação
Podemos definir aproximação como sendo o movimento lento de uma empilhadeira enquanto
uma rotação alta do motor é usada para operação mais rápida do sistema hidráulico. A
aproximação é conseguida quando o carretel é acionado através do pedal, fazendo a
diminuição da pressão de óleo para uma embreagem, de forma que ela não fique
completamente aplicada.
Carretel de Sentido
Controla o fluxo do óleo para as embreagens de sentido. O carretel possui três posições:
avante, neutro e ré. Quando o carretel é movido para controlar um sentido de percurso, o
óleo flui para e das embreagens, e também para o circuito modulador. A posição deste
carretel é controlada por dois solenóiedes no topo do grupo de controle.
Circuito Modelador
Este circuito é usado para controlar a taxa de aplicação das embreagens. Quando o carretel
de sentido é movido para selecionar uma direção de percurso, o circuito modulador controla
a aplicação da embreagem em um período de 1,5 a 2,0 segundos. O circuito modulador
controla o aumento de pressão para aplicar as embreagens suavemente. O atraso e a
aplicação suave da pressão reduz o impacto e a fadiga ao trem de força quando ocorrerem
os engates da transmissão.
Quando a alavanca está na posição aplicada, o sensor está aberto de forma que ambos os
solenóides estão desenergizados mantendo o carretel de sentido centralizado por ação de
mola, ficando a transmissão em neutro.
A função de aproximação não está aplicada e o óleo flui através do carretel de aproximação
para o carretel de sentido. Com o carretel de sentido em neutro. O fluxo de óleo fica
bloqueado no carretel de sentido e todo óleo flui para o regulador de pressão das
embreagens. Neste regulador, o óleo tem dois caminhos para o fluxo. Um caminho é através
do orifício no corpo da válvula para o conversor de torque e os circuitos de lubrificação. O
carretel do regulador das embreagens abre uma Segunda passagem para o conversor de
torque. O regulador do conversor de torque controla a pressão de óleo a pressão e o fluxo
para o conversor. Se a pressão do óleo estiver muito alta, o regulador do conversor é uma
derivação para o conversor e arrefecedor de óleo. O circuito modulador não está em
operação na posição neutro.
Operação do Modulador
O modulador controla o aumento da pressão que aplica as embreagens. Este atraso reduz
impactos e a fadiga do trem de força quando ocorre o engate de marchas ou mudança de
sentido.
O gráfico que segue mostra as mudanças no circuito modulador quando uma embreagem
está aplicada:
1. Quando o carretel de sentido for movido de avante para ré, o carretel abre uma passagem
da embreagem de avante para o dreno. A pressão para a embreagem de avante diminui
rapidamente para zero. A pressão na embreagem de ré já está em zero. Um orifício no
pistão da embreagem assegura que o óleo não fique na embreagem devido a força
centrífuga. A pressão no furo do pistão modulador move o carretel da válvula moduladora
e abre uma passagem para o dreno. Este dreno ocorre rapidamente.
2. O óleo flui através do carretel de sentido e abastece s embreagem da ré, fazendo sua
aplicação. Quando a pressão aumenta para aproximadamente 30psi na embreagem de
ré, o regulador modulador abre uma nova passagem para o dreno. Esta ação evita que a
pressão aumente rapidamente para aplicar a embreagem.
3. Quando a pressão no circuito entre a válvula moduladora e o pistão modulador diminui
para zero, a mola da válvula moduladora desloca a válvula moduladora para fechar a
passagem para o dreno. O óleo deve agora fluir através do orifício no carretel da
válvula moduladora para o pistão modulador. Quando a pressão do circuito
modulador é de aproximadamente 30psi, a pressão de óleo começa a empurrar
o pistão modulador no furo. Conforme a pressão aumenta, o movimento do pistão
modulador aumenta a força da molaentre o pistão modulador e o regulador
modulador. O regulador modulador se move para manter um diferença constante
de 15 psi na pressão. Este diferencial faz com que ocorra uma aplicação controlada
da embreagem.
4. Quando o pistão modulador empurra o regulador modulador para a posição fechado,
aproximadamente 70 psi, a passagem para o dreno fica completamente fechada. A
pressão de óleo então aumenta rapidamente para o valor normal (105 a 125 psi).
Neste momento a transmissão está engatada para mover a empilhadeira.
Quando o carretel de sentido é movido de neutro para avante, a pressão é fornecida para
o circuito da embreagem de avante e para o circuito modulador. O circuito modulador controla
o engate de embreagem para fazer uma mudança suave no sentido e reduz a fadiga no
trem de força. A operação hidráulica em ré é similar a avante, exceto pela posição do
controle de sentido e da embreagem que é aplicada.
A aproximação permite um ajuste fino na posição da empilhadeira enquanto uma alta RPM
do motor pode ser usada para aumentar a velocidade de operação do sistema hidráulico. A
função de aproximação ocorre quando o operador comprime o pedal, e o carretel de sentido
está na posição de avante ou ré. Neste momento o pedal puxa o pistão de aproximação da
válvula de controle e diminui a força da mola do carretel de aproximação. Conforme a força
da mola vai diminuindo, o carretel de aproximação se move para diminuir o fluxo de óleo
para o carretel de sentido. O carretel de aproximação também abre uma passagem para o
dreno de forma que a pressão da embreagem diminuirá, ocorrendo a patinagem dos discos.
Quando o pistão de aproximação está extendido completamente, o carretel de aproximação
bloqueia o fluxo de óleo para o carretel de sentido e a embreagem fica liberada
Verificações e Ajustes
Sensor de partida em neutro, pedal Monotrol: antes de desempenhar este ajuste, certifique-
se que os ajustes de folga das lonas de freio e do pedal de aproximação foram feitos.
Coloque a empilhadeira sobre blocos de forma que as rodas motrizes não toquem o chão
ou qualquer outro objeto. Aplique o freio de estacionamento. Instale um manômetro que
possa medir 300 psi na tomada de pressão da embreagem de avante (1). Funcione o motor
e empurre o lado esquerdo do Monotrol para colocar a transmissão em avante. Solte o freio
de estacionamento. Solte ambos os parafusos (2) que fixam o suporte (3) do sensor de
partida em neutro (5). Não solte os dois parafusos que prendem o sensor ao suporte.
Ajuste o suporte (3) (13 a 15 mm) de forma que o rolete do sensor se mova o suficiente
para atuar o sensor, faça os seguintes testes:
• DIAGNÓSTICO DE FALHAS
Problema: Todas as pressões estão baixas demais.
Possível causa:
- Nível de óleo incorreto;
- Bomba gasta;
- Reguladores de pressão estão abertos;
- Vazamentos internos na transmissão.
Etapa 2
Remova a arruela de encosto, a trava, as arruelas de encosto e o rolamento de encosto.
Remova o cubo da embreagem, a trava maior, o anel de reação os discos de fricção e as
placas.
Etapa 3
Remova o rolamento de encosto do eixo. Remova o outro jogo de arruelas e rolamento de
encosto.
Etapa 4
Remova o pistão apenas se houver problemas com a vedação. Use 2 punções para comprimir
a trava. Remova a trava, a mola e o pistão do alojamento da embreagem. Remova a vedação
do pistão e o anel “o” do eixo.
Etapa 2
Coloque uma cinta forte de borracha sobre o retentor do pistão para colocar seu lábio em
compressão por aproximadamente 15 minutos. Remova a cinta de borracha e imediatamente
instale o pistão no alojamento da embreagem.
Etapa 3
Instale a mola e a trava no alojamento da embreagem. Comprima a mola de forma que a
trava possa ser instalada. Instale a trava que prende a retenção no eixo.
Etapa 4
Instale a arruela de encosto no eixo da embreagem. Instale os dois jogos de rolamento no
eixo, conforme figura abaixo.
Etapa 5
Instale o cubo e engrenagem no eixo. Instale a segunda arruela de encosto, o rolamento de
encosto e a trava. Siga a orientação da montagem conforme etapa 4.
Etapa 6
Instale as placas separadoras e os discos de fricção (5 de cada). Comece com uma placa
contra o pistão e termine com um disco contra o anel de reação.
Etapa 7
Instale o anel de reação.
Etapa 8
Instale a trava maior. Após completar a montagem, deve haver uma folga de 0,64 a 2,74
mm no conjunto de embreagem.
Etapa 9
Instale os retentores. A embreagem de avante possui um anel vedador no eixo de entrada
e dois anéis vedadores na extremidade de saída do eixo da embreagem.
Etapa 10
Instale os rolamentos de esferas na extremidade do eixo que vai dentro da tampa dianteira
da transmissão. Instale os anéis de vedação do eixo.
Etapa 11
Certifique-se que a arruela de encosto especial está instalada após a trava (mostrado na
etapa 4). Instale o rolamento de esferas no alojamento da transmissão.
Etapa 12
Instale os conjuntos das embreagens de avante e de ré no alojamento da transmissão.
Certifique-se que os anéis de vedação não são danificados quando os eixos forem instalados
no alojamento da transmissão.
Etapa 13
Instale a tampa dianteira, a corrente de comando e o alojamento do conversor.
• DIFERENCIAL
Montagem do Diferencial
• Caso a coroa e pinhão estiverem gastos ou danificados, eles devem ser substituídos
como um casal. Sempre verifique se as engrenagens são casal. A localização das
marcas é mostrada na figura abaixo:
f. Instale quatro parafusos de forma cruzada e aperte-os com 50 lbs pés. Em seguida
instale os parafusos restantes, sempre apertando-os de forma cruzada.
k. Verifique a folga entre a coroa e pinhão. Esta folga deve ser de 0,008" a 0,011" . Mova a
coroa em direção ao pinhão para diminuir a folga. Faça ao contrário para aumentá-la.
Solte uma porca de ajuste a mesma quantidade que a outra é apertada. Quando a folga
estiver correta, aperte os parafusos dos mancais com 130 lbs pés.
Área de contato correta durante o ajuste. Área de contato correta quando em funcionamento
na empilhadeira.
No caso abaixo o pinhão está muito longe do centro da coroa. Remova calços do pinhão.
Neste caso o pinhão está muito perto do centro da coroa. Adicione calços ao pinhão,
mantendo sempre a folga.
AJUSTE DA TORRE
Os roletes controlam o alinhamento das torres. Asa mesmas devem estar paralelas. Use
calços para ajustar os roletes de forma que não haja folga entre o rolete e o canal no ponto
do encaixe justo. Ajuste da seguinte forma:
1 - Use uma alavanca para medir o movimento lateral entre as torres. Repita esta etapa
pelo menos em três lugares diferentes (topo, meio e fundo);
2 - Separe as torres e faça o arranjo de calços conforme necessário. Monte as torres.
Deslize a torre em todo o seu curso, e encontre o ponto de encaixe justo;
3 - Repita as etapas 1 e 2 até que haja zero de folga no ponto de encaixe justo;
4 - Meça a distância entre os canais das torres no topo e no fundo. Mude a posição dos
calços para manter a distância igual entre o topo e o fundo das torres. Certifique-se que
as torres apresentam variação no paralelismo no máximo 1,5 mm;
5 - Ajuste a placa de encosto. Insira calços entre a placa de encostos e o canal. A folga
máxima no ponto mais justo é de 0,8 mm.
CARRO TRANSPORTADOR
CORRENTE
Caso uma seção da corrente apresente desgaste além do permitido, substitua toda a corrente
e não apenas a seção gasta. Quando o componente possuir duas correntes, caso uma
tenha que ser substituída, substitua a outra.
As correntes devem ser lavadas com solvente ou vapor, e lubrificadas com o óleo de motor.
Nunca use graxa.
Após fazer os ajustes descritos acima, abaixe a torre completamente e coloque uma carga
sobre os garfos. Incline a torre completamente para trás e verifique a quantidade que o
rolete inferior se estende abaixo do canal interno. Quando o ajuste está correto, não mais
que 1/3 do rolete será visível.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS